BR112016030878B1 - Processo e aparelho para construir pneus para rodas de veículos - Google Patents

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Abstract

processo e aparelho para construir pneus para rodas de veículos a presente invenção se refere a um processo e a um aparelho para construir pneus para rodas de veículos. o aparelho compreende: pelo menos um tambor de conformação (3); um dispositivo de manipulação (7) que tem pelo menos uma unidade de preensão (8) que é configurada para suportar o tambor de conformação (3) e para fazê-lo girar em torno de um eixo geométrico longitudinal de simetria (x-x) do mesmo; pelo menos uma estação (4) para dispensar produtos semiacabados (24, 39) que compreende pelo menos dois transportadores (17, 32) que têm superfícies de transporte para os respectivos produtos semiacabados (24, 39) que podem se mover ao longo de respectivas direções de alimentação, em que as extremidades finais (21, 36) dos transportadores (17, 32) são dirigidas para o dispositivo de manipulação (7). o dispositivo de manipulação (7) é configurado para mover a unidade de preensão (8) no espaço em três dimensões (x, y, z) e os transportadores (17, 32) são sobrepostos um sobre o outro com as respectivas extremidades finais (19, 36) situadas a diferentes alturas.

Description

DESCRIÇÃO
[001] A presente invenção se refere a um aparelho e um processo para construir pneus para rodas de veículos.
[002] Um pneu para rodas de veículos geralmente compreende uma estrutura de carcaça que compreende pelo menos uma lona de carcaça que tem respectivamente abas de extremidade mutuamente opostas que são engatadas com respectivas estruturas de ancoragem anulares, geralmente chamadas “núcleos de talão”, integrados nas áreas usualmente identificadas como “talões”, que têm um diâmetro interno que corresponde substancialmente a um chamado “diâmetro de encaixe” do pneu sobre um respectivo aro de montagem. O pneu compreende ainda uma estrutura de coroa que compreende pelo menos uma fita de cinta situada em uma posição radialmente externa em relação à lona de carcaça e uma banda de rodagem radialmente externa em relação à fita de cinta. Entre a banda de rodagem e a(s) fita(s) de cinta uma chamada “subcamada” pode ser interposta, a qual é feita de material elastomérico com propriedades adaptadas para assegurar uma ligação estável da(s) fita(s) de cinta com a mesma banda de rodagem. Respectivos costados feitos de material elastomérico são ainda mais aplicados sobre as superfícies laterais da estrutura de carcaça, cada um estendendo-se a partir uma das bordas laterais da banda de rodagem para cima até a respectiva estrutura de ancoragem anular para os talões. Em pneus do tipo “sem câmara”, a lona de carcaça é forrada internamente por uma camada de material elastomérico, preferivelmente à base de butila, que é usualmente chamada um “forro” e tem características ideais de impermeabilidade a ar e que se estende a partir um dos talões até o outro.
[003] Deve ser notado que, para os fins da presente descrição e das reivindicações anexas, o termo “material elastomérico” é usado para indicar uma composição que compreende pelo menos um polímero elastomérico e pelo menos uma carga de reforço. Preferivelmente, esta composição compreende ainda aditivos tais como, por exemplo, um agente de reticulação e/ou um agente de plastificação. Graças à presença do agente de reticulação, este material pode ser reticulado por aquecimento, de modo a formar o artigo manufaturado final.
[004] Na presente descrição e nas reivindicações anexas, um “componente” de um pneu significa qualquer componente funcional do pneu (por exemplo, subforro, forro, lona ou lonas de carcaça, cargas na zona de talão, camada(s) de cinta, insertos de costados pneus autossustentáveis, insertos antiabrasivos, subcamada, banda de rodagem, reforços têxteis ou metálicos, elementos de reforço feitos de material elastomérico, etc.) ou uma porção do mesmo.
[005] Na presente descrição e nas reivindicações anexas, um “produto semiacabado” significa um elemento alongado, feito de material elastomérico isoladamente ou compreendendo outros elementos estruturais, que é fornecido sobre um tambor de conformação a fim de formar um componente do pneu. O produto semiacabado é preferivelmente definido por um elemento alongado contínuo no formato de uma tira. Preferivelmente dito produto semiacabado é cortado no tamanho e tem uma seção reta transversal achatada. Dito produto semiacabado é feito de material elastomérico, preferivelmente incrustando um ou mais cordonéis de reforço têxteis ou metálicos. Estes cordonéis de reforço têxteis ou metálicos são arranjados mutuamente paralelos na direção longitudinal de dito elemento alongado ou eles são inclinados em relação à dita direção longitudinal. Dito elemento alongado contínuo é preferivelmente fornecido circunferencialmente sobre um tambor de conformação, por exemplo a partir de uma bobina ou a partir de uma extrusora.
[006] O documento WO 2013/01 1396, no nome da requerente, descreve um aparelho para construir pneus para rodas de veículos em que um tambor de conformação é carregado sobre uma lançadeira que pode se mover sobre uma guia ao longo de uma linha de deposição. A lançadeira é movida sobre a guia em nas duas direções de deslocamento a fim de levá-la a estações de dispensação de produto semiacabado que são arranjadas em pelo menos algumas estações de deposição arranjadas de acordo com uma sucessão espacial ao longo da linha de deposição. Em cada uma das estações de dispensação, pelo menos um produto semiacabado é depositado sobre uma superfície radialmente externa em relação ao tambor de conformação carregado pela lançadeira, a fim de formar pelo menos um componente de um pneu. A lançadeira é movida sobre a guia de acordo com uma sequência diferente da sucessão espacial das estações de deposição ao longo da linha de deposição.
[007] O documento US 3.841.941 descreve um aparelho para alimentar elementos para construir um pneu a um tambor para a manufatura das carcaças de cobertura do pneu. O aparelho compreende uma pluralidade de transportadores sobrepostos. Um tambor intermediário ou de serviço é posto em contato, de acordo com uma sequência preestabelecida, com os elementos arranjados sobre os transportadores e os transfere para o tambor de construção de pneu.
[008] A requerente observou que o aparelho descrito em US 3.841,941 tem limitações, que são ligadas à baixa flexibilidade de produção e aos tempos de ciclo, que são longos e incompatíveis com as exigências de produção de hoje em dia. Mais precisamente, este documento descreve sistemas de movimentação que alimentam diferentes produtos semiacabados a um tambor de conformação que permanece fixo (além da rotação em torno de seu próprio eixo geométrico principal a fim de permitir o enrolamento dos mesmos produtos semiacabados). Na verdade, os dispositivos de dispensação e os transportadores que levam os produtos semiacabados ao tambor têm de ser capazes de mover e/ou variar sua configuração a fim de variar o tipo de produto semiacabado a ser depositado sobre o tambor. Isto acarreta uma limitação intrínseca do número e tipo dos produtos semiacabados manipulados e/ou uma considerável complexidade de construção de ditos dispositivos de dispensação e/ou transportadores.
[009] A requerente observou adicionalmente que o aparelho descrito e ilustrado no documento WO 2013/01 1396 pode ser melhorado em diversos aspectos em particular com referência à sua ocupação de espaço e com referência à redução dos tempos de construção que são criticamente influenciados pela extensão espacial do aparelho em si. Esta extensão na verdade necessariamente implica em movimentos do tambor de conformação adaptado para receber os produtos semiacabados ao longo de trajetos que não são limitados como tal e com tempos de deslocamento que são não desprezíveis (que influenciam negativamente o tempo de ciclo total).
[0010] Neste contexto, a requerente propõe aumentar a flexibilidade de instalações para a produção de pneus enquanto se contém o espaço necessário para a colocação dos aparelhos de produção e se reduz os tempos de construção.
[0011] Em particular, a requerente percebeu a importância de reduzir a ocupação de espaço de piso de aparelhos de produção e de conter os de construção modo a ser capaz de aumentar a eficiência produtiva aproveitando espaços limitados, em particular de espaços industriais existentes sem ter de estender ou variar os sítios de produção.
[0012] A requerente também deseja construir pneus que são estruturalmente diferentes sem modificar a instalação, mas simplesmente modificando o esquema de projeto e tornando possível, na mesma instalação, depositar produtos semiacabados em diferentes posições radiais e/ou axiais sobre os tambores de conformação de acordo com dito esquema de projeto a fim de possibilitar a produção lotes mutuamente diferentes de pneus e fazer novos tipos de pneus.
[0013] A requerente percebeu assim que, a fim de obter os objetivos definidos, é necessário fazer uso da dimensão vertical do espaço disponível a fim de arranjar os produtos semiacabados destinados a ser enrolados sobre o tambor de conformação e fazer dito tambor de conformação coletar ditos produtos semiacabados por movimento no espaço tridimensional.
[0014] Por fim, a requerente verificou que, organizando os transportadores (que são adaptados para suportar e transportar os produtos semiacabados) em grupos em que cada um compreende uma pluralidade de ditos transportadores sobrepostos um sobre o outro, de modo que suas extremidades finais são arranjadas sobre múltiplos níveis e adotando um dispositivo de manipulação cartesiano com três eixo geométricos a fim de mover o tambor de conformação, é possível suplantar os inconvenientes explicados acima, obtendo compacidade, produtividade e flexibilidade do respectivo aparelho de construção. Na verdade, o dispositivo de manipulação é capaz de alcançar facilmente, rapidamente e precisamente todas as extremidades de ditos transportadores a partir de onde coletar os produtos semiacabados a fim de enrolá-los sobre o tambor de conformação.
[0015] Mais especificamente, de acordo com um primeiro aspecto, a presente invenção se refere a um processo para construir pneus para rodas de veículos, que compreende formar componentes de um pneu sobre um tambor de conformação.
[0016] Preferivelmente ditos componentes são formados recuperando um tambor de conformação por meio de uma unidade de preensão.
[0017] Preferivelmente ditos componentes são formados movendo a unidade de preensão no espaço em três dimensões a fim de levá-la a extremidades finais de pelo menos dois transportadores que pertencem a uma ou mais estações de dispensação de produtos semiacabados, em que pelo menos duas de ditas extremidades finais são superpostas uma sobre a outra.
[0018] Preferivelmente ditos componentes são formados alimentando ditos produtos semiacabados sobre respectivas superfícies de transporte superiores de ditos transportadores até ditas extremidades finais. Preferivelmente ditos componentes são formados aproximando o tambor de conformação carregado pela unidade de preensão a pelo menos algumas das superfícies de transporte até que uma superfície radialmente externa em relação ao tambor de conformação entra em contato com o produto semiacabado repousando a respectiva extremidade final.
[0019] Preferivelmente ditos componentes são formados girando o tambor de conformação em torno de um eixo geométrico de simetria do mesmo a fim de enrolar o produto semiacabado sobre dita superfície radialmente externa.
[0020] De acordo com um outro aspecto, a presente invenção se refere a um aparelho para construir pneus para rodas de veículos.
[0021] Preferivelmente há pelo menos um tambor de conformação.
[0022] Preferivelmente há um dispositivo de manipulação tendo pelo menos uma unidade de preensão que é configurado para suportar dito tambor de conformação e a fazê-lo girar em torno de um eixo geométrico longitudinal de simetria do mesmo.
[0023] Preferivelmente há pelo menos uma estação para dispensar produtos semiacabados que compreende pelo menos dois transportadores que têm superfícies de transporte para os respectivos produtos semiacabados que podem se mover ao longo de respectivas direções de alimentação.
[0024] Preferivelmente extremidades finais de ditos transportadores são dirigidos para o dispositivo de manipulação.
[0025] Preferivelmente há uma unidade de controle que é operativamente conectada pelo menos a dito dispositivo de manipulação.
[0026] Preferivelmente dita unidade de controle é configurada para levar a unidade de preensão acima de cada uma de ditas extremidades finais e apoiam o tambor de conformação contra o respectivo produto semiacabado que é suportado pela respectiva superfície de transporte.
[0027] Preferivelmente dita unidade de controle é configurada para girar o tambor de conformação a fim de enrolar dito produto semiacabado sobre uma superfície radialmente externa em relação ao tambor de conformação.
[0028] Preferivelmente, o dispositivo de manipulação é configurado para mover a unidade de preensão no espaço em três dimensões.
[0029] Preferivelmente, ditos pelo menos dois transportadores são sobrepostos um sobre o outro e as respectivas extremidades finais são situadas a diferentes alturas.
[0030] A requerente acredita que o aparelho e o processo de acordo com a invenção tornam possível otimizar o leiaute da instalação global (na verdade a ocupação de espaço de piso dos transportadores pode ser drasticamente reduzida) e os tempos de ciclo (a distância reduzida entre todos os produtos semiacabados a serem depositados torna possível conter os tempos de translação do tambor de conformação) necessários para construir partes do pneu (por exemplo a estrutura de carcaça) e/ou o pneu global.
[0031] A requerente além do mais acredita que a organização sobre múltiplos níveis dos transportadores torna possível tornar o aparelho e a instalação flexível uma vez que é relativamente simples de adicionar um ou mais níveis/transportadores enquanto ainda se mantém a mesma ocupação de espaço de piso do aparelho.
[0032] Além do mais, os produtos semiacabados fornecidos estão sempre repousando sobre alguma coisa durante toda a etapa de dispensação e de enrolamento (ou sobre os transportadores ou sobre a superfície radialmente externa em relação ao tambor de conformação) e isto assegura precisão muito alta e repetibilidade do posicionamento durante o enrolamento e, portanto, um alto nível de qualidade e uniformidade dos pneus produzidos. Por fim, a requerente acredita que o aparelho e o processo de acordo com a presente invenção são particularmente adaptados para construir pneus para veículos a motor que são produzidos em série mais limitada do que pneus de veículos e assim é necessário variar mais frequentemente o tipo e/ou número dos produtos semiacabados requeridos para sua produção. O aparelho e o processo de acordo com a presente invenção são também particularmente adaptados para construir as estruturas de carcaça de pneus.
[0033] A presente invenção, em pelo menos um dos aspectos acima mencionados, pode ter uma ou mais características preferidas que são descritas abaixo.
[0034] Preferivelmente, o tambor de conformação é aproximado das superfícies de transporte de cima para baixo.
[0035] Preferivelmente, o aparelho compreende pelo menos duas estações de dispensação. Preferivelmente ditas pelo menos duas estações de dispensação são arranjadas mutuamente lado a lado.
[0036] Preferivelmente, cada estação de dispensação compreende pelo menos dois transportadores que são sobrepostos um sobre o outro.
[0037] Preferivelmente, ditos transportadores são mutuamente paralelos.
[0038] Preferivelmente, ditos transportadores são correias transportadoras que têm uma superfície de transporte superior que pode se mover ao longo da direção de alimentação, preferivelmente com a possibilidade de ser movida tanto em uma direção de avanço, para o dispositivo de manipulação, e em uma direção oposta, de recuo.
[0039] Preferivelmente, cada estação de dispensação compreende uma armação de suporte para as respectivas superfícies de transporte, e dita armação de suporte é fixada (pelo menos durante o ciclo de operação do aparelho).
[0040] Preferivelmente, as extremidades finais dos transportadores (à parte o movimento de avanço ou recuo da correia transportadora), são fixas pelo menos durante um ciclo de operação do aparelho. A unidade de preensão assim move o tambor de conformação a fim de levá-lo a cada extremidade enquanto dita extremidade permanece situada em uma posição predefinida.
[0041] Preferivelmente, as extremidades finais dos transportadores sobrepostos de uma mesma estação de dispensação são verticalmente deslocadas.
[0042] Preferivelmente, uma extremidade final inferior se projeta para o dispositivo de manipulação de mais do que uma extremidade final superior que pertence à mesma estação de dispensação.
[0043] Preferivelmente, o tambor de conformação é aproximado de uma extremidade final inferior que se projeta para o dispositivo de manipulação mais do que uma extremidade final superior o faz.
[0044] Preferivelmente, a posição mútua entre extremidades finais de dois transportadores sobrepostos é tal que permite que o tambor de conformação se apoie contra a extremidade inferior sem interferir com a extremidade superior, para cada tipo de tambor adotado. Esta configuração torna possível mover o tambor de conformação entre ditas duas extremidades (até levá-lo acima de cada uma delas) com poucos movimentos e sem arriscar que ele ou o dispositivo de manipulação interfiram com partes do aparelho.
[0045] Preferivelmente, as superfícies de transporte nas extremidades finais são inclinadas de cima para baixo, movendo-se na direção de avanço. Em outras palavras, a superfície de transporte de cada transportador tem uma seção final que é inclinada para o dispositivo de manipulação. Esta geometria facilita o movimento de aproximar o tambor de conformação e o seu apoio contra o respectivo produto semiacabado.
[0046] Preferivelmente, cada estação de dispensação compreende um dispositivo para dispensar pelo menos um produto semiacabado para cada transportador. Em outras palavras, cada transportador é alimentado com pelo menos um produto semiacabado originando-se de um respectivo dispositivo de dispensação.
[0047] Preferivelmente, dito dispositivo de dispensação é uma extrusora.
[0048] Preferivelmente, dito dispositivo de dispensação é um suporte de bobina que é adaptado para suportar dito produto semiacabado enrolado sobre uma bobina.
[0049] Preferivelmente, pelo menos um dos dispositivos de dispensação é de modo removível alojado na armação de suporte.
[0050] Preferivelmente, pelo menos um dos dispositivos de dispensação pode ser inserido na e extraída da, lateralmente em relação à direção de alimentação, dita armação de suporte.
[0051] Preferivelmente, a estação de dispensação compreende pelo menos um carrinho que suporta um respectivo dispositivo de dispensação removível. Estas características possibilitam uma substituição mais fácil do produto semiacabado usado quando ele corre para fora e/ou a fim de variar o seu tipo a fim de produzir um pneu diferente.
[0052] Preferivelmente, a estação de dispensação compreende pelo menos uma unidade de corte que é associada com um respectivo transportador.
[0053] Preferivelmente, cada transportador é associado com uma respectiva unidade de corte. O produto semiacabado que se origina do dispositivo de dispensação é cortado no tamanho pela unidade de corte com base na circunferência da superfície radialmente externa em relação ao tambor de conformação e é então enrolado sobre dito tambor de conformação.
[0054] Preferivelmente, a unidade de corte é arranjada a montante da seção final inclinada do respectivo transportador.
[0055] Preferivelmente, cada transportador é combinado com um transportador auxiliar que é colocado debaixo da respectiva superfície de transporte e é configurado para coletar e afastar qualquer material de rejeito.
[0056] Preferivelmente, o transportador auxiliar é uma correia transportadora.
[0057] Em uma modalidade, o transportador auxiliar tem uma extremidade do mesmo que se projeta além da extremidade final do respectivo transportador.
[0058] Em uma modalidade diferente, o transportador auxiliar é móvel entre uma primeira posição, em que uma extremidade do mesmo se projeta além da extremidade final do respectivo transportador, e uma segunda posição, em que a sua extremidade é retraída abaixo da extremidade final do respectivo transportador.
[0059] Preferivelmente, o transportador auxiliar é paralelo ao respectivo transportador.
[0060] Preferivelmente, qualquer material de rejeito é coletado e afastado por um transportador auxiliar que é arranjado abaixo da respectiva superfície de transporte de cada transportador.
[0061] Preferivelmente, coletar e afastar compreende mover o transportador auxiliar em uma direção de transporte oposta à direção de alimentação do respectivo transportador. Quando é necessário eliminar uma parte de produto semiacabado presente sobre um transportador (que não deve ser depositado sobre o tambor), a superfície de transporte do transportador é feita avançar enquanto o tambor é distal e a extremidade do transportador auxiliar se salienta. A parte a ser rejeitada assim cai sobre o transportador auxiliar e é afastada.
[0062] Preferivelmente, o transportador auxiliar é movido em uma direção de transporte oposta à direção de alimentação do respectivo transportador. A parte a ser rejeitada é levada sob o transportador a partir de que ela se origina e é feita cair em um recipiente adaptado. Preferivelmente, a unidade de preensão pode sofrer translação ao longo de um primeiro eixo geométrico horizontal, um segundo eixo geométrico horizontal ortogonal ao primeiro, e um eixo geométrico vertical.
[0063] Preferivelmente, o tambor de conformação é movido por translação do mesmo ao longo de um primeiro eixo geométrico horizontal e/ou um segundo eixo geométrico horizontal ortogonal ao primeiro eixo geométrico horizontal e/ou um eixo geométrico vertical.
[0064] O segundo eixo geométrico horizontal é orientado substancialmente paralelo a uma extensão longitudinal dos transportadores.
[0065] O primeiro eixo geométrico horizontal estende-se a partir de uma estação de dispensação outra além dela.
[0066] Preferivelmente, a fim de mover o tambor de conformação entre uma extremidade final e uma outra, a unidade de preensão sofre translação pelo menos ao longo do eixo geométrico vertical.
[0067] Preferivelmente, a fim de mover o tambor de conformação entre uma extremidade final e uma outra da mesma estação de dispensação, a unidade de preensão sofre translação pelo menos ao longo do eixo geométrico vertical e ao longo do segundo eixo geométrico horizontal.
[0068] Preferivelmente, a fim de mover o tambor de conformação entre extremidades finais de duas estações de dispensação lado a lado, a unidade de preensão sofre translação pelo menos ao longo do primeiro eixo geométrico horizontal e do segundo eixo geométrico horizontal ou pelo menos ao longo do primeiro eixo geométrico horizontal e do eixo geométrico vertical.
[0069] Preferivelmente, o tambor de conformação é aproximado e/ou afastado das superfícies de transporte superiores ao longo de uma direção perpendicular a ditas superfícies, combinando a translação ao longo do eixo geométrico vertical com a translação ao longo do segundo eixo geométrico horizontal. Desta maneira não há deslizamento entre o produto semiacabado a ser enrolado e a superfície radialmente externa em relação ao tambor de conformação, e entre o produto semiacabado enrolado e a extremidade final a partir de que ele foi tomado
[0070] Preferivelmente, a superfície radialmente externa em relação ao tambor de conformação é colocada em contato com o produto semiacabado que é apoiado contra a respectiva extremidade final na zona de dita final que não muda com a variação do diâmetro do tambor de conformação. O movimento ao longo do segundo eixo geométrico horizontal torna possível sempre apoiar a superfície radialmente externa contra o tambor de conformação no mesmo ponto do transportador independentemente do tamanho do tambor. Portanto não é necessário ajustar o posicionamento longitudinal da cabeça do produto semiacabado em função do encaixe.
[0071] Preferivelmente, o dispositivo de manipulação compreende dispositivos de movimentação que são elevados em relação à dita pelo menos uma estação de dispensação e que carregam a unidade de preensão.
[0072] Preferivelmente, a unidade de preensão é movida pelos dispositivos de movimentação que são elevados em relação à dita pelo menos uma estação de dispensação.
[0073] Preferivelmente, a unidade de preensão é suspensa a partir de ditos dispositivos de movimentação.
[0074] Preferivelmente, o dispositivo de manipulação delimita um espaço de manobra da unidade de preensão. Preferivelmente, o dispositivo de manipulação compreende uma armação perimetral que suporta os dispositivos de movimentação elevados e delimita, abaixo de ditos dispositivos de movimentação, um espaço de manobra em que a unidade de preensão é móvel.
[0075] Preferivelmente, a unidade de preensão é movida em um espaço de manobra delimitado por uma armação perimetral que suporta ditos dispositivos de movimentação.
[0076] Preferivelmente, as extremidades finais de ditos transportadores são pelo menos parcialmente alojadas no espaço de manobra. O tambor de conformação pode assim ser livremente movido no espaço de manobra a fim de levá-lo a ditas extremidades finais e/ou em outros dispositivos presentes em ou perto de dito espaço de manobra.
[0077] Preferivelmente, os dispositivos de movimentação compreendem: pelo menos uma guia horizontal que se estende ao longo de uma primeira direção; um braço horizontal que se estende ao longo de uma segunda direção, em que o braço horizontal é carregado por dita guia horizontal e é móvel ao longo da primeira direção; um braço vertical que se estende ao longo de uma terceira direção, em que o braço vertical é carregado pelo braço horizontal, é móvel ao longo da segunda direção, e tem uma extremidade inferior sustentando a unidade de preensão, em que a unidade de preensão é móvel ao longo da terceira direção.
[0078] Preferivelmente o braço vertical é integral com o braço horizontal em seu movimento ao longo da segunda direção.
[0079] Preferivelmente, os dispositivos de movimentação compreendem um carrinho que é montado entre o braço horizontal e o braço vertical e que pode se mover sobre o braço horizontal ao longo da segunda direção.
[0080] Preferivelmente, o braço vertical pode se mover sobre o carrinho ao longo da terceira direção.
[0081] Preferivelmente, os dispositivos de movimentação compreendem duas guias paralelas horizontais e o braço horizontal estende-se entre ditas duas guias horizontais.
[0082] Preferivelmente, a armação perimetral compreende uma pluralidade de montantes verticais que suportam a(s) guia(s) horizontal(is), em que o espaço de manobra é delimitado entre ditos montantes verticais.
[0083] Preferivelmente, a armação perimetral compreende quatro montantes verticais arranjados nos cantos do espaço de manobra.
[0084] Preferivelmente, as estações de dispensação são arranjadas sobre um único lado do espaço de manobra.
[0085] Preferivelmente, as estações de dispensação são arranjadas sobre múltiplos lados do espaço de manobra.
[0086] Preferivelmente, as estações de dispensação são arranjadas sobre lados opostos do espaço de manobra. As estações de dispensação são situadas ao lado ou em torno do dispositivo de manipulação com suas extremidades finais situados em dito espaço de manobra de modo a ser alcançadas pela unidade de preensão.
[0087] Preferivelmente, o aparelho compreende um equipamento para montar estruturas de ancoragem anulares, em que dito equipamento é arranjado pelo menos parcialmente em dito espaço de manobra. Preferivelmente, dito equipamento é arranjado em um lado oposto do espaço de manobra à(s) estação(ões) de dispensação.
[0088] Preferivelmente, a unidade de preensão no espaço de manobra é movida a fim de levar o tambor de conformação ao equipamento para localizar estruturas de ancoragem anulares.
[0089] Depois de ter enrolado os produtos semiacabados sobre o tambor de conformação nos transportadores, dito tambor, ainda suportado pela unidade de preensão, é levado até dito equipamento e ali liberado para a localização de estruturas de ancoragem anulares e o reviramento das abas de extremidade em torno de ditas estruturas de ancoragem anulares.
[0090] Outras características e vantagens vão se tornar mais evidentes a partir da descrição detalhada que se segue de uma modalidade preferida, mas não exclusiva, de um aparelho e de um processo de acordo com a presente invenção.
[0091] Esta descrição vai ser dada abaixo com referência aos desenhos anexos, que são fornecidos para fins indicativos e, portanto, não limitativos apenas e em que: a Figura 1 é uma vista em planta esquemática de um aparelho para construir pneus para rodas de veículos de acordo com a presente invenção.
[0092] A Figura 2 é uma vista em perspectiva de um elemento do aparelho em figura 1.
[0093] A Figura 3 é uma vista lateral de uma porção do aparelho da figura 1, incluindo o elemento da figura 2.
[0094] A Figura 4 é uma vista em elevação frontal da porção da figura 3.
[0095] A Figura 5 é uma vista em meio corte transversal radial de um pneu para veículos a motor que foi construído com o aparelho da figura 1.
[0096] A Figura 6 é uma vista em corte transversal radial de um pneu para veículos a motor que foi construído com o aparelho da figura 1.
[0097] Com referência à figura 1, o número de referência 1 geralmente designa um aparelho para fabricar pneus 100 para rodas de veículos de acordo com a presente invenção.
[0098] Um pneu 100 para veículos a motor, que foi feito sobre dito aparelho 1 e de acordo com o processo de acordo com a presente invenção, é ilustrado na figura 5 e compreende pelo menos uma estrutura de carcaça, que compreende pelo menos uma lona de carcaça 101 que tem respectivamente abas de extremidade mutuamente opostas que são engatadas com respectivas estruturas de ancoragem anulares 102, conhecidas como núcleos de talão, que podem ser associados com um inserto de enchimento 104. A zona do pneu que compreende a estrutura de ancoragem anular 102 e o inserto de enchimento 104 forma uma estrutura de talão 103, que se destina a ancorar o pneu sobre um correspondente aro de montagem, não mostrado. Cada estrutura de talão é associada com a lona ou as lonas de carcaça dobrando pata trás as bordas laterais mutuamente opostas da pelo menos uma lona de carcaça 101 em torno da estrutura de ancoragem anular 102 de modo a formar os chamados reviramentos 101a da lona de carcaça. Um elemento antiabrasivo 105 feito com material elastomérico pode ser arranjado em uma posição externa de cada estrutura de talão 103. A estrutura de carcaça é associada com uma cintura 106 que compreende um ou mais camadas e cinta 106a, 106b que são arranjadas radialmente superpostas uma sobre a outra e em relação à estrutura de carcaça, e têm cordonéis de reforço têxteis ou metálicos. Estes cordonéis de reforço podem ter uma orientação cruzada em relação a uma direção circunferencial de extensão do pneu 100. Uma direção “circunferencial” é uma direção que é genericamente voltada no sentido de rotação do pneu. Em uma posição que é radialmente mais externa em relação às camadas de cinta 106a, 106b, pode ser aplicada pelo menos uma camada de reforço de zero grau 106c, comumente conhecida como uma “cinta 0°”, que geralmente incorpora uma pluralidade de cordonéis de reforço, tipicamente cordonéis têxteis ou metálicos, que são orientados em uma direção substancialmente circunferencial, formando assim um ângulo de uns poucos graus (por exemplo um ângulo de entre cerca de 0° e cerca de 6°) em relação à linha média axial do pneu, e revestidos com um material elastomérico. Em uma posição que é radialmente externa em relação à cintura 106, é aplicada uma banda de rodagem 109 que é feita de material elastomérico, como outros produtos semiacabados que constituem o pneu 100. Respectivos costados 108 feitos de material elastomérico são além do mais aplicados, em uma posição axialmente externa, sobre as superfícies laterais da estrutura de carcaça, cada um estendendo-se a partir uma das bordas laterais da banda de rodagem 109 parra cima até a respectiva estrutura de talão 103. Em uma posição radialmente externa, a banda de rodagem 109 tem uma superfície de rolamento 109a que se destina a entrar em contato com o solo. Sulcos circunferenciais, que são conectados por entalhes transversais de modo a definir uma pluralidade de blocos de vários formatos e tamanhos distribuídos sobre a superfície de rolamento 109a, são geralmente previstos nesta superfície 109a, que para fins de simplicidade na figura 5 é mostrada lisa. Uma subcamada 111 pode opcionalmente ser arranjada entre a cintura 106 e a banda de rodagem 109. Um elemento constituído por material elastomérico 110, comumente conhecido como um “minicostado”, pode opcionalmente estar presente na zona para conexão entre os costados 108 e a banda de rodagem 109, este minicostado geralmente sendo obtido por coextrusão com a banda de rodagem 109 e possibilitando uma melhoria da interação mecânica a banda de rodagem 109 e os costados 108. Preferivelmente a porção de extremidade do costado 108 cobre diretamente a borda lateral da banda de rodagem 109. Para pneus sem uma câmara de ar, uma camada de material elastomérico 112, geralmente à base de butila e geralmente conhecida como um “forro”, promove a necessária impermeabilidade ao ar que infla o pneu, e é prevista em uma posição radialmente interna em relação à pelo menos uma lona de carcaça 101. A rigidez do costado 108 pode ser melhorada por provendo a estrutura de talão 103 com um elemento de reforço adicional 120, um inserto tipo fita geralmente conhecido como um “flipper”. O “flipper” 120 é um elemento de reforço que é enrolado em torno da respectiva estrutura de ancoragem anular 102 e em torno do inserto de enchimento 104 de modo a circundá-los pelo menos parcialmente, dito elemento de reforço sendo arranjado entre a pelo menos uma lona de carcaça 101 e a estrutura de talão 103. Usualmente, o “flipper” está em contato com dita pelo menos uma lona de carcaça 101 e dita estrutura de talão 103. O “flipper” 120 tipicamente compreende uma pluralidade de cordonéis metálicos ou têxteis (por exemplo feitos de aramida ou raiom) incrustados em um material elastomérico reticulado. A estrutura de talão 103 pode compreender um outro elemento protetor que é geralmente conhecido como um “chafer” ou tira protetora e cuja função é aumentar a rigidez e a integridade da estrutura de talão 103. O “chafer” 121 usualmente compreende uma pluralidade de cordonéis encastrados em um material elastomérico reticulado. Os cordonéis são geralmente feitos de materiais têxteis (por exemplo aramida ou raiom) ou de materiais metálicos (por exemplo cordonéis de aço).
[0099] Um pneu 100’ para veículos a motor, feito sobre dito aparelho 1 e de acordo com o processo de acordo com a presente invenção, é ilustrado na figura 6. Elementos deste pneu para veículos a motor 100’ que correspondem aos elementos descritos acima para o pneu da figura 5 são indicados com os mesmos números de referência e um apóstrofo. A cintura 106’ de tal pneu para veículos a motor 100’ é constituída por uma camada 106c’ que tem uma pluralidade de enrolamentos circunferenciais que são arranjados axialmente lado a lado e são formados por um cordonel emborrachado. O pneu 100’ ilustrado compreende uma camada feita de material elastomérico 130’ que é arranjada entre sua estrutura de carcaça e dita cintura 106’. Uma seção transversal reta do pneu 100’ para veículos a motor é distinguida por uma alta curvatura transversal. Em particular, o pneu 100’ para veículos a motor tem uma altura de seção transversal “H” que é medida, sobre a linha média axial, entre o ápice da banda de rodagem 109’ e o diâmetro de encaixe, e é designada pela linha de referência “a” que passa através das estruturas de talão 103’ do pneu 100’. O pneu 100’ para veículos a motor além do mais tem uma largura “C” que é definida pela distância entre as extremidades lateralmente opostas E” da banda de rodagem 109’, e uma curvatura que é definida pelo valor particular da razão entre a distância “f” do ápice da banda de rodagem 109’ a partir da linha que passa através das extremidades E” da banda de rodagem 109’, medida sobre a linha média axial do pneu 100’, e a supramencionada largura “C”. Pneus com uma alta curvatura são pneus que têm uma razão de curvatura f/C não inferior a 0,2, e preferivelmente f/C > 0,25, por exemplo 0,28. Preferivelmente esta razão de curvatura f/C não excede 0,8, e preferivelmente f/C <0,5. Preferivelmente, os pneus para veículos a motor têm costados particularmente baixos. Em outras palavras, pneus com costados baixos de baixa seção são pneus em que a razão de altura para costado (H-f)/H é inferior a 0,7 e mais preferivelmente é inferior a 0,65, por exemplo 0,6. Preferivelmente, a razão de curvatura transversal/cordonel (f/C) pode estar substancialmente compreendida entre 0,35 e 0,70, e ainda mais preferivelmente entre 0,35 e 0,60. Preferivelmente, a razão (altura total)/cordonel (H/C) fica substancialmente compreendida entre 0,6 e 1.
[00100] Os componentes acima mencionados dos pneus 100, 100’ descritos acima são feitos sobre um ou mais tambores de conformação movendo ditos tambores entre diferentes estações de dispensação de produtos semiacabados, em cada um dos quais dispositivos adaptados aplicam os produtos semiacabados acima mencionados sobre o(s) tambor ou tambores de conformação. O aparelho 1, que é geralmente ilustrado esquematicamente na figura anexa 1, compreende uma linha para construir estruturas de carcaça 2, em que tambores de conformação 3 são movidos entre diferentes estações de dispensação 4 de produtos semiacabados que são adaptadas para formar por exemplo sobre cada tambor de conformação 3 uma luva de carcaça que compreende, por exemplo, a lona ou as lonas de carcaça 101, 101’,o forro 112, 112’, as estruturas de ancoragem anulares 102, 102’, os “flippers” 120, os “chafers” 121, 121’ e opcionalmente pelo menos uma parte dos costados 108, 108’.
[00101] Ao mesmo tempo, em uma linha para construir luvas externas 5, um ou mais tambores auxiliares, não mostrados, são movidos entre diferentes estações de trabalho, não mostradas, que são adaptadas para formar, sobre cada tambor auxiliar, uma luva externa, que compreende pelo menos a cintura 106, 106’, a banda de rodagem 109, 109’, os elementos antiabrasivos 105 e opcionalmente pelo menos uma parte dos costados 108, 108’.
[00102] O aparelho 1 compreende ainda uma estação de montagem 6 em que a luva externa é acoplada com a luva de carcaça, de modo a definir o pneu cru construído 100, 100’.
[00103] Os pneus crus construídos 100, 100’ são finalmente transferidos a pelo menos uma unidade para moldagem e vulcanização, não mostrada.
[00104] A linha para construir estruturas de carcaça 2 compreende um dispositivo de manipulação 7 tendo pelo menos uma unidade de preensão 8 que é configurada para suportar e transportar pelo menos um tambor de conformação 3 de cada vez e para fazê-lo girar em torno de um eixo geométrico longitudinal de simetria “x-x” do mesmo.
[00105] O dispositivo de manipulação 7 compreende uma armação perimetral 9 que é formada por quatro montantes verticais 10 que são arranjados nos cantos de uma zona de manobra substancialmente retangular (em vista em planta como na figura 1). Cada montante 10 tem uma base que repousa sobre o solo e uma extremidade superior que suporta uma viga horizontal que define uma guia horizontal 11. Em particular, na modalidade mostrada, o dispositivo de manipulação 7 compreende duas guias horizontais mutuamente paralelas 11, cada uma suportada por dois montantes 10. As guias horizontais 11 estendem-se ao longo de uma primeira direção “X”.
[00106] As duas guias horizontais 11 sustentam um braço horizontal 12 que se estende entre ditas duas guias horizontais 11 ao longo de uma segunda direção Y” que é perpendicular à primeira direção “X”. O braço horizontal 12 é montado sobre as guias horizontais 11 por meio de mecanismos que são conhecidos em si e, portanto, não descritos em detalhe, que possibilitam a sua translação, atuados por um ou mais motores, não mostrados, sobre as guias 11 e ao longo da primeira direção “X”.
[00107] Um carrinho 13 é montado sobre o braço horizontal 12 por meio de mecanismos que são conhecidos em si e, portanto, não descritos em detalhe, que possibilitam a sua translação, atuados por um ou mais motores, não mostrados, sobre dito braço horizontal 12 e ao longo da segunda direção
[00108] Um braço vertical 14 estende-se ao longo de uma Terceira direção “Z” que é perpendicular às duas primeiras direções “X”, Y” e é montado sobre o carrinho 13 por meio de mecanismos que são conhecidos em si e, portanto, não descritos em detalhe, que possibilitam a sua translação, atuados por um ou mais motores, sobre dito carrinho 13 e ao longo da terceira direção “Z”. Uma extremidade inferior do braço vertical 14 sustenta a unidade de preensão 8. As guias horizontais 11, o braço horizontal 12, o carrinho 13 e o braço vertical 14 junto com os respectivos motores, não mostrados, definem dispositivos de movimentação elevados para a unidade de preensão 8 que permanece suspensa a partir de ditos dispositivos de movimentação 11, 12, 13, 14.
[00109] A armação perimetral 9 do dispositivo de manipulação 7 delimita um espaço de manobra em que a unidade de preensão 8 é movida em três dimensões.
[00110] A unidade de preensão 8 compreende dispositivos de acoplamento, não mostrados, que são adaptados para reter e suportar o tambor de conformação 3 e para fazê-lo girar em torno de seu próprio eixo geométrico longitudinal de simetria “x-x”, que se estende paralelo à primeira direção “X”. Em particular, o tambor de conformação 3 é portado de uma maneira em cantiléver pela unidade de preensão 8 e é conectado a dita unidade de preensão 8 em uma porção de conexão radialmente interna 15 arranjada em uma extremidade axial em relação ao tambor 3. Esta porção de conexão 15 é configurada para ser conectada de modo removível com a unidade de preensão 8 mediante, por exemplo, uma pinça.
[00111] A linha para construir estruturas de carcaça 2 compreende duas estações de dispensação 4 de produtos semiacabados que são mutuamente lado a lado e parcialmente situados no espaço de manobra.
[00112] Cada estação de dispensação 4 compreende uma armação de suporte 16 repousando sobre o solo. Sobre a armação de suporte 16 e em uma posição elevada em relação ao solo, é montado um transportador inferior 17 que é definido por uma primeira correia transportadora 18, enrolada sobre respectivos roletes 20 e uma subsequente segunda correia transportadora 19, enrolada sobre respectivos roletes 20. A primeira correia transportadora 18 tem um ramo superior que é substancialmente horizontal e a segunda correia transportadora 19 tem um ramo superior que é inclinado de cima para baixo partindo da primeira correia transportadora 18 para uma extremidade final inferior 21 do transportador inferior 17. Um ou mais dos roletes 20 de cada correia transportadora 18, 19 são funcionalmente conectados a um motor, não mostrado, que é configurado para mover os ramos superiores da primeira e da segunda correia transportadora 18, 19 ao longo de uma primeira direção de alimentação e em um primeiro sentido de alimentação “F1 “ que os leva para a extremidade final inferior 21. A montante da primeira correia transportadora 18, com referência ao primeiro sentido de alimentação “F1”, é arranjado um primeiro carrinho 22 que acomoda um suporte de bobina 23 que é adaptado para suportar um primeiro produto semiacabado 24 enrolado sobre uma bobina. O primeiro produto semiacabado 24 desenrolado da bobina é guiado, por meio de guias adaptadas, não mostradas, até o ramo superior da primeira correia transportadora 18. O primeiro carrinho 22 compreende, portanto, um dispositivo de dispensação (a bobina) do primeiro produto semiacabado 24 associado com o transportador inferior 17. Os ramos superiores da primeira e da segunda correia transportadora 18, 19 definem uma superfície de transporte para o respectivo produto semiacabado. Arranjada entre a primeira correia transportadora 18 e a segunda correia transportadora 19 está uma primeira unidade de corte 25 cuja função é cortar no tamanho o primeiro produto semiacabado 24 avançado sobre o transportador inferior 17.
[00113] Posicionado abaixo da segunda correia transportadora 19 está um primeiro transportador auxiliar 26, que é também definido por uma correia transportadora 27 enrolada sobre um par de roletes 28. Um ramo superior do primeiro transportador auxiliar 26 é inclinado e substancialmente paralelo ao ramo superior da segunda correia transportadora 19. Um ou mais dos roletes 28 do primeiro transportador auxiliar 26 são funcionalmente conectados a um motor, não mostrado, que é configurado para avançar o respectivo ramo superior em uma primeira direção de transporte “TF oposta ao primeiro sentido de alimentação “F1”. Uma primeira extremidade 29 do primeiro transportador auxiliar 26 é arranjada abaixo da extremidade final 21 do transportador inferior 17 e se projeta além de dita extremidade final 21. Um recipiente 31 é posicionado abaixo de uma segunda extremidade 30 do primeiro transportador auxiliar 26, que é oposta à primeira extremidade 29.
[00114] Um transportador superior 32 é montado sobre a armação de suporte 16 e em uma posição elevada em relação ao transportador inferior 17. O transportador superior 32 compreende uma respectiva primeira correia transportadora 33 enrolada sobre respectivos roletes 34 e uma subsequente segunda correia transportadora 35 enrolada sobre respectivos roletes 34. A primeira correia transportadora 33 tem um ramo superior que é substancialmente horizontal e a segunda correia transportadora 35 tem um ramo superior que é inclinado de cima para baixo partindo da primeira correia transportadora 33 para uma extremidade final superior 36 do transportador superior 32. Um ou mais dos roletes 34 de cada correia transportadora 33, 35 são funcionalmente conectados a um motor, não mostrado, que é configurado para mover os ramos superiores da primeira e da segunda correia transportadora 33, 35 ao longo de uma segunda direção de alimentação e em um segundo sentido de alimentação “F2” que os leva para a extremidade final superior 36. O ramo superior da segunda correia transportadora 35 pertencendo ao transportador superior 32 é substancialmente paralelo ao ramo superior da segunda correia transportadora 19 pertencendo ao transportador inferior 17.
[00115] A extremidade final superior 36 é verticalmente deslocada da extremidade final inferior 21. Em particular, a extremidade final superior 36 é retraída, com referência ao primeiro ou ao segundo sentido de alimentação “F1 “, “F2”, em relação à extremidade final inferior 21, de maneira tal que acima de dita extremidade final inferior 21 permanece um espaço livre que é adaptado para permitir a aproximação do tambor de conformação 3 carregado pela unidade de preensão 8.
[00116] A montante da primeira correia transportadora 33 do transportador superior 32, com referência ao segundo sentido de alimentação “F2”, é arranjado um segundo carrinho 37 que acomoda um suporte de bobina 38 que é adaptado para suportar um segundo produto semiacabado 39 enrolado sobre uma bobina. O segundo produto semiacabado 39 desenrolado da bobina é guiado, por meio de guias adaptadas, não mostradas, até o ramo superior da primeira correia transportadora 33 do transportador superior 32. O segundo carrinho 37, portanto compreende um dispositivo de dispensação (a bobina) do segundo produto semiacabado 39 associado com o transportador superior 32. Os ramos superiores da primeira e da segunda correia transportadora 33, 35 definem uma superfície de transporte para o respectivo segundo produto semiacabado 39. Arranjada entre o primeiro transportador 33 e o segundo transportador 35 do transportador superior 32 fica uma segunda unidade de corte 40 cuja função que é cortar no tamanho o segundo produto semiacabado 39 avançado sobre dito transportador superior 32. Como pode ser visto na figura 3, o transportador superior 32 estende-se acima do primeiro carrinho 22 e a armação de suporte 16 delimita, nesta zona, uma acomodação para dito primeiro carrinho 22. O primeiro carrinho 22 é transversalmente extraível, em relação às direções de alimentação “F1”, “F2”, a partir da armação de suporte 16 de acordo com a seta E” mostrada na figura 4. O segundo carrinho 37 é também removível, isto é, ele pode ser afastado da armação de suporte 16.
[00117] Posicionado abaixo da segunda correia transportadora 35 do transportador superior 32 (e acima da segunda correia transportadora 19 do transportador inferior 17) fica um segundo transportador auxiliar 41, que é também definido por uma correia transportadora 42 enrolada sobre um par de roletes 43. Um ramo superior do segundo transportador auxiliar 41 é inclinado e substancialmente paralelo ao ramo superior da segunda correia transportadora 35 do transportador superior 32. Um ou mais dos roletes 43 do segundo transportador auxiliar 41 são funcionalmente conectados a um motor, não mostrado, que é configurado para avançar o respectivo ramo superior em uma segunda direção de transporte “T2” oposta ao segundo sentido de alimentação “F2”. Uma primeira extremidade 44 do segundo transportador auxiliar 41 é arranjada abaixo da extremidade final superior 36 e se projeta além de dita extremidade final superior 36. Um recipiente 46 é posicionado abaixo de uma segunda extremidade 45 do segundo transportador auxiliar 41, que é oposta à primeira extremidade 44.
[00118] Como pode ser vista melhor na figura 1, as extremidades finais superiores 36 e as extremidades finais inferiores 21 de ambas as estações de dispensação 4 se situam dentro do espaço de manobra delimitado pela armação perimetral 9 e são dirigidas para o dispositivo de manipulação 7 enquanto que as partes restantes de ditas estações de dispensação 4 permanecem fora do espaço de manobra. Além do mais, na modalidade mostrada, as direções de alimentação de ambas as estações de dispensação 4 são paralelas à segunda direção Y”.
[00119] O aparelho 1 compreende ainda um equipamento 47 para montar as estruturas de ancoragem anulares 102, este equipamento 47 sendo arranjado parcialmente em dito espaço de manobra e em um lado que é oposto em relação ao lado onde as extremidades superiores e inferiores 36, 21 de ambas as estações de dispensação 4 são confrontantes (figura 1).
[00120] A unidade de controle “CU” é funcionalmente conectada a sensores e motores/atuadores do aparelho 1 a fim de gerir a sua operação. Em particular, a unidade de controle “CU” é conectada ao dispositivo de manipulação 7, à unidade de preensão 8, aos motores do transportador inferior 17 e do transportador superior 32, à primeira unidade de corte 25 e à segunda unidade de corte 40, aos motores do primeiro transportador auxiliar 26 e do segundo transportador auxiliar 41. A unidade de controle “CU” é configurada para mover a unidade de preensão 8 no espaço de manobra ao longo das três direções “X”, Y”, “Z”, para engatar os tambores de conformação 3 com a unidade de preensão 8 e desengatá-los da unidade de preensão 8, para girar o tambor de conformação 3 carregado pela unidade de preensão 8 em torno de seu próprio eixo geométrico de simetria “x-x”, para mover as correias transportadoras 18, 19, 33, 35 ao longo das direções de alimentação nos sentidos de alimentação “F1”, “F2” e, opcionalmente, em direções de retração mutuamente opostas, para acionar as unidades de corte 25, 40, e para mover as correias transportadoras 27, 42 dos transportadores auxiliares 26, 41 respectivamente. Conforme o processo de acordo com a presente invenção e a fim de formar os componentes do pneu 100, 100’ sobre o tambor de conformação 3, o dispositivo de manipulação 7 leva, pela unidade de preensão 8, desde uma estação adaptada, um tambor de conformação 3 de uma vez e move-o no espaço em tridimensional a fim de levá-lo a pelo menos algumas das extremidades finais superiores e/ou inferiores 36, 21 das estações de dispensação 4. Posicionada sobre cada uma de dita extremidade final inferior 21 e de dita extremidade final superior 36 fica uma porção de um produto semiacabado 24 e 39 respectivamente, que foi previamente desenrolada do respectivo suporte de bobina 23, 38, cortada no tamanho pela respectiva unidade de corte 25, 40 de acordo com a extensão circunferencial de uma superfície radialmente externa 3a em relação a dito tambor de conformação 3 e alimentada sobre a superfície de transporte até a respectiva extremidade final inferior 21 e extremidade final superior 36. A unidade de controle “CU” comanda o dispositivo de manipulação 7 de modo que este último se aproxima do tambor de conformação 3 levado pela unidade de preensão 8 até a superfície de transporte na extremidade final inferior 21 e na extremidade final superior 36 para cima até que a superfície radialmente externa 3a em relação ao tambor de conformação 3 entra em contato com o respectivo produto semiacabado 24, 39 apoiado contra a respectiva extremidade final inferior 21, ou extremidade final superior 36. Pela unidade de preensão 8, o tambor de conformação 3 é feito girar em torno seu próprio eixo geométrico de simetria “x-x” enquanto que o produto semiacabado 24, 39 é avançado sobre a respectiva segunda correia transportadora 19, 35 a fim de enrolá-lo sobre dita superfície radialmente externa 3a.
[00121] O tambor de conformação 3 é aproximado de cima para baixo das extremidades finais inferiores 21, que pertencem aos transportadores inferiores 17, e das extremidades finais superiores 36, que pertencem aos transportadores superiores 32. A parte o movimento da segunda correia transportadora 19, 35, que é necessário a fim de seguir o enrolamento do produto semiacabado sobre o tambor de conformação 3, a extremidade final inferior 21 e a extremidade final superior 36 respectivamente do transportador inferior 17 e do transportador superior 32 são fixadas e é o tambor de conformação 3 que é movido entre elas por meios do dispositivo de manipulação 7. Em particular, a unidade de preensão 8 e, com ela, o tambor de conformação 3 pode sofrer translação ao longo de um primeiro eixo geométrico horizontal “X” que corresponde à primeira direção “X” identificada pelas guias horizontais 11, ao longo de um segundo eixo geométrico horizontal Y” que corresponde à segunda direção Y” identificada pelo braço horizontal 12 e ao longo de um eixo geométrico vertical “Z” que corresponde à terceira direção “Z” identificada pelo braço vertical 14.
[00122] A título de exemplo e com referência à figura 4, o tambor de conformação 3 é primeiro aproximado da extremidade final inferior 21 da estação de dispensação 4 da esquerda (mostrada em linhas pontilhadas), onde ele recebe um primeiro produto semiacabado 24 (que define por exemplo o forro 112, 112’), então ele é levado para cima e aproximado da extremidade final superior 36 da mesma estação de dispensação da esquerda 4 (mostrada em linhas contínuas), onde ele recebe segundo produto semiacabado 39 (por exemplo uma lona de carcaça 101, 101’), então ele é levado para a direita e para baixo e aproximado da extremidade final inferior 21 da estação de dispensação da direita 4, onde ele recebe um terceiro produto semiacabado (por exemplo uma segunda lona de carcaça 101, 101’). O transportador superior 32 da estação de dispensação da direita 4 neste exemplo permanece não usado.
[00123] De acordo com uma modalidade preferida do processo e graças os movimentos explicados acima, o tambor de conformação 3 é aproximado e/ou afastado da extremidade final inferior 21 e da extremidade final superior 36, ao longo de uma direção perpendicular às superfícies de transporte, por combinando a translação ao longo do eixo geométrico vertical “Z” com a translação ao longo do segundo eixo geométrico horizontal Y”.
[00124] Além do mais, em uma modalidade do processo e graças aos movimentos explicados acima, a superfície radialmente externa acima mencionada 3a em relação ao tambor de conformação 3 é aproximada de uma cabeça do produto semiacabado 24, 39 que se situa sobre a respectiva extremidade final inferior 21 ou extremidade final superior 36 em uma zona predefinida de dita extremidade final inferior 21 ou extremidade final superior 36, que sempre permanece a mesma seja qual for o diâmetro do tambor de conformação 3. A cabeça do produto semiacabado 24, 39 é, portanto preferivelmente sempre detida no mesmo ponto a fim de ser acoplada ao tambor de conformação 3.
[00125] Depois de ter terminado o enrolamento dos produtos semiacabados 24, 39 nas estações de dispensação 4 e a formação de uma luva de carcaça, o tambor de conformação 3 é levado pela unidade de preensão 8 ao equipamento 47 para montagem das estruturas de ancoragem anulares 102, 102’ onde ocorre a localização de ditas estruturas de ancoragem anulares 102, 102’ sobre abas axialmente opostas mutuamente da luva e também o reviramento das abas de extremidade das lonas de carcaça 101, 101’.
[00126] O tambor de conformação 3 sustentando a luva de carcaça completa é então levado para a estação de montagem 6.
[00127] Se, durante um ciclo de produção ou entre um ciclo e o próximo é necessário descartar um produto semiacabado 24, 39 (por exemplo porque ele é defeituoso) que se situa respectivamente sobre o transportador inferior 17 ou sobre o transportador superior 32, faz-se com que a segunda correia transportadora 19, 35 avance enquanto o tambor de conformação 3 é mantido distanciado da extremidade final inferior 21, ou da extremidade final superior 36, de modo a fazer o produto semiacabado defeituoso 24, 39 cair sobre o primeiro transportador auxiliar 26, ou sobre o segundo transportador auxiliar 41 respectivamente, que por sua vez o leva e o faz cair dentro do respectivo recipiente 31, 46.

Claims (15)

1. Processo para construir pneus para rodas de veículos, caracterizadopelo fato de que compreende: formar componentes de um pneu (100, 100’) sobre um tambor de conformação (3), em que ditos componentes são formados por:- captar um tambor de conformação (3) por meio de uma unidade de preensão (8);- mover a unidade de preensão (8) no espaço em três dimensões (X, Y, Z) a fim de levá-la para extremidades finais (21, 36) de pelo menos dois transportadores (17, 32) que pertencem a pelo menos duas estações (4) para dispensar produtos semiacabados (24, 39), em que pelo menos duas de ditas extremidades finais (21, 36) são sobrepostas uma sobre a outra;- alimentar ditos produtos semiacabados (24, 39) sobre respectivas superfícies de transporte superiores de ditos transportadores (17, 32) até ditas extremidades finais (21, 36);- aproximar o tambor de conformação (3) que é carregado pela unidade de preensão (8) de pelo menos algumas das superfícies de transporte até que uma superfície radialmente externa (3a) em relação ao tambor de conformação (3) é colocada em contato com o produto semiacabado (24, 39) que é apoiado contra a respectiva extremidade final (21, 36);- girar o tambor de conformação (3) em torno de um eixo geométrico de simetria (x-x) do mesmo a fim de enrolar o produto semiacabado (24, 39) sobre dita superfície radialmente externa (3a).
2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a unidade de preensão (8) é movida por meio de dispositivos de movimentação (11, 12, 13, 14) que são elevados em relação à dita pelo menos duas estações de dispensação (4), em que a unidade de preensão (8) é suspensa a partir de ditos dispositivos de movimentação (11, 12, 13, 14).
3. Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a unidade de preensão (8) é movida em um espaço de manobra delimitado por uma armação perimetral (9) que suporta ditos dispositivos de movimentação (11, 12, 13, 14).
4. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o tambor de conformação (3) é movido por translação do mesmo ao longo de um primeiro eixo geométrico horizontal (X) e/ou um segundo eixo geométrico horizontal (Y) ortogonal ao primeiro eixo geométrico horizontal (X) e/ou um eixo geométrico vertical (Z).
5. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o tambor de conformação (3) é aproximado de uma extremidade final inferior (21) que se projeta para um dispositivo de manipulação (7) mais do que uma extremidade final superior (36) o faz.
6. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que o tambor de conformação (3) é aproximado das superfícies de transporte, de cima para baixo.
7. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a superfície radialmente externa (3 a) em relação ao tambor de conformação (3) é colocada em contato com o produto semiacabado (24, 39) que é apoiado contra a respectiva extremidade final (21, 36) em uma zona de dita extremidade final (21, 36) que não varia com a variação do diâmetro do tambor de conformação (3).
8. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que compreende coletar e afastar qualquer material de rejeito por meio de um transportador auxiliar (26, 41) que é colocado abaixo da respectiva superfície de transporte de cada transportador (17, 32), em que coletar e afastar compreende mover o transportador auxiliar (26, 41) em uma direção de transporte (T1, T2) que é oposta ao sentido de alimentação (F1, F2) do respectivo transportador (17, 32).
9. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que compreende: mover a unidade de preensão (8) em um espaço de manobra a fim de levar o tambor de conformação (3) ao equipamento (47) para localizar estruturas de ancoragem anulares (102, 102’).
10. Aparelho para construir pneus para rodas de veículos, caracterizado pelo fato de que o aparelho é configurado para realizar o processo como definido na reivindicação 1, e em que o aparelho compreende:- pelo menos um tambor de conformação (3);- um dispositivo de manipulação (7) tendo pelo menos uma unidade de preensão (8) que é configurada para suportar dito tambor de conformação (3) e para fazê-lo girar em torno de um eixo geométrico longitudinal de simetria (x-x) do mesmo;- pelo menos duas estações de dispensação (4) para dispensar produtos semiacabados (24, 39) cada uma compreendendo pelo menos dois transportadores (17, 32) que têm superfícies de transporte para os respectivos produtos semiacabados (24, 39) que podem se mover ao longo de respectivas direções de alimentação, em que extremidades finais (21, 36) de ditos transportadores (17, 32) são dirigidos para o dispositivo de manipulação (7);- uma unidade de controle (CU) que é operativamente conectada a pelo menos dito dispositivo de manipulação (7) e é configurada para:- levar a unidade de preensão (8) a acima de cada uma das ditas extremidades finais (21, 36) e apoiar o tambor de conformação (3) contra o respectivo produto semiacabado (24, 39) suportado pela respectiva superfície de transporte;- girar o tambor de conformação (3) a fim de enrolar dito produto semiacabado (24, 39) sobre uma superfície radialmente externa (3a) em relação a dito tambor de conformação (3);- em que o dispositivo de manipulação (7) é configurado para mover a unidade de preensão (8) no espaço em três dimensões (X, Y, Z); - em que ditos pelo menos dois transportadores (17, 32) são sobrepostos um sobre o outro e as respectivas extremidades finais (21, 36) são situadas a diferentes alturas.
11. Aparelho de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que as extremidades finais (21, 36) dos transportadores sobrepostos (17, 32) de uma mesma estação de dispensação (4) são verticalmente deslocadas.
12. Aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 11, caracterizado pelo fato de que cada estação de dispensação (4) compreende um dispositivo para dispensar pelo menos um produto semiacabado (24, 39) para cada transportador (17, 32) e em que pelo menos um dos dispositivos de dispensação é alojado de modo removível na armação de suporte (16).
13. Aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 12, caracterizado pelo fato de que cada transportador (17, 32) é combinado com um transportador auxiliar (26, 41) que é colocado abaixo da respectiva superfície de transporte e é configurado para coletar e afastar material de rejeito.
14. Aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 13, caracterizado pelo fato de que a unidade de preensão (8) pode sofrer translação ao longo de um primeiro eixo geométrico horizontal (X), um segundo eixo geométrico horizontal (Y) ortogonal ao primeiro (X), e um eixo geométrico vertical (Z).
15. Aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 14, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de manipulação (7) compreende dispositivos de movimentação (11, 12, 13, 14) que são elevados em relação às ditas pelo menos duas estações de dispensação (4) e que carregam a unidade de preensão (8), e a unidade de preensão (8) é suspensa a partir de ditos dispositivos de movimentação (11, 12, 13, 14).
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