BR112015015014B1

BR112015015014B1 - laminado elástico e processo para a fabricação de laminado elástico

Info

Publication number: BR112015015014B1
Application number: BR112015015014-4A
Authority: BR
Inventors: Hans Een; Lucas Bäck; Inge Gabrielii
Original assignee: Essity Hygiene And Health Aktiebolag
Priority date: 2012-12-21
Filing date: 2012-12-21
Publication date: 2021-02-09
Also published as: KR20150091117A; US11033439B2; CA2895643C; AU2012397336A1; KR101735309B1; EP2934404A1; JP2016506322A; MX351204B; CN104869955A; MX2015007951A; RU2620747C2; EP2934404B1; US20150328056A1; EP2934404A4; BR112015015014A2; TWI605944B; CN104869955B; CA2895643A1; AU2012397336B2; RU2015129703A

Abstract

LAMINADO ELÁSTICO E PROCESSO PARA A FABRICAÇÃO DE LAMINADO ELÁSTICO A presente invenção refere-se a um laminado elástico que compreende uma primeira camada de não tecido, uma segunda camada de não tecido, e uma pluralidade de fios elásticos dispostos em paralelo uns aos outros entre as referidas primeira e segunda camadas de não tecido e a um processo para a produção do laminado. O laminado elástico compreende fios elásticos (412; 4120), que são esticados e individualmente revestidos com um adesivo. As primeira e segunda camadas não tecidas são ligadas aos fios elásticos esticados (412; 4120) para proporcionar um laminado elástico ondulado (1200), quando os fios elásticos (412; 4120) são relaxados. Pelo menos uma das camadas não tecidas está ligada aos fios (412; 4120) em pontos de ligação de adesivo distintos (4122) em um padrão pré-determinado recorrente em uma direção longitudinal ao longo dos fios (412; 4120) de modo a formar um padrão ondulado predeterminado, e as camadas não tecidas são substancialmente isentas de adesivo, exceto nos pontos de ligação adesivos (4122), onde as camadas são ligadas aos fios elásticos (412; 4120).

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção refere-se a um laminado elástico que compreende uma primeira camada de não tecido, uma segunda camada de não tecido e uma pluralidade de fios elásticos entre as camadas não tecidas e a um processo para a produção do laminado elástico. A invenção refere-se ainda à utilização do laminado elástico em produtos absorventes.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] Os produtos absorventes de tipo descartável, tais como fraldas, calças de treino e produtos para a incontinência são bem conhecidos. Tipicamente, tais produtos incluem uma folha superior permeável a líquido, uma folha inferior impermeável a líquido e um núcleo absorvente, o qual está adaptado para absorver líquidos, tais como urina e/ou sangue. Estes produtos compreendem muitas vezes elementos elásticos da manta para melhorar o ajuste do produto para o corpo do utilizador, e os elementos elásticos podem ser incorporados, por exemplo, nas regiões da cintura região, região do estômago ou da perna.

[003] É conhecida a produção de mantas ou laminados elásticos em inúmeras maneiras diferentes. Tradicionalmente, um ou mais fios elásticos são alongados por uma força de tensão e afixados com adesivo a um substrato não tencionado, o qual então se encolhe quando os fios são relaxados. O adesivo pode ser aplicado por meio de pulverização aos fios elásticos alongados e ao substrato não tensionado antes que os filamentos alongados entrem em contato com o substrato para formar a manta ou laminado elástico. Após o fio esticado e o substrato não tencionado terem sido postos em contato, a força de tensão sobre os fios é removida, e os fios são relaxados. Os fios elásticos então se contraem de volta ao seu comprimento original, não tensionado, encolhendo, assim o substrato e formando uma manta ou laminado corrugado. Tal método de produção foi descrito, por exemplo em US 5.964.973.

[004] No entanto, existem algumas desvantagens com a tecnologia de produção acima descrita e o produto obtido. Por exemplo, há um risco de que o adesivo seja aplicado de maneira irregular sobre o produto, por meio de que é obtida uma estrutura de superfície irregular no laminado. Além disso, os componentes de maquinaria de produção, bem como as áreas não desejadas do produto, podem tornar-se contaminados pelo adesivo. A cola tende a endurecer o produto nas zonas onde está presente um adesivo. Estas áreas se tornam menos flexíveis do que aquelas áreas que não têm adesivo. Além disso, se o adesivo é aplicado uniformemente sobre a superfície do material não tecido, o adesivo endurece o material não tecido e pode tornar-se menos flexível. A rigidez e inflexibilidade também afetam o produto de tal modo que, quando o produto é dobrado, marcas de dobra permanentes surgem no produto. Além disso, a cola tende a reduzir a respirabilidade do produto, o que pode ser desvantajoso em produtos, tais como fraldas descartáveis, em que a permeabilidade ao ar é muitas vezes desejada.

[005] No entanto, os adesivos são, apesar disso, desejáveis na produção de laminados elásticos, uma vez que são bem conhecidos na técnica, seguros, estáveis na produção e apresentam uma alternativa econômica para a fabricação de laminados.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[006] O objetivo da presente invenção é o de proporcionar um laminado elástico tendo melhoradas suavidade, maciez, flexibilidade e respirabilidade, em comparação com os laminados obtidos como descrito acima. Um outro objetivo da invenção é o de reduzir os problemas associados com a tecnologia tradicional de pulverização adesiva na produção de laminados elásticos e os problemas experimentados com os produtos produzidos pelo processo.

[007] Estes problemas são resolvidos, ou pelo menos substancialmente reduzidos pela presente invenção. O laminado elástico da presente invenção compreende uma primeira camada de não tecido e uma segunda camada de não tecido e uma pluralidade de fios elásticos dispostos em paralelo uns aos outros entre as primeira e segunda camadas não tecidas. Os fios elásticos são esticados e individualmente revestidos com um adesivo, e as camadas não tecidas são ligadas aos fios elásticos esticados para proporcionar um laminado elástico ondulado quando os fios elásticos são relaxados. Pelo menos uma das camadas não tecidas está ligada aos fios em pontos de ligação adesiva distintos em um padrão de repetição predeterminado em uma direção longitudinal ao longo dos fios de modo a formar um padrão ondulado predeterminado. As camadas não tecidas são substancialmente isentas de adesivo, exceto onde as camadas estão ligadas aos fios elásticos. Deste modo, o laminado obtido é macio, flexível e respirável. O padrão pré-determinado dá à superfície do laminado uma sensação suave.

[008] Preferivelmente, o laminado é elástico na direção longitudinal dos fios e o padrão ondulado predeterminado cruza a direção dos fios elásticos em um ângulo (α) de pelo menos 45°, mais preferivelmente pelo menos 60°, mesmo mais preferencialmente pelo menos 80° e mais de um modo preferido pelo menos 85° em relação à direção dos fios elásticos. O ângulo pode ser de uma forma correspondente acima de 90°, mas preferivelmente inferior a 95° e as ângulo (α) é preferivelmente igual ou inferior a 135°. No caso das linhas de onda ou em forma de ziguezague, é o eixo central das linhas em forma de onda e em forma de ziguezague que é inclinado em relação à direção dos fios elásticos. O padrão ondulado também pode atravessar a direção dos fios elásticos em um ângulo de 90°, mas é preferível que o padrão seja ligeiramente inclinado em relação à direção longitudinal dos fios para diminuir as variações de pressão em linha em um dispositivo de compressão em que o padrão ondulado é formado. Além disso, a pressão de linha pode ser retida mais estável ao longo de toda a largura dos fios elásticos durante a produção, se o padrão ondulado é ligeiramente inclinado, pelo que, por exemplo, as vibrações podem ser reduzidas. Se o padrão ondulado forma um ângulo exato de 90° em relação à direção longitudinal dos fios, pode haver um risco de um aumento da pressão de linha que pode provocar saltos e desse modo vibrações no dispositivo de compressão.

[009] As linhas do padrão ondulado são preferivelmente paralelas entre si. Deste modo é possível formar um padrão ondulado por meio de um dispositivo de compressão que é configurado para se estender ao longo de toda a largura da manta de laminado, e pode ser garantido que os diferentes pontos de ligação adesivas estejam presentes em cada fio elástico.

[010] O padrão ondulado predeterminado pode compreender linhas retas ou linhas em forma de onda ou linhas com uma forma de ziguezague no sentido da extensão das linhas. A forma do padrão ondulado proporciona um efeito visual sobre o laminado enquanto fica assegurado que a quantidade suficiente de pontos de ligação adesiva é fornecida ao longo dos fios elásticos.

[011] Uma grande quantidade de diferentes materiais não tecidos pode ser utilizada. A primeira e/ou a segunda camada de não tecido pode compreender camada de não tecido de via sopro e/ou de fiação contínua e/ou de fiação contínua hidroentrelaçada. Uma vez que os materiais não tecidos podem ter diferentes tipos de propriedades de superfície, é possível afetar as propriedades superficiais do laminado, utilizando diferentes tipos de materiais.

[012] A presente invenção refere-se também a um processo para a fabricação de um laminado elástico em um processo de laminação. O processo compreende as etapas de alimentação de uma primeira manta não tecida ao processo de laminação e a alimentação de uma segunda manta não tecida ao processo de laminação. As primeira e segunda mantas não tecidas formam as primeira e segunda camadas não tecidas ou o laminado, respectivamente. Além disso, uma pluralidade de fios elásticos dispostos em paralelo são alimentados ao processo de laminação. Os fios elásticos são esticados antes de serem revestidos individualmente com um material adesivo. Depois do revestimento de adesivo, a primeira e segunda mantas não tecidas e o fios elásticos revestidos de adesivo estirados são juntados e comprimidos por meio de um dispositivo de compressão que compreende um primeiro meio de compressão e um segundo meio de compressão para formar um laminado. O pelo menos um primeiro meio de compressão tem um padrão de superfície pré-determinado de modo a formar pontos distintos de ligação adesiva em um padrão predeterminado de repetição em uma direção longitudinal ao longo dos fios elásticos. Após a compressão os fios elásticos são relaxados no laminado formado, para formar um laminado elástico ondulado com um padrão predeterminado ondulado. No processo, um laminado elástico macio, suave, flexível e respirável pode ser produzido.

[013] Preferivelmente, os fios elásticos são revestidos por meio de revestimento de ranhura. Por revestimento de ranhura entende-se que um adesivo é aplicado a fios elásticos em uma ranhura ou cavidade que é fornecida com um adesivo. O dispositivo de revestimento de ranhura pode ser, por exemplo ranhura em V ou um dispositivo de ranhura de pente. Por meio de revestimento de ranhura pode ser assegurado que cada fio obtém uma quantidade suficiente de revestimento de adesivo, enquanto as áreas fora dos fios elásticos podem ser mantidas livres de adesivo. Assim, também o equipamento de processo pode ser protegido de contaminação.

[014] Os primeiros meios de compressão podem ter uma estrutura de superfície em forma linear saliente. Portanto, pode ser assegurado que o número de pontos de ligação adesiva é igual em cada fio elástico, e que os pontos de ligação são distribuídos uniformemente.

[015] Os primeiros meios de compressão podem também ter uma estrutura superficial em forma de linha de onda saliente. Isto proporciona um efeito visual efetivo no padrão ondulado, ao mesmo tempo em que garante que um número suficiente de pontos de ligação adesiva seja fornecido uniformemente sobre cada fio elástico.

[016] O primeiro meio de compressão é preferivelmente um cilindro de compressão. Usando um cilindro no processo, é possível proporcionar a compressão contínua das camadas não tecidas e dos fios.

[017] A presente invenção também se refere a um produto absorvente que compreende o laminado elástico descrito acima. O laminado elástico é preferivelmente compreendido na região de cintura e/ou de quadril do produto absorvente.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[018] A invenção será descrita a seguir por meio de exemplo apenas e com referência aos desenhos anexos.

[019] A Figura 1 é uma vista esquemática de um processo da técnica anterior para a produção de um laminado elástico.

[020] A Figura 2 é uma representação fotográfica de um padrão de pulverização da técnica anterior.

[021] A Figura 3 é uma vista esquemática de um processo para a produção de um laminado elástico de acordo com uma forma de realização da presente invenção.

[022] A Figura 4 é uma vista ampliada esquemática de uma zona de estreitamento entre o primeiro e segundo meios de compressão no dispositivo de compressão.

[023] A Figura 5 mostra esquematicamente o ângulo (α) em que o padrão ondulado predeterminado cruza a direção dos fios elásticos.

[024] A Figura 6 mostra esquematicamente uma vista de um dispositivo de revestimento de adesivo de pente-ranhura.

[025] A Figura 7 é uma representação fotográfica do padrão de adesivo de acordo com a presente invenção.

[026] A Figura 8 é uma vista em perspectiva esquemática de um primeiro meio de compressão tendo saliências em forma de linha reta.

[027] A Figura 9 é uma vista em perspectiva esquemática de um primeiro meio de compressão tendo saliências em forma de onda.

[028] A Figura 10 é uma vista em perspectiva esquemática de um primeiro meio de compressão tendo saliências em forma de linhas retas curtas.

[029] A Figura 11 é uma ilustração esquemática de um laminado com um padrão ondulado em forma de onda de acordo com uma forma de realização da presente invenção.

[030] As Figuras 12a e 12b ilustram o método de medição de fricção de acordo com Kawabata.

[031] As Figuras 13a e 13b ilustram o método para a medição da rugosidade superficial de acordo com Kawabata.

[032] A Figura 14 ilustra vibração vertical da amostra em análise de TSA.

[033] A Figura 15 ilustra as seções de imagem para diferentes picos de ressonância na análise de TSA.

[034] A Figura 16 ilustra a aplicação de força na análise de TSA.

DESCRIÇÃO DE REALIZAÇÕES DA INVENÇÃO

[035] A Figura 1 mostra esquematicamente um processo de laminação da técnica anterior (100) para a produção de um laminado elástico da técnica anterior que compreende uma primeira e uma segunda mantas não tecidas e uma pluralidade de fios elásticos entre as mantas não tecidas. A primeira manta não tecida (102) é alimentada a partir de um rolo de manta não tecida (104) através de cilindros dançarinos (106) para cilindros de estreitamento (108), (109), e, em seguida, através de cilindros de guia (110), (111) aos cilindros de compressão (112), (113).

[036] De um modo semelhante, uma segunda manta não tecida (202) é alimentada a partir de um rolo de manta não tecida (204) através de cilindros dançarinos (206) para os cilindros de estreitamento (208), (209), e, em seguida, através de um cilindro de guia (210) para os cilindros de compressão (112), (113).

[037] Os cilindros dançarinos (106); (206) ajustam a tensão das mantas não tecidas. A pluralidade de fios elásticos (212) é alimentada ao processo em paralelo a partir de um rolo de multifilamentos (214). Os filamentos são tensionados por meio de rolos dançarinos (216) para uma extensão de pelo menos 30%. Os fios são então alimentados para os rolos de estreitamento (218), (219), em que todas as mantas e fios estão em fase. Os fios são então revestidos com um adesivo por meio de um dispositivo (116) de aplicação por pulverização.

[038] Após a aplicação por pulverização, as mantas (102), (202) e fios elásticos (212) estão reunidos entre os rolos de compressão (112), (113) para formar um laminado elástico (120). Neste processo da técnica anterior, os cilindros de compressão (112), (113) têm superfícies substancialmente planas, isto é, os cilindros não formam qualquer estrutura de superfície especial. O laminado elástico formado vai obter uma estrutura de superfície aleatória.

[039] Como pode ser visto a partir da Figura 1, a segunda manta é guiada para passar sob os fios elásticos (212) em uma posição onde adesivo é pulverizada sobre a manta por meio do dispositivo de aplicação de pulverização (116). Assim, também a segunda manta não tecida irá ser pelo menos parcialmente revestida com o adesivo. Quando as duas mantas não tecidas e os fios elásticos são combinados parte do adesivo será transferida para a primeira manta não tecida.

[040] A Figura 2 mostra uma fotografia dos fios elásticos revestidos por pulverização da técnica anterior. Como pode ser visto, o adesivo é aplicado sobre a superfície de forma irregular e ao acaso. Parte do adesivo também irá ser transferida para a manta não tecida entre os fios. O produto sofre os inconvenientes listados acima, por exemplo, os filamentos são revestidos de forma irregular, pelo que é obtida uma estrutura de superfície irregular para o laminado. O adesivo sobre a manta não tecida tornará os materiais não tecidos mais rígidos. Além disso, quando os fios são uniformemente revestidos com o adesivo e são fixados aos materiais não tecidos ao longo de todo o comprimento dos fios, o resultado será uma estrutura de superfície irregular para o laminado.

[041] O laminado da presente invenção inclui camadas não tecidas ligadas a fios elásticos em pontos distintos de ligação de adesivo em um padrão pré-determinado, as camadas não tecidas são substancialmente isentas de adesivo, exceto onde as camadas são ligadas aos fios elásticos. Por substancialmente livres de adesivo entende-se que nenhum adesivo é adicionado às áreas fora dos fios elásticos, mas pequenas quantidades de adesivo podem ser transferidas dos fios elásticos para as camadas não tecidas fora dos pontos de ligação adesiva.

[042] O processo de acordo com a presente invenção difere da técnica anterior principalmente na forma de aplicação de adesivo ao laminado, e no modo de compressão das mantas não tecidas.

[043] No presente processo, cada fio individual é revestido separadamente, preferivelmente por meio de um dispositivo de revestimento de ranhura, que pode ser por exemplo uma ranhura em V ou dispositivo de revestimento de ranhura de pente. Por revestimento de pente de ranhura ou de pente entende-se neste caso uma ranhura de revestimento que é preparada com um calço que é concebido de tal forma que ele pode ser usado como dispositivo de guia para os fios elásticos. No entanto, o dispositivo também pode ser uma ranhura de revestimento que é entalhada em V para cada fio e com e sem dispositivo de guia anexo.

[044] Tais dispositivos são fornecidos, por exemplo, pela empresa Nordson Corporate, como por exemplo, aplicador Speed-CoatTM Slot.

[045] No presente processo é utilizado um dispositivo de compressão que compreende meios de compressão com uma estrutura de superfície com padrão para fornecer o padrão de superfície pré-determinado ao laminado elástico.

[046] Verificou-se, surpreendentemente, que revestindo individualmente cada fio elástico, por exemplo, por meio de revestimento de ranhura, em combinação com a compressão com um dispositivo de compressão com uma estrutura de superfície modelada, pode ser obtido um produto, que é semelhante a tecido, macio, tem um padrão de ondulação desejado, que é esteticamente atraente, que mantém a sua estrutura mesmo após ter sido dobrado, ou seja, sem que dobras permanentes sejam criadas no produto após a dobragem, e que é flexível e respirável.

[047] Em ligação com a presente invenção, o termo "fio elástico"pretende significar uma mecha ou um fio que é feito de material elástico, tal como por exemplo, borracha natural ou sintética, elastómeros termoplásticos, tais como poliuretano termoplástico ou copolímeros de bloco de estireno ou elastano, também referidos como spandex (copolímero de poliuretano-poliureia). Os fios podem ser do tipo de elastano que está disponível sob o nome comercial de "LYCRA", mas qualquer fio elástico adequado pode ser utilizado. Os fios podem ter uma densidade de massa linear dtex, de cerca de 80 a 800 dtex.

FIOS ELÁSTICOS

[048] Os fios elásticos são esticados durante o processo de produção a cerca de 30 a cerca de 300 do comprimento original inicial, não- tensionado, mais preferencialmente 70 a 250% e mais preferivelmente de 100 a 200% do comprimento original inicial, não esticado. Os fios elásticos devem preferivelmente ser de um tipo capaz de tolerar um alongamento de pelo menos cerca de 200%, sem romper, de modo que possam ser usados com segurança no processo de produção, sem risco de ruptura.

[049] Os fios elásticos são dispostos em paralelo entre si e são preferivelmente fornecidos ao processo a partir de um rolo de multifilamentos. Os filamentos são espaçados entre si, e, preferivelmente existem cerca de 1 a 20 fios por centímetro, mais preferivelmente 1 e 10 fios por centímetro e mais preferivelmente de cerca de 2 a 6 filamentos por centímetro.

[050] O espaçamento entre os fios no laminado pode ser, por exemplo, de desde 0,5 a 10 mm, através do que pode ser fornecido um laminado elástico com suficientes elasticidade e conforto.

CAMADAS NÃO TECIDAS

[051] As camadas de materiais não tecidos ou mantas da presente invenção podem ser vantajosamente selecionadas a partir de, por exemplo, de não tecidos de fiação contínua, de via ar, de via úmida, cardados ou de Via Sopro. O material não tecido pode ser ligado por várias técnicas, por exemplo, por agulhamento, hidroentrelaçamento, ou ligação térmica.

[052] As fibras que constituem os não-tecidos podem ser feitas de materiais naturais ou sintéticos, tais como fibras celulósicas, de celulose regenerada, fibras de poliéster, fibras de polipropileno, fibras de polietileno ou a combinação dos mesmos ou similares.

[053] O peso base para a camada de não tecido pode variar de cerca de 5 a 80 g/m2, preferivelmente de 10 a 40 g/m2, e mais preferivelmente de 10 a 30 g/m2. Quando o peso base é inferior a 40 g/m2, podem ser obtidos suficientes respirabilidade, maleabilidade e conforto para o produto. O peso base de 10 a 30 g/m2 foi encontrado como capaz de proporcionar maior conforto e flexibilidade, enquanto a processabi1idade do material é ainda boa.

[054] As várias camadas de material não tecido do laminado elástico podem ser do mesmo material ou de materiais diferentes e podem ter os mesmos pesos básicos, semelhantes ou diferentes. Se diferentes materiais são selecionados, uma manta elastificada é atingível com diferentes características de superfície em toda a manta. Por exemplo, as camadas podem ter diferentes propriedades de atrito ou diferentes propriedades de permeabilidade a líquido/vapor.

[055] Os adesivos utilizados para revestir os filamentos são preferivelmente adesivos de fusão a quente, que têm propriedades termoplásticas. Qualquer tipo conhecido de adesivo de fusão a quente pode ser utilizado e o adesivo de fusão a quente pode ser, por exemplo, à base de etileno- vinil-acetato (EVA), de poliolefina, de poliéster e/ou poliamida, poliuretano, copolímero em bloco de estireno, borracha de silicone e/ou proteína de soja natural adesivos à base.

[056] O adesivo deve ser não tóxico e deve ser aprovado para ser utilizado em ligação com produtos de higiene pessoal. Preferivelmente, o adesivo é um copolímero em bloco de estireno com base em adesivo de fusão a quente, tal como um produto semelhante a um produto com marca comercial Dispomelt 5482da Henkel. Outros exemplos de adesivos de fusão a quente apropriados são produzidos por, por exemplo, a empresa H.B. Fuller, por exemplo, produtos com os nomes de produto NW1002 ou FC8200, e Bostic H4281.

LAMINADO ELÁSTICO

[057] O laminado elástico de acordo com a presente invenção compreende duas camadas de não tecido e uma pluralidade de fios elásticos dispostos em paralelo e situados entre as duas camadas não tecidas. Como indicado acima, os fios elásticos são esticados e individualmente revestidos com um adesivo, e as camadas não tecidas são ligadas aos fios elásticos. Pelo menos uma das camadas não tecidas elásticas está ligada aos fios por ligação em pontos de ligação distintos de adesiva em um padrão de repetição predeterminado em uma direção no sentido do comprimento ao longo dos fios. Os pontos de adesivo distintos fornecidos por um cilindro de compressão tendo uma estrutura de superfície pré-determinada formam um padrão ondulado predeterminado no laminado. De um modo preferido, tanto a primeira como a segunda camadas não tecidas estão ligadas aos fios em localizações pré- determinadas, isto é, os pontos de ligação adesiva predeterminados.

[058] Os pontos de ligação adesiva podem ter uma distância entre eles 0,3 a 10 mm e preferivelmente de 0,3 a 7 mm e mais preferencialmente de 0,5 a 4 mm ao longo do comprimento dos fios elásticos. Estas distâncias foram encontradas como sendo curtas o suficiente para fornecer uma quantidade suficiente de pontos de ligação adesiva ao laminado. Ao mesmo tempo, a distância é suficientemente longa para proporcionar um padrão ondulado, em que uma quantidade suficiente de camada de material não tecido é livre de adesivo sobre a superfície superior do laminado. Por superfície superior entende- se a superfície da primeira camada de não tecido, que não está ligada aos fios elásticos nos distintos pontos de ligação adesiva após os fios elásticos terem sido relaxados. A camada de material não tecido livre de adesivo fornece uma superfície suave e macia ao laminado.

[059] O comprimento de cada um dos pontos de ligação, ou seja, o comprimento na direção do comprimento dos fios, pode ser de 0,2 a 10 mm, mais preferencialmente 0,3 a 7 mm e preferivelmente de 0,5 a 3 mm. Por exemplo, o comprimento de cada ponto de ligação pode ser igual à distância entre cada ponto de ligação para assegurar que um padrão ondulado regular seja alcançado. O comprimento de 0,2 a 10 mm proporciona um laminado com padrão ondulado ótimo e, assim, ótima maciez ao produto.

[060] Uma vez que apenas os fios elásticos são revestidos com adesivo, as camadas não tecidas são substancialmente livres de adesivo fora das zonas onde as camadas são ligadas aos fios elásticos. As camadas não tecidas, portanto, não podem estar em contato direto uma com a outra nos pontos de ligação adesiva, mas podem em vez disso ser unidas unicamente através do fio elástico.

[061] O adesivo do fio elástico pode ser parcialmente transferido ao primeiro ou segundo material não tecido, mesmo ao longo substancialmente de todo o comprimento dos fios elásticos. Nas áreas em que o adesivo foi transferido para os materiais não tecidos entre os pontos de ligação, o elástico pode ligar temporariamente aos materiais não tecidos. No entanto, as forças de compressão aplicadas às camadas são muito mais baixas nas áreas das ligações temporárias em que os pontos de ligação e, assim, a resistência de ligação é muito mais baixa. Estes vínculos temporários fracos vão romper quando o estiramento dos fios elásticos é liberado quando as forças de relaxamento dos fios elásticos forçarão os materiais não tecidos a afastarem-se dos fios elásticos para formar as partes elevadas das ondulações.

PROCESSO E APARELHO UTILIZADO NO PROCESSO

[062] O processo para a produção de laminado será agora descrito adicionalmente com referência à Figura 3.

[063] A Figura 3 mostra esquematicamente um processo de laminação para a produção de um laminado elástico de acordo com a presente invenção. O processo é representado pelo sinal de referência (300). No processo e no produto produzido pelo processo, uma primeira manta não tecida (302) forma uma primeira camada de não tecido do laminado e a segunda manta não tecida (402) forma uma segunda camada de não tecido do laminado.

[064] A primeira manta não tecida (302) é alimentada a partir de um rolo de manta não tecida (304) através de cilindros dançarinos (306a), (306b) e (306c) para os cilindros de estreitamento (308), (309). Os cilindros dançarinos são móveis em relação uns aos outros e podem assim ajustar a tensão da manta (302). A primeira manta (302) é então alimentada a partir de cilindros de estreitamento (308), (309) através de cilindros de guia (310), (311) para os cilindros de compressão (312), (313), entre os quais o laminado é formado.

[065] De um modo semelhante, a segunda manta não tecida (402) é alimentada a partir de um rolo de manta não tecida (404) através de cilindros dançarinos (406a), (406b) e (406c) para cilindros de estreitamento (408), (409). Os cilindros dançarinos ajustam a tensão da manta (402) de uma maneira semelhante aos cilindros dançarinos (306a) a (306c). A segunda manta (302) é então alimentada a partir de cilindros de estreitamento (408), (409) por meio de cilindros de guia (410) e (411) para cilindros de compressão (312), (313), entre os quais o laminado é formado.

[066] A pluralidade de fios elásticos (412) é alimentada no processo em paralelo a partir de rolos individuais ou de um rolo de multifilamentos (414). Os filamentos são tensionados por meio de cilindros dançarinos (416a), (116b), (416c) para uma extensão de pelo menos cerca de 30%. Os cilindros dançarinos (416a) a (416c) são móveis em relação uns aos outros, através do que é possível ajustar a tensão e o alongamento dos fios. Os fios são então alimentados para os rolos de estreitamento (418), (419), em que todas as mantas e fios estão em fase. Tensionamento adicional ou dispositivos de ajuste (420a), (420b) são incorporados no processo para assegurar que a tensão dos fios seja igual e correta para os fios. Os fios são então revestidos com um adesivo por meio de um dispositivo de revestimento de ranhura de pente (316), o qual está representado esquematicamente, mas em maior detalhe na Figura 6.

[067] Como pode ser visto na Figura 6, o dispositivo de ranhura de pente (316) compreende uma parte de corpo (3160) e uma pluralidade de pinos salientes (3162). Existe uma ranhura (3164) entre os pinos salientes (3162) e cada fio individual é guiado através de respectiva ranhura (3164). A parte de corpo (3160) compreende um invólucro (3166) que abriga o adesivo fundido a quente. O adesivo é aquecido e bombeado para dentro das ranhuras (3164) e assim, quando o fio é guiado através da ranhura (3164), ele vai ser revestido ou impregnado com o adesivo. O dispositivo de ranhura de pente (316) é preferivelmente colocado no processo de modo a que os pinos (3162) estejam voltados para cima, para simplificar a orientação dos fios no dispositivo de ranhura de pente. É claro que é possível colocar o dispositivo de modo que os pinos (3162) fiquem voltados para baixo. Isto simplificaria o bombeamento do adesivo nas ranhuras.

[068] A Figura 7 mostra uma fotografia de fios elásticos revestidos por revestimento de ranhura. Como pode ser visto, o adesivo está presente apenas nos fios elásticos por meio de que um padrão de adesivo regular é obtido e as áreas fora dos fios elásticos são substancialmente livres de adesivo. A direção da máquina dos fios é mostrada com setas e "MD" e um sentido transversal é mostrado com setas e "CD".

[069] Voltando à Figura 3, quando os fios foram revestidos com o adesivo, as mantas (302), (402) e os fios elásticos (412) são reunidos entre um primeiro e segundo meios de compressão (312) e (313) em um dispositivo de compressão (314) para formar um laminado elástico (320). O primeiro meio de compressão (312) tem um padrão de superfície pré-determinado, e o segundo meio de compressão (313) tem uma superfície substancialmente plana, isto é, ele não tem uma estrutura de superfície pré-determinada.

[070] A zona de estreitamento entre o primeiro meio de compressão (312) e o segundo meio de compressão (313) é mostrada esquematicamente, mas em maiores detalhes na Figura 4. Como pode ser visto, as saliências (3120) no primeiro meio de compressão (312) pressionam as mantas não tecidas (302) e (402) em direção ao fio elástico (4120) e ao segundo meio de compressão (313). O adesivo é sensível à pressão e proporciona uma vedação em pontos de ligação pré-determinados (4122) nas mantas não tecidas (302), (402) e o fio (4120) após a compressão e, assim, é fornecido um laminado elástico (320).

[071] O laminado elástico (320) formado terá, portanto, um padrão ondulado predeterminado no lado virado para o primeiro meio de compressão (312). No lado voltado para o segundo meio de compressão (313), o adesivo pode ser parcialmente transferido para a segunda camada de não tecido substancialmente ao longo de todo o comprimento dos fios elásticos. Como já foi mencionado acima, em partes da área em que o adesivo foi transferido entre os pontos de ligação, podem ocorrer ligações fracas temporárias que vão romper quando o estiramento dos fios elásticos é liberado de modo que os fios elásticos relaxam e se contraem desta forma enrugando as mantas não tecidas. A primeira camada de não tecido (302) podem ter pequenas áreas isoladas de adesivo fora dos pontos de ligação adesiva e a segunda camada de não tecido (402) é substancialmente livre de adesivo fora das zonas onde está em contato com os fios elásticos.

[072] O dispositivo de compressão útil no processo de acordo com a presente invenção compreende um primeiro meio de compressão, que pode ser, por exemplo, uma placa ou um cilindro que apresenta um padrão de superfície pré-determinado, e um segundo meio de compressão no lado oposto da manta laminada a ser formada. Por padrão de superfície entende-se um pré- determinado padrão fornecido por saliências ou ranhuras na superfície dos meios de compressão. A primeira manta não tecida que forma a primeira camada de não tecido do laminado e a segunda manta não tecida que forma a segunda camada de não tecido do laminado são pressionadas contra os fios elásticos em lados opostos dos fios no ponto de estreitamento entre os primeiros e segunda meios de compressão. O segundo meio de compressão pode ter a mesma forma que o primeiro meio de compressão, e, portanto, pode também ser uma placa ou um cilindro.

[073] O padrão de superfície pré-determinado é obtido fornecendo elementos salientes pelo menos na superfície do primeiro meio de compressão. O padrão de superfície pode também ser fornecido por sulcos. O primeiro meio de compressão é preferivelmente um cilindro ou um tambor, que gira à mesma velocidade que as mantas não tecidas e os fios elásticos, em que pode ser facilmente assegurado que os pontos de ligação sejam fornecidos nos fios elásticos de uma forma contínua.

[074] O segundo meio de compressão pode ser plano ou pode ter uma estrutura de superfície pré-determinada. Se o segundo meio de compressão tem uma superfície plana um tanto mais de adesivo pode ser transferido para a manta não tecida do que se o segundo meio de compressão tem uma estrutura de superfície pré-determinada. O padrão de ligação, contudo, não será alterado. Se o segundo meio de compressão tem uma estrutura de superfície pré- determinada, a forma de suas saliências pode corresponder às saliências do primeiro meio de compressão e o primeiro e o segundo meios de compressão estão preferivelmente em fase entre si. Isto significa que as partes salientes dos meios de compressão estão alinhadas entre si de tal forma que elas se encontram em lados opostos da manta durante o processo de produção e, assim, proporcionam uma zona de estreitamento entre os meios de compressão de modo que compressão suficiente é proporcionada nos pontos de ligação e o padrão ondulado desejado pode ser fornecido ao laminado.

[075] O padrão predeterminado no primeiro meio de compressão, e, portanto, os pontos de ligação adesiva, pode ter uma distância de saliências de 0,3 a 10 mm e preferivelmente de 0,3 a 7 mm e mais preferencialmente de 0,5 a 4 mm. A distância das saliências no primeiro meio de compressão define a distância entre os pontos de ligação adesiva do laminado. Estas distâncias foram encontradas como sendo suficientemente curtas para fornecer uma quantidade suficiente de pontos de ligação adesivas ao laminado, enquanto que a distância é suficientemente longa para proporcionar um padrão ondulado, em que uma quantidade suficiente de camada de material não tecido é livre de adesivo na superfície superior, isto é, na superfície da primeira camada de não tecido ligado aos fios elásticos, nos pontos de ligação adesiva distintas, depois de os fios elásticos foram relaxadas. As áreas da camada de material não tecido livres de adesivo proporcionam uma superfície suave e macia ao laminado.

[076] As saliências podem ter uma altura de 0,1 mm a 5 mm, preferivelmente de 0,2 a 2 mm. As saliências podem ser superiores a 5 mm, mas, mesmo que a compressão obtida possa ser melhor, a máquina pode ser mais vulnerável a problemas de produção. Quanto mais espessas as camadas não tecidas e os fios elásticos, maiores devem ser as saliências.

[077] O ângulo (α) predeterminado da saliência em forma de linha reta (3120) em relação à direção longitudinal dos fios (4120) é mostrado esquematicamente na Figura 5. Como já foi mencionado acima, a inclinação das protuberâncias (3120) e, assim, o padrão ondulado formado diminui as variações de pressão de linha e, portanto, diminui, por exemplo, as vibrações durante o processo. O padrão ondulado predeterminado cruza a direção dos fios elásticos em um ângulo (α) de pelo menos 45°, mais preferivelmente pelo menos 60°, mesmo mais preferivelmente pelo menos 80° e, mais preferivelmente pelo menos 85° em relação à direção dos fios elásticos. O ângulo pode ser de uma forma correspondente acima de 90°, mas preferivelmente inferior a 95° e o ângulo (α) é preferivelmente igual ou inferior a 135°.

[078] A Figura 8 mostra esquematicamente um exemplo de um primeiro meio de compressão em um dispositivo de compressão da presente invenção. O meio é um cilindro (812) que compreende uma pluralidade de protuberâncias em forma de linha reta (8120) e o cilindro tem, assim, uma estrutura de superfície saliente em forma de linha reta.

[079] A Figura 9 mostra esquematicamente outro exemplo de um primeiro meio de compressão em um dispositivo de compressão da presente invenção. O meio é um cilindro (912) que compreende uma pluralidade de saliências em forma de onda (9120) e o cilindro tem, assim, uma estrutura de superfície saliente em forma de onda.

[080] A Figura 10 mostra esquematicamente um exemplo adicional de um primeiro meio de compressão em um dispositivo de compressão da presente invenção. O meio é uma placa (1012) que compreende uma pluralidade de saliências em forma de linhas curtas (1020) e a placa tem, assim, uma estrutura da superfície saliente em forma de linha reta.

[081] Na Figura 11, um exemplo de um laminado corrugado obtido (1200) com um padrão ondulado em forma de onda é mostrado esquematicamente. O laminado compreende uma pluralidade de fios elásticos (1112). Tal como pode ser visto, o padrão corrugado obtido (1120) é em forma de onda e é obtido por meio de um dispositivo de compressão que compreende uma estrutura de superfície de onda, por exemplo, como mostrada na Figura 9.

PRODUTOS ABSORVENTES

[082] O laminado elástico de acordo com a presente invenção pode ser usado em numerosas aplicações, por exemplo, em produtos absorventes. Tais produtos podem incluir fraldas, peças de vestuário de proteção para incontinentes, absorventes higiênicos, protetores de calcinha e semelhantes.

[083] Em produtos absorventes, tais como fraldas e produtos para adultos incontinentes, é desejável proporcionar regiões selecionadas com maior elasticidade do que outras regiões, como por exemplo, na região de cintura, região de quadris e aberturas para as pernas. Isso proporciona um produto com ajuste perfeito e conforto. A região de quadris é definida como a região abaixo da região de cintura e acima da região entrepernas. Ela inclui os quadris, a região abdominal e a parte inferior da parte de trás e as partes superiores das nádegas que estão na mesma altura que os quadris.

[084] Um produto absorvente geralmente compreende um chassi e uma estrutura absorvente dentro do chassi. O chassi compreende um painel frontal e um painel traseiro. O painel frontal é destinado a se sobrepor à região abdominal do utilizador e o painel traseiro é destinado a se sobrepor à região inferior das costas e nádegas. O produto absorvente também tem uma região de entrepernas estendendo-se entre o painel frontal e o painel traseiro. A região entrepernas pode ser feita da estrutura absorvente e, por vezes também o chassi do produto. Normalmente, a estrutura absorvente compreende ainda um núcleo absorvente localizado principalmente na região de virilha, mas também pode estender-se para dentro do painel frontal e do painel traseiro do chassi, com o núcleo absorvente sendo ensanduichado entre uma folha de topo permeável a líquido e uma folha inferior impermeável a líquido em geral. A cobertura exterior do chassi pode também ser a camada posterior impermeável a líquido da estrutura absorvente.

[085] O núcleo absorvente pode compreender qualquer material convencional adequado para a absorção de resíduos corporais descarregados, tais como polpa fofa celulósica, camadas de papel tissue, polímeros altamente absorventes (superabsorventes), materiais de espuma absorventes, incluindo material de hidrogel-espuma, materiais não tecidos absorventes ou semelhantes.

[086] A camada superior permeável a líquido pode ser composta por um material não tecido, por exemplo, de fiação contínua, de via sopro, cardado, hidroentrançado, de via úmida, etc., que pode ser composto de fibras naturais, tais como polpa de madeira ou fibras de algodão, fibras sintéticas, tais como poliéster, polietileno, polipropileno, viscose, etc., ou de uma mistura destes. O material da folha superior pode ainda ser composto por fibras de estopa, espumas porosas, películas plásticas perfuradas, etc.. Os materiais adequados como materiais de folha de topo devem ser suaves e não irritantes para a pele e ser facilmente penetrados por um fluido corporal, por exemplo, urina ou fluido menstrual, e mostrar baixas propriedades de reumidificação.

[087] A camada posterior impermeável a líquido pode ser constituída por uma película de plástico fina, por exemplo, uma película de polietileno ou polipropileno, um material não tecido revestido com um material impermeável a líquido, um material não tecido hidrofóbico, que resiste à penetração de líquido ou laminados de películas de plástico e materiais não tecidos. O material da camada inferior pode ser respirável, de modo a permitir que os gases escapem do núcleo absorvente, embora continue a impedir a passagem de líquido através do material da camada inferior.

[088] A folha superior e a folha inferior podem ser ligadas uma à outra, por exemplo, por ligação adesiva, colagem ou soldadura por calor ou ultrassom. A camada superior e/ou a camada inferior podem ainda ser ligadas ao núcleo absorvente por qualquer método conhecido na técnica, tal como adesivo, ligação térmica, etc.

[089] Um produto absorvente na forma de, por exemplo, uma fralda pode também compreender meios de fixação para fixar as regiões de extremidade dianteira e traseira uma à outra para prender assim a fralda em torno da cintura de um utilizador. Este tipo de fralda é uma fralda aberta convencional.

[090] O produto absorvente descartável pode também estar na forma de um produto absorvente com cinto. Estes produtos são geralmente usados por adultos e pode ser adaptado tanto para incontinência e quanto a uso geral. Um produto absorvente de cinto é proporcionado com duas metades de cinto que se estendem a partir dos lados da região de extremidade traseira. As duas metades de cinto destinam-se a serem colocadas em torno da cintura de um utilizador e fixadas usando qualquer fixador adequado para reter, com o cinto, o produto absorvente em torno da cintura de um utilizador.

[091] O produto absorvente descartável pode também estar na forma de uma fralda tipo calça. Em contraste com uma fralda aberta convencional, as regiões de extremidade da parte dianteira e traseira de uma fralda tipo calça são inicialmente presas umas às outras por meio de costuras laterais para desse modo proporcionar uma peça de vestuário que pode ser vestida em um utilizador da mesma maneira como uma roupa interior normal. As costuras laterais podem ser feitas para serem susceptíveis à ruptura.

[092] De acordo com a presente invenção, o produto absorvente, ou seja, por exemplo, uma fralda convencional, produto absorvente de cinto ou fralda tipo calça ou qualquer outro produto absorvente, inclui pelo menos uma região compreendendo o laminado elástico de acordo com a presente invenção e tal como descrito anteriormente. A região preferivelmente compreende pelo menos parcialmente uma região de cintura e/ou região do quadril do produto absorvente para proporcionar conforto e ajuste em torno da cintura. A região também pode ser uma estrutura de perna na região entrepernas, por meio de que o laminado elástico pode proporcionar um efeito de vedação em torno da região superior da perna de um utilizador do produto absorvente para reduzir, assim, o risco de vazamento das descargas corporais a partir do produto absorvente. O laminado elástico da presente invenção também pode constituir pelo menos uma parte de uma estrutura de barreiras elevadas na região de entrepernas do artigo absorvente ou pode ser uma parte de uma estrutura elástica de entrepernas na região entrepernas. A estrutura elástica entrepernas serve, dentre outros, para forçar o produto absorvente a adoptar uma forma côncava na região de entrepernas quando o produto é usado para ajudar desse modo a reter resíduos corporais descarregados. O laminado corrugado é especialmente adequado para ser usado como cintura elástica e/ou elásticos de quadril em fraldas calça.

[093] Os efeitos positivos obtidos pelo laminado elástico serão ainda mostrados nos exemplos a seguir.

EXEMPLOS

[094] Dois laminados elásticos diferentes, Laminado A e Laminado B, foram preparados. Ambos os laminados têm propriedades elásticas semelhantes. Laminado elástico A é um laminado de acordo com uma forma de realização da presente invenção e tem as seguintes características: Laminado A - De acordo com uma forma de realização da invenção - Primeira camada de não tecido: não tecido de fiação contínua Peso base: 19 g/m2 - Segunda camada de não tecido: não tecido de fiação contínua Peso base: 19 g/m2 Fios elásticos: spandex 240 dtex Separação: 2 mm Adesivo: Hotmelt, ranhura em V rios fios; 0,01 g/m no fio - A primeira camada de não tecido é a camada voltada para o primeiro meio de compressão com um padrão de superfície pré-determinado. O segundo meio de compressão tem uma estrutura de superfície plana. Laminado B - Exemplo Comparativo - Primeira camada de não tecido: não tecido de fiação contínua Peso base: 19 g/m2 - Segunda camada de não tecido: não tecido de fiação contínua Peso base: 19 g/m2 Fios elásticos: spandex 240 dtex Separação: 2 mm Adesivo: Hotmelt, colado por pulverizador, 4,7 g/m2, - O laminado é ligado pela utilização de dois meios planos de compressão.

ANÁLISE 1 - PAINEL SENSORIAL

[095] A lisura dos dois laminados foi avaliada em um painel de teste sensorial. Em painéis sensoriais membros de teste são convidados a avaliar uma propriedade que é oposta àquela desejada. Neste caso suavidade é a propriedade necessária e, portanto, os membros do painel são convidados a avaliar qual das amostras é a mais áspera.

[096] O teste sensorial foi realizado por organizar um teste cego com 20 membros de painel. As duas amostras diferentes, Laminado A e Laminado B, foram colocadas aleatoriamente em uma mesa. Em ligação ao Laminado A, o lado com as primeiras camadas não tecidas foi virado para cima em relação às pessoas de teste no teste.

[097] Em conexão com o Laminado B, o lado em que o adesivo de fusão a quente foi pulverizado foi virado para cima para as pessoas de teste.

[098] As pessoas de teste não foram autorizadas a ver as amostras ou levantá-las da mesa. Elas foram convidadas a deslizar as pontas dos dedos sobre as superfícies de materiais da esquerda para a direita e dizer qual deles era o mais áspero.

[099] Os resultados deram uma diferença significativa em favor do laminado de acordo com a presente invenção com cola aplicada em fios individuais, Laminado A. 17 dos 20 membros consideraram o Laminado A, que é o laminado de acordo com a presente invenção, como o menos áspero, ou seja, o mais liso.

ANÁLISE 2 - KAWABATA

[0100] Propriedades de superfície dos dois laminados foram medidas utilizando Sistema de Avaliação Kawabata, KES-EB, um sistema de julgamento de qualidade japonês usado para materiais têxteis e divulgado em: "The Standardization and Analysis of Hand Evaluation (2a Edição) , Suco Kawabata, Julho de 1980, The Hand Evaluation and Standardization Committee, The Textile Machinery Society of Japan."

[0101] Recomendações especiais para materiais não tecidos são criadas em: "A Proposal of the Standardized Measuring Conditions for Mechanical Property of Apparel Fabric, by Kawabata S och Niwa M." Estas recomendações foram seguidas nos testes abaixo com as seguintes exceções: A largura do material foi de 140 mm, em vez de 200 mm devido a razões de ordem prática, o peso da barra que carrega as amostras foi de 120 g.

[0102] O teste Kawabata é dividido em quatro blocos: KES-FB-1 para medições de tensão e de cisalhamento, KES-FB-2 para medições de flexão pura, KES-FB-3 para medições de compressão e KES-FB-9 para medições de superfície.

[0103] Exemplos de saída obtidos a partir de testes Kawabata são: • Extensibilidade (%) • Rigidez de dobra (gf cm2/cm) • Rigidez de cisalhamento (gf/cm grau) • Compressibilidade (%) • Rugosidade superficial (um) • Fricção (-)

[0104] A unidade gf utilizada no sistema Kawabata é que a força da gravidade exerce sobre um grama, ou seja, cerca de 9,81 mN. Nos nossos testes, somente o módulo de rugosidade da superfície e de fricção (KES-FB-4) foram utilizados. Uma baixa rugosidade de superfície e baixo atrito são conhecidos por causar menos atrito em um portador de artigos de higiene e estão correlacionadas com suavidade percebida em testes sensoriais.

Fricção

[0105] A fricção de acordo com Kawabata é medida pelo desenho de um "trenó" de acordo com as Figuras 12a e 12b, 20 mm para trás e para frente ao longo da superfície da amostra na qual a força é medida. A velocidade nesta medição é de 1 mm/s e a força F normal é mantida constante = 50 gf.

RUGOSIDADE SUPERFICIAL

[0106] O bulbo para as medições da rugosidade de superfície é constituído por um fio metálico liso que tem uma forma de acordo com as Figuras 13a e 13b. Ele é carregado com uma força constante de 10 fg e se move com uma velocidade de 1 mm/s, 20 mm para trás e para frente uma vez sobre a superfície da amostra. A rugosidade de superfície é definida como o desvio significativo da espessura da amostra medida na unidade μm.

[0107] As amostras com uma largura de 140 mm foram preparadas e analisadas na direção da máquina (MD) do módulo de análise de superfície no aparelho de Kawabata. As amostras foram carregadas com a braçadeira e 120 g bar e medidas nas direções para frente e para trás na MD. Os valores médios de rugosidade da superfície, de fricção e a variação de atrito são apresentados no quadro a seguir:

[0108] Laminado B, a amostra colada por spray, tem maior rugosidade de superfície do que o Laminado A. Também valores de fricção e variação de fricção são ligeiramente superiores.

ANÁLISE 3 - TSA

[0109] Os Laminados de amostra exemplificativos A e B acima foram analisados com TSA - Analisador de Suavidade de Tecido, um método que utiliza ondas acústicas e demonstrou correlacionar bem com os testes de painel de mão para materiais finos como tecido ou não tecido, e foi proposto para se tornar um novo padrão ISO.

BASES TÉCNICAS DE TSA

[0110] A sensação da mão de um material fibroso é afetada pelos componentes em vários níveis; a partir dos polímeros a um nível molecular para a rede fibrosa a um nível macro. Rigidez das fibras individuais, estrutura interna, força de ligação fibra-a-fibra, produtos químicos amaciantes, etc., tudo isso afeta a sensação manual, mas assim como também as propriedades do material do tecido, tais como formação de crepe, estampagem, espessura etc.

[0111] A análise TSA, por causa de seus princípios, pode medir efeitos de diferenças materiais em vários níveis e algoritmos para diferentes tipos de materiais, como papel higiênico ou tecido facial têm sido desenvolvidos.

PRINCÍPIO DE MEDIÇÃO

[0112] A amostra será fixada em uma célula de medição como uma pele de tambor. Abaixo está colocado um sensor de vibração, acima é colocada uma cabeça de medição móvel vertical com uma lâmina rotativa que vai ser empurrada para a amostra com uma carga definida. Na etapa 1 da medição, será executada rotação com uma velocidade definida. O movimento das lâminas em relação à amostra gera diferentes tipos de vibrações/ruídos, o que será detectado por um sensor de vibração. Na etapa 2 da medição, a amostra será deformada perpendicularmente à superfície para medir as propriedades elásticas, visco-elásticas e plásticas.

AVALIAÇÃO

[0113] O espectro resultante de vibrações/ruídos da etapa 1 de medição é uma sobreposição de dois espectros únicos; (a) vibração vertical da amostra como uma membrana e (b) excitação de vibrações horizontais das lâminas em si causadas por bloqueio momentâneo e oscilação para trás das lâminas pelas fibras, quando se deslocam sobre a superfície. (a) A Figura 14 ilustra vibração vertical da amostra (seta com o sinal de referência (4)), como uma membrana, causada pelo movimento das lâminas (1), (2) e (3) (posição fixa vertical) sobre a superfície da amostra com encrespamento/estampagem, semelhante ao movimento de uma agulha de gravador de música sobre o disco.

[0114] A frequência de vibração é dependente das dimensões da estrutura (crepagem/estampagem) e a velocidade de rotação da lâmina. A amplitude das vibrações é dependente da altura das estruturas.

[0115] O primeiro pico do espectro representa a suavidade/aspereza e é chamado de "pico de suavidade/rugosidade TS750". É correlacionado com a suavidade/rugosidade percebida: quanto mais macio o material, menor é o impacto da rugosidade à sensação da mão. (b) Excitação das vibrações horizontais das lâminas em si (na frequência de ressonância a cerca de 6.500 Hz.), causada pelo bloqueio momentâneo e oscilante para trás das lâminas pelas fibras, quando se desloca sobre a superfície: a respectiva parte do espectro é chamada "pico de suavidade TS7" (a 7000 Hz), enquanto que a frequência é constante (dependente do material e da geometria), mas a deformação é dependente da maciez/dureza das fibras (rigidez das fibras individuais) e a estrutura do material (volume, ligação das fibras). A altura deste pico TS7 correlaciona-se com a suavidade real do material. A Figura 15 ilustra a seção de imagem para pico TS7 com sinal de referência (5) e seção imagem para pico TS750 com sinal de referência (6) para uma amostra (7).

[0116] Na etapa 2 da medição o rotor aplica uma carga definida em três ciclos em sentido vertical sobre a amostra. A Figura 16 ilustra a aplicação da força. Na etapa (i) F = 100mN e na etapa (ii) F é constante e 600mN. A deformação D medida correlaciona-se com a rigidez do material.

[0117] Os três parâmetros TS7 maciez, TS750 suavidade e D rigidez serão combinados em conjunto com o calibre (espessura), gramatura e número de camadas com diferentes algoritmos para uma sensação manual número HF = f(TS7, TS750, D, Calibre, Gramatura, n° de camadas). As equações matemáticas podem ser criadas de uma forma que os resultados correlacionem-se com um determinado painel. Algoritmos padrão para cada material (tecido de base, papel higiênico, tratamentos faciais) estão disponíveis pelo produtor do instrumento.

[0118] Os Laminados A e B foram analisados de acordo com as descrições acima, utilizando um equipamento TSA fornecido pela empresa EMTEC. Os testes foram realizados de acordo com as instruções para o equipamento EMTEC.

[0119] Uma tabela com os principais resultados da medição TSA é vista abaixo.

[0120] Como pode ser visto a partir dos resultados, a deformação é superior D para Laminado A. O Laminado B tem uma maior resistência à força aplicada e deforma-se em menor grau sob carga.

[0121] O valor TS750 é significativamente mais elevado para o Laminado B, que poderia ser interpretado como que este material tem uma rigidez percebida mais elevada do que o Laminado A.

[0122] Os valores TS7 são semelhantes para o Laminado A e o Laminado B, mas ligeiramente mais baixos para o Laminado A. Ambos os laminados compreendem os mesmos materiais da camada não tecida.

[0123] Um algoritmo desenvolvido para materiais de tecido facial (Facial II) foi utilizado para correlacionar dados TSA com valores de sensação manual e a amostra A é aproximadamente 5 unidades mais suave do que B em uma escala graduada 100.

[0124] Os resultados mostram que o laminado A de acordo com a presente invenção é mais suave e tem uma estrutura de superfície mais lisa do que o Laminado B da técnica anterior.

[0125] A invenção foi descrita acima por meio apenas de exemplo, e deve ser compreendido que a invenção pode ser variada de muitas maneiras dentro do âmbito das reivindicações anexas.

Claims

1. Laminado elástico que compreende uma primeira camada de não tecido, uma segunda camada de não tecido, e uma pluralidade de fios elásticos dispostos em paralelo uns aos outros entre as referidas primeira e segunda camadas não tecidas caracterizado por: - os fios elásticos (412; 4120) serem esticados e individualmente revestidos com um adesivo, e as primeira e segunda camadas de não tecido serem fixadas aos fios elásticos esticados (412; 4120) para proporcionar um laminado elástico ondulado (1200), quando os fios elásticos (412; 4120) são relaxados, em que: - pelo menos uma das camadas não tecidas está ligada aos fios (412; 4120) em pontos distintos de ligação de adesivo (4122) em um padrão pré- determinado recorrente em uma direção longitudinal ao longo dos fios (412; 4120) de modo a formar um padrão ondulado predeterminado, e - as camadas não tecidas são substancialmente isentas de adesivo, exceto nos pontos de ligação adesiva (4122), onde as camadas são ligadas aos fios elásticos (412; 4120).

2. Laminado elástico de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo laminado (1200) ser elástico na direção longitudinal dos fios (412; 4120) e o padrão ondulado predeterminado cruzar a direção dos fios elásticos (412; 4120) em um ângulo (α) de pelo menos 45°, mais preferivelmente pelo menos 60° até mais preferencialmente pelo menos 80° e, mais preferivelmente pelo menos 85° em relação à direção dos fios elásticos (412; 4120).

3. Laminado elástico de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado pelo padrão ondulado predeterminado compreender linhas retas ou linhas em forma de onda, em uma direção perpendicular à direção dos fios elásticos.

4. Laminado elástico de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pela primeira e/ou a segunda camada de não tecido compreende um não tecido de via sopro ou de fiação contínua ou de fiação contínua hidroentrelaçada.

5. Processo para a fabricação de um laminado elástico em um processo de laminação caracterizado por compreender as etapas de: i. alimentar uma primeira manta não tecida (302) ao processo de laminação; ii. alimentar uma segunda manta não tecida (402) ao processo de laminação; iii. alimentar uma pluralidade de fios elásticos (412) em paralelo ao processo de laminação; iv. esticar os fios elásticos (412); v. revestir individualmente os fios elásticos (412) com um adesivo; vi. juntar as primeira e segunda mantas não tecidas (302; 402) e os fios elásticos (412) esticados, revestidos com adesivo; vii. comprimir as primeiras e segundas mantas não tecidas (302; 402) e os fios elásticos (412) esticados, revestidos com adesivo em conjunto por meio de pelo menos um dispositivo de compressão (314) compreendendo um primeiro meio de compressão (312) e um segundo meio de compressão (313) para formar um laminado, em que pelo menos o primeiro meio de compressão (312) tem um padrão de superfície pré-determinado, para formar pontos de ligação adesiva distintos (4122) em um padrão pré-determinado recorrente em uma direção longitudinal ao longo dos fios elásticos (412); e viii. relaxar os fios elásticos no laminado formado para formar um laminado elástico com um padrão corrugado predeterminado.

6. Processo de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelos fios elásticos (412) serem revestidos por meio de ranhura de revestimento.

7. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 a 6, caracterizado por o pelo menos um primeiro meio de compressão (312; 812; 1012) ter uma estrutura superficial saliente em forma de linha reta.

8. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 a 6, caracterizado por o pelo menos um primeiro meio de compressão (312; 912) ter uma estrutura superficial saliente em forma de linha de onda.

9. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 a 7, caracterizado por o pelo menos um primeiro meio de compressão (312; 812; 912) ser um cilindro de compressão.

10. Produto absorvente caracterizado por compreender um laminado elástico de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4.

11. Produto absorvente de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo laminado elástico ser compreendido na região de cintura e/ou na região dos quadris do produto absorvente.