BR112017013248B1

BR112017013248B1 - Método para formar um substrato não tecido dispersível, substrato não tecido dispersível, produto de lenço dispersível, lenço de bebê, lenço de cuidados pessoais, lenço de limpeza, lenço desinfetante e lenço industrial

Info

Publication number: BR112017013248B1
Application number: BR112017013248-6A
Authority: BR
Inventors: Maureen B. Nunn; Debra A. Kline; Katherine Sue Rice
Original assignee: Rohm And Haas Company
Priority date: 2014-12-30
Filing date: 2015-12-02
Publication date: 2022-02-01
Also published as: EP3240923B1; RU2017124885A; RU2017124885A3; TWI684687B; EP3240923A1; BR112017013248A2; AR103151A1; CN107109738B; CN107109738A; JP6725509B2; TW201623723A; JP2018507328A; US20180002847A1; MX2017007501A; WO2016109086A1; RU2731748C2

Abstract

LOÇÃO PARA LIGANTE DE NÃO TECIDO. Um método para formar um substrato não tecido dispersível que compreende as etapas de: a) polimerizar em emulsão pelo menos um monômero monoetilenicamente insaturado, um polímero em emulsão; e b) neutralizar o polímero em emulsão com um neutralizador selecionado de entre o grupo que consiste em uma amina tendo um pKb de 4 a 7, um hidróxido de metal alcalino, e combinações dos mesmos, para formar o ligante não tecido aquoso; c) fazer contatar um substrato não tecido com o referido ligante não tecido aquoso para formar um substrato não tecido contatado; d) aquecer o substrato não tecido contatado a uma temperatura de 120°C a 220°C, para formar um substrato não tecido contatado aquecido; e e) imergir o substrato não tecido aquecido contatado em um meio aquoso com um pH final de menos de 5,5 para proporcionar um substrato não tecido dispersível em que o meio aquoso contém um tampão compreendendo uma mistura de ácido cítrico e citrato de sódio é divulgado.

Description

Campo de Invenção

[0001] A presente invenção se refere a um método para a formação de composições de substrato não tecido dispersíveis e os substratos não tecidos dispersíveis feitos a partir dos mesmos.

Fundamentos da Invenção

[0002] Atualmente, a indústria de tratamento de águas residuais está focada em produtos descartáveis, como lenços umedecidos, que causam entupimento em equipamentos causando dificuldades e levando a tempo de inatividade em instalações de tratamento de águas residuais. Portanto, lenços com uma resistência à tração adequada, enquanto em utilização, mas que são facilmente dispersíveis em água são desejáveis.

[0003] Vários ligantes foram desenvolvidos para aumentar a capacidade de dispersão na água após descarga do banheiro. Exemplos incluem ligantes que apresentam vantagem das diferenças de pH entre líquido/loção utilizada no lenço e água para proporcionar a capacidade de dispersão. Desta forma, um lenço pode estar intacto enquanto está sendo utilizado e se desintegra uma vez colocada no sistema de águas residuais. Para que isso aconteça, o pH da porção da loção do lenço deve ser mantido entre 4 e 5,5. No entanto, algumas vezes, o pH da porção da loção pode mudar depois de um determinado período de tempo. Se o pH muda para acima de 5-5,5, então, a resistência do lenço é perdida.

[0004] Portanto, as formulações de loção que podem manter um pH de entre 4 e 5,5, após terem sido adicionadas a um lenço dispersível são desejáveis.

Sumário da invenção

[0005] A presente invenção proporciona um método para a formação de um substrato não tecido dispersível em um meio aquoso. A presente invenção também proporciona lenços para bebês, lenços de cuidados pessoais, lenços de limpeza, ou qualquer não tecido úmido com uma loção de pH abaixo de 5,5 feito a partir do substrato não tecido dispersível formado por este método.

[0006] Em uma modalidade da invenção, é proporcionado um método para formar um substrato não tecido dispersível que compreende as etapas de: a) polimerizar em emulsão pelo menos um monômero mono-etilenicamente insaturado, um polímero em emulsão; b) neutralizar o polímero em emulsão com um neutralizador selecionado de entre o grupo que consiste em uma amina tendo um pKb de 4 a 7, um hidróxido alcalino, e suas combinações, para formar o ligante não tecido aquoso; c) contatar um substrato não tecido com o referido ligante não tecido aquoso para formar um substrato não tecido contatado; d) aquecer o substrato não tecido contatado a uma temperatura de 120°C a 220°C, para formar um substrato não tecido contatado aquecido; e (e) imergir o substrato não tecido aquecido contatado em um meio aquoso com um pH final de menos de 5,5 para proporcionar um substrato não tecido dispersível em que o meio aquoso contém um tampão compreendendo uma mistura de ácido cítrico e citrato de sódio.

[0007] Em alternativa, a presente invenção proporciona um substrato não tecido dispersível formado pelo método de qualquer uma das modalidades anteriores.

[0008] Numa modalidade alternativa, a presente invenção proporciona lenços dispersáveis, como lenços de bebê, lenços para cuidados pessoais, lenços de limpeza, ou qualquer não tecido úmido contendo uma loção que tem um pH abaixo de 5,5, em conformidade com qualquer uma das modalidades anteriores.

Descrição detalhada da invenção

[0009] A presente invenção proporciona um método para a formação de um substrato não tecido dispersível em um meio aquoso e lenços como lenços de bebês, de cuidados pessoais, ou lenços de limpeza, ou qualquer não tecido úmido cuja loção tenha pH abaixo de 5,5 feita a partir do substrato não tecido dispersível formado por este método.

[0010] No método para a formação de um substrato não tecido dispersível em um meio aquoso da presente invenção por “aquoso” entende-se aqui uma composição em que a fase contínua é a água ou, em alternativa, uma mistura incluindo predominantemente água, mas também incluindo opcionalmente solvente miscível em água, biocidas, emolientes, tampões, agentes quelantes, e agentes surfactantes e outros ingredientes. Por “dispersão” entende-se aqui que o substrato não tecido pode, sob condições apropriadas, ser levado a se desintegrar em, pelo menos, um de: pedaços menores, agregados de fibras, fibras individuais e as misturas dos mesmos.

[0011] Por “não tecido” entende-se aqui um conjunto tipo tecido de fibras tipicamente em forma de folha ou trama que não é um material tecido ou tricotado. O substrato não tecido inclui papel; tecidos não tecidos; feltros e tapetes; ou outros conjuntos de fibras. O substrato não tecido pode incluir: fibras celulósicas, como algodão, rayon, e polpa de madeira; fibras sintéticas como poliéster, vidro e náilon; fibras bicomponentes; e misturas dos mesmos. Numa modalidade, o substrato não tecido tem uma quantidade predominante de fibra capaz de engatar em ligações de hidrogênio. Numa modalidade alternativa, o substrato não tecido inclui uma quantidade predominante de fibra celulósica. O substrato não tecido pode ser formado por métodos conhecidos na técnica como, por exemplo, sobreposição úmida, sobreposição a ar, ligação em fiação, ligação em fusão, e formação da teia de hidroentrelaçamento. As fibras são tipicamente selecionadas de modo que sua duração e composição não sejam prejudiciais para a capacidade de dispersão final do substrato não tecido tratado.

[0012] O método para a formação de um substrato não tecido dispersável compreende as etapas de: a) polimerizar em emulsão de pelo menos um monômero mono-etilenicamente insaturado, um polímero em emulsão; b) neutralizar o polímero em emulsão com um neutralizador selecionado de entre o grupo que consiste em uma amina tendo um pKb de 4 a 7, um hidróxido alcalino, e suas combinações, para formar o ligante não tecido aquoso; c) fazer contatar um substrato não tecido com o referido ligante não tecido aquosa para formar um substrato não tecido contatado; d) aquecer o substrato não tecido contatado a uma temperatura de 120°C a 220°C, para formar um substrato não tecido contatado aquecido; e e) imergir o substrato não tecido contatado aquecido em um meio aquoso com um pH final de menos de 5,5 para proporcionar um substrato não tecido dispersível em que o meio aquoso contém um tampão compreendendo uma mistura de ácido cítrico e citrato de sódio.

[0013] O substrato não tecido dispersível inclui um polímero em emulsão; isto é, um polímero preparado por polimerização de radicais livres de monômeros etilenicamente insaturados em um processo de polimerização em emulsão aquosa.

[0014] Em várias modalidades, o polímero em emulsão pode incluir, como unidades copolimerizadas, de 8 a 22 por cento em peso de monômeros de ácido, com base no peso do polímero em emulsão. Todas as faixas entre 8 e 22 por cento em peso são aqui incluídas e aqui divulgadas; por exemplo, a percentagem em peso de monômeros de ácido pode ser de um limite inferior de 8, 12,5, 14 ou para um limite superior de 11, 16, 20, ou 22.

[0015] O polímero em emulsão tem um índice de polidispersão de, pelo menos, 10. Qualquer uma e todas as faixas, maior do que ou igual a 10 estão aqui incluídas e aqui divulgadas, por exemplo, o polímero em emulsão pode ter um índice de polidispersão de 15, 20, 30, 40, ou 50.

[0016] O polímero em emulsão também tem um peso molecular médio em peso de menos de 1.000.000. Qualquer uma e todas as faixas de menos do que 1.000.000 são aqui incluídas e aqui divulgadas, por exemplo, o polímero em emulsão pode ter um peso molecular médio em peso de menos do que 900.000, menos do que 500.000, ou menos do que 400.000.

[0017] Em várias modalidades, as faixas particulares de por cento em peso de monômeros ácidos são combinadas com faixas de pesos moleculares ponderais médios particular, a fim de obter a viscosidade desejada para produzir um material ligante com um teor de sólidos de pelo menos 20 por cento em peso após neutralização. Uma composição tendo pelo menos 20 por cento em peso de sólidos é geralmente necessária para o transporte comercial. Numa modalidade, o polímero em emulsão tem um peso molecular ponderal médio de menos do que 500.000 e de 12,5 por cento em peso a 20 por cento de peso de monômero ácido. Em outra modalidade, o polímero em emulsão tem um peso molecular ponderal médio de menos do que 400.000 e de 14 por cento em peso a 16 por cento em peso de monômero ácido. Em ainda outra modalidade, o polímero em emulsão tem um peso molecular ponderal médio de menos do que 900.000 e de 8 por cento em peso a 11 por cento em peso de monômero ácido.

[0018] Monômeros ácidos podem incluir monômeros monoácido e monômeros diácidos. Monômeros monoácidos incluem, por exemplo, monômeros de ácido carboxílico, como, por exemplo, ácido acrílico, ácido metacrílico, ácido crotônico, monometil itaconato, monometil fumarato, monobutil fumarato. Exemplos de monômeros diácidos incluem, mas não estão limitados a ácido itacônico, ácido fumárico, ácido maleico; incluindo os seus anidridos, sais dos mesmos, e misturas dos mesmos.

[0019] O polímero em emulsão inclui pelo menos um outro monômero etilenicamente insaturado copolimerizado, como, por exemplo, um monômero de éster (met)acrílico incluindo metil (met)acrilato, etil (met)acrilato, butil (met)acrilato, 2- etilhexil (met)acrilato decil (met)acrilatos, hidroxietil (met)acrilato, hidroxipropil (met)acrilato, (met)acrilatos ureído-funcional e acetoacetatos, acetamidas ou cianoacetatos de ácido (met)acrílico; estireno ou estirenos substituídos; vinil tolueno; butadieno; vinil acetato ou outros ésteres de vinil; monômeros de vinil como vinil cloreto, vinilideno cloreto; e (met)acrilonitrila. O uso do termo “(met)”, seguido por um outro termo como (met)acrilato ou (met)acrilamida como utilizado ao longo da descrição, se refere a ambos os acrilatos e metacrilatos ou acrilamidas e metacrilamidas, respectivamente. O pelo menos um outro monômero etilenicamente insaturado copolimerizado é selecionado de modo que o polímero em emulsão terá uma Tg dentro da faixa requerida. Numa modalidade, o polímero em emulsão compreende o etil acrilato, estireno, ácido acrílico, e ácido itacônico.

[0020] As misturas de polímeros em emulsão tendo composições diferentes são também contempladas. Para uma mistura de dois ou mais polímeros de emulsão, o teor de monômero de ácido e a Tg devem ser determinados a partir da composição global dos polímeros em emulsão sem levar em conta o número ou a composição individual dos polímeros em emulsão na mesma.

[0021] As técnicas de polimerização em emulsão utilizadas para preparar o polímero em emulsão são bem conhecidas na técnica, como, por exemplo, como divulgado nas Patentes US 4.325.856; 4.654.397; e 4.814.373. Em várias modalidades, a polimerização em emulsão é realizada a uma temperatura de reação desde a temperatura ambiente até 100°C, dependendo do processo de iniciação (por exemplo, térmico ou redox). Agentes surfactantes convencionais podem ser utilizados, como, por exemplo, emulsionantes aniônicos e/ou não iônicos como, por exemplo, sulfatos de metais alcalinos ou de alquil amônio, ácidos de alquil sulfônicos, ácidos graxos, surfactantes copolimerizáveis, e alquil fenóis oxietilados. São preferidos os emulsionantes aniônicos. A quantidade de surfactante utilizado é geralmente de 0,1% a 6% em peso, com base no peso de monômero total. Podem ser utilizados processos de iniciação térmica ou redox. Iniciadores convencionais de radicais livres podem ser utilizados, como, por exemplo, peróxido de hidrogênio, t- butil hidroperóxido, t-amil hidroperóxido, persulfatos de amônio e/ou de metais alcalinos, e compostos azo solúveis em água, como azobis ácido cianovalérico, tipicamente a um nível de 0,01% a 3,0% em peso, com base no peso de monômero total. Numa modalidade, o iniciador está presente numa faixa de entre 0,5% a 1,5% em peso, com base no peso de monômero total. Sistemas redox usando os mesmos iniciadores juntamente com um redutor adequado, como, por exemplo, formaldeído sulfoxilato de sódio, hidrossulfito de sódio, ácido isoascórbico, sulfato de hidroxilamina, e bissulfito de sódio podem ser usados em níveis semelhantes, opcionalmente em combinação com íons metálicos, como, por exemplo ferro e cobre, opcionalmente incluindo ainda agentes complexantes para o metal. Agentes de transferência de cadeia como mercaptanos podem ser utilizados para diminuir o peso molecular dos polímeros. A mistura de monômeros pode ser adicionada pura ou como uma emulsão em água. A mistura de monômeros pode ser adicionada em uma única adição ou em múltiplas adições ou continuamente ao longo do período de reação usando uma composição uniforme ou variável. Os ingredientes adicionais como, por exemplo, iniciadores de radicais livres, oxidantes, agentes redutores, agentes de transferência de cadeia, neutralizantes, surfactantes e dispersantes podem ser adicionados antes, durante, ou subsequentemente a qualquer uma das fases. Em várias modalidades, o polímero em emulsão pode ser preparado por um processo de polimerização em emulsão de múltiplos estágios, em que pelo menos dois estágios diferentes na composição são polimerizados em forma sequencial. O peso molecular do polímero final está dentro das faixas de pesos moleculares acima.

[0022] Em uma modalidade da presente invenção, o polímero em emulsão é neutralizado com um neutralizador selecionado de entre o grupo que consiste em uma amina com um pKb de 4 a 7, um hidróxido de metal alcalino, e suas combinações. Exemplos de hidróxidos de alcalinos que podem ser usados como neutralizadores incluem, mas não estão limitados a hidróxido de sódio e hidróxido de potássio. Os exemplos de aminas com um pKb de 4 a 7 incluem, mas não estão limitados a trometamina, monoetanol amina, dietanol amina e trietanol amina. Em várias modalidades, o neutralizador pode conter de 0 a 100% em peso de amina. Qualquer uma e todas as faixas entre 0 e 100% em peso são aqui incluídas e aqui divulgadas, por exemplo, o neutralizador pode conter 40, 50, 60, ou 75% em peso de amina. Em várias modalidades, o neutralizador pode conter de 0 a 100% em peso de hidróxido alcalino. Qualquer uma e todas as faixas entre 0 e 100% em peso são aqui incluídas e aqui divulgadas, por exemplo, o neutralizador pode conter 40, 50, 60, ou 75% em peso de hidróxido alcalino.

[0023] A temperatura de transição vítrea calculada (“Tg”) do polímero em emulsão, antes da neutralização, é geralmente de -20°C a 30°C. As Tg dos polímeros aqui são aquelas calculadas utilizando a equação de Fox (T.G. Fox, Bull. Am. Physics Soc., Volume 1, No. 3, p. 123 (1956)). Ou seja, por exemplo, para calcular a Tg de um copolímero de monômeros de M1 e M2, 1/Tg (calc.) = w(M1)/Tg (M1) + w(M2)/Tg (M2), em que Tg (calc.) é a temperatura de transição vítrea calculada para o copolímero w(M1) é a fração em peso de monômero M1 no copolímero w(M2) é a fração em peso de monômero M2 no copolímero Tg (M1) é a temperatura de transição vítrea do homopolímero de M1 Tg (M2) é a temperatura de transição vítrea do homopolímero de M2, sendo todas as temperaturas em °K.

[0024] A temperatura de transição vítrea de homopolímeros pode ser encontrada, por exemplo, em “Polymer Handbook”, editado por J. Brandrup e E.H. Immergut, Interscience Publishers. Em qualquer caso, o seguinte homopolímero de Tg deve ser usado no cálculo da equação Fox para os seguintes poliácidos: poli(ácido metacrílico) Tg = 185°C; poli(ácido acrílico) Tg = 106°C; poli(ácido itacônico) Tg = 154°C; e poli(anidrido maleico) Tg = 154°C.

[0025] O diâmetro médio de partícula das partículas de polímero em emulsão é tipicamente desde 30 nanômetros a 500 nanômetros, de preferência de 200 nanômetros a 400 nanômetros, conforme medido por um Brookhaven Modelo BI-90 Particle Sizer fornecido por Brookhaven Instrument Corp., Holtsville, NY.

[0026] O ligante não tecido aquoso pode incluir, em adição ao polímero em emulsão, componentes de tratamento convencionais como, por exemplo, emulsionantes, pigmentos, enchimentos ou extensores, auxiliares de antimigração, agentes de cura, coalescentes, surfactantes, biocidas, agentes plastificantes, organossilanos, agentes antiespuma, inibidores de corrosão, corantes, ceras, outros polímeros, e antioxidantes.

[0027] No método para a formação de um substrato não tecido dispersível em um meio aquoso da presente invenção, o substrato não tecido é contatado com o agente ligante aquoso de não tecido. Tipicamente, a proporção de ligante não tecido para a do substrato não tecido contatado numa base de peso seco, expresso como uma percentagem, também conhecido como % de acréscimo, é de 1% a 25%, de preferência de 1% a 10%, selecionado dependendo a força do substrato não tecido e da utilização final desejada. O substrato não tecido é contatado com o ligante não tecido aquoso usando técnicas de aplicação convencionais, como, por exemplo, pulverização a ar ou sem ar, acolchoamento, saturação, revestimento por rolo, revestimento por cortina, impressão de gravura, e semelhantes. O substrato não tecido pode ser contatado com o ligante aquoso de não tecido, de modo a proporcionar ligante em ou perto de uma ou ambas as superfícies ou distribuído uniformemente, ou não, em toda a estrutura. É também contemplado que o ligante não tecido aquoso pode ser aplicado de forma não uniforme para uma ou ambas as superfícies quando uma distribuição modelada é desejada.

[0028] No método para a formação de um substrato não tecido dispersível em um meio aquoso da presente invenção, o substrato não tecido que foi contatado com o ligante não tecido aquoso é aquecido a uma temperatura de 120°C a 220°C, de preferência de 140°C a 180°C, durante um tempo suficiente para alcançar um nível aceitável de secura. Numa modalidade, a composição é aquecida a uma temperatura e durante um tempo suficiente para substancialmente secar, mas não para curar substancialmente a composição.

[0029] No método para a formação de um substrato não tecido dispersível em um meio aquoso da presente invenção, o substrato não tecido aquecido contatado está imerso em um meio aquoso com um pH final de <5,5, a um pH final de 3,0 a 4,99 em diversas modalidades, para proporcionar um não tecido dispersável em meio aquoso. Por “pH final” entende-se aqui que o pH (medido a 20°C) do meio aquoso no qual o não tecido aquecido contatado está imerso. O pH necessário do meio aquoso parece contribuir para um nível benéfico de resistência a úmido para o não tecido tratado aquecido e é também um pH adequado para certas composições, como, por exemplo, soluções e loções de limpeza, em que o não tecido tratado aquecido pode ser armazenado. Numa modalidade, o meio aquoso é uma loção. Tipicamente, o peso do meio aquoso é de 0,1 a 10, de preferência de 0,5 a 5 vezes o peso do substrato não tecido aquecido contatado.

[0030] Se o pH final <5,5 não é conseguido com o não tecido selecionado e meio aquoso e as quantidades do mesmo, o pH é ajustado para a faixa desejada pela adição de um tampão de material ácido antes de, durante, ou após a etapa de imersão. Em uma modalidade da presente invenção, o material ácido é o ácido cítrico. Em outra modalidade, o material ácido é uma combinação de ácido cítrico e citrato de sódio. Em várias modalidades, entre 1 e 20 por cento em peso de tampão, com base no peso total do meio aquoso, é necessário para ajustar adequadamente o pH. A quantidade exata depende da quantidade de polímero ligante e o tampão específico utilizado. Menos tampão pode ser utilizado, se o substrato não tecido é pré-neutralizado com um ácido. Numa modalidade, o substrato não tecido pode ser pré-neutralizado com uma solução a 3% de ácido cítrico.

[0031] O não tecido dispersável da presente invenção pode, então, ser imerso em um excesso de um meio aquoso a um pH >6, de preferência a um pH final de >6,5; de preferência a um pH final de 6,8 a 10,0. Por “um excesso de um meio aquoso” entende-se aqui que o peso do meio aquoso é maior do que o peso do não tecido dispersível. A resistência a úmido do não tecido tratado aquecido é suficientemente reduzida ao pH designado (medido a 20°C), de modo a facilitar a sua desintegração em, pelo menos, um de: pedaços menores, agregados de fibras, fibras individuais e as misturas dos mesmos. É claro que quaisquer forças mecânicas que podem ser aplicadas irão ajudar neste processo de dispersão, como, por exemplo, se o não tecido tratado foi depositado em um excesso de água a um pH> 6 e submetido a uma força de cisalhamento como numa ação de descarga de banheiro.

[0032] As modalidades da presente invenção podem ser usadas para criar uma variedade de lenços, como lenços de bebê, de cuidados pessoais, e lenços de limpeza. Outros lenços que têm um pH de menos do que cerca de 5 ou 6 também podem ser feitos usando modalidades da presente invenção.

Exemplos Substrato: papel de filtro Whatman4

[0033] O polímero foi aplicado usando um acolchoador Birch Bros., na velocidade 5 e 35# psi. As amostras preparadas estão descritas na Tabela I, com o percentual add-on de polímero seco listado.

Modificação de loção

[0034] Loção PARENTS CHOICE foi extraída de um lenço utilizando um acolchoador Birch Bros. Na velocidade 5 e 40# psi. Uma porção da loção extraída foi usada como extraída e uma porção modificada com a adição de tampão de citrato de sódio/ácido cítrico cinquenta mmolar.

Preparação de amostra

[0035] Dez tiras de filtro de papel Whatman 4 de 1 polegada por 4 polegadas foram cortadas e pesadas para cada semana de testes. Loção foi adicionada até que o peso fosse de 3-4 vezes o peso original do lenço. As tiras foram embrulhadas em folha de alumínio e colocadas em um forno a 50°C. As amostras foram testadas depois de 2, 3, e 4 semanas. As amostras que foram preparadas são apresentadas na Tabela 1. Tabela 1 - Propriedades iniciais

[0036] A resistência à tração inicial e a resistência à tração após 2, 3, e 4 semanas estão apresentadas na Tabela 2.Tabela 2 - Resistência à tração

A adição de tampão de ácido cítrico/citrato de sódio 50 mmolar para a loção de lenço de bebê pode ser utilizada para manter a resistência do lenço úmido durante 4 semanas a 50°C. Isto é equivalente a um ano na prateleira. Sem nenhuma modificação, a perda de resistência à tração foi de 50% em 7 dias a 40°C.

Método de Teste de Resistência à Tração

[0037] As medições de tração foram realizadas usando um testador “EJA Vantage Materials 24” de Thwing- Albert. • Velocidade 12” min. • Folga de Mordentes 2”

Claims

1. Método para formar um substrato não tecido dispersível, caracterizado pelo fato de compreender as etapas de: a) polimerizar em emulsão pelo menos um monômero mono- etilenicamente insaturado para formar um polímero em emulsão; e b) neutralizar o polímero em emulsão com um neutralizador selecionado entre o grupo que consiste em uma amina tendo um pKb de 4 a 7, um hidróxido de metal alcalino, e combinações dos mesmos, para formar o ligante não tecido aquoso; c) contatar um substrato não tecido com o referido ligante não tecido aquoso para formar um substrato não tecido contatado; d) aquecer o substrato não tecido contatado a uma temperatura de 120°C a 220°C, para formar um substrato não tecido contatado aquecido; e e) imergir o substrato não tecido aquecido contatado em um meio aquoso com um pH final de menos de 5,5 para proporcionar um substrato não tecido dispersível em que o meio aquoso contém um tampão compreendendo uma mistura de ácido cítrico e citrato de sódio.

2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o polímero em emulsão compreender o etil acrilato, estireno, ácido acrílico e ácido itacônico.

3. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o polímero em emulsão ter um peso molecular ponderal médio de menos de um 1.000.000.

4. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o polímero em emulsão ter um índice de polidispersão de pelo menos 10.

5. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o substrato não tecido contatado aquecido ser neutralizado com uma composição compreendendo um ácido antes de ser imerso no meio aquoso na etapa (e).

6. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a etapa de neutralização resultar em um polímero que é de 80% a 100% neutralizado.

7. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o polímero em emulsão, antes da neutralização na etapa (b), ter uma temperatura de transição vítrea na faixa de -20°C a 30°C.

8. Substrato não tecido dispersível, caracterizado pelo fato de compreender: a) um substrato fibroso; e b) um ligante não tecido que compreende um polímero em emulsão tendo um índice de polidispersão de pelo menos 10, um peso molecular ponderal médio de menos de um 1.000.000 e de 8 por cento em peso a 22 por cento em peso de monômero ácido c) uma loção tendo um pH na faixa de 4 a 5,5, que também compreende um tampão compreendendo uma mistura de ácido cítrico e citrato de sódio.

9. Produto de lenço dispersível, caracterizado pelo fato de ser preparado pelo método da reivindicação 1.

10. Lenço de bebê, caracterizado pelo fato de ser preparado com o produto de lenço dispersível da reivindicação 9.

11. Lenço de cuidados pessoais, caracterizado pelo fato de ser preparado com o produto de lenço dispersível da reivindicação 9.

12. Lenço de limpeza, caracterizado pelo fato de ser preparado com o produto de lenço dispersível da reivindicação 9.

13. Lenço desinfetante, caracterizado pelo fato de ser preparado com o produto de lenço dispersível da reivindicação 9.

14. Lenço industrial, caracterizado pelo fato de ser preparado com o produto de lenço dispersível da reivindicação 9.