BR112020012883B1

BR112020012883B1 - Processo para produzir um componente de absorção de energia

Info

Publication number: BR112020012883B1
Application number: BR112020012883-0A
Authority: BR
Inventors: Andreas Wuest
Original assignee: Basf Se
Priority date: 2018-01-19
Filing date: 2019-01-09
Publication date: 2024-01-02
Also published as: EP3740365A1; WO2019141560A1; BR112020012883A2; CN111601693A; JP2021511979A; EP3740365B1; CN111601693B; KR20200108469A; KR102632797B1; US20210094208A1; JP7260551B2

Abstract

a invenção se refere a um processo para produzir um componente compósito compreendendo uma inserção e uma parte plástica (17) feita de um polímero termoplástico, em que a parte plástica (17) encerra, pelo menos parcialmente, a inserção, o processo compreendendo: (a) colocar pelo menos uma parte (1) da inserção ou a inserção em um molde de injeção (11), (b) fechar o molde de injeção (11), (c) injetar o polímero termoplástico no molde (11) sobremoldando assim a inserção pelo menos parcialmente; em que a inserção é modificada antes de colocá-la no molde de injeção (11) ou a inserção é modificada no molde de injeção (11) antes de o molde de injeção ser aberto para remover o componente compósito.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A invenção refere-se a um processo para produzir um componente compósito compreendendo uma inserção e uma parte plástica feita de um polímero termoplástico, em que a parte plástica encerra, pelo menos parcialmente, a inserção, o processo compreendendo: (a) colocar a parte da inserção em um molde de injeção, (b) fechar o molde de injeção, (c) injetar o polímero termoplástico no molde sobremoldando assim a inserção pelo menos parcialmente.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] Componentes compósitos compreendendo uma inserção e uma parte plástica feita de um polímero termoplástico são, por exemplo, componentes de absorção de energia. Tais componentes de absorção de energia são utilizados, por exemplo, na indústria automobilística, quando há uma necessidade para dissipação controlada de grandes quantidades de energia cinética de um impacto, a fim de minimizar efeitos adversos, por exemplo, em passageiros ou estruturas adjacentes importantes e valiosas. A energia é absorvida por deformação e falha controlada dos componentes, por exemplo, no caso de uma colisão. Como a redução de peso é essencial, tendo em vista o desejo de reduzir o consumo de combustível, é desejável fabricar os componentes a partir de materiais mais leves, como plásticos. Outra necessidade em particular para o tipo de componentes de absorção de energia usados em para-choques é que os componentes exibam um comportamento de falha otimizado. O objetivo é absorver mais energia e minimizar o espaço de instalação.

[003] Tal componente de absorção de energia e um processo para a produção de um componente de absorção de energia são revelados, por exemplo, no documento WO-A 2017/137480. O componente de absorção de energia compreende uma inserção que é referida como estrutura de núcleo e uma parte plástica que é referida como estrutura auxiliar. A estrutura de núcleo é feita de um metal ou um polímero reforçado com fibras de filamento contínuo e a estrutura auxiliar é feita de um material polimérico não reforçado ou reforçado com fibras curtas ou com fibras longas.

[004] Outras estruturas de absorção de energia são reveladas, por exemplo, nos documentos WO-A 2012/140151, FR-A 2 936 469, EP-A 1 316 409, EP-A 2 380 782, WO-A 2016/177440 ou WO-A 2016/176319. A maioria dessas estruturas de absorção de energia é feita de um polímero e o efeito de absorção de energia resulta de uma geometria complexa da estrutura de absorção de energia.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[005] O fornecimento de um componente compósito como estrutura de absorção de energia tem a vantagem de que, devido aos diferentes materiais utilizados para o componente compósito, podem ser implementados efeitos mais complexos. Particularmente, ao usar um componente compósito, é mais fácil estabelecer uma curva de força- deslocamento que seja constante ou cresça de maneira constante.

[006] Tem sido um objetivo da presente invenção fornecer um processo para produzir um componente compósito que pode ser adaptado para aplicar características predeterminadas ao componente compósito de uma maneira mais fácil como processos conhecidos no estado da técnica e que permita ainda produzir componentes compósitos tendo a mesma geometria externa, mas com características diferentes.

[007] Este objetivo é alcançado por um processo para produzir um componente compósito compreendendo uma inserção e uma parte plástica feita de um polímero termoplástico, em que a parte plástica encerra, pelo menos parcialmente, a inserção, o processo compreendendo: (d) colocar pelo menos uma parte da inserção ou a inserção em um molde de injeção, (e) fechar o molde de injeção, (f) injetar o polímero termoplástico no molde sobremoldando assim a inserção pelo menos parcialmente, em que a inserção é modificada antes de colocá-la no molde de injeção ou a inserção é modificada no molde de injeção antes de o molde de injeção ser aberto para remover o componente compósito.

[008] Ao usar um componente compósito compreendendo uma inserção e uma parte plástica, é possível aplicar características complexas, por exemplo, uma curva de força-deslocamento sendo constante ou possuindo um aumento constante. O componente compósito permite aplicar parte das características à inserção e uma parte das características à parte plástica. Como as características do componente compósito são compostas pelas características da inserção e da parte plástica, é possível formar a parte plástica menos complexa do que nos casos em que o componente de absorção de energia é feito apenas de um plástico reforçado sem uma inserção adicional.

[009] A etapa inventiva de modificar a inserção antes de colocar no molde de injeção ou no molde de injeção antes de o molde de injeção ser aberto para remover o componente compósito permite produzir inserções menos complexas e trazer a inserção para a forma final durante o processo de injeção do material polimérico para a parte plástica.

[010] Uma modificação da inserção antes de colocá-la no molde de injeção compreende, por exemplo, unir ou conectar pelo menos duas partes da inserção que formam a inserção por esta conexão. No entanto, se a inserção for formada a partir de pelo menos duas partes, não é necessário conectá-las fora do molde de injeção. Alternativamente e preferencialmente, também é possível colocar as partes para a inserção no molde de injeção e uni-las ao fechar o molde de inserção. Além disso, também é possível unir as partes da inserção após o fechamento do molde de injeção, por exemplo, por matrizes que impactam nas partes da inserção e empurram as partes da inserção no lugar final antes de injetar o polímero.

[011] Para unir as partes da inserção, é particularmente preferível quando cada uma das partes compreende uma ranhura ao longo de uma borda e uma lingueta ao longo de outra borda. Para unir as partes, a lingueta de uma parte é inserida na ranhura da outra parte e vice-versa. Isso permite uma conexão das partes que formam a inserção sem dispositivos de fixação adicionais, como parafusos ou cavilhas ou sem fixação adicional, soldando ou colando, apenas conectando. A inserção conectada é finalmente fixada pelo polímero da parte plástica que é injetado no molde de injeção.

[012] Para uma inserção simétrica ao longo do eixo principal, é preferível que todas as partes da inserção tenham a mesma forma e cada parte compreenda uma borda na direção do eixo principal possuindo uma lingueta e uma segunda borda ao longo da direção do eixo possuindo uma ranhura. Para unir as partes, a lingueta de uma parte é inserida na ranhura de uma parte adjacente.

[013] Se o componente compósito é um componente de absorção de energia, o eixo principal indica o eixo na direção principal de ação de um impacto no componente. Essa direção também é geralmente a mesma que a direção na qual o comprimento do componente de absorção de energia é maior.

[014] Além de usar todas as partes com a mesma forma, também é possível usar partes com diferentes formas para serem unidas, formando a inserção. Se a inserção for feita de duas partes, neste caso, a distância entre a lingueta e a ranhura em uma parte corresponde à distância da lingueta e da ranhura da segunda parte, de modo que as duas partes a serem conectadas se encaixem. Se a inserção compreender mais de duas partes, as respectivas partes deverão ser formadas de modo que, ao conectar as partes, a última parte a ser conectada se encaixe no espaço deixado entre as partes já unidas.

[015] Além de formar a inserção a partir de pelo menos duas partes que são unidas, também é possível produzir a inserção como uma inserção dividida e modificar a inserção juntando a inserção dividida. Se uma inserção dividida for usada, é preferível quando a inserção está conectada de um lado e é particularmente preferível quando a conexão compreende uma articulação. Nesse caso, a inserção é dobrada na articulação e unida nas bordas opostas à articulação.

[016] Alternativamente ou adicionalmente, a inserção é modificada através da introdução de golpes, corrugações, dobras ou aberturas na inserção. Ao introduzir golpes, corrugações, dobras ou aberturas na inserção, é possível modificar as características da inserção, particularmente dureza e rigidez. Por essa modificação, é particularmente possível adaptar a inserção aos requisitos necessários para o uso pretendido do componente compósito.

[017] Particularmente quando o componente compósito é usado como um componente de absorção de energia através da introdução de golpes, corrugações, dobras ou aberturas, é possível ajustar as propriedades de absorção de energia, isto é, em particular a característica de força- deslocamento.

[018] No contexto da presente invenção, a expressão característica de força-deslocamento significa a força necessária para deformar ou destruir o componente de absorção de energia em função da força, das dimensões do componente resultantes da destruição progressiva do componente.

[019] Adicionalmente ou como uma alternativa, é ainda possível modificar a inserção adicionando cavilhas, parafusos ou pinos. A adição de cavilhas, parafusos ou pinos, permite fixar outros componentes ao componente compósito após sua produção por moldagem por injeção. Além disso, também é possível fixar o componente compósito em outro componente, por exemplo, se o componente compósito for um componente de absorção de energia em uma parte da carroceria de um veículo.

[020] Se o componente compósito for usado como uma estrutura de absorção de energia, a inserção, por exemplo, terá a forma de um tubo ou um tronco (frustum) de cone. Particularmente, quando a inserção tem a forma de um tubo, a inserção é produzida por pelo menos duas partes semicirculares idênticas, com uma borda sendo formada como uma lingueta e uma borda sendo formada como uma ranhura de uma junta de lingueta e ranhura, as partes sendo conectadas inserindo a lingueta de uma parte na ranhura da outra parte para obter uma inserção tubular. No entanto, como descrito acima, também é possível fornecer às partes da inserção qualquer outra forma, de modo que, ao conectar as partes, seja formado um tubo com uma seção transversal diferente de uma seção transversal circular. Essa seção transversal permite ainda adaptar as características de força-deslocamento da inserção a uma curva predefinida.

[021] Além de usar partes da inserção possuindo uma forma diferente de uma forma semicircular, por exemplo uma forma em zigue-zague, uma forma angular, uma forma elíptica ou qualquer outra forma, também é possível modificar a forma da inserção no molde de injeção após colocar as partes no molde de injeção e combinar as partes que formam um tubo, inserindo, por exemplo, golpes, corrugações, dobras ou aberturas na inserção e/ ou adicionar pinos, cavilhas ou parafusos.

[022] Pelo projeto do componente compósito com uma inserção, é possível que, para uso como um componente de absorção de energia, também seja possível evitar o empeno da inserção no caso de forças transversais decorrentes de um impacto não frontal. Em particular, a inserção modificada evita a separação lateral do componente compósito usado como componente de absorção de energia. A inserção, portanto, é modificada de forma que a maior parte da energia necessária possa ser absorvida. A energia absorvida através da destruição da inserção pode ser maior do que no caso de componentes de absorção de energia sem uma inserção especificamente modificada. Pela modificação da inserção antes de abrir o molde de injeção, uma geometria pode ser aplicada pela qual uma característica de força- deslocamento pretendida é alcançada, mesmo no caso de um impacto que não seja precisamente frontal, mas também compreenda um componente transversal ou componente lateral.

[023] Como uma alternativa às inserções que têm a forma de um tubo ou um tronco de cone, também é possível usar inserções ondulatórias, em forma em zigue-zague ou em forma de Q, ou compostas de seções lineares e/ ou curvas.

[024] Em uma seção plana perpendicular à direção axial, a inserção compreende, de preferência, uma borda com uma curvatura com um raio de curvatura que é da ordem ou magnitude da menor possível, sujeitando o material da inserção a um processo de moldagem. Essas bordas fornecem grande estabilidade à inserção e, no caso de um impacto, servem como pontos de iniciação nos quais a energia é absorvida através da destruição controlada da inserção. Além de uma borda com uma curvatura, também é possível fornecer uma borda da inserção perpendicular à direção axial, com qualquer forma adequada, como uma forma ondulatória ou uma forma em zigue-zague. A forma da borda da inserção pode ser formada no molde de injeção e ser uma opção adicional para modificar a inserção antes de abrir o molde de injeção.

[025] Além de cortar um contorno na borda perpendicular à direção axial, também é possível cortar um contorno em qualquer outra borda da inserção. O contorno define adicionalmente a característica de força- deslocamento da inserção e é moldado para um padrão predefinido.

[026] A modificação da inserção antes de abrir o molde de injeção pode ser determinada por um cálculo de simulação, por exemplo, pelo método das diferenças finitas, método dos elementos finitos ou método dos volumes finitos. Tais cálculos de simulação para determinar uma forma adequada são bem conhecidos por um técnico no assunto e podem ser executados por programas de computador comercialmente disponíveis.

[027] O componente de absorção de energia deve ter uma certa característica de força-deslocamento para a finalidade específica pretendida e deve ser adequado para absorção de uma quantidade prescrita de energia. Outro fator que requer consideração no projeto do componente é que, quando a energia que atua no componente de absorção de energia é absorvida, é necessário evitar exceder uma força máxima prescrita, a fim de evitar danos aos elementos dispostos atrás do componente de absorção de energia na direção de ação da força. Além disso, somente em casos muito raros é possível considerar isoladamente o componente de absorção de energia, porque é necessário interagir com outros componentes no local de uso prescrito. Os fatores que requerem consideração aqui no projeto do componente de absorção de energia estão em particular nas dimensões externas e no arranjo das regiões de conexão. A divisão do componente compósito usado como um componente de absorção de energia em uma inserção e uma parte plástica feita de um polímero termoplástico permite que os vários requisitos sejam alocados separadamente para a inserção e a parte plástica. Isso permite, por exemplo, variar a geometria da inserção para adaptar o componente compósito a diferentes requisitos, por exemplo, diferentes características predeterminadas de força-deslocamento, mantendo a forma externa do componente compósito. Se o componente compósito for usado, por exemplo, como um componente de absorção de energia com projeto geométrico externo idêntico em veículos de massa diferente que exijam a introdução de uma quantidade diferente de energia, a característica de força- deslocamento pode ser dimensionada através de uma simples mudança da pelo menos uma estrutura de núcleo. A título de exemplo, é possível variar a espessura da parede, o material da inserção e/ou da parte plástica ou a geometria introduzida pela modificação da inserção sem alterar o projeto externo do componente compósito.

[028] Particularmente, se o componente compósito for usado como um componente de absorção de energia em um veículo motorizado, é possível usar formas e dimensões, e também pontos de fixação que são padronizados nos vários tipos de veículo, enquanto a característica de força- deslocamento e a quantidade de energia que pode ser absorvida é ajustada, respectivamente, por meio de uma seleção diferente da pelo menos uma inserção. Da mesma forma, é possível alterar o projeto do componente compósito no projeto do veículo sem quaisquer efeitos resultantes em outros componentes do veículo, por exemplo outros componentes presos no componente de absorção de energia.

[029] O material do qual a inserção é fabricada, por exemplo, é um metal, um polímero ou uma cerâmica.

[030] Se a inserção for feita de um metal, é preferível que a inserção seja feita de alumínio. No entanto, outros metais que podem ser utilizados na fabricação da inserção são, por exemplo, aço, titânio, magnésio.

[031] Se a inserção for fabricada a partir de um polímero, é particularmente preferido usar polímeros reforçados. Polímeros reforçados adequados são particularmente aqueles reforçados com fibras de filamento contínuo. As propriedades do componente compósito, neste caso, podem adicionalmente ser influenciadas pela seleção apropriada do material polimérico reforçado com fibras de filamento contínuo. Em particular, as propriedades podem ser afetadas pelo polímero usado, as fibras, a proporção das fibras e/ou a orientação das fibras.

[032] Se um material polimérico reforçado com fibras de filamento contínuo for usado para fabricar a inserção, a proporção de fibras estará preferencialmente na faixa de 1 a 70% em volume, em particular de 10 a 60% em volume, e muito particularmente preferencialmente de 20 a 50% em volume. As fibras de filamento contínuo do primeiro material podem ter sido introduzidas em uma ou mais camadas no primeiro material. O primeiro material aqui pode, a título de exemplo, compreender as fibras na forma de um tecido, um tecido de malha, um não tecido ou na forma de fibras de filamento contínuo orientadas em paralelo. É particularmente preferível que as fibras sejam fibras de filamento contínuo orientadas em paralelo.

[033] Se as fibras estiverem na forma de fibras de filamento contínuo orientadas em paralelo, é possível, por exemplo, usar o que é conhecido como fitas. As fibras de filamento contínuo presentes nestes têm orientação paralela e foram saturadas com material polimérico. As fibras podem estar em apenas uma camada ou em uma pluralidade de camadas. Se as fibras são introduzidas em uma pluralidade de camadas, a orientação das camadas individuais pode variar uma em relação à outra, de modo que as direções individuais da fibra tenham sido giradas uma em relação à outra. Se, por exemplo, duas camadas de fitas forem usadas, o ângulo contido entre as duas direções diferentes de fibra pode ser de 90°. Se dois tecidos são sobrepostos mutuamente, é preferível rodar as duas camadas de tecido por um ângulo de 45°, uma em relação à outra, fornecendo assim um ângulo de 45° entre cada uma das quatro direções de fibra. É dada preferência a um arranjo simétrico das camadas através da espessura do material.

[034] Formas de realização da invenção são mostradas nas figuras e ilustradas adicionalmente na descrição a seguir.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[035] A Figura 1 mostra uma parte de uma inserção.

[036] A Figura 2 mostra uma inserção formado a partir da parte mostrada na Figura 1.

[037] As Figuras 3a a 3c mostram, esquematicamente, um processo para produzir uma parte compósita.

[038] As Figuras 4a a 4d mostram diferentes seções transversais de partes de inserção.

[039] Na Figura 1, uma parte de uma inserção é mostrada em uma vista em seção transversal.

DESCRIÇÃO DE REALIZAÇÕES DA INVENÇÃO

[040] Uma parte (1) de uma inserção, como mostrado na Figura 1, tem a forma de um semicírculo. Essa forma permite a produção da parte (1) da inserção de maneira simples por extrusão. Particularmente, diferentemente da produção de um corpo oco, a parte (1) da inserção pode ser formada sem o uso de um núcleo na matriz de extrusão. A parte (1) da inserção compreende duas bordas (3), estendendo-se ao longo da parte (1) da inserção na direção axial. Uma das bordas (3) é formada como uma lingueta (5) e a outra borda (3) é formada como uma ranhura (7).

[041] Para formar a inserção, duas das partes, como ilustrado na Figura 1, podem ser conectadas, formando um corpo oco tubular (9). Esse corpo oco é mostrado como exemplo na Figura 2. Para formar o corpo oco, a lingueta (5) de uma parte (1) da inserção é inserida na ranhura (7) da segunda parte (1) da inserção e a lingueta (5) da segunda parte (1) da inserção é inserida na ranhura (7) da primeira parte (1) da inserção, formando assim um corpo oco tubular.

[042] A conexão das duas partes (1) da inserção pode ser realizada antes de colocar a inserção em um molde de injeção no qual um polímero termoplástico é injetado formando a parte plástica ou no molde.

[043] Um processo para produzir a parte compósita é mostrado esquematicamente a título de exemplo nas Figuras 3a a 3c.

[044] Em uma forma de realização preferida, as partes (1) que formam a inserção estão conectadas no molde de injeção (11), como mostrado na Figura 3a. Para conectar as partes (1) da inserção no molde, uma parte (1) da inserção é colocada em uma parte (13) do molde (11) e uma segunda parte (1) da inserção é colocada em uma segunda parte (15) do molde (11). Após a colocação as partes (1) da inserção nas partes (13), (15) do molde (11), o molde (11) é fechado, como mostrado na Figura 3b. Ao fechar o molde (11), as partes (1) colocadas nas partes (13), (15) do molde (11) são conectadas, formando um corpo oco (9) como uma inserção. Em uma próxima etapa, mostrada na Figura 3c, um polímero termoplástico é injetado no molde, encerrando assim, pelo menos parcialmente, a inserção e formando a parte plástica (17). Para encerrar a inserção, na Figura 3c o corpo oco (9), o molde compreende de preferência matrizes retráteis (19). As partes (1) da inserção são então colocadas nas matrizes retráteis (19) para permitir a formação da inserção e, após a inserção ter sido formada conectando as partes (1) da inserção, as matrizes retráteis (19) são retraídas, abrindo um espaço entre a inserção e a superfície do molde no qual o polímero termoplástico pode ser injetado. Se a forma das matrizes retráteis não corresponder à forma da parte plástica, é possível, por exemplo, retrair ainda mais as matrizes retráteis (19) e mover uma parte adicional que não é mostrada aqui no molde. Tais construções de moldes são bem conhecidas por um técnico no assunto e já são usadas particularmente para produzir componentes feitos de diferentes polímeros que são injetados um após o outro no molde.

[045] Adicionalmente ou como uma alternativa, também é possível modificar a inserção de maneira diferente no molde, por exemplo, introduzindo golpes, corrugações, dobras ou aberturas na inserção e/ou adicionando cavilhas, parafusos ou pinos.

[046] Os golpes, corrugações, dobras ou aberturas são introduzidos, por exemplo, pressionando uma matriz de moldagem do molde na inserção e, depois, retraindo a matriz de moldagem de volta ao molde para permitir que o polímero termoplástico seja injetado no molde para formar a parte plástica.

[047] Se for pretendido formar uma borda com contorno na inserção, é possível fornecer ao molde um cortador que possa cortar o contorno na borda da inserção. Neste caso, é preferível remover a parte cortada da inserção do molde antes de injetar o polímero termoplástico. No entanto, dependendo da geometria do componente compósito, também é possível manter a parte cortada da inserção no molde e removê-la após o componente compósito ser removido do molde.

[048] Além de uma forma de seção transversal semicircular da parte (1) da inserção, a parte (1) da inserção pode ter qualquer outra forma. O formato da parte da inserção depende, portanto, das características que o componente compósito deve atender e pode ser projetado por um cálculo de simulação. As formas adequadas da parte (1) da inserção são mostradas, a título de exemplo, nas Figuras 3a a 3d.

[049] A forma da seção transversal da parte (1) da inserção, por exemplo, pode ser retangular, como mostrado na Figura 3a, ou retangular com bordas arredondadas, como mostrado na Figura 3b. Outras formas possíveis são em zigue-zague, como mostrado na Figura 3c, ou onduladas, como mostrado na Figura 3d. No entanto, além das formas mostradas, qualquer outra forma da parte da inserção é possível.

[050] Para formar a inserção a partir de pelo menos duas partes (1) da inserção, é possível conectar pelo menos duas partes idênticas ou, em alternativa, conectar partes (1) da inserção com formas diferentes. Se as partes a serem conectadas tiverem formas diferentes, é importante apenas que a geometria das partes (1) da inserção seja tal que a distância entre a lingueta e a ranhura seja a mesma nas duas partes a serem conectadas. A mesma distância entre a lingueta e a ranhura permite conectar duas partes inserindo as linguetas das partes nas ranhuras da respectiva outra parte. Essa possibilidade de conectar partes com formas diferentes permite obter diferentes características do componente compósito. Além de formas diferentes, também é possível conectar partes (1) com uma forma semelhante, mas com diferentes áreas de seção transversal. Isso também permite adaptar as características do componente compósito para atender aos requisitos predefinidos.

Claims

1. PROCESSO PARA PRODUZIR UM COMPONENTE DE ABSORÇÃO DE ENERGIA, em que o componente de absorção de energia é um componente compósito, compreendendo uma inserção e uma parte plástica (17) feita de um polímero termoplástico, em que a parte plástica (17) encerra pelo menos parcialmente a inserção, caracterizado por compreender: (a) colocar pelo menos uma parte (1) da inserção ou a inserção em um molde de injeção (11), (b) fechar o molde de injeção (11), (c) injetar o polímero termoplástico no molde (11) sobremoldando assim a inserção pelo menos parcialmente; em que a inserção é modificada antes de colocá-la no molde de injeção (11) ou a inserção é modificada no molde de injeção (11) antes de o molde de injeção (11) ser aberto para remover o componente compósito, em que a inserção é modificada pela introdução de golpes, corrugações, dobras ou aberturas na inserção, e em que inserção compreende pelo menos duas partes (1) formando uma inserção, cada uma das partes (1) compreende uma ranhura ao longo de uma borda e uma lingueta ao longo de outra borda, em que para unir as partes, a lingueta de uma parte é inserida na ranhura da outra parte.

2. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela inserção ser dividida e ser modificada por uma união da inserção dividida.

3. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado pela inserção ser modificada pela adição de cavilhas, parafusos ou pinos.

4. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por um contorno ser cortado em pelo menos uma borda (3) da inserção.

5. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pela inserção ser fabricada a partir de um metal, um polímero ou uma cerâmica.

6. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo polímero termoplástico, do qual a parte plástica (17) é feita, ser reforçado.