BR112018009475B1

BR112018009475B1 - Vidraça laminada à base de adesivo sensível à pressão

Info

Publication number: BR112018009475B1
Application number: BR112018009475-7A
Authority: BR
Inventors: Jia-Mei Soon
Original assignee: Saint-Gobain Glass France
Priority date: 2015-11-30
Filing date: 2016-11-28
Publication date: 2022-02-08
Also published as: CN107027302A; JP2019503957A; ES2830441T3; US20180354235A1; US11040519B2; MX2018006560A; JP6944452B2; EP3383645A1; BR112018009475A8; PL3383645T3; BR112018009475A2; RU2726536C2; KR102682659B1; FR3044258A1; FR3044258B1; EP3383645B1; WO2017093642A1; CA3004508A1; KR20180087263A; HUE052970T2

Abstract

vidraça laminada à base de adesivo sensível à pressão. a invenção refere-se a uma vidraça laminada compreendendo uma primeira folha de vidro (1); pelo menos uma folha intercalar (3) de polímero termoplástico; eventualmente uma folha "antissolar" (4) ou camada metálica funcional com propriedades de reflexão no infravermelho e/ou na radiação solar, pelo menos uma folha de adesivo sensível à pressão (5), em contato direto com uma folha funcional termossensível (6); uma segunda folha de vidro (2); a referida primeira folha de vidro (1) estando em contato direto com a referida folha intercalar (3); a referida segunda folha de vidro (2) estando em contato direto com a referida folha de adesivo sensível à pressão (5). ela refere-se também ao processo de fabricação de tal vidraça, bem como a sua utilização para fabricar uma vidraça de veículo escolhida entre um para-brisa, uma vidraça lateral dianteira, uma vidraça lateral traseira, um vidro traseiro e uma vidraça de teto e/ou para fabricar uma vidraça de veículo escolhido entre um automóvel, um trem, um caminhão, uma aeronave e um ônibus.

Description

[0001] A invenção refere-se a uma vidraça laminada compreendendo um empilhamento de camadas finas do qual (i) pelo menos dois substratos de vidro montados um no outro por (ii) pelo menos um intercalar de natureza orgânica e (iii) pelo menos uma camada funcional termossensível associada à face interna de um dos referidos substratos de vidro por (iv) uma camada de adesivo sensível à pressão. Com vantagem, esta vidraça é eletricamente comutável.

[0002] A invenção trata igualmente da utilização de tal vidraça para fabricar uma vidraça destinada a equipar um veículo, em particular escolhido entre um automóvel, um ônibus, um caminhão, uma embarcação, uma aeronave, como um avião ou um helicóptero, e um trem.

[0003] Os dois substratos de vidro da referida vidraça são eventualmente mantidos juntos por uma estrutura de caixilho. A vidraça laminada da invenção pode ser, assim, uma vidraça de veículo escolhida entre um para-brisa, uma vidraça lateral dianteira, uma vidraça lateral traseira, um vidro traseiro e uma vidraça de teto. Com vantagem, trata-se de uma vidraça de teto.

[0004] Os intercalares apresentam-se sob a forma de filmes. Eles são geralmente filmes de polivinila-butiral, abreviado PVB ou de etila-vinila-acetato, abreviado EVA. O PVB tem a vantagem de apresentar uma boa aderência ao vidro e uma taxa de alongamento alta antes de rasgar.

[0005] A vidraça laminada compreendendo tal intercalar plástico demonstra ser, assim, resistente a impactos. Quando de um impacto com um corpo estranho, o vidro racha e a fratura permanece localizada no ponto de impacto sem alterar a visibilidade através da vidraça. Ademais, o intercalar PVB mantém os pedaços de vidro no lugar, o que diminui o risco de corte por estilhaços de vidro e permite a conservação da estanqueidade da vidraça. Por último, a energia residual do corpo é absorvida por este intercalar. A vidraça impede, portanto, a passagem do corpo se o impacto não for desproporcional.

[0006] As etapas principais do processo para a fabricação de uma vidraça laminada são as seguintes:

[0007] Lavagem do vidro: O substrato de vidro é previamente recortado e eventualmente conformado. A fim de eliminar qualquer traço de contaminação, o vidro é lavado com água ionizada e secado com cuidado.

[0008] Montagem: Ela é efetuada em um recinto fechado, sem poeira, a uma temperatura de 18-20°C e com uma umidade relativa da atmosfera de 30%. As camadas de vidro e de intercalar são sobrepostas em função da composição desejada. O aparamento do volume laminado é efetuado antes da entrada no forno de pré-aquecimento.

[0009] Desgaseificação: É a operação mais crítica. Trata-se de eliminar o ar aprisionado, sob a forma de bolhas de ar eventuais, entre o intercalar e a folha de vidro e selar as bordas da montagem de modo a evitar qualquer risco de penetração de ar durante a operação final de autoclavagem. Esta operação é feita por dupla calandragem com um forno de pré-aquecimento a cerca de 60°C. As condições de temperaturas são função do tipo de montagem e da velocidade da linha.

[0010] Autoclavagem: A colagem definitiva do vidro e do intercalar é realizada em uma autoclave a uma forte pressão e com elevação de temperatura para assegurar uma forte ligação da montagem.

[0011] Assim, para um intercalar de PVB, opera-se a uma pressão entre 10 e 12 bars, limites incluídos, e a uma temperatura de 120 145°C, limites incluídos. Isto permite fluir de modo suficiente o PVB para se casar perfeitamente com a superfície do vidro e criar a adesão.

[0012] Para um intercalar de EVA, a colagem adesiva é realizada a uma temperatura levemente abaixo de 100°C. Os tempos de ciclo são uma função do enchimento e da composição da vidraça laminada.

[0013] Limpeza: Uma segunda remoção de aparas periféricas é necessária para eliminar o intercalar excedente, devido à fluência.

[0014] No entanto, no caso em que se deseja fabricar uma vidraça laminada compreendendo camadas intermediárias funcionais, a temperatura na qual a colagem deve ocorrer pode colocar problemas. A colagem do ou dos filmes intercalares da vidraça durante a fase de laminação deve ocorrer, com frequência, a uma temperatura dificilmente compatível com o uso de outras camadas, notadamente de camadas ditas funcionais, sensíveis à temperatura. Com efeito, numerosos revestimentos funcionais experimentam danos permanentes pela exposição a tais temperaturas de autoclavagem.

[0015] Atualmente, para fabricar tal vidraça laminada em uma única etapa de laminação a quente, sem causar a perda de funcionalidade para a camada funcional, utiliza-se um intercalar de EVA em vez do PVB, EVA apresentando uma temperatura de processamento ou temperatura de colagem para realizar a estratificação bem inferior à do PVB.

[0016] No entanto, a camada de PVB permanece indispensável devido à sua resistência aos impactos em numerosas aplicações. Portanto, é impossível realizar a fabricação de vidraça laminada apresentando um revestimento funcional termossensível com uma única etapa de laminação em alta temperatura.

[0017] O resultado é um processo de estratificação em dois tempos desenvolvido por Saint-Gobain. Neste processo, que faz parte da técnica anterior, (i) uma camada de PVB é, durante uma primeira etapa de laminação a quente, aplicada a uma temperatura podendo atingir 120°C sobre uma folha de vidro destinada a formar o lado da vidraça em contato com o espaço exterior do veículo, depois o conjunto pode ser associado, por exemplo, a outras folhas, como uma folha de metal, que oferecem funcionalidades complementares, por último (ii) um filme ativo, por exemplo, um filme para dispositivo com partículas em suspensão, abreviado SPD, é adicionado em uma segunda etapa de laminação a quente a uma temperatura inferior a 100°C, o referido filme sendo solidarizado por EVA à camada de vidro destinada a formar o lado da vidraça em contato com o espaço interior do veículo e ao estratificado compreendendo o PVB da etapa precedente. Deste modo, o filme de SPD nunca é exposto à temperatura elevada de estratificação exigida para o processamento de PVB.

[0018] Apenas um processo incluindo, pelo menos, duas etapas de laminação a quente é, assim, atualmente possível para a estratificação de uma vidraça laminada compreendendo, pelo menos, uma camada de PVB e de SPD. No entanto, este processo requer várias manipulações, não pode ser realizado em contínuo e é, portanto, consumidor de tempo e de energia.

[0019] O objetivo da invenção consiste em conseguir remediar os inconvenientes da técnica anterior, desenvolvendo um novo tipo de empilhamento de vidraça laminada, cujas camadas aderem eficazmente umas nas outras, conciliando, ao mesmo tempo, uma termossensibilização e uma resistência aos impactos.

[0020] Outro objetivo significante da invenção é propor um processo de fabricação de tal empilhamento e, por extensão, de uma vidraça laminada compreendendo tal empilhamento que seja economicamente vantajoso.

[0021] A requerente desenvolveu uma vidraça laminada, resistente aos impactos e apresentando, pelo menos, um filme ativo termossensível que pode ser agora obtido em uma única etapa de laminação a quente empregando, pelo menos, um intercalar polimérico.

[0022] A invenção tem, assim, por objeto uma vidraça laminada compreendendo: • uma primeira folha de vidro 1; • pelo menos uma folha intercalar 3 de polímero termoplástico; • eventualmente uma folha “antissolar” 4 ou camada metálica funcional com propriedades de reflexão no infravermelho e/ou na radiação solar, • pelo menos uma folha de adesivo sensível à pressão 5, em contato direto com uma folha funcional termossensível 6; • uma segunda folha de vidro 2; • a referida primeira folha de vidro 1 estando em contato direto com a referida folha intercalar 3; • a referida segunda folha de vidro 2 estando em contato direto com a referida folha de adesivo sensível à pressão 5.

[0023] A folha de adesivo sensível à pressão 5 e a segunda folha de vidro 2 estão em contato direto no nível da face interna desta segunda folha de vidro 2.

[0024] As duas faces de uma mesma vidraça estão, cada uma, em contato com um meio externo. Estes meios externos são, cada, divididos de um lado e de outro da referida vidraça.

[0025] No sentido da invenção, a face “externa” de uma camada ou de uma folha significa a face da referida camada ou da referida folha da vidraça a mais próxima do meio externo o mais próximo.

[0026] No sentido da invenção, a face “interna” de uma camada ou de uma folha significa a face da referida camada ou da referida folha da vidraça a mais afastada do meio externo o mais próximo.

[0027] No sentido da invenção, serão usados sem distinção os termos “folha”, “filme” ou “camada” na presente invenção para definir os diferentes estratos da estrutura da vidraça laminada de acordo com a invenção. Estes termos têm aqui o mesmo significado.

[0028] Com vantagem, a primeira folha de vidro 1 da referida vidraça está em contato direto com o meio externo desta última que é o meio externo ao veículo dotado de tal vidraça laminada objeto da invenção. Respectivamente, a segunda folha de vidro 2 da referida vidraça está em contato direto com o meio externo desta última, que demonstra ser o meio interno ao veículo, isto é, o meio onde se encontram o motorista e eventuais passageiros.

[0029] De acordo com uma primeira modalidade da invenção representada na figura 1, a vidraça laminada de acordo com a invenção compreende sucessivamente: • uma primeira folha de vidro 1, • uma folha intercalar 3 de polímero termoplástico, • eventualmente uma folha “antissolar” 4 ou camada metálica funcional com propriedades de reflexão no infravermelho e/ou na radiação solar, • uma primeira folha de adesivo sensível à pressão 5, • uma folha funcional termossensível 6, • uma segunda folha de adesivo sensível à pressão 5, • uma segunda folha de vidro 2.

[0030] De acordo com a invenção, o polímero termoplástico da folha intercalar 3 é escolhido com vantagem entre o polivinilbutiral, o poliuretano, o etileno acetato de vinila e os ionômeros.

[0031] De acordo com a invenção, o polímero termoplástico da folha intercalar 3 é com vantagem o PVB.

[0032] De acordo com a invenção, o adesivo sensível à pressão é escolhido com vantagem entre os adesivos sensíveis à pressão à base de acrilatos e os adesivos sensíveis à pressão à base de silicone.

[0033] De acordo com a invenção, a folha funcional termossensível (6) é, com vantagem, à base de cristais líquidos encapsulados, de partículas eletroforéticas dispersas em um meio, de partículas dispersas em um fluido eletroforético ou de partículas de polarização da luz.

[0034] De acordo com a invenção, a folha “antissolar” é com vantagem de prata ou qualquer outro metal tendo propriedades de reflexão da luz ou um metal ou composto metálico tendo propriedades de absorção da luz. De acordo com a invenção, a vidraça laminada é plana ou encurvada.

[0035] Além disso, trata-se, com vantagem, de uma vidraça de veículo escolhida entre um para-brisa, uma vidraça lateral dianteira, uma vidraça lateral traseira, um vidro traseiro e uma vidraça de teto.

[0036] Trata-se, com vantagem, de uma vidraça de veículo escolhido entre um automóvel, um trem, um caminhão, um avião e um ônibus.

[0037] A invenção tem igualmente por objeto um processo de fabricação de uma vidraça laminada tal como definida previamente, em que as etapas de instalação das diferentes folhas ocorrem partindo (i) da instalação da folha intercalar 3 de polímero termoplástico sobre a face interna da primeira folha de vidro 1, ou partindo (ii) da instalação da segunda folha de adesivo sensível à pressão 5 sobre a face interna da segunda folha de vidro 2 ou partindo (iii) da instalação de uma folha de adesivo sensível à pressão 5 sobre uma, pelo menos, das duas faces de uma folha funcional termossensível 6.

[0038] O processo de fabricação de uma vidraça laminada, de acordo com a invenção, compreende: • pelo menos uma etapa de instalação de uma folha intercalar 3 de polímero termoplástico sobre a face interna de uma primeira folha de vidro 1, eventualmente previamente encurvada, e eventualmente a instalação de uma folha “antissolar” 4 sobre a face que permaneceu vacante da referida folha intercalar 3 que é, assim, ensanduichada entre a referida primeira folha de vidro 1 e a referida eventual folha “antissolar” 4, de modo a formar o primeiro laminado parcial 7, e/ou • pelo menos uma etapa de instalação de uma primeira e/ou uma segunda folha de adesivo sensível à pressão 5 sobre uma, pelo menos, das duas faces de uma folha funcional termossensível 6.

[0039] As modalidades descritas abaixo permitem, em particular, obter os empilhamentos de acordo com a invenção, tal como representados na figura 1.

[0040] De acordo com a invenção, a primeira folha de adesivo sensível à pressão 5 é disposta sobre a primeira face da folha funcional termossensível 6 e a segunda folha de adesivo sensível à pressão 5 é disposta sobre a segunda face da referida folha funcional termossensível 6, que permaneceu vacante, de modo a obter um segundo laminado parcial 8.

[0041] De acordo com uma primeira modalidade do processo de acordo com a invenção, o segundo laminado parcial 8 é aplicado por intermédio de uma de suas faces adesivas sensíveis à pressão 5 sobre ou sob o primeiro laminado parcial 7, quer diretamente sobre a face vacante da folha de polímero termoplástico 3 deste último, quer eventualmente sobre a face vacante da folha “antissolar” 4, quando esta está presente, deste primeiro laminado parcial 7 e a segunda folha de vidro 2, eventualmente previamente encurvada, é aplicada no nível de sua face interna sobre ou sob a face do laminado resultante, oposto à face que permaneceu vacante da primeira folha de vidro 1.

[0042] De acordo com uma segunda modalidade do processo de acordo com a invenção, a segunda folha de vidro 2, eventualmente previamente encurvada, é aplicada no nível de sua face interna sobre ou sob uma das faces do referido segundo laminado parcial 8, de modo a formar um terceiro laminado parcial 9.

[0043] O referido terceiro laminado parcial 9 pode ser, então, instalado por intermédio de sua face adesiva sensível à pressão 5 sobre ou sob o primeiro laminado parcial 7, quer diretamente sobre a face vacante de sua folha de polímero termoplástico 3, quer eventualmente sobre a face vacante de sua folha “antissolar” 4, quando esta última está presente.

[0044] De acordo com a invenção, o processo de fabricação da vidraça laminada pode compreender, ainda, pelo menos: • uma etapa de desgaseificação sob vácuo do laminado resultante, com utilização de uma junta periférica ou um saco a vácuo, • eventualmente uma etapa de selagem a quente das bordas do referido laminado, e • uma etapa de autoclavagem.

[0045] O processo pode compreender, ainda, pelo menos uma etapa de calandragem, eventualmente a quente.

[0046] A invenção é igualmente relativa à utilização de uma vidraça tal como definida previamente para fabricar uma vidraça de veículo escolhida entre um para- brisa, uma vidraça lateral dianteira, uma vidraça lateral traseira, um vidro traseiro e uma vidraça de teto e/ou para fabricar uma vidraça de veículo escolhido entre um automóvel, um trem, um caminhão, uma aeronave e um ônibus.

[0047] O substrato de vidro da vidraça laminada de acordo com a invenção pode ser do tipo vendido sob a denominação comercial Planiclear® ou Planitherm® pela empresa Saint-Gobain, ou mesmo VG10. Sua espessura será escolhida em função da utilização visada.

[0048] A vidraça laminada de acordo com a invenção compreende pelo menos uma folha de adesivo sensível à pressão.

[0049] Um adesivo sensível à pressão, abreviado PSA e geralmente chamado autoadesivo, é um adesivo que forma uma ligação quando uma pressão aplicada ao mesmo, de modo a solidarizar o adesivo com a superfície a colar. Nenhum solvente, nem água, ou calor é necessário para ativar o adesivo. Ele é utilizado em guarnições decorativas de automóveis e em uma grande variedade de outros produtos.

[0050] Como o seu nome indica “sensível à pressão”, o grau de ligação entre uma superfície dada e o ligante autoadesivo é influenciado pela quantidade de pressão utilizada para aplicar o adesivo sobre a superfície alvo. Outros fatores intervêm igualmente e são importantes para uma boa aderência como a maciez, a energia de superfície, e a eliminação dos contaminantes.

[0051] PSAs são geralmente projetados para formar uma ligação e manter a mesma em temperatura ambiente. O versado na técnica saberá escolher uma formulação de adesivo autoadesivo adaptada às condições de sua utilização. Com efeito, PSAs geralmente experimentam uma redução ou desaparecimento de sua aderência em baixa temperatura e experimentam uma redução em sua capacidade de sofrer cisalhamento em temperaturas elevadas.

[0052] Os PSAs são geralmente à base de elastômero acoplado com um agente adesivo suplementar apropriado ou agente “promotor da pegajosidade” (por exemplo, uma resina éster).

[0053] Os elastômeros podem ser à base de: 1/ acrilatos, que podem ser suficientemente colantes para não requerer um agente promotor da pegajosidade suplementar. 2/ nitrilas 3/ silicone, requerendo agentes promotores da pegajosidade especiais, como resinas de silicato de tipo “MQ”, compostos de trimetila silano monofuncional (“M”) que reagiu com tetracloreto de silício quadrifuncional (“Q”). Os PSAs à base de silicone são, por exemplo, gomas e resinas de polidimetilsiloxano dispersas em xileno ou uma mistura de xileno e de tolueno. 4/ copolímeros blocos à base de estireno como os copolímeros blocos estireno butadieno- estireno (SBS), estireno-etileno / butileno - estireno (SEBS), estireno-etileno / propileno (SEP), estireno isopreno- estireno (SIS), 5/ éteres vinílicos.

[0054] Com vantagem, o adesivo sensível à pressão, de acordo com a invenção, é escolhido entre os PSAs à base de acrilatos e os PSAs à base de silicone.

[0055] Estes adesivos são comercializados sob a forma de rolos de adesivo dupla face.

[0056] Podem ser mencionados, como PSAs à base de silicone, os adesivos de Dow Corning® como 2013 Adhesive, 7657 Adhesive, Q2-7735 Adhesive, Q2-7406 Adhesive, Q2-7566 Adhesive, 7355 Adhesive, 7358 Adhesive, 280A Adhesive, 282 Adhesive, 7651 Adhesive, 7652 Adhesive ou 7356 Adhesive.

[0057] A vidraça laminada compreende, ainda, igualmente, uma folha funcional termossensível.

[0058] É possível tratar-se de um filme de dispositivo de partículas em suspensão (SPD) ou um estratificado de tal filme, em que o filme compreende substratos revestidos sobre, pelo menos, uma parte de sua superfície interna, (i) por um polímero condutor como, por exemplo, o politiofeno ou (ii) por uma camada condutora inorgânica, como por exemplo o óxido de estanho e de índio, para servir de meio de eletrodo. O polímero pode ser aplicado sob a forma de uma composição aquosa compreendendo, além do polímero, pelo menos um solvente e pelo menos um ligante. Um polímero condutor à base de politiofeno preferido é um polímero de polietileno dioxitiofeno (PEDT). O polímero pode ser dopado por sulfonato de poliestireno. Os eletrodos polímeros podem ser conectados a uma matéria condutora que se estende além de um limite externo do filme para conectar o filme a uma fonte de voltagem apropriada.

[0059] É também possível mencionar os filmes que compreendem uma matriz de polímero e apresentam gotículas de uma suspensão líquida de modulador de luz contendo uma pluralidade de partículas dispersas em um meio líquido em suspensão distribuído no núcleo da matriz. O referido meio em suspensão (a) é praticamente imiscível com a matriz de polímero, (b) possui, em pressão atmosférica, um ponto de ebulição superior a cerca de 100°C, (c) uma resistividade elétrica de, pelo menos, cerca de 0,8 x 106 ohms por quadrado, e (d) um índice de refração a 25°C que difere em não mais de cerca de 0,002 do da matriz de polímero, medido praticamente na mesma temperatura. O meio de suspensão contém, pelo menos, um composto líquido selecionado entre o grupo contendo metil pirrolidinona, etil pirrolidinona, malonato de dimetila, malonato de dietila, succinato de dimetila, metil éter de di(propileno glicol), ftalato de dimetila, glicolato de butil ftalil butila, lactato de etila, carbonato de propileno, perfluorosuberato de dimetila, tetrafluorossuccinato de dimetila, dimetil éter de tetra(etileno glicol), dimetil éter de tri(etileno glicol), dimetil éter de di(etileno glicol), fenil éter de etileno glicol, óleo de linho epoxidado, óleo de soja epoxidado, dietilisoftalato, um éster de laurato à base de copoliol de silicone, um copolímero de copoliol de silicone, um éster de copoliol de silicone, um éster de isoestearato à base de copoliol de silicone, um éster de pelergonato à base de copoliol de silicone, dietilisoftalato, octofluoroadipato de dimetila, assim como misturas correspondentes e, de modo facultativo, pelo menos um meio de suspensão líquida anteriormente conhecido. A matriz de polímero pode facultativamente ser reticulada para formar o filme a fim de produzir uma matriz de polímero reticulado.

[0060] Tal filme com dispositivo com partículas em suspensão é apropriado para ser utilizado como modulador de luz de uma vidraça laminada de acordo com a invenção.

[0061] Eventualmente, é também possível tratar-se de um filme contendo partículas encapsuladas dispersas em um fluido de suspensão, ou eletroforético. O referido fluido pode ser uma mistura de dois ou mais de dois fluidos, ou um fluido único. Além disso, estas partículas podem conter, elas mesmas, um líquido e ser dispersas em um fluido de suspensão. Em qualquer caso, o fluido de suspensão pode ter uma densidade ou um índice de refração cujos valores são sensivelmente adaptados aos que caracterizam as partículas dispersas no fluido. É possível que se trate, em particular, de partículas de polímeros coloridos, dotadas preferivelmente de uma funcionalidade de superfície de retenção de cargas. Nos meios eletroforéticos, é vantajoso utilizar partículas de pigmentos comportando envoltórios polímeros compreendendo de 0,1 a 5 para cem em mols de motivos repetitivos provenientes de um monômero acrilato fluorado ou de um monômero metacrilato fluorado. O polímero tem, de modo específico, uma estrutura com cadeia ramificada, com cadeias laterais que se estendem a partir de uma cadeia principal.

[0062] O fluido condutor pode ser colorido. Ele pode compreender um solvente polar e um colorante escolhido entre um pigmento e/ou corante. O fluido condutor colorido não deveria provocar ruptura elétrica de um dielétrico no dispositivo no qual ele é empregado. Um agente para o controle de condutividade elétrica pode ser facultativamente adicionado ao fluido condutor colorido.

[0063] A aplicação de campos elétricos em uma vidraça, prevista com tal filme, por eletroforese permite atuar sobre as propriedades ópticas da referida vidraça.

[0064] Além disso, a vidraça pode ser uma vidraça dispondo de um sistema eletrocrômico compreendendo camadas eletrocondutoras, separadas por uma camada de um material eletrocrômico, um eletrólito e um contra-eletrodo, as referidas camadas eletrocondutoras sendo munidas, cada, com uma fita eletrocondutora realizada de um material cuja condutividade elétrica é grande em relação à das camadas eletrocondutoras, as fitas eletrocondutoras sendo dispostas ao longo das bordas opostas da vidraça e ligadas a um gerador de voltagem que aplica, em fase de coloração (ou respectivamente em fase de descoloração), entre dois pontos A e B pertencendo respectivamente às camadas eletrocondutoras e em proximidade imediata das fitas eletrocondutoras, uma diferença de potencial. Com vantagem, as fitas eletrocondutoras são de cobre, soldadas sobre o eletrodo condutor, como definido previamente, a camada de um material eletrocrômico é constituída de um material eletrocrômico catódico como, por exemplo, o trióxido de tungstênio, o contra- eletrodo é constituído de um material eletrocrômico-anódico como, por exemplo, o óxido de irídio e/ou o eletrólito é um eletrólito com condução protônica como, por exemplo, um complexo polimérico de polióxido de etileno e de ácido ortofosfórico anidro ou um eletrólito com condução iônica ao lítio ou protônico (H+).

[0065] Pode-se assim mencionar, por exemplo, os viologênios e os polímeros condutores, como a polianilina ou PAni.

[0066] Por último, pode-se igualmente mencionar os filmes funcionais à base de cristais líquidos dispersos em uma matriz de polímero conhecida sob a sigla abreviada PDLCs. Os cristais líquidos dispersos em uma matriz de polímero são uma classe de materiais heterogêneos constituídos por uma dispersão de microgotículas de cristal líquido em uma matriz de polímero sólida e mais ou menos flexível. Estes materiais apresentam propriedades eletro-ópticas. Eles podem, com efeito, comutar entre um estado opaco fortemente difusivo (estado OFF) e um estado transparente (estado ON) após a aplicação de um campo elétrico.

[0067] O sistema PDLC é empregado em janelas comutáveis. Ele comporta várias vantagens como a facilidade de fabricação, a facilidade de utilização em grande escala, a estabilidade, a velocidade de seu tempo de resposta e o fato de não precisar do emprego de polarizadores que absorvem próximo da metade da luz incidente.

[0068] Diferentes mesofases podem ser utilizadas para elaborar estes materiais: a fase nemática, a fase colestérica, bem como as fases esméticas A e C*.

[0069] O princípio dos sistemas eletro-ópticos utilizando um PDLC consiste em um compósito ensanduichado entre dois eletrodos constituídos de lâminas de vidro das quais uma face é recoberta por uma camada condutora e transparente de óxido de índio e de estanho (ITO). Na ausência de campo elétrica, a orientação média dos diretores moleculares de cristal líquido no cristal líquido é aleatória. A diferença de índice de refração entre o cristal líquido segregado e a matriz macromolecular conduz a um material de aspecto leitoso e opaco e que irá difundir a luz (estado OFF).

[0070] Quando da aplicação de um campo elétrico entre os eletrodos da célula, os diretores moleculares orientam-se na direção do campo. Um feixe de índice normal atravessa as gotículas com um índice de refração igual a n0, índice comum das moléculas de cristal líquido. Se este índice está próximo do da matriz de polímero, o filme aparece claro e transparente (estado ON).

[0071] Comparada com as vidraças laminadas tipo padrão, a vidraça eletricamente comutável fornece funções suplementares particulares que se traduzem em termos de conforto para o usuário, transmissão da luz e economia de energia. A vidraça comutável pode raramente ser instalada diretamente como um produto acabado. Tipicamente, antes da colocação da vidraça comutável, uma pré- estratificação é necessária. Por exemplo, para uso de um filme de SPD no nível do quadro do teto se abrindo de um veículo automotivo, é necessário produzir um estratificado entre pelo menos 2 folhas de vidro claro ou colorido com PVB. Isto é feito a fim de atender às normas de segurança no caso da ruptura de vidro e prolongar a duração de vida útil do filme de SPD.

[0072] A vidraça laminada de acordo com a invenção compreende, ainda, pelo menos uma folha intercalar polimérica. O intercalar é de polímero orgânico. Este polímero pode ser notadamente de polivinilbutiral abreviado PVB, de etileno vinil acetato, abreviado EVA, poliuretano ou à base de ionômeros. Podem ser mencionados, como exemplos de ionômeros, os produtos Sentryglass® comercializados pela empresa Dupont®. Com vantagem, trata-se do PVB.

[0073] A vidraça laminada de acordo com a invenção pode compreender, por último, opcionalmente, uma folha “antissolar” chamada igualmente folha de controle solar.

[0074] Um tipo de empilhamento de camadas conhecido para conferir aos substratos propriedades “antissolar” compreende (i) pelo menos uma camada metálica funcional com propriedades de reflexão no infravermelho e/ou na radiação solar, notadamente uma camada funcional metálica à base de prata ou de liga metálica contendo prata e/ou uma camada funcional com propriedades de absorção na radiação solar e/ou no infravermelho.

[0075] A radiação solar é composta de ultravioletas e da luz visível. Neste tipo de empilhamento, a camada funcional encontra-se, assim, disposta entre dois revestimentos dielétricos comportando, cada, pelo menos uma camada dielétrica que são, cada, de um material dielétrico do tipo nitreto ou óxido. Pode-se mencionar, por exemplo, os nitretos e os óxidos de silício, de alumínio, de Nb, de Ti, de InSn et de SnZn.

[0076] Preferivelmente, pode-se mencionar o nitreto de silício, o óxido de nióbio e o óxido de titânio.

[0077] Pode-se citar, como exemplos de filme com controle solar, os produtos refletores Solargard® de Saint-Gobain como o LX70 e os produtos absorvedores tipo Ceramic Series de Huper Optik®, como o Huper Optik® C5. Do ponto de vista óptico, o objetivo destes revestimentos, que enquadram a camada funcional metálica, é de “anti-refletir” esta camada funcional metálica.

[0078] Por “revestimento”, no sentido da presente invenção, é necessário compreender que se pode ter apenas uma camada ou várias camadas de materiais diferentes no interior do revestimento.

[0079] Convém lembrar que o fator solar de uma vidraça é a relação da energia solar total entrando no ambiente através desta vidraça sobre a energia solar incidente total e a seletividade S corresponde à relação da transmissão luminosa TLvis no visível da vidraça sobre o fator solar FS da vidraça e é tal que: S= TLvis / FS.

[0080] Estas vidraças podem ser ainda integradas nas vidraças apresentando funcionalidades particulares, como, por exemplo, vidraças aquecidas.

[0081] Como habitualmente, por “camada dielétrica”, no sentido da presente invenção, é necessário compreender que, do ponto de vista de sua natureza, o material é “não metálico”, isto é, não é um metal. No contexto da invenção, este termo designa um material apresentando uma relação n/k sobre toda a faixa de comprimento de onda do visível (de 380 nm a 780 nm) igual ou superior a 5. É conhecido do versado na técnica que n é o índice de refração e k uma constante própria de um meio dado caracterizando um material.

[0082] A espessura física da referida camada metálica funcional preferivelmente está compreendida entre 5 nm e 20 nm, incluindo estes valores, a fim de atingir uma emissividade < 2,5%.

[0083] Em outra versão particular da invenção, o referido revestimento dielétrico disposto ou situado entre a face do substrato e a referida camada funcional metálica comporta uma camada com elevado índice de refração de um material apresentando um índice de refração compreendido entre 2,3 e 2,7, esta camada sendo preferivelmente à base de óxido. Os valores de índice de refração indicados no presente documento são os valores medidos, como é comum, em comprimento de onda de 550 nm.

[0084] Esta camada de alto índice apresenta, preferivelmente, uma espessura física compreendida entre 5 e 15 nm.

[0085] Esta camada de alto índice permite maximizar a alta transmissão luminosa no visível do empilhamento e tem uma ação favorável sobre a obtenção de cores neutras, tanto em transmissão como em reflexão.

[0086] A espessura física da referida camada dielétrica à base de óxido de Nb e/ou óxido de Ti nitreto está, preferivelmente, compreendida entre 10 e 60 nm.

[0087] Em outra versão particular da invenção, a camada metálica funcional é depositada diretamente sobre um revestimento de sub-bloqueio disposto entre a camada metálica funcional e o revestimento dielétrico subjacente à camada funcional e/ou a camada funcional é depositada diretamente sob um revestimento de sobre- bloqueio disposto entre a camada metálica funcional e o revestimento dielétrico subjacente à referida camada metálica funcional e o revestimento de sub-bloqueio e/ou o revestimento de sobre-bloqueio compreende uma camada fina (i) à base de metal escolhido entre o níquel, o titânio, o cromo, o ouro, o cobre e suas ligas, e (ii) apresentam uma espessura física e' como 0,2 nm < e' < 2,5 nm. Pode-se citar como liga o NiCr.

[0088] Em outra versão particular da invenção, a última camada do revestimento dielétrico subjacente, a camada a mais afastada do substrato, é à base de óxido, depositada preferivelmente subestequiométrica e, notadamente, é à base de óxido de titânio (TiOx) ou à base de óxido misto de zinco e de estanho (SnZnOx).

[0089] Os substratos das vidraças de acordo com a invenção são aptos a sofrer um tratamento térmico sem danos para o empilhamento de camadas finas. Eles são, portanto, eventualmente encurvados e/ou temperados.

[0090] Os detalhes e características vantajosas da invenção aparecem nos exemplos 1 e 2 seguintes, que são não limitativos. Os números dos laminados fazem referência à figura 1.

EXEMPLO 1:

[0091] O exemplo 1 foi realizado do seguinte modo.

1/ Preparação de um laminado parcial 7

[0092] Um substrato transparente de tipo vidro é montado a uma folha de PVB padrão, sobre a qual é aplicado um filme de controle solar de modo a obter um laminado parcial 7. O filme de PVB pode ser claro ou colorido, desde que responda às exigências de segurança requeridas para a utilização destinada.

[0093] O laminado parcial 7, previamente obtido, é colocado em um saco estanque, exceto a nível de um dos lados do saco. O saco é colocado em seguida em uma câmara de vácuo e um vácuo é criado no referido saco, durante um tempo de cerca de 30 min, em função da potência da máquina. O saco é vedado sob vácuo e colocado então em uma autoclave com um ciclo de aquecimento determinado, a saber, 120°C sob 10 bars, a fim de realizar a laminação ou formação de folha visada. Se a aplicação visada não requer a utilização de um filme de controle solar, este pode ser substituído por um filme fictício com uma baixa energia de superfície, por exemplo, um filme de etileno tetrafluoroetileno (abreviado ETFE), que pode ser descolado facilmente da superfície do PVB após laminação, previamente à associação do laminado resultante com outra superfície. Referência é então feita a uma “laminação falsa”.

2/ Preparação de um laminado parcial 8

[0094] Outro laminado parcial, a saber, um laminado parcial 8, é obtido com a ajuda de dois filmes de PSA pré-revestido. Cada um dos filmes é disposto entre dois filmes de proteção.

[0095] O versado na técnica pode facilmente realizar um processo R2R, onde um filme termossensível é introduzido simultaneamente entre dois filmes de PSA, formando um “sanduíche” com um filme de PSA de cada lado do referido filme termossensível. Para isto, um dos dois filmes de proteção de cada um dos filmes de PSA é retirado e cada face de PSA, assim desprendida, é aplicada respectivamente sobre uma das duas faces do filme termossensível. Os três filmes (os dois filmes de PSA e o termossensível) são, então, prensados juntos em uma zona de aperto de pressão em temperatura ambiente.

3/ Preparação de um laminado parcial 9

[0096] Um segundo substrato transparente de tipo vidro é introduzido em uma fenda de prensagem. Em função do adesivo utilizado e do calor, e de acordo com a utilização final requerida, o laminado parcial 8 pode ser aplicado sobre o segundo substrato de vidro de modo a conformar o referido laminado parcial 8 à curvatura do painel de vidro. Em qualquer caso, a aplicação de um dos dois filmes de PSA, liberado de seu filme de proteção, termina a montagem do laminado parcial 9 proveniente da montagem do laminado parcial 8 com a segunda folha de vidro.

4/ Montagem do laminado parcial 9 com o laminado parcial 7

[0097] A montagem final dando lugar à formação do conjunto do sistema laminado representado na figura 1 é realizada combinando os laminados parciais 9 e 7 juntos. Esta associação ocorre graças à retirada do último filme protetor da camada de PSA, ainda vacante, do laminado parcial 9 e colocando em contato o filme de PSA do laminado parcial 9 com o filme de controle solar do laminado parcial 7 e pressionando juntos os laminados 9 e 7 um contra o outro no nível desta zona de contato, a fim de causar a aderência do laminado parcial 9 ao laminado parcial 7.

[0098] A natureza e a espessura das camadas, bem como as condições de depósito das referidas camadas do Exemplo 1 acima e do Exemplo 2 abaixo, são indicadas na Tabela 1 seguinte:TABELA 1

*espessuras geométricas ou físicas (e não as espessuras ópticas)

EXEMPLO 2:

[0099] Em alternativa, os laminados parciais 7 e 8, cuja obtenção e preparação são descritas acima, são pré-montado em um primeiro tempo. Esta associação ocorre graças à retirada do último filme protetor da camada de PSA, ainda vacante, do laminado parcial 8 e colocando em contato o filme de PSA do laminado parcial 8 com o filme de controle solar do laminado parcial 7 e pressionando juntos os laminados 8 e 7 um contra o outro no nível desta zona de contato, a fim de causar a aderência do laminado parcial 8 ao laminado parcial 7.

[0100] O laminado resultante, ele mesmo liberado do último filme protetor de sua camada de PSA, ainda vacante, é aplicado sobre um segundo substrato de vidro. A aderência do segundo substrato de vidro ao laminado resultante da associação dos laminados parciais 7 e 8 é obtida por simples prensagem do todo.

[0101] A força de pressão durante etapas de prensagens dos exemplos 1 e 2 é adaptada pelo versado na técnica em função dos materiais utilizados para não danificar a integridade das camadas ou filmes.

[0102] Com a invenção, é possível fabricar uma vidraça laminada compreendendo, pelo menos, uma camada de PVB e pelo menos uma camada funcional termossensível em uma única etapa de laminação por autoclavagem.

[0103] A utilização de camada de PSA simplifica a fabricação e diminui o custo com relação à utilização de EVA.

[0104] Além disso, a resistência mecânica do empilhamento de acordo com a invenção é muito boa. Além disso, o comportamento químico geral deste empilhamento é globalmente bom.

[0105] A presente invenção é descrita no que precede a título de exemplo. É entendido que um versado na técnica está em posição para realizar diferentes variantes da invenção sem, no entanto, sair do escopo da patente, como definido pelas reivindicações.

Claims

1. Vidraça laminada, caracterizada pelo fato de compreender: • uma primeira folha de vidro (1); • pelo menos uma folha intercalar (3) de polímero termoplástico; • eventualmente, uma folha “antissolar” (4) ou camada metálica funcional com propriedades de reflexão no infravermelho e/ou na radiação solar, • pelo menos duas folhas de adesivo sensível à pressão (5), em contato direto com uma folha funcional termossensível (6) à base de cristais líquidos encapsulados, ou dispersos em uma matriz de polímero (PDLC), de partículas eletroforéticas dispersas em um meio, de partículas dispersas em um fluido eletroforético ou compreendendo um filme para dispositivo com partículas em suspensão (SPD) ou um estratificado de tal filme ou um sistema eletrocrômico; • uma segunda folha de vidro (2); • referida primeira folha de vidro (1) estando em contato direto com a referida folha intercalar (3); • referida segunda folha de vidro (2) estando em contato direto com a referida folha de adesivo sensível à pressão (5); • referida folha de adesivo sensível à pressão (5) e a referida segunda folha de vidro (2) estando em contato direto no nível da face interna desta segunda folha de vidro (2), a vidraça laminada compreendendo sucessivamente: • uma primeira folha de adesivo sensível à pressão 5, • uma folha funcional termossensível 6, • uma segunda folha de adesivo sensível à pressão 5.

2. Vidraça laminada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o polímero termoplástico da folha intercalar (3) é escolhido entre o polivinilbutiral, o poliuretano, o etileno acetato de vinila e os ionômeros.

3. Vidraça de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o polímero termoplástico da folha intercalar (3) é o PVB.

4. Vidraça laminada de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o adesivo sensível à pressão é escolhido entre os adesivos sensíveis à pressão à base de acrilatos e os adesivos sensíveis à pressão à base de silicone.

5. Vidraça laminada de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a folha “antissolar” é de prata ou qualquer outro metal tendo propriedades de reflexão da luz ou um metal ou composto metálico tendo propriedades de absorção da luz.

6. Vidraça laminada de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que ela é plana ou encurvada.

7. Vidraça laminada de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que se trata de uma vidraça de veículo escolhida entre um para-brisa, uma vidraça lateral dianteira, uma vidraça lateral traseira, um vidro traseiro e uma vidraça de teto.

8. Vidraça laminada de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que se trata de uma vidraça de veículo escolhido entre um automóvel, um trem, um caminhão, um avião e um ônibus.

9. Processo de fabricação de uma vidraça laminada como definida em qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que as etapas de instalação das diferentes folhas ocorrem partindo (i) da instalação da folha intercalar (3) de polímero termoplástico sobre a face interna da primeira folha de vidro (1), partindo (ii) da instalação de uma folha de adesivo sensível à pressão (5) sobre a face interna da segunda folha de vidro (2) ou partindo (iii) da instalação de uma folha de adesivo sensível à pressão (5) sobre uma, pelo menos, das duas faces de uma folha funcional termossensível (6).

10. Processo de fabricação de uma vidraça laminada de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de compreender: • pelo menos uma etapa de instalação de uma folha intercalar (3) de polímero termoplástico sobre a face interna de uma primeira folha de vidro (1), eventualmente previamente encurvada, e eventualmente a instalação de uma folha “antissolar” (4) sobre a face que permaneceu vacante de referida folha intercalar (3) que é, assim, ensanduichada entre a referida primeira folha de vidro (1) e a referida eventual folha “antissolar” (4) de modo a formar um primeiro laminado parcial (7), e/ou • pelo menos uma etapa de instalação de uma primeira e/ou uma segunda folha de adesivo sensível à pressão (5) sobre uma, pelo menos, das duas faces de uma folha funcional termossensível (6).

11. Processo de acordo com a reivindicação 9 ou 10 caracterizado pelo fato de que a primeira folha de adesivo sensível à pressão (5) é disposta sobre a primeira face da folha funcional termossensível (6) e a segunda folha de adesivo sensível à pressão (5) é disposta sobre a segunda face da referida folha funcional termossensível (6), que permaneceu vacante, de modo a obter um segundo laminado parcial (8).

12. Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que o segundo laminado parcial (8) é aplicado por intermédio de uma de suas faces adesivas sensíveis à pressão (5) sobre ou sob o primeiro laminado parcial (7), quer diretamente sobre a face vacante de folha de polímero termoplástico deste último, quer eventualmente sobre a face vacante de folha “antissolar” (4), quando está presente, deste primeiro laminado parcial (7) e a segunda folha de vidro (2), eventualmente previamente encurvada, é aplicada no nível de sua face interna sobre ou sob a face do laminado resultante, oposta à face que permaneceu vacante da primeira folha de vidro (1).

13. Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a segunda folha de vidro (2), eventualmente previamente encurvada, é aplicada no nível de sua face interna sobre ou sob uma das faces do segundo laminado parcial (8), de modo a formar um terceiro laminado parcial (9).

14. Processo de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que o referido terceiro laminado parcial (9) é instalado por intermédio de sua face adesiva sensível à pressão (5) sobre ou sob o primeiro laminado parcial (7), quer diretamente sobre a face vacante de sua folha de polímero termoplástico (3), quer eventualmente sobre a face vacante de sua folha “antissolar” (4), quando esta última está presente.

15. Processo de fabricação de uma vidraça laminada de acordo com uma das reivindicações 9 a 14, caracterizado pelo fato de compreender ainda pelo menos: • uma etapa de desgaseificação sob vácuo do laminado resultante, com utilização de uma junta periférica ou um saco a vácuo, • eventualmente uma etapa selagem a quente das bordas do laminado, e • uma etapa de autoclavagem.

16. Processo de fabricação de uma vidraça laminada de acordo com uma das reivindicações 9 a 14, caracterizado pelo fato de compreender ainda pelo menos uma etapa de calandragem, eventualmente a quente.

17. Utilização de uma vidraça como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de ser para fabricar uma vidraça de veículo escolhida entre um para-brisa, uma vidraça lateral dianteira, uma vidraça lateral traseira, um vidro traseiro e uma vidraça de teto e/ou para fabricar uma vidraça de veículo escolhido entre um automóvel, um trem, um caminhão, uma aeronave e um ônibus.