BR112020004878A2

BR112020004878A2 - roupa de proteção com bolsas de ar infláveis aperfeiçoada

Info

Publication number: BR112020004878A2
Application number: BR112020004878-0A
Authority: BR
Inventors: Xavier Bouquillard De Milleret
Original assignee: Jex Investments
Priority date: 2017-09-11
Filing date: 2018-09-10
Publication date: 2020-10-06
Also published as: EP3681324B1; EP3681324A1; WO2019048800A1; JP7317834B2; FR3070835A1; AU2018328162B2; PT3681324T; FR3070835B1; ES2875452T3; JP2020534452A; US20200205488A1; AU2018328162A1; CA3108940A1; CN111315248A

Abstract

A invenção propõe uma roupa de proteção que compreende: - uma cinta (10), adaptada para ser posicionada em torno da cintura de um usuário (U), - duas perneiras (20), cada perneira compreendendo uma porção superior (21) destinada a ser enrolada em torno de uma coxa do usuário, uma porção inferior (22) destinada a ser enrolada em torno de uma panturrilha do usuário, e uma porção intermediária (23) que liga entre si as porções superior e inferior, - uma pluralidade de bolsas de ar infláveis (30) de segurança, e ? um dispositivo de acionamento (40) para a inflação das bolsas de ar, caracterizado pelo fato de que a porção intermediária de cada perneira compreende um entalhe que vem em frente à parte da frente do joelho do usuário quando a perneira está em posição em torno de sua perna, e pelo fato de que a porção superior e a porção inferior de cada perneira compreendem cada uma delas pelo menos uma bolsa de ar inflável adjacente ao entalhe da porção intermediária.

Description

“ROUPA DE PROTEÇÃO COM BOLSAS DE AR INFLÁVEIS APERFEIÇOADA” DOMÍNIO DA INVENÇÃO

[0001] A invenção se refere a uma roupa de proteção que compreende bolsas de ar infláveis ou airbags, que um usuário pode posicionar em volta de sua cintura e de suas pernas para tornar segura a prática de uma atividade perigosa tal como a moto, o esqui, ou ainda a equitação.

ESTADO DA TÉCNICA

[0002] Já são conhecidas roupas de proteção esquipadas com bolsas de ar infláveis ou airbags, utilizadas por exemplo para se proteger por ocasião da pratica da moto ou do esqui. Em especial, coletes de proteção foram desenvolvidos, que compreendem pelo menos uma bolsa de ar inflável na frente e um outro no dorso, para permitir tornar seguro o tórax de um usuário.

[0003] Se é verdade que a maior parte dos acidentes graves em veículos de duas rodas provêm de estragos causados na parte superior do corpo, esses acidentes só representam uma parte minoritária dos acidentes em veículos de duas rodas que infligem estragos ao motorista das mesmas. De fato, 80 % dos acidentes em veículos de duas rodas provocam estragos na parte inferior do corpo, quer dizer nas pernas, causando assim por exemplo fraturas ou luxações.

[0004] Calças de proteção equipadas com bolsas de ar infláveis, e que podem ser vestidas por um usuário por cima de uma calça social, foram propostas. São conhecidos por exemplo os documentos WO 200011979 e GB2352162 que descrevem combinações para motociclistas que compreendem um colete e uma calça de proteção, essa última sendo munida de bolsas de ar infláveis e podendo ser vestidas pelos pés.

[0005] No entanto, essas calças não são bem acolhidas pelos usuários devido à dificuldade e ao tempo necessário para vestir as mesmas.

[0006] Além disso, elas constituem um traje que na maior parte do tempo se substitui aos trajes sociais de origem, obrigando assim que o motociclista leve seu traje de proteção entre dois deslocamentos, para a prática de outras atividades, o que constitui um inconveniente maior.

[0007] Por outro lado, é conhecido pelo documento US5091992 um equipamento de proteção feito de tiras de proteção infláveis, que pode ser vestido por cima do traje social de um usuário. Considerando o grande número de tiras de proteção a posicionar, é provável que o tempo necessário a um usuário para vestir esse equipamento seja tão longo quanto o das calças descritas precedentemente, e dissuadem a utilização do mesmo.

[0008] Por outro lado, é possível constatar que as bolsas de ar infláveis de todos os equipamentos apresentados acima cobrem uma superfície grande do corpo do usuário, isso para maximizar a proteção do mesmo. No entanto, em caso de acionamento intempestivo da inflação das bolsas de ar, essas últimas podem se revelar incômodas para a mobilidade do usuário e de fato podem até causar riscos de acidentes.

APRESENTAÇÃO DA INVENÇÃO

[0009] A invenção tem como objetivo corrigir pelo menos em parte os inconvenientes da arte anterior.

[0010] Em especial, um objetivo da invenção é o de propor uma roupa de proteção que seja simples e rápida de vestir, e que apresente uma proteção melhorada do usuário.

[0011] Ao mesmo tempo em permanecendo estética, essa roupa deve poder ser vestida e retirada rapidamente e facilmente em cima de um traje social para permitir conservar um traje de origem próprio às atividades do dia, e só ser usada por ocasião da prática da atividade dita “de risco”.

[0012] Um outro objetivo da invenção é o de propor uma roupa de proteção que compreende bolsas de ar infláveis adaptadas para proteger o usuário sem por causa disto causar riscos de acidentes em caso de acionamento intempestivo da inflação das mesmas.

[0013] A este respeito, a invenção tem como objeto uma roupa de proteção que compreende: - uma cinta, adaptada para ser posicionada em torno da cintura de um usuário,

- duas perneiras, cada perneira compreendendo uma porção superior destinada a ser enrolada em torno de uma coxa do usuário, uma porção inferior destinada a ser enrolada em torno de uma panturrilha do usuário, e uma porção intermediária que liga entre si as porções superior e inferior, - uma pluralidade de bolsas de ar infláveis de segurança, e - um dispositivo de acionamento adaptado para acionar a inflação das bolsas de ar,

[0014] caracterizado pelo fato de que a porção intermediária de cada perneira compreende um entalhe adaptado para vir em frente à parte da frente do joelho do usuário quando a perneira está em posição em torno de sua perna,

[0015] e pelo fato de que a porção superior e a porção inferior de cada perneira compreendem cada uma delas pelo menos uma bolsa de ar inflável disposta de modo adjacente ao entalhe da porção intermediária.

[0016] Vantajosamente, mas facultativamente, a roupa de proteção de acordo com a invenção compreende por outro lado pelo menos uma das características seguintes: - cada bolsa de ar inflável pode ser adaptada para apresentar, uma vez que ela está inflada, uma espessura compreendida entre 3 e 6 cm. - na qual a porção inferior de cada perneira pode compreender uma bolsa de ar inflável suplementar disposta no lado oposto à primeira em relação à primeira quando a perneira está em posição em torno da perna do usuário. - a porção superior de cada perneira pode compreender uma bolsa de ar inflável suplementar disposta à distância da primeira, de modo a se encontrar no lado exterior da coxa do usuário quando a perneira está em posição em torno da perna do usuário. - a bolsa de ar inflável suplementar da porção superior de cada perneira pode ser adaptada para apresentar, uma vez que ela está inflada, uma espessura compreendida entre 3 e 8 cm. - as porções inferiores e superiores de cada perneira podem compreender um dispositivo de fixação escolhido pelo grupo que consiste em: tiras de Velcro, e várias fileiras de botões de pressão. - o dispositivo de acionamento pode compreender um cartucho de ar comprimido, um circuito de alimentação das bolsas de ar que liga as bolsas de ar ao cartucho, e uma unidade de controle adaptada para comandar a abertura do cartucho de ar comprimido. - o dispositivo de acionamento pode compreender por outro lado pelo menos um sensor de velocidade ou de aceleração, ou compreender uma interface de conexão do circuito eletrônico de acionamento a um dispositivo de acionamento de uma outra roupa de proteção. - a roupa pode apresentar um entalhe adaptado para vir em frente à entreperna do usuário quando a roupa está em posição no usuário.

[0017] A invenção tem também como objeto a utilização de uma roupa de proteção de acordo com a descrição que precede na prática da moto, do esqui, do salto de paraquedas ou da equitação.

[0018] A roupa de proteção de acordo com a invenção apresenta uma estrutura que permite que ela seja mais facilmente e rapidamente vestida por um usuário, enrolando para isso as porções superior e inferior de cada perneira em torno respectivamente de sua coxa e de sua panturrilha. Em especial, não é necessário vesti-la pelo pé, nem ter que retirar seu sapato.

[0019] Devido à forma das perneiras e à disposição das bolsas de ar infláveis, uma proteção ótima é assegurada para o usuário. De fato, a proteção do joelho é assegurada pelas bolsas de ar infláveis situadas de um lado e de outro do entalhe de cada perneira, uma vez que as bolsas de ar estão infladas, o joelho se encontra no fundo de um aprofundamento delimitado pelas bolsas de ar, o que assegura sua proteção. No entanto, a ausência de bolsas infláveis ao nível do joelho permite, em caso de acionamento intempestivo das bolsas de ar, não diminuir a mobilidade do joelho e, portanto, não criar rigidez que poderia causar acidentes.

[0020] As outras bolsas de ar infláveis são vantajosamente posicionadas nas zonas que são as mais suscetíveis de ser tocadas por ocasião de um acidente, a saber a parte de trás da panturrilha e uma zona situada na parte de trás, e no lado exterior da coxa.

[0021] A espessura uma vez inflada dessa última bolsa de ar é adaptada para não impedir dobrar pelo menos em parte a perna.

[0022] A entreperna do usuário não é protegida pois essa zona só é raramente tocada por ocasião de um acidente de veículos de duas rodas. Essa ausência de proteção permite em contrapartida conservar o controle do veículo de duas rodas em caso de acionamento intempestivo das bolsas de ar,

DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[0023] Outras características, objetivos e vantagens da invenção se destacarão da descrição que se segue, que é puramente ilustrativa e não limitativa, e que deve ser lida em referência aos desenhos anexos nos quais: - A figura 1 representa esquematicamente um exemplo de roupa de proteção de acordo com um modo de realização da invenção, posicionada sobre um usuário, - A figura 2 representa esquematicamente um exemplo de roupa de proteção de acordo com um modo de realização da invenção, em posição estendida, - A figura 3 representa esquematicamente a proteção do joelho de um usuário uma vez que as bolsas de ar estão infladas, - As figuras 4a a 4c representam esquematicamente vários modos de realização de um dispositivo de acionamento das bolsas de ar.

DESCRIÇÃO DETALHADA DE PELO MENOS UM MODO DE REALIZAÇÃO DA INVENÇÃO

[0024] Em referência às figuras 1 e 2, foi representada uma roupa de proteção 1, que pode ser utilizada para tornar mais seguro um usuário por exemplo na prática do veículo de duas rodas, notadamente da moto, e também na prática da equitação, do esqui ou de outros esportes de deslizamento, ou ainda do salto de paraquedas.

[0025] Essa roupa de proteção 1 toma a forma de uma calça, ou mais precisamente de uma sobrecalça, quer dizer que ela é de preferência colocada em cima da calça de um usuário.

[0026] A roupa de proteção 1 compreende uma cinta 10 adaptada para vir circundar a cintura de um usuário U, e duas perneiras 20 ligadas à cinta 10. Cada perneira é adaptada para circundar a perna de um usuário, e compreende notadamente uma porção superior 21 adaptada para ser enrolada em torno da coxa, e uma porção inferior 22, adaptada para ser enrolada em torno da panturrilha do usuário.

[0027] Como visível na figura 2, as porções superior e inferior de cada perneira 20 tomam, portanto substancialmente a forma de tiras que podem ser enroladas em torno da perna e fechar por meio de um dispositivo de fechamento 29 situado nas extremidades opostas da tira.

[0028] Isso permite posicionar a roupa sobre o usuário mais facilmente do que se ela tivesse que ser enfiada pelos pés.

[0029] Do mesmo modo, a cinta 10 é de preferência adaptada para poder ser fechada em torno da cintura do usuário, e apresenta, portanto, também uma forma de tira munida em suas extremidades opostas de um dispositivo de fechamento 29.

[0030] A cinta e as perneiras são de preferência formadas em um material têxtil que apresenta uma grande resist6encia à abrasão, como é o caso por exemplo dos têxteis feitos de fibras de poliéster comercializados sob os nomes comerciais Tergal, Dacron, Mylar (por exemplo poliéster de 600 deniers, o denier sendo o peso em grama de um comprimento de 9 metros de fio de tecido), ou dos têxteis feitos de fibras de poliamida comercializados sob os nomes de Nylon ou Tenax, o têxtil sendo de preferência revestido com um revestimento que o torna impermeável, por exemplo de silicone.

[0031] Tomando como exemplo a necessidade para a maior parte dos motociclistas de se equiparem com uma calça de chuva, uma atenção especial será dada a um têxtil impermeável, com possibilidade de recorrer a tiras de tecidos impermeáveis complementares que podem se liberar em caso de chuva e se fixar à roupa por meio de tiras de Velcro sobre as partes visíveis e expostas à chuva. A roupa 1 poderá portanto também se substituir a uma calça de chuva para oferecer por outro lado uma proteção em matéria de segurança.

[0032] Como visível nas figuras 1 e 2, as porções superior 21 e inferior 22 de cada perneira são ligadas entre si por uma porção intermediária 23, tipicamente em forma de tira. Essa porção intermediária 23 é conformada para que a perneira apresenta um entalhe 24 em frente à face da frente do joelho do usuário uma vez que a perneira 20 está em posição sobre a perna do usuário. A tira 23 vem então se posicionar na parte de trás da articulação do joelho.

[0033] Além disso, cada perneira 20 é ligada solidariamente à cinta 10 por uma tira 25 que é conformada para que a roupa 1 apresente um entalhe 26 em frente à entreperna do usuário.

[0034] A roupa 1 compreende por outro lado uma pluralidade de bolsas de ar infláveis 30, também conhecidos sob o anglicismo “airbag”, assim como um sistema de acionamento 40 (representado nas figuras 3, 4a e 4b) das bolsas de ar infláveis adaptado para acionar a inflação das bolsas de ar em circunstâncias predeterminadas.

[0035] As bolsas de ar infláveis 30 são posicionadas judiciosamente para permitir a proteção dos joelhos dos usuários. Assim, a porção superior 21 e a porção inferior 22 de cada perneira compreendem cada uma delas uma bolsa de ar inflável 30 disposta de maneira adjacente ao entalhe 24, duas bolsas de ar 30 se encontrando, portanto, de um lado e de outro do entalhe.

[0036] Em referência à figura 3, essas bolsas de ar são dimensionadas de modo que uma vez que elas estão infladas, a espessura das mesmas seja de pelo menos 3 cm. Em consequência disto o joelho se encontra em um aprofundamento de pelo menos 3 cm de profundidade delimitado pelas bolsas de ar uma vez infladas, que corresponde à espessura da bolsa de ar adicionada da espessura da peneira da roupa. Esse aprofundamento permite afastar o joelho de uma superfície de impacto.

[0037] Além disso, a espessura das bolsas de ar uma vez que elas estão infladas é de preferência inferior a 8 cm para evitar que um acionamento intempestivo gere uma perda de controle do veículo (por exemplo no caso de um choque lateral que aciona uma bolsa de ar lateral, e depois do qual o motorista consegue retomar o controle do veículo).

[0038] No entanto, no caso de um acionamento intempestivo da inflação das bolsas de ar 30, a mobilidade da articulação do joelho é preservada devido à ausência de uma bolsa de ar inflável ao nível do joelho, o que permite limitar o risco de acidente consecutivo a essa inflação inopinada.

[0039] Por outro lado, cada perneira compreende de preferência duas outras bolsas de ar infláveis.

[0040] Uma bolsa de ar inflável 30 se situa na porção inferior 22 de cada perneira 20, sendo para isso posicionada de maneira a cobrir, e, portanto, proteger, a parte de trás da panturrilha do usuário quando este último veste a roupa. É compreendido que a distância entre as duas bolsas de ar 30 da porção inferior 22 da perneira para obter esse resultado depende do tamanho do usuário e, portanto, do tamanho da roupa. De maneira conhecida em si, será possível propor uma roupa que apresenta vários tamanhos padronizados para corresponder a pessoas de estaturas variadas.

[0041] Uma outra bolsa de ar inflável 30 se situa na porção superior 21 de cada perneira 20, sendo para isso posicionada de maneira a cobrir, e, portanto, proteger, uma zona situada no lado exterior da coxa. Mais precisamente essa bolsa cobre de preferência uma zona disposta no um quarto de circunferência da coxa definido entre a direita e a parte de trás do usuário. Assim essa bolsa de ar é decalada na direção do exterior em relação à parte de trás da coxa, de maneira a proteger de modo ótimo os usuários de veículos de duas rodas. De fato, é essa zona, e não a parte de trás da coxa, que é principalmente tocada em caso de acidente.

[0042] Vantajosamente, mas facultativamente, essa bolsa 30 é conformada de maneira a apresentar uma espessura, uma vez que ela está inflada, compreendida entre 3 e 8 cm. De fato, a espessura deve exceder uma espessura mínima para garantir a proteção da coxa, mas não deve exceder uma espessura máxima para além da qual o usuário seria incomodado para dobrar sua perna, considerando a posição dessa bolsa de ar.

[0043] Em referência às figuras 3 e 4a a 4c, o sistema de acionamento 40 das bolsas de ar infláveis compreende um cartucho de ar comprimido 41, que é vantajosamente posicionado dentro de uma bolsa da cinta que é acessível pelo usuário, mas que de preferência pode ser fechada para impedir que o cartucho saia dela.

[0044] O sistema de acionamento 40 compreende por outro lado um circuito de alimentação 42 das bolsas de ar 30, que liga o cartucho 41 a cada uma das bolsas de ar.

[0045] Além disso, o sistema de acionamento 40 compreende uma unidade de controle 43, adaptada para comandar a abertura do cartucho de ar comprimido a fim que esse último infle as bolsas de ar. Essa unidade de controle compreende vantajosamente um computador (não representado) de tipo processador, microprocessador ou microcomputador.

[0046] Em referência às figuras 4a a 4c, várias possibilidades podem ser consideradas para acionar a inflação das bolsas de ar. De acordo com uma primeira possibilidade representada na figura 4a, o sistema de acionamento compreende por outro lado um ou vários sensores 44, que podem compreender um ou vários sensores de velocidade e um ou vários acelerômetros.

[0047] A unidade de controle 43 é nesse caso conectada aos sensores e adaptada para comandar a inflação das bolsas de ar em caso de uma desaceleração superior a um limite predeterminado, combinada ou não com uma velocidade inicial antes da desaceleração superior a um outro limite. Em variante, por exemplo em caso de utilização da roupa por ocasião da circulação em veículo de duas rodas, o veículo pode também compreender um sensor de velocidade ao qual a unidade de controle é conectada, vantajosamente por uma conexão sem fio de tipo Bluetooth. A unidade de controle pode nesse caso acionar a inflação dos airbags quando a diferença entre a velocidade do veículo e a velocidade da roupa excede um limite predeterminado.

[0048] Na variante representada na figura 4b, no caso de uma utilização da roupa por ocasião da circulação em veículo de duas rodas, a roupa pode compreender um cabo de conexão 45 ao veículo que é conectado à unidade de controle. Em caso de ruptura de contato ou de tensão superior a um limite determinado, a unidade de controle pode disparar o acionamento dos airbags.

[0049] De acordo com mais uma outra variante representada na figura 4c, a roupa

1 pode ser utilizada com um colete de proteção, ele próprio equipado com bolsas de ar infláveis e com um sistema de acionamento. Nesse caso a unidade de controle 43 é vantajosamente conectada ao sistema de acionamento do colete por uma interface de conexão 46, de preferência por fios, e recebe do dito sistema as instruções de acionamento da inflação das bolsas de ar.

[0050] A fim de suportar a inflação das bolsas de ar, os dispositivos de fechamento 29 das perneiras (e possivelmente da cinta) permitem vantajosamente acomodar uma pequena variação de comprimento da tira de têxtil que forma essas perneiras, sem se abrir. A esse respeito, cada dispositivo de fechamento compreende de preferência tiras de Velcro nas extremidades de cada tira adaptadas para estarem em frente uma da outra.

[0051] Em variante, cada dispositivo de fechamento pode compreender várias fileiras de botões de pressão, de modo que alguns possam se soltar por ocasião da inflação.

[0052] Finalmente, é constatado que mesmo se as bolsas de ar estão infladas, o entalhe 26 ao nível da entreperna do usuário permite não incomodar o usuário, notadamente na direção de seu veículo de duas rodas no caso de acionamento intempestivo.

[0053] A estrutura da roupa, acoplada à disposição das bolsas de ar, permite, portanto, uma proteção ótima do usuário, inclusive em caso de acionamento inopinado das bolsas de ar.

[0054] Em uma variante vantajosa da invenção, os entalhes poderão ser alargados minimizando assim as partes de roupa a fim de permitir também que os usuários de lambreta se equipem com esta roupa de proteção minimizando para isso o volume que ela induz.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Roupa (1) de proteção que compreende: - uma cinta (10), adaptada para ser posicionada em torno da cintura de um usuário (U), - duas perneiras (20), cada perneira compreendendo uma porção superior (21) destinada a ser enrolada em torno de uma coxa do usuário, uma porção inferior (22) destinada a ser enrolada em torno de uma panturrilha do usuário, e uma porção intermediária (23) que liga entre si as porções superior (21) e inferior (22), - uma pluralidade de bolsas de ar infláveis (30) de segurança, e - um dispositivo de acionamento (40) adaptado para acionar a inflação das bolsas de ar, caracterizado pelo fato de que a porção intermediária (23) de cada perneira compreende um entalhe adaptado para vir em frente à parte da frente do joelho do usuário quando a perneira está em posição em torno de sua perna, e pelo fato de que a porção superior (21) e a porção inferior (22) de cada perneira (30) compreendem cada uma delas pelo menos uma bolsa de ar inflável (30) disposta de modo adjacente ao entalhe da porção intermediária.

2. Roupa (1) de proteção de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que cada bolsa de ar inflável (30) é adaptada para apresentar, uma vez que ela está inflada, uma espessura de pelo menos 3 cm.

3. Roupa (1) de proteção de acordo a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a porção inferior (22) de cada perneira (20) compreende uma bolsa de ar inflável (30) suplementar disposta no lado oposto à primeira em relação à primeira quando a perneira está em posição em torno da perna do usuário.

4. Roupa (1) de proteção de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que a porção superior (21) de cada perneira (20) compreende uma bolsa de ar inflável (30) suplementar disposta em uma distância da primeira, de modo a se encontrar no lado exterior da coxa do usuário quando a perneira está em posição em torno da perna do usuário.

5. Roupa (1) de proteção de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a bolsa de ar inflável (30) suplementar da porção superior (22) de cada perneira (20) é adaptada para apresentar, uma vez que ela está inflada, uma espessura compreendida entre 3 e 8 cm.

6. Roupa (1) de proteção de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que as porções inferiores (22) e superiores (21) de cada perneira (20) compreendem um dispositivo de fixação (29) escolhido pelo grupo que consiste em: tiras de Velcro, e várias fileiras de botões de pressão.

7. Roupa (1) de proteção de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de acionamento (40) compreende um cartucho de ar comprimido (41), um circuito de alimentação (42) das bolsas de ar (30) que liga as bolsas de ar ao cartucho (41), e uma unidade de controle (43) adaptada para comandar a abertura do cartucho de ar comprimido (41).

8. Roupa (1) de proteção de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de acionamento (40) compreende adicionalmente pelo menos um sensor de velocidade ou de aceleração (44), ou compreende uma interface de conexão (46) do circuito eletrônico de acionamento a um dispositivo de acionamento de uma outra roupa de proteção.

9. Roupa (1) de proteção de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de que a dita roupa apresenta um entalhe (26) adaptado para vir em frente à entreperna do usuário quando a roupa está em posição no usuário.

10. Utilização de uma roupa (1) de proteção conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 9 caracterizada por ser para prática da moto, do esqui, do salto de paraquedas ou da equitação.