BR112014018205B1

BR112014018205B1 - Sistema de parafusos de compressão

Info

Publication number: BR112014018205B1
Application number: BR112014018205-1A
Authority: BR
Inventors: Nicolas Bouduban; Patrick Burki; Urs Hulliger; Philippe Gedet; Beat Lechmann; Wamis Singhatat; Scott Larsen
Original assignee: Synthes Gmbh
Priority date: 2012-01-24
Filing date: 2013-01-22
Publication date: 2021-08-10
Also published as: CN104080416B; WO2013112477A1; TWI556787B; EP3061403A1; CA2861460A1; JP2015506759A; US20130190817A1; KR20140116211A; KR102073541B1; EP3061403B1; US11197667B2; BR112014018205A2; CN104080416A; EP2806813B1; US20170156726A1; JP6342332B2; BR112014018205A8; EP2806813A1; TW201345478A; CA2861460C

Abstract

sistema de parafusos de compressão. é apresentado um parafuso de compressão que compreende uma haste rosqueada e uma cabeça associada à extremidade proximal da haste. a cabeça tem uma pluralidade de protuberâncias estendendo-se para fora, espaçadas uma em relação à outra de modo a definir uma pluralidade de reentrâncias entre as mesmas, para receber um acionador de parafuso de modo tal que a força rotacional possa ser transferida do acionador de parafuso ao parafuso. as protuberâncias da cabeça podem ser dotadas de orifícios para fixação de sutura, ou um acoplamento de sutura pode ser posicionado sobre a haste de modo a se estender entre as protuberâncias da cabeça.

Description

INCORPORAÇÃO POR REFERÊNCIA

[001] A totalidade do pedido provisório US n° de série 61/589.947,depositado em 24 de janeiro de 2012, é por meio desta expressamente aqui incorporado a título de referência.

ANTECEDENTES

[002] Os conceitos inventivos aqui apresentados referem-se, demodo geral, a parafusos de compressão implantáveis e, mais particularmente, mas não como um modo de limitação, a um sistema de parafusos de compressão com recursos de ancoramento de sutura, e a métodos para uso dos mesmos.

[003] Os parafusos de compressão implantáveis são tipicamenteusados para o manejo de fraturas ósseas, por exemplo mediante a implantação de um parafuso de compressão em um osso fraturado, de modo que o parafuso fixe, ou comprima um contra o outro, os fragmentos do osso fraturado, permitindo assim que o osso se consolide e torne a crescer. Em certas fraturas, uma placa externa pode ser comprimida contra o osso, tipicamente por mais de um parafuso de compressão, de modo a reforçar o osso e permitir sua consolidação.

[004] Os tecidos moles, como tendões e ligamentos, sãogeralmente fixados ao osso por pequenas fibras colágenas. Essas fibras são resistentes, mas permitem que os tendões e os ligamentos sejam flexíveis. Algumas fraturas, ou outras lesões ósseas, fazem com que o tecido mole se rompa ou seja separado do osso, necessitando de reparos. Os cirurgiões frequentemente precisam reparar o tecido mole separado com uma ou mais suturas, as quais tipicamente reconectam o tecido mole ao osso por meio de uma âncora de sutura implantada no osso. Essas âncoras de sutura são geralmente implantadas no osso de um paciente por meio de extensosprocedimentos cirúrgicos ou por meio de técnicas cirúrgicasartroscópicas. De modo geral, algumas âncoras de sutura podem exigir que um cirurgião faça um nó na sutura, ou podem ser "sem nós", isto é, nenhum nó é necessário para prender o tecido mole ao osso, pois a sutura é retida pela âncora de sutura e pelo osso.

[005] Os parafusos de compressão atualmente existentes sãoimplantados no osso de um paciente de várias formas, as quais podem sem geralmente classificadas como aquelas que exigem a perfuração de um orifício no osso, e aquelas que podem ser implantadas sem perfuração, como sendo empurradas ou rosqueadas no osso, por exemplo. Alguns parafusos de compressão incluem pontas rosqueadas que são auto-atarraxantes, e alguns parafusos de compressão exigem que um orifício ou um canal seja perfurado ou formado no osso, antes da implantação do parafuso de compressão no osso.

[006] Uma vez que um parafuso de compressão estejaimplantado, os tecidos moles adjacentes, como músculos, tendões, cartilagem e pele, por exemplo, podem mover-se sobre a cabeça do parafuso de compressão como resultado dos movimentos normais do corpo do paciente. Os parafusos de compressão atualmente disponíveis têm cabeças volumosas, as quais se projetam sobre a superfície do osso e podem causar abrasão, irritação e danos aos tecidos moles, por exemplo. Adicionalmente, como as superfícies ósseas circundando o parafuso de compressão tipicamente têm diferentes ângulos, a cabeça dos parafusos de compressão de técnica anterior podem não ficar niveladas com a superfície do osso, causando assim irritação e lesão adicional aos tecidos moles adjacentes.

[007] Embora alguns parafusos de compressão com ângulo variável tenham sido desenvolvidos na técnica anterior, esses parafusos de compressão com ângulo variável ainda têm as desvantagens mencionadas acima (consulte, por exemplo, o pedido de patente com n° serial US 11/971.358, cuja descrição está aqui expressamente incorporada, a título de referência, em sua totalidade).

[008] Um outro problema com parafusos de compressãoatualmente existentes é que não permitem que suturas sejam fixadas aos mesmos, exigindo assim que meios separados para fixação de suturas, como âncoras de sutura, sejam usados para reparar as lesões em tecidos moles que frequentemente acompanham uma fratura óssea. Essas âncoras de sutura separadas exigem que locais de inserção separados sejam selecionados e que orifícios de inserção adicionais sejam formados em ossos já danificados, resultando assim em tempos de procedimento cirúrgico prolongados, complexidade e custos de procedimento aumentados, e maior tempo de recuperação do paciente.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[009] Para auxiliar os versados na técnica a produzir e usar osconceitos inventivos aqui apresentados, é feita referência aos desenhos e ilustrações esquemáticas em anexo, os quais não se destinam a estar desenhados em escala, e nos quais números de referência similares se destinam a referir-se a elementos iguais ou similares, por uma questão de consistência. Por uma questão de clareza, nem todos os componentes podem estar identificados em cada desenho. Certas características e certas vistas das figuras podem ser mostradas exageradas e fora de escala, ou em ilustração esquemática, por uma questão de clareza e concisão. Nos desenhos:

[0010] A Figura 1A é uma vista em perspectiva de umamodalidade exemplificadora de um sistema de parafusos de compressão de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados.

[0011] A Figura 1B é uma vista ampliada do círculo 1B da Figura1A.

[0012] A Figura 2A é uma vista em perspectiva de umamodalidade exemplificadora de um acionador de parafuso de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados.

[0013] A Figura 2B é uma vista ampliada do círculo 2B da Figura2A.

[0014] A Figura 3A é uma vista em perspectiva superior de umamodalidade exemplificadora de um parafuso de compressão de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados.

[0015] A Figura 3B é uma vista em perspectiva inferior do parafusode compressão da Figura 3A.

[0016] A Figura 3C é uma vista em elevação lateral de uma outramodalidade de uma protuberância lateral do parafuso de compressão da Figura 3A.

[0017] A Figura 3D é uma vista em planta de uma outramodalidade de uma protuberância lateral do parafuso de compressão da Figura 3A.

[0018] A Figura 3E é uma vista em planta de uma outramodalidade de uma protuberância lateral do parafuso de compressão da Figura 3A.

[0019] A Figura 3F é uma vista em elevação lateral de uma outramodalidade de uma protuberância lateral do parafuso de compressão da Figura 3A.

[0020] A Figura 3G é uma vista em seção transversal do parafusode compressão da Figura 3A, mostrado implantado em um osso.

[0021] A Figura 4A é uma vista em perspectiva superior de umamodalidade exemplificadora de um parafuso de compressão de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados, mostrado em combinação com um acoplamento de sutura.

[0022] A Figura 4B é uma vista em perspectiva inferior do parafusode compressão da Figura 4A.

[0023] A Figura 4C é uma vista em seção transversal do parafusode compressão da Figura 4A, mostrado implantado em um osso.

[0024] A Figura 4D é uma vista em perspectiva superior doparafuso de compressão da Figura 4A.

[0025] A Figura 4E é uma vista em perspectiva inferior do parafusode compressão da Figura 4A.

[0026] A Figura 5 é uma vista em planta superior de umamodalidade exemplificadora de um acoplamento de sutura de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados.

[0027] A Figura 6A é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0028] A Figura 6B é uma vista em planta superior do acoplamentode sutura da Figura 6A, com suturas mostradas integradas ao mesmo.

[0029] A Figura 6C é uma vista em planta superior do acoplamentode sutura da Figura 6A, mostrando suturas pré-carregadas no mesmo.

[0030] A Figura 6D é uma vista em planta superior do acoplamentode sutura da Figura 6A, mostrando suturas pré-carregadas no mesmo.

[0031] A Figura 6E é uma vista em planta superior do acoplamentode sutura da Figura 6A, mostrando laçadas de sutura integradas ao mesmo.

[0032] A Figura 7 é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0033] A Figura 8A é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0034] A Figura 8B é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0035] A Figura 9 é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0036] A Figura 10 é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0037] A Figura 11A é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0038] A Figura 11B é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0039] A Figura 11C é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0040] A Figura 12 é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0041] A Figura 13A é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0042] A Figura 13B é uma vista em planta superior de umamodalidade alternativa do acoplamento de sutura da Figura 13A.

[0043] A Figura 13C é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0044] A Figura 13D é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0045] A Figura 14 é uma vista em planta superior de uma outramodalidade de um acoplamento de sutura.

[0046] A Figura 15 é uma vista em seção transversal de um clipede acoplamento de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados, mostrado fixado a um parafuso de compressão.

[0047] A Figura 16 é uma vista em seção transversal de umgrampo de acoplamento de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados.

[0048] A Figura 17A é uma vista em perspectiva de umamodalidade de um parafuso de compressão de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados, mostrado em combinação com um acoplamento de sutura.

[0049] A Figura 17B é uma vista em planta superior do parafusode compressão da Figura 17A.

[0050] A Figura 17C é uma vista em elevação lateral de doparafuso de compressão da Figura 17A.

[0051] A Figura 17D é uma vista em elevação do parafuso decompressão da Figura 17A, mostrado implantado em um osso.

[0052] A Figura 18A é uma vista em elevação lateral de umamodalidade exemplificadora de um parafuso de compressão de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados, mostrado em combinação com um acoplamento de sutura.

[0053] A Figura 18B é uma vista em planta superior do parafusode compressão da Figura 18A.

[0054] A Figura 18C é uma vista em perspectiva do parafuso decompressão em combinação com um anel de sutura da Figura 18A, com uma sutura mostrada puxando o acoplamento de sutura.

[0055] A Figura 18D é uma vista em planta superior do parafusode compressão em combinação com um anel de sutura da Figura 18A, com uma sutura mostrada puxando o acoplamento de sutura.

[0056] A Figura 19A é uma vista em elevação lateral de umamodalidade exemplificadora de um parafuso de compressão de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados, em combinação com um acoplamento de sutura.

[0057] A Figura 19B é uma vista em perspectiva do parafuso decompressão da Figura 19A.

[0058] A Figura 20A é uma vista em perspectiva de umamodalidade exemplificadora de um parafuso de compressão de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados, em combinação com um acoplamento de sutura.

[0059] A Figura 20B é uma vista em seção transversal do parafusode compressão em combinação com um acoplamento de sutura da Figura 20A.

[0060] A Figura 21A é uma vista em perspectiva de umamodalidade exemplificadora de um parafuso de compressão com ângulo variável de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados.

[0061] A Figura 21B é uma vista ampliada do círculo 21B daFigura 21A.

[0062] A Figura 21C é uma vista em seção transversal do parafusode compressão com ângulo variável da Figura 21A.

[0063] A Figura 21D é uma vista em seção transversal de doisparafusos de compressão com ângulo variável da Figura 21A, mostrados implantados em um osso.

[0064] A Figura 22A é uma vista em perspectiva inferior de umamodalidade exemplificadora de um parafuso de compressão com ângulo variável de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados.

[0065] A Figura 22B é uma vista em perspectiva superior doparafuso de compressão com ângulo variável da Figura 22A.

[0066] A Figura 22C é uma vista em seção transversal do parafusode compressão com ângulo variável da Figura 22A.

[0067] A Figura 22D é uma vista em seção transversal do parafusode compressão com ângulo variável da Figura 22A, mostrado implantado em um osso.

[0068] A Figura 23A é uma vista em perspectiva superior de umamodalidade exemplificadora de um parafuso de compressão com travamento dinâmico e ângulo variável, de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados.

[0069] A Figura 23B é uma vista em perspectiva inferior doparafuso de compressão com travamento dinâmico e ângulo variável da Figura 23A.

[0070] A Figura 23C é uma vista em seção transversal do parafusode compressão com ângulo variável da Figura 23A.

[0071] A Figura 23D é uma vista em seção transversal do parafusode compressão com ângulo variável da Figura 23A, mostrado implantado em um osso.

[0072] A Figura 24 é uma vista em seção transversal de umamodalidade exemplificadora de um sistema de placa óssea de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados, mostrado implantado em um osso.DESCRIÇÃO DETALHADA DE MODALIDADES EXEMPLIFICADORAS

[0073] Antes de explicar em detalhes ao menos uma modalidadedos conceitos da invenção, deve ser entendido que tais conceitos não se limitam em sua aplicação aos detalhes de construção,experimentos, dados exemplificadores e disposição dos componentes apresentados na descrição a seguir ou ilustrados nos desenhos. Os conceitos da invenção podem ser aplicados a outras modalidades ou ser praticados ou executados de várias maneiras. Além disso, deve-se compreender que a fraseologia e a terminologia aqui empregadas se destinam somente aos propósitos de descrição, e não devem de modo algum ser consideradas como limitadoras dos conceitos inventivos aqui apresentados.

[0074] Na descrição detalhada apresentada a seguir dasmodalidades dos conceitos inventivos, numerosos detalhes específicos são apresentados de modo a oferecer uma compreensão mais completa dos conceitos inventivos. Entretanto, ficará evidente ao versado na técnica que os conceitos inventivos apresentados na presente invenção podem ser praticados sem esses detalhes específicos. Em outras instâncias, os recursos bem conhecidos não foram descritos com detalhes para evitar complicar desnecessariamente a presente descrição.

[0075] Para uso na presente invenção, os termos "compreende","compreendendo", "inclui", "incluindo", "tem", "tendo", ou qualquer outra variação dos mesmos, se destinam a abranger uma inclusão não exclusiva. Por exemplo, um processo, método, artigo ou aparelho que compreenda uma lista de elementos não está necessariamente limitado a somente aqueles elementos, mas pode incluir outros elementos não expressamente mencionados ou inerentemente presentes no mesmo.

[0076] Exceto onde expressamente declarado em contrário, "ou"refere-se a um "ou" inclusivo e não a um "ou" exclusivo. Por exemplo, uma condição A ou B é satisfeita por qualquer dos seguintes: A é verdadeiro (ou está presente) e B é falso (ou não está presente), A é falso (ou não está presente) e B é verdadeiro (ou está presente), e tanto A como B são verdadeiros (ou estão presentes).

[0077] Para uso na presente invenção, o termo "ou combinaçõesdos mesmos" refere-se a todas as permutações e combinações dos itens mencionados que antecedem o termo. Por exemplo, "A, B, C ou combinações dos mesmos" destina-se a incluir pelo menos um dentre: A, B, C, AB, AC, BC ou ABC e, se a ordem for importante em um contexto específico, também BA, CA, CB, CBA, BCA, ACB, BAC ou CAB. Continuando com este exemplo, estão expressamente incluídas as combinações que contêm repetições de um ou mais itens ou termos, como BB, AAA, AAB, BBC, AAABCCCC, CBBAAA, CABABB, e assim por diante. O versado na técnica compreenderá que tipicamente não há limite quanto ao número de itens ou termos em qualquer combinação, exceto onde fique evidente o contrário em razão do contexto.

[0078] Além disso, o uso de "um" ou "uma" destina-se a descreverelementos e componentes das modalidades da presente invenção. Isto é feito meramente por conveniência, e para dar um sentido geral aos conceitos inventivos. Esta descrição precisa ser lida de modo a incluir um ou pelo menos um, e o singular também inclui o plural, exceto quando fique evidente a intenção em contrário.

[0079] Adicionalmente, para uso na presente invenção qualquerreferência a "uma modalidade" ou "a modalidade" significa que um elemento, recurso, estrutura ou característica específico descrito em relação à modalidade está incluído em pelo menos uma modalidade. As ocorrências da frase "em uma modalidade" em vários pontos do relatório descritivo não são necessariamente todas referentes à mesma modalidade, embora os presentes conceitos inventivos se destinem a abranger toda e qualquer combinação das características das modalidades aqui apresentadas.

[0080] Para uso na presente invenção, os qualificadores como"cerca de", "aproximadamente" e "substancialmente" se destinam a significar que o item sendo qualificado não se limita ao valor exato especificado, mas inclui algumas ligeiras variações ou desvios do mesmo, causados por erro de medição, tolerâncias de fabricação, tensão mecânica exercida sobre várias peças, desgaste, ou combinações dos mesmos, por exemplo.

[0081] Para uso na presente invenção, os termos "fio-guia", "fio deKirschner", "pino de Kirschner" ou "k-wire", bem como quaisquer variações dos mesmos, incluem pinos ou hastes usados em uma variedade de procedimentos médicos. Os fios de Kirschner são tipicamente produzidos a partir de aço inoxidável e podem ser rosqueados, sulcados ou lisos, por exemplo. Os fios de Kirschner têm estado em uso desde sua introdução, em 1909, e sua estrutura e seu uso em procedimentos médicos são considerados como estando no nível do versado na técnica, e como tal não serão descritos aqui com detalhes para evitar complicar desnecessariamente a presente descrição.

[0082] Os conceitos inventivos apresentados na presente invençãoreferem-se, de modo geral, a um parafuso de compressão que tem uma cabeça de baixo perfil configurada para reter uma ou mais suturas, e um acionador configurado para implantar o parafuso de compressão em um osso. Os parafusos de compressão de acordo com as modalidades exemplificadoras dos conceitos inventivos aqui apresentados permitem que os cirurgiões reparem ossos fraturados e religuem tecidos moles rasgados ou separados, sem o uso de âncoras de sutura separadas.

[0083] Agora com referência aos desenhos e, em particular, àsFiguras 1A a 1B, é ilustrada uma modalidade exemplificadora de um sistema de parafusos de compressão 100. O sistema de parafusos de compressão 100 inclui um acionador de parafuso 102 e um parafuso de compressão 104. O acionador de parafuso 102 e o parafuso de compressão 104 podem ser canulados, de modo que o sistema de parafusos de compressão 100 possa ser usado com um fio-guia (não mostrado), como um fio de Kirschner ou um outro tipo de fio-guia, por exemplo. Deve-se compreender, porém, que os presentes conceitos inventivos não se limitam a um acionador de parafuso canulado 102 e a um parafuso de compressão canulado 104 e que, em algumas modalidades exemplificadoras, um acionador de parafuso 102 e um parafuso de compressão 104 de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados podem não ser canulados e podem, ou não, ser implantados em um osso por meio de um fio-guia.

[0084] Agora com referência às figuras 2A a 2B, o acionador deparafuso 102 inclui um cabo 108 e uma haste 110, e pode ter uma cânula central (não mostrada) estendendo-se através do mesmo e configurada para permitir que um fio-guia seja passado através do mesmo.

[0085] O cabo 108 está configurado para ser empunhado por um usuário, e para permitir que o usuário aplique uma força rotacional ao cabo 108. O cabo 108 é produzido a partir de qualquer material adequado, como plástico, metais, cerâmicas, resinas, borrachas ou combinações dos mesmos, por exemplo. O cabo 108 tem uma extremidade proximal 112 e uma extremidade distal 114, incluindo um colarinho para fixação de sutura 116 que tem um ou mais entalhes para fixação de sutura 118 formados no mesmo. O colarinho para fixação de sutura 116 e os entalhes para fixação de sutura 118 podem cooperar para reter uma ou mais suturas em seu interior, e ajudar a manter no lugar essas suturas durante um procedimento cirúrgico, por exemplo.

[0086] O cabo 108 pode incluir, também, características ousuperfícies para otimização da preensão (não mostradas), como sulcos, estrias, saliências, serrilhados, ondulações, cristas, engastes ou inserções emborrachados, ou combinações dos mesmos, por exemplo. Adicionalmente, o cabo 108 pode ter marcações visuais (não mostradas) que permitam que um usuário conte visualmente o número de voltas concluídas pelo cabo 108, de modo a estimar a profundidade e a posicionar de um parafuso de compressão 104 durante procedimentos de implantação, por exemplo.

[0087] A haste 110 inclui uma extremidade proximal 120conectada de maneira fixa ao cabo 108, e uma extremidade distal 122 dotada de um acionador 124. A haste 110 pode ser produzida a partir de qualquer material adequado que tenha resistência e durabilidade suficientes, como aço inoxidável, titânio, resinas, plásticos, metais, cerâmicas ou combinações dos mesmos, por exemplo.

[0088] O acionador 124 tem protuberâncias 126 separadas porreentrâncias 128. As reentrâncias 128 estão configuradas para receber, em seu interior, as protuberâncias correspondentes da cabeça do parafuso de compressão 104, de modo que a força rotacional possa ser transferida do acionador de parafuso 102 ao parafuso de compressão 104, conforme será descrito abaixo, por exemplo. Embora quatro protuberâncias 126 sejam mostradas nas Figuras de 1 a 2, deve-se compreender que os conceitos inventivos aqui apresentados podem incluir qualquer número de protuberâncias longitudinais 126, como duas, três, cinco, ou mais de cinco protuberâncias longitudinais 126, por exemplo.

[0089] Agora com referência às Figuras 3A a 3B, o parafuso decompressão 104 inclui uma cabeça 130 e uma haste 132 presa de maneira fixa à cabeça 130. O parafuso de compressão 104 pode ser produzido a partir de qualquer material bioinerte, biocompatível ou bioabsorvível adequado, como aço inoxidável, titânio, polietileno, ácido polilático (PLA), ácido polilático coglicólico (PLGA), poliuretano, tecidos ósseos, fibras de polietileno com peso molecular ultra-alto, resinas epóxi ou combinações dos mesmos, por exemplo. O parafuso de compressão 104 pode ser formado com o uso de qualquer processo adequado, como moldagem, usinagem, fundição ou combinações dos mesmos, por exemplo.

[0090] A cabeça 130 é ilustrada nas Figuras 3A e 3B como tendoum formato genérico de folha de trevo, com uma pluralidade de protuberâncias 134 estendendo-se radialmente para fora e configuradas para encaixar-se ao menos parcialmente no interior das reentrâncias 128, entrelaçando-se com as protuberâncias de formato correspondente 126 do acionador 124, de modo que a força rotacional e o movimento giratório possam ser transmitidos ao parafuso de compressão 104 pelo acionador de parafuso 102. A cabeça 130 tem, desejavelmente, um baixo perfil de modo que, quando o parafuso de compressão 104 é implantado em um osso, a cabeça 130 fique substancialmente nivelada com a superfície do osso, para minimizar a ocorrência de irritação e lesão ao tecido mole como resultado da interação da cabeça 130 com tecidos moles adjacentes. Para uso na presente invenção, o termo "substancialmente nivelado" destina-se a incluir a cabeça 130 estando nivelada com a superfície do osso, e projetando-se ligeiramente acima da superfície do osso, mas essa ligeira protrusão é mantida tão baixa quanto possível para evitar irritação ou danos a tecidos moles adjacentes, por exemplo.

[0091] A cabeça 130 é mostrada como tendo quatroprotuberâncias 134, com cada uma das protuberâncias 134 tendo um orifício para fixação de sutura 136 formado na mesma. Deve-se compreender, porém, que a cabeça 130 pode ser formada de modo a ter uma variedade de configurações e números de protuberâncias. Por exemplo, a cabeça 130 pode ser formada de modo a ter um número de protuberâncias igual a duas, três, ou mais de quatro. Os orifícios para fixação de sutura 136 podem ser formados no interior das protuberâncias 134 de qualquer maneira adequada, como modelagem por injeção, perfuração ou combinações das mesmas, por exemplo. Os orifícios para fixação de sutura 136 funcionam de modo a permitir que uma ou mais suturas sejam passadas através dos mesmos, para que um tecido mole possa ser fixado à cabeça 130. Deve-se compreender que, embora quatro orifícios para fixação de sutura 136 sejam mostrados nas Figuras de 3A a 3B, os conceitos inventivos aqui apresentados podem ser implementados com orifícios para fixação de sutura 136 omitidos, conforme será descrito a seguir, ou com qualquer número de orifícios para fixação de sutura 136. Adicionalmente, embora um orifício para fixação de sutura 136 seja mostrado em cada protuberância 134, deve-se compreender que algumas protuberâncias 134 podem não ter orifícios para fixação de sutura 136 formados nas mesmas, e algumas protuberâncias 134 podem ter um ou mais orifícios para fixação de sutura 136 formados nas mesmas. Deve-se compreender, adicionalmente, que em algumas modalidades os orifícios para fixação de sutura 136 podem ser implementados sob a forma de um ou mais sulcos (Figura 3C), um ou mais canais (Figura 3D), uma ou mais garras resilientes (Figuras 3E e 3F), um ou mais ganchos, um ou mais sulcos sobre a superfície da cabeça 130 engatando-se ao osso, um ou mais canais ou sulcos para dentro da lateral da cabeça 130 engatando-se ao osso, ou combinações dos mesmos, por exemplo. Adicionalmente, em algumas modalidades exemplificadoras, uma sutura pode ser enrolada em torno da haste 132, e as protuberâncias 134 podem ser usadas para comprimir, capturar, prender ou, de outro modo, reter a sutura no lugar.

[0092] A haste 132 tem uma extremidade proximal 138 presa demaneira fixa à cabeça 130, e uma extremidade distal 140 que tem roscas 142 formadas sobre uma superfície externa da mesma. As roscas 142 são configuradas para engatar-se a tecidos ósseos, de modo que o parafuso de compressão 104 seja rosqueado para dentro do osso e fique ali retido quando um movimento giratório é aplicado ao parafuso de compressão 104 pelo acionador de parafuso 102 em relação ao eixo longitudinal 148. Deve-se compreender que um parafuso de compressão 104 de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados pode ser implantado em qualquer tipo de osso ou tecido, e pode ter roscas 142 configuradas para se engatarem a tecido ósseo cortical, tecido ósseo esponjoso, cartilagem, tecido conjuntivo ou combinações dos mesmos, por exemplo.

[0093] A haste 132 é mostrada como tendo uma porção sem rosca144, mas deve-se compreender que algumas modalidades exemplificadoras do parafuso de compressão 104 podem omitir a porção sem rosca 144 e podem incluir roscas 142 se estendendo ao longo do comprimento da haste 132. Adicionalmente, algumas modalidades exemplificadoras podem incluir outros meios ou recursos de retenção (não mostrados), como nervuras, sulcos, saliências, canais, protuberâncias ou combinações dos mesmos, em vez de, ou em adição a, roscas 142. As roscas 142 podem ser auto-atarraxantes ou auto-perfurantes, ou uma broca ou outra ferramenta pode ser usada para formar no osso uma abertura ou um canal com tamanho adequado para que as roscas 142 se engatem, por exemplo.

[0094] O parafuso de compressão 104 tem uma cânula central 146se estendendo através da haste 132 e da cabeça 130, e um eixo longitudinal 148. A cânula central 146 é configurada para receber um fio-guia durante a implantação do parafuso de compressão 104 no osso de um paciente. Deve-se compreender, porém, que um parafuso de compressão 104 de acordo com os presentes conceitos inventivos pode omitir a cânula central 146 em algumas modalidades exemplificadoras, e que esse parafuso de compressão sem cânula 104 pode ser implantado com, ou sem, o uso de um fio-guia.

[0095] Agora com referência à Figura 3G, durante o uso oparafuso de compressão 104 é implantado em um osso 150, de modo que as roscas 142 se engatem a uma porção esponjosa 152 do osso 150 e a cabeça 130 fique comprimida contra uma superfície de uma porção cortical 154 do osso 150. A haste 132 pode ser avançada para dentro do osso 150 de modo que uma força de compressão desejada seja aplicada ao dito osso 150, por exemplo. A cabeça 130 é mostrada como estando orientada em relação ao eixo longitudinal 148 da haste 132, em um ângulo α. Deve-se compreender que o ângulo α pode incluir qualquer ângulo, inclusive um ângulo de 90° e alguns ligeiros desvios de um ângulo de 90°, como desvios devidos a tolerâncias de fabricação, e deformação no parafuso de compressão 104 causada por forças de compressão exercidas sobre a cabeça 130 pelo osso 150, quando o parafuso de compressão 104 é implantado no osso 150, ou combinações dos mesmos, por exemplo. Uma ou mais suturas 151 podem ser passadas através de um orifício para fixação de sutura 136, por exemplo, de modo que as uma ou mais suturas 151 sejam retidas pelo parafuso de compressão 104. Um tecido mole pode ser ancorado ao osso 150 por meio das uma ou mais suturas 151.

[0096] Agora com referência às figuras 4A a 4C, é mostrada nasmesmas uma modalidade exemplificadora de um parafuso de compressão 104a, a qual pode ser implementada de maneira similar ao parafuso de compressão 104, exceto pelo fato de que estão omitidos os orifícios para fixação de sutura 136. O parafuso de compressão 104a inclui uma cabeça 160 e uma haste 162 tendo um eixo longitudinal 164. O parafuso de compressão 104a pode ser produzido a partir de qualquer material bioinerte ou bioabsorvível adequado, como aço inoxidável, titânio, polietileno, ácido polilático (PLA), ácido polilático coglicólico (PLGA), poliuretano, tecidos ósseos humanos, fibras de polietileno com peso molecular ultra-alto, resinas epóxi ou combinações dos mesmos, por exemplo. O parafuso de compressão 104a pode ser formado com o uso de qualquer processo convencional, como moldagem, usinagem, fundição ou combinações dos mesmos, por exemplo.

[0097] A cabeça 160 é mostrada como uma estrutura com formatogenérico de folha de trevo, compreendendo uma pluralidade de protuberâncias 166 configurada para se entrelaçar com as protuberâncias longitudinais 126 de formato correspondente do acionador de parafuso 102 (por exemplo, ficando ao menos parcialmente posicionadas dentro das reentrâncias 128), de modo que o movimento giratório possa ser transmitido ao parafuso de compressão 104a pelo acionador de parafuso 102. A cabeça 130 tem, desejavelmente, um baixo perfil de modo que, quando o parafuso de compressão 104a é implantado em um osso, a cabeça 160 fique substancialmente nivelada com a superfície do osso, para minimizar a ocorrência de irritação e lesão ao tecido mole adjacente como resultado da interação da cabeça 160 com tecidos moles adjacentes. Para uso na presente invenção, o termo "substancialmente nivelado" inclui a cabeça 160 projetando-se ligeiramente acima da superfície do osso, mas essa ligeira protrusão é mantida tão baixa quanto possível para evitar irritação ou danos a tecidos moles adjacentes, por exemplo.

[0098] A haste 162 tem uma extremidade proximal 168 presa demaneira fixa à cabeça 160, e uma extremidade distal 170 que tem roscas 172 formadas sobre uma superfície externa da mesma. As roscas 172 são configuradas para engatar-se a um osso (por exemplo, tecido ósseo cortical ou esponjoso), de modo que o parafuso de compressão 104a seja rosqueado para dentro do tecido ósseo e fique ali retido quando um movimento giratório é aplicado ao parafuso de compressão 104a pelo acionador de parafuso 102. A haste 162 é mostrada como compreendendo uma porção sem rosca 174, mas deve-se compreender que algumas modalidades exemplificadoras do parafuso de compressão 104a podem omitir a porção sem rosca 174 e podem incluir roscas 172 se estendendo ao longo do comprimento da haste 162. Adicionalmente, algumas modalidades exemplificadoras podem incluir outros meios ou recursos de retenção (não mostrados), como nervuras, sulcos, saliências, canais, protuberâncias ou combinações dos mesmos, em vez de, ou em adição a, roscas 172. As roscas 172 podem ser auto-atarraxantes ou auto-perfurantes, ou uma broca ou outra ferramenta pode ser usada para formar no osso uma abertura ou um canal com tamanho adequado para que as roscas 172 se engatem, por exemplo.

[0099] O parafuso de compressão 104a tem uma cânula central176 se estendendo através da haste 162 e da cabeça 160. A cânula central 176 é configurada para receber um fio-guia, como um fio de Kirschner, por exemplo, durante a implantação do parafuso de compressão 104a no osso de um paciente. Deve-se compreender, porém, que um parafuso de compressão 104a de acordo com os presentes conceitos inventivos pode omitir a cânula central 176 em algumas modalidades exemplificadoras, e que esse parafuso de compressão não-canulado 104a pode ou não ser implantado sem o uso de um fio-guia 106.

[00100] Com referência às Figuras 4A a 4C e 5, um acoplamento de sutura 178 pode ser usado em combinação com o parafuso de compressão 104a para tratar ou reparar lesões em tecidos moles. O acoplamento de sutura 178 inclui um corpo delgado e plano 179 que tem uma abertura 180 configurada para receber a haste 162 do parafuso de compressão 104a, de modo que o acoplamento de sutura 178 fique comprimido entre a cabeça 160 do parafuso de compressão 104a e a superfície de um osso, quando o parafuso de compressão 104a é implantado no osso. Em algumas modalidades, o acoplamento de sutura 178 pode ser dimensionado de modo que fique bem encaixado em torno da porção sem rosca 174 da haste 162, para manter o acoplamento de sutura 178 substancialmente centralizado em relação à dita haste 162. Em outras modalidades, o acoplamento de sutura 178 pode ser dimensionado para ficar interposto entre uma âncora de sutura (não mostrada) e uma superfície do osso.

[00101] O acoplamento de sutura 178 é desejavelmente produzido a partir de um material bioinerte flexível ou maleável, como um material têxtil (por exemplo, qualquer pano, ou itens produzidos por tecelagem, malharia, trançamento, torção ou feltragem, de uma ou mais fibras ou outros materiais), um material de espuma, polietileno, poliuretano, PLA, PLGA, fibras de polietileno com peso molecular ultraalto, e combinações dos mesmos, por exemplo. Um material flexível ou maleável permitiria que o acoplamento de sutura 178 se adaptasse ao formato da superfície do osso e não tivesse bordas afiadas, minimizando assim a irritação dos tecidos moles. Adicionalmente, o acoplamento de sutura 178 pode ser dobrado e inserido através da cânula de um instrumento cirúrgico artroscópico, como o acionador de parafuso 102, por exemplo. O acoplamento de sutura 178 pode ser usado para fixar uma ou mais suturas 182 (Figura 4C) ao parafuso de compressão 104a, como atando-se uma ou mais suturas 182 ao acoplamento de sutura 178, ou costurando-se uma ou mais suturas 182 no acoplamento de sutura 178, ou combinações dos mesmos, por exemplo. O acoplamento de sutura 178 pode ser revestido ou impregnado com uma variedade de substâncias incluindo, mas não se limitando a, antibióticos, agentes cicatrizantes, agentes anti- coagulantes, agentes anti-inflamatórios ou combinações dos mesmos, por exemplo.

[00102] A cabeça 160 é mostrada como estando orientada em relação ao eixo longitudinal 164 da haste 162, em um ângulo α. Deve- se compreender que o ângulo α pode incluir qualquer ângulo, inclusive um ângulo de 90° e alguns ligeiros desvios de um ângulo de 90°, como desvios devidos a tolerâncias de fabricação, e deformação no parafuso de compressão 104a causada por forças de compressão exercidas sobre a cabeça 160 por um osso 184, quando o parafuso de compressão 104a é implantado em um osso 184, ou combinações dos mesmos, por exemplo.

[00103] Conforme será entendido pelos versados na técnica, o uso de um parafuso de compressão 104a com o acoplamento de sutura 178 permite o uso de uma técnica de suturar primeiro (por exemplo, uma ou mais suturas 182 são fixadas ao acoplamento de sutura 178 antes da inserção do acoplamento de sutura 178 no parafuso de compressão 104a e da implantação do parafuso de compressão 104a), ou uma técnica de implantar primeiro (por exemplo, o acoplamento de sutura 178 é inserido no parafuso de compressão 104a, o parafuso de compressão 104a é implantado no osso 184 e, então, uma ou mais suturas 182 são fixadas ao acoplamento de sutura 178). Conforme será entendido pelos versados na técnica, uma porção do acoplamento de sutura 178 estendendo-se entre duas protuberâncias 166 pode permanecer acessível a um usuário após o parafuso de compressão 104a ser implantado no osso 184. O parafuso de compressão 104a pode ser avançado para dentro do osso 184, de modo que uma força de compressão desejada seja aplicada ao osso 184, por exemplo.

[00104] Agora com referência às figuras 4D a 4E, é mostrado nas mesmas o parafuso de compressão 104a com um acoplamento de sutura 186 inserido no mesmo. O acoplamento de sutura 186 pode ser implementado de maneira similar ao acoplamento de sutura 178, exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 186 tem um corpo 187 com uma superfície substancialmente arredondada, enquanto o corpo do acoplamento de sutura 178 é substancialmente plano. Adicionalmente, o acoplamento de sutura 186 pode ser feito de um material relativamente mais rígido que o acoplamento de sutura 178, como borracha reforçada, aço inoxidável, nitinol, titânio, cobalto cromo, um produto têxtil de trama apertada e combinações dos mesmos, por exemplo. A superfície arredondada do acoplamento de sutura 186 pode adicionalmente minimizar a ocorrência de irritação e danos aos tecidos moles adjacentes, e pode resultar em resistência aumentada do acoplamento de sutura 186, em comparação a um acoplamento de sutura 178 feito de material igual ou similar, por exemplo.

[00105] Agora com referência à Figura 6A, é mostrada na mesma uma modalidade exemplificadora de um outro acoplamento de sutura 190. O acoplamento de sutura 190 é similar ao acoplamento de sutura 178, exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 190 inclui uma borda interna reforçada 196 e uma borda externa reforçada 198. A borda interna reforçada 196 e a borda externa reforçada 198 podem ser implementadas mediante trançamento ou tecelagem de uma segunda camada de material entrelaçado à base de acoplamento, durante a fabricação do acoplamento de sutura 190, por exemplo, ou de qualquer outra maneira adequada.

[00106] A Figura 6B mostra o acoplamento de sutura 190, com suturas 200 que são costuradas ou, de outro modo, integradas ao acoplamento de sutura 190. As suturas 200 podem ser usadas para fixar um tecido mole ao acoplamento de sutura 190, por exemplo passando uma ou mais suturas 200 através do tecido a ser fixado, atando as suturas 200, e aparando, cortando ou, de outro modo, removendo qualquer porção de excesso das suturas 200.

[00107] A Figura 6C mostra o acoplamento de sutura 190 com suturas 202 pré-carregadas no mesmo, de modo a facilitar o uso de nós corrediços, por exemplo.

[00108] A Figura 6D mostra o acoplamento de sutura 190 com suturas 203 pré-carregadas no mesmo. As suturas 203 são fornecidas com agulhas 204. As agulhas 204 são mostradas fixadas a cada sutura 203, e podem ser usadas para fixação das suturas 203 a tecidos moles, por exemplo.

[00109] A Figura 6E mostra o acoplamento de sutura 190, com laçadas de sutura 206 que são costuradas ou, de outro modo, integradas ao acoplamento de sutura 190. As laçadas de sutura 206 estão configuradas para permitir que um tecido mole seja fixado ao acoplamento de sutura 190, conforme será entendido pelos versados na técnica.

[00110] Agora com referência à Figura 7, é mostrada na mesma uma modalidade exemplificadora de um outro acoplamento de sutura 208. O acoplamento de sutura 208 é similar ao acoplamento de sutura 190, exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 208 inclui uma borda externa reforçada 212 e uma borda interna reforçada 214. A borda externa reforçada 212 tem um anel de reforço rígido 218 e a borda interna reforçada 214 tem um anel de reforço rígido 220. Os anéis de reforço 218 e 220 podem estar sob a forma de um fio rígido, e podem ser feitos de um metal ou polímero, ou de qualquer outro material adequado. Os anéis de reforço rígidos 218 e 220 podem ser implementados durante a fabricação do acoplamento de sutura 208, por exemplo entrelaçando os anéis de reforço 218 e 220 com o acoplamento de sutura 208, ou trançando o acoplamento de sutura 208 em torno dos anéis de reforço 218 e 220, por exemplo.

[00111] Agora com referência à Figura 8A, é mostrada na mesma uma modalidade exemplificadora de ainda outro acoplamento de sutura 222. O acoplamento de sutura 222 é similar ao acoplamento de sutura 190 exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 222 é dotado de uma abertura 230 e tem um ou mais ilhoses de sutura 232. Os ilhoses de sutura 232 podem ser definidos por uma borda reforçada 234, de modo que uma sutura possa ser passada através dos mesmos. Os ilhoses de sutura 232 são configurados para permitir que uma ou mais suturas sejam passadas através dos mesmos, mas deve-se compreender que as suturas podem, também, ser costuradas no, ou passadas através do, acoplamento de sutura 222, ou passadas através da abertura 230, ou combinações dos mesmos, por exemplo.

[00112] A Figura 8B ilustra um acoplamento de sutura 222a, o qual é similar ao acoplamento de sutura 222, exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 222a é dotado de uma pluralidade de segmentos de reforço 231. Os segmentos de reforço 231 podem se estender radialmente a partir de uma abertura 230a, até a borda externa, de modo a definir uma pluralidade de seções de sutura 231a. O acoplamento de sutura 222a é mostrado como tendo quatro segmentos de reforço 231, mas deve-se compreender que o número de segmentos de reforço pode variar.

[00113] Agora com referência à Figura 9, é mostrada na mesma uma modalidade exemplificadora de um acoplamento de sutura 236. O acoplamento de sutura 236 é similar ao acoplamento de sutura 190 exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 236 é mostrado como tendo um formato oval e um par de aberturas 242a e 242b para receber um par de parafusos em seu interior. Uma ou mais suturas podem ser passadas através do acoplamento de sutura 236, da abertura 242a, ou da abertura 242b. Embora o acoplamento de sutura 236 tenha sido ilustrado como tendo um formato oval e duas aberturas 242a e 242b, deve-se compreender que o acoplamento de sutura 236 pode ser construído em uma variedade de formatos e com mais de duas aberturas 242a e/ou 242b, por exemplo.

[00114] Agora com referência à Figura 10, é mostrada na mesma uma modalidade exemplificadora de um acoplamento de sutura 246. O acoplamento de sutura 246 é similar ao acoplamento de sutura 190, exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 246 é mostrado como sendo substancialmente em formato de cruz, de modo a incluir uma pluralidade de protuberâncias 248 e 249. As protuberâncias 248 são ilustradas como tendo um comprimento maior que o comprimento das protuberâncias 249, para permitir que as protuberâncias 248 sejam enroladas em torno da cabeça de um parafuso de compressão, como o parafuso de compressão 104 ou 104a, por exemplo. Uma vez enroladas em torno da cabeça (por exemplo, a cabeça 130 ou a cabeça 160 de um parafuso de compressão 104 ou 104a), as protuberâncias 248 podem ser costuradas ou, de outro modo, fixadas umas às outras para prender o acoplamento de sutura 246 em torno da cabeça do parafuso de compressão, minimizando assim a irritação a tecidos moles adjacentes.

[00115] Agora com referência à Figura 11A, é mostrada na mesma uma outra modalidade de um acoplamento de sutura 254. O acoplamento de sutura 254 é similar ao acoplamento de sutura 190, exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 254 é dotado de uma fenda 264 que se estende a partir da borda externa e até a borda interna. A fenda 264 permite que o acoplamento de sutura 254 fique posicionado em redor de um parafuso 104 ou 104a, após o parafuso 104 ou 104a ter sido inserido ao menos parcialmente no osso. A borda externa tem duas ou mais laçadas de fechamento 266 que permitem que uma sutura (não mostrada) seja passada através das laçadas de fechamento 266 e apertada para fechar o acoplamento de sutura 254, uma vez posicionada em redor do parafuso 104 ou 104a, por exemplo.

[00116] A Figura 11B mostra um outro acoplamento de sutura 254a, o qual é similar ao acoplamento de sutura 254, exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 254a é dotado de uma pluralidade de segmentos de reforço 231a. Os segmentos de reforço 231a podem se estender radialmente a partir de uma abertura 230b, até a borda externa, de modo a definir uma pluralidade de seções de sutura 231b. O acoplamento de sutura 254a é mostrado como tendo quatro segmentos de reforço 231a, mas deve-se compreender que o número de segmentos de reforço pode variar. O acoplamento de sutura 254a é adicionalmente mostrado como incluindo uma pluralidade de ilhoses de sutura 255.

[00117] A Figura 11C ilustra um acoplamento de sutura 254b. O acoplamento de sutura 254b é similar ao acoplamento de sutura 254a, exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 254b é dotado de uma pluralidade de protuberâncias 258. As protuberâncias 258 podem ser dotadas de um comprimento suficiente para se estenderem por uma distância a partir de uma ou mais bordas de uma placa óssea, como a placa óssea 482 mostrada na Figura 24, quando o acoplamento de sutura está preso entre a placa óssea e um osso. O acoplamento de sutura 254a pode ser dotado de uma abertura 259 para receber um parafuso e uma fenda 254a estendendo-se a partir da abertura 259, até a borda externa. As protuberâncias 258 podem, adicionalmente, ser dotadas de um ou mais ilhoses de sutura 260.

[00118] Agora com referência à Figura 12, é mostrada na mesma uma modalidade exemplificadora de um acoplamento de sutura 270. O acoplamento de sutura 270 é similar ao acoplamento de sutura 190, exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 270 é dotado de uma malha de reforço 286 em ao menos um lado do corpo do acoplamento de sutura 270. A malha de reforço 286 pode assemelhar-se a uma teia de aranha, e pode ser feita de um metal rígido, um polímero, ou qualquer outro material adequado. A malha de reforço 286 funciona de modo a proporcionar rigidez e minimizar o descolamento de tecidos durante o uso do acoplamento de sutura 270.

[00119] Agora com referência à Figura 13A, é mostrada na mesma uma modalidade exemplificadora de um acoplamento de sutura 290. O acoplamento de sutura 290 é em formato de flor, de modo a ser dotado de uma pluralidade de pétalas ou protuberâncias 294. O acoplamento de sutura em formato de flor 290 pode ser construído mediante o uso de técnicas de tecelagem convencionais, por exemplo, e pode ter suas bordas reforçadas, como por meio de trançamento ou tecelagem de uma segunda camada de material entrelaçado com a base de acoplamento durante a fabricação do acoplamento de sutura 290. As protuberâncias 294 são dotadas de ilhoses de sutura 298, os quais podem ser implementados e funcionar de maneira similar aos ilhoses de sutura 232, por exemplo.

[00120] Agora com referência à Figura 13B, é mostrada na mesma uma outra modalidade de um acoplamento de sutura 290a. O acoplamento de sutura 290a é similar ao acoplamento de sutura 290, exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 290a é formado por um produto têxtil similar à lã. Deve-se compreender que, para uso na presente invenção, o termo "produto têxtil similar à lã" destina-se a incluir um material têxtil relativamente mais macio e menos denso, em comparação ao acoplamento de sutura 290. O produto têxtil similar à lã pode ser fabricado, por exemplo, a partir de um material ou uma combinação de materiais, inclusive polímeros não-absorvíveis como polietileno, polipropileno, polietileno com peso molecular ultra-alto, poli-éter-éter-cetona (PEEK), poli-éter-cetona-cetona (PEKK),polímeros absorvíveis, como ácido polilático (PLA), poli-L-lactídeo (PLLA), poli-L/D-lactídeo (PLDLA), ácido polilático-co-glicólico (PLGA), poli-glicolídeo ou ácido poli-glicólico (PGA), poli-caprolactona (PCL), ou metais macios, como nitinol. O acoplamento de sutura 290a pode ter suas bordas e seus ilhoses de sutura reforçados, como por meio de trançamento ou tecelagem de uma segunda camada de material entrelaçado com a base de acoplamento durante a fabricação do acoplamento de sutura 290, por exemplo.

[00121] Agora com referência à Figura 13C, é mostrada na mesma uma outra modalidade de um acoplamento de sutura 290b. O acoplamento de sutura 290b é similar ao acoplamento de sutura 290, exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 290b é configurado de modo a ter um formato genérico de trevo, de modo a ser dotado de uma pluralidade de pétalas ou protuberâncias 294b. As protuberâncias 294b são dotadas de ilhoses de sutura 298b, os quais podem ser implementados e funcionar de maneira similar aos ilhoses de sutura 232, por exemplo.

[00122] A Figura 13D mostra um acoplamento de sutura 290c, o qual está geralmente em forma de came ou em forma de cunha. Como tal, o acoplamento de sutura 290c tem uma extremidade estreita 299a e uma extremidade larga ou alargada 299b. A extremidade estreita 299a é dotada de uma abertura 300a para receber uma haste de um parafuso de compressão. A extremidade larga 299b pode ser dotada de ilhoses de sutura 300b.

[00123] Agora com referência à Figura 14, é mostrada na mesma uma modalidade exemplificadora de um acoplamento de sutura 304. O acoplamento de sutura 304 é similar ao acoplamento de sutura 190 exceto pelo fato de que o acoplamento de sutura 304 não é inicialmente dotado de uma abertura. Desse modo, um usuário pode cortar ou, de outro modo, formar um orifício para receber um implante, como um parafuso de compressão ou uma âncora, onde se deseje no acoplamento de sutura 304, por exemplo.

[00124] Agora com referência à Figura 15, é mostrada na mesma uma tampa de acoplamento 310 de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados. A tampa de acoplamento 310 pode ser inserida, fixada com presilha ou, de outro modo, fixada a uma cabeça de um parafuso cirúrgico (por exemplo, 104 ou 104a), de modo que a tampa de acoplamento 310 evite que um acoplamento de sutura 318 se levante, ou seja levantado, na direção contrária a um osso 316. Por exemplo, a tampa de acoplamento 310 pode ser afixada dentro de um acionador de parafuso 312 de um parafuso cirúrgico 314, após o parafuso cirúrgico 314 ser implantado em um osso 316, de modo que uma borda periférica 317 da tampa de acoplamento 310 fique posicionada de modo adjacente a, ou em contato com, pelo menos um dentre o acoplamento de sutura 318 ou uma sutura 319 fixada ao, e se estendendo a partir do, acoplamento de sutura 318. Deve-se compreender que a tampa de acoplamento 310 pode ser usada com qualquer dos acoplamentos de sutura aqui apresentados, e pode ser usada com acoplamentos de sutura de técnica anterior, em algumas modalidades exemplificadoras.

[00125] Agora com referência à Figura 16, é mostrada na mesma uma modalidade exemplificadora de um grampo de acoplamento 320, de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados. Um ou mais grampos de acoplamento 320 podem ser usados em combinação com qualquer dos acoplamentos de sutura aqui apresentados, e podem funcionar de modo a impedir a rotação e o descolamento do acoplamento de sutura, por exemplo. O grampo de acoplamento 320 pode ser implantado em um osso 316, depois de um acoplamento de sutura 318 tendo uma sutura 319 fixada ao mesmo já estar implantado por meio de um parafuso cirúrgico 314, ou pode ser pré-montado com o acoplamento de sutura 318, dependendo das necessidades do procedimento cirúrgico, ou da preferência do cirurgião, por exemplo. O grampo de acoplamento 320 pode ser feito de qualquer material adequado, como metais, polímeros de metal, plásticos, cerâmicas, resinas, polímeros ou combinações dos mesmos, por exemplo. O grampo de acoplamento 320 pode ser inserido através do acoplamento de sutura 318, e para dentro do osso 316, como mediante a condução do grampo de acoplamento 320 para dentro do osso 316, por meio de uma ferramenta cirúrgica adequada (não mostrada), por exemplo.

[00126] Agora com referência às figuras 17A a 17C, é mostrado nas mesmas o parafuso de compressão 104 com um anel de sutura 186 inserido no mesmo. Uma sutura 322 é mostrada passada através do anel de sutura 186 e puxando ligeiramente o anel de sutura 186 na direção contrária à haste 144 do parafuso de compressão 104. Como pode ser visto na Figura 17D, o anel de sutura 186 está comprimido entre o parafuso de compressão 104 e um osso 324, impedindo que a sutura 322 puxe o anel de sutura 186 na direção contrária ao parafuso de compressão 104.

[00127] Agora com referência às figuras 18A a 18D, é mostrada nas mesmas uma modalidade de um parafuso de compressão 326 com um anel de sutura 186 inserido no mesmo, de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados. O parafuso de compressão 326 pode ser implementado de maneira similar ao parafuso de compressão 104, exceto pelo fato de que as protuberâncias 328 são mais longas que as protuberâncias 134 do parafuso de compressão 104, por exemplo. Isso permite que o anel de sutura 186 permaneça fixado ao parafuso de compressão 326, conforme uma sutura 329 está puxando o anel de sutura 186 na direção contrária ao parafuso de compressão 326.

[00128] Agora com referência às figuras 19A a 19B, é mostrada nas mesmas uma modalidade de um parafuso de compressão 330, de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados. O parafuso de compressão 330 pode ser implementado de maneira similar ao parafuso de compressão 104a, e tem um ou mais dentes 332 formados em uma superfície para engate com o osso 333 de uma cabeça 334. Os dentes 332 funcionam de modo a se engatarem a um anel de sutura 186 (por exemplo, mediante a compressão do anel de sutura 186 contra um osso) e impedem que o anel de sutura 186 seja puxado na direção contrária à cabeça 334. Deve-se compreender, porém, que um parafuso de compressão 330 pode ser usado em combinação com qualquer dos acoplamentos de sutura e anéis de sutura aqui descritos, bem como com quaisquer acoplamentos de sutura convencionais, conforme ficará evidente para o versado na técnica tendo o benefício da presente descrição.

[00129] Agora com referência às figuras 20A a 20B, é mostrada nas mesmas uma modalidade de um parafuso de compressão 336, mostrado em combinação com um anel de sutura 186. O parafuso de compressão 336 pode ser implementado de maneira similar ao parafuso de compressão 104a, exceto pelo fato de que o parafuso de compressão 336 tem um sulco anular 338 formado em uma superfície para engate com o osso 340 de uma cabeça 342 do mesmo. O sulco anular 338 é dimensionado de modo tal que o mesmo pode abrigar em seu interior pelo menos uma porção do anel de sutura 186, de modo que o anel de sutura 186 fique comprimido entre a superfície 340 e um osso, e seja impedido de ser puxado na direção contrária ao parafuso de compressão 336 por uma ou mais suturas. Deve-se compreender que um sulco anular cilíndrico (não mostrado) pode ser formado na superfície para engate com o osso 340 em algumas modalidades exemplificadoras configuradas para abrigar um acoplamento de sutura construído de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados.

[00130] Agora com referência às figuras 21A a 21D, é mostrada nas mesmas uma modalidade exemplificadora de um parafuso de compressão com ângulo variável 350, de acordo com o presente conceito inventivo. O parafuso de compressão com ângulo variável 350 tem uma cabeça 352 em combinação com uma haste 354 que tem um eixo longitudinal 356, uma extremidade proximal 358, e uma extremidade distal 360.

[00131] A haste 354 inclui uma cânula central 362 estendendo-se através da mesma. A cânula central 362 é configurada para permitir a inserção de um fio-guia (não mostrado), como um fio de Kirschner, por exemplo. Deve-se compreender, porém, que algumas modalidades exemplificadoras do parafuso de compressão com ângulo variável 350, de acordo com os presentes conceitos inventivos, podem omitir a cânula central 362 e podem, ou não, ser implantadas em um osso sobre um fio-guia.

[00132] A extremidade proximal 358 da haste 354 inclui uma porção convexa 364 que tem roscas 366 formadas sobre a mesma. As roscas 366 são desejavelmente orientadas radialmente em relação ao eixo longitudinal 356 da haste 354. As roscas 366 podem ser quaisquer roscas 366 adequadas tendo qualquer passo adequado, e podem ser formadas na porção convexa 364 de qualquer maneira adequada, como por moldagem, corte, usinagem ou combinações dos mesmos, por exemplo.

[00133] A extremidade proximal 358 tem, adicionalmente, um acionador sextavado 368 (Figuras de 21C a 21D), o qual é configurado para receber a cabeça de uma parafusadeira sextavada convencional (não mostrada), de modo que o movimento giratório possa ser transmitido à haste 354 em relação ao eixo longitudinal 356. Deve-se compreender, porém, que a extremidade proximal 358 pode incluir um acionador configurado para engatar-se a qualquer acionador convencional em vez de um acionador sextavado 368, em algumas modalidades exemplificadoras dos presentes conceitos inventivos, como um acionador Phillips, um acionador plano, um acionador em cruz, um acionador octogonal e um acionador em formato de estrela, por exemplo.

[00134] A extremidade distal 360 da haste 354 tem roscas 370 formadas na mesma, sendo as roscas 370 configuradas para se engatarem a um osso, de modo que o parafuso de compressão com ângulo variável 350 possa ser implantado no osso e ficar ali retido. A haste 354 é mostrada como compreendendo uma porção sem rosca 372, mas deve-se compreender que algumas modalidades exemplificadoras de um parafuso de compressão com ângulo variável 350 podem omitir a porção sem rosca 372 e podem ter roscas 370 ao longo do comprimento da haste 354. Adicionalmente, algumas modalidades exemplificadoras de uma haste 354 podem incluir outros meios ou recursos de retenção (não mostrados), como nervuras, sulcos, saliências, canais, protuberâncias ou combinações dos mesmos, em vez de, ou em adição a, roscas 370. As roscas 370 podem ser auto-atarraxantes ou auto-perfurantes, ou uma broca pode ser usada para pré-perfurar no osso uma abertura ou canal com tamanho adequado, em qualquer ângulo desejado, para que as roscas 370 se engatem, por exemplo.

[00135] A cabeça 352 é mostrada como tendo uma estrutura em formato de folha de trevo, com uma pluralidade de protuberâncias 374, cada qual com um orifício para fixação de sutura 376 formado na mesma. A cabeça 352 inclui, adicionalmente, uma abertura central 378 que tem colunas de roscas 380 formadas em uma superfície interna da mesma. A abertura central 378 é configurada para receber em seu interior, por rosqueamento, a porção convexa 364 da haste 354, de modo que as roscas 380 se engatem com as roscas 366 da haste 354, para prender a cabeça 352 à haste 354 em qualquer ângulo desejado. Deve-se compreender que, embora quatro colunas de roscas 380 sejam mostradas na Figura 21C, os presentes conceitos inventivos podem ser usados com roscas contínuas 380, por exemplo, ou com menos de quatro, ou mais de quatro, colunas de roscas 380.

[00136] Uma modalidade exemplificadora do uso do parafuso de compressão com ângulo variável 350 inclui a formação de uma abertura em um osso 382. A haste 354 de um parafuso de compressão com ângulo variável 350 pode, então, ser avançada para dentro da abertura, como mediante a aplicação de movimento giratório à haste 354 com uma parafusadeira (não mostrada), em relação ao eixo longitudinal 356. Uma vez que a extremidade proximal 358 da haste 354 esteja nivelada com a superfície do osso 382, ou esteja logo abaixo da superfície do osso 382, a cabeça 352 pode ser colocada contra a superfície do osso 382 (por exemplo, através do acionador de parafuso 102), de modo que a abertura central 378 esteja alinhada com a abertura no osso 382. Em uma modalidade exemplificadora, a haste 354 pode ser recuada para fora do osso 382, de modo que as roscas 366 se engatem com as roscas 380 para fixar com segurança a cabeça 352 à haste 354. Em uma outra modalidade exemplificadora, a cabeça 352 pode ser rosqueada sobre a haste 354. Conforme será compreendido pelo versado na técnica tendo o benefício da presente descrição, quando a cabeça 352 é conectada à haste 354, a cabeça 352 pode ter um ângulo variável α em relação ao eixo longitudinal 356 da haste 354, e esse ângulo α pode estar em um intervalo predeterminado entre cerca de 90° e cerca de 135°, ou entre cerca de 90° e cerca de 120°, em qualquer direção a partir do eixo longitudinal 356, inclusive quaisquer intervalos e sub-intervalos entre os mesmos, por exemplo.

[00137] Adicionalmente, uma ou mais suturas (não mostradas) podem ser presas à cabeça 352 por meio de um orifício para fixação de sutura 376, antes de prender a cabeça 352 à haste 354, por exemplo. Deve-se compreender que, em algumas modalidades exemplificadoras, os orifícios para fixação de sutura 376 podem ser omitidos, e/ou um acoplamento de sutura pode ser usado para prender uma ou mais suturas ao parafuso de compressão com ângulo variável 350, mediante o posicionamento desse acoplamento de sutura entre a cabeça 352 e o osso 382, e usando-se a haste 354 para prender a cabeça 352 e o acoplamento de sutura ao osso 382, conforme descrito acima, por exemplo. Adicionalmente, em algumas modalidades um orifício para fixação de sutura 376 pode ser usado para prender uma ou mais suturas à cabeça 352, e um ou mais acoplamentos de sutura podem ser usados para prender uma ou mais suturas à cabeça 352, ou combinações dos mesmos, por exemplo.

[00138] Agora com referência às Figuras 22A a 22D, é mostrada nas mesmas uma modalidade exemplificadora de um parafuso de compressão 384, de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados. O parafuso de compressão 384 inclui uma haste 386 que tem um eixo longitudinal 388 e uma cabeça 390.

[00139] A haste 386 tem uma extremidade proximal 392 e uma extremidade distal 394, e uma cânula central 396 estendendo-se através da mesma. A extremidade proximal 392 inclui uma porção de pescoço 398 e um colarinho côncavo 400 que tem roscas 402 formadas sobre a superfície côncava do mesmo. A extremidade proximal 392 inclui, adicionalmente, um acionador sextavado 404 configurado para receber uma parafusadeira sextavada (não mostrada), de modo que o movimento giratório possa ser transmitido à haste 386, em relação ao eixo longitudinal 388. A extremidade distal 394 tem roscas 406 formadas na mesma, sendo as roscas 406 configuradas para se engatarem a um osso. Deve-se compreender que, embora a haste 386 seja mostrada como compreendendo uma porção sem rosca 408, a haste 386 pode incluir roscas 406 ao longo de todo o seu comprimento, em algumas modalidades dos conceitos inventivos aqui apresentados. Adicionalmente, deve-se compreender que algumas modalidades exemplificadoras podem omitir o acionador sextavado 404, e podem ter qualquer acionador de parafuso convencional capazes de conferir força, ou movimento, rotacional à haste 386.

[00140] A cabeça 390 tem uma abertura 410 e uma ou mais protuberâncias 412. A abertura 410 é dimensionada de modo que a cabeça 390 seja posicionada de maneira deslizante em redor da porção de pescoço 398 da haste 386, e de modo que a cabeça 390 possa deslizar ao longo da porção de pescoço 398 da haste 386. Deve-se compreender que, embora a cabeça 390 seja mostrada como compreendendo um formato de folha de trevo com quatro protuberâncias 412, qualquer formato adequado de cabeça 390 pode ser usado com os conceitos inventivos aqui apresentados, como uma cabeça 390 com formato de trevo de três folhas, uma cabeça 390 circular, e uma cabeça 390 quadrada, por exemplo. Em algumas modalidades exemplificadoras, as bordas externas da cabeça 390 podem estreitar-se, de modo que a cabeça 390 tenha uma seção transversal em formato convexo, em vez de uma seção transversal retangular, de modo a reduzir a ocorrência de irritação/lesão aos tecidos moles.

[00141] As uma ou mais protuberâncias 412 podem incluir orifícios para fixação de sutura 414 configurados para prender uma ou mais suturas (não mostradas) em seu interior.

[00142] A abertura 410 se afunila para dentro a partir da extremidade proximal 392 e em direção à extremidade distal 394 da haste 386, e inclui quatro colunas de roscas 416 configuradas para se engatarem às roscas 402 no colarinho côncavo 400. Conforme será entendido pelos versados na técnica, essa disposição das roscas 416 e 402 permite que o colarinho côncavo 400 se engate à abertura 410 da cabeça 390, de modo que a cabeça 390 fique orientada em um ângulo α em relação ao eixo longitudinal 388, sendo que o dito ângulo α pode variar de cerca de 90° a cerca de 120°, inclusive quaisquer intervalos e sub-intervalos entre os mesmos, por exemplo. Isso permite que o parafuso de compressão 384 tenha um ângulo variável entre a cabeça 390 e a haste 386, de modo que a cabeça 390 fique tão nivelada quanto possível com a superfície de um osso 418, quando o parafuso de compressão 384 é implantado no osso 418.

[00143] O parafuso de compressão 384 pode ser produzido por meio de qualquer processo adequado, como moldagem por injeção, usinagem, fundição ou combinações dos mesmos, por exemplo. Em uma modalidade não-limitadora, a haste 386 pode incluir uma primeira porção 420 e uma segunda porção 422 recebida de maneira deslizante na primeira porção 420 e soldada, colada ou, de outro modo, presa em seu interior. Para montar o parafuso de compressão 384, a cabeça 390 é deslizada sobre a porção de pescoço 398 da segunda porção 422, e a segunda porção 422 é deslizada para dentro da primeira porção 420 e presa em seu interior, conforme descrito acima. Para um exemplo desse tipo de parafuso de compressão com duas porções consulte o pedido de patente com n° serial US 12/332.756, cujo conteúdo está aqui incorporado, a título de referência, em sua totalidade. Deve-se compreender, porém, que o parafuso de compressão 384 pode ter uma haste 386, e a cabeça 390 pode ter duas porções unidas uma às outra de modo que a cabeça 390 seja posicionada de maneira deslizante sobre a porção de pescoço 398 da haste 386, por exemplo.

[00144] Durante o funcionamento, a haste 386 é gradualmente avançada para dentro do osso 418, como mediante a transmissão de movimento giratório à haste 386 por meio de uma parafusadeira sextavada (não mostrada) engatando-se ao acionador sextavado 404, por exemplo. O parafuso de compressão 384 pode ou não ser implantado sobre um fio-guia (não mostrada) inserido através da cânula central 396 (Figura 22C) e se estendendo através da haste 386, por exemplo. Logo que a porção de pescoço 398 começa a avançar sob a superfície do osso 418, as roscas 416 da cabeça 390 são engatadas pelas roscas 402 do colarinho côncavo 400, em um ângulo α que reflete o ângulo da superfície do osso 418 com o qual a cabeça 390 está em contato, conforme mostrado na Figura 22C. O parafuso de compressão 384 pode ser adicionalmente avançado, até que uma força de compressão desejada seja aplicada ao osso 418 pela cabeça 390, por exemplo.

[00145] Agora com referência às figuras 23A a 23D, é mostrada nas mesmas uma modalidade exemplificadora de um parafuso com travamento dinâmico e ângulo variável (DLS, de "dynamic locking screw") 430, de acordo com os presentes conceitos inventivos. O DLS com ângulo variável 430 inclui uma haste 432, um eixo longitudinal 434 e uma cabeça 436.

[00146] A haste 432 tem uma cânula 438 estendendo-se através da mesma, bem como uma extremidade proximal 440 e uma extremidade distal 442. A extremidade proximal 440 inclui uma parede externa 444 e uma parede interna 446, espaçadas a uma certa distância, de modo que um espaço anular 448 seja definido pela parede externa 444 e a parede interna 446. O espaço anular 448 funciona para permitir que a parede interna 446 se mova em direção à parede externa 444 e na direção contrária à mesma, em uma direção radial em relação ao eixo longitudinal 434.

[00147] A haste 432 tem uma primeira porção 450 com uma extremidade aberta que define um espaço cilíndrico, e uma segunda porção 452 configurada para ser recebida de maneira deslizante no espaço cilíndrico e ficar presa em seu interior, de modo que o espaço anular 448 seja definido pela primeira porção 450 e pela segunda porção 452. A primeira porção 450 e a segunda porção 452 podem ser presas uma à outra de qualquer maneira adequada, como soldagem, soldagem ultrassônica, adesivos ou combinações dos mesmos, por exemplo. Para um método exemplificador da produção de um parafuso com travamento dinâmico consulte os pedidos de patente com n° serial US 12/332.756 e 12/940.531, cujo conteúdo está aqui incorporado, a título de referência, em sua totalidade.

[00148] A extremidade proximal 440 inclui, adicionalmente, uma porção de pescoço 454 e um colarinho 456 se estendendo acima da primeira porção 450 da haste 432. O colarinho 456 é substancialmente côncavo e se afunila para dentro em relação ao eixo longitudinal 434, a partir da extremidade proximal 440 em direção à extremidade distal 442. O colarinho 456 tem roscas 458 sobre a superfície côncava 460 do mesmo. O colarinho 456 tem, adicionalmente, um acionador sextavado 462 configurado para aceitar uma parafusadeira sextavada (não mostrada), de modo que o movimento giratório possa ser transmitido à haste 432 através do acionador sextavado 462, em relação ao eixo longitudinal 434.

[00149] A extremidade distal 442 inclui roscas 464 configuradas para se engatarem a uma porção esponjosa 466 de um tecido ósseo 468, de modo que a haste 432 possa ficar retida em seu interior.

[00150] A cabeça 436 é disposta de maneira deslizante em redor daporção de pescoço 454, e inclui uma abertura central 470, a qual se afunila para dentro em direção ao eixo longitudinal 434 a partir da extremidade proximal 440 e em direção à extremidade distal 442. A cabeça 436 pode estar disposta em redor da porção de pescoço 454, antes da união da primeira porção 450 com a segunda porção 452 da haste 432, por exemplo.

[00151] A abertura central 470 tem, adicionalmente, quatro fileiras de roscas 472 configuradas para se engatarem às roscas 458 do colarinho 456. As roscas 472 se engatam às roscas 458 de modo que a cabeça 436 fique orientada em relação ao eixo longitudinal 434 em um ângulo α, sendo que o dito ângulo α pode variar de cerca de 90° a cerca de 130°, inclusive quaisquer intervalos e sub-intervalos entre os mesmos, por exemplo.

[00152] A cabeça 436 tem, adicionalmente, uma ou mais protuberâncias 474 que têm orifícios para fixação de sutura 476 formados nas mesmas. Os orifícios para fixação de sutura 476 são configurados para prender uma ou mais suturas (não mostradas), como mediante a compressão de uma ou mais suturas entre a cabeça 436 e o osso 468, por exemplo.

[00153] Durante o funcionamento, a haste 432 é avançada para dentro do osso 468 em qualquer ângulo adequado, conforme descrito acima. A haste 432 pode ser avançada por meio de roscas 464 auto- atarraxantes ou auto-perfurantes, ou um canal ou abertura com tamanho adequado pode ser formado no osso 468, para dentro do qual é avançada a haste 432, por exemplo. As roscas 458 do colarinho 456 se engatam às roscas 472 para prender a cabeça 436 à haste 432, de modo que a cabeça 436 fique orientada em relação ao eixo longitudinal 434 em um ângulo α conforme descrito acima. A haste 432 pode ser avançada para dentro do osso 468 de modo que uma força de compressão desejada seja aplicada ao dito osso 468, por exemplo. Durante o uso, conforme as forças são aplicadas à cabeça 436 e/ou à haste 432 em uma direção radial em relação ao eixo longitudinal 434, o DLS com ângulo variável 430 é capaz de, ao menos parcialmente, absorver essas forças mediante a flexão ou deflexão, de modo que a parede interna 446 se mova dentro do espaço anular 448 em relação à parede externa 444, conforme mostrado na Figura 23D, por exemplo.

[00154] Deve-se compreender que, em algumas modalidades exemplificadoras, o DLS com ângulo variável 430 pode omitir os orifícios para fixação de sutura 476, e/ou pode incluir um acoplamento de sutura (não mostrado) que pode ser implementado e funcionar substancialmente conforme descrito acima. Adicionalmente, em algumas modalidades exemplificadoras o DLS com ângulo variável 430 pode incluir mais de um espaço anular 448, conforme será entendido pelos versados na técnica tendo o benefício da presente descrição. Adicionalmente, em algumas modalidades, uma ou mais suturas podem ser enroladas em torno da haste 432, e podem ser comprimidas contra o osso 468 pela cabeça 436, quando o DLS com ângulo variável 430 é implantado no osso 468, por exemplo.

[00155] Agora com referência à Figura 24, é mostrada na mesma uma modalidade exemplificadora de um conjunto de placa óssea 480. O conjunto de placa óssea 480 inclui uma placa óssea 482 e um ou mais parafusos de compressão 484.

[00156] A placa óssea 482 pode ser produzida a partir de qualquer material bioinerte, biocompatível ou bioabsorvível adequado, como aço inoxidável, titânio, polietileno, ácido polilático (PLA), ácido polilático coglicólico (PLGA), poliuretano, tecidos ósseos, fibras de polietileno com peso molecular ultra-alto, resinas epóxi ou combinações dos mesmos, por exemplo.

[00157] A placa óssea 482 pode incluir um corpo da placa 486,tendo um eixo geométrico 488, uma superfície superior 490, uma superfície voltada para o osso 492, e uma ou mais aberturas para fixação 494 formadas na mesma. As aberturas para fixação 494 se afunilam para fora a partir da superfície superior 490 até a superfície voltada para o osso 492, isto é, as aberturas para fixação 494 são mais estreitas na superfície superior 490 e mais largas na superfície voltada para o osso 492. As aberturas para fixação 494 incluem, adicionalmente, quatro colunas de roscas 496 formadas em seu interior, sendo que as roscas 496 estão configuradas para se engatarem às roscas de um ou mais parafusos de compressão 484, conforme será descrito a seguir.

[00158] Os um ou mais parafusos de compressão 484 incluem uma haste 498 que tem um eixo longitudinal 500 e uma cânula 502 estendendo-se através do mesmo. A haste 498 tem uma extremidade proximal 504 e uma extremidade distal 506.

[00159] A extremidade proximal 504 inclui uma cabeça 508 que tem uma superfície convexa com roscas 510 formadas em seu interior e configuradas para entrar em uma abertura para fixação 494 na superfície 492 e engatar-se por rosqueamento a uma ou mais das colunas de roscas 496 na abertura para fixação 494.

[00160] A extremidade distal 506 tem roscas 512 configuradas para se engatarem a um tecido ósseo, de modo que o parafuso de compressão 484 possa ficar retido em seu interior.

[00161] Durante o funcionamento, um ou mais dos parafusos de compressão 484 são implantados em um osso 514 e avançados para dentro do osso 514 de modo que a cabeça 508 do um ou mais parafusos de compressão 484 fique nivelada com a, ou posicionada logo abaixo da, superfície do osso 514. Uma placa óssea 482 é, então, colocada contra o osso 514 de modo que uma das aberturas para fixação 494 da placa óssea 482 fica alinhada com a cabeça 508 de um ou mais parafusos de compressão 484. Os um ou mais parafusos de compressão 484 são, então, recuados para fora, de modo que as roscas 510 dos um ou mais parafusos de compressão 484 se engatem com as roscas 496 da abertura para fixação 494, de modo a fixar a placa óssea 482 a um ou mais parafusos de compressão 484. Um dos um ou mais parafusos de compressão 484 pode estar orientado de modo que o eixo longitudinal 500 do parafuso de compressão 484 interseccione com o eixo geométrico 488 em um ângulo α, o qual pode variar entre cerca de 30° e cerca de 120°, inclusive quaisquer intervalos e sub-intervalos entre os mesmos, por exemplo. Adicionalmente, um ou mais dos parafusos de compressão 484 pode estar orientado de modo que o eixo longitudinal 500 do parafuso de compressão 484 interseccione com o eixo geométrico 488 em um ângulo β, o qual pode variar entre cerca de 30° e cerca de 120°, inclusive quaisquer intervalos e sub-intervalos entre os mesmos, por exemplo. Em algumas modalidades exemplificadoras dos conceitos inventivos aqui apresentados, os ângulos α e β podem ser diferentes, enquanto em outras modalidades exemplificadoras os ângulos α e β podem ser iguais ou substancialmente iguais uns aos outros.

[00162] Deve-se compreender que, embora somente dois parafusos de compressão 484 sejam mostrados na Figura 24, uma placa óssea 482 de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados pode ser fixada a um osso 514 com um ou mais parafusos de compressão 484, por exemplo. Adicionalmente, um parafuso de compressão que não seja o parafuso de compressão 484 pode ser usado para fixar a placa óssea 482 ao osso 514, como um DLS, por exemplo. Além disso, deve-se compreender que um ou mais dos acoplamentos de sutura descritos acima, particularmente o acoplamento de sutura 254b (Figura 11C), podem ser usados em conjunto com o sistema de placa óssea 480.

[00163] Adicionalmente, embora a placa óssea 482 seja mostrada como tendo uma seção transversal retangular na Figura 24, uma placa óssea 482 de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados pode ter qualquer seção transversal adequada, como côncava, convexa, arredondada ou combinações das mesmas, por exemplo, de modo a minimizar a ocorrência de lesão ou irritação de tecidos moles adjacentes.

[00164] Deve-se compreender que as etapas aqui apresentadas podem ser realizadas simultaneamente ou em qualquer ordem desejada, e podem ser realizadas por um ser humano ou por uma máquina, e combinações dos mesmos, por exemplo. Por exemplo, uma ou mais das etapas aqui apresentadas pode ser omitida, uma ou mais etapas podem ser adicionalmente divididas em uma ou mais subetapas, e duas ou mais etapas ou sub-etapas podem ser combinadas em uma única etapa, por exemplo. Adicionalmente, em algumas modalidades exemplificadoras, uma ou mais etapas podem ser repetidas uma ou mais vezes, quer essa repetição seja realizada sequencialmente ou intercalada com outras etapas ou sub-etapas. Adicionalmente, uma ou mais das outras etapas ou sub-etapas podem ser realizadas antes, depois, ou entre as etapas aqui apresentadas, por exemplo.

[00165] Embora os conceitos inventivos aqui revelados e reivindicados, e as vantagens dos mesmos, tenham sido descritos com detalhes, deve-se compreender que várias trocas, substituições e alterações podem ser feitas na presente invenção sem que se desvie do caráter e âmbito da mesma, conforme definido pelas reivindicações em anexo. Além do mais, o escopo do presente pedido não se destina a ficar limitado às modalidades específicas de processo, aparelho, itens de fabricação, composições de substâncias, meios, métodos e etapas descritos no relatório descritivo. Conforme será prontamente compreendido pelo versado na técnica a partir da descrição dos conceitos inventivos aqui apresentados e reivindicados, vários processos, aparelhos, itens de fabricação, composições de substâncias, meios, métodos ou etapas, atualmente existentes ou a serem posteriormente desenvolvidos, que desempenhem substancialmente a mesma função ou atinjam substancialmente os mesmos resultados que a modalidades correspondentes aqui descritas, podem ser usados de acordo com os conceitos inventivos aqui apresentados e reivindicados. Consequentemente, as reivindicações em anexo se destinam a incluir em seu escopo esses processos, aparelhos, itens de fabricação, composições de substâncias, meios, métodos ou etapas.

Claims

1. Sistema de parafusos de compressão, compreendendo:um parafuso (350) compreendendo:uma haste (354) tendo uma extremidade proximal (358) e uma extremidade distal (360), pelo menos a extremidade distal (360) sendo rosqueada para engatar no osso; euma cabeça (352) associada à extremidade proximal (358) do haste (354), a cabeça (352) tendo uma pluralidade de protuberâncias que se estendem para fora (374) espaçadas uma da outra, de modo a definir uma pluralidade de recessos entre eles,em que pelo menos uma das protuberâncias (374) da cabeça (352) tem pelo menos um orifício de fixação de sutura (376) que se estende através dela,em que a cabeça (352) tem uma abertura central (378) e a extremidade proximal (358) da haste (354) tem uma pluralidade de roscas (366),caracterizado pelo fato de que a abertura central (378) da cabeça (352) ter uma pluralidade de colunas de rosca (380) formadas nela, e a pluralidade de roscas (366) da extremidade proximal (358) da haste (354) serem configuradas engatar as colunas de rosca (380) da abertura central (378) para conectar a cabeça (352) à haste (354).

2. Sistema de parafusos de compressão, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as protuberâncias (374) da cabeça (352) se estendem radialmente para fora.

3. Sistema de parafusos de compressão, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que cada uma das protuberâncias (374) da cabeça (352) tem pelo menos um orifício de fixação da sutura (376) que se estende através da mesma.

4. Sistema de parafusos de compressão, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que cada um dentre a haste (354) e a cabeça (352) tem uma cânula (362) que se estende através do mesmo.

5. Sistema de parafusos de compressão, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que a extremidade proximal (392) da haste (386) tem um colarinho côncavo roscado (400), em que a haste (386) tem ainda uma porção de pescoço (398) posicionado adjacente ao colarinho côncavo roscado (400) e em que a cabeça (390) está posicionada na porção do pescoço (398) e configurada para engatar com rosca no colarinho côncavo (400).

6. Sistema de parafusos de compressão, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a extremidade proximal (440) do haste (432) tem uma parede interna (446) e uma parede externa (444) definindo um espaço anular (448) entre a parede interna e externa (446, 444), a parede interna (446) compreendendo uma porção de pescoço (454) e um colarinho côncavo (456), em que a cabeça (436) está posicionada na porção de pescoço (454) e configurada para engate com rosca no colarinho côncavo (456).

7. Sistema de parafusos de compressão, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que compreende ainda um acionador de parafuso (102) com uma pluralidade de protuberâncias (126) configuradas para serem recebidas nos recessos da cabeça (352) da haste (354) de tal maneira que a força rotacional possa ser transferida do acionador de parafuso (102) para o parafuso (350).