BR112019027982B1 - Banda de rodagem de pneumático para veículo agrícola - Google Patents

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Abstract

A presente invenção tem como objeto um pneumático para veículo agrícola, e mais especialmente sua banda de rodagem (2), e visa diminuir o risco de agressões das faces de ataque (10) das abas das barras por palhas residuais depois de colheita (stubble), ao mesmo tempo em que mantém uma boa tração no campo. Cada barra (3) se estendendo de acordo com uma direção radial (ZZ?) a partir de uma superfície de fundo (5) até uma face de contato (6) em uma altura radial H, se estendendo de acordo com uma direção axial (YY?) a partir de uma face de extremidade axialmente interior (7) até uma face de extremidade axialmente exterior (8) em uma largura axial L, e se estendendo de acordo com a direção circunferencial (XX?) a partir de uma face de fuga (9) até uma face de ataque (10) em uma espessura média E, a face de ataque (10) de cada barra (3) compreende um degrau (11) que se estende circunferencialmente na direção da face de fuga (9), axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior (8) e radialmente para o interior a partir da face de contato (6) e o degrau (11) da face de ataque (10) de cada barra (3) é prolongado por um vazio (12) formado na superfície de fundo (5).

Description

[0001] A presente invenção tem como objeto um pneumático para veículo agrícola, tal como um trator agrícola ou um veículo agroindustrial, e se refere mais especialmente à banda de rodagem de um tal pneumático.
[0002] No que se segue, as direções circunferencial, axial e radial designam respectivamente uma direção tangente à superfície de rodagem e orientada de acordo com o sentido de rotação do pneumático, uma direção paralela ao eixo de rotação do pneumático e uma direção perpendicular ao eixo de rotação do pneumático.
[0003] Um pneumático para veículo agrícola é destinado a rodar sobre diversos tipos de solos tais como a terra mais ou menos compacta dos campos, os caminhos não asfaltados de acesso aos campos e as superfícies asfaltadas das estradas. Considerando a diversidade do uso, no campo e na estrada, um pneumático para veículo agrícola, e em especial sua banda de rodagem, deve apresentar um compromisso de desempenhos entre, de modo não exaustivo, a tração no campo, a resist6encia aos arrancamentos, a resistência ao desgaste na estrada, a resistência ao avanço, o conforto vibratório em estrada.
[0004] Para satisfazer esse conjunto de desempenhos, a banda de rodagem de um pneumático para veículo agrícola compreende geralmente uma pluralidade de barras, elementos em relevo que se estendem radialmente a partir de uma superfície de fundo até a superfície de rodagem.
[0005] Uma barra tem geralmente lima forma globalmente paralelepipédica alongada, constituída por pelo menos uma porção retilínea ou curvilínea, e é separada das barras adjacentes por sulcos. Uma barra pode ser constituída por uma sucessão de porções retilíneas, tal como descrita nos documentos US3603370, US4383567, EP795427 ou ter uma forma curvilínea, tal como apresentada nos documentos US4446902, EP903249, EP1831034.
[0006] De acordo com a direção radial, uma barra se estende para o exterior a partir da superfície de fundo até a superfície de rodagem. A face radialmente exterior da barra, que pertence à superfície de rodagem e que é destinada a entrar em contato com o solo por ocasião da passagem da barra na superfície de contato do pneumático com o solo, é chamada de face de contato da barra. É chamado de pé de barra a porção de barra radialmente interior, na proximidade da superfície de fundo. A distância radial entre a superfície de fundo e a superfície de rodagem define a altura da barra.
[0007] De acordo com a direção axial, uma barra se estende para o interior a partir de uma face de extremidade axialmente exterior até uma face de extremidade axialmente interior. A face de extremidade axialmente exterior delimita axialmente no exterior uma aba de barra, porção de barra axialmente exterior, posicionada no ombro ou borda da banda de rodagem. A face de extremidade axialmente interior delimita axialmente no interior o nariz de barra, porção de barra axialmente interior, posicionada na maior parte das vezes no meio da banda de rodagem. A distância axial entre a face de extremidade axialmente exterior e a face de extremidade axialmente interior define a largura de barra.
[0008] De acordo com a direção circunferencial, uma barra se estende, de acordo com um sentido de rotação preferencial do pneumático, entre uma face de ataque e uma face de fuga. Por sentido de rotação preferencial, é entendido o sentido de rotação preconizado pelo fabricante do pneumático para uma utilização ótima do pneumático. A título de exemplo, no caso de uma banda de rodagem que compreende duas fileiras de barras em V ou em V invertido, o pneumático tem um sentido de rotação preferencial de acordo com a ponta dos V invertidos. A face de ataque é, por definição, a face da qual a aresta radialmente exterior ou aresta de ataque é a primeira a entrar em contato com o solo, por ocasião da passagem da barra na superfície de contato do pneumático com o solo, no decorrer da rotação do pneumático. A face de fuga é, por definição, a face da qual a aresta radialmente exterior ou aresta de fuga é a última a entrar em contato com o solo, por ocasião da passagem da barra na superfície de contato do pneumático com o solo, no decorrer da rotação do pneumático. De acordo com o sentido de rotação, a face de ataque é dita na frente em relação à face de fuga. A distância média entre a face de ataque e a face de fuga define a espessura média de barra.
[0009] Uma barra tem usualmente um ângulo de inclinação médio, em relação à direção circunferencial, em torno de 45°, o ângulo de inclinação médio sendo a inclinação da reta que passa pelas extremidades axiais da barra. Mais precisamente e por convenção, a reta que define o ângulo de inclinação médio da barra passa por um ponto de extremidade axialmente interior da face de fuga e por um ponto de extremidade axialmente exterior da face de fuga. Esse ângulo de inclinação médio permite em especial um compromisso entre a tração no campo e conforto vibratório. A tração no campo é ainda melhor quanto mais radial for a barra, quer dizer que seu ângulo de inclinação médio é próximo de 90°, enquanto o conforto vibratório é ainda melhor quanto mais longitudinal for a barra, quer dizer que seu ângulo de inclinação médio é próximo de 0°. É notório que a tração no campo é mais fortemente determinada pelo ângulo da barra ao nível do ombro, o que levou certos projetistas de pneumáticos a propor uma forma de barra bastante encurvada, que leva a uma barra substancialmente radial no ombro e substancialmente longitudinal no meio da banda de rodagem.
[0010] A banda de rodagem de um pneumático para veículo agrícola compreende usualmente duas fileiras de barras tais como precedentemente descritas. Essa distribuição de barras inclinadas em relação à direção circunferencial confere à banda de rodagem uma forma em V correntemente denominada motivo em V invertido. As duas fileiras de barras apresentam uma simetria em relação ao plano equatorial do pneumático, com na maior parte das vezes uma decalagem circunferencial entre as duas fileiras de barras, que resulta de uma rotação em torno do eixo do pneumático de uma metade da banda de rodagem em relação à outra metade da banda de rodagem. Por outro lado, as barras podem ser contínuas ou descontínuas, e distribuídas circunferencialmente com um passo constante ou variável.
[0011] Diversas concepções de banda de rodagem com barras foram propostas, de acordo com a melhoria de desempenhos procurada, como o mostram, a título de exemplos, os documentos citados abaixo. O documento US4131148 apresenta uma superfície de fundo com facetas para melhorar a tração no campo e a autolimpeza da banda de rodagem. O documento US46111647 propõe uma barra com uma face de ataque da qual o perfil circunferencial, de acordo com um plano circunferencial, paralelo ao plano equatorial, é convexa e curvilínea, a fim de melhorar a resistência ao desgaste, a eficácia em tração e o tempo de vida. O documento US5010935 descreve uma barra da qual a face de ataque tem um perfil circunferencial côncavo com dupla inclinação, para uma melhor tração no campo e uma melhor resistência ao arrancamento. O documento JP11115417 descreve uma barra da qual a face de ataque tem um perfil circunferencial convexo com dupla inclinação, para melhorar a tração no campo e a autolimpeza da banda de rodagem.
[0012] A melhoria da tração no campo é, portanto, uma preocupação constante do projetista de pneumático para veículo agrícola, como o mostram os documentos de patente do estado da técnica precedentemente citados.
[0013] Além disso, no que diz respeito ao funcionamento no campo, uma outra preocupação importante do projetista de pneumático é a melhoria da resistência das barras às agressões e mais especialmente às agressões pelas palhas residuais (“stubble”) nos campos depois da colheita. Uma palha é uma porção de haste de planta da qual a extremidade livre é geralmente cortante. A extremidade livre cortante de uma palha, que entra em contato com a face de ataque de uma barra, é suscetível de perfurar a mesma localmente e superficialmente, o que provoca um arrancamento local do material elastomérico constitutivo da barra. As agressões repetidas das faces de ataque das barras por palhas podem provocar uma degradação grande do aspecto das barras, e mesmo arrancamentos notadamente na proximidade das extremidades axialmente interiores ou exteriores das barras, quer dizer ao nível do nariz ou das abas das barras. Essas degradações são um motivo potencial de reclamação por parte dos usuários, que podem necessitar a substituição do pneumático.
[0014] O documento EP 2714431 B1 descreve a banda de rodagem de um pneumático para veículo agrícola com um risco diminuído das agressões das faces de ataque das extremidades exteriores das barras por palhas residuais depois de colheita (“stubble”) e, portanto, de arrancamento. Esse objetivo foi atingido graças a um perfil de face de ataque otimizado, caracterizado pelo fato de que o ângulo da reta tangente ao perfil de ataque, em um ponto do perfil de ataque, em relação ao plano equatorial do pneumático, aumenta continuamente, a partir de um ponto que é o mais axialmente exterior do perfil de ataque, quando a distância axial entre o ponto do perfil de ataque e o ponto que é o mais axialmente exterior do perfil de ataque aumenta, pelo fato de que o ângulo atinge um valor máximo em um ponto de inflexão do perfil de ataque, e pelo fato de que o raio de curvatura em qualquer ponto do perfil de ataque, posicionado axialmente entre o ponto que é o mais axialmente exterior e o ponto de inflexão, é pelo menos igual a 0,4 vezes a altura de barra.
[0015] A presente invenção tem como objetivo diminuir ainda mais, para uma banda de rodagem de pneumático para veículo agrícola, o risco de agressões das faces de ataque das abas de barras por palhas residuais depois de colheita (“stubble”), ao mesmo tempo em que mantém uma boa tração no campo.
[0016] Esse objetivo foi atingido de acordo com a invenção por um pneumático para veículo agrícola que compreende: - uma banda de rodagem que compreende duas fileiras de barras separadas umas das outras por sulcos, - duas barras consecutivas de uma mesma fileira sendo distantes, de acordo com uma direção circunferencial, de uma distância circunferencial P, - cada barra se estendendo de acordo com uma direção radial a partir de uma superfície de fundo até uma face de contato em uma altura radial H, se estendendo de acordo com uma direção axial a partir de uma face de extremidade axialmente interior até uma face de extremidade axialmente exterior em uma largura axial L, e se estendendo de acordo com a direção circunferencial a partir de uma face de fuga até uma face de ataque em uma espessura média E, - cada barra tendo uma direção média, que passa por um ponto de extremidade axialmente interior da face de fuga e por um ponto de extremidade axialmente exterior da face de fuga, e formando, com a direção circunferencial, um ângulo médio A, - a face de ataque de cada barra compreendendo um degrau que se estende circunferencialmente na direção da face de fuga, axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior e radialmente para o interior a partir da face de contato, e - o degrau da face de ataque de cada barra sendo prolongado por um vazio formado na superfície de fundo.
[0017] Assim, cada barra da banda de rodagem de um pneumático para veículo agrícola de acordo com a invenção compreende, ao nível de sua face de ataque e em sua porção de extremidade axialmente exterior ou aba, um degrau que permite a evacuação das palhas residuais para o exterior da banda de rodagem.
[0018] Essa otimização da geometria local da barra permite conservar as características geométricas do resto da barra e, portanto, manter globalmente os desempenhos de tração no campo, de resistência ao desgaste e de resistência aos arrancamentos. Em outros termos, a função de evacuação das palhas residuais não está correlacionada a outras funções da banda de rodagem.
[0019] O degrau da face de ataque permite por outro lado aumentar, se for necessário, o ângulo formado pela face de ataque com a direção radial, o que é favorável à evacuação das palhas do nível da aba de barra.
[0020] Ainda de acordo com a invenção, o degrau da face de ataque de cada barra é prolongado por um vazio formado na superfície de fundo.
[0021] A combinação de um degrau da face de ataque e de um vazio, formado na superfície de fundo e posicionado no pé de barra, permite obter uma superfície cônica que se apoia sobre a face de ataque e a superfície de fundo, melhorando ainda mais a capacidade de evacuação das palhas ao nível da aba de barra. Por outro lado, esse cone de evacuação é favorável à tração no campo, e à evacuação da terra.
[0022] Vantajosamente o degrau da face de ataque de cada barra se estende circunferencialmente na direção da face de fuga em uma distância circunferencial X11 pelo menos igual a 0,05 vezes a espessura média E da barra e no máximo igual a 0,35 vezes a espessura média E da barra.
[0023] A distância circunferencial X11 do degrau da face de ataque é medida de acordo com a direção circunferencial do pneumático, enquanto que a espessura média E da barra é a distância máxima medida entre a face de ataque e a face de fuga.
[0024] Abaixo de 0,05 vezes a espessura média E da barra, a distância circunferencial X11 do degrau da face de ataque é insuficiente para assegurar a evacuação das palhas residuais. Acima de 0,35 vezes a espessura medida E da barra, a distância circunferencial X11 do degrau da face de ataque tem um impacto negativo sobre os outros desempenhos da barra tais como a tração no campo, a resistência ao desgaste e a resistência aos arrancamentos. Por outro lado, a faixa de valores da distância circunferencial X11 do degrau da face de ataque permite aumentar localmente, ao nível do degrau da face de ataque, o ângulo formado pela face de ataque com a direção radial, assim como o raio de conexão da face de ataque com a superfície de fundo, o que é favorável à evacuação das palhas ao nível da aba de barra.
[0025] Também vantajosamente o degrau da face de ataque de cada barra se estende axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior em uma distância axial Y11 pelo menos igual a 0,1 vez a largura axial L da barra e no máximo igual a 0,3 vezes a largura axial L da barra.
[0026] Essa faixa da distância axial Y11 do degrau da face de ataque define a largura axial da porção de barra a proteger especificamente das agressões pelas palhas residuais.
[0027] Ainda vantajosamente o degrau da face de ataque de cada barra se estende radialmente para o interior a partir da face de contato em uma distância radial Z11 pelo menos igual à altura radial H da barra e no máximo igual a 1,3 vezes a altura radial H da barra.
[0028] Essa faixa de distância radial Z11 do degrau da face de ataque é considerada, pelos inventores, como ótima em relação a uma geometria de superfície de fundo, eficaz em relação à evacuação das palhas ao mesmo tempo em que evita o acréscimo de matéria supérflua.
[0029] Preferencialmente, o degrau da face de ataque tendo uma direção média, que passa por um ponto de extremidade axialmente interior do degrau da face de ataque e por um ponto de extremidade axialmente exterior do degrau da face de ataque, e que forma, com a direção circunferencial um ângulo médio A11, a diferença entre o ângulo médio A da barra e o ângulo médio A11 do degrau da face de ataque é pelo menos igual a 0° e no máximo igual a 10°, de preferência no máximo igual a 8°.
[0030] Em outros termos, o ângulo médio A11 é no máximo igual ao ângulo médio A, e difere desse último de um ângulo no máximo igual a 10°, de preferência no máximo igual a 8°. Uma diferença entre o ângulo médio A da barra e o ângulo médio A11 do degrau da face de ataque inferior a 0° é desfavorável à evacuação das palhas ao nível da aba da barra.
[0031] De acordo com um modo de realização preferido, o degrau da face de ataque de cada barra compreende uma primeira face de degrau que se estende axialmente para o exterior a partir da face de ataque até uma segunda face de degrau.
[0032] A presença de uma primeira face de degrau que se conecta a uma segunda face de degrau permite definir uma transição entre a zona corrente da barra e a aba da barra, permitindo assim conservar as características geométricas globais da barra, e em especial sua espessura, na maior distância axial possível, a partir do nariz de barra, sem degradar os desempenhos de resistência ao desgaste e de resistência aos arrancamentos.
[0033] De acordo com uma variante desse modo de realização preferido, a primeira face de degrau da face de ataque formando com a direção média da barra um ângulo A111, o ângulo A111 é pelo menos igual a 20° e no máximo igual a 40°.
[0034] Vantajosamente, o vazio formado na superfície de fundo se estende circunferencialmente a partir do degrau em uma distância circunferencial X12 pelo menos igual a 0,2 vezes a distância circunferencial média P entre duas barras consecutivas e no máximo igual à distância circunferencial média P entre duas barras consecutivas.
[0035] Essa faixa da distância circunferencial X12 do vazio formado na superfície de fundo é considerada, pelos inventores, como ótima em relação à geometria de superfície de fundo, eficaz em relação à evacuação das palhas sem degradar a resistência ao desgaste e a resistência aos arrancamentos. Por outro lado, essa geometria de vazio é favorável à tração no campo, e à evacuação da terra.
[0036] Também vantajosamente, o degrau da face de ataque de cada barra se estendendo axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior em uma distância axial Y11, o vazio formado na superfície de fundo se estende axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior em uma distância axial Y12 igual à distância axial Y11 na qual se estende axialmente o degrau da face de ataque da barra.
[0037] Em outros termos, de acordo com a direção axial, o vazio formado na superfície de fundo se inscreve na continuidade do degrau da face de ataque, essa largura axial idêntica para o vazio e o degrau definindo a largura axial da porção de barra a proteger especificamente das agressões pelas palhas residuais.
[0038] Ainda vantajosamente, o vazio formado a superfície de fundo se estende radialmente para o interior a partir da superfície de fundo em uma distância radial Z12 pelo menos igual a 0,03 vezes a altura radial H da barra e no máximo igual a 0,35 vezes a altura radial H da barra.
[0039] Na maior parte das vezes, o vazio formado na superfície de fundo se estende, portanto radialmente para o interior a partir da superfície de fundo em uma distância radial Z12 variável, pelo menos igual a 0,03 vezes e no máximo igual a 0,35 vezes a altura radial H da barra. Isso contribui para a eficácia da evacuação das palhas, e, se for o caso, para a tração no campo e para a evacuação da terra.
[0040] Preferencialmente a distância radial Z12 aumenta quando a distância circunferencial X12 aumenta.
[0041] Em outros termos, a profundidade do vazio aumenta quando há um afastamento da face de ataque da barra. Essa evolução da profundidade do vazio permite criar uma superfície cônica que facilita a ejeção das palhas e a evacuação da terra.
[0042] De acordo com um outro modo de realização preferido, a face de fuga de cada barra compreende um degrau que se estende circunferencialmente na direção da face de ataque da barra consecutiva mais próxima, axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior e radialmente para o interior a partir da face de contato até pelo menos a superfície de fundo.
[0043] Esse degrau na face de fuga constitui uma protuberância que traz um ganho volúmico de matéria, o que permite compensar a diminuição do volume de barra que resulta do degrau da face de ataque.
[0044] Vantajosamente o degrau da face de fuga de cada barra se estende circunferencialmente na direção da face de ataque da barra consecutiva em uma distância circunferencial X13 pelo menos igual a 0,05 vezes a espessura média E da barra e no máximo igual a 0,5 vezes a espessura média E da barra.
[0045] Também vantajosamente, o degrau da face de ataque de cada barra se estendendo axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior em uma distância axial Y11, o degrau da face de fuga de cada barra se estende axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior em uma distância axial Y13 pelo menos igual à distância axial Y11 na qual se estende axialmente o degrau da face de ataque da barra.
[0046] Ainda vantajosamente, o degrau da face de fuga de cada barra se estende radialmente para o interior a partir da face de contato até a superfície de fundo, em uma distância radial Z13 igual à altura radial H da barra.
[0047] As características geométricas do degrau da face de fuga, precedentemente descritas, permitem conservar assim uma espessura média da aba de barra substancialmente igual à espessura média da barra na zona corrente, em por consequência, características de rigidez da barra substancialmente constantes em toda a largura axial da barra. Isso permite manter um bom nível de resistência ao desgaste e de resistência aos arrancamentos e à fadiga, em relação a uma barra usual de espessura média substancialmente constante em toda sua largura axial.
[0048] Preferencialmente a banda de rodagem é constituída por uma primeira e por uma segunda fileiras de barras dispostas em V invertido em relação ao plano equatorial do pneumático. Esse modo de realização em V invertido da banda de rodagem é usual para uma banda de rodagem de pneumático para veículo agrícola.
[0049] Ainda preferencialmente, o ângulo médio A de cada barra é pelo menos igual a 20° e no máximo igual a 70°, de preferência pelo menos igual a 30° e no máximo igual a 60°.
[0050] A presente invenção será melhor compreendida com o auxílio das figuras 1 a 4 descritas abaixo: - Figura 1: vista em perspectiva de um pneumático para veículo agrícola de acordo com um modo de realização preferido da invenção, - Figura 2 vista de cima de uma porção de banda de rodagem de um pneumático para veículo agrícola de acordo com um modo de realização preferido da invenção, - Figura 3: vista em perspectiva de uma barra de banda de rodagem de um pneumático para veículo agrícola de acordo com um modo de realização preferido da invenção, - Figura 4: vista de cima de uma barra de banda de rodagem de um pneumático para veículo agrícola de acordo com um modo de realização preferido da invenção.
[0051] A figura 1 é uma vista em perspectiva de um pneumático 1 para veículo agrícola, de acordo com um modo de realização preferido da invenção. A banda de rodagem 2 do pneumático é constituída por barras 3 separadas umas das outras por sulcos 4. No caso presente, a banda de rodagem 2 é constituída por uma primeira e por uma segunda fileiras de barras 3 dispostas em V invertido em relação ao plano equatorial do pneumático. As porções de extremidades axialmente exteriores ou abas de barras 32 são decaladas circunferencialmente em relação às porções correntes 31 de barras, axialmente interiores, devido à presença de um degrau 11 da face de ataque 10 e de um degrau 13 da face de fuga 9. Por outro lado, a superfície de fundo 5 compreende um vazio 12 no pé de cada aba de barra 32.
[0052] A figura 2 é uma vista de cima de uma porção de banda de rodagem 2 de um pneumático para veículo agrícola de acordo com um modo de realização preferido da invenção. A banda de rodagem 2 do pneumático é constituída por barras 3 separadas umas das outras por sulcos 4 e é constituída por uma primeira e por uma segunda fileiras de barras 3 dispostas em V invertido em relação ao plano equatorial do pneumático. Duas barras 3 consecutivas de uma mesma fileira são distantes, de acordo com uma direção circunferencial XX’, de uma distância circunferencial P. Cada barra 3 compreende uma porção corrente axialmente interior 31 e uma aba de barra 32, ou porção de extremidade axialmente exterior de barra. Cada barra 3 se estende de acordo com uma direção radial ZZ’ para o exterior a partir da superfície de fundo 5 até uma face de contato 6 em uma altura radial H, se estende de acordo com uma direção axial YY’ para o exterior a partir de uma face de extremidade axialmente interior 7 até uma face de extremidade axialmente exterior 8 em uma largura axial L, e se estende de acordo com a direção circunferencial XX’ a partir de uma face de fuga 9 até uma face de ataque 10 em uma espessura média E. De acordo com a invenção, a face de ataque 10 de cada barra 3 compreende um degrau 11 que se estende circunferencialmente na direção da face de fuga 9, axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior 8 e radialmente para o interior a partir da face de contato 6. Preferencialmente, o degrau 11 da face de ataque 10 de cada barra 3 é prolongado por um vazio 12 formado na superfície de fundo 5. Ainda preferencialmente, a face de fuga 9 de cada barra 3 compreende um degrau 13 que se estende circunferencialmente na direção da face de ataque 10 da barra 3 consecutiva mais próxima, axialmente para o exterior a partir da face de extremidade axialmente exterior 7 e radialmente para o interior a partir da face de contato 6 até pelo menos a superfície de fundo 5.
[0053] A figura 3 é uma vista em perspectiva de uma barra de banda de rodagem de um pneumático para veículo agrícola de acordo com um modo de realização preferido da invenção. Estão representadas as extremidades respectivamente axialmente interior 7 e axialmente exterior 8 da barra 3, assim como as faces respectivamente de fuga 9, de ataque 10, de contato 6 e a superfície de fundo 5. Estão também representadas a porção corrente axialmente interior 31 assim como a aba de barra 32 que compreende um degrau 11 ao nível da face de ataque 10, um vazio 12 ao nível da superfície de fundo 5 assim como um degrau 13 ao nível da face de fuga 9.
[0054] A figura 4 é uma vista de cima de uma barra 3 de banda de rodagem de um pneumático para veículo agrícola de acordo com um modo de realização preferido da invenção. Como nas figuras 2 e 3, estão representadas as extremidades respectivamente axialmente interior 7 e axialmente exterior 8 da barra 3, assim como as faces respectivamente de fuga 9, de ataque 10, de contato 6 e a superfície de fundo 5. Estão também representadas a porção corrente axialmente interior 31 e a aba de barra 32. A barra 3 tem uma espessura média E e uma largura axial L. A barra 3 tem também uma direção média D, que passa por um ponto de extremidade axialmente interior I da face de fuga 9 e por um ponto de extremidade axialmente exterior J da face de fuga 9, e que forma, com a direção circunferencial XX’, um ângulo médio A. O degrau 11 da face de ataque 10 da barra 3 se estende circunferencialmente na direção da face de fuga 9 em uma distância circunferencial X11, axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior 7 em uma distância axial Y11 e radialmente para o interior a partir da face de contato 6 em uma distância radial Z11 (não representada). O degrau 11 da face de ataque 10 tem uma direção média D11, que passa por um ponto de extremidade axialmente interior K do degrau 11 da face de ataque 10 e por um ponto de extremidade axialmente exterior M do degrau 11 da face de ataque 10, e que forma, com a direção circunferencial XX’, um ângulo médio A11. Por outro lado, o degrau 11 da face de ataque 10 da barra 3 compreende uma primeira face de degrau 111 que se estende axialmente para o exterior a partir da face de ataque 10 até uma segunda face de degrau 112. Por outro lado, o degrau 11 da face de ataque 10 da barra 3 é prolongado por um vazio 12 formado na superfície de fundo 5, se estendendo circunferencialmente a partir do degrau 11 em uma distância circunferencial X12, axialmente para o interior a parir da face de extremidade axialmente exterior 7 em uma distância axial Y12 igual à distância axial Y11 na qual se estende axialmente o degrau 11 da face de ataque 10 da barra 3, e radialmente para o interior a partir da face de fundo 5 em uma distância radial Z12 (não representada) que aumenta quando a distância circunferencial X12 aumenta. Finalmente, a face de fuga 9 da barra 3 compreende um degrau 13 que se estende circunferencialmente na direção da face de ataque 10 da barra 3 consecutiva mais próxima, axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior 7 e radialmente para o interior a partir da face de contato 6 até a superfície de fundo 5. O degrau 13 da face de fuga 9 da barra 3 se estende circunferencialmente na direção da face de ataque 10 da barra 3 consecutiva em uma distância circunferencial X13, axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior 7 em uma distância axial Y13, e radialmente para o interior a partir da face de contato 6 até a superfície de fundo 5, em uma distância radial Z13 (não representada).
[0055] A invenção foi mais especialmente executada para um pneumático agrícola de dimensão 380/80R38. A tabela 1 abaixo apresenta as características técnicas de um exemplo de um modo de realização preferido da invenção, tal como representado nas figuras 1 a 4:
Figure img0001
TABELA 1
[0056] No que diz respeito às características geométricas do degrau 11 da face de ataque 10 do exemplo, a distância circunferencial X11 do degrau 11 da face de ataque 10 é igual a 0,16 vezes a espessura média de barra E, a distância axial Y11 do degrau 11 da face de ataque 10 é igual a 0,15 vezes a largura axial de barra L e a distância radial Z11 do degrau 11 da face de ataque 10 é igual a 1,05 vezes a altura de barra H.
[0057] No que diz respeito às características geométricas do vazio 12 do exemplo a distância circunferencial X12 do vazio 12 é igual a 0,65 vezes a distância circunferencial P entre duas barras consecutivas, a distância axial Y12 do vazio 12 é igual à distância axial Y11 do degrau 11 da face de ataque 10 e a distância radial Z12 do vazio 12 é igual a 0,06 vezes a altura de barra H.
[0058] No que diz respeito às características geométricas do degrau 13 da face de fuga 9 do exemplo, a distância circunferencial X13 do degrau 13 da face de fuga 9 é igual a 0,236 vezes a espessura média de barra E, a distância axial Y13 do degrau 13 da face de fuga 9 é igual a 0,32 vezes a largura axial de barra L, e portanto é superior à distância axial Y11 do degrau 11 da face de ataque 10, e a distância radial Z13 do degrau 13 da face de fuga 9 é igual à altura de barra H.
[0059] Os inventores compararam, em testes internos, os desempenhos de tração no campo e de resistência às agressões por palhas, entre um pneumático agrícola de acordo com a invenção, tal como caracterizado na tabela 1 precedente, e um pneumático de referência com barras clássicas, uma barra clássica não tendo nenhum degrau nem em sua face de ataque nem em sua face de fuga e nenhum vazio no pé de barra. Eles puderam mostrar que um pneumático de acordo com a invenção, tal como definido no exemplo da tabela 1, permite, em relação a um pneumático de referência com barras clássicas, diminuir as agressões das faces de ataque das abas de barras por palhas residuais depois de colheita (“stubble”), ao mesmo tempo em que mantém uma boa tração no campo.

Claims (17)

1. Pneumático (1) para veículo agrícola compreendendo: - uma banda de rodagem (2) compreendendo duas fileiras de barrinhas (3) que são separadas umas das outras por sulcos (4), - duas barrinhas (3) consecutivas de uma mesma fileira sendo espaçadas, em uma direção circunferencial (XX’), por uma distância circunferencial P, - cada barrinha (3) se estendendo ao longo de altura radial H em uma direção radial (ZZ’) a partir de uma superfície de fundo (5) até uma face de contato (6), se estendendo ao longo de uma largura axial L em uma direção axial (YY’) a partir de uma face de extremidade axialmente interior (7) até uma face de extremidade axialmente exterior (8), e se estendendo ao longo de uma espessura média E na direção circunferencial (XX’) a partir de uma face de fuga (9) até uma face de ataque (10), - cada barrinha (3) tendo uma direção média (D), que passa por um ponto de extremidade axialmente interior (I) da face de fuga (9) e por um ponto de extremidade axialmente exterior (J) da face de fuga (9), e forma, com a direção circunferencial (XX’), um ângulo médio A, - a face de ataque (10) de cada barrinha (3) compreendendo uma descontinuidade (11) que se estende circunferencialmente na direção da face de fuga (9), axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior (8) e radialmente para o interior a partir da face de contato (6), caracterizado pelo fato de que a descontinuidade (11) da face de ataque (10) de cada barrinha (3) é continuada por um recesso (12) formado na superfície de fundo (5).
2. Pneumático (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a descontinuidade (11) da face de ataque (10) de cada barrinha (3) se estende circunferencialmente na direção da face de fuga (9) por uma distância circunferencial X11 pelo menos igual a 0,05 vezes a espessura média E da barrinha (3) e no máximo igual a 0,35 vezes a espessura média E da barrinha (3).
3. Pneumático (1) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a descontinuidade (11) da face de ataque (10) de cada barrinha (3) se estende axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior (7) por uma distância axial Y11 pelo menos igual a 0,1 vezes a largura axial L da barrinha (3) e no máximo igual a 0,3 vezes a largura axial L da barrinha (3).
4. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a descontinuidade (11) na face de ataque (10) de cada barrinha (3) se estende radialmente para o interior a partir da face de contato (6) por uma distância radial Z11 pelo menos igual à altura radial H da barrinha (3) e no máximo igual a 1,3 vezes a altura radial H da barrinha (3).
5. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, a descontinuidade (11) da face de ataque (10) tendo uma direção média (D11) que passa por um ponto de extremidade axialmente interior (K) da descontinuidade (11) na face de ataque (10) e por um ponto de extremidade axialmente exterior (M) da descontinuidade (11) na face de ataque (10), e que forma, com a direção circunferencial (XX’), um ângulo médio A11, caracterizado pelo fato de que a diferença entre o ângulo médio A da barrinha (3) e o ângulo médio A11 da descontinuidade (11) na face de ataque (10) é pelo menos igual a 0° e no máximo igual a 10°, de preferência no máximo igual a 8°.
6. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a descontinuidade (11) na face de ataque (10) de cada barrinha (3) compreende uma primeira face de descontinuidade (111) que se estende axialmente para o exterior a partir da face de ataque (10) até uma segunda face de descontinuidade (112).
7. Pneumático (1) de acordo com a reivindicação 6, a primeira face de descontinuidade (111) da face de ataque (10) formando, com a direção média (D) da barrinha (3), um ângulo A111, caracterizado pelo fato de que o ângulo A111 é pelo menos igual a 20° e no máximo igual a 40°.
8. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o recesso (12) formado na superfície de fundo (5) se estende circunferencialmente a partir da descontinuidade (11) por uma distância circunferencial X12 pelo menos igual a 0,2 vezes a distância circunferencial média P entre duas barrinhas (3) consecutivas e no máximo igual à distância circunferencial média P entre duas barrinhas (3) consecutivas.
9. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, a descontinuidade (11) na face de ataque (10) de cada barrinha (3) se estendendo axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior (7) por uma distância axial Y11, caracterizado pelo fato de que o recesso (12) formado na superfície de fundo (5) se estende axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior (7) por uma distância axial Y12 igual à distância axial Y11 na qual se estende axialmente a descontinuidade (11) na face de ataque (10) da barrinha (3).
10. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que o recesso (12) formado a superfície de fundo (5) se estende radialmente para o interior a partir da superfície de fundo (5) por uma distância radial Z12 pelo menos igual a 0,03 vezes a altura radial H da barrinha (3) e no máximo igual a 0,35 vezes a altura radial H da barrinha (3).
11. Pneumático (1) de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que a distância radial Z12 aumenta quando a distância circunferencial X12 aumenta.
12. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que a face de fuga (9) de cada barrinha (3) compreende uma descontinuidade (13) que se estende circunferencialmente na direção da face de ataque (10) da barrinha (3) consecutiva mais próxima, axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior (7) e radialmente para o interior a partir da face de contato (6) até no máximo a superfície de fundo (5).
13. Pneumático (1) de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que a descontinuidade (13) na face de fuga (9) de cada barrinha (3) se estende circunferencialmente na direção da face de ataque (10) da barrinha (3) consecutiva por uma distância circunferencial X13 pelo menos igual a 0,05 vezes a espessura média E da barrinha (3) e no máximo igual a 0,5 vezes a espessura média E da barrinha (3).
14. Pneumático (1) de acordo com a reivindicação 12 ou 13, a descontinuidade (11) na face de ataque (10) de cada barrinha (3) se estendendo axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior (7) por uma distância axial Y11, caracterizado pelo fato de que a descontinuidade (13) na face de fuga (9) de cada barrinha (3) se estende axialmente para o interior a partir da face de extremidade axialmente exterior (7) por uma distância axial Y13 pelo menos igual à distância axial Y11 pela qual se estende axialmente a descontinuidade (11) na face de ataque (10) da barrinha (3).
15. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 14, caracterizado pelo fato de que a descontinuidade (13) na face de fuga (9) de cada barrinha (3) se estende radialmente para o interior a partir da face de contato (6) até a superfície de fundo (5), por uma distância radial Z13 igual à altura radial H da barrinha (3).
16. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo fato de que a anda de rodagem é constituída por uma primeira e por uma segunda fileiras de barrinhas (3) dispostas em chevrons em relação ao plano equatorial (C) do pneumático.
17. Pneumático (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado pelo fato de que o ângulo médio A de cada barrinha (3) é pelo menos igual a 20° e no máximo igual a 70°, de preferência pelo menos igual a 30° e no máximo igual a 60°.
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