BR112020003974A2 - métodos para intensificar e/ou estabilizar função cardíaca em pacientes com doença de fabry - Google Patents

métodos para intensificar e/ou estabilizar função cardíaca em pacientes com doença de fabry Download PDF

Info

Publication number
BR112020003974A2
BR112020003974A2 BR112020003974-8A BR112020003974A BR112020003974A2 BR 112020003974 A2 BR112020003974 A2 BR 112020003974A2 BR 112020003974 A BR112020003974 A BR 112020003974A BR 112020003974 A2 BR112020003974 A2 BR 112020003974A2
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
migalastat
patient
fact
salt
mwfs
Prior art date
Application number
BR112020003974-8A
Other languages
English (en)
Inventor
Jeff Castelli
Jay Barth
Nina Skuban
Original Assignee
Amicus Therapeutics, Inc.
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Amicus Therapeutics, Inc. filed Critical Amicus Therapeutics, Inc.
Publication of BR112020003974A2 publication Critical patent/BR112020003974A2/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/33Heterocyclic compounds
    • A61K31/395Heterocyclic compounds having nitrogen as a ring hetero atom, e.g. guanethidine or rifamycins
    • A61K31/435Heterocyclic compounds having nitrogen as a ring hetero atom, e.g. guanethidine or rifamycins having six-membered rings with one nitrogen as the only ring hetero atom
    • A61K31/44Non condensed pyridines; Hydrogenated derivatives thereof
    • A61K31/445Non condensed piperidines, e.g. piperocaine
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P43/00Drugs for specific purposes, not provided for in groups A61P1/00-A61P41/00
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P9/00Drugs for disorders of the cardiovascular system
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P9/00Drugs for disorders of the cardiovascular system
    • A61P9/04Inotropic agents, i.e. stimulants of cardiac contraction; Drugs for heart failure
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K9/00Medicinal preparations characterised by special physical form
    • A61K9/08Solutions
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K9/00Medicinal preparations characterised by special physical form
    • A61K9/20Pills, tablets, discs, rods
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K9/00Medicinal preparations characterised by special physical form
    • A61K9/48Preparations in capsules, e.g. of gelatin, of chocolate

Landscapes

  • Health & Medical Sciences (AREA)
  • General Health & Medical Sciences (AREA)
  • Animal Behavior & Ethology (AREA)
  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Public Health (AREA)
  • Medicinal Chemistry (AREA)
  • Veterinary Medicine (AREA)
  • Pharmacology & Pharmacy (AREA)
  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Bioinformatics & Cheminformatics (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • General Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Organic Chemistry (AREA)
  • Nuclear Medicine, Radiotherapy & Molecular Imaging (AREA)
  • Chemical Kinetics & Catalysis (AREA)
  • Cardiology (AREA)
  • Epidemiology (AREA)
  • Heart & Thoracic Surgery (AREA)
  • Hospice & Palliative Care (AREA)
  • Pharmaceuticals Containing Other Organic And Inorganic Compounds (AREA)
  • Medicines That Contain Protein Lipid Enzymes And Other Medicines (AREA)
  • Medicinal Preparation (AREA)
  • Medicines Containing Material From Animals Or Micro-Organisms (AREA)
  • Acyclic And Carbocyclic Compounds In Medicinal Compositions (AREA)
  • Enzymes And Modification Thereof (AREA)

Abstract

  São fornecidos métodos para o tratamento da doença de Fabry em um paciente. Certos métodos se referem a tratamento de pacientes de Fabry com experiência em ERT ou ERT-naïve. Certos métodos compreendem administrar ao paciente cerca de 100 mg a cerca de 150 mg de base livre equivalente de migalastat para intensificar e/ou estabilizar a função cardíaca.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para: “MÉTODOS PARA INTENSIFICAR E/OU ESTABILIZAR FUNÇÃO CARDÍACA EM PACIENTES COM DOENÇA DE FABRY”
REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDOS RELACIONADOS
[0001] Este pedido reivindica a prioridade do Pedido Provisório US 62/550,984 depositado em 28 de agosto de 2017, que é incorporado por referência neste documento na sua totalidade.
CAMPO DA TÉCNICA
[0002] Os princípios e modalidades da presente invenção referem-se geralmente ao uso de chaperonas farmacológicas para o tratamento de distúrbios de armazenamento lisossômico, particularmente o uso de migalastat para o tratamento da doença de Fabry.
FUNDAMENTOS
[0003] A doença de Fabry é um erro congênito progressivo, ligado ao X, do metabolismo glicosfingolipídico causado por uma deficiência na enzima lisossômica α- galactosidase A (α-Gal A) como resultado de mutações no gene α-Gal A (GLA). Apesar de ser um distúrbio ligado ao X, mulheres podem expressar graus variados de manifestações clínicas. Fabry é uma doença rara, com incidência estimada entre 1 em 40. 000 homens e 1 em 117. 000 na população em geral. Além disso, existem variantes do fenótipo de início tardio da doença de Fabry que podem ser subdiagnosticadas,
pois não apresentam sinais e sintomas clássicos. Isso e a triagem neonatal para a doença de Fabry sugerem que a incidência real da doença de Fabry pode ser maior do que a atualmente estimada.
[0004] Não tratada, a expectativa de vida em pacientes Fabry é reduzida e a morte geralmente ocorre na quarta ou quinta década devido a doença vascular que afeta os rins, coração e/ou sistema nervoso central. A deficiência enzimática leva ao acúmulo intracelular do substrato globotriaosilceramida (GL-3) no endotélio vascular e tecidos viscerais em todo o corpo. A deterioração gradual da função renal e o desenvolvimento de azotemia, devido à deposição de glicosfingolipídeos, geralmente ocorrem na terceira a quinta décadas de vida, mas podem ocorrer já na segunda década.
Lesões renais são encontradas em pacientes hemizigotos (masculinos) e heterozigotos (femininos).
[0005] A doença cardíaca como resultado da doença de Fabry ocorre na maioria dos homens e em muitas mulheres. Os achados cardíacos iniciais incluem aumento do ventrículo esquerdo, comprometimento valvular e anormalidades de condução. A insuficiência mitral é a lesão valvar mais frequente, tipicamente presente na infância ou adolescência.
As manifestações cerebrovasculares resultam principalmente do envolvimento multifocal de pequenos vasos e podem incluir tromboses, ataques isquêmicos transitórios, isquemia e aneurisma da artéria basilar, convulsões, hemiplegia, hemianestesia, afasia, distúrbios labirínticos ou hemorragias cerebrais. A idade média de início das manifestações cerebrovasculares é de 33,8 anos. A mudança de personalidade e o comportamento psicótico podem se manifestar com o aumento da idade.
[0006] Uma terapia aprovada para o tratamento da doença de Fabry é a terapia de reposição enzimática (ERT), que normalmente envolve infusão intravenosa de uma forma purificada da correspondente proteína do tipo selvagem.
Atualmente, dois produtos α-Gal A estão disponíveis para o tratamento da doença de Fabry: agalsidase alfa (Replagal ®, Shire Human Genetic Therapies) e agalsidase beta (Fabrazyme ®; Sanofi Genzyme Corporation). Embora a ERT seja eficaz em muitas situações, o tratamento também tem limitações. Não foi demonstrado que a ERT diminui o risco de derrame, o músculo cardíaco responde lentamente e a eliminação de GL-3 de alguns tipos celulares dos rins é limitada. Alguns pacientes também desenvolvem reações imunes à ERT.
[0007] Consequentemente, permanece a necessidade de terapias para o tratamento da doença de Fabry, especialmente para intensificar a função cardíaca.
SUMÁRIO
[0008] Vários aspectos da presente invenção referem- se ao tratamento da doença de Fabry em pacientes ERT-naïve e com experiência em ERT usando migalastat. Esse tratamento pode incluir intensificar e/ou estabilizar a função cardíaca, como aumentar e/ou estabilizar o encurtamento fracionário da parede média (MWFS).
[0009] Um aspecto da presente invenção refere-se a um método para intensificar a função cardíaca em um paciente com doença de Fabry, o método compreendendo administrar ao paciente uma formulação compreendendo uma quantidade eficaz de migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias para intensificar a função cardíaca do paciente, em que a quantidade eficaz é de cerca de 100 mg a cerca de 150 mg de base livre equivalente (FBE).
[0010] Em uma ou mais modalidades, a intensificação da função cardíaca compreende intensificar a função sistólica do ventrículo esquerdo.
[0011] Em uma ou mais modalidades, o paciente tem MWFS comprometido antes de iniciar a administração do migalastat ou sal do mesmo.
[0012] Em uma ou mais modalidades, o paciente tem hipertrofia ventricular esquerda (LVH) antes de iniciar a administração do migalastat ou sal do mesmo.
[0013] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo intensifica a atividade de α-Gal A.
[0014] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 123 mg de FBE do migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias.
[0015] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 123 mg de base livre de migalastat a cada dois dias.
[0016] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 150 mg de cloridrato de migalastat a cada dois dias.
[0017] Em uma ou mais modalidades, a formulação compreende uma forma de dosagem oral. Em uma ou mais modalidades, a forma de dosagem oral compreende um comprimido, uma cápsula ou uma solução.
[0018] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 12 meses.
[0019] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 24 meses.
[0020] Em uma ou mais modalidades, o paciente é um paciente ERT-naïve.
[0021] Em uma ou mais modalidades, a administração de migalastat ou um sal do mesmo proporciona um aumento médio no MWFS em um grupo de pacientes ERT-naïve com MWFS comprometido de pelo menos cerca de 1% após 24 meses de administração do migalastat ou um sal do mesmo.
[0022] Em uma ou mais modalidades, o paciente é um paciente com experiência em ERT.
[0023] Outro aspecto da presente invenção refere-se a um método para aumentar MWFS em um paciente com doença de Fabry, o método compreendendo administrar ao paciente uma formulação compreendendo uma quantidade eficaz de migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias para aumentar o MWFS do paciente, em que a quantidade eficaz é de cerca de 100 mg a cerca de 150 mg de FBE.
[0024] Em uma ou mais modalidades, o paciente tem MWFS comprometido antes de iniciar a administração do migalastat ou sal do mesmo.
[0025] Em uma ou mais modalidades, o paciente tem LVH antes de iniciar a administração do migalastat ou sal do mesmo.
[0026] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo intensifica a atividade de α-Gal A.
[0027] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 123 mg de FBE do migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias.
[0028] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 123 mg de base livre de migalastat a cada dois dias.
[0029] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 150 mg de cloridrato de migalastat a cada dois dias.
[0030] Em uma ou mais modalidades, a formulação compreende uma forma de dosagem oral. Em uma ou mais modalidades, a forma de dosagem oral compreende um comprimido, uma cápsula ou uma solução.
[0031] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 12 meses.
[0032] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 24 meses.
[0033] Em uma ou mais modalidades, o paciente é um paciente ERT-naïve.
[0034] Em uma ou mais modalidades, a administração de migalastat ou um sal do mesmo proporciona um aumento médio no MWFS em um grupo de pacientes ERT-naïve com MWFS comprometido de pelo menos cerca de 1% após 24 meses de administração do migalastat ou um sal do mesmo.
[0035] Em uma ou mais modalidades, o paciente é um paciente com experiência em ERT.
[0036] Outro aspecto da presente invenção refere-se a um método para normalizar MWFS em um paciente com doença de Fabry e MWFS comprometido, o método compreendendo administrar ao paciente uma formulação compreendendo uma quantidade eficaz de migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias para normalizar o MWFS do paciente, em que a quantidade eficaz é de cerca de 100 mg a cerca de 150 mg de FBE.
[0037] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo intensifica a atividade de α-Gal A.
[0038] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 123 mg de FBE do migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias.
[0039] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 123 mg de base livre de migalastat a cada dois dias.
[0040] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 150 mg de cloridrato de migalastat a cada dois dias.
[0041] Em uma ou mais modalidades, a formulação compreende uma forma de dosagem oral. Em uma ou mais modalidades, a forma de dosagem oral compreende um comprimido, uma cápsula ou uma solução.
[0042] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 12 meses.
[0043] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 24 meses.
[0044] Em uma ou mais modalidades, o paciente é um paciente ERT-naïve.
[0045] Em uma ou mais modalidades, a administração de migalastat ou um sal do mesmo proporciona um aumento médio no MWFS em um grupo de pacientes ERT-naïve com MWFS comprometido de pelo menos cerca de 1% após 24 meses de administração do migalastat ou um sal do mesmo.
[0046] Outro aspecto da presente invenção refere-se a um método para estabilizar MWFS em um paciente com doença de Fabry, o método compreendendo administrar ao paciente uma formulação compreendendo uma quantidade eficaz de migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias para estabilizar o MWFS do paciente, em que a quantidade eficaz é de cerca de 100 mg a cerca de 150 mg de FBE.
[0047] Em uma ou mais modalidades, o paciente tem MWFS comprometido antes de iniciar a administração do migalastat ou sal do mesmo.
[0048] Em uma ou mais modalidades, o paciente tem LVH antes de iniciar a administração do migalastat ou sal do mesmo.
[0049] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo intensifica a atividade de α-Gal A.
[0050] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 123 mg de FBE do migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias.
[0051] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 123 mg de base livre de migalastat a cada dois dias.
[0052] Em uma ou mais modalidades, o paciente é administrado cerca de 150 mg de cloridrato de migalastat a cada dois dias.
[0053] Em uma ou mais modalidades, a formulação compreende uma forma de dosagem oral. Em uma ou mais modalidades, a forma de dosagem oral compreende um comprimido, uma cápsula ou uma solução.
[0054] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 12 meses.
[0055] Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 30 meses.
[0056] Em uma ou mais modalidades, o paciente é um paciente com experiência em ERT.
[0057] Em uma ou mais modalidades, a administração de migalastat ou um sal do mesmo proporciona uma alteração média no MWFS em um grupo de pacientes com experiência ERT com MWFS comprometido superior a cerca de -0,5% após 30 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0058] Outras características da presente invenção serão evidentes a partir da seguinte descrição escrita e das figuras anexas, nas quais:
[0059] As FIGS. 1A-E mostram a sequência completa de DNA do gene GLA de tipo selvagem humano (SEQ ID NO:1);
[0060] A FIG. 2 mostra a proteína α-Gal A de tipo selvagem (SEQ ID NO:2); e
[0061] A FIG. 3 mostra a sequência de ácido nucleico que codifica a proteína α-Gal A de tipo selvagem (SEQ ID NO:3).
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0062] Antes de descrever as diversas modalidades exemplificativas da invenção, deve ser entendido que a invenção não está limitada aos detalhes da construção ou às etapas de processo estabelecidas na seguinte descrição. A invenção é capaz de outras modalidades e de ser praticada ou ser realizada de várias maneiras.
[0063] Vários aspectos da presente invenção referem- se a regimes de dosagem para a administração de chaperonas farmacológicas como o migalastat para o tratamento da doença de Fabry. Em uma ou mais modalidades, os regimes de dosagem de migalastat intensificam um ou mais parâmetros cardíacos de um paciente.
Definições
[0064] Os termos usados neste relatório descritivo geralmente têm seus significados comuns na técnica, dentro do contexto desta invenção e do contexto específico em que cada termo é usado. Certos termos são discutidos abaixo ou em outros lugares no relatório descritivo para prover orientação adicional ao profissional na descrição das composições e métodos da invenção e como fazê-los e usá-los.
[0065] O termo "doença de Fabry" refere-se a um erro congênito ligado ao X do catabolismo glicosfingolipídico devido à deficiência da atividade lisossômica da α-Gal A.
Esse defeito causa acúmulo de substrato globotriaosilceramida ("GL-3", também conhecido como Gb3 ou ceramida tri-hexosídeo) e glicosfingolipídeos relacionados em lisossomos endoteliais vasculares do coração, rins, pele e outros tecidos. Outro substrato da enzima é a globotriaosilssfingosina plasmática ("plasma liso-Gb3").
[0066] O termo "doença de Fabry atípica" refere-se a pacientes com manifestações principalmente cardíacas da deficiência de α-Gal A, ou seja, acúmulo progressivo de GL- 3 nas células do miocárdio que leva a um aumento significativo do coração, particularmente do ventrículo esquerdo.
[0067] Um "portador" é uma mulher que possui um cromossomo X com um gene α-Gal A defeituoso e um cromossomo X com o gene normal e em quem a inativação do cromossomo X do alelo normal está presente em um ou mais tipos de células.
Um portador é frequentemente diagnosticado com doença de Fabry.
[0068] Um "paciente" refere-se a um sujeito que foi diagnosticado com ou está com suspeita de ter uma doença específica. O paciente pode ser humano ou animal.
[0069] Um "paciente de Fabry" refere-se a um indivíduo que foi diagnosticado com ou é suspeito de ter doença de Fabry e tem um α-Gal A mutado, conforme definido mais adiante. Marcadores característicos da doença de Fabry podem ocorrer em hemizigotos masculinos e portadores do sexo feminino com a mesma prevalência, embora as mulheres sejam tipicamente menos afetadas.
[0070] A α-galactosidase A humana (α-Gal A) refere- se a uma enzima codificada pelo gene GLA humano. A sequência de DNA completa de α-Gal A, incluindo íntrons e éxons, está disponível no Nº de Acessão GenBank X14448. 1 e mostrada na FIG. 1A-E (SEQ ID NO:1). A enzima α-Gal A humana consiste em 429 aminoácidos e está disponível nos Nos de Acessão GenBank X14448. 1 e U78027. 1 e mostrada na FIG. 2 (SEQ ID NO:2). A sequência de ácido nucleico que inclui apenas as regiões codificadoras (isto é, éxons) da SEQ ID NO:1 é mostrada na FIG. 3 (SEQ ID NO:3).
[0071] O termo "proteína mutante" inclui uma proteína que possui uma mutação no gene que codifica a proteína que resulta na incapacidade da proteína de obter uma conformação estável nas condições normalmente presentes no retículo endoplasmático (ER). A falha em obter uma conformação estável resulta em uma quantidade substancial da enzima sendo degradada, em vez de ser transportada para o lisossomo. Essa mutação às vezes é chamada de "mutante conformacional". Tais mutações incluem, mas não estão limitadas a, mutações sem sentido e pequenas deleções e inserções dentro do quadro.
[0072] Como utilizado neste documento em uma modalidade, o termo "α-Gal A mutante" inclui uma α-Gal A que possui uma mutação no gene que codifica α-Gal A que resulta na incapacidade da enzima de obter uma conformação estável sob as condições normalmente presente no ER. A falha em obter uma conformação estável resulta em uma quantidade substancial da enzima sendo degradada, em vez de ser transportada para o lisossomo.
[0073] Como utilizado neste documento, o termo "chaperona farmacológica" ("PC") refere-se a qualquer molécula, incluindo uma molécula pequena, proteína, peptídeo, ácido nucleico, carboidrato, etc. que se liga especificamente a uma proteína e tem um ou mais dos seguintes efeitos:(i) intensifica a formação de uma conformação molecular estável da proteína; (ii) induz o tráfego da proteína do ER para outro local celular, preferencialmente um local celular nativo, isto é, impede a degradação da proteína associada ao ER; (iii) evita a agregação de proteínas dobradas; e/ou (iv) restaura ou intensifica pelo menos a função e/ou atividade parcial do tipo selvagem na proteína. Um composto que se liga especificamente a, por exemplo, α-Gal A, significa que ele se liga e exerce um efeito de chaperona na enzima e não um grupo genérico de enzimas relacionadas ou não relacionadas. Mais especificamente, este termo não se refere a chaperonas endógenas, como BiP, ou a agentes não específicos que demonstraram atividade não específica de chaperona contra várias proteínas, como glicerol, DMSO ou água deuterada, isto é, chaperonas químicas. Em uma ou mais modalidades da presente invenção, o PC pode ser um inibidor competitivo reversível. Numa modalidade, o PC é migalastat ou um sal do mesmo. Em outra modalidade, o PC é base livre de migalastat (por exemplo, 123 mg de base livre de migalastat). Em ainda outra modalidade, o PC é um sal de migalastat (por exemplo, 150 mg de HCl de migalastat).
[0074] Um "inibidor competitivo" de uma enzima pode se referir a um composto que se assemelha estruturalmente à estrutura química e à geometria molecular do substrato da enzima para ligar a enzima aproximadamente no mesmo local que o substrato. Assim, o inibidor compete pelo mesmo sítio ativo que a molécula do substrato, aumentando assim o Km. A inibição competitiva é geralmente reversível se moléculas de substrato suficientes estão disponíveis para deslocar o inibidor, isto é, inibidores competitivos podem se ligar reversivelmente. Portanto, a quantidade de inibição enzimática depende da concentração do inibidor, da concentração do substrato e das afinidades relativas do inibidor e do substrato para o sítio ativo.
[0075] Como aqui utilizado, o termo "liga-se especificamente" refere-se à interação de uma chaperona farmacológica com uma proteína como α-Gal A, especificamente, uma interação com resíduos de aminoácidos da proteína que participam diretamente no contato com a chaperona farmacológica. Uma chaperona farmacológica liga-
se especificamente a uma proteína alvo, por exemplo, α-Gal A, para exercer um efeito de chaperona na proteína e não um grupo genérico de proteínas relacionadas ou não relacionadas. Os resíduos de aminoácidos de uma proteína que interagem com qualquer chaperona farmacológica podem ou não estar no "sítio ativo" da proteína. A ligação específica pode ser avaliada através de ensaios de ligação de rotina ou através de estudos estruturais, por exemplo, cocristalização, NMR e semelhantes. O sítio ativo para α-Gal A é o sítio de ligação ao substrato.
[0076] "Atividade deficiente de α-Gal A" refere-se à atividade de α-Gal A em células de um paciente que está abaixo da faixa normal em comparação (usando os mesmos métodos) à atividade em indivíduos normais que não têm ou suspeitam de ter Fabry ou qualquer outra doença (especialmente uma doença do sangue).
[0077] Como utilizado neste documento, os termos "intensificar a atividade de α-Gal A" ou "aumentar a atividade de α-Gal A" se referem ao aumento da quantidade de α-Gal A que adota uma conformação estável em uma célula em contato com uma chaperona farmacológica específica para a α- Gal A, em relação à quantidade em uma célula (de preferência do mesmo tipo de célula ou da mesma célula, por exemplo, mais cedo) não contatado com a chaperona farmacológica específica para a α-Gal A. Este termo também se refere ao aumento do tráfego de α-Gal A para o lisossomo em uma célula contatada com uma chaperona farmacológica específica para o α-Gal A, em relação ao tráfego de α-Gal A não contatado com a chaperona farmacológica específica para a proteína. Estes termos referem-se a α-Gal A de tipo selvagem e mutante. Numa modalidade, o aumento na quantidade de α-Gal A na célula é medido medindo a hidrólise de um substrato artificial em lisados de células que foram tratadas com o PC. Um aumento na hidrólise é indicativo de atividade aumentada de α-Gal A.
[0078] O termo "atividade de α-Gal A" refere-se à função fisiológica normal de uma α-Gal A de tipo selvagem em uma célula. Por exemplo, a atividade de α-Gal A inclui hidrólise de GL-3.
[0079] Um "respondedor" é um indivíduo diagnosticado ou suspeito de ter um distúrbio de armazenamento lisossômico (LSD), como, por exemplo, doença de Fabry, cujas células exibem atividade α-Gal A suficientemente aumentada, respectivamente, e/ou melhoria de sintomas ou intensificação em marcadores substitutos, em resposta ao contato com um PC.
Exemplos não limitativos de intensificações em marcadores substitutos para Fabry são liso-GB3 e aqueles divulgados na Publicação de Pedido de Patente U.S. 2010/0113517, que é aqui incorporado por referência na sua totalidade.
[0080] Exemplos não limitativos de melhorias nos marcadores substitutos para a doença de Fabry divulgados na
US 2010/0113517 incluem aumentos nos níveis de α-Gal A ou atividade nas células (por exemplo, fibroblastos) e tecido; reduções na acumulação de GL-3; concentrações plasmáticas diminuídas de homocisteína e molécula de adesão celular vascular-1 (VCAM-1); diminuição da acumulação de GL-3 nas células do miocárdio e fibrócitos valvares; redução no plasma liso-Gb3; redução da hipertrofia cardíaca (especialmente do ventrículo esquerdo), melhoria da insuficiência valvular e arritmias; melhoria da proteinúria; concentrações urinárias diminuídas de lipídeos, como CTH, lactosilceramida, ceramida e aumento das concentrações urinárias de glucosilceramida e esfingomielina; a ausência de corpos de inclusão laminados (corpos de Zebra) nas células epiteliais glomerulares; melhoras na função renal; mitigação da hipo-hidrose; a ausência de angioqueratomas; e melhorias nas anormalidades auditivas, como perda auditiva neurossensorial de alta frequência, perda auditiva progressiva, surdez súbita ou zumbido. Melhoras nos sintomas neurológicos incluem prevenção de ataque isquêmico transitório (TIA) ou acidente vascular cerebral; e melhora da dor neuropática que se manifesta como acroparaestesia (queimação ou formigamento nas extremidades). Outro tipo de marcador clínico que pode ser avaliado para a doença de Fabry é a prevalência de manifestações cardiovasculares deletérias.
[0081] "Encurtamento fracionário da parede média" ou
"MWFS" é uma medida da função sistólica que identifica pacientes hipertensos que têm evidências de danos nos órgãos- alvo, reserva contrátil comprometida e aumento da mortalidade.
[0082] O termo "função cardíaca" refere-se ao desempenho do coração do paciente. Por exemplo, uma avaliação da função cardíaca é a função sistólica do ventrículo esquerdo, que se refere às características de esvaziamento do coração esquerdo. A função sistólica do ventrículo esquerdo pode ser avaliada de várias maneiras, incluindo, entre outras, fração de ejeção do ventrículo esquerdo (LVEF), encurtamento fracionário endocárdico (EFS) e MWFS.
[0083] Como utilizado neste documento, a frase "estabilização da função cardíaca" e termos semelhantes se referem a reduzir ou interromper o declínio na função cardíaca e/ou restaurar a função cardíaca. Como se espera que os pacientes Fabry não tratados tenham diminuições significativas na função cardíaca ao longo do tempo, intensificações na taxa de deterioração da função cardíaca e/ou intensificações na função cardíaca demonstram um benefício da terapia com migalastat, conforme descrito aqui.
Em várias modalidades, a estabilização da função cardíaca inclui a estabilizar o MWFS. "Estabilizar MWFS" também se refere a reduzir ou interromper o declínio no MWFS.
[0084] O termo "melhora da função cardíaca" refere-
se a uma alteração benéfica em pelo menos um parâmetro usado para avaliar a função cardíaca. Se o parâmetro de um paciente estiver na extremidade inferior de uma faixa normal ou abaixo da faixa normal para esse parâmetro, uma mudança benéfica nesse parâmetro será um aumento nesse parâmetro. Por exemplo, um aumento no MWFS para um paciente com um MWFS baixo é uma intensificação nesse parâmetro. Da mesma forma, se o parâmetro de um paciente estiver na extremidade superior de uma faixa normal ou acima da faixa normal para esse parâmetro, uma mudança benéfica nesse parâmetro será uma diminuição desse parâmetro. Em um aspecto, "intensificar a função cardíaca" compreende um ou mais de (i) melhorar a função ventricular esquerda, (ii) melhorar o encurtamento fracionário, (iii) melhorar a fração de ejeção, (iv) reduzir o volume diastólico final e (v) normalizar da geometria do coração.
[0085] Como utilizado neste documento, o termo "MWFS comprometido" refere-se a um paciente com um MWFS abaixo da faixa normal. A faixa normal de MWFS para uma mulher é de pelo menos 15% e a faixa normal de MWFS para um homem é de pelo menos 14%. Assim, o MWFS comprometido para um paciente do sexo feminino é <15% e o MWFS comprometido para um paciente do sexo masculino é de <14%.
[0086] Como utilizado neste documento, o termo "MWFS normalizador" refere-se ao aumento do MWFS de um paciente de um MWFS comprometido para dentro da faixa normal. Assim, a normalização do MWFS para uma paciente do sexo feminino aumenta o MWFS de <15% para pelo menos 15%, e a normalização do MWFS para um paciente do sexo masculino aumenta o MWFS de <14% para pelo menos 14%.
[0087] Como utilizado neste documento, o termo "hipertrofia ventricular esquerda" ou "LVH" refere-se a um paciente com um índice de massa do ventrículo esquerdo (LVMi) acima da faixa normal de 43-95 g/m2 para mulheres e 49-115 g/m2 para machos. Assim, LVH refere-se a um LVMi > 95 g/m 2 para mulheres > 115 g/m2 para homens.
[0088] A dose que atinge uma ou mais das respostas mencionadas acima é uma "dose terapeuticamente eficaz".
[0089] A frase "farmaceuticamente aceitável" refere- se a entidades e composições moleculares que são fisiologicamente toleráveis e geralmente não produzem reações indesejáveis quando administradas a um ser humano.
Em algumas modalidades, como utilizado neste documento, o termo "farmaceuticamente aceitável" significa aprovado por uma agência reguladora do governo Federal ou estadual ou listado na Farmacopeia dos E.U.A. ou outras farmacopeias geralmente reconhecidas para uso em animais e mais particularmente em seres humanos. O termo "transportador" em referência a um transportador farmacêutico refere-se a um diluente, adjuvante, excipiente ou veículo com o qual o composto é administrado. Esses transportadores farmacêuticos podem ser líquidos estéreis, como água e óleos. Soluções salinas em água ou solução aquosa e soluções aquosas de dextrose e glicerol são preferencialmente empregadas como transportadores, particularmente para soluções injetáveis.
Transportadores farmacêuticos adequados são descritos em "Remington's Pharmaceutical Sciences" by E. W. Martin, 18ª Edição, ou outras edições.
[0090] Como utilizado neste documento, o termo "isolado" significa que o material referenciado é removido do ambiente em que é normalmente encontrado. Assim, um material biológico isolado pode estar livre de componentes celulares, isto é, componentes das células nas quais o material é encontrado ou produzido. Nº caso de moléculas de ácido nucleico, um ácido nucleico isolado inclui um produto de PCR, uma banda de mRNA em um gel, um cDNA ou um fragmento de restrição. Em outra modalidade, um ácido nucleico isolado é preferencialmente excisado do cromossomo no qual ele pode ser encontrado e, mais preferencialmente, não está mais associado a regiões não reguladoras, não codificantes ou a outros genes, localizados a montante ou a jusante do gene contido pela molécula isolada de ácido nucleico quando encontrado no cromossomo. Em ainda outra modalidade, o ácido nucleico isolado carece de um ou mais íntrons. Os ácidos nucleicos isolados incluem sequências inseridas em plasmídeos, cosmídeos, cromossomos artificiais e semelhantes. Assim, em uma modalidade específica, um ácido nucleico recombinante é um ácido nucleico isolado. Uma proteína isolada pode estar associada a outras proteínas ou ácidos nucleicos, ou ambos, aos quais se associa na célula, ou a membranas celulares, se for uma proteína associada à membrana. Uma organela, célula ou tecido isolado é removido do local anatômico em que é encontrado em um organismo. Um material isolado pode ser, mas não precisa ser, purificado.
[0091] O termo "terapia de reposição enzimática" ou "ERT" refere-se à introdução de uma enzima purificada não nativa em um indivíduo com uma deficiência dessa enzima. A proteína administrada pode ser obtida de fontes naturais ou por expressão recombinante (como descrito em maiores detalhes abaixo). O termo também se refere à introdução de uma enzima purificada em um indivíduo que requer ou se beneficia da administração de uma enzima purificada, por exemplo, sofrendo de insuficiência enzimática. A enzima introduzida pode ser uma enzima recombinante purificada produzida in vitro, ou proteína purificada a partir de tecido ou fluido isolado, como, por exemplo, placenta ou leite animal, ou de plantas.
[0092] O termo "paciente ERT-naïve" refere-se a um paciente Fabry que nunca recebeu ERT ou não recebeu ERT por pelo menos 6 meses antes de iniciar a terapia com migalastat.
[0093] O termo "paciente com experiência em ERT" refere-se a um paciente Fabry que estava recebendo ERT imediatamente antes de iniciar a terapia com migalastat. Em algumas modalidades, o paciente com experiência em ERT recebeu pelo menos 12 meses de ERT imediatamente antes de iniciar a terapia com migalastat.
[0094] Como utilizado neste documento, o termo "equivalente de base livre" ou "FBE" refere-se à quantidade de migalastat presente no migalastat ou sal do mesmo. Por outras palavras, o termo "FBE" significa uma quantidade de base livre de migalastat ou a quantidade equivalente de base livre de migalastat que é fornecida por um sal de migalastat.
Por exemplo, devido ao peso do sal cloridrato, 150 mg de cloridrato de migalastat fornecem tanto migalastat quanto 123 mg da forma de base livre de migalastat. Espera-se que outros sais tenham diferentes fatores de conversão, dependendo do peso molecular do sal.
[0095] O termo "migalastat" abrange a base livre de migalastat ou um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo (por exemplo, migalastat HCl), a menos que seja especificamente indicado o contrário.
[0096] Os termos "mutação" e "variante" (por exemplo, como em "mutação ou variante adaptável") referem- se a uma alteração na sequência nucleotídica de um gene ou cromossomo. Os dois termos aqui mencionados são tipicamente usados juntos - por exemplo, como em "mutação ou variante" - referindo-se à mudança na sequência de nucleotídeos declarada na sentença anterior. Se apenas um dos dois termos for recitado por algum motivo, o termo ausente deveria ser incluído e deve-se entender como tal. Além disso, os termos "mutação adaptável" e "variante adaptável" referem-se a uma mutação ou variante adaptável à terapia com PC, porexemplo, uma mutação que é adaptável à terapia com migalastat. Um tipo particular de mutação ou variante adaptável é uma "mutação ou variante adaptável ao ensaio HEK", que é uma mutação ou variante que é determinada como adaptável ao tratamento com migalastat de acordo com os critérios no ensaio HEK in vitro aqui descrito e na Patente US 8.592.362, que é aqui incorporada por referência na sua totalidade.
[0097] Os termos "cerca de" e "aproximadamente" geralmente significam um grau aceitável de erro para a quantidade medida, dada a natureza ou a precisão das medições. Graus exemplificativos, típicos, de erro estão dentro de 20 por cento (%), preferivelmente, dentro de 10% e mais preferivelmente, dentro de 5% de um dado valor ou faixa de valores. Alternativamente, e particularmente em sistemas biológicos, os termos "cerca de" e "aproximadamente" podem significar valores que estão dentro de uma ordem de magnitude, preferencialmente dentro de 10 ou 5 vezes, e mais preferencialmente dentro de 2 vezes de um determinado valor. As quantidades numéricas fornecidas neste documento são aproximadas, a menos que indicado de outra forma, o que significa que o termo "cerca de" ou "aproximadamente" pode ser inferido quando não expressamente indicado.
Doença de Fabry
[0098] A doença de Fabry é um LSD raro, progressivo e devastador, ligado ao X. Mutações no gene GLA resultam em uma deficiência da enzima lisossômica, α-Gal A, necessária para o metabolismo dos glicosfingolipídeos. Desde o início da vida, a redução da atividade de α-Gal A resulta em um acúmulo de glicosfingolipídeos, incluindo GL-3 e plasma liso-Gb3, e leva a sintomas e sequelas limitativas da vida da doença de Fabry, incluindo dor, sintomas gastrointestinais, insuficiência renal, cardiomiopatia, eventos cerebrovasculares e mortalidade precoce. O início precoce da terapia e o tratamento ao longo da vida oferecem uma oportunidade para retardar a progressão da doença e prolongar a expectativa de vida.
[0099] A doença de Fabry abrange um espectro de gravidade da doença e idade de início, embora tradicionalmente tenha sido dividida em 2 fenótipos principais, "clássico" e "início tardio". O fenótipo clássico foi atribuído principalmente a homens com baixa atividade α-Gal A indetectável e início precoce de manifestações renais, cardíacas e/ou cerebrovasculares. O fenótipo de início tardio foi atribuído principalmente a homens com maior atividade residual de α-Gal A e início tardio dessas manifestações da doença. Os portadores fêmeas heterozigotos tipicamente expressam o fenótipo de início tardio, mas, dependendo do padrão de inativação do cromossomo X, também podem exibir o fenótipo clássico.
[0100] Mais de 1.000 mutações de GLA causadoras da doença de Fabry foram identificadas. Aproximadamente 60% são mutações missense, resultando em substituições de um único aminoácido na enzima α-Gal A. Mutações missense GLA geralmente resultam na produção de formas anormalmente dobradas e instáveis de α-Gal A e a maioria está associada ao fenótipo clássico. Mecanismos normais de controle de qualidade celular no ER bloqueiam o trânsito dessas proteínas anormais para os lisossomos e direcionam-nas para degradação e eliminação prematuras. Muitas formas mutantes de falta de sentido são alvos do migalastat, uma chaperona farmacológica específica de α-Gal A.
[0101] As manifestações clínicas da doença de Fabry abrangem um amplo espectro de gravidade e se correlacionam aproximadamente com os níveis residuais de α-Gal A do paciente. A maioria dos pacientes atualmente tratados é chamada de pacientes de Fabry clássicos, a maioria do sexo masculino. Esses pacientes experimentam doenças de vários órgãos, incluindo os rins, coração e cérebro, com os sintomas da doença aparecendo pela primeira vez na adolescência e geralmente progredindo em gravidade até a morte na quarta ou quinta década de vida. Vários estudos recentes sugerem que há um grande número de homens e mulheres não diagnosticados que apresentam uma variedade de sintomas da doença de Fabry, como comprometimento da função cardíaca ou renal e derrames, que geralmente aparecem pela primeira vez na idade adulta.
Indivíduos com esse tipo de doença de Fabry, denominada doença de Fabry de início tardio, tendem a apresentar níveis residuais de α-Gal A mais altos do que os pacientes de Fabry clássicos. Indivíduos com doença de Fabry de início mais tardio geralmente experimentam sintomas da doença na idade adulta e geralmente apresentam sintomas da doença focados em um único órgão, como aumento do ventrículo esquerdo ou insuficiência renal progressiva. Além disso, a doença de Fabry de início tardio também pode se apresentar na forma de derrames de causa desconhecida.
[0102] Os pacientes Fabry apresentam insuficiência renal progressiva e os pacientes não tratados apresentam insuficiência renal em estágio final na quinta década de vida. A deficiência na atividade de α-Gal A leva ao acúmulo de GL-3 e glicosfingolipídeos relacionados em muitos tipos de células, incluindo células nos rins. O GL-3 se acumula nos podócitos, células epiteliais e células tubulares do túbulo distal e alça de Henle. O comprometimento da função renal pode se manifestar como proteinúria e taxa de filtração glomerular reduzida.
[0103] Como a doença de Fabry é rara, envolve múltiplos órgãos, tem uma ampla faixa etária de início e é heterogênea, o diagnóstico adequado é um desafio. A conscientização é baixa entre os profissionais de saúde e erros de diagnóstico são frequentes. O diagnóstico da doença de Fabry é mais frequentemente confirmado com base na diminuição da atividade de α-Gal A no plasma ou leucócitos periféricos (WBCs) quando o paciente é sintomático, juntamente com a análise mutacional. Nas mulheres, o diagnóstico é ainda mais desafiador, uma vez que a identificação enzimática de mulheres portadoras é menos confiável devido à inativação aleatória do cromossomo X em algumas células de portadores. Por exemplo, alguns portadores obrigatórios (filhas de homens afetados classicamente) têm atividades enzimáticas α-Gal A que variam de atividades normais a muito baixas. Como os portadores podem ter atividade normal da enzima α-Gal A nos leucócitos, apenas a identificação de uma mutação α-Gal A por teste genético fornece identificação e/ou diagnóstico preciso do portador.
[0104] Em uma ou mais modalidades, as formas mutantes de α-Gal A são consideradas favoráveis ao migalastat são definidas como mostrando um aumento relativo (+10 µM de migalastat) de ≥1,20 vezes e um aumento absoluto (+ 10 µM de migalastat) de ≥ 3,0% de tipo selvagem (WT) quando a forma mutante de α-Gal A é expressa nas células HEK-293 (denominada "ensaio HEK") de acordo com o ensaio in vitro validado por Boas Práticas de Laboratório (GLP) (GLP HEK ou Ensaio de Adaptabilidade de Migalastat). Tais mutações são também aqui referidas como mutações "adaptáveis ao ensaio HEK".
[0105] Foram fornecidos métodos de triagem anteriores que avaliam a intensificação enzimática antes do início do tratamento. Por exemplo, um ensaio utilizando células HEK-293 foi utilizado em ensaios clínicos para prever se uma determinada mutação será responsiva ao tratamento de chaperona farmacológica (por exemplo, migalastat). Neste ensaio, construtos de cDNA são criados. As formas mutantes de α-Gal A correspondentes são expressas transitoriamente nas células HEK-293. As células são então incubadas ± migalastat (17 nM a 1 mM) por 4 a 5 dias. Depois, os níveis de α-Gal A são medidos em lisados celulares, usando um substrato fluorogênico sintético (4-MU-α-Gal) ou por transferência de Western. Isso foi feito para erros conhecidos causadores de doenças ou pequenas mutações de inserção/exclusão no quadro. Mutações que foram previamente identificadas como responsivas a um PC (por exemplo, migalastat) usando esses métodos estão listadas em Patente
US 8.592.362.
Chaperonas Farmacológicas
[0106] A ligação de inibidores de pequenas moléculas de enzimas associadas aos LSDs pode aumentar a estabilidade da enzima mutante e da enzima correspondente de tipo selvagem (ver Patentes US 6.274.597; 6.583.158; 6.589.964; 6.599.919;
6.916.829 e 7.141.582 todos incorporados aqui por referência). Em particular, a administração de derivados de pequenas moléculas de glicose e galactose, que são inibidores competitivos específicos e seletivos para várias enzimas lisossômicas alvo, aumentou efetivamente a estabilidade das enzimas nas células in vitro e, assim, aumentou o tráfego das enzimas para o lisossomo. Assim, aumentando a quantidade de enzima no lisossomo, espera-se que a hidrólise dos substratos da enzima aumente. A teoria original por trás dessa estratégia era a seguinte: uma vez que a proteína da enzima mutante é instável no ER (Ishii et al., Biochem.
Biophys. Res. Comm. 1996; 220:812-815), a proteína enzimática é retardada na via de transporte normal (ER → aparelho de Golgi → endossomas → lisossomo) e degradada prematuramente. Portanto, um composto que se liga e aumenta a estabilidade de uma enzima mutante, pode servir como uma "chaperona" para a enzima e aumentar a quantidade que pode sair do ER e passar para os lisossomos. Além disso, como o dobramento e o tráfego de algumas proteínas do tipo selvagem são incompletos, com até 70% de algumas proteínas do tipo selvagem sendo degradadas em alguns casos antes de atingir sua localização celular final, as chaperonas podem ser usadas para estabilizar as enzimas de tipo selvagem e aumentar a quantidade de enzima que pode sair do ER e ser trafegada para os lisossomos.
[0107] Em uma ou mais modalidades, a chaperona farmacológica compreende migalastat ou um sal do mesmo. O composto migalastat, também conhecido como 1- desoxigalactonojirimicina (1-DGJ) ou (2R, 3S, 4R, 5S)-2- (hidroximetil)piperdina-3,4,5-triol, é um composto com a seguinte fórmula química: e Base livre de Migalastat
[0108] Como discutido aqui, sais farmaceuticamente aceitáveis de migalastat também podem ser utilizados na presente invenção. Quando é utilizado um sal de migalastat,
a dose do sal será ajustada para que a dose de migalastat recebida pelo paciente seja equivalente à quantidade que teria sido recebida se a base livre de migalastat fosse usada. Um exemplo de um sal farmaceuticamente aceitável de migalastat é o HCl de migalastat: HCl de Migalastat
[0109] O migalastat é um iminoaçúcar de baixo peso molecular e é um análogo da galactose terminal de GL-3.
Estudos farmacológicosin vitro e in vivo demonstraram que o migalastat atua como chaperona farmacológica, ligando-se seletiva e reversivelmente, com alta afinidade, ao sítio ativo de α-Gal A do tipo selvagem e formas mutantes específicas de α-Gal A, os genótipos dos quais são referidos como mutações adaptáveis ao ensaio HEK. A ligação ao migalastat estabiliza essas formas mutantes de α-Gal A no retículo endoplasmático, facilitando o tráfego adequado para os lisossomos, onde a dissociação do migalastat permite que a α-Gal A reduza o nível de GL-3 e outros substratos.
Aproximadamente 30-50% dos pacientes com doença de Fabry apresentam mutações adaptáveis ao teste HEK; a maioria dos quais está associada ao fenótipo clássico da doença.
[0110] As mutações adaptáveis ao teste HEK incluem pelo menos as mutações listadas em uma tabela de referência farmacológica (por exemplo, aquelas citadas nos rótulos dos EUA ou de Produtos Internacionais para um produto migalastat como GALAFOLD®). Como utilizado neste documento, "tabela de referência farmacológica" refere-se a qualquer registro eletrônico ou escrito acessível ao público, incluído no rótulo do produto dentro embalagem de um produto migalastat (por exemplo, GALAFOLD®) ou em um site acessível por prestadores de serviços de saúde que transmita se uma mutação ou variante específica é responsiva à terapia com PC de migalastat (por exemplo, GALAFOLD®) e não está necessariamente limitada a registros escritos apresentados em forma de tabela. Em uma modalidade da presente invenção, uma "tabela de referência farmacológica" refere-se, assim, a qualquer depósito de informações que inclua uma ou mais mutações ou variantes adaptáveis. Uma tabela de referência farmacológica exemplificativa para mutações adaptáveis ao ensaio HEK pode ser encontrada no sumário das características do produto e/ou nas informações de prescrição do GALAFOLD ® em vários países nos quais o GALAFOLD ® está aprovado para uso, ou em um site como www. galafoldamenabilitytable. com ou www. fabrygenevariantsearch. com, cada um dos quais é incorporado por referência em sua totalidade.
[0111] Uma tabela de referência farmacológica exemplificativa para mutações adaptáveis ao ensaio HEK é fornecida na Tabela 1 abaixo. Em uma ou mais modalidades, se uma mutação dupla estiver presente no mesmo cromossomo (homens e mulheres), esse paciente é considerado adaptável ao ensaio HEK, se a mutação dupla estiver presente em uma entrada da Tabela 1 (por exemplo, D55V/Q57L). Em algumas modalidades, se uma mutação dupla estiver presente em cromossomos diferentes (apenas no sexo feminino), esse paciente é considerado adaptável ao ensaio HEK se uma das mutações individuais estiver presente na Tabela 1.
Tabela 1 Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.7C> G c.C7G L3V c.8T>C c.T8C L3P c.[11G>T; 620A>C] c.G11T/A620C R4M/Y207S c.37G>A c.G37A A13T c.37G>C c.G37C A13P c.43G>A c.G43A A15T c.44C>G c.C44G A15G c.53T>G c.T53G F18C c.58G>C c.G58C A20P c.59C>A c.C59A A20D c.70T>C ou c.70T>A c.T70C ou c.T70A W24R c.70T>G c.T70G W24G c.72G>C ou c.72G>T c.G72C ou c.G72T W24C
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.95T>C c.T95C L32P c.97G>C c.G97C D33H c.97G>T c.G97T D33Y c.98A>G c.A98G D33G c.100A>G c.A100G N34D c.101A>C c.A101C N34T c.101A>G c.A101G N34S c.102T>G ou c.T102G ou c.T102A N34K c.102T>A c.103G>C ou c.G103C ou c.G103A G35R c.103G>A c.104G>A c.G104A G35E c.104G>C c.G104C G35A c.104G>T c.G104T G35V c.107T>C c.T107C L36S c.107T>G c.T107G L36W c.108G>C ou c.G108C ou c.G108T L36F c.108G>T c.109G>A c.G109A A37T c.110C>T c.C110T A37V c.122C>T c.C122T T41I c.124A>C ou c.A124C ou c.A124T M42L c.124A>T c.124A>G c.A124G M42V c.125T>A c.T125A M42K c.125T>C c.T125C M42T c.125T>G c.T125G M42R
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.126G>A ou c.G126A ou c.G126C ou M42I c.126G>C ou c.G126T c.126G>T c.137A>C c.A137C H46P c.142G>C c.G142C E48Q c.152T>A c.T152A M51K c.153G>A ou c.G153A ou c.G153T ou M51I c.153G>T ou c.G153C c.153G>C c.157A>G c.A157G N53D c.[157A>C; 158A>T] c.A157C/A158T N53L c.160C>T c.C160T L54F c.161T>C c.T161C L54P c.164A>G c.A164G D55G c.164A>T c.A164T D55V c.[164A>T; 170A>T] c.A164T/A170T D55V/Q57L c.167G>T c.G167T C56F c.167G>A c.G167A C56Y c.170A>T c.A170T Q57L c.175G>A c.G175A E59K c.178C>A c.C178A P60T c.178C>T c.C178T P60S c.179C>T c.C179T P60L c.196G>A c.G196A E66K c.197A>G c.A197G E66G c.207C>A ou c.C207A ou c.C207G F69L c.207C>G c.214A>G c.A214G M72V
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.216G>A ou c.G216A ou c.G216T ou M72I c.216G>T ou c.G216C c.216G>C c.218C>T c.C218T A73V c.227T>C c.T227C M76T c.239G>A c.G239A G80D c.247G>A c.G247A D83N c.253G>A c.G253A G85S c.254G>A c.G254A G85D c.[253G>A; 254G>A] c.G253A/G254A G85N c.[253G>A; 254G>T; c.G253A/G254T/T255G G85M 255T>G] c.261G>C ou c.G261C ou c.G261T E87D c.261G>T c.263A>C c.A263C Y88S c.265C>T c.C265T L89F c.272T>C c.T272C I91T c.288G>A ou c.G288A ou c.G288T ou M96I c.288G>T ou c.G288C c.288G>C c.289G>C c.G289C A97P c.290C>T c.C290T A97V c.305C>T c.C305T S102L c.311G>T c.G311T G104V c.316C>T c.C316T L106F c.322G>A c.G322A A108T c.326A>G c.A326G D109G c.334C>G c.C334G R112G
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.335G>A c.G335A R112H c.337T>A c.T337A F113I c.337T>C ou c.T337C ou c.T339A ou F113L c.339T>A ou c.T339G c.339T>G c.352C>T c.C352T R118C c.361G>A c.G361A A121T c.368A>G c.A368G Y123C c.373C>T c.C373T H125Y c.374A>T c.A374T H125L c.376A>G c.A376G S126G c.383G>A c.G383A G128E c.399T>G c.T399G I133M c.404C>T c.C404T A135V c.408T>A ou c.T408A ou c.T408G D136E c.408T>G c.416A>G c.A416G N139S c.419A>C c.A419C K140T c.427G>A c.G427A A143T c.431G>A c.G431A G144D c.431G>T c.G431T G144V c.434T>C c.T434C F145S c.436C>T c.C436T P146S c.437C>G c.C437G P146R c.454T>C c.T454C Y152H c.455A>G c.A455G Y152C c.466G>A c.G466A A156T c.467C>T c.C467T A156V
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.471G>C ou c.G471C ou c.G471T Q157H c.471G>T c.484T>G c.T484G W162G c.493G>C c.G493C D165H c.494A>G c.A494G D165G c.[496C>G; 497T>G] c.C496G/T497G L166G c.496C>G c.C496G L166V c.496_497delinsTC c.496_497delinsTC L166S c.499C>G c.C499G L167V c.506T>C c.T506C F169S c.511G>A c.G511A G171S c.520T>C c.T520C C174R c.520T>G c.T520G C174G c.525C>G ou c.C525G ou c.C525A D175E c.525C>A c.539T>G c.T539G L180W c.540G>C c.G540C L180F c.548G>C c.G548C G183A c.548G>A c.G548A G183D c.550T>A c.T550A Y184N c.551A>G c.A551G Y184C c.553A>G c.A553G K185E c.559A>G c.A559G M187V c.559_564dup c.559_564dup p.M187_S188dup c.560T>C c.T560C M187T c.561G>T ou c.G561T ou c.G561A ou M187I c.561G>A ou c.G561C c.561G>C
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.572T>A c.T572A L191Q c.580A>G c.A580G T194A c.581C>T c.C581T T194I c.584G>T c.G584T G195V c.586A>G c.A586G R196G c.593T>C c.T593C I198T c.595G>A c.G595A V199M c.596T>C c.T596C V199A c.596T>G c.T596G V199G c.599A>G c.A599G Y200C c.602C>T c.C602T S201F c.602C>A c.C602A S201Y c.608A>T c.A608T E203V c.609G>C ou c.G609C ou c.G609T E203D c.609G>T c.610T>G c.T610G W204G c.613C>A c.C613A P205T c.613C>T c.C613T P205S c.614C>T c.C614T P205L c.619T>C c.T619C Y207H c.620A>C c.A620C Y207S c.623T>G c.T623G M208R c.628C>T c.C628T P210S c.629C>T c.C629T P210L c.638A>G c.A638G K213R c.638A>T c.A638T K213M c.640C>T c.C640T P214S c.641C>T c.C641T P214L
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.643A>G c.A643G N215D c.644A>G c.A644G N215S c.644A>T c.A644T N215I c.[644A>G; 937G>T] c.A644G/G937T N215S/D313Y c.646T>G c.T646G Y216D c.647A>C c.A647C Y216S c.647A>G c.A647G Y216C c.655A>C c.A655C I219L c.656T>A c.T656A I219N c.656T>C c.T656C I219T c.659G>A c.G659A R220Q c.659G>C c.G659C R220P c.662A>C c.A662C Q221P c.671A>C c.A671C N224T c.671A>G c.A671G N224S c.673C>G c.C673G H225D c.683A>G c.A683G N228S c.687T>A or c.T687A ou c.T687G F229L c.687T>G c.695T>C c.T695C I232T c.713G>A c.G713A S238N c.716T>C c.T716C I239T c.720G>C ou c.G720C ou c.G720T K240N c.720G>T c.724A>G c.A724G I242V c.724A>T c.A724T I242F c.725T>A c.T725A I242N c.725T>C c.T725C I242T
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.728T>G c.T728G L243W c.729G>C ou c.G729C ou c.G729T L243F c.729G>T c.730G>A c.G730A D244N c.730G>C c.G730C D244H c.733T>G c.T733G W245G c.740C>G c.C740G S247C c.747C>G ou c.C747G ou c.C747A N249K c.747C>A c.748C>A c.C748A Q250K c.749A>C c.A749C Q250P c.749A>G c.A749G Q250R c.750G>C c.G750C Q250H c.758T>C c.T758C I253T c.758T>G c.T758G I253S c.760-762delGTT c.760_762delGTT p.V254del c.769G>C c.G769C A257P c.770C>G c.C770G A257G c.772G>C ou c.G772C ou c.G772A G258R c.772G>A c.773G>T c.G773T G258V c.776C>G c.C776G P259R c.776C>T c.C776T P259L c.779G>A c.G779A G260E c.779G>C c.G779C G260A c.781G>A c.G781A G261S c.781G>C c.G781C G261R c.781G>T c.G781T G261C
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.788A>G c.A788G N263S c.790G>T c.G790T D264Y c.794C>T c.C794T P265L c.800T>C c.T800C M267T c.805G>A c.G805A V269M c.806T>C c.T806C V269A c.809T>C c.T809C I270T c.810T>G c.T810G I270M c.811G>A c.G811A G271S c.[811G>A; 937G>T] c.G811A/G937T G271S/D313Y c.812G>A c.G812A G271D c.823C>G c.C823G L275V c.827G>A c.G827A S276N c.829T>G c.T829G W277G c.831G>T ou c.G831T ou c.G831C W277C c.831G>C c.832A>T c.A832T N278Y c.835C>G c.C835G Q279E c.838C>A c.C838A Q280K c.840A>T ou c.A840T ou c.A840C Q280H c.840A>C c.844A>G c.A844G T282A c.845C>T c.C845T T282I c.850A>G c.A850G M284V c.851T>C c.T851C M284T c.860G>T c.G860T W287L c.862G>C c.G862C A288P c.866T>G c.T866G I289S
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.868A>C ou c.A868C ou c.A868T M290L c.868A>T c.869T>C c.T869C M290T c.870G>A ou c.G870A ou c.G870C ou M290I c.870G>C ou c.G870T c.870G>T c.871G>A c.G871A A291T c.877C>A c.C877A P293T c.881T>C c.T881C L294S c.884T>G c.T884G F295C c.886A>G c.A886G M296V c.886A>T ou c.A886T ou c.A886C M296L c.886A>C c.887T>C c.T887C M296T c.888G>A ou c.G888A ou c.G888T ou M296I c.888G>T ou c.G888C c.888G>C c.893A>G c.A893G N298S c.897C>G ou c.C897G ou c.C897A D299E c.897C>A c.898C>T c.C898T L300F c.899T>C c.T899C L300P c.901C>G c.C901G R301G c.902G>C c.G902C R301P c.902G>A c.G902A R301Q c.902G>T c.G902T R301L c.907A>T c.A907T I303F c.908T>A c.T908A I303N
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.911G>A c.G911A S304N c.911G>C c.G911C S304T c.919G>A c.G919A A307T c.922A>G c.A922G K308E c.924A>T ou c.A924T ou c.A924C K308N c.924A>C c.925G>C c.G925C A309P c.926C>T c.C926T A309V c.928C>T c.C928T L310F c.931C>G c.C931G L311V c.935A>G c.A935G Q312R c.936G>T ou c.G936T ou c.G936C Q312H c.936G>C c.937G>T c.G937T D313Y c.[937G>T; 1232G>A] c.G937T/G1232A D313Y/G411D c.938A>G c.A938G D313G c.946G>A c.G946A V316I c.947T>G c.T947G V316G c.950T>C c.T950C I317T c.955A>T c.A955T I319F c.956T>C c.T956C I319T c.959A>T c.A959T N320I c.962A>G c.A962G Q321R c.962A>T c.A962T Q321L c.963G>C ou c.G963C ou c.G963T Q321H c.963G>T c.964G>A c.G964A D322N c.964G>C c.G964C D322H
Tabela 1
Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.966C>A ou c.C966A ou c.C966G D322E c.966C>G c.968C>G c.C968G P323R c.973G>A c.G973A G325S c.973G>C c.G973C G325R c.978G>C ou c.G978C ou c.G978T K326N c.978G>T c.979C>G c.C979G Q327E c.980A>T c.A980T Q327L c.983G>C c.G983C G328A c.989A>G c.A989G Q330R c.1001G>A c.G1001A G334E c.1010T>C c.T1010C F337S c.1012G>A c.G1012A E338K c.1016T>A c.T1016A V339E c.1027C>A c.C1027A P343T c.1028C>T c.C1028T P343L c.1033T>C c.T1033C S345P c.1046G>C c.G1046C W349S c.1055C>G c.C1055G A352G c.1055C>T c.C1055T A352V c.1061T>A c.T1061A I354K c.1066C>G c.C1066G R356G c.1066C>T c.C1066T R356W c.1067G>A c.G1067A R356Q c.1067G>C c.G1067C R356P c.1072G>C c.G1072C E358Q c.1073A>C c.A1073C E358A
Tabela 1 Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.1073A>G c.A1073G E358G c.1074G>T ou c.G1074T ou c.G1074C E358D c.1074G>C c.1076T>C c.T1076C I359T c.1078G>A c.G1078A G360S c.1078G>T c.G1078T G360C c.1079G>A c.G1079A G360D c.1082G>A c.G1082A G361E c.1082G>C c.G1082C G361A c.1084C>A c.C1084A P362T c.1085C>T c.C1085T P362L c.1087C>T c.C1087T R363C c.1088G>A c.G1088A R363H c.1102G>A c.G1102A A368T c.1117G>A c.G1117A G373S c.1124G>A c.G1124A G375E c.1153A>G c.A1153G T385A c.1168G>A c.G1168A V390M c.1172A>C c.A1172C K391T c.1175G>C c.G1175C R392T c.1184G>A c.G1184A G395E c.1184G>C c.G1184C G395A c.1192G>A c.G1192A E398K c.1202_1203insGACTT c.1202_1203insGACTTC p.T400_S401dup
C c.1208T>C c.T1208C L403S c.1225C>G c.C1225G P409A c.1225C>T c.C1225T P409S
Tabela 1 Alteração de Alteração de Alteração da nucleotídeos nucleotídeos sequência proteica c.1225C>A c.C1225A P409T c.1228A>G c.A1228G T410A c.1229C>T c.C1229T T410I c.1232G>A c.G1232A G411D c.1235C>A c.C1235A T412N c.1253A>G c.A1253G E418G c.1261A>G c.A1261G M421V Dosagem, Formulação e Administração
[0112] Em uma ou mais modalidades, o paciente de Fabry é administrado migalastat ou sal do mesmo a uma frequência de uma vez a cada dois dias (também referido como "QOD"). Em várias modalidades, as doses aqui descritas pertencem ao cloridrato de migalastat ou a uma dose equivalente de migalastat ou a um sal do mesmo que não seja o sal cloridrato. Em algumas modalidades, essas doses pertencem à base livre de migalastat. Em modalidades alternativas, estas doses pertencem a um sal de migalastat.
Em outras modalidades, o sal do migalastat é cloridrato de migalastat. A administração de migalastat ou um sal de migalastat é aqui referida como "terapia com migalastat".
[0113] A quantidade eficaz de migalastat ou sal do mesmo pode estar na faixa de cerca de 100 mg de FBE a cerca de 150 mg de FBE. Doses exemplificativas incluem cerca de 100 mg de FBE, cerca de 105 mg de FBE, cerca de 110 mg de FBE, cerca de 115 mg de FBE, cerca de 120 mg de FBE, cerca de 123 mg de FBE, cerca de 125 mg de FBE, cerca de 130 mg de FBE, cerca de 135 mg de FBE, cerca de 140 mg de FBE, cerca de 145 mg de FBE ou cerca de 150 mg de FBE.
[0114] Novamente, note-se que 150 mg de cloridrato de migalastat são equivalentes a 123 mg da forma de base livre do migalastat. Assim, em uma ou mais modalidades, a dose é de 150 mg de cloridrato de migalastat ou uma dose equivalente de migalastat ou um sal do mesmo que não seja o sal cloridrato, administrado na frequência de uma vez a cada dois dias. Conforme estabelecido acima, esta dose é referida como 123 mg de FBE de migalastat. Em outras modalidades, a dose é de 150 mg de cloridrato de migalastat administrado com uma frequência de uma vez a cada dois dias. Em outras modalidades, a dose é de 123 mg da base livre de migalastat administrada com uma frequência de uma vez a cada dois dias.
[0115] Em várias modalidades, a quantidade eficaz é de cerca de 122 mg, cerca de 128 mg, cerca de 134 mg, cerca de 140 mg, cerca de 146 mg, cerca de 150 mg, cerca de 152 mg, cerca de 159 mg, cerca de 165 mg, cerca de 171 mg, cerca de 177 mg ou cerca de 183 mg de cloridrato de migalastat.
[0116] Por conseguinte, em várias modalidades, a terapia com migalastat inclui a administração de 123 mg de
FBE a uma frequência uma vez a cada dois dias, como 150 mg de cloridrato de migalastat a cada dois dias.
[0117] A administração de migalastat ou sal do mesmo pode durar um certo período de tempo. Em uma ou mais modalidades, o migalastat ou sal do mesmo é administrado por um período de pelo menos 28 dias, como pelo menos 30, 60 ou 90 dias ou pelo menos 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 16, 20, 24, 30 ou 36 meses ou pelo menos 1, 2, 3, 4 ou 5 anos.
Em várias modalidades, a terapia com migalastat é uma terapia de longo prazo com migalastat de pelo menos 6 meses, como pelo menos 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 16, 20, 24, 30 ou 36 meses ou pelo menos 1, 2, 3, 4 ou 5 anos.
[0118] A administração de migalastat ou sal do mesmo, de acordo com a presente invenção, pode estar em uma formulação adequada para qualquer via de administração, mas é preferencialmente administrada em uma forma de dosagem oral, como um comprimido, cápsula ou solução. Como um exemplo, o paciente recebe cápsulas administradas por via oral, cada uma contendo 150 mg de cloridrato de migalastat ou uma dose equivalente de migalastat ou um sal do mesmo que não seja o sal cloridrato.
[0119] Em algumas modalidades, o PC (por exemplo, migalastat ou sal do mesmo) é administrado por via oral. Em uma ou mais modalidades, o PC (por exemplo, migalastat ou sal do mesmo) é administrado por injeção. O PC pode ser acompanhado por um transportador farmaceuticamente aceitável, que pode depender do método de administração.
[0120] Em uma ou mais modalidades, o PC (por exemplo, migalastat ou sal do mesmo) é administrado como monoterapia e pode estar em uma forma adequada para qualquer via de administração, incluindo, por exemplo, por via oral na forma de comprimidos ou cápsulas ou líquido em solução aquosa estéril para injeção. Em outras modalidades, o PC é fornecido em um pó liofilizado seco para ser adicionado à formulação da enzima de reposição durante ou imediatamente após a reconstituição para evitar a agregação da enzima in vitro antes da administração.
[0121] Quando o PC (por exemplo, migalastat ou sal do mesmo) é formulado para administração oral, os comprimidos ou cápsulas podem ser preparados por meios convencionais com excipientes farmaceuticamente aceitáveis, como agentes de ligação (por exemplo, amido de milho pré-gelatinizado, polivinilpirrolidona ou hidroxipropil metilcelulose); enchimentos (por exemplo, lactose, celulose microcristalina ou hidrogenofosfato de cálcio); lubrificantes (por exemplo, estearato de magnésio, talco ou sílica); desintegrantes (por exemplo, amido de batata ou glicolato de amido e sódio); ou agentes umectantes (por exemplo, lauril sulfato de sódio).
Os comprimidos podem ser revestidos por métodos bem conhecidos na técnica. As preparações líquidas para administração oral podem assumir a forma de, por exemplo, soluções, xaropes ou suspensões, ou podem ser apresentadas como um produto seco para constituição com água ou outro veículo adequado antes do uso. Tais preparações líquidas podem ser preparadas por meios convencionais com aditivos farmaceuticamente aceitáveis, tais como agentes de suspensão (por exemplo, xarope de sorbitol, derivados de celulose ou gorduras hidrogenadas comestíveis); agentes emulsificantes (por exemplo, lecitina ou acácia); veículos não aquosos (por exemplo, óleo de amêndoas, ésteres oleosos, álcool etílico ou óleos vegetais fracionados); e conservantes (por exemplo, metil ou propil-p-hidroxibenzoatos ou ácido sórbico). As preparações também podem conter sais tampão, aromatizantes, corantes e adoçantes, conforme apropriado. As preparações para administração oral podem ser adequadamente formuladas para dar liberação controlada do composto de chaperona ativo.
[0122] As formulações farmacêuticas do PC (por exemplo, migalastat ou sal do mesmo) adequadas para uso parenteral/injetável geralmente incluem soluções aquosas estéreis (onde solúveis em água), ou dispersões e pós estéreis para a preparação extemporânea de soluções ou dispersões injetáveis estéreis. Em todos os casos, a forma precisa ser estéril e precisa ser fluida na medida em que existe uma fácil seringabilidade. A mesma deve ser estável sob condições de fabricação e armazenamento e deve ser preservada contra a ação contaminante de micro-organismos, como bactérias e fungos. O transportador pode ser um solvente ou meio de dispersão contendo, por exemplo, água, etanol, poliol (por exemplo, glicerol, propileno glicol e polietileno glicol líquido, e semelhantes), misturas adequadas dos mesmos e óleos vegetais. A fluidez apropriada pode ser mantida, por exemplo, pela utilização de um revestimento, tal como lecitina, pela manutenção do tamanho de partícula necessário no caso de dispersão e pela utilização de tensoativos. A prevenção da ação de micro- organismos pode ser alcançada por vários agentes antibacterianos e antifúngicos, por exemplo, parabenos, clorobutanol, fenol, álcool benzílico, ácido sórbico e semelhantes. Em muitos casos, será sensato incluir agentes isotônicos, por exemplo, açúcares ou cloreto de sódio. A absorção prolongada das composições injetáveis pode ser provocada pelo uso nas composições de agentes que retardam a absorção, por exemplo, monosterato de alumínio e gelatina.
[0123] Soluções injetáveis estéreis são preparadas incorporando a enzima purificada (se houver) e o PC (por exemplo, migalastat ou sal do mesmo) na quantidade necessária no solvente apropriado com vários dos outros ingredientes enumerados acima, conforme necessário, seguidos por filtro ou terminal esterilização. Geralmente, as dispersões podem ser preparadas pela incorporação dos vários ingredientes ativo esterilizados a um veículo estéril que contém um meio de dispersão básico e os outros ingredientes necessários daqueles acima enumerados. Nº caso de pós estéreis para a preparação de soluções injetáveis estéreis, os métodos de preparação preferenciais são secagem a vácuo e de liofilização que produz um pó de um ingrediente ativo mais qualquer ingrediente adicional desejado a partir de uma solução deste previamente filtrada esterilizada.
[0124] A formulação pode conter um excipiente. Os excipientes farmaceuticamente aceitáveis que podem ser incluídos na formulação são tampões, tais como tampão citrato, tampão fosfato, tampão acetato, tampão bicarbonato, aminoácidos, ureia, álcoois, ácido ascórbico e fosfolipídeos; proteínas, como albumina sérica, colágeno e gelatina; sais como EDTA ou EGTA e cloreto de sódio; lipossomas; polivinilpirolidona; açúcares, tais como dextrano, manitol, sorbitol e glicerol; propileno glicol e polietileno glicol (por exemplo, PEG-4000, PEG-6000); glicerol; glicina ou outros aminoácidos; e lipídeos. Os sistemas tampão para uso com as formulações incluem citrato; acetato; bicarbonato; e tampões de fosfato. O tampão fosfato é uma modalidade preferida.
[0125] A via de administração do composto chaperona pode ser oral ou parenteral, incluindo intravenosa, subcutânea, intra-arterial, intraperitoneal, oftálmica,
intramuscular, bucal, retal, vaginal, intraorbital, intracerebral, intradérmica, intracraniana, intraspinal, intraventricular, intratecal, intracisternal, intracapsular, intrapulmonar, intranasal, transmucosa, transdérmica ou por inalação.
[0126] A administração das formulações parenterais acima descritas do composto chaperona pode ser por injeções periódicas de um bolus da preparação ou pode ser administrada por administração intravenosa ou intraperitoneal a partir de um reservatório externo (por exemplo, uma bolsa i. v. ) ou interno (por exemplo, um implante bioerodível).
[0127] Modalidades relacionadas a formulações e administração farmacêuticas podem ser combinadas com qualquer uma das outras modalidades da invenção, por exemplo, modalidades relacionadas a métodos de tratamento de pacientes com doença de Fabry, métodos de tratamento de pacientes de Fabry ERT-naïve, métodos de tratamento de pacientes de Fabry com experiência em ERT, métodos para intensificar a função cardíaca (por exemplo, função sistólica do ventrículo esquerdo), métodos para estabilizar a função cardíaca (por exemplo, função sistólica do ventrículo esquerdo), métodos para aumentar MWFS, métodos para estabilizar MWFS, métodos para normalizar MWFS, métodos para intensificar α-Gal A em um paciente com diagnóstico ou suspeita de doença de Fabry, uso de chaperona farmacológica para α-Gal A para a fabricação de um medicamento para tratamento de paciente com diagnóstico de doença de Fabry ou chaperona farmacológica para α-Gal A para uso em tratamento de um paciente diagnosticado com doença de Fabry, bem como modalidades relacionadas a mutações favoráveis, os PCs e dosagens adequadas dos mesmos.
[0128] Em uma ou mais modalidades, o PC (por exemplo, migalastat ou sal do mesmo) é administrado em combinação com ERT. A ERT aumenta a quantidade de proteína introduzindo exogenamente enzima do tipo selvagem ou biologicamente funcional por meio de infusão. Essa terapia foi desenvolvida para muitos distúrbios genéticos, incluindo LSDs, como a doença de Fabry, conforme mencionado acima. Após a infusão, espera-se que a enzima exógena seja absorvida pelos tecidos por meio de mecanismo não específico ou específico do receptor. Em geral, a eficiência de captação não é alta e o tempo de circulação da proteína exógena é curto. Além disso, a proteína exógena é instável e sujeita a rápida degradação intracelular, além de ter potencial para reações imunológicas adversas com tratamentos subsequentes. Em uma ou mais modalidades, a chaperona é administrada ao mesmo tempo que a enzima de reposição (por exemplo, reposição de α-Gal A). Em algumas modalidades, a chaperona é coformulada com a enzima de reposição (por exemplo, reposição de α-Gal A).
[0129] Em uma ou mais modalidades, um paciente é trocado da terapia com ERT para migalastat. Em algumas modalidades, um paciente em ERT é identificado, a ERT do paciente é descontinuada e o paciente começa a receber terapia com migalastat. A terapia com migalastat pode estar de acordo com qualquer um dos métodos aqui descritos.
Função cardíaca
[0130] Os esquemas de dosagem aqui descritos podem estabilizar e/ou intensificar a função cardíaca (por exemplo, função sistólica do ventrículo esquerdo) em pacientes de Fabry. Como os pacientes Fabry não tratados geralmente exibem uma deterioração da função cardíaca ao longo do tempo, intensificações e manutenção da função cardíaca são indicações de um benefício da terapia com migalastat. Conforme descrito em mais detalhes nos Exemplos abaixo, os estudos de Fase 3 descobriram que a terapia com migalastat aumenta e/ou estabiliza o MWFS em pacientes com experiência em ERT e em pacientes ERT-naïve. Esses estudos de fase 3 também descobriram que a terapia com migalastat normaliza o MWFS em alguns pacientes com MWFS comprometido.
Consequentemente, a terapia com migalastat pode ser usada para tratar pacientes de Fabry estabilizando MWFS, aumentando MWFS e/ou normalizando MWFS em pacientes ERT- naïve e/ou pacientes de Fabry com experiência em ERT, incluindo pacientes com MWFS comprometido.
[0131] A terapia com migalastat pode interromper ou diminuir a redução no MWFS e/ou aumentar o MWFS para um paciente de Fabry em comparação com o mesmo paciente sem tratamento com terapia com migalastat. Em uma ou mais modalidades, a terapia com migalastat fornece uma alteração no MWFS para um paciente que é maior que (ou seja, mais positivo que) -2%, como maior ou igual a cerca de -1,5%, - 1,4%, -1,3 %, -1,2%, -1,1%, -1%, -0,9%, -08.%,-0,7%, -0,6%, -0,5%, -0,4%, -0,3%, -0,2%, -0,1%, 0%, 0,1%, 0,2%, 0,3%, 0,4%, 0,5%, 0,6%, 0,7%, 0,8%, 0,9%, 1%, 1,1%, 1,2%, 1,3%, 1,4%, 1,5%, 1,6%, 1,7%, 1,8%, 1,9%, 2%, 2,1%, 2,2%, 2,3%, 2,4% ou 2,5%. Em uma ou mais modalidades, o paciente de Fabry é um paciente com experiência em ERT. Em uma ou mais modalidades, o paciente de Fabry é um paciente ERT-naïve. Em uma ou mais modalidades, o paciente de Fabry tem MWFS comprometido antes de iniciar a terapia com migalastat.
[0132] Em uma ou mais modalidades, a terapia com migalastat fornece uma alteração média do MWFS em um grupo de pacientes ERT-naïve de pelo menos cerca de 0% após 12 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo. Em várias modalidades, o aumento médio no grupo de pacientes ERT-naïve após 12 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo é de pelo menos cerca de 0,05%, cerca de 0,1%, cerca de 0,15% ou cerca de 0,2%. Em uma ou mais modalidades, os pacientes ERT-naïve têm MWFS comprometido antes de iniciar a terapia com migalastat.
[0133] Em uma ou mais modalidades, a terapia com migalastat fornece uma alteração média do MWFS em um grupo de pacientes ERT-naïve de pelo menos cerca de 0% após 24 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo. Em várias modalidades, o aumento médio no grupo de pacientes ERT-naïve após 12 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo é de pelo menos cerca de 0,05%, cerca de 0,1%, cerca de 0,15%, cerca de 0,2%, cerca de 0,3%, cerca de 0,4%, cerca de 0,5%, cerca de 0,6%, cerca de 0,7%, cerca de 0,8%, cerca de 0,9%, cerca de 1%, cerca de 1,1%, cerca de 1,2%, cerca de 1,3%, cerca de 1,4% ou cerca de 1,5%. Em uma ou mais modalidades, os pacientes ERT-naïve têm MWFS comprometido antes de iniciar a terapia com migalastat.
[0134] Em uma ou mais modalidades, a terapia com migalastat fornece uma alteração média do MWFS em um grupo de pacientes ERT-naïve de pelo menos cerca de 0% após 36 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo. Em várias modalidades, o aumento médio no grupo de pacientes ERT-naïve após 12 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo é de pelo menos cerca de 0,05%, cerca de 0,1%, cerca de 0,15%, cerca de 0,2%, cerca de 0,3%, cerca de 0,4%, cerca de 0,5%, cerca de 0,6%, cerca de 0,7%, cerca de 0,8%, cerca de 0,9%, cerca de 1%, cerca de 1,1%, cerca de 1,2%, cerca de 1,3%, cerca de 1,4% ou cerca de 1,5%. Em uma ou mais modalidades, os pacientes ERT-naïve têm MWFS comprometido antes de iniciar a terapia com migalastat.
[0135] Em uma ou mais modalidades, a terapia com migalastat fornece uma alteração média do MWFS em um grupo de pacientes ERT-naïve de pelo menos cerca de 0% após 48 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo. Em várias modalidades, o aumento médio no grupo de pacientes ERT-naïve após 12 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo é de pelo menos cerca de 0,05%, cerca de 0,1%, cerca de 0,15%, cerca de 0,2%, cerca de 0,3%, cerca de 0,4%, cerca de 0,5%, cerca de 0,6%, cerca de 0,7%, cerca de 0,8%, cerca de 0,9%, cerca de 1%, cerca de 1,1%, cerca de 1,2%, cerca de 1,3%, cerca de 1,4%, cerca de 1,5%, cerca de 1,6%, cerca de 1,7%, cerca de 1,8%, cerca de 1,9%, cerca de 2%, cerca de 2,1%, cerca de 2,2%, cerca de 2,3%, cerca de 2,4% ou cerca de 2,5%. Em uma ou mais modalidades, os pacientes ERT-naïve têm MWFS comprometido antes de iniciar a terapia com migalastat.
[0136] Em uma ou mais modalidades, a terapia com migalastat fornece uma alteração média do MWFS em um grupo de pacientes ERT-naïve maior que cerca de -1,5% após 30 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo. Em várias modalidades, o aumento médio no grupo de pacientes ERT-naïve após 12 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo é maior que -1,5%, -1,4%, -1,3%, -1,2%, -1,1%, - 1%,
-0,9%, -0,8%,-0,7%, -0,6%, -0,5%, -0,4%, -0,3%, -0,2%, -0,1% ou 0%. Em uma ou mais modalidades, os pacientes com experiência em ERT têm MWFS comprometido antes de iniciar a terapia com migalastat.
EXEMPLOS EXEMPLO 1:Regimes de dosagem para o tratamento de pacientes de Fabry ERT-Naïve que usam cloridrato de Migalastat
[0137] Este exemplo descreve um estudo de Fase 3 da terapia com migalastat em pacientes de Fabry ERT-Naïve.
[0138] Inscrição do paciente. Os pacientes elegíveis tinham entre 16 e 74 anos e tinham doença de Fabry confirmada geneticamente; nunca tinha recebido ou não tinham recebido ERT por ≥6 meses; tinham uma mutação GLA que resultou em uma proteína mutante que responderia ao migalastat, com base no ensaio de rim embrionário humano-293 (HEK) usado no momento da inscrição; apresentavam eGFR > 30 ml/minuto /1,73m 2, e tinham um GL-3 urinário ≥4 vezes o limite superior do normal.
[0139] Projeto de Estudo. Após avaliações da linha de base da elegibilidade (2 meses), os pacientes foram randomizados para o Estágio 1-6 meses da administração em dupla ocultação de 150 mg de cloridrato de migalastat ou placebo a cada dois dias. Todos os pacientes que completaram o Estágio 1 foram elegíveis para receber migalastat de rótulo aberto no Estágio 2 (meses 6 a 12) e por um ano adicional
(meses 13 a 24) a partir de então. O objetivo principal foi comparar o efeito do migalastat ao placebo no GL-3 renal, conforme avaliado pela pontuação histológica do número de inclusões nos capilares intersticiais após 6 meses de tratamento. Os objetivos secundários do Estágio 1 foram comparar o efeito do migalastat ao placebo nos níveis de GL- 3 na urina, na função renal, na proteína urinária de 24 horas e na segurança e tolerabilidade. Os objetivos terciários eram função cardíaca, resultados relatados pelo paciente, análises exploratórias dos rins e atividade de α-Gal A dos glóbulos brancos. Os participantes do estudo foram elegíveis para se inscrever no estudo de extensão de rótulo aberto por até 5 anos.
[0140] Avaliação histológica do rim. Cada paciente foi submetido a uma biópsia renal inicial e repetiu biópsias renais aos 6 e 12 meses. O número de inclusões de GL-3 por capilar intersticial renal por paciente na linha de base e aos 6 e 12 meses foi avaliado quantitativamente em 300 capilares por 3 patologistas independentes, cegos para tratamento e consulta. Todos os valores para cada biópsia individual em um determinado momento foram calculados antes da análise estatística.
[0141] As alterações de GL-3 nos podócitos, células endoteliais e células mesangiais e esclerose glomerular foram avaliadas qualitativamente pelos mesmos 3 patologistas cegos para o tratamento/consulta.
[0142] Globotriaosilceramida e Globotriaosilesfingosina O plasma liso-Gb3 e a GL-3 na urina de 24 horas foram analisados por cromatografia líquida- espectroscopia de massa usando um novo padrão interno estável marcado com isótopo, 13C6-liso-Gb3 (limite inferior de quantificação:0,200 ng/mL, 0,254 nmol/L).
[0143] Avaliação da função renal. As taxas de variação anualizadas (mL/min/1,73m2/ano) foram calculadas usando a Colaboração em Epidemiologia da Doença Renal Crônica‒eGFRCKD-EPI) e a depuração de iohexol medida‒ mGFRiohexol).
[0144] Ecocardiografia. LVMi, espessura da parede posterior esquerda, diastólica, espessura do septo interventricular, diastólica e outros parâmetros foram avaliados por avaliação cega e centralizada.
[0145] Resultados relatados por paciente. Os resultados relatados pelos pacientes foram avaliados usando a Escala de Classificação de Sintomas Gastrointestinais (GSRS), Short Form-36v2TM e Brief-Pain-Inventory-Pain- Severity-Component.
[0146] Análise de segurança e Eventos Adversos. Os pacientes randomizados que receberam ≥1 dose foram incluídos na análise de segurança, que incluía sinais vitais, exames físicos, eletrocardiogramas, laboratórios clínicos e eventos adversos.
[0147] Análises estatísticas para o substrato capilar intersticial renal GL-3. O ponto final primário do Estágio 1 (6 meses) (população ITT com biópsias de base, n = 64) foi a proporção de pacientes nos grupos migalastat e placebo com uma redução de ≥50% nas inclusões de GL-3 por capilar intersticial. Dois outros pontos finais do Estágio 1 foram avaliados (população ITT modificada: pacientes randomizados com linha de base pareada e biópsias no mês 6; n = 60): alteração percentual nas inclusões de GL-3 por capilar intersticial e porcentagem de capilares intersticiais com inclusões de GL-3 nulas.
[0148] As análises de eficácia para inclusões GL-3 por capilar intersticial e outros parâmetros pré- especificados no Estágio 2 (meses 6-12) e a extensão de rótulo aberto (meses 12-24) foram baseadas na intenção modificada de tratamento (mITT) - população constituída por pacientes aleatorizados com enzima α-Gal A mutante que demonstrou ser adequada ao tratamento com migalastat pelo ensaio validado; n = 50).
Resultados
[0149] Características de Linha de Base. Sessenta e sete pacientes (16-74 anos; 64% do sexo feminino) com α-Gal A mutante potencialmente responsivo foram randomizados (população ITT). A Tabela 2 fornece as características da linha de base para os 50 pacientes na população ITT com α- Gal A mutante adequado. Não houve diferenças estatisticamente significativas nos parâmetros de linha de base.
Tabela 2:Características de linha de base Parâmetro Grupo de Tratamento HCl de Placebo Total Migalastat para HCl (N=50) (N=28) de Migalastat (N=22) Idade (ano) (n) 28 22 50 Média±SD 41,5 ± 13 45,1 ± 8,0 43,1 ± 11 Mediana 37,0 45,5 45,0 Peso (kg) (n) 28 22 50 Média±SD 72,6 ± 76,1 ± 74,1 ± Mediana 72,3 15,35 74,0 16,52 72,8 15,81 Número de anos de 28 21 49 diagnóstico da Média±SD 5,6 ± 6,89 7,3 ± 8,80 6,3 ± 7,73 doença de Fabry Mediana 4,1 4,1 4,1 (n) Número de 4 (14,3%) 7 (31,8%) 11 (22,0%) pacientes anteriormente em ERT (> 6 meses antes da linha de base) (%) Uso de ACEi/ARB/Ri naSim (%) de base linha 9 (32,1%) 12 (54,5%) 21 (42,0%) Não (%) 19 (67,9%) 10 (45,5%) 29 (58,0%) Proteinúria > 17 (60,7%) 18 (81,8%) 35 (70,0%) Proteinúria > 150mg/24h (%) 8 (28,6%) 11 (50,0%) 19 (38,0%) 300mg/24h (%)
Parâmetro Grupo de Tratamento HCl de Placebo Total Migalastat para HCl (N=50) (N=28) de Migalastat (N=22) Proteinúria > 3 (10,7%) 3 (13,6%) 6 (12,0%) mGFR 1000mg/24h Iohexol (%) 27 21 48 Média±SD (mL/min/1,73m 2) (n) 79,95 ± 83,12 ± 81,34 ± Mediana 84,90 30,9 82,20 22,8 83,40 27,5 eGFRCKD-EPI 28 22 50 Média±SD (mL/min/1,73m 2) 94,4 ± 27,0 90,6 ± 92,7 ± Mediana 96,6 93,5 17,1 94,0 23,0 Liso-Gb3 (n) 18 13 31 Média (nmol/L) ± 47,3 ± 62 41,9 ± 39 45,0 ± 53
SD
[0150] Relatórios publicados de fenótipo(s) clínico(s) associado(s) aos genótipos de pacientes com mutações adequadas (n = 50) indicam que 30 (60%) apresentaram mutações associadas ao fenótipo clássico da doença de Fabry, um (2%) com fenótipo não clássico, três (6%) com ambos os fenótipos e 16 (32%) ainda não classificados. A atividade de WBC α-Gal A residual de leucócitos <3% foi encontrada em 14 de 16 (87%) homens; 29 de 31 (94%) homens e mulheres apresentaram níveis elevados de plasma liso-Gb3 e 47 de 50 (94%) homens e mulheres apresentaram doença do sistema de múltiplos órgãos.
[0151] MWFS de linha de base. Na linha de base, MWFS comprometido (<15% para mulheres e <14% para homens) foi relatado em 9 pacientes.
[0152] Migalastat e Função cardíaca. Este estudo de pacientes ERT-naïve constatou que a terapia com migalastat aumentou MWFS em pacientes com MWFS comprometido no início do estudo. A Tabela 3 abaixo mostra a alteração da linha de base no MWFS após a terapia com migalastat.
Tabela 3:Variações percentuais da linha de base no MWFS ao longo do tempo com terapia com Migalastat em pacientes com MWFS comprometido na linha de base (pacientes com mutações adaptáveis) MWFS médio da linha de base = 11,3% Ponto no tempo Mês 12 Mês 24 Mês 36 Mês 48 LOCF n 7 8 4 3 8 Alteração 0,1% 1,4% 1,4% 2,4% 1,9% mediana da linha de base 95% CI –1,2%, – -1,3%, –1,5%, –2,1%, –0,8%, 1,4% 4,0% 4,3% 6,9% 4,5% Qualquer 2/7 5/8 3/4 3/3 6/8 (75%) aumento (29%) (63%) (75%) (100%) Normalização 0 2/8 2/4 2/3 3/8 (38%) (25%) (50%) (67%)
[0153] As análises da última observação transportada (LOCF) são baseadas na última avaliação do estudo, incluindo visitas não programadas ou de término antecipado; MWFS anormal é <15% para mulheres e <14% para homens.
[0154] Como pode ser visto na Tabela 3, a análise LOCF de pacientes ERT-naïve com MWFS comprometido na linha de base mostrou alterações médias no MWFS de 1,9% (CI95% – 0,8%, 4,5%; n = 8) durante 48 meses de terapia com migalastat. 6/8 (75%) dos pacientes tiveram um aumento do MWFS após a terapia com migalastat, com 3/8 (38%) demonstrando normalização do MWFS.
[0155] O MWFS também foi analisado em pacientes com LVH na linha de base. A mudança da linha de base no MWFS em pacientes com LVH na linha de base é fornecida na Tabela 4 abaixo: Tabela 4:Alteração da linha de base no MWFS com Migalastat em pacientes com LVH na linha de base (pacientes com mutações adaptáveis) Linha Mudança da Linha de Base de Mês Mês 24 Mês 36 Mês 48 LOCF base 12 n 10 9 9 5 4 10 %, média 12,2 0,2 0,9 0,7 0,6 1,0 (SD) ou (95% (2,6) (– (–1,6, (-2,1, (–5,7, (–1,5, CI) 0,8, 3,4) 3,4) 6,9) 3,5) 1,1) Qualquer – 4/9 5/9 3/5 3/4 7/10 aumento (44%) (56%) (60%) (75%) (70%)
Normalização – 2/9 2/9 1/5 0 2/10 (22%) (22%) (20%) (20%)
[0156] As análises do LOCF são baseadas na última avaliação do estudo, incluindo visitas não programadas ou de término antecipado; Subgrupo LVH:LVMi >95 g/m 2 (mulheres) or >115 g/m2 (homens).
[0157] Como pode ser visto na Tabela 4, a análise LOCF de pacientes ERT-naïve com LVH na linha de base mostrou alterações médias no MWFS de 1,0% (IC95% –1,5%, 3,5%; n = 10) durante 48 meses de terapia com migalastat. 7/10 (70%) dos pacientes apresentaram um aumento do MWFS após a terapia com migalastat, com 2/10 (20%) demonstrando normalização do MWFS.
[0158] Segurança e Eventos Adversos. Durante o Estágio 1, os eventos adversos emergentes do tratamento foram semelhantes entre os grupos. Os eventos adversos com maior frequência nos pacientes que receberam migalastat em comparação ao placebo foram dor de cabeça (12/34 pacientes- 35% versus 7/33 pacientes-21%) e nasofaringite (6/34 pacientes-18% versus 2/34‒6%). Os eventos adversos relatados com mais frequência para o Estágio 2 foram dor de cabeça (9/63 pacientes - 14%) e dor no procedimento (7/63 pacientes - 11% - relacionados a biópsias renais) e, para a extensão aberta, proteinúria (9/57 pacientes - 16%), dor de cabeça
(6/57 pacientes - 11%) e bronquite (6/57 pacientes - 11%).
A maioria dos eventos adversos eram leves ou moderados em gravidade. Nenhum evento adverso levou à descontinuação do migalastat.
[0159] Seis pacientes apresentaram eventos adversos graves durante o Estágio 1 (2: migalastat; 4: placebo), 5 durante o Estágio 2 e 11 durante a extensão de rótulo aberto.
Dois eventos adversos graves foram avaliados como possivelmente relacionados ao migalastat pelo investigador - fadiga e parestesia. Ambos ocorreram no mesmo paciente entre os meses 12 e 24 e foram resolvidos. Nenhum evento adverso grave individual foi relatado por > 1 paciente. Dois pacientes interromperam o migalastat devido a eventos adversos graves; ambos foram considerados não relacionados ao migalastat. Nenhuma morte foi relatada.
[0160] A proteinúria emergente do tratamento foi relatada em 9 pacientes (16%) entre os meses de 12 a 24 e, em um caso, foi considerada relacionada ao migalastat. Em 5 pacientes, os valores de 24 meses estavam na mesma faixa da linha de base. Três pacientes com mutações adequadas apresentaram proteinúria de linha de base evidente (> 1g/24 horas), que aumentou ao longo de 24 meses. Em 23/28 pacientes com proteinúria de linha de base <300 mg/24 h, a proteína na urina de 24 horas permaneceu estável durante o tratamento com migalastat.
[0161] Não houve progressão para doença renal terminal, morte cardíaca e acidente vascular cerebral, conforme definido em Banikazemi et al. Houve um único caso de ataque isquêmico transitório‒ julgado não relacionado ao migalastat.
[0162] As análises dos sinais vitais, achados físicos, laboratoriais e parâmetros de ECG não revelaram nenhum efeito clinicamente relevante do migalastat.
EXEMPLO 2:Regimes de dosagem para o tratamento de pacientes de Fabry com experiência em ERT que usam cloridrato de Migalastat
[0163] Este exemplo descreve um estudo de Fase 3 da terapia com migalastat em pacientes de Fabry com experiência em ERT.
[0164] Inscrição do paciente. Os pacientes elegíveis tinham entre 16 e 74 anos e tinham doença de Fabry confirmada geneticamente; receberam ERT por ≥ 12 meses; tinham uma mutação GLA que resultou em uma proteína mutante que responderia ao migalastat, com base no ensaio de rim embrionário humano-293 (HEK) usado no momento da inscrição; tinham um eGFR ≥ 30 ml/minuto/1,73m 2; e tinham um nível de dose e regime de ERT que era estável por pelo menos 3 meses.
[0165] Projeto de Estudo. Após as avaliações iniciais de elegibilidade, 57 pacientes foram randomizados para 18 meses de terapia com migalastat ou ERT, seguidos por
12 meses de terapia com migalastat. O regime de dosagem de migalastat foi de 150 mg de cloridrato de migalastat em dias alternados. O objetivo principal foi comparar o efeito do migalastat à ERT na função renal avaliada por mGFR iohexol após 18 meses de tratamento. Os objetivos secundários foram comparar o efeito do migalastat ao ERT em: função renal (avaliada por eGFR e proteína da urina de 24 horas); resultado clínico composto (avaliado pelo tempo até a ocorrência de eventos renais, cardíacos, cerebrovasculares ou morte); função cardíaca (avaliada por ecocardiografia) e resultados relatados pelo paciente (dor e qualidade de vida).
[0166] MWFS de linha de base. Na linha de base, MWFS comprometido <15% para mulheres e 14% para homens) foi relatado em 19 (14 migalastat, 5 ERT) pacientes.
Resultados
[0167] Migalastat e Função cardíaca. Este estudo de pacientes com experiência em ERT constatou que a terapia com migalastat estabilizou MWFS em pacientes com MWFS comprometido no início do estudo. A análise LOCF de pacientes com MWFS comprometido na linha de base mostrou alterações médias na linha de base de –0,2% (CI 95% –1,3%, 1,0%; n = 14) durante 30 meses de terapia com migalastat. A análise LOCF de pacientes com MWFS comprometido no início do estudo mostrou alterações médias no MWFS de -0,6% (CI 95% –2,6%, 1,4%; n = 5) em 18 meses de tratamento com ERT.
[0168] As modalidades descritas neste documento pretendem ser ilustrativas das presentes composições e métodos e não pretendem limitar o escopo da presente invenção. Várias modificações e alterações consistentes com a descrição como um todo e que são prontamente aparentes para o versado na técnica devem ser incluídas. As reivindicações anexas não devem ser limitadas pelas modalidades específicas estabelecidas nos exemplos, mas devem receber a interpretação mais ampla consistente com a descrição como um todo.
[0169] Patentes, pedidos de patente, publicações, descrições de produtos, Números de Acessão GenBank e protocolos são citados ao longo deste pedido, cujas divulgações são incorporadas aqui por referência na sua totalidade para referência para todos os fins.

Claims (74)

REIVINDICAÇÕES
1. Método para intensificar a função cardíaca em um paciente com doença de Fabry caracterizado pelo fato de que compreende administrar ao paciente uma formulação compreendendo uma quantidade eficaz de migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias para intensificar a função cardíaca do paciente, em que a quantidade eficaz é de cerca de 100 mg a cerca de 150 mg de base livre equivalente (FBE).
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a intensificação da função cardíaca compreende intensificar a função sistólica do ventrículo esquerdo.
3. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o paciente tem encurtamento fracionário da parede média (MWFS) comprometido antes de iniciar a administração do migalastat ou sal do mesmo.
4. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo intensifica a atividade da α- galactosidase A.
5. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 123 mg de FBE do migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias.
6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 123 mg de base livre de migalastat a cada dois dias.
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 150 mg de cloridrato de migalastat a cada dois dias.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a formulação compreende uma forma de dosagem oral.
9. Método, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a forma de dosagem oral compreende um comprimido, uma cápsula ou uma solução.
10. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 12 meses.
11. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 24 meses.
12. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o paciente é um paciente ERT(terapia de reposição enzimática)-
naïve.
13. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato de que a administração de migalastat ou um sal do mesmo proporciona um aumento médio no MWFS em um grupo de pacientes ERT-naïve com MWFS prejudicado de pelo menos cerca de 1% após 24 meses de administração do migalastat ou um sal do mesmo.
14. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o paciente é um paciente com experiência em ERT.
15. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo fato de que o paciente tem uma mutação adaptável ao ensaio HEK na α- galactosidase A.
16. Método, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que a mutação é divulgada em uma tabela de referência farmacológica.
17. Método, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um rótulo de produto para um produto migalastat aprovado para o tratamento da doença de Fabry.
18. Método, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um rótulo de produto para
GALAFOLD®.
19. Método, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um site.
20. Método, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo fato de que o site é um ou mais de www.galafoldamenabilitytable.com ou www.fabrygenevariantsearch.com.
21. Método para aumentar o encurtamento fracionário da parede média (MWFS) em um paciente com doença de Fabry, o método caracterizado pelo fato de que compreende administrar ao paciente uma formulação compreendendo uma quantidade eficaz de migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias para aumentar o MWFS do paciente, em que a quantidade eficaz é de cerca de 100 mg a cerca de 150 mg de base livre equivalente (FBE).
22. Método, de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo fato de que o paciente tem MWFS comprometido antes de iniciar a administração do migalastat ou sal do mesmo.
23. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 ou 22, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo aumenta a atividade da α- galactosidase A.
24. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 23, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 123 mg de FBE do migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias.
25. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 24, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 123 mg de base livre de migalastat a cada dois dias.
26. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 24, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 150 mg de cloridrato de migalastat a cada dois dias.
27. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 26, caracterizado pelo fato de que a formulação compreende uma forma de dosagem oral.
28. Método, de acordo com a reivindicação 27, caracterizado pelo fato de que a forma de dosagem oral compreende um comprimido, uma cápsula ou uma solução.
29. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 28, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 12 meses.
30. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 29, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 24 meses.
31. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 30, caracterizado pelo fato de que o paciente é um paciente ERT(terapia de reposição enzimática)- naïve.
32. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 31, caracterizado pelo fato de que a administração de migalastat ou um sal do mesmo proporciona um aumento médio no MWFS em um grupo de pacientes ERT-naïve com MWFS prejudicado de pelo menos cerca de 1% após 24 meses de administração do migalastat ou um sal do mesmo.
33. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 30, caracterizado pelo fato de que o paciente é um paciente com experiência em ERT.
34. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 33, caracterizado pelo fato de que o paciente tem uma mutação adaptável ao ensaio HEK na α- galactosidase A.
35. Método, de acordo com a reivindicação 34, caracterizado pelo fato de que a mutação é divulgada em uma tabela de referência farmacológica.
36. Método, de acordo com a reivindicação 35, caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um rótulo de produto para um produto migalastat aprovado para o tratamento da doença de Fabry.
37. Método, de acordo com a reivindicação 35, caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um rótulo de produto para GALAFOLD®.
38. Método, de acordo com a reivindicação 35, caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um site.
39. Método, de acordo com a reivindicação 38, caracterizado pelo fato de que o site é um ou mais de www.galafoldamenabilitytable.com ou www.fabrygenevariantsearch com.
40. Método para normalizar o encurtamento fracionário da parede média (MWFS) em um paciente com doença de Fabry e MWFS, o método caracterizado pelo fato de que compreende administrar ao paciente uma formulação compreendendo uma quantidade eficaz de migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias para normalizar o MWFS do paciente, em que a quantidade eficaz é de cerca de 100 mg a cerca de 150 mg de base livre equivalente (FBE).
41. Método, de acordo com a reivindicação 40, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo aumenta a atividade da α-galactosidase A.
42. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 40 ou 41, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 123 mg de FBE do migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias.
43. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 40 a 42, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 123 mg de base livre de migalastat a cada dois dias.
44. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 40 a 42, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 150 mg de cloridrato de migalastat a cada dois dias.
45. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 40 a 44, caracterizado pelo fato de que a formulação compreende uma forma de dosagem oral.
46. Método, de acordo com a reivindicação 45, caracterizado pelo fato de que a forma de dosagem oral compreende um comprimido, uma cápsula ou uma solução.
47. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 40 a 46, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 12 meses.
48. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 40 a 47, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 24 meses.
49. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 40 a 48, caracterizado pelo fato de que o paciente é um paciente ERT(terapia de reposição enzimática)- naïve.
50. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 40 a 49, caracterizado pelo fato de que a administração de migalastat ou um sal do mesmo proporciona um aumento médio no MWFS em um grupo de pacientes ERT-naïve com MWFS prejudicado de pelo menos cerca de 1% após 24 meses de administração do migalastat ou um sal do mesmo.
51. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 40 a 50, caracterizado pelo fato de que o paciente tem uma mutação adaptável ao ensaio HEK na α- galactosidase A.
52. Método, de acordo com a reivindicação 51, caracterizado pelo fato de que a mutação é divulgada em uma tabela de referência farmacológica.
53. Método, de acordo com a reivindicação 52, caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um rótulo de produto para um produto migalastat aprovado para o tratamento da doença de Fabry.
54. Método, de acordo com a reivindicação 52, caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um rótulo de produto para GALAFOLD®.
55. Método, de acordo com a reivindicação 52,
caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um site.
56. Método, de acordo com a reivindicação 55, caracterizado pelo fato de que o site é um ou mais de www.galafoldamenabilitytable.com ou www.fabrygenevariantsearch.com.
57. Método para estabilizar o encurtamento fracionário da parede média (MWFS) em um paciente com experiência em terapia de reposição enzimática (ERT) com doença de Fabry, o método caracterizado pelo fato de que compreende administrar ao paciente uma formulação compreendendo uma quantidade eficaz de migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias para estabilizar o MWFS do paciente, em que a quantidade eficaz é de cerca de 100 mg a cerca de 150 mg de base livre equivalente (FBE).
58. Método, de acordo com a reivindicação 57, caracterizado pelo fato de que o paciente tem MWFS comprometido antes de iniciar a administração do migalastat ou sal do mesmo.
59. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 57 ou 58, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo aumenta a atividade da α- galactosidase A.
60. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 57 a 59, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 123 mg de FBE do migalastat ou sal do mesmo a cada dois dias.
61. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 57 a 60, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 123 mg de base livre de migalastat a cada dois dias.
62. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 57 a 60, caracterizado pelo fato de que é administrado ao paciente cerca de 150 mg de cloridrato de migalastat a cada dois dias.
63. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 57 a 62, caracterizado pelo fato de que a formulação compreende uma forma de dosagem oral.
64. Método, de acordo com a reivindicação 63, caracterizado pelo fato de que a forma de dosagem oral compreende um comprimido, uma cápsula ou uma solução.
65. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 57 a 64, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 12 meses.
66. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 57 a 65, caracterizado pelo fato de que o migalastat ou sal do mesmo é administrado por pelo menos 30 meses.
67. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 57 a 66, caracterizado pelo fato de que o paciente é um paciente com experiência em ERT (terapia de reposição enzimática).
68. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 57 a 67, caracterizado pelo fato de que a administração de migalastat ou um sal do mesmo proporciona uma alteração média no MWFS em um grupo de pacientes com experiência ERT com MWFS comprometido superior a cerca de - 0,5% após 30 meses de administração de migalastat ou um sal do mesmo.
69. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 57 a 68, caracterizado pelo fato de que o paciente tem uma mutação adaptável ao ensaio HEK na α- galactosidase A.
70. Método, de acordo com a reivindicação 69, caracterizado pelo fato de que a mutação é divulgada em uma tabela de referência farmacológica.
71. Método, de acordo com a reivindicação 70, caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um rótulo de produto para um produto migalastat aprovado para o tratamento da doença de Fabry.
72. Método, de acordo com a reivindicação 70, caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um rótulo de produto para
GALAFOLD®.
73. Método, de acordo com a reivindicação 70, caracterizado pelo fato de que a tabela de referência farmacológica é fornecida em um site.
74. Método, de acordo com a reivindicação 73, caracterizado pelo fato de que o site é um ou mais de www.galafoldamenabilitytable.com ou www.fabrygenevariantsearch.com.
BR112020003974-8A 2017-08-28 2018-08-28 métodos para intensificar e/ou estabilizar função cardíaca em pacientes com doença de fabry BR112020003974A2 (pt)

Applications Claiming Priority (3)

Application Number Priority Date Filing Date Title
US201762550984P 2017-08-28 2017-08-28
US62/550,984 2017-08-28
PCT/US2018/048257 WO2019046244A1 (en) 2017-08-28 2018-08-28 METHODS FOR ENHANCING AND / OR STABILIZING CARDIAC FUNCTION IN PATIENTS WITH FABRY DISEASE

Publications (1)

Publication Number Publication Date
BR112020003974A2 true BR112020003974A2 (pt) 2020-09-01

Family

ID=63528948

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BR112020003974-8A BR112020003974A2 (pt) 2017-08-28 2018-08-28 métodos para intensificar e/ou estabilizar função cardíaca em pacientes com doença de fabry

Country Status (24)

Country Link
US (1) US20200222377A1 (pt)
EP (2) EP3675853B1 (pt)
JP (2) JP2020531550A (pt)
KR (1) KR20200044908A (pt)
CN (1) CN111770753A (pt)
AR (1) AR112482A1 (pt)
AU (1) AU2018326364A1 (pt)
BR (1) BR112020003974A2 (pt)
CA (1) CA3074450A1 (pt)
CL (1) CL2020000491A1 (pt)
DK (1) DK3675853T3 (pt)
EA (1) EA202090564A1 (pt)
ES (1) ES2931054T3 (pt)
HR (1) HRP20221366T1 (pt)
HU (1) HUE060287T2 (pt)
IL (2) IL272893B1 (pt)
LT (1) LT3675853T (pt)
MX (2) MX2020002229A (pt)
PL (1) PL3675853T3 (pt)
PT (1) PT3675853T (pt)
RS (1) RS63742B1 (pt)
SG (1) SG11202001707PA (pt)
TW (1) TW201919619A (pt)
WO (1) WO2019046244A1 (pt)

Families Citing this family (6)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
WO2007137072A2 (en) 2006-05-16 2007-11-29 Amicus Therapeutics, Inc. Assays for diagnosing and evaluating treatment options for fabry disease
EP2946785B1 (en) 2008-02-12 2018-10-24 Amicus Therapeutics, Inc. Method to predict response to pharmacological chaperone treatment of diseases
KR20240017112A (ko) 2017-05-30 2024-02-06 아미쿠스 세라퓨틱스, 인코포레이티드 신장 손상을 갖는 파브리 환자를 치료하는 방법
EP3749307A1 (en) 2018-02-06 2020-12-16 Amicus Therapeutics, Inc. Use of migalastat for treating fabry disease in pregnant patients
US11833164B2 (en) * 2019-08-07 2023-12-05 Amicus Therapeutics, Inc. Methods of treating Fabry disease in patients having a mutation in the GLA gene
US11623916B2 (en) 2020-12-16 2023-04-11 Amicus Therapeutics, Inc. Highly purified batches of pharmaceutical grade migalastat and methods of producing the same

Family Cites Families (4)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US6274597B1 (en) 1998-06-01 2001-08-14 Mount Sinai School Of Medicine Of New York University Method of enhancing lysosomal α-Galactosidase A
JP2010523578A (ja) 2007-03-30 2010-07-15 アミカス セラピューティックス インコーポレイテッド 薬理シャペロンを用いるファブリー病の治療方法
US9999618B2 (en) * 2007-04-26 2018-06-19 Amicus Therapeutics, Inc. Dosing regimens for the treatment of lysosomal storage diseases using pharmacological chaperones
EP2946785B1 (en) 2008-02-12 2018-10-24 Amicus Therapeutics, Inc. Method to predict response to pharmacological chaperone treatment of diseases

Also Published As

Publication number Publication date
AR112482A1 (es) 2019-10-30
LT3675853T (lt) 2022-12-12
IL272893A (en) 2020-04-30
CA3074450A1 (en) 2019-03-07
JP2023051998A (ja) 2023-04-11
PL3675853T3 (pl) 2022-12-27
EP3675853A1 (en) 2020-07-08
WO2019046244A1 (en) 2019-03-07
EP3675853B1 (en) 2022-09-07
CL2020000491A1 (es) 2020-09-11
EA202090564A1 (ru) 2020-06-15
IL272893B1 (en) 2024-03-01
MX2020002229A (es) 2020-07-20
IL310648A (en) 2024-04-01
SG11202001707PA (en) 2020-03-30
CN111770753A (zh) 2020-10-13
HUE060287T2 (hu) 2023-02-28
KR20200044908A (ko) 2020-04-29
MX2023005628A (es) 2023-05-24
US20200222377A1 (en) 2020-07-16
AU2018326364A1 (en) 2020-04-09
PT3675853T (pt) 2022-11-28
HRP20221366T1 (hr) 2023-01-06
JP2020531550A (ja) 2020-11-05
RS63742B1 (sr) 2022-12-30
EP4176877A1 (en) 2023-05-10
TW201919619A (zh) 2019-06-01
ES2931054T3 (es) 2022-12-23
DK3675853T3 (da) 2022-11-28

Similar Documents

Publication Publication Date Title
US11786516B2 (en) Methods of treating Fabry patients having renal impairment
BR112020003974A2 (pt) métodos para intensificar e/ou estabilizar função cardíaca em pacientes com doença de fabry
AU2023206175A1 (en) Treatment of fabry disease in ert-naïve and ert-experienced patients
EP3749308B1 (en) Treatment of patients with classic fabry disease with migalastat
US11357784B2 (en) Use of migalastat for treating Fabry disease in pregnant patients
BR112021003137A2 (pt) métodos de tratamento de doença de fabry em pacientes com uma mutação no gene gla
US20230136297A1 (en) Methods Of Treating Fabry Disease In Patients Having A Mutation In The GLA Gene
US20220087993A1 (en) Use of migalostat in reducing the risk of cerebrovascular event in patients with fabry disease
EP4370120A1 (en) Methods of treating fabry disease in pediatric patients
EA045263B1 (ru) Способы усиления и/или стабилизации сердечной функции у пациентов с болезнью фабри

Legal Events

Date Code Title Description
B350 Update of information on the portal [chapter 15.35 patent gazette]
B06W Patent application suspended after preliminary examination (for patents with searches from other patent authorities) chapter 6.23 patent gazette]