BR112013014834B1 - café instantâneo - Google Patents

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Abstract

café instantâneo trata-se de uma composição de café instantâneo que tem partículas de café solúveis. as partículas têm poros internos, e ao menos parte dos poros internos contém um gás pressurizado. adicionalmente, as partículas de café solúveis são dotadas de material de café insolúvel finamente mofdo sobre uma superfície externa das partículas de café solúveis. um método de formação da composição de café instantâneo, um recipiente para a composição e um sistema de dispensação de bebida também são fornecidos .

Description

“CAFÉ INSTANTÂNEO”
Esta descrição refere-se a uma composição de café instantâneo aperfeiçoada. Em particular, um café expresso instantâneo que dá origem a um produto de bebida mais autêntico do que os cafés instantâneos convencionais. A descrição também se refere a um 5 método de fabricação da composição de café.
É bem conhecido que o café expresso autêntico produzido por grãos de café torrados e moídos rapidamente preparados com água/vapor pressurizado tem uma aparência e paladar característico. O café expresso não é feito facilmente e exige equipamentos relativamente complicados e dispendiosos, os quais, por sua vez, exigem um 10 grau de habilidade para operar. Há interesse na produção de um café instantâneo que imita mais fielmente as características de café expresso autêntico sem as dificuldades associadas com a fabricação de café expresso autêntico.
Um método conhecido consiste em fabricar produtos expressos instantâneos que compreendem partículas de café solúveis que contêm gás para a produção de espuma de 15 bebida. O documento sob o n°. US2006/0040038 descreve uma técnica para a produção de uma espuma a partir de uma composição de bebida instantânea. A técnica envolve aquecer o café sob pressão para forçar o gás nos poros internos no café. Embora tais produtos ofereçam grande conveniência, não fornecem ao consumidor a mesma qualidade de espuma e bebida tipicamente obtida pelo preparo de café expresso.
Outra forma de imitar mais fielmente o paladar de um café expresso autêntico é apresentada no documento sob o n°. US3261689, o qual descreve um produto de café solúvel que tem uma pequena fração de café torrado e moído misturado no café solúvel antes da secagem por aspersão. Descobriu-se que a inclusão do café torrado e moído aperfeiçoa o aroma e sabor. O documento sob o n°. US3652292 descreve uma técnica 25 similar.
Consequentemente, é desejável fornecer uma composição de café instantâneo aperfeiçoada e/ou tratar de ao menos alguns dos problemas associados com a técnica anterior ou, ao menos, fornecer uma alternativa comercialmente útil para a mesma.
Consequentemente, em um primeiro aspecto, a presente descrição fornece uma 30 composição de café instantâneo que compreende partículas de café solúveis que têm poros internos, em que ao menos alguns dos poros internos contêm um gás pressurizado, e em que as partículas de café solúveis são dotadas de material de café insolúvel finamente moído sobre uma superfície externa das mesmas.
A presente invenção será agora adicionalmente descrita. Nas seguintes passagens, 35 diferentes aspectos da invenção são definidos em maiores detalhes. Cada aspecto assim definido pode ser combinado com qualquer outro aspecto ou aspectos, exceto onde indicado claramente em contrário. Em particular, qualquer característica indicada como sendo
2/19 preferida ou vantajosa pode ser combinada com qualquer outra característica ou características indicadas como sendo preferidas ou vantajosas.
O termo gás pressurizado se refere ao fato de que o gás está em uma pressão maior do que a pressão atmosférica (101,325 kPa).
O termo instantâneo, para uso no presente documento, com referência a composições de café assume seu significado usual na técnica e na comercialização do produto. Isto é, uma composição de café instantâneo consiste naquela a partir da qual uma bebida de café pode ser formada sob a adição de um meio de bebida quente, por exemplo, água em a partir de 30 a 100°C e, de preferência, em a partir de 80 a 90°C. A bebida é, 10 deste modo, formada instantaneamente por meio da dissolução da composição de café no meio de bebida. A adição de ingredientes adicionais, tais como leite, açúcar ou outros elementos flavorizantes ao mesmo tempo, antes ou após a adição do meio de bebida não evita que a composição seja considerada instantânea. Os produtos de café instantâneo são bem conhecidos e incluem, a título de exemplo, grânulos de café instantâneo 15 MAXWELL HOUSE®. O café instantâneo pode ser opcionalmente descafeinado.
O termo solúvel, para uso no presente documento, indica que o componente se dissolve de maneira completa ou de maneira substancialmente completa em um meio de bebida. Dependendo da bebida selecionada, a temperatura do meio de bebida exigida irá determinar se um componente é considerado solúvel e isto pode ser facilmente determinado 20 por meio de experimentação. Em princípio, se um componente se dissolve de maneira completa ou de maneira substancialmente completa em uma bebida enquanto ainda está em uma temperatura para beber desejável, então, é um componente solúvel.
A pressão na qual a solubilidade é considerada é a pressão na qual a bebida é preparada. Isto será usualmente em pressão atmosférica, embora algumas máquinas de 25 preparação de bebida utilizem pressões até ou que excedem 15.000 kPa, mais comumente em torno de 3000 kpa.
De modo contrário, o termo insolúvel se refere a componentes que não se dissolvem (ou não se dissolvem substancialmente) e permanecem distintos do meio de bebida. Os componentes insolúveis incluem, por exemplo, gotículas de óleo e matéria 30 vegetal moída finamente (tais como, partículas de café torrado e moído) suspensos na bebida ou na espuma. A matéria vegetal finamente moída, especialmente, partículas de café torrado e moído, são, de preferência, os únicos componentes insolúveis empregados.
Prefere-se, por exemplo, que uma bebida, tal como café, chá ou chocolate quente, material solúvel, se dissolva de maneira completa ou de maneira substancialmente completa 35 no meio de bebida dentro de 5 minutos de adição, de preferência, dentro de 1 minuto, com mais preferência, com 10 segundos e com a máxima preferência, quase instantaneamente. Na mesma bebida, um componente insolúvel não iria, de preferência, substancialmente
3/19 dissolver (ou dissolver de maneira alguma) dentro de 5 minutos, com mais preferência, dentro de 20 minutos e com a máxima preferência, nunca.
Deve ser reconhecido que um material insolúvel ou solúvel pode conter impurezas de pequenas quantidades de ingredientes que não compartilham as propriedades de solubilidade do material em massa. Por exemplo, as partículas de café torrado e moído são consideradas insolúveis em temperaturas de preparo de café. A extração do café a partir das partículas não consiste na dissolução das partículas de café torrado e moído. Consequentemente, a solubilidade de um componente é determinada por suas propriedades de volume, isto é, 90%, em peso, com mais preferência, 95%, em peso, e com a máxima preferência, 99% ou maior.
O “café espumante” da presente descrição se refere a cafés que imitam a espuma produzida quando um extrato de água de café torrado e moído é derramado em uma xícara, particularmente quando um café expresso autêntico preparado com água é direcionado para uma xícara.
O termo uma superfície externa se refere ao fato de que o material de café insolúvel finamente moído está presente em ao menos uma parte da superfície das partículas de café que está em contanto com a atmosfera. Prefere-se que o material esteja presente somente sobre esta superfície das partículas de café e não dentro do corpo das partículas. Em outra modalidade menos preferida, o material de café insolúvel finamente moído também pode estar presente dentro do corpo das partículas de café (isto é, totalmente entranhado nas partículas de café).
O material de café insolúvel finamente moído é, de preferência, ao menos parcialmente fundido na superfície externa das partículas de café solúveis. Isto é, o material é retido sobre a superfície, de preferência, afundando-se ligeiramente na superfície. Isto pode ser alcançado, por exemplo, por meio de compressão ou, com mais preferência, por meio do aquecimento das partículas até ou acima de duas temperatura de transição de vidro antes ou após colocar as partículas em contato com o material de café insolúvel.
Alternativamente, em uma modalidade menos preferida, o material insolúvel pode ser fixado (ou fundido) à superfície com o uso de um aglutinante. Tal aglutinante iria consistir mais provavelmente em um aglutinante líquido, tal como uma solução de açúcar. Prefere-se que o material insolúvel seja fundido às partículas de café sem o uso de um aglutinante, em particular, um aglutinante líquido, desde que isto evite uma etapa de processamento complexa.
A espuma de uma bebida de café expresso autêntico contém gotículas de óleo coloidal e partículas sólidas substancialmente insolúveis que proporcionam ao café expresso sua aparência, textura e sensação bocal característica. A espuma traz uma contribuição considerável para a atração em geral da bebida de café. Os inventores descobriram que o
4/19 fornecimento do material de café insolúvel moído sobre a superfície do café espumante instantâneo fornece as partículas e/ou gotículas de óleo coloidais dentro da espuma de bebida e/ou líquido. Isto resulta em uma bebida final aperfeiçoada e mais convincente. Os inventores também descobriram que, por meio do revestimento de composição de café 5 instantâneo espumante com material de café insolúvel finamente moído, é possível ter uma quantidade significante deste material insolúvel arrastada na espuma. Isto produz um paladar e consistência de espuma final altamente atrativa que estava até agora ausente em produtos de café instantâneo.
O material de café finamente moído adicionado às partículas de café instantâneo 10 pode consistir em qualquer produto de café adequado, precursor, componente, ou subproduto do café torrado ou processo de café solúvel, por exemplo, subprodutos de café torrado e moído, espremido a seco finamente moído a partir da extração de café solúvel, ou grãos de café torrados comprimidos que são finamente moídos e, opcionalmente, secos. Qualquer componente finamente moído de semente, fruto ou planta de café processada ou 15 nativa poderia ser usado na prática da descrição. O material de café insolúvel finamente moído é, de preferência, torrado, parcialmente torrado, não torrado ou até um material de café residual já extraído. Prefere-se que o material de café insolúvel finamente moído seja derivado a partir de grãos de café torrados e moídos que já têm sido opcionalmente extraído. O uso de grãos de café pré-extraídos é um uso muito eficiente de um produto 20 residual de outra forma indesejado.
O termo finamente moído” se refere ao material de café insolúvel que é moído a um tamanho que é fino em comparação com as partículas de café solúveis. Prefere-se que o material de café insolúvel seja moído a um tamanho médio que tem um diâmetro maior de menos do que 20%, com mais preferência, menos do que 10%, do diâmetro maior médio 25 das partículas de café solúveis.
Prefere-se que o material de café insolúvel finamente moído tenha um tamanho de partícula médio (diâmetro maior médio) a partir de 0,1 a 100 micrômetros, de preferência, a partir de 5 a 50 micrômetros e com a máxima preferência, a partir de 10 a 25 micrômetros. Embora seja observado que o tamanho médio, de preferência, se inclui nestas faixas, de 30 preferência, o tamanho mediano e moda (mais prevalente) também se inclui nas faixas reivindicadas. O tamanho de partícula fino permite a fácil dispersão do material insolúvel finamente moído por toda a bebida e, em particular, permite a captura do material na espuma de bebida. Além disso, as partículas de café insolúveis mais finas imitam mais fielmente as partículas comumente encontradas em espumas de expresso autêntico.
Um exemplo de um espectrômetro por difração adequado para a medição do tamanho de partícula médio consiste no espectrômetro de difração a laser Sympatec Helos/LA em temperatura ambiente (20°C) e pressão (1 atmosfera). Os dados de saída a
5/19 partir deste espectrômetro são fornecidos como uma tabela de distribuição de tamanho (número versus tamanho), a partir da qual o tamanho de partícula médio numérico pode ser calculado.
Conforme observado acima, os cafés solúveis são extratos secos de grãos de café que quando colocados em contato com água quente (por exemplo, água em uma temperatura de cerca de 60°C a cerca de 100°C, por exemplo, cerca de 80°C) se dissolve para formar uma bebida de café.
O café solúvel produzido por métodos conhecidos na técnica tipicamente compreende partículas com uma estrutura porosa. Isto é, o café tem cavidades ou orifícios internos capazes de conter um gás capturado. Se os poros estiverem em ou conectados à superfície da partícula, são considerados como abertos. Se os poros estiverem dentro da parte interna da partícula e não estiverem conectados à superfície da partícula, então, são considerados como poros fechados. Estes poros fechados são mencionados no presente documento como poros internos.
O tamanho de partícula médio (mediano) preferido para o pó de café solúvel é a partir de cerca de 100 a cerca de 300 microns. Isto pode ser medido por meio de difração a laser, conforme descrito no presente documento.
O diâmetro de poro (fechado) interno médio preferido é a partir de cerca de 0,5 a cerca de 100 microns, com mais preferência, a partir de cerca de 2 a 80 microns. Com a máxima preferência, o diâmetro médio é a partir de cerca de 3 a 15 microns, e com a máxima preferência, a partir de 4 a 10 microns. O tamanho de poro pode ser estimado por meio de inspeção visual de imagens SEM, ou medido de maneira quantitativa com o uso de tomografia por raios-X.
A composição de café é formada pela adição do material de café finamente moído café para revestir partículas de café instantâneo. O material de café moído pode ser adicionado antes do tratamento de pressurização aquecido que carrega as partículas com gás pressurizado. Alternativamente, o material finamente moído pode ser adicionado após o tratamento de pressurização aquecido, embora isto possa exigir uma etapa de decomposição do café que pode ter superaglomerado sob as condições de tratamento na ausência do material de café finamente moído.
Em um segundo aspecto, a presente descrição fornece um método de formação da composição de café instantâneo, conforme descrito acima, o método que compreende;
i) fornecer uma partícula de café solúvel que tem uma superfície externa;
ii) revestir ao menos parcialmente a superfície externa da partícula de café solúvel com um material de café insolúvel finamente moído para formar uma partícula revestida; e iii) aquecer a partícula revestida e submeter a mesma a um gás pressurizado de modo que ao menos parte do gás seja capturado nos poros internos da partícula.
6/19
Conforme descrito no documento sob o n°. US2006/0040038, incorporado a título de referência, a captura de gás pressurizado dentro das partículas de café solúveis pode ser alcançada mediante o aquecimento das partículas de café solúveis secas sob temperatura e pressão de gás suficiente, forçando, assim, o gás nos poros internos das partículas de café solúveis secas. As partículas de café secas aquecidas podem ser, então, resfriadas e despressurizadas, resultando em um café solúvel que tem poros internos preenchidos com gás pressurizado. Este processo resulta em um produto de café solúvel que libera o gás pressurizado sob a reconstituição com água quente. A liberação de gás a partir das partículas de café solúveis gera uma camada de espuma sobre a superfície da bebida que se parece com a camada de espuma sobre a bebida de café expresso mencionada anteriormente.
Os presentes inventores descobriram, no entanto, que quando o processo descrito no documento sob o n°. US2006/0040038 é aplicado em uma grande escala, a extensão do aquecimento exigido para a captura de gás pressurizado tipicamente conduz à aglomeração de partícula indesejável. Os inventores descobriram que se o café for aquecido a uma temperatura acima da temperatura de transição de vidro (Tg) do café, uma quantidade maior de gás pressurizado pode ser estavelmente capturado. No entanto, quando o café solúvel é aquecido a uma temperatura acima da Tg, as superfícies das partículas de café se tornam pegajosas ao toque e a retenção em T>Tg por um período de tempo prolongado faz com que as partículas individuais se aglomerem em conjunto em agrupamentos ou agregados que compreendem duas ou mais partículas distintas fixadas. Quando este processo é implantado em uma grande escala, conforme é exigido para produzir quantidades do produto comercialmente viáveis, esta aglomeração de partícula indesejável se torna mais significante devido às forças compressivas ou gravitacionais maiores sobre as partículas que resultam a partir de um leito mais profundo, e aos tempos de processamento tipicamente mais longos necessários para transferir de modo eficaz a energia térmica através do volume maior de partículas de café.
A aglomeração pode, sob algumas condições, fazer com que o produto forme grandes corpos de partícula fundidos ou endurecidos que compreendem inúmeras partículas distintas fixadas, o qual não se parece mais com um produto de café instantâneo convencional e torna o produto inadequado ou indesejável para o uso como um produto de bebida instantânea. Adicionalmente, uma parte substancial do produto pode se aderir às paredes do recipiente no qual o processo de pressurização é realizado durante a etapa de aquecimento, resultando na incapacidade de remover facilmente todo o produto após a despressurização.
Os presentes inventores descobriram que por meio da adição de um material de café insolúvel finamente moído, de preferência, um material de café torrado, parcialmente torrado
7/19 ou não torrado, às partículas de café solúveis antes do tratamento de pressurização aquecido usado para carregar as partículas com gás para formação de espuma, os problemas associados à técnica anterior podem ser reduzidos. Isto tem se mostrado de maneira surpreendente aperfeiçoar beneficamente também determinados atributos de qualidade importantes da espuma e bebida do produto acabado. Isto é, o material de café insolúvel adicionado é eficaz para reduzir ou eliminar a aglomeração de partícula indesejada ou excessiva durante a pressurização aquecida.
O material de café finamente moído é eficaz no revestimento, ou revestimento parcial, do café solúvel devido a seu tamanho de partícula médio tipicamente muito menor. Sem se ater à teoria científica, considera-se que os materiais de café finamente moídos podem agir tanto como espaçadores físicos entre as partículas de café solúveis individuais durante a pressurização aquecida, enquanto que também absorve a umidade de superfície a partir das partículas de café solúveis. Acredita-se que estes dois efeitos, individualmente ou em combinação, sejam responsáveis pelo fornecimento da redução eficaz observada no grau de aglomeração de partícula que ocorre durante o processo de pressurização aquecida. O material de café finamente moído também pode ser opcionalmente seco para reduzir ou eliminar seu teor de umidade ou tratado para aperfeiçoar sua capacidade de absorver umidade a partir do café solúvel durante o processo de pressurização. Acredita-se que com o uso de material insolúvel finamente moído, a área de superfície disponível do material aperfeiçoa o efeito de secagem do café solúvel e reduz a sobreaglomeração indesejável. Adicionalmente, acredita-se também que o tamanho de partícula muito pequeno do material de café finamente moído seja eficaz na estabilização da espuma de bebidas reconstituídas.
No processo de acordo com a presente descrição, tem sido demonstrado que a adição de, por exemplo, grãos de café torrados comprimidos que são finamente moídos e secos, ao café solúvel, tal como café instantâneo seco por aspersão, inibe substancialmente a aglomeração das partículas de café solúveis durante a pressurização aquecida, de tal modo que o número de partículas aglomeradas presentes no produto seja reduzido de maneira substancial e benéfica e, em adição a isto, a fração de partículas de café solúveis aderidas à parede do recipiente de pressurização também é reduzida de maneira substancial e benéfica.
Adicionalmente, uma vez que o produto de café espumante expresso instantâneo pressurizado resultante compreende material de café finamente moído, a espuma em xícara (bebida) gerada pelo produto da presente descrição pode se assemelhar de maneira beneficamente mais fiel à espuma de um café expresso autêntico obtido por meio do preparo de café torrado e moído em uma máquina de preparo de café expresso. Adicionalmente, considera-se que uma parte substancial do material de café finamente
8/19 moído no produto da presente descrição possa ser ativamente transportado na espuma da bebida sob a reconstituição causada pela liberação de gás a partir das partículas de café solúveis que os mesmo circunda. É evidente que as bolhas de gás ascendentes liberadas pela dissolução das partículas de café solúveis em água carregam uma quantidade significante do material de café finamente moído na espuma. Isto pode diminuir a velocidade, ou evitar, o assentamento do material de café finamente moído fora da fase líquida da bebida durante o consumo e a formação de um sedimento desagradável no fundo da xícara, conforme ocorrería a uma extensão maior ou mais rápida em uma simples mistura de café solúvel e material de café finamente moído. Os efeitos benéficos adicionais incluem estabilidade de espuma de bebida substancialmente aperfeiçoada e uma sensação bocal da espuma significantemente mais espessa, ambas das quais contribuem para a experiência de café expresso mais autêntica liberada por produtos da presente descrição.
Adicionalmente, uma vantagem adicional da presente descrição consiste no fato de que o rendimento do processo de café em geral pode ser aperfeiçoado, uma vez que em determinadas modalidades da presente descrição, um fluxo do processo que foi anteriormente considerado um subproduto, ou tem pouco ou nenhum valor comercial, pode ser usado para proporcionar um benefício funcional para o produto acabado. O resultado desta descoberta pode ser empregado para reduzir os custos do processamento e matériaprima, energia, e custo com descarte de refugos, os quais para um processo de café solúvel podem ser substanciais.
Em uma modalidade adicional, o material de café finamente moído pode ser opcionalmente tratado, por exemplo, por meio de fingimento ou descoloração, para alterar sua aparência física. Por exemplo, o material de café finamente moído pode ser tingido ou descolorido para avivar sua cor e, por conseguinte, liberar uma bebida onde o material de café presente na espuma pode ser beneficamente mais ou menos notável para o consumidor e/ou pode influenciar beneficamente as características da espuma, por exemplo clarear, escurecer, ou alterar a cor da espuma, ou produzir outros efeitos visuais.
Prefere-se que a partícula de café solúvel seja fornecida em uma etapa de secagem por aspersão de uma solução concentrada de café. Descobriu-se que a secagem por aspersão fornece uma superfície de partícula adequada para aderência do material insolúvel finamente moído e fornece tamanhos de partícula adequados para o uso no presente método sem necessariamente exigir uma etapa de aglomeração interveniente.
Prefere-se que o material de café insolúvel finamente moído seja seco antes de ser revestido sobre as partículas de café solúveis. Acredita-se que isto aumente a eficiência do material insolúvel na redução ou prevenção de aglomeração ou sobreaglomeração do café solúvel.
Opcionalmente, o método compreende, adicionalmente, uma etapa de resfriar as
9/19 partículas revestidas e, opcionalmente, embalar as partículas.
Prefere-se que a etapa de aquecer as partículas revestidas envolva o aquecimento das partículas revestidas acima da temperatura de transição de vidro das partículas de café solúveis. Descobriu-se que isto aumenta a quantidade de gás pressurizado que pode ser retido dentro da composição de café instantâneo.
Prefere-se que o gás pressurizado seja substancialmente desprovido de oxigênio e/ou umidade a fim de evitar a degradação do café no decorrer do tempo. Prefere-se que, portanto, o gás compreenda nitrogênio. Com a máxima preferência, o gás é nitrogênio com somente impurezas inevitáveis. Outros gases de grau alimentício menos preferidos, ou misturas dos mesmos, também podem ser usados e estes podem incluir, por exemplo, ar, óxido nitroso, dióxido de carbono ou hidrocarbonetos halogenados. O gás pode ser na forma supercrítica ou liquefeita durante parte ou todo o processo de pressurização, e também pode ser retido dentro da composição de café instantâneo na forma supercrítica ou liquefeita. Isto permite que uma quantidade maior de gás seja retida e, como consequência, uma bebida final mais espumosa.
Prefere-se que o gás pressurizado esteja em uma pressão a partir de 1.000 kPa a 50.000 kPa. Com mais preferência, o gás fica em uma pressão a partir de 2.000 a 6.000 kPa, e com a máxima preferência, cerca de 4.000 kPa. A pressão é pelo menos maior do que a pressão atmosférica para assegurar que algum gás pressurizado fique capturado nos poros internos do café, se um fluido supercrítico for usado, então, a pressão é acima da pressão crítica para ao menos uma parte do processo de pressurização. Se um gás liquefeito for capturado, então, a pressão é igual ou maior do que a pressão de vapor saturado do fluido na temperatura na qual o café é armazenado. Um método adequado de pressurização com o uso de fluido supercrítico é descrito no pedido de patente US n°. US20080160139A1, o conteúdo dos quais está incorporado a título de referência.
Em um terceiro aspecto, a presente descrição fornece um método de formação de uma bebida a partir da composição de café instantâneo que compreende dissolver a composição de café instantâneo da presente descrição em um meio de bebida aquoso, de preferência, um meio de bebida quente. A bebida consiste, de preferência, em água quente, mas também pode incluir, por exemplo, uma bebida quente, tal como café pronto ou leite quente.
Em um quarto aspecto, a presente descrição fornece o uso de um material de café insolúvel finamente moído para reduzir a aglomeração de uma composição de café solúvel que se submete ao tratamento de pressurização aquecido. Prefere-se que o material de café insolúvel moído finamente tenha um tamanho de partícula médio a partir de 0,1 a 100 micrômetros e, de preferência, a partir de 5 a 50 micrômetros, conforme descrito acima. O material de café insolúvel finamente moído é usado, de preferência, para reduzir a
10/19 aglomeração de um café solúvel espumante: tais cafés estão propensos a perder seu gás capturado quando submetidos ao tratamento de aglomeração. O uso do café finamente moído permite o tratamento de aglomeração mais rápido sem formar aglomerados de tamanho demasiado ou permitir que gás capturado demais escape.
Em um quinto aspecto, a presente descrição fornece o uso de um material de café insolúvel finamente moído para aperfeiçoa a estabilidade de uma espuma formada em uma bebida de café. Em particular, o material insolúvel consiste naquele descrito no presente documento e a aplicação á para aqueles propósitos descritos no presente documento. Por exemplo, o uso de um material de café insolúvel finamente moído para aperfeiçoar a estabilidade de uma espuma formada em uma bebida de café feita a partir de uma composição de café solúvel, em que o material de café insolúvel é revestida sobre uma superfície da composição de café solúvel de modo que seja arrastada na espuma quando a bebida é formada por meio da adição de um meio de bebida. O material de café insolúvel finamente moído pode ser usado para aperfeiçoar a estabilidade de uma espuma formada sobre uma bebida de café, conforme descrito no presente documento, em particular, onde a bebida de café é criada sob a reconstituição de grânulos ou pó de café instantâneo com água e, opcionalmente, onde a bebida de café compreende, adicionalmente, um ou mais dentre os seguintes ingredientes: leite, açúcar, elementos flavorizantes, branqueadores. Em uma modalidade, o material de café insolúvel finamente moído pode ser usado para aperfeiçoar a estabilidade de uma espuma formada sobre uma bebida de café, em que a bebida de café é criada por um sistema de dispensação de bebida.
Prefere-se que o material de café insolúvel finamente moído possa ser usado para aperfeiçoar a estabilidade de uma espuma formada sobre uma bebida de café a partir de um café solúvel espumante. Descobriu-se que o uso do material em combinação com o gás capturado conduz ao aprisionamento significante do material na espuma sobreposta, conduzindo à estabilidade de espuma e qualidade de espuma otimizada.
Em um sexto aspecto, a presente descrição fornece um recipiente que compreende a composição de café espumante descrita no presente documento, sendo que o recipiente é na forma de um cartucho, sachê, cápsula, compartimento ou pacote.
Em um sétimo aspecto, a presente descrição fornece um sistema de dispensação de bebida que compreende um recipiente descrito no presente documento e uma máquina de dispensação de bebida adaptada para receber o recipiente e para dispensar uma bebida a partir da mesma por meio da adição de um meio de bebida aquoso.
Em um oitavo aspecto da presente descrição, é fornecido um método de fabricação de uma bebida que compreende passar um meio de bebida aquoso através do recipiente descrito no presente documento. Prefere-se que a bebida seja feita com o uso do sistema de dispensação de bebida descrito no presente documento.
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A extensão na qual um café forma espuma pode ser simplesmente medida com uma régua e determinado-se a altura relativa da espuma. Esta técnica foi usada nos exemplos incluídos no presente documento. Todas as medições foram realizadas conduzindo-se testes de espuma duplicados e com o cálculo de médias separadas para os intervalos de tempo de 1 e 10 minutos.
Um café seco por congelamento comercialmente disponível medido por este teste exibe tipicamente um volume de espuma de apenas 1,5 cm3 após 1 minuto, reduzindo para um volume de espuma de apenas 0,5 cm3 após 10 minutos. Deste modo, um café solúvel típico mostra a retenção de espuma de somente 33% após 10 minutos em comparação com 1 minuto.
Os cafés espumantes também tendem a ter um volume de poro fechado maior do que os cafés convencionais. Por exemplo, o café solúvel convencional pode ter um volume de poro fechado de cerca de 0,05 cm3/g. Isto é, o volume total dos poros fechados dentro das partículas, conforme descrito abaixo, é de cerca de 0,05 cm3 por cada grama das partículas de café. Em contrapartida, os cafés espumantes descritos no presente documento têm, de preferência, um volume de poro fechado de cerca de 0,3 cm3/g ou maior, tal como 0,5 cm3/g a 3,0 cm3/g, por exemplo 0,75 cm3/g a 1,5 cm3/g, tal como cerca de 1,0 cm3/g.
O volume de poro fechado pode ser medido medindo-se primeiramente a densidade esquelética (g/cm3) do material por meio da medição do volume de uma quantidade de pó ou grânulos pesada com o uso de um picnômetro de hélio (Micromeritics AccuPyc 1330) e dividindo-se o peso por volume. A densidade esquelética é uma medida de densidade que inclui o volume de quaisquer poros presentes nas partículas que são vedados à atmosfera e exclui o volume intersticial entre as partículas e o volume de quaisquer poros presentes nas partículas que são abertos para a atmosfera. O volume de pores vedados, mencionado no presente documento como volume de poro fechado, é derivado também a partir da medição da densidade esquelética do pó ou grânulos após a moagem com um pilão e almofariz para remover ou abrir todos os poros internos (fechados) para atmosfera. Este tipo de densidade esquelética, mencionada no presente documento como a densidade verdadeira (g/cm3) é a densidade real somente da matéria sólida que compreende o pó ou grânulos. O volume de poro fechado (cm3/g) é determinado por meio da subtração da densidade verdadeira recíproca (cm3/g) a partir da densidade esquelética recíproca (cm3/g). Opcionalmente, o volume de poro fechado também pode ser expresso como volume por cento de volume de poro fechado contido nas partículas que compreendem o pó ou grânulos. A porcentagem de volume de poro fechado é determinada por meio da subtração da densidade verdadeira recíproca (cm3/g) da densidade esquelética recíproca (cm3/g) e, então, multiplicando-se a diferença pela densidade esquelética (g/cm3) e 100%.
Todas as medições no presente documento são medidas em temperatura ambiente
12/19 (20°C) e 1 pressão atmosférica, exceto onde indicado ao contrário.
Figuras
A invenção será agora descrita, adicionalmente, com referência às seguintes figuras, fornecidas a título de exemplos não limitadores:
A Figura 1 mostra um fluxograma que identifica as etapas incluída no método descrito no presente documento, que inclui as etapas opcionais.
A Figura 2 mostra um gráfico que representa a altura de espuma (mm) no decorrer do tempo (minutos) para uma espuma de café expresso instantâneo não revestido (A) em comparação com uma espuma de café expresso instantâneo revestido (B), de acordo com a presente descrição. O método usado para medir a altura da espuma na Figura 2 consistiu simplesmente na medição da distância entre o topo da espuma e a interface de espuma/líquido com o uso de uma régua.
A Figura 3A mostra uma imagem de microscópio de varredura eletrônica de uma partícula de café expresso instantâneo não revestida 10.
A Figura 3B mostra uma imagem de microscópio de varredura eletrônica de uma partícula de café expresso instantâneo 11 revestida de acordo com a presente descrição com um material de café finamente moído 12.
A Figura 4 mostra resultados organolépticos a partir de testes de paladar executados na bebida (líquido) e espuma de um café feito com a composição da presente descrição, em comparação com um feito com um café expresso instantâneo espumante não revestido.
A Figura 5A mostra uma embalagem de café típica 51 para reter uma composição conforme descrito no presente documento, tal como poderia ser usados para venda a varejo de um produto de café. A Figura 5B mostra um cartucho 52 adequado para reter a composição de café e para o uso em uma máquina de produção de bebida 53. A Figura 5C mostra uma máquina de produção de bebida 53 adequada para o uso com o cartucho 52 mostrado na Figura 5B.
Exemplos
Os aspectos da presente descrição serão agora descritos com referência aos seguintes exemplos não limitadores, com referência às figuras.
A Figura 1 mostra um fluxograma que identifica as etapas que podem ser incluídas no método da presente descrição, que incluem as etapas opcionais. Um café solúvel é tipicamente obtido a partir de grãos de café por meio do seguinte método. Primeiramente, é fornecido o café na forma de grãos de café. Os grãos de café (às vezes chamados de cafés cerejas) são colhidos como as sementes de planta que pertencem á planta do gênero Coffea. Por exemplo, o café Arabica é derivado a partir de grãos a partir da planta Coffea arabica e o café Robusta é derivado a partir de grãos da planta Coffea canephora. Outros tipos não limitadores de café incluem café brasileiro e café derivado a partir das plantas
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Coffea iiberlca e Coffea esliaca. Existem muitas variedades dentro dos tipos individuais de café, cada variedade que indica, por exemplo, a origem geográfica do café. O café solúvel pode ser derivado a partir de qualquer variedade ou tipo de café ou qualquer combinação de quaisquer variedades e/ou tipos.
Antes de torrar o café, os grãos de café verdes podem ser processados. Por exemplo, a cafeína pode ser removida a partir dos grãos de café verdes. Os processos de descafeinação adequados incluem tratar os grãos com um extrato de café aquecido, a descafeinação direta ou indireta com um solvente, tal como água, diclorometano, acetato de etila ou triglicerídeo, e a extração com o uso de dióxido de carbono supercrítico. Outras etapas de tratamento antes da torrefação também podem ser realizadas, por exemplo, tratamento para modular os compostos de produção de sabor no grão de café verde.
Os grãos de café verdes são, então, torrados. A torrefação é bem conhecida na técnica. Tipicamente, envolve o aquecimento dos grãos verdes até que mudem de cor. Os aparelhos adequadamente usados para a torrefação incluem fornos e leito fluidificados.
O grau de torrefação é julgado pela cor do grão de café torrado. Os níveis de torrefação incluem torras claras (canela, “half city”, clara e Nova Inglaterra), torras média claras (americana clara, “light city” e West coast), torras médias (americana, café da manhã, marrom, city e média), torras média escuras (“full city”, francesa clara e vienense), torras escuras (após jantar, continental, europeia, francesa, italiana e New Orleans) e torras muito escuras (francesa escura e intensa).
Após a torrefação, o café pode ser tratado, por exemplo, para aumentar (ou diminuir) seu nível de hidratação. Em outro exemplo, o café pode ser processado para refletir uma característica de sabor única, tal como café expresso.
Após a torrefação, o café é moído para produzir grânulos de café. Os métodos de moagem incluem moagem de rebarba, corte, esmagamento e moagem por cilindro.
Um extrato de café é, então, extraído a partir dos grânulos de café mediante o contato dos grânulos de café com água quente. O extrato de café pode ser, então, concentrado, por exemplo, a partir de cerca de 15 a cerca de 50% de café em massa ou mais. O extrato concentrado é, então, seco por meio, por exemplo, de secagem por congelamento ou secagem por aspersão. Os métodos de secagem por congelamento e secagem por aspersão são bem conhecidos na técnica. Isto produz partículas de café solúveis.
Antes de submeter ao tratamento de pressurização para introduzir gás pressurizado em poros internos no café, as partículas de café solúveis secas por congelamento ou aspersão podem se submeter a uma etapa de aglomeração para se obter um tamanho de partícula grande desejado. Os métodos de aglomeração de café solúvel são conhecidos na técnica. Um processo de aglomeração típico é descrito na Encyclopaedia of Food Science
14/19 and Technology 1, páginas 13 a 17 (1992). Neste processo de aglomeração aceito, as partículas de café solúvel são inicialmente moídas para reduzir ser tamanho. Conforme discutido em Powder Technology 86, páginas 49 a 57 (1996), acredita-se que este processo de moagem produza partículas que são pequenas o suficiente para formar associações soltas de partículas, à vezes chamadas de pré-agregados. Acredita-se que estes préagregados sejam mantidos em conjunto por forças eletrostáticas, causadas, por exemplo, pela carga do atrito de partículas durante a moagem e/ou durante a mistura. Portanto, a redução do tamanho de partícula antes da aglomeração é realizada de modo que as partículas individuais de café solúvel sejam capazes de uma razão de interação de superfície/carga de superfície para peso de partícula suficiente, com a finalidade de manter as partículas individuais em contato umas com as outras.
Após a moagem, as partículas moídas de café solúvel são, então, aglomeradas. Muitas formas diferentes de aglomeração são conhecidas ma técnica. Por exemplo, conforme descrito em Food Control 6, páginas 95 a 100 (1995), a aglomeração pode ser alcançada por meio da compactação de partículas individuais, por aglomeração de crescimento ou através de aglomeração por secagem (por exemplo, secagem por aspersão). Em termos gerais, a aglomeração se refere a processos nos quais as partículas individuais em uma composição combinam para formar partículas maiores. Tipicamente, as partículas individuais que compõem as partículas maiores são ainda identificáveis, mas são mantidas em conjunto com as outras partículas individuais no aglomerado, de modo que o aglomerado permaneça como uma única partícula. Por exemplo, as partículas individuais que compõem o agregado podem se mantidas em conjunto por pontes sólidas. Tipicamente, a resistência à tração destas pontes é da mesma ordem de magnitude das partículas individuais. Por exemplo, a resistência à ruptura dos agregados pode ser de ao menos cerca de um décimo da resistência à tração das partículas individuais, por exemplo, cerca de um quarto a cerca de uma vez a resistência à ruptura das partículas individuais.
Tipicamente, a aglomeração de café solúvel é realizada por aglomeração de crescimento a úmido. Isto envolve a exposição da superfície das partículas de café solúveis a um líquido aglutinante, tal como água. O líquido aglutinante também pode ser fornecido em sua forma gasosa, por exemplo, como vapor, conforme executado na aglomeração por jato. Quando o vapor é usado, o vapor pode condensar para forma líquida sob o contato com as partículas de café. O aglutinante líquido forma pontes líquidas entre as partículas individuais. O aglutinante líquido é, então, seco para formar uma ponte sólida que compreende a forma sólida do aglutinante; alternativa ou adicionalmente, o aglutinante líquido pode dissolver parte do café solúvel, em tal caso, a ponte sólida formada sob a secagem do líquido aglutinante compreende o próprio café solúvel. Também é possível que, em um processo tal como aglomeração por jato, o vapor seja usado simplesmente para
15/19 amaciar a superfície do café solúvel, fazendo com que as partículas individuais de café solúveis se aderem umas às outras.
Os exemplos nos quais este processo de moagem é seguido pela aglomeração para formar uma composição de café aglomerada incluem os documentos sob os nos. US 3554760 (General Foods Corporation), US 3514300 (Afico S.A.), US 4724620 (Nestec S.A.), US 3227558 (General Foods Corporation), US 4594256 (General Foods Corporation), US 3767419 (General Foods Corporation), US 3716373 (Rhodes), US 3821430 General Foods Corporation), US 3740232 (General Foods Ltd), US 3729327 (General Foods Corporation), US 3695165 (General Foods Corporation) e US 3485637 (General Foods Corporation).
Com referência à Figura 1, os grãos são torrados e moídos de uma maneira convencional (etapa 1). O café torrado e moído é, então, extraído com água quente (etapa 2) para produzir uma solução de café concentrada 21 e um resíduo sólido de café extraído 22.
A solução de café concentrada 21 é seca por aspersão (etapa 3) para produzir uma série de partículas de café solúveis 31. O resíduo sólido de café extraído 22 é seco (etapa 4) e moído (etapa 5) para ter um tamanho de partícula fino (diâmetro maior médio) de aproximadamente 20 micrômetros.
As partículas de café solúveis são misturadas com o resíduo sólido de café finamente moído sob condições de revolução delicada (etapa 6).
Uma vez que as partículas de café solúveis estão bem revestidas com o resíduo sólido de café finamente moído, as partículas revestidas são passadas em um recipiente pressurizado sob 40 bars de nitrogênio e aquecidas a acima de sua temperatura de transição de vidro (etapa 7). Isto captura o nitrogênio sob pressão dentro da estrutura.
As partículas de captura de gás revestidas são, então, deixadas resfriar (etapa 8) e são embaladas (etapa 9) em um recipiente a granel para venda como um produto de café instantâneo ou, alternativamente, embaladas em cartuchos de bebida de produção de café para o uso em uma máquina de dispensação de bebida.
Um cartucho de bebida que contém a composição descrita no presente documento pode ser usado em uma máquina de bebida. Tais máquinas são bem conhecidas na técnica. O sistema passa água quente através do pacote (etapa 10) para dissolver a composição e, por conseguinte, para produzir uma bebida com espuma para o consumo (etapa 11).
- Exemplo 1 (Comparativo)
Cerca de 1kg de pó de café solúvel seco por aspersão com um teor de umidade de cerca de 2,1%, em peso, foi carregado em um recipiente de pressão de cerca de 12 litros de volume interno. O pó de café tinha um diâmetro de partícula médio (D50) de cerca de 150 pm (medido por difraçâo a laser), e uma densidade aparente de cerca de 0,22 g/ml. O café tinha uma temperatura de transição de vidro (Tg) acima de 50°C.
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O recipiente foi vedado e preenchido com gás nitrogênio até que a pressão interna alcançasse a medida de cerca de 40 bars. O recipiente foi, então, aquecido com o uso de uma câmara de óleo (em uma temperatura de óleo máxima de cerca de 105°C) até que a temperatura do café ultrapassasse sua Tg e alcançasse 90°C. O café foi mantido a cerca de 5 90°C por cerca de 10 minutos e, então, resfriado a abaixo da Tg do café por meio da redução da temperatura da câmara até que a temperatura do café estivesse abaixo de 50°C. O recipiente foi, então, despressurizado e invertido para permitir que o café fluísse para fora em um pote de coleta separado.
Quando o recipiente foi invertido, cerca de 230 g de partículas de café e 10 aglomerados fluíram para fora do recipiente e para o pote de coleta. O restante (cerca de 770 g) das partículas de café tinha aderido às paredes do recipiente e não poderíam ser facilmente removidas. Os 230 g de café particulado que fluíram para fora do recipiente continham uma quantidade significante de gás pressurizado e geraram uma camada de espuma de bebida quando 3 g do café foram reconstituídos com 200 ml de água quente em 15 um béquer.
- Exemplo 2
Cerca de 850 g do mesmo lote não tratado de material de partida de café solúvel seco por aspersão, conforme usado nos Exemplo 1, com o mesmo teor de umidade de cerca de 2,1%, em peso, foram misturados cuidadosamente com cerca de 150 g de café 20 torrado comprimido (bolo extraído por prensa que restou após pressionar hidraulicamente óleo a partir de grãos de café torrados), por meio da combinação das duas substâncias em conjunto em uma bolsa de polietileno e agitando-se com a mão por cerca de 30 segundos. O café torrado comprimido tinha sido anteriormente moído por jato a um diâmetro de partícula médio (D50) de cerca de 17 pm (medido por difração a laser) e, então, seco a um 25 teor de umidade de cerca de 0,2%, em peso.
Esta mistura de partículas de café solúveis secas por aspersão e café torrado comprimido, seco e moído por jato foi carregada no recipiente de pressão do Exemplo 1 e submetida ao mesmo processo de pressurização aquecida. Quando o recipiente resfriado foi despressurizado e, então, invertido no final do processo de pressurização, cerca de 740 g 30 de produto de café particulado flui para fora do recipiente e no pote de coleta - mais do que 3 vezes a quantidade coletada no Exemplo 1 (sem a adição do café moído por jato). O restante das partículas (cerca de 260 g) tinha aderido às paredes do recipiente de pressão.
Dos 740 g de produto particulado que tinham fluido para fora do recipiente, cerca de 480 g estava na forma de um pó de fluxo livre, com o restante compreendendo aglomerados 35 de partícula mole, os quais poderíam ser cominuídos em um pó com a mão utilizando-se força suave. Os 740 g de café particulado que fluiu para fora do recipiente continha uma quantidade significante de gás pressurizado e gerou uma camada de espuma de bebida
17/19 quando 3 g do café foram reconstituídos com 200 ml de água quente em um béquer.
- Exemplo 3 g do produto dos Exemplos 1 e 2 foram separadamente reconstituídos em um béquer de aproximadamente 65 mm de diâmetro interno, com o uso de água quente a cerca de 85°C. As alturas da espuma no decorrer do tempo são mostradas na Figura 2. A amostra de controle preparada no Exemplo 1 é codificada (A), a amostra inventiva preparada no Exemplo 2 é codificada (B).
A altura do topo da camada de espuma acima da interface de líquido/água foi medida com o uso de uma régua tanto imediatamente após a reconstituição como em intervalos de 1 minuto após a reconstituição. Ambas as amostras tinham a mesma altura da espuma inicial de 10 mm. Descobriu-se surpreendentemente, no entanto, que a espuma gerada pelo produto do Exemplo 1 (A) foi consideravelmente menos estável do que a espuma gerada pelo produto do Exemplo 2 (B). A espuma gerada pelo produto do Exemplo (A) tinha substancialmente desaparecido da superfície após 30 minutos. Em contrapartida, a espuma do produto do Exemplo 2 (B) levou 60 minutos para desaparecer substancialmente. Em cada intervalo de tempo, a altura da espuma do produto do Exemplo (B) foi igual ou maior do que a altura da espuma do produto do Exemplo 1 (A).
g adicionais dos produtos de café tratados dos Exemplos 1 e 2 foram separadamente reconstituídos em 200 ml de água quente. O paladar e atributo dos produtos de bebida foram avaliados por um grupo de 5 provadores de café treinados. O grupo descobriu que o café reconstituído do Exemplo 2 tem uma sensação bucal de espuma significantemente mais espessa do que o produto do Exemplo 1.
Os testes foram executados sobre as composições de café em diferentes estágios dos exemplos acima e os resultados são apresentados na tabela 1 abaixo.
Antes da pressurização Após a pressurização
Pó de café solúvel seco por aspersão antes do tratamento de pressurização Bolo extraído por prensa moído por jato Pó de café solúvel seco por aspersão pressurizado Pó de café solúvel seco por aspersão pressurizado + 15 % de bolo extraído por prensa moído por jato
Cor (intensidade de luz refletida) 28,0 La 8,2 La 15,5 La 11,8 La
Densidade 26,6 g/100 cm3 36,8 g/100 cm3 43,6 g/100 cm3 44,1 g/100 cm3
Volume de poro fechado 51,6% n/a 30,0 % 31,7%
Altura da espuma 2 mm n/a 15 mm 15 mm
Conforme pode ser observado a partir da tabela 1, o nível de espuma, densidade e volume de poro fechado permanece substancialmente inalterado sob a adição do bolo
18/19 extraído por prensa moído a jato. Portanto, pode ser observado que o produto de café final como uma forma de partícula se assemelha fielmente a um café espumante instantâneo seco por aspersão pressurizado convencional (embora ligeiramente mais escuro).
Cor, em unidades La, se refere à cor que é indiretamente medida com o uso de refletância de luz visível de uma amostra do produto, com o uso de um medidor de refletância de cor Dr. Lange modelo LK-100 com um filtro de 640 nm interno. (Dr. Lange GmbH, Dusseldorf, Alemanha). A amostra é derramada de forma livre em uma placa de Petri no dispositivo de nivelamento fornecido com o medidor de refletância Dr. Lange. Um cabo é então manipulado para se obter uma superfície plana sobre a amostra. A placa de Petri é, então, removida do dispositivo de nivelamento e colocada em uma gaveta do medidor de refletância. O instrumento é, então, ativado e a medição de refletância é exibida. Quanto menor o valor de refletância, mas escura é a cor.
A Figura 3A mostra uma imagem de microscópio de varredura eletrônica de uma partícula de café expresso instantâneo seca por aspersão não revestida 10. A Figura 3B mostra uma imagem de microscópio de varredura eletrônica de uma partícula de café expresso instantâneo seca por aspersão pressurizada 11 revestida de acordo com a presente descrição com um material de café finamente moído 12. As partículas de café instantâneo não revestidas 10 têm geralmente superfícies .externas uniformes. As partículas revestidas 11 são menos regulares e têm de forma comparativa muitas partículas finas de material de café 12 aderidas através das superfícies externas. Uma das partículas tinha sido cortada transversalmente no centro da imagem e o sistema de espaço/poro de outra forma fechado pode ser claramente mostrado. Estes são os poros que retém o gás pressurizado no produto de café.
Além disso, os resultados adicionais dos testes de paladar executados sobre a bebida (líquido) e espuma de um café feito com a composição descrita no presente documento, em comparação com um feito com um café expresso instantâneo espumante não revestido, são mostrados na Figura 4.
Na Figura 4, as letras se referem às seguintes características:
D: Espessura/Viscosidade
E: Giz/Pulverulento
F: Impacto de aroma
G: Azedo
H: Amargo
I: Torrado
Conforme mostrado na Figura 4, as pontuações fornecidas pelos cinco provadores especializados indicaram que a bebida mostrou-se mais espessa e com uma sensação bucal que se assemelha mais a giz. Em comparação com o corpo da bebida, estas
19/19 características foram especialmente evidentes na espuma. Também é observado que o impacto de aroma da espuma foi significantemente aumentado. Vantajosamente, as características de azedo e amargo foram reduzidas na bebida feita com a composição inventiva. Os inventores descobriram que embora o líquido e a espuma mostrem tendências 5 similares, os atributos de sensação bucal da espuma são mais consideravelmente aperfeiçoados do que na bebida bruta (líquido), enquanto que os atributos de sabor da bebida são mais aperfeiçoados do que aqueles da espuma.
Embora as modalidades preferidas da invenção tenham sido descritas no presente documento em detalhes, os elementos versados na técnica irão compreender que variações 10 podem ser feitas às mesmas sem que se desvie do escopo da invenção ou das reivindicações em anexo.

Claims (13)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Composição de café instantâneo, caracterizada pelo fato de que compreende partículas de café solúveis que têm poros internos, em que ao menos parte dos poros internos contém um gás pressurizado, e em que as partículas de café solúveis são dotadas de material de café insolúvel finamente moído sobre uma superfície externa das mesmas, em que o material de café insolúvel finamente moído tem um tamanho de partícula médio a partir de 0,1 a 100 micrômetros e é ao menos parcialmente fundido na superfície externa das partículas de café solúveis.
  2. 2. Composição de café instantâneo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o material de café insolúvel finamente moído:
    (i) é derivado a partir de grãos de café torrados e moídos que já têm sido opcionalmente extraídos; e/ou (ii) tenha um tamanho médio de partícula de 5 a 50 micrômetros.
  3. 3. Método de formação da composição de café instantâneo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que compreende:
    a) fornecer uma partícula de café solúvel que tem uma superfície externa e poros internos;
    b) revestir ao menos parcialmente a superfície externa da partícula de café solúvel com um material de café insolúvel finamente moído para formar uma partícula revestida; em que o material de café insolúvel finamente moído tem um tamanho de partícula médio a partir de 0,1 a 100 micrômetros; e
    c) aquecer a partícula revestida e submeter a mesma a um gás pressurizado de modo que ao menos parte do gás seja capturada nos ditos poros internos da partícula.
  4. 4. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que a partícula de café solúvel é fornecida em uma etapa de secagem por aspersão de uma solução concentrada de café.
  5. 5. Método, de acordo com a reivindicação 3 ou 4, caracterizado pelo fato de que o material de café finamente moído é seco antes de ser revestido sobre a partícula de café solúvel.
  6. 6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 3 a 5, caracterizado pelo fato de que o método compreende, adicionalmente:
    d) resfriar a partícula revestida e, opcionalmente, embalar a partícula.
  7. 7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 6, caracterizado pelo fato de que a etapa de aquecer a partícula revestida envolve aquecer a partícula revestida acima da temperatura de transição de vidro da partícula de café solúvel.
  8. 8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 3 a 7, caracterizado pelo fato de que, na etapa b) ou etapa c), o material de café insolúvel finamente moído é ao
    Petição 870180137789, de 04/10/2018, pág. 7/8
    2/2 menos parcialmente fundido na superfície da partícula de café solúvel por meio do aquecimento da dita partícula a uma temperatura igual ou acima da temperatura de transição de vidro da dita partícula.
  9. 9. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 3 a 8, caracterizado pelo fato de que o gás pressurizado:
    a) compreende nitrogênio e/ou dióxido de carbono, em que o gás pressurizado está opcionalmente em um estado supercrítico ou liquefeito; e/ou
    b) está em uma pressão a partir de 1.000 kPa a 50.000 kPa.
  10. 10. Método de formação de uma bebida a partir de uma composição de café instantâneo, caracterizado pelo fato de que compreende dissolver a composição de café instantâneo, conforme qualquer uma das reivindicações 1 a 2, em um meio de bebida aquoso.
  11. 11. Recipiente, caracterizado pelo fato de que compreende a composição de café espumante conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, sendo que o recipiente é na forma de um cartucho, sachê, cápsula, compartimento ou pacote.
  12. 12. Sistema de dispensação de bebida, caracterizado pelo fato de que compreende um recipiente conforme definido na reivindicação 11 e uma máquina de dispensação de bebida adaptada para receber o recipiente e para dispensar uma bebida a partir do mesmo mediante a adição de um meio de bebida aquoso.
  13. 13. Método de formação de uma bebida, caracterizado pelo fato de que compreende passar um meio de bebida aquoso através do recipiente, conforme definido na reivindicação 11, utilizando opcionalmente o sistema de dispensação de bebida conforme definido na reivindicação 12.
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