BR112016030836B1

BR112016030836B1 - Dispositivo e método de colocação de uma manga de junção tubular no interior da extremidade de um elemento de conduto de aço e método de realização de um conduto

Info

Publication number: BR112016030836B1
Application number: BR112016030836-0A
Authority: BR
Inventors: François-Régis Pionetti; François LIROLA
Original assignee: Saipem S.A.
Priority date: 2014-07-02
Filing date: 2015-06-29
Publication date: 2021-08-24
Also published as: FR3023348A1; BR112016030836A2; EP3164258B1; US10486367B2; EP3164258A1; FR3023348B1; WO2016001546A1; US20170210059A1

Abstract

dispositivo e método de colocação de uma manga de junção tubular no interior da extremidade de um elemento de conduto de aço e método de realização de um conduto [001) a presente invenção refere-se ao campo dos condutos constituídos por montagem de elementos unitários de conduto de aço, compreendendo um revestimento interno de matéria plástica protegendo as paredes de aço da referida conduto contra a corrosão. [002]a presente invenção refere-se, mais particularmente, a um dispositivo e a um método de colocação de uma manga de junção tubular de matéria plástica para a montagem de um conduto a partir de denominados elementos unitários de conduto e implementação de uma eletrofusão, sendo a referida manga aplicada e solidária ao referido revestimento por eletrofusão por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica na junção entre as extremidades adjacentes de dois elementos unitários de conduto, tal com o descrito, em particular, no documento wo 2012017171. [003] a presente invenção refere-se, mais particularmente, a condutos transportando fluidos corrosivos, em particular, condutos submarinos transportando água do mar sob pressão de stinada a ser injetada nos poços de campos petrolíferos e, ainda mais particularmente, condutos de ligação assentes no fundo do mar ou condutos de ligação fundo/superfície. [004] a presente invenção refere-se, ainda mais particularmente, à conexão de dois elementos unitários de conduto com revestimento interno e, ainda mais particularmente, a elementos com um comprimento de 24 m ou 48 m instalados em campos petrolíferos em alto mar, de 2000 a 3000 m ou mesmo mais, a partir de um navio de instalação equipado com torres em j. [005] de uma forma conhecida, as extremidades dos referidos

Description

[001] A presente invenção refere-se ao campo dos condutosconstituídos por montagem de elementos unitários de conduto de aço, compreendendo um revestimento interno de matéria plástica protegendo as paredes de aço da referida conduto contra a corrosão.

[002] A presente invenção refere-se, mais particularmente, a umdispositivo e a um método de colocação de uma manga de junção tubular de matéria plástica para a montagem de um conduto a partir de denominados elementos unitários de conduto e implementação de uma eletrofusão, sendo a referida manga aplicada e solidária ao referido revestimento por eletrofusão por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica na junção entre as extremidades adjacentes de dois elementos unitários de conduto, tal como descrito, em particular, no documento WO 2012017171.

[003] A presente invenção refere-se, mais particularmente, acondutos transportando fluidos corrosivos, em particular, condutos submarinos transportando água do mar sob pressão destinada a ser injetada nos poços de campos petrolíferos e, ainda mais particularmente, condutos de ligação assentes no fundo do mar ou condutos de ligação fundo/superfície.

[004] A presente invenção refere-se, ainda mais particularmente,à conexão de dois elementos unitários de conduto com revestimento interno e, ainda mais particularmente, a elementos com um comprimento de 24 m ou 48 m instalados em campos petrolíferos em alto mar, de 2000 a 3000 m ou mesmo mais, a partir de um navio de instalação equipado com torres em J.

[005] De uma forma conhecida, as extremidades dos referidoselementos de condutos são montadas topo a topo por soldadura e o revestimento interno no interior dos referidos elementos de conduto para a uma distância significativa, por exemplo, 100 a 300 mm, da extremidade dos referidos elementos de conduto, de modo a que o aquecimento da parede de aço durante a soldadura das suas extremidades não danifique o referido revestimento. O problema que surge, então, é o de assegurar a proteção contra a corrosão da zona não revestida compreendida entre a extremidade do revestimento do elemento N de conduto e a extremidade do revestimento do elemento N+1 de conduto seguinte.

[006] Conhece-se o documento WO 2006/042925 da Requerenteque descreve uma tal montagem de condutos revestidas com um revestimento interno. O referido método de revestimento interno é denominado "Swagelining".

[007] O termo "revestimento" ou "revestimento interno" utilizado aseguir refere-se a um revestimento também conhecido na técnica com o nome "liner".

[008] No documento WO 2012/017171, a Requerente descreveuum modo melhorado de montagem de dois elementos de conduto de aço revestidos com um revestimento interno, utilizando uma manga de junção tubular, que é, ao mesmo tempo, mais fiável mecanicamente em termos de estanqueidade e é simples e económica em termos de fabricação, particularmente no caso de uma montagem no local, a partir de um navio no mar, de elementos de conduto de comprimento reduzido adaptados para instalação a partir de um navio no mar.

[009] Para isso, a manga de junção tubular é interposta entre 2elementos de conduto de aço com revestimento interno de material termoplástico montados topo a topo, sendo as extremidades dos dois elementos de conduto soldadas umas às outras. A referida manga de junção tubular fabricada em material termoplástico, de um modo preferido, idêntico ao do referido revestimento é inserida no interior do conduto, ao nível das extremidades adjacentes de dois elementos de conduto, de modo a que as partes terminais nas extremidades da referida manga fiquem, pelo menos em parte, em contato estanque, respectivamente, com partes terminais nas extremidades dos referidos revestimentos internos de dois elementos de conduto. A referida manga de junção tubular possui, em cada uma das referidas partes terminais dos referidos revestimentos, na referida zona de contato estanque com as partes terminais dos referidos revestimentos, um fio de aquecimento por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica, disposto, de um modo preferido, em espiral na superfície externa de cada referida parte terminal nas extremidades da referida manga. A referida zona de contato estanque é uma zona de soldadura por fusão entre si dos materiais constituintes de cada referida parte terminal da manga e, respectivamente, de cada referida parte terminal do referido revestimento em contato uma com a outra e percorridas pelo referido fio de aquecimento.

[0010] Esta estanqueidade do contato manga/revestimento éimportante para evitar qualquer contato entre a água do mar e a zona de soldadura em frente da referida manga tubular. Um tal contato direto poderia, de facto, dar origem, em caso de penetração de água entre a manga e o conduto quando o conduto é um conduto de injeção de água, a fenômenos eletroquímicos de corrosão do conduto de aço e da soldadura, à medida que a referida ligação mecânica entre a manga e o revestimento não é necessariamente estanque.

[0011] Deve compreender-se que a referida zona de fusão é obtidapelo fornecimento de energia elétrica ao referido fio de aquecimento por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica criando um aquecimento da referida zona na interface das referidas superfícies de contato das partes terminais da manga e do revestimento. A referida zona de soldadura por fusão (daqui em diante abreviada para "zona de fusão") é obtida, neste caso, pelo método conhecido denominado "eletrofusão", que permite realizar uma zona de contato estanque particularmente fiável e resistente.

[0012] O referido fio de aquecimento é aplicado sobre umasuperfície externa de uma parte terminal da manga, unindo-se uma extremidade do fio de aquecimento à superfície interna da referida manga ao nível de um conector elétrico, o que permite realizar mais facilmente a alimentação elétrica do fio de aquecimento a partir do interior do conduto durante a montagem do conduto, como explicado abaixo.

[0013] A referida manga pode ser pré-fabricada com um referido fiode aquecimento já aplicado à sua superfície, o que é mais fácil de realizar que a aplicação in situ no interior dos referidos elementos de conduto de um fio de aquecimento aplicado à superfície dos referidos revestimentos internos do elemento de conduto in situ no interior do conduto antes da inserção da referida manga no interior do referido elemento de conduto.

[0014] Em uma outra forma de realização, o fio de aquecimento nãoé aplicado em espiral, isto é, não se realiza uma pluralidade de espiras dispostas sucessivamente na direção do seu eixo de revolução para percorrer a referida zona de fusão, mas o referido fio executa, pelo menos, uma volta em torno do referido eixo de revolução da zona de fusão fazendo uma pluralidade de idas e voltas entre as duas extremidades da referida zona de fusão na referida direção axial de revolução da referida zona de fusão.

[0015] Um método de realização de um conduto com uma tal mangade junção compreende a montagem de elementos de conduto compreendendo um referido revestimento com uma parte terminal de espessura reduzida em cada extremidade, e uma referida manga de junção tubular inserida apenas em uma extremidade de cada referido elemento de conduto e sobressaindo da mesma, definindo a projeção da referida manga uma extremidade macho de cada referido elemento de conduto apta a ser montada em uma extremidade desprovida da referida manga definindo uma extremidade fêmea de outro referido elemento de conduto. Para essa montagem, são executadas as seguintes etapas, nas quais:1) se introduz e se insere à força a referida extremidade fêmea desprovida de manga de junção tubular de um elemento de conduto em torno da extremidade macho compreendendo uma manga de junção tubular fixa sobressaindo do outro elemento de conduto, na direção longitudinal (XX'), axialmente, até que a referida parte terminal da manga da referida extremidade macho do referido elemento de conduto entre em contato com a referida parte terminal do revestimento da referida extremidade fêmea do referido elemento de conduto a montar, sendo um dos dois elementos de conduto um elemento terminal de um conduto durante a montagem e, depois2) fornece-se eletricidade ao referido fio de aquecimento da referida parte terminal da manga, de um modo preferido, ao pressionar, simultaneamente, a referida parte terminal de manga de encontro à referida parte terminal de revestimento em contato uma com a outra para realizar uma denominada zona de soldadura por eletrofusão em uma parte, pelo menos, de interface das superfícies de cada referida parte terminal da manga e cada referida parte terminal do revestimento em contato uma com a outra e percorridas pela dupla espiral de fio de aquecimento à superfície da manga, para realizar uma referida zona de contato estanque por fusão, e3) realiza-se a soldadura periférica externa das extremidades de dois elementos de conduto ponta a ponta.

[0016] No documento WO 2012/017171, a referida pressão éexercida de encontro à superfície interna da manga, na sua referida parte terminal, através da introdução, no interior da manga, de um dispositivo compreendendo uma célula inflável, inicialmente, pelo menos parcialmente, esvaziada, compreendendo ou cooperando a referida célula, na sua superfície, com um conector elétrico de alimentação elétrica que está posicionado de modo a que o referido conector elétrico da célula possa cooperar com o conector elétrico na superfície interna da manga, incluindo os terminais do fio de aquecimento, quando a referida célula é inflada, e, em seguida, a referida célula é inflada.

[0017] Mais especificamente, no documento WO2012/017171, comreferência às figuras 9A-9E, utiliza-se um mandril 20 expansível que permite realizar a eletrofusão da união entre a manga 3 tubular e o revestimento 2 interno ao nível da superfície 2a de revolução. O mandril 20 compreende um núcleo 21 rígido em forma de aro, uma membrana expansível na forma de uma câmara 22 de ar que pode ser inflada por meio de um cabo 23 umbilical abastecido com ar comprimido, em que o referido cabo umbilical também conduz a corrente elétrica até um conector 20a de alimentação. Assim, introduz-se o mandril 20 no interior da manga 3 de junção tubular de modo a posicionar o conector 20a em frente do conector 7 complementar da referida manga de junção tubular. Em seguida, o mandril é inflado e injeta-se a corrente elétrica que derrete toda a zona coberta pelo fio de aquecimento. A expansão do mandril assegura uma compacidade no plano de fusão e a ausência de bolhas de ar, sendo estas últimas prejudiciais para uma boa estanqueidade na superfície de fusão.

[0018] Por outro lado, o referido mandril não permite realizar ainserção e a colocação da referida manga de junção antes da soldadura por eletrofusão, à medida que as operações de colocação da manga são difíceis de realizar. Por último, afigura-se necessário controlar a qualidade da soldadura realizada por eletrofusão.

[0019] O objetivo da presente invenção é superar estes problemase desvantagens, e, de um modo mais geral, melhorar o dispositivo e método de colocação de uma tal manga de junção tubular de matéria plástica para se obter uma montagem estanque de um conduto compreendendo um revestimento interno, sendo a referida manga aplicada e solidária ao referido revestimento por eletrofusão por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica.

[0020] Para isso, a presente invenção proporciona um dispositivoútil para a colocação de uma manga de junção tubular no interior da extremidade de um primeiro elemento de conduto de aço com revestimento interno de material termoplástico e útil para a montagem topo a topo da extremidade desse primeiro elemento de conduto equipado com uma referida manga na extremidade desprovida da referida manga de um segundo elemento de conduto com revestimento interno de material termoplástico, sendo as referidas extremidades adjacentes dos dois elementos de conduto concebidas para serem soldadas uma à outra, tendo a referida manga, em cada extremidade, uma parte terminal de parede tubular, de um modo preferido, de espessura reduzida em relação à espessura da secção principal adjacente da parede tubular da referida manga, tendo a referida manga em, pelo menos, uma, de um modo preferido em cada uma das referidas partes terminais da manga, um fio de aquecimento por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica disposto, de um modo preferido, em espiral, sobre a superfície externa da referida parte terminal da referida manga apto a criar, por aquecimento, uma zona de contato estanque por fusão de materiais constituintes de uma parte, pelo menos, da referida parte terminal da manga e, respectivamente, uma parte terminal do referido revestimento em contato uma com a outra, e percorridas pelo referido fio de aquecimento, compreendendo o referido dispositivo de colocação da manga um mandril de eixo (XX') longitudinal suportando, na superfície, pelo menos, uma primeira câmara inflável compreendendo uma parede periférica expansível radialmente por inflação, compreendendo a referida primeira parede, pelo menos, um primeiro conector elétrico apto a ser conectado a uma extremidade de um referido fio de aquecimento, e suportando o referido mandril, igualmente, um cabo umbilical compreendendo, pelo menos, um conduto de fornecimento de ar comprimido para inflar a referida primeira câmara inflável e um conduto de alimentação elétrica ligada ao referido primeiro conector elétrico.

[0021] De acordo com a invenção, o referido mandril suporta, ainda,na superfície externa, uma segunda câmara inflável compreendendo uma parede periférica radialmente expansível por inflação, afastada da referida primeira câmara inflável na referida direção longitudinal e o referido mandril suporta, ainda, um dispositivo de controle de soldadura, atravessando o referido cabo umbilical o interior do referido mandril e compreendendo condutos de fornecimento de eletricidade e, de um modo preferido, também de água, aos referidos meios de controle de soldadura.

[0022] De um modo preferido, o referido dispositivo de controle desoldadura está disposto na direção longitudinal do mandril, a montante ou a jusante das duas referidas primeira e segunda câmaras, de um modo preferido, do outro lado da referida primeira câmara e não da referida segunda câmara. Por outras palavras, a referida primeira câmara está disposta entre o referido dispositivo de controle de soldadura e a referida segunda câmara.

[0023] Os métodos de colocação e implementação da manga como dispositivo de acordo com a presente invenção são facilitados à medida que a referida segunda câmara permite: - facilitar o guiamento e permitir o movimento longitudinal mais facilitado do dispositivo de acordo com a invenção no interior de um conduto e/ou de uma manga, à medida que as duas referidas primeira e segunda câmaras são parcialmente infladas até atingirem um diâmetro ligeiramente inferior ao do conduto ou, respectivamente, da manga, ficando as duas câmaras afastadas na direção longitudinal, de modo a ficarem encostadas à parede do conduto e da manga e, assim, manter o mandril na direção axial do conduto da ou manga, apesar do contrapeso que o dispositivo de controle de soldadura representa, e- fixar o dispositivo de acordo com a invenção no interior da referida manga e, assim, estabilizar o mandril em relação à referida manga para ajustar a sua posição antes de realizar a referida eletrofusão, por inflação máxima da referida segunda câmara inflável, sendo esta, assim, pressionada contra e fixa à parede interna da manga, apesar do contrapeso que os referidos meios de controle de soldadura representam, consistindo o ajuste da posição em posicionar previamente a referida primeira câmara oposta à referida parte terminal de uma manga a soldar e a ligação do seu conector elétrica após a inflação da primeira câmara, e- estabilizar o dispositivo de acordo com a invenção em relação à referida manga por inflação máxima das duas referidas primeira e segunda câmaras, assim pressionadas contra e solidárias com a parede interna da manga, durante a realização da referida eletrofusão, e, posteriormente, durante a implementação dos referidos meios de controle de soldadura.

[0024] De um modo preferido, as duas referidas primeira e segundacâmaras insufláveis estendem-se ao longo de um comprimento l1 e, respectivamente, l2, e estão afastadas entre si por uma distância d na direção longitudinal do mandril, de modo que, quando uma referida primeira câmara inflável se encontra em expansão radial de pressão contra a parte terminal da manga, em particular, quando esta está disposta contra a parte terminal do revestimento interno do conduto para a realização da eletrofusão, a segunda câmara inflável fique em frente e possa ser pressionada de encontro a uma parte da parede interna tubular da referida manga.

[0025] Deve compreender-se que a posição do dispositivo decontrole de soldadura fica, então, no exterior da manga. E, quando os referidos meios de controle estão dispostos em frente de uma parte terminal de eletrofusão, pelo menos, a primeira câmara inflável, de um modo preferido, as duas primeira e segunda câmaras insufláveis em expansão radial podem ser pressionadas de encontro à parede interna da manga.

[0026] De um modo preferido, o referido dispositivo de controle desoldadura compreende:- pelo menos, uma sonda de ultrassons, e- pelo menos, um bico de injeção de água, cujo fornecimento de água é realizado por um conduto que atravessa o referido cabo umbilical, e- de um modo preferido, meios de inspeção visual, de um modo preferido, uma câmara.

[0027] A câmara permite posicionar o dispositivo relativamente àsoldadura e a colocar de forma correta o módulo de controle de soldadura por ultrassons na vertical da soldadura a controlar e, em seguida, inspecionar a soldadura.

[0028] Mais particularmente, a referida sonda de ultrassons e/ou oreferido bico de injeção de água estão aptos a serem rodados relativamente às partes de extremidade da referida manga depois da eletrofusão, segundo um eixo de rotação disposto no eixo longitudinal do referido mandril. Deve compreender-se que são montados no referido mandril de modo motorizado para isso.

[0029] Conhecem-se dispositivos de controle de soldadura porsonda de ultrassons. Estes dispositivos são constituídos por um emissor piezelétrico de cerâmica que emite uma onda acústica ultrassonora por um curto período de tempo, que é transmitida para a massa de aço e de metal do conduto e da soldadura, e é refletida na superfície oposta do conduto. Em geral, o referido emissor também atua como um sensor, correspondendo o sinal à onda recebida transmitida por meios de processamento eletrônico para um computador. No âmbito do controle de uma soldadura de plástico, a onda propaga-se e reflete-se em qualquer obstáculo ou defeito encontrado. Os obstáculos incluem: os cabos necessários para o fornecimento de energia para a eletrofusão, a interface plástico/plástico na ausência de soldadura e a interface plástico/aço. Quanto maior for o eco da interface entre o plástico e o aço melhor é a qualidade da soldadura.

[0030] Também se conhecem sondas de ultrassonscompreendendo uma série de emissores-receptores e que são denominadas sondas multifeixe ou "phased array". A estrutura de funcionamento é descrita no documento EP 1899721, em particular, em que, de modo a melhorar o controle da soldadura, os diferentes emissores podem emitir ondas em diferentes direções, o que permite estender a zona geográfica de inspeção.

[0031] Estes dispositivos são, geralmente, implementadosmanualmente por um operador e são movimentados de encontro à e na proximidade da soldadura, por um lado, axialmente em translação, da frente para trás na zona de soldadura e, por outro lado, ao longo de toda a circunferência da periferia do conduto na referida zona de soldadura, tal como no documento WO 01/71338.

[0032] Procedendo a partir do interior do conduto, um operador temgrandes dificuldades em posicionar manualmente, com precisão, a sonda de ultrassons, não só devido à distância entre a zona de soldadura a inspecionar e a extremidade do conduto, mas também devido à dificuldade em visualizar adequadamente a posição exata da soldadura a controlar, o que, então, faz com que seja muito difícil detectar defeitos críticos na soldadura. Este problema é ainda mais acentuado quando o diâmetro do conduto interna é mais pequeno. Além disso, quando o operador detecta um defeito, não conhece, com uma extrema precisão, o posicionamento exato do referido defeito, até porque trabalha manualmente. No documento EP 1899721 é implementada uma plataforma móvel motorizada independente que é movimentada no interior do conduto.

[0033] De um modo preferido, o referido mandril suporta, ainda,meios de obturação reversível da passagem entre o mandril e a parede interna da manga ou do conduto, sendo os referidos meios de obturação dispostos na referida direção longitudinal do mandril, de modo a que os referidos meios de controle de soldadura fiquem dispostos entre os referidos meios de obturação e, pelo menos, uma referida primeira ou segunda câmara.

[0034] Deve compreender-se que os referidos meios de obturaçãoreversível podem, assim, fechar a passagem entre o mandril e a parede interna da manga quando a parte do mandril suportando os referidos meios de obturação está posicionada no interior da referida manga; ou seja, fechar a passagem entre o mandril e o conduto quando a parte do mandril suportando os referidos meios de obturação está posicionada no interior do conduto. Estes meios de obturação são denominados reversíveis à medida que podem ser acionados para fechar a passagem, como acima descrito, e acionados inversamente para reabrir a referida passagem e permitir o movimento longitudinal do dispositivo de acordo com a invenção.

[0035] Mais particularmente, os referidos meios de obturaçãoreversível são constituídos por uma terceira câmara inflável compreendendo uma parede periférica radialmente expansível por inflação.

[0036] Ainda mais particularmente, a referida parede expansível dareferida segunda câmara inflável compreende, pelo menos, um conector elétrico apto a ser ligado à extremidade de um referido fio de aquecimento.

[0037] Deve compreender-se que:- as referidas primeira e segunda câmaras insufláveis são dispostas de modo anelar ou tórico em torno do mandril cilíndrico ou de um núcleo rígido formando um aro em torno do mandril, e- os referidos conectores elétricos estão ligados ou aptos a serem ligados a um conduto de alimentação elétrica contida no referido cabo umbilical e atravessando a ou as referidas primeira e segunda câmaras insufláveis que o contêm, e as referidas câmaras insufláveis também estão ligadas a condutos de abastecimento de ar comprimido contidas no referido cabo umbilical.

[0038] Em uma forma de realização particular, as referidas câmarasinsufláveis são formadas por um invólucro flexível ou semirrígido tubular com uma secção transversal circular disposta em torno do referido mandril cilíndrico e ao longo do mesmo eixo XX' longitudinal do referido mandril, unindo-se os bordos circulares em cada extremidade longitudinal de cada referido invólucro à parede externa do referido mandril, de modo a que, sob o efeito da inflação da referida câmara, o referido invólucro assuma uma forma curva convexa, em corte longitudinal axial, formando a parede radialmente expandida da referida câmara.

[0039] A presente invenção também proporciona um método decolocação de uma manga de junção tubular em uma extremidade de um elemento unitário de conduto com revestimento interno de material termoplástico para a fixação de uma referida manga em uma parte terminal de um referido revestimento, tendo a referida manga, em cada extremidade, uma parte terminal de parede tubular, de um modo preferido, de espessura reduzida em relação à espessura da secção principal adjacente da parede tubular da referida manga, tendo a referida manga em, pelo menos, uma, de um modo preferido em cada uma, das referidas partes terminais da manga, um fio de aquecimento por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica disposto, de um modo preferido, em espiral, sobre a superfície externa da referida parte terminal da referida manga, e em que se cria, por aquecimento, uma zona de contato estanque por fusão entre os materiais constituintes de uma parte, pelo menos, da referida parte terminal da manga e, respectivamente, uma parte terminal do referido revestimento em contato entre si, e percorridas pelo referido fio de aquecimento, utilizando um dispositivo de colocação de uma manga de acordo com a invenção.

[0040] Mais particularmente, são executados as seguintes etapas,de um modo preferido, no convés de um navio de instalação ou em terra firme:1.1) posiciona-se o referido dispositivo de colocação de uma manga no interior da referida manga de modo a que, pelo menos, uma referida primeira câmara inflável fique em frente de uma primeira parte terminal da manga com o seu primeiro conector em frente de uma extremidade do referido fio de aquecimento, ficando a outra das referidas primeira e segunda câmaras insufláveis em frente da parede interna da secção principal da manga e infla-se, pelo menos, a referida segunda câmara inflável, de modo a fixar o dispositivo de colocação de manga na referida manga ao pressionar a parede expansível da referida segunda câmara de encontro à parede interna da referida manga tubular, e1.2) movimenta-se o conjunto assim formado da manga e do referido dispositivo de colocação de manga na direção (XX') longitudinal, axialmente, que é inserido no interior de uma extremidade aberta desprovida de manga de um elemento de conduto, até que a referida primeira parte terminal da manga se encontre em contato com a referida parte terminal do revestimento da referida extremidade do referido elemento de conduto, e1.3) infla-se a referida primeira câmara inflável para a pressionar de encontro à parede interna da referida primeira parte terminal de manga, de modo a que o referido primeiro conector elétrico seja ligado, de um modo preferido, por meio de um conector elétrico complementar, a uma extremidade de um referido fio de aquecimento, e1.4) fornece-se eletricidade ao referido fio de aquecimento ao exercer, ao mesmo tempo, uma pressão da referida parte terminal de manga de encontro à referida parte terminal de revestimento em contato uma com a outra por inflação da referida primeira câmara inflável para obter uma referida zona de soldadura por eletrofusão de materiais constituintes de uma parte, pelo menos, da referida parte terminal da manga e, respectivamente, uma parte terminal do referido revestimento em contato entre si e percorridas pelo referido fio de aquecimento, e1.5) esvaziam-se as referidas primeira e segunda câmaras insufláveis e movimenta-se, em translação, o referido dispositivo de colocação de manga de modo a que o referido dispositivo de controle de soldadura fique disposto em frente da referida parte terminal de manga correspondendo à referida zona de soldadura por eletrofusão, e1.6) infla-se, de novo, as duas primeira e segunda câmaras insufláveis que são pressionadas e fixas de encontro à parede interna da manga e aciona-se o referido dispositivo de controle de soldadura para controlar a referida soldadura, de um modo preferido, ao injetar água na referida parte terminal da manga, e 1.7) esvaziam-se as referidas primeira e segunda câmaras e movimenta-se, em translação, o referido dispositivo de colocação de manga para o retirar.

[0041] Deve compreender-se que o referido elemento de condutoobtido fica com uma parte de manga do lado da segunda parte terminal livre no exterior do elemento de conduto correspondendo à referida extremidade macho da etapa a) do método de realização de conduto abaixo.

[0042] Na etapa i.6), a água permite garantir uma melhortransmissão de ondas ultrassónicas para o plástico a inspecionar.

[0043] A presente invenção também proporciona um método derealização de um conduto utilizando um dispositivo de colocação de manga de acordo com a invenção, em que se realiza a montagem de elementos unitários de conduto compreendendo um referido revestimento, de um modo preferido, com uma parte terminal de espessura reduzida em cada extremidade, e uma referida manga de junção tubular inserida e fixa a apenas uma extremidade de cada referido elemento de conduto e sobressaindo desta última, definindo a projeção da referida manga uma extremidade macho de cada referido elemento de conduto apta a ser montada em uma extremidade desprovida da referida manga definindo uma extremidade fêmea de outro referido elemento de conduto, tendo a referida manga, em cada extremidade, uma parte terminal de parede tubular, de um modo preferido, de espessura reduzida em relação à espessura da secção principal adjacente da parede tubular da referida manga, tendo a referida manga em, pelo menos, uma, de um modo preferido, cada uma das referidas partes terminais da manga, um fio de aquecimento por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica disposto, de um modo preferido, em espiral sobre a superfície externa da referida parte terminal da referida manga apto a criar, por aquecimento, uma zona de contato estanque por fusão entre si de materiais constituintes de uma parte, pelo menos, da referida parte terminal da manga e, respectivamente, uma parte terminal do referido revestimento em contato entre si e percorridas pelo referido fio de aquecimento, através da realização das seguintes etapas, nas quais:a) introduz-se um dispositivo de colocação de manga no interior de um referido elemento unitário de conduto de modo a que a referida primeira câmara inflável fique disposta com o seu primeiro conector elétrico em frente da extremidade de um fio de aquecimento ao nível de uma parte terminal da referida manga fixa à mesma, e fixa- se o referido dispositivo de colocação de manga no interior da referida manga ao inflar uma referida segunda câmara inflável de encontro à parede interna da referida manga, eb) antes ou depois da etapa a), introduz-se e insere-se à força a parte de manga formando a referida extremidade macho de um elemento de conduto na extremidade fêmea do outro elemento de conduto, na direção (XX') longitudinal, axialmente, até que a referida parte terminal da manga da referida extremidade macho do referido elemento de conduto terminal fique em contato com a referida parte terminal do revestimento da referida extremidade fêmea do referido elemento de conduto a montar, ec) realiza-se a soldadura periférica externa das extremidades de dois elementos de conduto adjacentes, ed) infla-se uma referida primeira câmara inflável e liga-se o seu referido primeiro conector elétrico à extremidade do fio de aquecimento ao nível da referida parte terminal da manga que está à sua frente e fornece-se eletricidade ao referido fio de aquecimento, exercendo, ao mesmo tempo, uma pressão da referida parte terminal de manga de encontro à referida parte terminal de revestimento em contato uma com a outra para obter uma assim denominada zona de soldadura por eletrofusão em uma parte, pelo menos, da interface das superfícies de cada referida parte terminal da manga e cada referida parte terminal de revestimento em contato uma com a outra e percorridas pelo fio de aquecimento na superfície da manga, para obter uma assim denominada zona de contato estanque por fusão, ee) esvaziam-se as referidas primeira e segunda câmaras insufláveis e movimenta-se, em translação, o referido dispositivo de colocação de manga.

[0044] Mais particularmente, são executadas as seguintes etapas,nas quais:a.1) arria-se, em uma torre de instalação de conduto de um navio de instalação, um primeiro elemento de conduto equipado com uma referida manga em uma das suas extremidades, até à proximidade da extremidade do elemento de conduto terminal superior do conduto no decurso da sua montagem parcialmente imersa na parte inferior da torre, ea.2) arria-se um referido dispositivo (20) de colocação de manga com as referidas primeira e segunda câmaras, pelo menos parcialmente, esvaziadas, que são solidárias com a uma referida manga fixa a um dos referidos primeiro ou segundo elemento de conduto, por inflação de uma referida segunda câmara que é pressionada de encontro à parede interna da manga na sua secção principal, sendo a referida primeira câmara disposta em frente de uma parte terminal livre da referida manga com o seu primeiro conector em frente de uma extremidade do referido fio de aquecimento,a.3) infla-se a primeira câmara, que é pressionada de encontro à parte terminal da referida manga de modo a que o referido conector elétrico seja ligado, de um modo preferido, através de um conector elétrico complementar, a uma extremidade do referido fio de aquecimento, e f) antes ou depois da etapa a.3), é realizada a montagem de dois elementos de conduto através da introdução e inserção à força da parte de uma manga formando uma assim denominada extremidade macho de um elemento de conduto na extremidade fêmea desprovida de manga do outro elemento de conduto,g) realiza-se a referida soldadura das extremidades de dois elementos de conduto adjacentes, ed.1) fornece-se eletricidade ao referido fio de aquecimento, exercendo, ao mesmo tempo, uma pressão da referida parte terminal de manga de encontro à referida parte terminal de revestimento em contato uma com a outra por inflação da referida primeira câmara para obter uma assim denominada zona de soldadura por eletrofusão, ed.2) esvaziam-se as referidas primeira e segunda câmaras e movimenta-se, em translação, o referido mandril de modo a que os referidos meios de controle de soldadura fiquem dispostos em frente da referida parte terminal de manga soldada por eletrofusão, ed.3) inflam-se as duas, primeira e segunda, câmaras que são pressionadas e fixas de encontro à parede interna da manga, ed.4) acionam-se os referidos meios de controle de soldadura para controlar a referida soldadura, de um modo preferido, realizando simultaneamente a injeção de água na referida parte terminal da manga.

[0045] Ainda mais particularmente, na etapa d.4), são executadasas operações seguintes, nas quais:d.4.1) acionam-se, para fechar, os referidos meios de obturação de modo a formar um compartimento estanque delimitado pela referida primeira câmara inflável e os referidos meios de obturação fechando a passagem no interior do conduto, compartimento estanque no interior do qual se encontram dispostos os referidos meios de controle de soldadura para controlar a referida soldadura, ed.4.2) se enche com água o referido compartimento estanque e se acionam os referidos meios de controle de soldadura para controlar a referida soldadura, ed.4.3) em seguida, acionam-se, para abrir, os referidos meios de obturação reversíveis.

[0046] Ainda mais particularmente, antes da etapa a), realizam-seas etapas i.1) a i.7) do método de colocação de uma manga de junção tubular em uma extremidade de um elemento unitário de conduto de acordo com a invenção, de um modo preferido, no convés do navio ou em terra firme, para fixar uma referida manga na parte terminal de um referido elemento de conduto, antes da sua montagem noutro referido elemento de conduto.

[0047] No presente documento, "interno/a" e "externo/a" significainterno/a e, respectivamente, externo/a a conduto ou ao revestimento, conforme o caso.

[0048] Deve compreender-se aqui que "secção principal da manga"significa a parte central da manga situada entre as duas partes terminais nas duas extremidades longitudinais da manga.

[0049] Como explicado abaixo, as referidas partes terminais dorevestimento da manga podem estar em contato entre si nas superfícies de revolução externas das referidas partes terminais da manga em contato com superfícies de revolução internas dos referidos revestimentos ou nas superfícies anelares planas das extremidades dianteiras com secção retilínea das referidas partes terminais da manga e do referido revestimento. As referidas superfícies de revolução das referidas partes terminais da manga e do revestimento têm o mesmo eixo de revolução que o do referido conduto.

[0050] A referida zona de contato estanque estende-se ao longo detoda a periferia das superfícies de revolução externas das referidas partes terminais da manga e das referidas superfícies de revolução internas das referidas partes terminais do revestimento em contato entre si, isto é, 360° em torno do seu eixo XX' de revolução. No entanto, a referida zona de contato estanque pode estender-se ao longo de apenas uma parte dos comprimentos na direção axial das referidas superfícies de revolução das partes terminais da manga e do revestimento em contato entre si.

[0051] Deve compreender-se que as referidas superfícies derevolução das referidas partes terminais da manga e do revestimento têm o mesmo eixo de revolução que o referido conduto e que a referida manga posicionada no interior do referido conduto.

[0052] De uma forma conhecida, cada referido elemento de condutocompreende um revestimento interno em matéria plástica, de um modo preferido, termoplástico, terminando a uma determinada distância l da extremidade do referido elemento de conduto, podendo, de um modo preferido, uma parte, pelo menos, da superfície externa de cada parte terminal nas extremidades do revestimento interno ser bloqueada por colagem de encontro à superfície interna correspondente da parede de aço do conduto utilizando um adesivo, de um modo preferido, de tipo epóxi ou poliuretano.

[0053] Ainda de uma forma conhecida, a manga estende-se emuma direção XX' longitudinal axial e do conduto ao longo de um comprimento abrangendo, pelo menos, os comprimentos de conduto não cobertos pelos referidos revestimentos, ou seja, pelo menos, 2 vezes a referida distância l.

[0054] Deve compreender-se que a superfície externa da secçãoprincipal da manga adjacente à referida parte terminal de manga se situa em frente de partes das paredes internas das extremidades de referidos elementos de conduto montados não cobertos com o referido revestimento.

[0055] Deve compreender-se que as partes terminais nasextremidades da manga têm superfícies de formas idênticas ou complementares às superfícies das partes terminais nas extremidades dos referidos revestimentos com as quais estão em contato.

[0056] De acordo com uma primeira forma de realização alternativa,a parede da manga em, pelo menos, uma referida parte terminal da manga tem, substancialmente, a mesma espessura que a da secção principal adjacente da manga em frente do conduto não revestida e, substancialmente, a mesma espessura que a de uma referida parte terminal do referido revestimento e que a da secção principal adjacente do referido revestimento, estando a referida zona de soldadura por fusão situada ao nível das extremidades dianteiras retilíneas da manga e do referido revestimento encostadas uma à outra.

[0057] Deve compreender-se que as referidas extremidadesdianteiras retilíneas formam superfícies planas anelares estendendo-se em uma direção perpendicular à direção XX' longitudinal da manga e do conduto e são constituídas pelo bordo com uma secção transversal retilínea das referidas extremidades.

[0058] Nesta forma de realização, a espiral formada pelo fio deaquecimento é plana e progride em torno da referida superfície dianteira ou bordo da extremidade da manga de modo a que o diâmetro das suas espiras concêntricas situadas todas em um mesmo plano aumente a partir da sua referida primeira extremidade mais próxima da superfície interna da manga até à sua referida segunda extremidade mais próxima da superfície externa adjacente da manga situada em frente da parede interna do conduto.

[0059] Em uma segunda forma de realização alternativaparticularmente vantajosa para espessuras reduzidas, em particular, inferiores a 10 mm, o referido revestimento interno tem, pelo menos, em uma extremidade, uma parte terminal de espessura reduzida em relação à espessura da secção principal do referido revestimento, definindo uma forma côncava com uma superfície interna de revolução cujo diâmetro interno é maior do que o da secção principal do referido revestimento e a referida manga tem, pelo menos, em uma extremidade, uma parte terminal de espessura reduzida em relação à espessura da secção principal adjacente da referida manga, definindo a referida parte terminal da manga uma forma convexa apta a sobrepor-se à parte terminal côncava de espessura reduzida do referido revestimento com a qual está em contato, definindo a referida parte terminal da manga uma superfície externa de revolução cujo diâmetro externo é menor do que o da secção principal adjacente da manga e uma superfície interna cilíndrica tendo, substancialmente, o mesmo diâmetro interno que o das referidas secção principal do revestimento e secção principal da manga, percorrendo o referido fio de aquecimento por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica toda a periferia da referida superfície externa de revolução em torno do seu eixo (XX') de revolução e uma parte, pelo menos, do comprimento da referida parte terminal na direção do referido eixo (XX') de revolução.

[0060] Deve compreender-se que devido às suas formascomplementares, as referidas parte terminal da manga e parte terminal de espessura reduzida do revestimento permitem a inserção da manga de encontro à superfície interna da parte terminal de espessura reduzida do revestimento por simples encaixe à força da referida manga na direção XX' longitudinal no interior do referido elemento de conduto e a superfície externa da referida parte terminal de espessura reduzida da manga em contato com a superfície interna da parte terminal de espessura reduzida do revestimento têm uma forma idêntica e estão dispostas relativamente uma à outra para fazer coincidir o seu contorno idêntico.

[0061] Em uma primeira alternativa secundária desta segundaforma de realização alternativa, as referidas superfície interna da parte terminal de espessura reduzida do revestimento e superfície externa da parte terminal de espessura reduzida da manga coberta com o referido fio de aquecimento, em contato de encontro uma à outra têm a mesma forma troncônica com o mesmo eixo XX' que a referida manga e o referido conduto.

[0062] Deve compreender-se que devido às suas formas côncavae, respectivamente, convexa complementares, as referidas superfície interna e superfície externa troncônicas têm um ângulo de vértice substancialmente com o mesmo valor. Nesta forma de realização com uma superfície de contato troncônica, as referidas partes terminais de espessura reduzida da manga e do revestimento em contato têm uma espessura crescente a partir das extremidades da manga e, respectivamente, do revestimento até à secção principal adjacente da manga e, respectivamente, do revestimento, e a espiral do fio de aquecimento progride com as espiras aumentando em diâmetro a partir da sua referida primeira extremidade localizada no lado da parte terminal da manga de menor espessura até à sua referida segunda extremidade localizada no lado da parte terminal da manga de maior espessura.

[0063] Em uma segunda alternativa secundária desta segundaforma de realização alternativa, as referidas superfície interna da parte terminal de espessura reduzida do revestimento e superfície externa da parte terminal de espessura reduzida da manga em contato uma de encontro à outra têm a mesma forma cilíndrica com o mesmo eixo XX' que a referida manga e o referido conduto, de um modo preferido, ficando a extremidade da parte terminal de espessura reduzida da manga coberta com o referido fio de aquecimento encostada a um ressalto delimitando as superfícies internas das referidas secção principal e parte terminal de espessura reduzida do revestimento.

[0064] Nesta forma de realização com uma superfície de contatocilíndrica, as referidas partes terminais de espessura reduzida da manga e do revestimento em contato têm uma espessura, de um modo preferido, idêntica e substancialmente constante, e a dupla espiral do fio de aquecimento progride com espiras de diâmetro constante a partir da sua referida primeira extremidade localizada no lado da parte terminal da manga de menor espessura até à sua referida segunda extremidade localizada no lado da parte terminal da manga de maior espessura.

[0065] Quando a superfície interna da parte terminal de espessurareduzida da manga é cónica ou cilíndrica, a dupla espiral formada pelo fio de aquecimento é tridimensional, ou seja, tem uma forma helicoidal, dado que as suas espiras são espaçadas na direção longitudinal da manga.

[0066] Nas várias formas de realização acima citadas, em que asuperfície de contato das partes terminais da manga e revestimento dianteiro é cónica ou cilíndrica, a superfície de contato tem uma topologia de tipo cone cujo semiângulo α de vértice está compreendido entre 0 e 90° para a superfície cónica, e de tipo cone fictício com um semiângulo de vértice α=90° para as extremidades dianteiras de secção retilínea e α=0° para as superfícies cilíndricas, de modo a que, em qualquer caso, a referida primeira extremidade de espiral fique localizada no lado do ápice do cone ou do cone fictício.

[0067] De um modo preferido, como descrito no documentoWO 2012/017171, implementa-se um fio de aquecimento enrolado em dupla espiral, ficando as duas extremidades livres (não enroladas) do fio localizadas no mesmo lado da dupla espiral, para se unir à superfície interna da manga o mais próximo da referida superfície interna. Assim, no caso em que o fio é aplicado em uma superfície externa de revolução, é possível implementar um fio de aquecimento cujas duas extremidades livres estão localizadas no mesmo lado da zona de eletrofusão, ou seja, no lado oposto em relação à referida soldadura metálica. Assim, um fluido pressurizado não pode aceder à referida soldadura metálica sendo encaminhado através da espessura da manga até a zona de fusão, mas só pode ser encaminhado na interface entre a zona de contato estanque ou zona de fusão e o interior do conduto.

[0068] A forma de realização com um fio de aquecimento enroladoem dupla espiral é vantajosa à medida que permite garantir uma estanqueidade mais completa e mais fiável da superfície de contato entre as referidas partes terminais da manga e do revestimento, de modo a evitar qualquer risco de contato da referida soldadura com a água, quando o referido conduto transporta água e, assim, evitar qualquer risco de inundação da zona localizada entre a superfície externa da manga e a superfície interna dos referidos elementos de conduto, o que, certamente, provocaria um estreitamento do diâmetro interno da manga, isto é, da secção de passagem do fluido, e, por conseguinte, perturbações no escoamento do fluido no interior da manga, além do risco de contato da referida soldadura com a água, quando o referido conduto transporta água.

[0069] Com efeito, devido ao facto de as duas extremidades livresnão enroladas do fio terem origem na primeira extremidade da dupla espiral no lado da parte da interface não estanque desembocando unicamente na superfície interna da manga, um fluido pressurizado não poderá ser encaminhado através da espessura da manga até à segunda extremidade e não pode aceder à referida soldadura, mas só pode ser encaminhado na interface e nos canais das extremidades do fio, entre as referidas primeiras extremidades da dupla espiral e o interior do conduto.

[0070] Mais particularmente, o conduto a realizar é um conduto deligação assente no fundo do mar ou de uma ligação fundo/superfície apta a ser colocada em um ambiente submarino a grande profundidade, de um modo preferido, até 3000 m, e os referidos elementos de conduto têm um comprimento de 20 a 50 m, um diâmetro interno de 10 a 60 cm e a referida manga tem um comprimento de 45 a 150 cm. Trata-se, mais particularmente, de um conduto de injeção de água pressurizada em poços de campos petrolíferos, cuja pressão é sempre maior do que 5 MPa e, mais particularmente, entre 25 a 70 MPa (250 a 700 bar). Este tipo de conduto, como mencionado acima, é particularmente solicitado ao nível das referidas soldaduras, pelo que estas devem ser protegidas ao máximo contra a corrosão por contato com a água do mar, especialmente no caso de ligações fundo-superfície, porque, neste caso, o conduto está perpetuamente em movimento, devido aos efeitos da ondulação, do de vento e da corrente que se exercem sobre o suporte flutuante à superfície e é, portanto, submetida a tensões de fadiga extremas. Além disso, as propriedades do fluido transportado podem ter de implicar a inclusão de reforços de aço sacrificial significativos, tendo um forte impacto sobre a instalação desses condutos. A colocação de um revestimento de plástico permite eliminar essa necessidade.

[0071] De acordo com uma forma de realização, a referida mangaé realizada por montagem utilizando soldadura por fusão, de um modo preferido, por eletrofusão das superfícies das extremidades em contato uma com a outra de, pelo menos, 2 partes tubulares da referida manga compreendendo, pelo menos:- uma primeira parte tubular de manga compreendendo uma secção principal de manga e uma parte central da manga cujo diâmetro externo e, de um modo preferido, diâmetro interno têm dimensões reduzidas em relação ao diâmetro externo e, de um modo preferido, respectivamente, diâmetro interno da secção principal adjacente, sendo, ainda de um modo preferido, a referida primeira parte tubular de manga obtida por maquinagem de uma manga tubular de maior espessura, e- pelo menos, uma segunda parte tubular de manga compreendendo uma parte terminal tubular de manga tendo, de um modo preferido, um comprimento menor do que a referida primeira parte tubular na direção XX' axial da manga e tendo, ainda de um modo preferido, uma superfície interna cilíndrica e sendo, ainda de um modo preferido, a referida segunda parte de manga obtida por moldagem, e- as extremidades das duas referidas primeira e segunda partes tubulares de manga têm formas idênticas ou complementares na sua zona de contato, em que uma das referidas superfícies, pelo menos, é coberta com um referido fio de aquecimento por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica e em que os terminais de extremidade desembocam, ainda de um modo preferido, na superfície interna da referida parte tubular de manga.

[0072] Esta forma de realização compreendendo várias partestubulares de manga permite limitar a realização de peças moldadas a peças de tamanho relativamente pequeno, o que permite evitar a utilização de moldes muito dispendiosos e de grande dimensão.

[0073] As referidas formas complementares côncava e convexa dasduas partes tubulares de manga unidas por eletrofusão podem, como para as partes terminais de manga e de revestimento, ter superfícies idênticas com uma forma:- cónica ou cilíndrica para as extremidades das referidas partes tubulares de manga de espessura reduzida, ou:- anelar plana da denominada dianteira, sendo as partes tubulares de manga unidas pelas suas bordas estendidas em um plano perpendicular à referida direção XX' longitudinal da manga.

[0074] A referida manga pode ser constituída pela montagemutilizando soldadura por eletrofusão de uma referida primeira parte tubular de manga montada, em cada extremidade, a uma referida segunda parte tubular de manga, compreendendo cada referida segunda parte tubular de manga uma extremidade livre compreendendo uma referida parte terminal de manga.

[0075] Em uma forma de realização com uma montagemparticularmente fiável mecanicamente, a referida primeira parte tubular de manga e a referida segunda parte tubular de manga têm, nas suas extremidades montadas, formas complementares, respectivamente côncava e respectivamente convexa, sendo a superfície interna cónica da referida primeira parte tubular de manga ou a referida superfície externa cónica da referida segunda parte tubular de manga estão cobertas por um referido fio de aquecimento em espiral. Esta forma de realização é, mais particularmente, vantajosa, e para realizar uma referida montagem por eletrofusão das duas referidas primeira e segunda partes tubulares de manga in situ, introduz-se, em primeiro lugar, a referida segunda parte tubular de manga, que é montada por eletrofusão em uma parte terminal de revestimento interno de um elemento de conduto, e, em seguida, monta-se a referida primeira parte tubular de manga e a referida segunda parte tubular de manga. Com efeito, neste caso, a extremidade chanfrada a unir à referida primeira parte tubular de manga fica entalada como uma cunha no espaço angular agudo, com a superfície interna cónica côncava encostada e presa de encontro à superfície externa convexa cónica da extremidade da referida segunda parte tubular da manga.

[0076] De um modo preferido, a referida manga tem, em uma partecentral, um diâmetro externo menor do que os diâmetros externos das secções principais adjacentes à referida parte central, de modo a proporcionar um espaço anelar entre a manga e a parede dos referidos elementos de conduto, e é colocada, se necessário, uma peça anelar de proteção térmica apta a proteger a manga durante a soldadura das extremidades dos elementos de conduto, tendo as referidas secções principais da manga, de um modo preferido, um diâmetro externo sensivelmente idêntico ao diâmetro interno das extremidades não revestidas do referido revestimento dos elementos de condutomontados.

[0077] Esta forma de realização é particularmente vantajosa àmedida que permite a criação de um espaço anelar de tamanho suficiente para acomodar uma referida peça anelar de proteção térmica da manga, que evita a deterioração da manga durante a realização da soldadura das extremidades de aço dos referidos elementos de conduto a montar, protegendo, assim, a manga, na sua superfície externa em frente das referidas extremidades dos elementos de conduto a soldar entre si.

[0078] Ainda de um modo preferido, a parede tubular da referidamanga tem uma espessura substancialmente constante nas suas referidas secções principais adjacentes e sensivelmente igual à espessura da secção principal do referido revestimento interno e a referida parte central da manga, de um modo preferido, de espessura reduzida, pode ser deformada de modo a adotar um diâmetro interior substancialmente idêntico ao diâmetro interno da parte restante da manga sob o efeito de uma pressão interna do fluido circulando no interior do conduto, em funcionamento, de, pelo menos, 1 MPa, e a peça de proteção térmica é, ela mesma, também deformável nas mesmas condições de pressão, de um modo preferido, para adotar uma espessura inferior a 5 mm e, ainda de um modo preferido, inferior a 2 mm, sendo a referida peça de proteção térmica, ainda de um modo preferido, constituída por fibras de cerâmica.

[0079] Métodos de realização de elementos de revestimento internode elementos de conduto, por um lado, e de montagem de elementos de conduto revestidos por um revestimento interno utilizando uma manga tubular são descritos no documento WO 2006/042925 e podem ser aplicados de acordo com a presente invenção, em particular, pode realizar-se o revestimento interno com um método compreendendo as seguintes etapas compreendendo:1- o referido revestimento interno, introduzindo, por uma primeira extremidade de um elemento de conduto, um conduto em material termoplástico flexível e elástico em forma de conduto com uma secção circular ou curva em forma de feijão, destinada a formar o referido revestimento, e puxando-a no interior do referido elemento de conduto até à segunda extremidade do elemento de conduto e, depois, aliviando a tração para permitir a sua expansão radial e a sua aderência de encontro à superfície interna da parede do referido elemento de conduto, e2- o corte e a maquinagem das extremidades do referido conduto de revestimento de modo a formar referidas partes terminais de espessura reduzida do referido revestimento interno e uma parte terminal não revestida da parede de aço do referido elemento de conduto em cada uma das suas extremidades.

[0080] Outras características e vantagens da presente invençãoserão evidentes à luz da descrição detalhada que se segue, recorrendo às seguintes figuras, nas quais:a figura 1A é uma vista lateral em corte da montagem de um conduto de acordo com a invenção utilizando uma manga de junção tubular entre dois elementos de conduto ou troços unitários de condutos revestidos de acordo com a invenção,a figura 1B mostra uma vista lateral de um navio de instalação equipado com uma torre de instalação denominada torre em "J",as figuras 1 a 9 mostram diferentes etapas de colocação e soldadura da manga 3 em uma extremidade de um elemento de conduto com um dispositivo de acordo com a presente invenção representado esquematicamente,as figuras 10 a 21 mostram diferentes etapas de montagem de dois elementos de conduto com a colocação e soldadura da manga 3 em uma extremidade de um primeiro elemento de conduto ao nível da extremidade desprovida de manga de um segundo elemento de conduto com um dispositivo de acordo com a presente invenção representado esquematicamente;as figuras 22 e 23 mostram um dispositivo 20 de colocação de uma manga que compreende duas câmaras aptas a realizar a eletrofusão.

[0081] Na figura 1A, é mostrada um conduto 1 de acordo com ainvenção compreendendo, pelo menos, dois elementos 11 , 12 deconduto com um revestimento 2 interno de polietileno ou polipropileno montados topo a topo, em que as extremidades dos dois elementos de conduto são soldadas 5 uma à outra. Cada elemento de conduto compreende um revestimento 2 interno de material termoplástico com um eixo XX' substancialmente coincidente com o eixo dos elementos 11 , 12de conduto tendo, em cada extremidade, uma parte terminal cónica com um semiângulo α 2a de vértice de espessura reduzida em relação à espessura da secção 2b principal do referido revestimento, definindo uma superfície interna de revolução cujo diâmetro interno é maior do o da secção 2b principal do referido revestimento e terminando a uma determinada distância L de cada extremidade do referido elemento de conduto. A superfície externa de cada referida parte 2a terminal do revestimento interno é, opcionalmente, bloqueada por colagem 2c da extremidade do revestimento em ou na proximidade da referida parte 2a terminal de espessura reduzida do revestimento de encontro à superfície interna correspondente da parede de aço do conduto, utilizando um adesivo, de um modo preferido, de tipo poliuretano ou epóxi de dois componentes.

[0082] Uma manga 3 de junção tubular em material termoplástico,de um modo preferido, idêntico ao material termoplástico do revestimento 2 interno com um eixo XX' substancialmente coincidente com o eixo dos elementos 11 , 12 de conduto com o mesmo diâmetro externo, apenas ligeiramente inferior ao diâmetro interno do conduto, é inserida no interior de cada uma das extremidades adjacentes de dois elementos de conduto, de modo a sobrepor as referidas partes terminais de dois revestimentos 2a, 2b utilizando um dispositivo 20 de acordo com a invenção, como descrito abaixo com referência às figuras 1 a 9.

[0083] Mais especificamente, na figura 1A, o revestimento 2 internotem, em cada extremidade do elemento de conduto, uma parte 2a terminal de espessura reduzida em relação à espessura da secção 2b principal do referido revestimento, definindo uma forma côncava com uma superfície interna troncônica com um semiângulo α de vértice, cujo diâmetro interno é maior do que o da secção 2b principal do referido revestimento, e a referida manga 3 tem, em cada extremidade longitudinal, uma parte 3a terminal de espessura reduzida em relação à espessura da secção 3b principal adjacente da referida manga, definindo a referida parte 3a terminal da manga uma forma convexa apta a sobrepor-se à parte terminal de espessura reduzida do referido revestimento 2a com a qual está em contato, definindo a referida parte 3a terminal da manga uma superfície 3-2 externa troncônica cujo diâmetro externo é menor do que o da secção 3b principal adjacente da manga, tendo o mesmo ângulo α de vértice que a referida superfície interna troncônica da referida parte terminal côncava do referido revestimento. As partes terminais da manga de forma cónica definem uma superfície 3-1 interna cilíndrica tendo, sensivelmente, o mesmo diâmetro interno que o da referida secção 2b principal do revestimento e da secção 3b principal da manga.

[0084] Na figura 1A, a manga tem, em uma parte 3c central, isto é,aproximadamente a meio do comprimento na sua direção XX' longitudinal axial, um diâmetro externo reduzido inferior aos diâmetros externos das suas secções 3b principais adjacentes à referida parte 3c central, de modo a proporcionar um espaço 7 anelar, e é colocada uma peça 8 anelar de proteção térmica da manga durante a soldadura das extremidades dos elementos de conduto, tendo as referidas secções 3b principais da manga um diâmetro externo sensivelmente idêntico ao diâmetro interno das extremidades não revestidas do referido revestimento dos elementos de conduto montados.

[0085] A parede tubular da referida manga tem uma espessurasensivelmente constante na sua parte 3c central e nas suas secções 3b principais adjacentes, e sensivelmente igual à espessura da secção 2b principal do referido revestimento 2 interno, e a referida parte 3c central da manga está apta a ser deformada de modo a adotar um diâmetro interno sensivelmente idêntico ao diâmetro interno da parte restante da manga sob o efeito de uma pressão interna do fluido circulando no interior do conduto, em funcionamento, de, pelo menos, 1 MPa, e a peça 8 de proteção térmica é, ela própria, também deformável nas mesmas condições de pressão interna no interior do conduto de modo a adotar uma espessura reduzida, de um modo preferido, uma espessura inferior a 5 mm, ainda de um modo preferido, inferior a 2 mm, sendo a referida peça de proteção térmica, ainda de um modo preferido, constituída por fibras de cerâmica tendo uma forma semelhante à de um algodão hidrófilo.

[0086] Deve compreender-se que:- a parte central da manga, devido à sua espessura substancialmente constante, tem uma redução do diâmetro externo e do diâmetro interno durante a colocação, estando o conduto vazio e à pressão atmosférica, e quando submetida a pressões correspondentes a valores de pressão inferiores a 1 MPa (10 bar),- assim que a pressão interna exceder 1 MPa (10 bar), as espessuras, em particular, da ordem de 5 a 20 mm, e a rigidez do material plástico, tal como polietileno ou polipropileno, permitem um aumento dos diâmetros interno e externo da parte central por deformação, por exemplo, quando um fluido circula no interior do conduto e da manga, em particular, água sob pressão, como é o caso nos condutos de injeção de água para poços petrolíferos, superior a 5 MPa, em particular, de 25 a 70 MPa.

[0087] Como a pressão P0 no exterior do revestimento é muitomenor do que a pressão interna Pmax, esta última tem o efeito de pressionar energicamente a parte 3c central estreita da manga 3 de junção tubular de encontro à parede do conduto de aço, sendo a tela 8 de fibra cerâmica também comprimida e apresentando, então, uma espessura residual não superior a 1 a 2 mm.

[0088] A manga 3 tem uma parte 3c central de diâmetro externoreduzido que torna a ser pressionada no interior do conduto quando a pressão interna excede 1 a 1,5 MPa (10 a 15 bar), devido à flexibilidade do material termoplástico. Para melhorar a capacidade de deformação da parte 3c central e das zonas de transição adjacentes, reduz-se, de um modo vantajoso, a espessura dessas zonas em relação à espessura da secção 3b principal da manga, com uma proporção de 5 a 50%. Do mesmo modo, essa zona 3c central e as zonas de transição são mostradas, por razões de clareza dos desenhos, com ligações em ângulo agudo, mas são preferidas ligações com grande raio de curvatura, de modo a evitar o aparecimento de roturas por fissuração nessas zonas.

[0089] Na figura 1A, está representado um fio 4 de aquecimentoformando uma espiral, de um modo preferido, uma dupla espiral formada por duas partes de fio dispostas lado a lado e formando duas espirais substancialmente equidistantes unidas em uma extremidade comum constituída por um circuito em forma de gancho de cabelo, como descrito no documento WO 2012017171. Cada espiral percorre a referida superfície 3-2 externa de cada referida parte terminal da manga. As duas extremidades livres do fio compreendem um terminal de alimentação elétrica e são reunidas lado a lado ao nível de um conector 4a elétrico comum na superfície 3-1 interna da manga.

[0090] Nas figuras 1 a 9, mostram-se os diferentes etapas decolocação de uma manga 3 de junção tubular ao nível de uma extremidade de um elemento 11 de conduto utilizando um dispositivo 20 de colocação de manga. Estas operações podem ser realizadas em terra firme ou no convés do navio em uma posição horizontal.

[0091] Um dispositivo 20 de colocação de uma manga 3 de acordocom a invenção está equipado, nas figuras 1 a 9, com um mandril 20a de forma cilíndrica estendendo-se em uma direção XX' longitudinal axial compreendendo um orifício central cilíndrico longitudinal no interior do qual é disposto um cabo 20b umbilical que também serve como um fio de manutenção do dispositivo 20.

[0092] Nas figuras 1 a 21, o dispositivo 20 compreende umaprimeira câmara 21 inflável equipada com conectores 21a elétricos, disposta na direção XX' longitudinal a uma distância d de uma segunda câmara 22 inflável. A primeira câmara 21 está interposta na direção longitudinal entre, por um lado, a segunda câmara 22 e, por outro lado, o dispositivo 23 de controle de soldadura, também suportado pelo mandril 20a. O mandril 20a suporta, ainda, uma terceira câmara inflável formando uma parede 24 extensível disposta na direção XX', de modo a que os meios 23 de controle de soldadura fiquem interpostos entre a primeira câmara 21 inflável e a terceira câmara 24 inflável.

[0093] As primeira e segunda câmaras estão espaçadas por umadistância d, de modo a que, quando a segunda câmara 22 está disposta em frente da parte 3c central estreita da manga, a primeira câmara 21 fique disposta em frente de uma extremidade da manga, na sua parte 3a terminal de espessura reduzida. O dispositivo 23 de controle de soldadura é, então, localizado no exterior da manga. O dispositivo 23 de controle de soldadura é disposto na direção longitudinal, de modo a que, quando se dispõe a segunda câmara 22 em frente da extremidade oposta da manga, como mostrado na figura 6, o dispositivo 23 de controle de soldadura fique disposto em frente da primeira extremidade da manga, e fique, assim, apto a controlar a soldadura por eletrofusão dessa primeira extremidade 3a da manga com uma extremidade de revestimento de um elemento de conduto no qual a manga 3 foi inserida e soldada, como descrito abaixo.

[0094] Assim, as extremidades mais afastadas na direçãolongitudinal da referida segunda câmara 22 e do referido dispositivo 23 de controle de soldadura encontram-se, sensivelmente, à mesma distância que o comprimento L da manga, podendo os três elementos 21, 22 e 23 ser incluídos no interior da referida manga.

[0095] Na figura 1, é inserido um dispositivo 20 de colocação demanga de acordo com a presente invenção de modo a que, como mostrado na figura, quando se infla ao máximo a segunda câmara 22 inflável, esta é pressionada de encontro à parede da parte 3c central estreita da manga. O conjunto do dispositivo e da manga 3 é, portanto, solidarizado e pode ser movimentado em translação horizontal na direção da extremidade aberta desprovida de manga de um elemento 11 de conduto até ficar encostado de encontro à extremidade 2a do revestimento 2 do elemento 11 de conduto, como mostrado na figura 3. Nesse momento, como mostrado na figura 4, os conectores 21a elétricos da primeira câmara 21 inflável estão dispostos em frente de conectores 4a elétricos correspondentes do fio de aquecimento em uma extremidade da manga, como se mostra nas figuras 3 e 4. Nesta fase, a primeira câmara 21 inflável pode ser inflada de modo a ser pressionada de encontro à parte 3a terminal da manga encostada de encontro à extremidade 2a do revestimento, e injeta-se a corrente elétrica no fio 4 de aquecimento, o que faz fundir toda a zona 3a da superfície 3-2 externa da manga coberta pelo fio de aquecimento, permitindo, assim, a realização de uma soldadura por eletrofusão do plano de contato entre a manga 3 de junção tubular, na sua extremidade 3a, e a extremidade 2a do revestimento 2. A primeira câmara 21 é expandida com uma pressão que permite assegurar uma excelente compacidade no plano de fusão assim como a ausência de bolhas de ar prejudiciais para uma boa estanqueidade na superfície de fusão.

[0096] Em seguida, para executar as etapas de controle daqualidade da soldadura, esvaziam-se as primeira e segunda câmaras 21 e 22, e são deslocadas, em translação, na direção inversa, até à posição da figura 6, na qual os meios 23 de controle de soldadura se encontram em frente da extremidade soldada por eletrofusão da manga e do revestimento interno do elemento 11 de conduto.

[0097] As referidas primeira e segunda câmaras 21 e 22 insufláveisesvaziadas permanecem relativamente próximas das paredes da manga, de modo a que o guiamento do dispositivo 20 em translação longitudinal no interior da manga possa ser feito facilmente. De um modo vantajoso, esse guiamento pode ser realizado manualmente ou por uma plataforma móvel ou por outros meios de guiamento em translação longitudinal.

[0098] Nas figuras 7 e 8, mostram-se as etapas de realização docontrole da soldadura. Em uma primeira etapa, torna-se a fixar o dispositivo 20 na manga 3 ao inflar a primeira câmara 21 inflável e a segunda câmara 22 em frente da parte 3c central estreita e da parte 3a terminal oposta da manga 3. Em seguida, injeta-se água por intermédio dos bicos 23a de encontro à extremidade soldada por eletrofusão da manga no compartimento 27 delimitado pela primeira câmara 21 e a terceira câmara 24 inflada ao máximo, no interior da qual estão posicionados os meios 23 de emissão de ultrassons e de controle de soldadura. Em seguida, realiza-se a emissão de ondas ultrassonoras com os sensores 23b de ultrassons concebidos para verificar a qualidade da soldadura realizada por eletrofusão. A injeção de água é realizada simultaneamente com a emissão de ultrassons, localmente, de modo a garantir uma boa transmissão das ondas ultrassonoras. Depois de realizado o controle de soldadura, pode-se retirar, com um movimento de translação, o dispositivo 20, depois de esvaziar previamente todas as câmaras insufláveis. Assim, fica pronto a ser colocado um elemento 11 de conduto equipado, em uma das suas extremidades, com uma manga 3 de junção tubular formando uma parte macho pronta a ser encaixada na parte fêmea desprovida de manga de junção tubular de um segundo elemento de conduto.

[0099] Nas figuras 10-21, mostra-se a montagem entre dois troçosunitários de conduto revestida, durante a instalação no local, que é realizada a bordo de um navio 10 de instalação equipado com uma torre 10a de instalação em J, tal como mostrado na figura 1B. Um novo elemento 12 de conduto revestido equipado com uma manga 3 tubular em uma das suas extremidades é transferido, de forma conhecida, da posição horizontal para a posição oblíqua correspondendo à inclinação da torre, para ser, em seguida, posicionado no eixo do elemento 11 de conduto terminal da extremidade do troço que está a ser colocado. O referido elemento 12 de conduto a montar é, depois, movimentado axialmente na direção do elemento 11 de conduto terminal em suspensão. Uma parte de manga 3 formando uma extremidade macho de um dos dois elementos de conduto penetra na extremidade fêmea desprovida de manga do outro elemento de conduto a montar, até que a parte 3a terminal da manga entre em contato com a parte 2a terminal da manga do revestimento no interior do outro elemento de conduto. Como os dois elementos de conduto estão próximos da vertical, um braço manipulador permite que a parte 3a terminal da manga seja completamente inserida de encontro à parte terminal do revestimento para se obter a configuração da figura 13, na qual os dois elementos 11 , 12de conduto são mantidos a uma distância de alguns milímetros, por exemplo, por meio desse mesmo braço manipulador, não mostrado, de modo a se poder executar, de uma forma conhecida, a soldadura 5 por meio de um robô 5a de soldadura orbital, conhecido pelos especialistas na técnica. Nas figuras, são mostradas as paredes das condutos de aço chanfradas espaçadas por alguns milímetros durante a soldadura, em que a tela 8 consiste em uma camada de espuma cerâmica e limita a transferência de calor e protege a manga termoplástica durante todo o processo de soldadura. E, no lado direito, é mostrada a soldadura 5 terminada.

[00100] Em uma forma de realização mostrada nas figuras 10-21, um novo elemento 12de conduto terminal está equipado com uma manga 3 de junção tubular na sua extremidade inferior, formando, assim, uma extremidade macho arriada na direção da extremidade superior fêmea de um primeiro elemento 11 de conduto desprovido de manga formando o elemento de conduto terminal superior de um conduto que está a ser colocado e que é mantido firmemente suspenso na base da torre.

[00101] Em uma primeira etapa, o dispositivo 20 de colocação de manga é arriado pelo cabo 20b umbilical de modo a que a primeira câmara 21 inflável fique posicionada em frente da parte 3a terminal da extremidade inferior da manga 3 com os conectores 21a em frente dos conectores 4a do fio de aquecimento da parte 3a terminal. Assim, a segunda câmara 22 inflável fica localizada em frente da parte 3c central da manga 3, como mostrado na figura 11. Nesse momento, a segunda câmara 22 é inflada de modo a fixar o dispositivo 20 na manga 3, sendo, então, o dispositivo 20 arriado com o elemento 12 de conduto até encaixar a extremidade macho da manga que sobressai da extremidade do elemento 12de conduto no interior da parte fêmea sem revestimento do elemento 11 de conduto, de modo a que as partes 3a terminais da manga 3 fiquem encostadas de encontro à parte 2a terminal do revestimento 2 do elemento 11 de conduto, como mostrado na figura 13.

[00102] Nesta fase, para realizar a eletrofusão, infla-se a primeira câmara 21 inflável ao conectar os conectores 21a aos conectores 4a do fio de aquecimento na parede interna da manga e injeta-se a corrente elétrica no fio de aquecimento de modo a realizar a eletrofusão entre as partes 3a terminais da manga 4 e a parte 2a terminal do revestimento 2, sendo a eletricidade encaminhada para um conduto no interior do cabo 20b umbilical.

[00103] Em seguida, para controlar a soldadura, as duas câmaras 21 e 22 são esvaziadas e eleva-se, em translação longitudinal XX', o dispositivo 20, de modo a que, como mostrado na figura 16, os meios 23 de controle de soldadura fiquem em frente das extremidades 2a-3a previamente soldadas por eletrofusão. Nesta fase, é agora a primeira câmara 21 inflável que fica em frente da parte 3c central de diâmetro reduzido da manga 3, enquanto a segunda câmara 22 inflável fica localizada em frente da parte 3a terminal superior da manga já soldada por eletrofusão (no convés do navio) antes de o elemento 12ser arriado. Nesta fase, realiza-se uma nova fixação do dispositivo 20 à manga 3 ao inflar as duas câmaras 21 e 22 de encontro à parede interna da manga 3. Em seguida, realiza-se a expansão da terceira câmara 24 inflável para se obter uma parede 20a estanque na extremidade inferior do mandril, de modo a delimitar um compartimento 27 estanque entre a parede 24 e a primeira câmara 21 inflável na posição de expansão. Antes de controlar a soldadura, injeta-se água no compartimento 27 através dos bicos 23a. A água é encaminhada no interior do cabo 20b umbilical. Na figura 19, é, então, efetuado o controle da zona de eletrofusão por emissão de ondas sonoras através de sondas 23b aplicadas de encontro ao plástico. Em seguida, pode-se esvaziar as várias paredes 21, 22, 24 insufláveis e erguer o dispositivo 20 para uma posterior implementação por montagem de um novo elemento de conduto.

[00104] Nas figuras 22 e 23, mostra-se uma forma de realização na qual as duas câmaras 21 e 22 estão equipadas com conectores 21a e 22a elétricos, colocados de modo a poderem ser posicionados em simultâneo à frente dos conectores 4a elétricos, nas duas extremidades de uma mesma manga 3, tendo o conjunto das duas câmaras 21 e 22 um comprimento superior à manga 3, para que as duas câmaras possam coincidir e serem pressionadas com as duas extremidades da manga simultaneamente.

[00105] Em alternativa, pode-se arriar um novo elemento 12 de conduto já equipado com uma manga 3 de junção tubular na sua extremidade inferior, mas em que a extremidade inferior desprovida de manga forma, assim, uma extremidade fêmea do referido novo elemento de conduto que é arriada na direção da extremidade superior macho de um primeiro elemento 11 de conduto equipado com uma manga 3 de junção tubular na sua extremidade superior, formando este primeiro elemento 11 de conduto o elemento de conduto terminal superior de um conduto que está a ser colocado e mantido firmemente em suspensão na base da torre.

Claims

1. Dispositivo (20) útil para a colocação de uma manga (3) de junção tubular no interior da extremidade de um primeiro elemento (11, 12) de conduto de aço com revestimento (2) interno de material termoplástico e útil para a montagem topo a topo da extremidade desse primeiro elemento de conduto equipado com uma referida manga na extremidade desprovida da referida manga de um segundo elemento de conduto com revestimento (2) interno de material termoplástico, sendo as referidas extremidades adjacentes dos dois elementos de conduto concebidas para serem soldadas (5) uma à outra, tendo a referida manga, em cada extremidade, uma parte (3a) terminal de parede tubular, de um modo preferido, de espessura reduzida em relação à espessura da secção (3b) principal adjacente da parede tubular da referida manga, tendo a referida manga (3) em, pelo menos, uma, de um modo preferido em cada uma das referidas partes (3a) terminais da manga, um fio (4) de aquecimento por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica disposto, de um modo preferido, em espiral, sobre a superfície (3-2) externa da referida parte (3a) terminal da referida manga apto a criar, por aquecimento, uma zona de contato estanque por fusão de materiais constituintes de uma parte, pelo menos, da referida parte terminal da manga e, respectivamente, uma parte terminal do referido revestimento em contato uma com a outra, e percorridas pelo referido fio de aquecimento, compreendendo o referido dispositivo (20) de colocação de manga um mandril (20a) de eixo (XX') longitudinal suportando, na superfície, pelo menos, uma primeira câmara (21) inflável compreendendo uma parede periférica expansível radialmente por inflação, compreendendo a referida primeira parede, pelo menos, um primeiro conector (21a) elétrico apto a ser conectado a uma extremidade de um referido fio de aquecimento, e suportando o referido mandril (20a), igualmente, um cabo (20b) umbilical compreendendo, pelo menos, um conduto de fornecimento de ar comprimido para inflar a referida primeira câmara (21) inflável e um conduto de alimentação elétrica ligado ao referido primeiro conector (21a) elétrico,sendo o referido dispositivo (20) de colocação de manga caracterizado por o referido mandril (20a) suportar, ainda, na superfície externa, uma segunda câmara (22) inflável compreendendo uma parede periférica radialmente expansível por inflação, afastada da referida primeira câmara (21) inflável na referida direção longitudinal e por o referido mandril suportar, ainda, um dispositivo (23) de controle de soldadura, atravessando o referido cabo (20b) umbilical o interior do referido mandril (20a) e compreendendo condutos de fornecimento de eletricidade e, de um modo preferido, também de água, aos referidos meios de controle de soldadura.

2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido dispositivo (23) de controle de soldadura estar disposto na direção longitudinal do mandril, a montante ou a jusante das duas referidas primeira e segunda câmaras, de um modo preferido, do outro lado da referida primeira câmara e não da referida segunda câmara.

3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o referido dispositivo (23) de controle de soldadura compreender:- pelo menos, uma sonda (23a) de ultrassons, e- pelo menos, um bico (23b) de injeção de água, fornecido com água por um conduto que atravessa o referido cabo umbilical, e- de um modo preferido, meios de inspeção visual da soldadura, de um modo preferido, uma câmara (23c).

4. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a referida sonda (23a) de ultrassons e/ou o referido bico (23b) de injeção de água estarem aptos a serem rodados (27) em relação às partes de extremidade da referida manga depois da eletrofusão, segundo um eixo de rotação disposto no eixo longitudinal do referido mandril.

5. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por o referido mandril (20a) suportar, ainda, meios (24) de obturação reversível da passagem entre o mandril e a parede interna da manga ou do conduto, sendo os referidos meios (24) de obturação dispostos na referida direção longitudinal do mandril, de modo a que os referidos meios (23) de controle de soldadura fiquem dispostos entre os referidos meios (24) de obturação reversível e, pelo menos, uma referida primeira ou segunda câmara (21, 22).

6. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por os referidos meios (24) de obturação reversível serem constituídos por uma terceira câmara inflável compreendendo uma parede periférica radialmente expansível por inflação.

7. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por a referida parede expansível da referida segunda câmara (22) inflável compreender, pelo menos, um conector (22a) elétrico apto a ser ligado à extremidade de um referido fio de aquecimento.

8. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por as duas referidas primeira e segunda câmaras (21, 22) insufláveis se estenderem ao longo de um comprimento l1 e, respectivamente, l2, e estarem afastadas entre si por uma distância d na direção longitudinal do mandril, de modo a que, quando uma referida primeira câmara inflável se encontra em expansão radial de pressão contra a parte terminal da manga, em particular, quando esta está disposta contra a parte terminal do revestimento interno do conduto para a realização da eletrofusão, a segunda câmara inflável fique em frente e possa ser pressionada de encontro a uma parte da parede interna tubular da referida manga.

9. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por as referidas câmaras (21, 22, 24) insufláveis serem formadas por um invólucro flexível ou semirrígido tubular de secção transversal circular disposta em torno do referido mandril (20a) cilíndrico e ao longo do mesmo eixo (XX') longitudinal do referido mandril, unindo-se os bordos circulares em cada extremidade longitudinal de cada referido invólucro à parede externa do referido mandril, de modo a que, sob o efeito da inflação da referida câmara, o referido invólucro assuma uma forma curva convexa, em corte longitudinal axial, formando a parede radialmente expandida da referida câmara.

10. Método de colocação de uma manga (3) de junção tubular em uma extremidade de um elemento (11, 12) unitário de conduto com revestimento (2) interno de material termoplástico para a fixação de uma referida manga em uma parte (2a) terminal de um referido revestimento, tendo a referida manga, em cada extremidade, uma parte (3a) terminal de parede tubular, de um modo preferido, de espessura reduzida em relação à espessura da secção (3b) principal adjacente da parede tubular da referida manga, tendo a referida manga (3) em, pelo menos, uma, de um modo preferido em cada uma, das referidas partes (3a) terminais da manga, um fio (4) de aquecimento por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica disposto, de um modo preferido, em espiral, sobre a superfície (3-2) externa da referida parte (3a) terminal da referida manga, e em que se cria, por aquecimento, uma zona de contato estanque por fusão entre os materiais constituintes de uma parte, pelo menos, da referida parte (3a) terminal da manga e, respectivamente, uma parte (2a) terminal do referido revestimento em contato entre si, e percorridas pelo referido fio de aquecimento, utilizando um dispositivo como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 9.

11. Método, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por se executarem as seguintes etapas, de um modo preferido, no convés de um navio (10) de instalação ou em terra firme: 1.1) posiciona-se o referido dispositivo (20) de colocação de uma manga no interior da referida manga (3) de modo a que, pelo menos, uma referida primeira câmara (21) inflável fique em frente de uma primeira parte (3a) terminal da manga com o seu primeiro conector (21a) em frente de uma extremidade do referido fio de aquecimento, ficando a outra das referidas primeira e segunda câmaras (21, 22) insufláveis em frente da parede interna da secção (3b) principal da manga e infla-se, pelo menos, a referida segunda câmara inflável, de modo a fixar o dispositivo (20) de colocação de manga na referida manga ao pressionar a parede expansível da referida segunda câmara de encontro à parede interna da referida manga tubular, e1.2) movimenta-se o conjunto assim formado da manga e do referido dispositivo (20) de colocação de manga na direção (XX') longitudinal, axialmente, que é inserido no interior de uma extremidade aberta desprovida de manga de um elemento (11) de conduto, até que a referida primeira parte (3a) terminal da manga se encontre em contato com a referida parte (2a) terminal do revestimento da referida extremidade do referido elemento de conduto, e1.3) infla-se a referida primeira câmara inflável para a pressionar de encontro à parede interna da referida primeira parte terminal de manga, de modo a que o referido primeiro conector (21a) elétrico seja ligado, de um modo preferido, por meio de um conector (4a) elétrico complementar, a uma extremidade de um referido fio (4) de aquecimento, e1.4) fornece-se eletricidade ao referido fio (4) de aquecimento ao exercer, ao mesmo tempo, uma pressão da referida parte terminal de manga de encontro à referida parte terminal de revestimento em contato uma com a outra por inflação da referida primeira câmara (21) inflável para obter uma referida zona de soldadura por eletrofusão de materiais constituintes de uma parte, pelo menos, da referida parte terminal da manga e, respectivamente, uma parte terminal do referido revestimento em contato entre si e percorridas pelo referido fio de aquecimento, e1.5) esvaziam-se as referidas primeira e segunda câmaras insufláveis e movimenta-se, em translação, o referido dispositivo de colocação de manga de modo a que o referido dispositivo (23) de controle de soldadura fique disposto em frente da referida parte terminal de manga correspondendo à referida zona de soldadura por eletrofusão, e1.6) infla-se, de novo, as duas primeira e segunda câmaras insufláveis que são pressionadas e fixas de encontro à parede interna da manga e aciona-se o referido dispositivo de controle de soldadura para controlar a referida soldadura, de um modo preferido, ao injetar água na referida parte terminal da manga, e1.7) esvaziam-se as referidas primeira e segunda câmaras e movimenta-se, em translação, o referido dispositivo (20) de colocação de manga para o retirar.

12. Método de realização de um conduto (1) utilizando um dispositivo como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 9, em que se realiza a montagem de elementos (11, 12) unitários de conduto compreendendo um referido revestimento (2), de um modo preferido, com uma parte (2a) terminal de espessura reduzida em cada extremidade, e uma referida manga (3) de junção tubular inserida e fixa a apenas uma extremidade de cada referido elemento (11, 12) deconduto e sobressaindo desta última, definindo a projeção da referida manga uma extremidade macho de cada referido elemento (11) de conduto apta a ser montada em uma extremidade desprovida da referida manga definindo uma extremidade fêmea de outro referido elemento (12) de conduto, tendo a referida manga, em cada extremidade, uma parte (3a) terminal de parede tubular, de um modo preferido, de espessura reduzida em relação à espessura da secção (3b) principal adjacente da parede tubular da referida manga, tendo a referida manga (3) em, pelo menos, uma, de um modo preferido, cada uma das referidas partes (3a) terminais da manga, um fio (4) de aquecimento por efeito térmico resultante da passagem de corrente elétrica disposto, de um modo preferido, em espiral sobre a superfície (3-2) externa da referida parte (3a) terminal da referida manga apto a criar, por aquecimento, uma zona de contato estanque por fusão entre si de materiais constituintes de uma parte, pelo menos, da referida parte terminal da manga e, respectivamente, uma parte terminal do referido revestimento em contato entre si e percorridas pelo referido fio de aquecimento, através da realização das seguintes etapas, nas quais:a) introduz-se um dispositivo (20) de colocação de manga no interior de um referido elemento unitário de conduto de modo a que a referida primeira câmara (21) inflável fique disposta com o seu primeiro conector elétrico em frente da extremidade de um fio de aquecimento ao nível de uma parte (3a) terminal da referida manga fixa à mesma, e fixa-se o referido dispositivo (20) de colocação de manga no interior da referida manga ao inflar uma referida segunda câmara (22) inflável de encontro à parede interna da referida manga, eb) antes ou depois da etapa a), introduz-se e insere-se à força a parte de manga formando a referida extremidade macho de um elemento (12) de conduto na extremidade fêmea do outro elemento de conduto, na direção (XX') longitudinal, axialmente, até que a referida parte (3a) terminal da manga da referida extremidade macho do referido elemento de conduto terminal fique em contato com a referida parte (2a) terminal do revestimento da referida extremidade fêmea do referido elemento de conduto a montar, ec) realiza-se a referida soldadura (5) das extremidades de dois elementos de conduto adjacentes, e d) infla-se uma referida primeira câmara inflável e liga-se o seu referido primeiro conector (21a) elétrico à extremidade do fio de aquecimento ao nível da referida parte (3a) terminal da manga que está à sua frente e fornece-se eletricidade ao referido fio (4) de aquecimento, exercendo simultaneamente, uma pressão da referida parte terminal de manga de encontro à referida parte terminal de revestimento em contato uma com a outra para obter uma assim denominada zona de soldadura por eletrofusão em uma parte, pelo menos, da interface das superfícies de cada referida parte (3a) terminal da manga e cada referida parte (2a) terminal de revestimento em contato uma com a outra e percorridas pelo fio de aquecimento na superfície da manga, para obter uma assim denominada zona de contato estanque por fusão, ee) esvaziam-se as referidas primeira e segunda câmaras insufláveis e movimenta-se, em translação, o referido dispositivo (20) de colocação de manga.

13. Método de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por se executarem as seguintes etapas, nas quais:a.1) arria-se, em uma torre (11) de instalação de conduto de um navio (10) de instalação, um primeiro elemento (12) de conduto equipado com uma referida manga em uma das suas extremidades, até à proximidade da extremidade do elemento (11) de conduto terminal superior do conduto no decurso da sua montagem parcialmente imersa na parte inferior da torre, ea.2) arria-se um referido dispositivo (20) de colocação de manga com as referidas primeira e segunda câmaras, pelo menos parcialmente, esvaziadas, que são fixas a uma referida manga fixa a um dos referidos primeiro ou segundo elemento de conduto, por inflação de uma referida segunda câmara que é pressionada de encontro à parede interna da manga na sua secção principal, sendo a referida primeira câmara disposta em frente de uma parte terminal livre da referida manga com o seu primeiro conector em frente de uma extremidade do referido fio de aquecimento,a.3) infla-se a primeira câmara (21), que é pressionada de encontro à parte (3a) terminal da referida manga de modo a que o referido conector (21a) elétrico seja ligado, de um modo preferido, através de um conector (4a) elétrico complementar, a uma extremidade do referido fio de aquecimento, eb) antes ou depois da etapa a.3), é realizada a montagem de dois elementos de conduto através da introdução e inserção à força da parte de uma manga formando uma assim denominada extremidade macho de um elemento de conduto na extremidade fêmea desprovida de manga do outro elemento de conduto,c) realiza-se a referida soldadura (5) das extremidades de dois elementos de conduto adjacentes, ed.1) fornece-se eletricidade ao referido fio (4) de aquecimento, exercendo, ao mesmo tempo, uma pressão da referida parte terminal de manga de encontro à referida parte terminal de revestimento em contato uma com a outra por inflação da referida primeira câmara (21) para obter uma assim denominada zona de soldadura por eletrofusão, ed.2) esvaziam-se as referidas primeira e segunda câmaras e movimenta-se, em translação, o referido mandril de modo a que os referidos meios (23) de controle de soldadura fiquem dispostos em frente da referida parte (3a) terminal de manga soldada por eletrofusão, ed.3) inflam-se as duas, primeira e segunda, câmaras que são pressionadas e fixas de encontro à parede interna da manga, ed.4) acionam-se os referidos meios (23) de controle de soldadura para controlar a referida soldadura, de um modo preferido, realizando simultaneamente a injeção de água na referida parte terminal da manga.

14. Método, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por, na etapa d.4), serem executadas as operações seguintes, nas quais:d.4.1) acionam-se (26), para fechar, os referidos meios (24) de obturação de modo a formar um compartimento (27) estanque delimitado pela referida primeira câmara (21) inflável e os referidos meios (24) de obturação fechando a passagem no interior do conduto, compartimento (27) estanque no interior do qual se encontram dispostos os referidos meios (23) de controle de soldadura para controlar a referida soldadura, ed.4.2) se enche com água o referido compartimento (27) estanque e se acionam (26) os referidos meios de controle de soldadura para controlar a referida soldadura, ed.4.3) em seguida, acionam-se, para abrir, os referidos meios (24) de obturação reversíveis.

15. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 14, caracterizado por, antes da etapa a), se realizarem as etapas i.1) a i.7) do método de colocação da reivindicação 10, de um modo preferido, no convés do navio ou em terra firme, para fixar uma referida manga na parte terminal de um referido elemento (11) de conduto, antes da sua montagem noutro referido elemento de conduto.