BR112014010787B1

BR112014010787B1 - Dispositivo misturador, gaseificador, aparelho, e, método para produzir uma bebida gaseificada

Info

Publication number: BR112014010787B1
Application number: BR112014010787-4A
Authority: BR
Inventors: Andreas Psilander
Original assignee: Electrolux Home Products Corporation N.V.
Priority date: 2011-11-11
Filing date: 2011-11-11
Publication date: 2020-10-06
Also published as: BR112014010787A2; CN103917289B; EP2776147A1; US20140342071A1; KR20140093256A; EP2776147B1; CN103917289A; WO2013068049A1; US9770694B2

Abstract

dispositivo misturador, canal de mistura, gaseificador, aparelho, e, método para produzir uma bebida gaseificada. é providenciado um dispositivo misturador (2) para uma bebida e gás co2 para produzir bebidas gaseificadas. o dispositivo misturador (2) compreende um canal de mistura (4) formado em uma direção principal (10). o canal de mistura (4) compreende seções de canal largas (16) e seções de canal estreitas (18) ao longo da direção principal (10). o canal de mistura (4) tem uma seção transversal alongada vista em uma direção perpendicular à direção principal (10). pelo menos uma primeira superfície delimitadora (22) do canal de mistura (4) é providenciada com protuberâncias (20) prolongando-se pelo menos parcialmente ao longo da primeira superfície delimitadora (22) em uma direção transversal ao canal de mistura (4) e projetando-se na direção de uma segunda superfície delimitadora (24) do canal de mistura (4) para formar as seções de canal estreitas (18). é criado um fluxo turbulento de bebida pelas seções estreitas e largas do canal. são ainda providenciados um gaseificador para produzir bebidas gaseificadas, um aparelho compreendendo um gaseificador e um método para produzir uma bebida gaseificada.

Description

CAMPO TÉCNICO

[0001] A presente invenção diz respeito a um dispositivo misturador para uma bebida não gaseificada e gás CO2 para produzir uma bebida gaseificada, a um gaseificador para misturar uma bebida não gaseificada com gás CO2 para produzir uma bebida gaseificada, a um aparelho compreendendo um gaseificador e a um método para produzir uma bebida gaseificada em um gaseificador através de mistura de uma bebida não gaseificada com gás CO2.

ANTECEDENTES

[0002] Dióxido de carbono, gás CO2, é misturado com uma bebida, tal como água ou água aromatizada, para produzir uma bebida gaseificada. O gás CO2 dissolve-se pelo menos parcialmente na água e forma ácido carbônico, H2CO3. O CO2 é pouco solúvel em água, e como tal volta a separar-se em gás CO2, 0 que forma as bolhas que os consumidores associam a bebidas gaseificadas.

[0003] O gás CO2 pode ser misturado em água de diferentes formas usando dois princípios físicos, misturando sob alta pressão ou misturando durante um longo período de tempo. A pressão de água e temperatura da água influenciam a solubilidade do gás CO2 na água. Agua fria dissolverá mais CO2 do que água quente.

[0004] Na gaseificação em linha, ou seja, quando 0 fluxo de bebida deve ser gaseificado, tanto a pressão como o tempo são limitados. Além disso, a temperatura da água pode variar, por exemplo durante diferentes alturas do ano. A pressão da água também pode variar. Se não for devidamente ajustado para as condições atuais de operação, um gaseificador em linha pode facilmente providenciar uma bebida mal gaseificada ou um fluxo de gás CO2 com caudais ocasionais de bebida. É então um desafio produzir um gaseificador em linha que providencie bebida gaseificada sob diferentes condições de operação.

[0005] A EP 2070587 revela um distribuidor de bebida equipado com um sistema de gaseificação de bebida em linha. O distribuidor de bebida compreende um canal de abastecimento de bebidas líquidas ligado de forma fluída a uma fonte de água, um canal de abastecimento de gás ligado de forma fluída a uma fonte de gás pressurizado e pelo menos um dispositivo misturador para misturar o gás com a bebida líquida. Pelo menos uma porta de entrada liga de forma fluída o canal de abastecimento de gás com o canal de abastecimento de bebida líquida, ou com o dispositivo misturador, para introduzir o gás na bebida líquida. A bebida líquida misturada com gás é distribuída em um ponto de distribuição.

[0006] A US 5510060 revela um gaseificador em linha compreendendo um invólucro definindo uma câmara alongada com uma ranhura helicoidal em uma parede interior e um corpo interior alongado disposto na câmara. O corpo interior alongado e a ranhura helicoidal definem uma passagem de fluxo helicoidal. Em uma extremidade do canal helicoidal, o líquido a ser gaseificado é abastecido à passagem de fluxo helicoidal e na outra extremidade da passagem de fluxo helicoidal o líquido gaseificado sai da passagem helicoidal. O corpo interior alongado é feito de um material microporoso. O gás CO2 que gaseifica o líquido difunde-se através do material microporoso para o líquido na passagem helicoidal de uma câmara de gás interior do corpo interior. Em caso de uma quebra de pressão do lado do gás CO2 ou aumento de pressão do lado do líquido, o líquido irá penetrá-lo para o material microporoso. Os microporos irão conter o líquido e poderá ser difícil sob condições de operação normais remover o líquido de todos os microporos. As condições de operação do gaseificador são negativamente influenciadas quando os microporos estão cheios de líquido.

[0007] A IT PZ20080002 (Al) submetida em 16 de maio de 2008 revela um dispositivo de mistura em linha para líquido e gás. O dispositivo compreende um tubo com uma dobra N variável no diâmetro interior entre pelo menos dois diferentes diâmetros interiores Na prática, o dispositivo não providencia uma solução satisfatória para gaseificação em linha de uma bebida.

[0008] Assim, continua a existir a necessidade de um gaseificador em linha que pelo menos esteja menos sujeito aos problemas associados aos gaseificadores em linha conhecidos.

SUMÁRIO

[0009] Um objeto é providenciar um dispositivo e/ou método alternativo usados para gaseificar uma bebida e que em alguns aspetos providencie uma melhoria em relação a outros dispositivos conhecidos.

[00010] De acordo com um aspeto, o objetivo é alcançado através de um dispositivo misturador para uma bebida e gás CO2 para produzir bebida gaseificada. O dispositivo misturador compreende um canal de mistura, uma entrada para o canal de mistura e uma saída para a bebida gaseificada do canal de mistura. O canal de mistura prolonga-se em uma direção principal, direção principal ao longo da qual a bebida é adaptada para fluir. O canal de mistura compreende seções de canal largas e estreitas ao longo da direção principal. O canal de mistura tem uma seção transversal alongada vista em uma direção perpendicular à direção principal. Pelo menos uma primeira superfície delimitadora do canal de mistura é providenciada com protuberâncias prolongando-se pelo menos parcialmente ao longo da primeira superfície delimitadora em uma direção transversal ao canal de mistura e projetando-se na direção de uma segunda superfície delimitadora do canal de mistura para formar as seções de canal estreitas.

[00011] Uma vez que 0 canal de mistura tem uma seção transversal alongada e as seções de canal estreitas são formadas pelas protuberâncias que se prolongam pelo menos parcialmente ao longo da primeira superfície delimitadora, a bebida é sujeita a fluxo turbulento através do canal de mistura. O fluxo turbulento é mantido pela bebida passando na direção principal pela protuberância em cada seção de canal estreita até uma subsequente seção de canal larga. O fluxo turbulento assim criado promove a mistura da bebida e do gás CO2, providenciando um resultado satisfatório. Em conformidade, o objetivo acima referido é alcançado. Um tal dispositivo misturador pode ser compacto e, como tal, econômico em termos de espaço. Além disso, um tal dispositivo misturador não apresenta um design complicado, pelo que é de fácil produção.

[00012] De acordo com um outro aspeto, o objetivo é alcançado através de um gaseificador para misturar uma bebida não gaseificada com gás CO2 para produzir bebida gaseificada. O gaseificador compreende um dispositivo misturador de acordo com pelo menos um aspeto ou forma de realização aqui revelados e um dispositivo de entrada de CO2 para adicionar o gás CO2 à bebida. O dispositivo de entrada de CO2 compreende uma passagem de mistura e um injetor de entrada de CO2. A passagem de mistura está ligada a uma fonte de bebida e à entrada do canal de mistura. O injetor de entrada de CO2 está ligado à passagem de mistura de forma a que quando esteja a ser utilizado a bebida e o gás CO2 sejam misturados em duas etapas, uma primeira etapa de mistura na passagem de mistura e uma segunda etapa de mistura no canal de mistura.

[00013] As características acima referidas do canal de mistura em combinação com o dispositivo para misturar em duas etapas providenciam um gaseificador que em utilização alcança uma boa mistura da bebida com gás CO2. Assim, o objetivo acima referido é alcançado.

[00014] De acordo com um aspeto, o objetivo é ainda alcançado através de um aparelho compreendendo um gaseificador de acordo com pelo menos um aspeto ou forma de realização aqui revelados Em um tal aparelho, pode ser providenciada bebida gaseificada por exemplo a partir de uma saída de distribuição de bebida no aparelho.

[00015] De acordo com um aspeto, o objetivo é alcançado através de um método de produção de uma bebida gaseificada em um gaseificador misturando uma bebida não gaseificada com gás CO2. O gaseificador compreende um dispositivo misturador de acordo com pelo menos um aspeto ou forma de realização aqui revelados e um dispositivo de entrada de CO2 ligado à entrada do canal de mistura. O dispositivo de entrada de CO2 compreende uma passagem de mistura e um injetor de entrada de CO2 ligado à passagem de mistura. O método compreende: admissão de um fluxo de bebida à passagem de mistura, admissão de um fluxo de gás CO2 à passagem de mistura através do injetor de entrada de CO2 para misturar de forma contínua o gás CO2 com a bebida em uma primeira etapa de mistura, e misturar ainda a bebida com gás CO2 em uma segunda etapa de mistura no canal de mistura, à medida que a bebida e o gás CO2 fluem ao longo do canal de mistura para a saída da bebida gaseificada do canal de mistura.

[00016] As características acima referidas da passagem de mistura em combinação com o gaseificador adaptado para misturar bebida e gás CO2 em duas etapas providenciam um método que alcança uma boa mistura da bebida com gás CO2. Assim, o objetivo acima referido é alcançado.

[00017] O gaseificador pode ser um gaseificador em linha. Em utilização, a bebida e o gás CO2 fluem ao longo do canal de mistura em um fluxo turbulento de bebida ao longo da direção principal. A bebida e o gás CO2 são misturados para produzir uma bebida gaseificada. Por exemplo, a bebida pode ser água ou água aromatizada. O gás CO2 pode ser adicionado à bebida antes da entrada do canal de mistura ou no início do canal de mistura. O gaseificador pode ser colocado em um aparelho doméstico, comercial ou público, por exemplo geladeiras, centros de bebidas, máquinas automáticas de venda, etc. O gaseificador e o método podem também ser implementados como um produto separado. Um tal produto separado pode ser instalado em ligação com por exemplo uma pia de cozinha.

[00018] A seção transversal alongada, perpendicular à direção principal do canal de mistura, prolonga-se em uma primeira direção e em uma segunda direção. A primeira e segunda direções são substancialmente perpendiculares à direção principal e uma à outra. A seção transversal alongada do canal de mistura prolonga-se em uma primeira distância em uma primeira direção e em uma segunda distância em uma segunda direção, a primeira direção prolongando-se entre a primeira e segunda superfícies delimitadoras. A seção transversal alongada é formada pelo canal de mistura sendo mais largo na segunda direção do que na primeira direção. A seção transversal alongada pode ter substancialmente uma largura regular na segunda direção ao longo da direção principal do canal de mistura Na primeira direção, a largura do canal de mistura varia ao longo da direção principal. Ou seja, nas seções de canal largas, a primeira distância é maior do que nas seções de canal estreitas. As protuberâncias que se prolongam ao longo da primeira superfície delimitadora em uma direção transversal ao canal de mistura têm pelo menos um componente direcional que se prolonga na segunda direção. As protuberâncias podem prolongar-se substancialmente na segunda direção. As protuberâncias projetam-se com pelo menos um componente direcional prolongando-se na primeira direção. As protuberâncias podem projetar- se substancialmente na primeira direção. A direção principal pode alterar-se ao longo do canal de mistura, por exemplo, o canal de mistura pode ser dobrado, caso no qual a direção principal se altera substancialmente 180 graus.

[00019] No gaseificador, um fluxo turbulento de bebida é alcançado para providenciar uma boa mistura de bebida e gás CO2 para fazer com que o gás CO2 se dissolva na bebida. Na passagem de mistura, o fluxo turbulento de bebida ocorre principalmente devido a injeção do gás CO2 na bebida. No canal de mistura, o fluxo turbulento de bebida é causado pelas seções estreitas e largas do canal.

[00020] De acordo com algumas formas de realização, as seções de canal estreitas podem apresentar uma largura de 0,1 - 1,0 mm entre uma das protuberâncias e a segunda superfície delimitadora. Dessa forma, as seções de canal estreitas podem ser suficientemente estreitas para induzir turbulência no fluxo de bebida.

[00021] De acordo com algumas formas de realização, o canal de mistura pode ter um comprimento na direção principal de entre 5-40 cm. Dessa forma, são providenciados um comprimento suficiente do canal de mistura permitindo uma mistura adequada e uma queda de pressão adequada ao longo do canal de mistura.

[00022] De acordo com algumas formas de realização, a seção transversal pode ser curva. Por exemplo a seção transversal alongada pode ser formada entre uma superfície interior de um tubo e uma porção nuclear prolongando-se para dentro do tubo. A seção transversal alongada pode ter assim, por exemplo, uma forma anelar. Em essas formas de realização, a segunda direção é curva.

[00023] De acordo com algumas formas de realização, o dispositivo misturador pode compreender um tubo e um núcleo e o canal de mistura pode ser formado ente o tubo e o núcleo. Dessa forma pode ser alcançado um dispositivo misturador compacto e de fácil produção. A primeira e segunda superfícies delimitadoras podem, em essas formas de realização, ser formadas por uma superfície exterior do núcleo e uma superfície interior do tubo. A superfície exterior e/ou superfície interior podem ser dotadas de protuberâncias.

[00024] De acordo com algumas formas de realização, as protuberâncias da primeira superfície delimitadora podem projetar-se entre 0,5 - 8,0 mm para dentro do canal de mistura para formar as seções de canal largas entre as protuberâncias, seções de canal largas que se prolongam entre 0,6 - 9,0 mm entre a primeira superfície delimitadora e a segunda superfície delimitadora. Dessa forma, são providenciadas seções de canal largas de largura suficiente entre duas seções de canal estreitas para promover fluxo turbulento de bebida no canal de mistura.

[00025] De acordo com algumas formas de realização, pelo menos uma das protuberâncias da primeira superfície delimitadora pode prolongar-se ao longo da primeira superfície delimitadora em todo o canal de mistura.

[00026] De acordo com algumas formas de realização, a primeira superfície delimitadora e/ou a segunda superfície delimitadora podem ser equipadas com pelo menos 15 protuberâncias que se prolongam pelo menos parcialmente ao longo da primeira superfície delimitadora e/ou segunda superfície delimitadora em uma direção ao longo do canal de mistura para formar pelo menos 15 seções de canal estreitas correspondentes do canal de mistura.

[00027] De acordo com algumas formas de realização, o injetor pode ter um diâmetro mínimo de 0,2 - 0,4 mm. Uma vantagem da utilização de um injetor com essas dimensões é que os níveis de regulação de pressão de gás CO2 usados em gaseificadores, normalmente <10 bar, alcançarão uma velocidade de injeção de gás CO2 na bebida para providenciar uma primeira etapa de mistura adequada, bem como uma quantidade adequada de gás CO2 para gaseificação da bebida a caudais de bebida adequados para a distribuição de bebida em um copo, como o caudal de bebida de 0,5 - 3 litros/minuto, ou 1 - 2 litros/minuto. Assim, o diâmetro do injetor é de forma a que o fluxo de gás CO2 entrando na bebida tenha um valor predeterminado.

[00028] De acordo com algumas formas de realização, o gaseificador pode compreender um refrigerador de bebida, em que o refrigerador de bebida se encontra ligado à passagem de mistura. Dessa forma, se necessário, a bebida pode ser refrigerada para dissolver suficiente gás CO2 e providenciar uma bebida gaseificada refrigerada.

[00029] De acordo com algumas formas de realização, o refrigerador de bebida pode compreender uma passagem de fluxo ou um contentor disposto em ligação com um compartimento refrigerado.

[00030] De acordo com algumas formas de realização, o gaseificador pode compreender uma bomba de bebida ligada à passagem de mistura. Dessa forma, a pressão de bebida pode ser aumentada para um nível adequado sob condições de operação do gaseificador que assim o exijam.

[00031] De acordo com algumas formas de realização, o gás CO2 pode ser adicionado à passagem de mistura substancialmente à velocidade sônica. Dessa forma pode ser alcançado uma primeira etapa de mistura particularmente boa.

[00032] De acordo com algumas formas de realização, a passagem de mistura pode ser submetida a uma pressão de bebida de 1,5 - 9 bar.

[00033] De acordo com algumas formas de realização, o canal de mistura pode ser cheio de bebida a um caudal de 0,5 - 3 litros/minuto.

[00034] De acordo com algumas formas de realização, a bebida pode ser refrigerada antes de entrar na passagem de mistura.

[00035] Outras características e vantagens da presente invenção se tornarão aparentes, mediante estudo das reivindicações anexas e da descrição detalhada que se segue. Os peritos na técnica irão perceber que diferentes aspectos da presente invenção podem ser combinados para criar modalidades diferentes das descritas a seguir, sem nos afastarmos do escopo da presente invenção, tal como definida pelas reivindicações anexas.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[00036] Os vários aspectos da invenção, incluindo suas características e vantagens particulares, serão facilmente entendidos a partir da seguinte descrição pormenorizada e dos desenhos anexos, em que:

[00037] As Figs. 1 e 2 ilustram seções transversais de um dispositivo misturador de acordo com formas de realização,

[00038] A Fig. 3 ilustra uma seção transversal de uma porção de um canal de mistura de acordo com formas de realização,

[00039] A Fig- 4 ilustra um dispositivo de mistura para misturar bebida com gás CO2 de acordo com formas de realização,

[00040] A Fig- 5 ilustra um dispositivo de mistura para misturar uma bebida com gás CO2 de acordo com formas de realização,

[00041] A Fig- 6 ilustra um gaseificador para misturar uma bebida não gaseificada com gás CO2 para produzir uma bebida gaseificada de acordo com formas de realização,

[00042] A Fig. 7 ilustra um dispositivo de acordo com formas de realização compreendendo um gaseificador, e

[00043] A Fig.8 ilustra um método de produção de uma bebida gaseificada em um gaseificador.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[00044] A presente invenção será agora descrita de forma mais completa com referência aos desenhos anexos, nos quais são mostradas formas de realização exemplificativas. No entanto, esta invenção não deve ser interpretada como limitada às formas de realização aqui apresentadas. Ao longo da descrição, números iguais se referem aos mesmos elementos. Funções ou construções bem conhecidas não irão necessariamente ser descritas em pormenor por motivos de brevidade e/ou de clareza.

[00045] As Figs. 1 e 2 ilustram seções transversais de um dispositivo misturador 2 de acordo com formas de realização. As respetivas seções transversais das Figs. 1 e 2 são indicadas pelas setas I -1 e II - II das Figs. 2 e 1. No dispositivo misturador 2, uma bebida e o gás CO2 são misturados para produzir uma bebida gaseificada. O dispositivo misturador 2 compreende um canal de mistura 4. Uma entrada 6 para o canal de mistura 4 conduz a bebida para o canal de mistura 4. Uma saída 8 do canal de mistura 4 conduz a bebida gaseificada para fora do canal de mistura 4. O canal de mistura 4 prolonga-se em uma direção principal 10 e é formado entre um tubo 12 e uma porção nuclear 14 que se prolonga ao longo do tubo 12. Em conformidade, o canal de mistura 4 tem uma seção transversal alongada que se curva de forma a que a seção transversal alongada tenha uma forma substancialmente anelar, visto perpendicularmente à direção principal 10 como ilustrado na Fig. 2. Em utilização, a bebida é adaptada para fluir durante a seção transversal alongada do canal de mistura 4 ao longo da direção principal 10.

[00046] O canal de mistura 4 compreende seções de canal largas 16 e seções de canal estreitas 18 ao longo da direção principal 10. As seções de canal estreitas 18 são formadas por protuberâncias 20 providenciadas em uma superfície na porção nuclear 14. A superfície exterior da porção nuclear 14 forma uma primeira superfície delimitadora 22 do canal de mistura 4. As protuberâncias 20 prolongam-se em uma direção ao longo do canal de mistura 4 visto ao longo da direção principal 10. Além disso, as protuberâncias 20 projetam-se na direção da superfície interior do tubo 12. A superfície interior do tubo forma uma segunda superfície delimitadora 24 do canal de mistura 4. As seções de canal largas 16 são formadas entre a superfície exterior da porção nuclear 14 nos espaços entre as protuberâncias 20 e a superfície interior do tubo 12.

[00047] O diâmetro interior do tubo 12, por exemplo pode ter entre 10 - 30 mm, por exemplo à volta de 20 mm. O canal de mistura 4 pode ter um comprimento na direção principal de entre 5-40 cm, por exemplo entre 12- 25 cm. As seções de canal estreitas 18 podem ter 0,1 - 1,0 mm de largura entre uma das protuberâncias 20 e a segunda superfície delimitadora 24. Assim, o canal de mistura 4 pode ser adaptado em utilização para ser cheio de bebida com um caudal de 0,5 - 3 litros/minuto, em alternativa com um caudal de 1 - 2 litros/minuto. As protuberâncias 20 da primeira superfície delimitadora 22 podem projetar-se entre 0,5 - 8,0 mm para dentro do canal de mistura 4 para formar as seções de canal largas 16 entre as protuberâncias 20. As seções de canal largas 16 podem prolongar-se 0,6 - 9,0 mm entre a primeira superfície delimitadora 22 e a segunda superfície delimitadora 24.

[00048] As protuberâncias 20, por exemplo podem compreender porções em forma anelar discretas dispostas ao longo da porção nuclear 14 visto da direção principal 10. Em alternativa, as protuberâncias 20 podem por exemplo compreender uma aresta helicoidal que se prolonga ao longo da porção nuclear 14. Apesar de uma tal ranhura helicoidal poder ser vista como um elemento, formará várias protuberâncias 20 ao longo da direção principal 10 no canal de mistura 4. Em conformidade, também em um dispositivo misturador 2 compreendendo um núcleo com uma aresta helicoidal, a bebida passará por várias protuberâncias. Uma outra alternativa para alcançar protuberâncias no canal de mistura pode ser formar protuberâncias na superfície interior do tubo, por exemplo fazendo rosqueamentos no tubo. Em esse caso, a porção nuclear pode ser providenciada com uma superfície exterior plana. De acordo com as definições acima e nas reivindicações, a superfície interior do tubo será nesse caso a primeira superfície delimitadora e a superfície exterior da porção nuclear será a segunda superfície delimitadora.

[00049] A Fig.3 ilustra uma seção transversal de uma porção de um canal de mistura 4 de acordo com as formas de realização.. O canal de mistura 4 é formado entre uma primeira superfície delimitadora 22 e uma segunda superfície delimitadora 24. A primeira superfície delimitadora 22 é providenciada com protuberâncias 20 de forma a que sejam formadas no canal de mistura 4 seções de canal estreitas. Entre as protuberâncias 20 são formadas seções de canal largas 16.

[00050] Uma bebida e um gás CO2 fluem através do canal de mistura em uma direção principal 10. Graças às seções de canal estreitas e largas 18, 16, um fluxo turbulento é promovido na bebida à medida que flui através do canal de mistura 4, a bebida estando sujeita a indução repetida de turbulência, indicada pelas setas 26. É assim assegurado que a mistura da bebida e do gás CO2 corre continuamente ao longo do canal de mistura 4. Condições ótimas para dissolver o gás CO2 bebida são criadas e pode ser produzida uma bebida bem gaseificada no canal de mistura 4, de acordo com formas de realização. A bebida é submetida a queda de pressão à medida que flui através do canal de mistura 4. Em particular, em cada seção de canal estreita 18 na qual a bebida passe esta é sujeita a uma queda de pressão parcial no canal de mistura 4.

[00051] A Fig.4 ilustra um dispositivo de mistura 2 para misturar bebida com gás CO2 de acordo com formas de realização. O dispositivo misturador 2 compreende um canal de mistura 4 formado entre duas placas 27. O dispositivo misturador 2 tem uma entrada 6 para o canal de mistura 4 e uma saída 8 do canal de mistura 4. O canal de mistura 4 prolonga-se em uma direção principal 10 e é formado entre uma primeira superfície delimitadora 22 e uma segunda superfície delimitadora 24. Uma primeira direção 28 e uma segunda direção perpendicular 30 prolongam-se perpendicularmente à direção principal 10. A primeira e segunda superfícies delimitadoras 22, 24 são dispostas substancialmente em paralelo com um plano prolongando-se na direção principal 10 e na segunda direção 30.

[00052] O canal de mistura 2 tem uma seção transversal alongada. A seção transversal alongada é perpendicular à direção principal 10 e prolonga- se em um plano paralelo à primeira direção 28 e segunda direção 30. A seção transversal alongada prolonga-se em uma primeira distância na primeira direção 28 e em uma segunda distância na segunda direção 30. A seção transversal alongada é formada pelo canal de mistura 4 sendo mais largo na segunda direção 30 do que na primeira direção 28.

[00053] Na Fig.4, o canal de mistura 4 é ilustrado sem uma porção lateral para mostrar a seção transversal ao longo da direção principal 10. As placas 27 e, em conformidade, a primeira e segunda superfícies delimitadoras 22, 24, são dotadas de protuberâncias 20. Assim, a primeira distância varia ao longo da direção principal 10 do canal de mistura 4. As protuberâncias 20 formam seções de canal estreitas e seções de canal largas entre elas. Assim, a bebida é submetida a um fluxo turbulento à medida que flui através do canal de mistura 4 para dissolve o gás CO2 na bebida para produzir uma bebida gaseificada.

[00054] As seções de canal estreitas podem ter entre 0,1 - 1,0 mm de largura entre uma das protuberâncias 20 e a primeira ou segunda superfície delimitadora 22, 24. As protuberâncias 20 da primeira e segunda superfícies delimitadoras 22, 24 podem projetar-se entre 0,5 - 8,0 mm para dentro do canal de mistura 4 para formar as seções de canal largas entre as protuberâncias 20. As seções de canal largas podem prolongar-se entre 0,6 - 9,0 mm entre a primeira superfície delimitadora 22 e a segunda superfície delimitadora 24. Pelo menos uma das protuberâncias 20 da primeira e segunda superfícies delimitadoras 22, 24 prolonga-se ao longo da primeira e segunda superfícies delimitadoras 22, 24 ao longo de todo o canal de mistura 4. A primeira superfície delimitadora 22 e a segunda superfície delimitadora 24 são dotadas de pelo menos 15 protuberâncias que se prolongam pelo menos parcialmente ao longo da primeira superfície delimitadora 22 e da segunda superfície delimitadora 24 em uma direção ao longo do canal de mistura 4, por exemplo substancialmente na segunda direção para formar pelo menos 15 seções de canal estreitas correspondentes do canal de mistura 4.

[00055] A Fig.5 ilustra um dispositivo misturador 2 para misturar uma bebida com gás CO2 de acordo com formas de realização. O dispositivo misturador 2 compreende um canal de mistura 4, que é dobrado, ou seja, a direção principal do canal de mistura muda 180 graus. Em uma primeira porção do canal de mistura 4, o canal de mistura 4 é formado entre um tubo 12a e uma porção nuclear 14. Uma superfície de porção nuclear 14 é providenciada com protuberâncias 20 para formar seções de canal estreitas na primeira porção do canal de mistura 4. A bebida flui de uma entrada 6 ao longo de um primeiro percurso na primeira porção do canal de mistura 4. Em uma segunda porção do canal de mistura 4, o canal de mistura 4 é formado entre um segundo tubo 12b e o primeiro tubo 12a. Uma superfície do primeiro tubo 12a é providenciada com protuberâncias 20 para formar seções de canal estreitas na segunda porção do canal de mistura 4. A bebida flui ao longo de um segundo percurso na segunda porção do canal de mistura 4 para uma saída 8, em uma direção oposta ao primeiro percurso. As primeira e segunda porções do canal de mistura 4 podem ter entre 2,5 - 20 cm de comprimento.

[00056] A Fig. 6 ilustra um gaseificador 40 para misturar uma bebida não gaseificada com gás CO2 para produzir uma bebida gaseificada de acordo com formas de realização. O gaseificador 40 compreende um dispositivo misturador 2 de acordo com aspetos ou formas de realização aqui descritos. O gaseificador 40 compreende um dispositivo de entrada de CO2 42 para administrar gás CO2 à bebida. O dispositivo de entrada de CO2 42 compreende uma passagem de mistura 44 e um injetor de entrada de CO2 46. A passagem de mistura 44 está ligada a uma fonte de bebida através de uma conduta de bebida 58 e uma entrada de um canal de mistura do dispositivo misturador 2 e em que o injetor de entrada 46 de CO2 se encontra ligado à passagem de mistura 44. A bebida e o gás CO2 são misturados em duas etapas, uma primeira etapa de mistura na passagem de mistura 44 e uma segunda etapa de mistura no canal de mistura.

[00057] Uma vez que o gaseificador 40 providencia gás CO2 a ser administrado à bebida na passagem de mistura 44 através do injetor 46, um fluxo turbulento de bebida e gás CO2 é alcançado na passagem de mistura 44. O fluxo turbulento na passagem de mistura 44 promove a mistura e dissolução do gás CO2 na bebida na primeira etapa de mistura. Uma vez que o gaseificador 40 providencia que a bebida e o gás CO2 sejam submetidos a uma segunda etapa de mistura no dispositivo misturador 2 compreendendo um canal de mistura, é assegurado que seja alcançada uma mistura e dissolução completa do gás CO2 na bebida para produzir uma bebida gaseificada.

[00058] No gaseificador 40, uma conduto de ligação 45 é providenciada entre a passagem de mistura 44 e o dispositivo misturador 2 e uma conduta de saída 48 ligada à saída do canal de mistura do dispositivo misturador 2. A conduta de ligação 45 pode ser curta, por exemplo apenas com 1 ou alguns milímetros, mas pode em alternativa ser longa. A conduta de saída 48 pode ser adaptada para providenciar uma queda de pressão de cerca de 1 bar na bebida gaseificada que flui do dispositivo misturador 2. Uma queda de pressão diferente, por exemplo 2-3 bar pode ser alternativamente providenciada na conduta de saída 48. Dessa forma, o gás CO2 pode formar bolhas na conduta de saída para providenciar uma bebida gaseificada efervescentemente apelativa. A conduta de saída 48 pode compreender uma primeira válvula de controle de fluxo 50. A primeira válvula de controle de fluxo 50 pode ser definida para providenciar uma queda de pressão adequada na bebida gaseificada. Por exemplo, a primeira válvula de controle de fluxo 50 pode ser definida para ajudar a providenciar uma queda de pressão adequada na conduta de saída 48, por exemplo a queda de pressão acima referida de cerca de 1 bar ou 2-3 bar. Nesse contexto, pode ser mencionado que a bebida está também sujeita a quedas de pressão em outras partes do gaseificador 40, por exemplo no dispositivo misturador 2, na conduta de ligação 45 ou na conduta de saída 48. Além disso, uma segunda válvula de controle de fluxo 52 pode ser providenciada na conduta de saída 48. A segunda válvula de controle de fluxo 52 pode ser uma válvula de corte. A segunda válvula de controle de fluxo 52 abre-se quando a bebida gaseificada é dispensada a partir de uma saída 54 da conduta de saída 48 para dentro de, por exemplo um copo 56. A segunda válvula de controle de fluxo 52 pode ser uma torneira de cone duplo ajustável para ajustar o caudal da bebida gaseificada e providenciar um fluxo suave.

[00059] O gaseificador 40 é um gaseificador em linha. A bebida é levada para a passagem de mistura 44 através de uma conduta de bebida 58. Na conduta de bebida 58 pode ser previsto um refrigerador de bebida 60. Em conformidade, no gaseificador 40, o refrigerador de bebida 60 pode ser ligado à passagem de mistura 44. Dessa forma, a bebida pode ser refrigerada antes de entrar na passagem de mistura. Uma vez que a água fria dissolve gás CO2 melhor do que água quente, pode ser assegurado que a água fria/bebida atinjam a passagem de mistura 44 e o dispositivo misturador 2 em situações de operação onde água comparativamente quente entre no gaseificador 40. Além disso, uma bomba de bebida 62 pode ser ligada à passagem de mistura 44. A bomba de bebida 62 pode ser prevista na conduta de bebida 58. Em situações de operação em que uma pressão de bebida não seja suficiente para a operação adequada do gaseificador 40, a bomba de bebida 62 pode providenciar uma tal pressão de bebida suficiente. Quer abastecida pela bomba de bebida 62 ou por pressão da água da conduta, a passagem de mistura 44 pode ser submetida de forma adequada a uma pressão de bebida de 1,5-9 bar. O canal de mistura do dispositivo misturador 2 pode ser adaptado para ser cheio de bebida a um caudal de 0,5 - 3 litros/minuto.

[00060] O refrigerador de bebida 60 pode compreender uma passagem de fluxo 63 ou um contentor disposto em ligação com um compartimento refrigerado 65 (esquematicamente indicado na Fig.6). O compartimento refrigerado 65 pode estar dentro de uma geladeira. Assim, a refrigeração do compartimento refrigerado 65 ou geladeira pode ser utilizada para refrigerar a bebida na passagem de fluxo 63 ou contentor

[00061] O injetor de entrada de CO2 46 pode ter um diâmetro mínimo de 0,1 - 0,9 mm, por exemplo o diâmetro do injetor 46 pode ser de 0,2 - 0,4 mm. Dessa forma, desde que a pressão de gás CO2 por exemplo normalmente usada de 6 - 10 bar, seja superior à pressão de bebida, o gás CO2 será adicionado à bebida a uma taxa adequada. O injetor 46 pode ser adaptado para permitir que o gás CO2 entre na passagem de mistura 44 à velocidade sônica quando a pressão do gás CO2 seja 1,832 vezes a pressão de bebida na passagem de mistura 44. Isso promove uma primeira etapa de mistura particularmente boa. Igualmente, gás CO2 que entre a uma velocidade inferior à velocidade sônica na passagem de mistura 44 pode providenciar uma primeira etapa de mistura suficiente.

[00062] O gaseificador 40 compreende um conector do recipiente sob pressão 64 e uma conduta de CO2 66 que vai do conector do recipiente sob pressão 64 ao injetor de entrada 46 de CO2. Uma válvula de verificação 68 pode ser prevista na conduta de CO2 66. Uma terceira válvula de controle de fluxo 70 pode ser disposta na conduta de CO2 66. Uma garrafa de gás CO2 72 pode estar ligada ao gaseificador 40 através do conector do recipiente sob pressão 64. A válvula de verificação 68 pode assegurar que a bebida não atinja o conector de recipiente sob pressão 64 se a pressão na conduta de CO2 66 for inferior à pressão da bebida, por exemplo quando um recipiente sobre pressão de CO2 está a ser trocado. A terceira válvula de controle de fluxo 70 pode ser uma válvula de corte e pode ser usada para abrir e fechar a conduta de CO2 66.

[00063] O gaseificador 40 pode ainda compreender um dispositivo de aromatização 74 ligado por exemplo à conduta de saída 48. Dessa forma, o gaseificador 40 pode ser definido para água gaseificada, por exemplo de uma conduta de água, e assim providenciar bebida gaseificada sob a forma de água gaseificada na saída 54 da conduta de saída 48. Além disso, uma bebida gaseificada como um refrigerante ou água mineral ou vitaminada pode ser providenciada na saída 54 da conduta de saída 48 pelo gaseificador 40, quando um concentrado de aroma e/ou concentrado de vitaminas/minerais é adicionado à água na conduta de saída 48 do dispositivo de aromatização 74.

[00064] De acordo com formas de realização, 0 gaseificador 40 pode compreender um sistema de controle 80. O sistema de controle 80 pode estar ligado a, e compreender, um ou mais dos componentes do gaseificador 40, como de seguida será descrito. O sistema de controle 80 compreende um controlador 82 que pode incluir um microprocessador e uma memória. O controlador 82 está ligado a um painel de controle 84 que pode ser operado por um usuário para dispensar bebida gaseificada a partir da saída 54 do gaseificador 40. Na sua forma mais simples, a operação do gaseificador 40 apenas prevê uma função ligado/desligado, que em tal caso é operada por um usuário através do painel de controle 84. Contudo, em um gaseificador 40 mais avançado, o usuário dispõe das opções de selecionar o nível de gaseificação da bebida, temperatura da bebida e tipo de bebida através do painel de controle 84.

[00065] A primeira válvula de controle de fluxo 50 pode ser controlada para definir uma queda de pressão entre a conduta de saída 48 e a pressão ambiente envolvendo o gaseificador 40 para providenciar um nível de gaseificação da bebida desejado. A segunda válvula de controle de fluxo 52 e a terceira válvula de controle de fluxo 70 sob a forma de válvulas de corte podem ser adaptadas para serem controladas substancialmente em simultâneo. Assim, quando um usuário através do painel de controle 84 deseja dispensar uma bebida gaseificada, a segunda válvula de controle de fluxo 52 e a terceira válvula de controle de fluxo 70 abrem-se e quando a distribuição pára, a segunda válvula de controle de fluxo 52 e a terceira válvula de controle de fluxo 70 fecham. As válvulas 52, 70 adaptadas para serem controladas substancialmente em simultâneo compreendem um ligeiro atraso entre a abertura e fecho das válvulas 52, 70, por exemplo para permitir a acumulação de pressão na bebida antes de começar a distribuição. Se uma bomba de bebida 62 for utilizada no gaseificador 40, a bomba de bebida 62 é ligada pelo menos ao dispensar a bebida. Se a bebida gaseificada for dispensada sob a forma de refrigerante, o dispositivo de aromatização 74 é ativado pelo controlador 82. Para esse efeito, o dispositivo de aromatização 74 pode compreender uma bomba e/ou uma válvula.

[00066] A Fig. 7 ilustra um aparelho 90 de acordo com formas de realização compreendendo um gaseificador. O aparelho 90 é uma geladeira 92. A geladeira 92 compreende um compartimento refrigerado que pode ser refrigerado até uma temperatura superior à temperatura do ponto de congelação, por exemplo 5 graus célsius. Em alternativa ou adicionalmente, a geladeira 92 pode compreender um compartimento refrigerado que pode ser refrigerado até uma temperatura inferior ao ponto de congelação. A porta 94 é dotada de um recesso 96 para colocar aí um copo. No recesso 96 é disposta uma saída 54 para a bebida gaseificada do gaseificador. Na porta 94 é providenciado um painel de controle 84 de um sistema de controle do gaseificador. Um usuário pode dispensar bebida gaseificada para dentro de um copo a partir da saída 54 através de manipulação do painel de controle 84.

[00067] A Fig. 8 ilustra um um método de produção de uma bebida gaseificada em um gaseificador misturando uma bebida não gaseificada com gás CO2. O gaseificador compreendendo um dispositivo misturador de acordo com aspetos e formas de realização aqui revelados e um dispositivo de entrada de CO2 ligado a uma entrada de um canal de mistura do dispositivo misturador. O dispositivo de entrada de CO2 compreende uma passagem de mistura e um injetor de entrada de gás CO2 ligado à passagem de mistura. O método compreende: admissão 100 de um fluxo de bebida à passagem de mistura, admissão 110 de um fluxo de gás CO2 à passagem de mistura através do injetor de entrada de gás CO2 para misturar de forma contínua o gás CChcom a bebida em uma primeira etapa de mistura, e misturar ainda 120 a bebida com gás CO2 em uma segunda etapa de mistura no canal de mistura, à medida que a bebida e o gás CO2 fluem ao longo do canal de mistura para a saída da bebida gaseificada do canal de mistura.

[00068] A admissão 110 de um fluxo de gás CO2 pode compreender:

[00069] admissão 105 do gás CO2 à passagem de mistura substancialmente à velocidade sônica.

[00070] O método pode ainda compreender: sujeitar 122 a passagem de mistura a uma pressão de bebida de 1,5 - 9 bar.

[00071] O método pode ainda compreender: o canal de mistura ser cheio 130 de bebida a um caudal de 0,5 - 3 litros/minuto.

[00072] O método pode ainda compreender: refrigerar 140 a bebida antes de entrar na passagem de mistura.

[00073] Exemplos de formas de realização descritos acima podem ser combinados, conforme entendido por um técnico do ramo. Também é claro para os técnicos do ramo que as expressões protuberância formada em uma superfície, protuberância providenciada em uma superfície e uma superfície providenciada com protuberâncias se destinam aqui a ter o mesmo significado. Além disso, a superfície de uma protuberância em si destina-se a fazer parte da superfície da qual se projeta. As porções nucleares 14 do dispositivo misturador 2 de formas de realização ilustradas nas Figs. 1, 2 e 5 podem ser fixas em um tubo relevante ou as porções nucleares 14 podem ser livremente posicionadas no tubo relevante.

[00074] Uma protuberância prolongando-se em uma direção ao longo do canal de mistura deve ser entendida como abrangendo não apenas protuberâncias que se prolonguem perpendicularmente à direção principal ao longo do canal de mistura, mas também uma protuberância que se prolongue ao longo do canal de mistura em um ângulo diferente do que perpendicularmente à direção principal.

[00075] Muito embora a invenção tenha sido descrita com referência aos exemplos de formas de realização, muitas e diferentes alterações, modificações e semelhantes, se tornarão aparentes aos técnicos do ramo. Por exemplo, o gás CO2 pode ser adicionado à bebida na canal de mistura do dispositivo misturador.

[00076] Tal como aqui utilizado, o termo "compreendendo" ou "compreende" é aberto e inclui uma ou mais características, elementos, passos, componentes ou funções, mas não impede a presença ou a adição de um ou mais características, elementos, passos, componentes, funções ou grupos destes.

[00077] Tal como aqui utilizado, o termo "e/ou" inclui todas e quaisquer combinações de um ou mais dos itens listados associados.

[00078] Conforme aqui utilizada, a vulgar abreviatura "e. g.", que deriva da frase latina "exempli gratia", pode ser usada para introduzir ou especificar um exemplo genérico ou exemplos de um item anteriormente mencionado e não é entendida como limitativa de tal item. Se aqui utilizada, a vulgar abreviatura "i. e.", que deriva da frase latina "id est”, pode ser usada para especificar um item particular de uma recitação mais genérica.

[00079] A não ser que definidos de outro modo, todos os termos (incluindo termos técnicos e científicos) utilizados nesse documento têm o mesmo significado conforme vulgarmente entendido por um técnico do ramo ao qual esta invenção pertence. Será ainda entendido que termos, como sejam os definidos nos dicionários genericamente usados, deverão ser interpretados como tendo um significado que é consistente com o seu significado no contexto da técnica relevante e não serão interpretados em um sentido idealizado ou abertamente no sentido formal, a menos que assim aqui definido.

Claims

1. Dispositivo misturador (2) para uso em um gaseificador (40) para misturar uma bebida não gaseificada com gás CO2 para produzir uma bebida gaseificada, o dispositivo misturador (2) compreendendo uma canal de mistura (4), uma entrada (6) para o canal de mistura (4) e uma saída (8) para a bebida gaseificada do canal de mistura (4), em que o canal de mistura (4) se prolonga em uma direção principal (10), ao longo da qual a bebida é adaptada para fluir, e em que o canal de mistura (4) compreende seções de canal largas (16) e seções de canal estreitas (18) ao longo da direção principal (10), caracterizado pelo fato de que o canal de mistura (4) tem uma seção transversal alongada em uma direção perpendicular à direção principal (10), em que pelo menos uma primeira superfície delimitadora (22) do canal de mistura (4) é providenciada com protuberâncias (20) prolongando-se pelo menos parcialmente ao longo da primeira superfície delimitadora (22) em uma segunda direção tendo um componente direcional perpendicular à direção principal através do canal de mistura (4) e projetando-se na direção de uma segunda superfície delimitadora (24) do canal de mistura (4) para formar as seções de canal estreitas (18).

2. Dispositivo misturador (2), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as seções de canal estreitas (18) apresentam uma largura de 0,1 - 1,0 mm entre uma das protuberâncias (20) e a segunda superfície delimitadora (24).

3. Dispositivo misturador (2), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o canal de mistura (4) tem um comprimento na direção principal (10) de entre 5-40 cm.

4. Dispositivo misturador (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a seção transversal alongada é curva.

5. Dispositivo misturador (2), de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o compreende um tubo (12) e um núcleo (14) e em que o canal de mistura (4) é formado entre o tubo (12) e o núcleo (14).

6. Dispositivo misturador (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que as protuberâncias (20) da primeira superfície delimitadora (22) podem projetar-se entre 0,5 - 8,0 mm para dentro do canal de mistura (4) para formar as seções de canal largas (16) entre as protuberâncias (20), as seções de canal largas (16) se prolongam entre 0,6 - 9,0 mm entre a primeira superfície delimitadora (22) e a segunda superfície delimitadora (24).

7. Gaseificador (40) para misturar uma bebida não gaseificada com gás CO2 para produzir bebidas gaseificadas, o gaseificador (40) compreendendo um dispositivo misturador (2) como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 6 e um dispositivo de entrada de CO2 (42) para admissão do gás CO2 na bebida, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de entrada de CO2 (42) compreende uma passagem de mistura (44) e um injetor de entrada de CO2 (46), a passagem de mistura (44) se encontra ligada a uma fonte de bebida e à entrada do canal de mistura (4), e em que o injetor de entrada de CO2 (46) está ligado à passagem de mistura (44) de forma que, em utilização, a bebida e o gás CO2 sejam primeiro misturados na passagem de mistura (44) e depois no canal de mistura (4).

8. Gaseificador (40), de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o injetor (46) tem um diâmetro de área mínimo de 0,2 - 0,4 mm.

9. Gaseificador (40), de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizado pelo fato de que o gaseificador (40) é adaptado em utilização para permitir que o gás CO2 entre na passagem de mistura (44) substancialmente à velocidade sônica.

10. Gaseificador (40), de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 9, caracterizado pelo fato de que o canal de mistura (4) é adaptado em utilização para ser cheio com uma bebida a um caudal de 0,5 - 3 litro s/minuto.

11. Gaseificador (40), de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 10, caracterizado em que compreende ainda uma conduta de saída (48) ligada à saída (8) do canal de mistura (4).

12. Gaseificador (40), de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a conduta de saída (48) compreende uma segunda válvula de controle de fluxo (52).

13. Gaseificador (40), de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 12, caracterizado pelo fato de que compreende ainda um refrigerador de bebida (60) em que o refrigerador de bebida (60) está ligado à passagem de mistura (44).

14. Gaseificador (40), de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que o refrigerador de bebida (60) compreende uma passagem de fluxo (63) ou um contentor disposto em ligação com um compartimento refrigerado (65).

15. Gaseificador (40), de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 14, caracterizado pelo fato de que compreende ainda um conector de recipiente sob pressão (64) e uma conduta de CO2 (66) que vai do conector de recipiente sob pressão (64) ao injetor de entrada de CO2 (46), e compreende ainda uma válvula de verificação (68) e uma terceira válvula de controle de fluxo (70) disposta na conduta de CO2 (66).

16. Gaseificador (40), de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 15, caracterizado pelo fato de que a segunda válvula de controle de fluxo (52) e a terceira válvula de controle de fluxo (70) são válvulas de corte que são adaptadas para serem controladas substancialmente em simultâneo.

17. Aparelho (90), caracterizado por compreender um gaseificador (40) como definido em qualquer uma das reivindicações 7 a 16.

18. Método para produzir uma bebida gaseificada em um gaseificador (40) misturando uma bebida não gaseificada com gás CO2, o gaseificador (40) compreendendo um dispositivo misturador (2) como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 6 e um dispositivo de entrada de CO2 (42) ligado à entrada do canal de mistura (4), o dispositivo de entrada de CO2 (42) compreendendo uma passagem de mistura (44) e um injetor de entrada de CO2 (46) ligado à passagem de mistura (44) caracterizado pelo fato de que o método compreende: admitir (100) um fluxo de bebida à passagem de mistura (44); admitir (110) um fluxo de gás CO2 à passagem de mistura (44) através do injetor de entrada de CO2 (46) para misturar de forma contínua o gás CO2 com a bebida em uma primeira etapa de mistura; e, misturar ainda (120) a bebida com 0 gás CO2 em uma segunda etapa de mistura no canal de mistura (4) à medida que a bebida e o gás CO2 fluem ao longo do canal de mistura (4) para a saída da bebida gaseificada do canal de mistura (4).