BR112012017134B1 - Método e disco para modificar cosmeticamente a aparência do contorno do olho e kit - Google Patents

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BR112012017134B1
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Nathalie Jager Lezer
Henri Samain
Vicent De Laforcade
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L'oreal
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Abstract

MÉTODOD E DISCO PARA MODIFICAR COSMETICAMENTE A APARÊNCIA DO CONTORNO DO OLHO E KIT. A presente invesão provê um método para modificar cosmeticamente a aparência do contorno do olho, o método compreendendo a etapa consistindo na aplicação de pelo menos um disco (1) sobre a pálpebra superior móvel, a face de aplicação (la) do disco (1) tendo um formato não pleno predefinido com curvatura multidirecional, ou pelo menos um disco feito de um material adequado para responder à tensão pela deformação de modo não elástico como tomar uma curvatura multidirecional sobre a pálpebr e conservar a referida curvatura quando a tensão cessa

Description

A presente invenção refere-se a um método cosmético de modificação da aparência do contorno do olho e urn disco e kit associados.
Fundamentos
Inúmeras pessoas buscam modificar a aparência dos contornos de seus olhos, particularmente para embelezar seu aspecto, por exemplo, na aplicação de critérios estéticos reconhecidos ou pessoais, a fim de mudar a aparência de seu aspecto ou, de fato, corrigir uma ou mais imperfeições, particularmente a assimetria entre os olhos, por exemplo, um sendo mais fechado que o outro.
Outras pessoas podem buscar restaurar a aparência dos contornos de seus olhos para como costumava ser quando eram mais jovens. Uma consequência particular do envelhecimento pode ser a queda da pálpebra superior fixa, às vezes a ponto de se sobrepor parcialmente à pálpebra superior móvel quando o olho está aberto. Esse fenômeno é frequentemente associado por observadores ao envelhecimento da pessoa e é geralmente percebido como sendo indesejável.
Finalmente, certas pessoas podem também desejar modificar os formatos dos contornos de seus olhos devido à suas dimensões, por exemplo, um olho sendo muito fechado ou muito aberto, muito grande ou muito pequeno, ou tendo uma aparência protuberante indesejada.
É também conhecida a aplicação de composições de maquiagem ao contorno do olho, particularmente para enfatizar todo ou parte do contorno dos olhos em cor. No entanto, maquiar os olhos apresenta várias desvantagens. Frequentemente, serve para enfatizar os olhos, mas não afeta o formato dos contornos dos olhos. É particularmente difícil restaurar a assimetria e praticamente impossível parecer mais jovem. Adicionalmente, o sombreamento criado pela aplicação de maquiagem não é desejado por muitas pessoas, particularmente homens, crianças, idosos e certas mulheres. A aplicação de maquiagem também requer uma certa quantia de habilidade a fim de aplicá-la efetivamente. Adicionalmente, é frequentemente necessário tomar certas precauções a fim de manter um resultado da maquiagem ao longo do tempo, particularmente para evitar qualquer fricção ou lavagem, e a maquiagem geralmente dura apenas poucas horas, ou no máximo um ou dois dias, por isso, necessita ser repetida regularmente.
É possível modificar o aspecto de uma pessoa pelo uso de cirurgia plástica. No entanto, a maioria das pessoas preferiria não ter que recorrer à cirurgia plástica, uma vez que essa solução é frequentemente percebida como sendo muito radical e é, muitas vezes, dolorosa. Adicionalmente, a cirurgia plástica não alcança um aspecto mais jovial e é apropriada, acima de tudo, para os propósitos corretivos importantes, sendo inadequada para propósitos corretivos menores ou meramente para satisfação do desejo de mudar o aspecto dos olhos.
É conhecida a aplicação de tiras planas alongadas à pálpebra superior móvel a fim de formar uma dobra artificial na pálpebra. Tais tiras são utilizadas particularmente por pessoas de origem asiática em quem a pálpebra superior móvel apresenta uma dobra palpebral que é menos marcada que para os olhos de pessoas de origem caucasiana ou africana, para o propósito de fazer com que a aparência de um olho asiático se aproxime daquela de um olho caucasiano ou africano. No entanto, esse fenômeno dificilmente ocorre em olhos caucasianos ou africanos, e, como resultado, essa solução não tem efeito nesses tipos de olhos.
A patente dos Estados Unidos No. 4 854 307 descreve a aplicação de uma composição adesiva líquida para colar a pálpebra superior móvel e a pálpebra superior fixa. O adesivo tem a desvantagem de ser desconfortável e perigoso para o usuário, e não permite que o aspecto seja modificado ou corrigido de modo preciso e adequado para todos os usuários.
A patente dos Estados Unidos No. 6 190 346 e o pedido internacional WO 01/34078 descreve a aplicação de uma tira adesiva plana sobre a pálpebra superior móvel a fim de corrigir a queda da pálpebra superior fixa. Essa solução não permite que o contorno do olho seja modificado de um modo que seja tão eficiente e confortável quanto seria desejável, uma vez que a tira não é adaptada à topologia da pálpebra sobre a qual é aplicada.
Resumo
Há uma necessidade de remediar pelo menos algumas das desvantagens mencionadas acima.
Particularmente, é desejável ser capaz de modificar a aparência do contorno do olho de um modo que seja atraente, simples, de longa duração, eficiente, reversível e adaptado a todos os tipos de olhos, seja caucasiano, asiático ou africano.
Também há uma necessidade de encontrar uma solução que seja adequada para a adaptação de todos os tipos de pessoas, particularmente de qualquer idade, sem causar dobras não atraentes e indesejáveis na pele.
De modo geral, a invenção refere-se à utilização de um disco, também referido como uma prótese estética.
Modalidades exemplares da invenção, assim, proveem um método para modificar cosmeticamente a aparência do contorno do olho, o método compreendendo a etapa consistindo na aplicação de pelo menos um disco sobre a pálpebra superior móvel, a face de aplicação do disco tendo um formato não plano predefinido com curvatura multidirecional, ou pelo menos um disco feito de um material adequado para responder à tensão pela deformação de um modo não elástico de modo a tomar uma curvatura multidirecional sobre a pálpebra e conservar a referida curvatura quando a tensão cessa.
O termo "curvatura multidirecional” deve ser compreendido como curvatura em pelo menos dois planos distintos, por exemplo, planos mutuamente perpendiculares, por exemplo, um plano longitudinal contendo o eixo longitudinal do disco e um plano transversal perpendicular ao mesmo.
Em modalidades exemplares da invenção, o método assim compreende: • uma etapa consistindo na aplicação de pelo menos um disco à pálpebra superior móvel, a face de aplicação do disco tendo um formato não plano predefinido com curvatura dupla antes da aplicação; e/ou • uma etapa consistindo na aplicação de pelo menos um disco sobre a pálpebra superior móvel e em modificar pelo menos uma curvatura do disco após a aplicação, o disco tendendo por deformação plástica a conservar o formato em que é colocado, independentemente da pálpebra superior móvel.
O termo “curvatura dupla” deve ser compreendido como significando que a face de aplicação do disco tem um formato apresentando pelo menos duas curvaturas em torno de pelo menos dois eixos distintos, particularmente dois eixos mutuamente perpendiculares, por exemplo, uma curvatura em torno de um eixo longitudinal e outra curvatura em torno de um eixo transversa! do disco.
Por meio da invenção, o disco aplicado à pálpebra superior móvel pode apresentar um formato que é melhor adaptado ao formato da pálpebra superior móvel, assim, possibilitando prover simultaneamente conforto enquanto o disco está sendo vestido e para facilitar a utilização do disco, dependendo das necessidades de cada pessoa.
A invenção pode reduzir o risco de dobras formando, mesmo quando aplicada à pele que é fina ou velha, ou até mesmo caso aplicada muito rapidamente. O disco pode, assim, ser aplicado mais facilmente e sem tomar grandes cuidados.
A ergonomia da utilização do disco pode também ser melhorada e adaptada a cada indivíduo. Como resultado, o disco pode ser colocado no local e removido rapidamente e instintivamente. Por exemplo, há menos riscos de posicionar a face errada do disco sobre a pálpebra superior móvel.
Adicionalmente, a curvatura do disco pode tornar mais fácil a adesão do disco à pálpebra superior móvel, possibilitando assim, em algumas circunstâncias, prender o disco sem utilizar um adesivo, por exemplo, meramente por tensão superficial, ou utilizando um adesivo tendo baixo poder adesivo. Isso pode tornar mais fácil a remoção do disco, pode irritar menos a pele, pode permanecer melhor no local ao longo do tempo, e/ou pode tornar mais fácil a reposição do disco sobre a pálpebra superior móvel.
O disco pode ser de rigidez e/ou espessura que variam, por exemplo, a fim de obter efeitos melhores no levantamento da pálpebra superior fixa, por exemplo.
O disco pode ser pré-formatado e/ou pré-formatável de modo que sua face de aplicação se adapte pelo menos parcialmente ao formato da pálpebra superior móvel.
Particularmente, o disco pode apresentar uma face de aplicação de formato que é selecionado, antes da aplicação, como uma função da topologia da pálpebra superior móvel.
Para vias de exemplo, o adesivo pode ser formatado em uma fábrica, ou em ponto de venda, ou no local de uso, ao cortar, usinar, moldar, comprimir, conformar a quente ou de outro modo. O formato final do disco antes de ser colocado no local pode ser opcionalmente provido por uma máquina formatadora disponibilizada ao usuário do disco.
Em uma variante, o disco pode apresentar uma face de aplicação, antes da aplicação, que é independente do formato da pálpebra superior móvel, e o disco pode ser capaz de tomar um formato que encaixe naquele da pálpebra superior móvel após a aplicação, e então conservar o referido formato após a aplicação, independentemente da pálpebra superior móvel. Em outras palavras, uma vez que é provido seu formato à face de aplicação, esse formato pode ser conservado até mesmo na ausência da pálpebra. Por exemplo, o disco pode apresentar plasticidade que permite que deforme em contato com a pálpebra com a deformação à que é sujeitado sendo não elástico.
Uma pluralidade de discos de diferentes tamanhos e/ou formatos pode estar disponível ao usuário, por exemplo, apresentada dentro de embalagem comum, e o usuário pode selecionar dentre aqueles discos cujo disco é mais adequado para o efeito desejado. O usuário pode proceder por aproximações sucessivas ou sob orientação de um perito. Onde apropriado, a embalagem dos discos pode incluir um ou mais modelos, por exemplo, servindo para avaliar a curvatura e/ou as dimensões da pálpebra, por exemplo, curvatura em um plano horizontal e a curvatura em um plano vertical.
O disco pode ser alongado em formato. Por exemplo, o disco pode ter um formato de “meia-lua” ou “lua-crescente” em seção longitudinal, com seu contorno em seção longitudinal sendo formado, por exemplo, pela união de dois arcos circulares não concêntricos, opcionalmente ambos côncavos no mesmo lado, opcionalmente ambos tendo o mesmo raio. Assim, o contorno do disco, em seção longitudinal, pode corresponder para unir dois arcos circulares que são côncavos no mesmo lado e de raios diferentes, os arcos circulares correspondendo significativamente à face de aplicação e à face externa.
Em seção longitudinal, o disco pode também apresentar um formato que é substancialmente retangular, triangular, semi-elíptico, parabólico ou semicircular.
O disco pode apresentar um comprimento que é substancialmente igual à largura da pálpebra superior móvel e uma largura que é substancialmente igual à altura da pálpebra superior móvel, mas outras dimensões são possíveis. A face de aplicação do disco pode opcionalmente cobrir substancialmente toda a superfície da pálpebra superior móvel. O disco pode opcionalmente apresentar um formato que é simétrico em torno de um plano de simetria ou um eixo de simetria. A altura do disco preferencialmente ocupa mais de um terço da altura da pálpebra superior móvel, e mais preferencialmente mais que metade da altura da pálpebra superior móvel.
Antes da aplicação, a face de aplicação do disco pode ter um formato não plano predefinido com curvatura dupla, ou em uma variante, pode ter uma face de aplicação que se estenda em um plano antes da aplicação.
Quando a face de aplicação do disco é de um formato não plano predefinido com curvatura dupla antes da aplicação, a referida face de aplicação é côncava em direção à pálpebra. A face de aplicação do disco pode apresentar pelo menos uma porção esferoidal, particularmente uma porção que é esférica, elipsoidal, parabolóide ou hiperbolóide.
A face de aplicação do disco, e particularmente sua porção esferoidal, pode ter um raio de curvatura variando entre 1,2 centímetros (cm) e 1,6 cm.
A face de aplicação do disco pode ter curvatura dupla, cada uma de suas curvaturas apresentando uma curvatura de raio variando entre 1,2 cm e 1,6 cm, sendo possível que os raios de curvatura sejam diferentes.
A face de aplicação do disco, e particularmente sua porção esferoidal, pode ter curvatura que seja determinada por uma dada função geométrica, por exemplo, uma função que é esférica, elipsoidal, parabolóide ou hiperbolóide, ou em uma variante, pode ter uma curvatura que não é determinada a partir de uma função geométrica. Particularmente, sua curvatura pode ser adaptada ao formato da pálpebra superior móvel, por exemplo, ao formato da pálpebra de um indivíduo em quem o disco é aplicado, ao formato da pálpebra de um indivíduo utilizado como uma referência, ao formato médio das pálpebras de uma pluralidade de indivíduos, ou de fato ao formato de uma pálpebra que corresponda a um padrão de beleza.
A face de aplicação do disco, e particularmente a porção esferoidal, pode incluir pelo menos duas facetas de plano não coplanares, preferencialmente pelo menos seis facetas de plano não coplanares. O formato e/ou pelo menos uma curvatura da face de aplicação do disco pode ser dimensionado como uma função das dimensões das facetas e dos ângulos formados entre os normais para as referidas facetas.
A espessura do disco, particularmente na porção esferoidal, e como medida entre a face de aplicação do disco e a face externa do mesmo oposta à face de aplicação pode variar entre 1 micrômetro (pm) e 1 milímetro (mm), e preferencialmente variar entre 5 pm e 200 pm.
A espessura do disco e/ou da rigidez do disco pode variar ao longo de pelo menos um eixo do disco, por exemplo, o eixo longitudinal do disco, ou ao longo de um eixo que é perpendicular ou oblíquo em relação ao eixo longitudinal do disco. O disco pode apresentar resiliência que varia como uma função da posição do disco, por exemplo, associada à variação a espessura do disco.
A espessura do disco pode variar enquanto a rigidez do disco é constante. Em uma variante, a espessura do disco pode variar, por exemplo, pela utilização de elementos de reforço, enquanto a espessura do disco é constante.
A espessura e/ou a rigidez do disco podem ser menores em sua porção central que nas bordas do disco, particularmente nas extremidades longitudinais do disco. Em uma variante, a espessura e/ou a rigidez do disco podem ser maiores na porção central que nas bordas do disco, particularmente nas extremidades longitudinais do disco.
A espessura e/ou a rigidez do disco podem variar de modo monotônico, por exemplo, decrescendo ou aumentando, a partir de uma extremidade do disco à outra ou a partir do meio do disco em direção às extremidades longitudinais do mesmo.
O disco pode apresentar variações periódicas ou regulares na espessura e/ou rigidez, a partir de uma extremidade do disco à outra, particularmente a partir de uma extremidade longitudinal à outra.
O disco pode apresentar pelo menos uma zona localizada de espessura e/ou rigidez que difere do restante do disco, e particularmente de uma extremidade longitudinal à outra.
Particularmente em sua porção esferoidal, a rigidez do disco pode variar entre 200 quilopascals (kPa) a 200 gigapascals (GPa), e preferencialmente variar entre 1 megapascal (MPa) e 10 GPa.
Entre pelo menos duas zonas do disco, sua rigidez pode variar por um fator de pelo menos 2, por exemplo, por um fator de 5. A espessura do disco entre duas zonas do disco pode variar por um fator de pelo menos 1,25, por exemplo, por um fator de 2.
A espessura do disco pode variar, com as diferenças na espessura sendo obtidas particularmente pela utilização de pelo menos dois materiais de espessuras diferentes, pela adição de pelo menos um elemento de reforço, pela diferenciação de concentração de pelo menos um composto no disco, e/ou pelo tratamento diferente de pelo menos duas zonas do disco.
A espessura do disco pode variar, com espessuras diferentes sendo obtidas, por exemplo, pela moldagem do disco em um molde de espessuras variadas, pela usinagem do disco para obter espessuras variadas, pela adição e/ou remoção de material, pela compressão localizada, e/ou pela impressão em três dimensões.
A rigidez e/ou a espessura do disco podem ser modificadas após a aplicação à pálpebra, particularmente pela aplicação de pressão, pelo movimento relativo entre pelo menos duas partes componentes do disco, particularmente pelo movimento de pelo menos duas lâminas de disco que são móveis em relação uma à outra, pela aplicação de calor e/ou luz, por exemplo, a fim de endurecer, amaciar e/ou expandir o material do disco de um modo opcionalmente localizado (por exemplo, por fotocura, termo-endurecimento e/ou expansão do material pela aplicação de calor), pela adição e/ou remoção de material, por exemplo, aplicação local de um ou mais elementos de reforço, ou pelo contato com reagente predefinido.
O disco pode ser flexível ou rígido, plástico ou elástico. O material, a espessura e/ou a rigidez do disco são apropriados para tornar o disco mais fácil de manipular, particularmente para colocar o disco no local e/ou removê-lo.
O disco pode ser feito de pelo menos um material polimérico, ou algum outro material sintético, tal como: • uma poliolefina, particularmente polietileno, polipropileno, poli-isopreno, poliestireno, polibutadieno, poliacrilato ou de poliacrilamida; • um polímero obtido por reações de condensação, por exemplo, um poliéster, um poliuretano, uma poliamida, uma poliureia, ou algum outro polímero orgânico ou organo-mineral, por exemplo um poliéter, de silicone, um polímero natural tal como uma poliose (por exemplo, celulose), uma proteína, ou • uma cera; dentre outros.
O disco pode ser feito de um material mineral e/ou metálico, tal como: • um metal, alcalino terroso, ou óxido alcalino, carbeto, nitreto, carbonato, fosfato ou sulfato, por exemplo, carbonato de cálcio ou fosfato de cálcio; • um silicato, um aluminossilicato; ou • um metal ou uma liga com base em ferro, alumínio, titânio, magnésio, prata, ouro ou platina; dentre outros.
O disco pode ser feito de um material incluindo fibras naturais, um tecido ou outra forma tecida, um papel ou outra forma não tecida, madeira, biocelulose, dentre outros.
O disco pode ser feito de um material puro ou de um material misturado com alguns outros materiais.
O disco pode ser feito após tirar marcações e medidas da pele do usuário, por exemplo, pelo desempenho da aquisição tridimensional (3D) do relevo da pálpebra por meio de um sistema de aquisição óptica ou acústica, por exemplo, uma visão estereoscópica, projeção de margem, ultrassom ou outro sistema, por exemplo, uma antena mecânica.
O relevo pode ser adquirido de modo estático ou dinâmico, com os olhos fechados e/ou com movimento relativo das pálpebras.
Onde apropriado, a aquisição pode ser desempenhada utilizando um ou mais discos predefinidos que são posicionados sobre a pálpebra a fim de determinar o efeito daqueles discos no aspecto ou do comportamento mecânico da pálpebra.
O disco pode ser cortado a partir de uma estrutura de base. Para vias de exemplo, a estrutura de base pode ser feita de um material de plásticos. Por exemplo, a estrutura de base pode compreender um ou mais formatos esferoidais, particularmente formatos que são esféricos, a partir do qual o(s) disco(s) é/são cortados. O diâmetro do formato esferoidal pode ser próximo do diâmetro do olho. Particularmente, o diâmetro da forma esferoidal pode variar entre 26 mm e 28 mm.
O disco pode compreender lâminas do mesmo material ou de materiais diferentes. Por exemplo, o disco pode ser feito por laminação das lâminas em conjunto. A adesão entre as lâminas pode ser provida, por exemplo, por acoplagem eletrostática ou por tensão superficial ou pela utilização de um adesivo. As lâminas podem ser opcionalmente móveis em relação uma à outra.
O disco pode ser feito de um material que não é homogêneo, particularmente um material que inclua fibras, flocos ou vacúolos, vãos e/ou bolhas que são presas ou que estão conectadas entre si.
O disco pode ser poroso a oxigênio, ar e vapor de água, de modo que permita que a pálpebra respire.
O disco pode compreender um material expansível.
A face de aplicação do disco, e/ou a face oposta do disco, pode ser lisa ou pode apresentar rugosidade, células ou asperezas.
A face de aplicação do disco e/ou preferencialmente a face oposta do disco, podem simular a pele humana, particularmente a pele da pálpebra. Particularmente, pode apresentar a mesma cor, a mesma textura e/ou o mesmo relevo que a pele da pálpebra antes da aplicação, ou de uma pele de referência, por exemplo, satisfazendo certos critérios de beleza. A superfície da face de aplicação do disco e/ou de sua face oposta pode transmitir uma aparência macia e aveludada próxima àquela da pele. A superfície pode ser rugosa, por exemplo, apresentando uma sucessão de cavidades e projeções.
O disco pode opcionalmente ser colorido. O disco pode ter uma única cor ou pode ter múltiplas cores. O disco pode apresentar uma cor que é próxima àquela da pele humana. O disco pode ser transparente e/ou translúcido, permitindo que a pele da pálpebra seja observada através do disco. O disco pode, assim, permitir que a aparência do contorno do olho seja modificada enquanto está praticamente invisível aos olhos de um observador.
O disco pode apresentar um efeito brilhante ou opaco. O brilho pode prover ao disco um efeito atrativo, particularmente para pessoas jovens, enquanto que uma aparência opaca pode servir para tornar o disco mais discreto, particularmente para pessoas mais velhas.
O estado de superfície da face externa do disco, oposta à sua face de aplicação, pode ser suficientemente rugosa para permitir que a maquiagem seja aderida à pálpebra.
Onde apropriado, o disco pode ser provido ao usuário com pelo menos uma maquiagem que seja compatível para ser aplicada à face externa do disco, tal maquiagem podendo, por exemplo, estar contida na mesma embalagem do disco.
O disco pode apresentar um comprimento, medido ao longo de seu eixo longo curvilíneo, que varie entre 2 cm e 3 cm. O disco pode apresentar uma largura, medida ao longo de seu eixo curto, variando entre 3 mm e 10 mm. O disco pode apresentar uma taxa de dimensão maior em relação à dimensão menor outra que sua espessura variando entre 2 e 10.
O disco pode incluir opcíonalmente um recuo passante na face de aplicação do disco e/ou em sua face oposta à face de aplicação. Particularmente, o recuo pode ser um recuo passante permitindo que a maquiagem seja aplicada diretamente ás pálpebras, por exemplo. O recuo pode também aumentar o conforto ao fazer com que o disco seja melhor arejado.
O recuo pode ser substancialmente alongado em formato, particularmente na direção longa do disco e, por exemplo, pode estar situada próxima aos cílios, uma vez que é aplicada à pálpebra superior móvel.
Para vias de exemplo, o recuo pode permitir que um delineador seja aplicado diretamente à pálpebra superior móvel. Por exemplo, o recuo pode ser uma fenda formada através do disco. O disco pode servir como um estêncil para aplicar o delineador. O material do disco pode ser selecionado de um modo tal que o delineador não se mantenha no local sobre o disco. Assim, manchas de delineador sobre o disco são facilmente removidas de modo a deixar uma linha bem definida sobre a pálpebra.
O recuo pode também servir para inserir pelo menos alguns dos cílios no mesmo, por exemplo, para transmitir a curvatura predefinida ao mesmo. O método para aplicação do disco pode, então, incluir uma etapa consistindo na inserção dos cílios através do recuo no disco, possivelmente enquanto utilizando um guia.
O disco pode também não ter contato com os cílios, uma vez que está no local sobre a pálpebra.
A face externa oposta à face de aplicação do disco pode estar coberta pelo menos parcialmente de maquiagem, por exemplo, maquiagem que é colorida, brilhante ou opaca. Como resultado, a invenção serve para mudar a aparência do contorno do olho, por exemplo, pelo aumento do brilho, da aparência e/ou da cor da pálpebra.
O disco pode incluir um padrão colorido e/ou impresso simulando uma linha de delineador.
Pode, então, possibilitar o aumento da visibilidade da pálpebra superior móvel e contribuir para melhorar a aparência do olho. O formato da face de aplicação do disco, antes ou depois da aplicação, pode possibilitar a obtenção de efeitos melhores, por exemplo, em comparação com a aplicação de uma tira plana sobre a pálpebra. Adicionalmente, o bom comportamento do disco da invenção ao longo do tempo pode servir para evitar que o disco se torne acidentalmente entalado, o que revelaria uma aparência não atraente na pálpebra como resultado do uso de maquiagem.
A face externa do disco oposta à face de aplicação pode incluir uma zona para segurar os cílios e/ou cílios postiços. A zona para segurar pode servir para reprimir os cílios do usuário de modo a prover a eles uma curvatura predefinida. A zona para segurar pode corresponder a uma fenda passante conforme descrito acima, na qual os cílios podem ser inseridos. É também possível posicionar cílios postiços sobre a zona para segurar sobre o disco, particularmente sobre a borda externa da face de aplicação do disco e/ou sobre sua face oposta. A zona para segurar pode ser reforçada e/ou pode ser de espessura maior.
Adicionalmente à modificação do formato da pálpebra, quando isso é desejável, há inúmeras outras aplicações para um disco da invenção.
O disco pode servir para a obtenção de uma aparência simétrica para as pálpebras de ambos os olhos de um indivíduo.
O disco pode também servir para mascarar pelo menos parcialmente um ou mais defeitos da pálpebra superior móvel e/ou fixa, tal como, por exemplo, uma excrescência, uma veia visível ou uma marca de nascença.
O disco pode facilitar a aplicação de um agente ativo de cuidado para o olho e para a pálpebra, e pode inclui um agente ativo tal. Particularmente, o disco pode ser utilizado como um reservatório para a aplicação de uma composição sobre a pálpebra superior móvel e/ou fixa. Para vias de exemplo, o disco pode ser feito de um material poroso impregnado com um agente ativo. Por exemplo, o disco pode liberar um agente ativo para o cuidado ou crescimento dos cílios, por exemplo, bimatoprosta, para tratamento anti-envelhecimento da pálpebra, para prover conforto ao olho, por exemplo, utilizando água, um líquido fisiológico, um agente ativo contra irritação, um anestésico, um agente ativo contra poeira, dentre outros. O agente ativo aplicado pode ser um cosmético sem qualquer ação terapêutica.
O agente ativo pode ser incorporado no disco antes da aplicação do mesmo e/ou pode ser incorporado no disco no momento em que é aplicado e/ou após a aplicação. O agente ativo pode ser incorporado na posição com ou sem solvente.
Quando o disco contém um agente ativo, o disco pode ser proposto ao usuário em embalagem vedada, por exemplo, embalagem esterilizada.
O disco pode também permitir que secreções sejam retidas, por exemplo, suor e/ou sebo.
O disco pode também permitir que a pálpebra superior móvel e/ou fixa seja protegida contra os efeitos da luz, por exemplo, luz do sol, do vento, e/ou da intrusão de partículas, por exemplo, de areia.
O disco pode incluir uma parte de pressionamento de disco. A parte de pressionamento pode ser plana e conectada ao restante do disco de um modo flexível, por exemplo, através de uma conexão em dobradiça, na borda do disco. A parte de pressionamento do disco pode compreender uma porção não esferoidal. A parte de pressionamento do disco pode, por exemplo, facilitar a colocação do disco no local e/ou sua remoção. Onde apropriado, a parte de pressionamento do disco pode ser definida por uma porção removível do disco. A parte de pressionamento do disco pode sustentar contra a pálpebra superior fixa.
O disco pode incluir uma parte que está disposta para sustentar, pelo menos parcialmente, contra os cílios do olho, a fim de agir mecanicamente, biologicamente e/ou quimicamente nos cílios. A parte disposta para sustentar contra os cílios do olho pode ser plana e pode estar conectada de modo flexível, particularmente através de uma conexão em dobradiça, a uma borda do disco. A parte disposta para sustentar contra os cílios do olho podem, onde apropriado, incluir uma fenda para permitir a curvatura dos cílios a serem modificados pelo menos parcialmente, conforme descrito acima, para a zona para segurar os cílios e/ou cílios postiços na face oposta à face de aplicação do disco.
A parte de pressionamento do disco e/ou a parte disposta para sustentar contra os cílios podem opcionalmente ser feitas do mesmo material que o restante do disco, e podem opcionalmente ser da mesma espessura. Elas podem ser feitas de um material que seja diferente do restante do disco, por exemplo, ser vedada a quente, colada de modo adesivo, sobremoldada e/ou mecanicamente montada com o restante do disco.
O disco pode ser fabricado por termoformação, por moldagem, através de polimerização tridimensional, por decapagem a laser, por usinagem mecânica, dentre outros.
A face de aplicação do disco e/ou a pálpebra superior móvel pode ser revestida pelo menos parcialmente em um composto facilitando a adesão do disco à pálpebra superior móvel. O composto pode ser um adesivo, particularmente um adesivo sensível á pressão (PSA). O composto pode ser aplicado antes da colocação do disco no local, sobre a pálpebra e/ou sobre o disco. O composto pode ser aplicado pelo usuário, onde apropriado. O composto pode também estar presente no disco quando é fornecido ao usuário.
O pó adesivo do composto adesivo cobrindo pelo menos parte da face de aplicação do disco e/ou da pálpebra superior móvel pode ser reduzido pela adição de algum outro composto. O composto pode estar coberto por uma película protetora não colante removível, onde apropriado.
O disco pode incluir uma porção não adesiva definindo pelo menos uma porção da face de aplicação.
O composto permitindo a adesão do disco à pálpebra não precisa ser adesivo, por exemplo, pode ser um gel, um creme, um solvente ou um óleo, opcionalmente incluindo um agente ativo, e servindo para transferir adesão suficiente ao adesivo através do efeito de tensão superficial para segurá-lo sobre a pálpebra superior móvel.
A retenção do disco pode também ser aumentada pela seleção apropriada do material e/ou o formato da face de aplicação do disco. Por exemplo, a face de aplicação do disco pode estar coberta por um material não escorregadiço, por exemplo, um elastômero.
Onde apropriado, o composto aplicado à pálpebra superior móvel pode reagir com o material a partir do qual o disco é feito. O composto aplicado à pálpebra superior móvel pode, por exemplo, ser um silicone tendo funções reativas tais que as funções de hidrossililação ou um monômero de cianoacrilato.
Onde apropriado, o composto pode revestir certas zonas apenas da face de aplicação do disco e/ou da pálpebra superior móvel, por exemplo, zonas situadas nas margens do disco e/ou da pálpebra superior móvel.
Antes da aplicação, o disco pode ser feito pré-formatável de vários modos.
O disco pode ser feito de um material macio que é reformatável, por exemplo, um material plástico ou um material adequado para ser curado.
Para vias de exemplo, o disco pode apresentar rigidez que varia ao longo do tempo, preferencial mente que aumenta, como resultado de um estímulo, por exemplo, radiação, a aplicação de um líquido, evaporação, a aplicação de calor, uma reação química ou biológica, dentre outros.
O disco pode também ser feito de um material tendo uma memória de formato, particularmente sendo feito de um modo tal que é capaz de tomar seu formato final no momento da aplicação.
O disco pode ser feito de um material polimérico formador de película, por exemplo, baseado em silicone reativo.
O disco pode incluir uma extensão em pelo menos uma de suas extremidades longitudinais, a extensão sendo para aplicação à cavidade no canto interno do olho e/ou na extremidade do olho afastada da referida cavidade. Uma extensão tal pode permitir que um efeito agradável seja aplicado ao olho pela extensão da dobra do olho.
A extensão pode ser substancialmente plana e ter um formato não plano predefinido. Particularmente, a extensão pode ser plana quando é para posicionamento sobre a cavidade no canto do olho. Reciprocamente, a extensão pode ter um formato não plano predefinido, particularmente um formato esferoidal, quando é para posicionar sobre a extremidade do olho que é oposta ao canto do olho.
A extensão pode também ser feita de um material que é mais flexível que o restante do disco, particularmente para facilitar o posicionamento sobre a cavidade no canto do olho e/ou sobre a extremidade oposta ao mesmo.
A extensão pode opcionalmente ser feita do mesmo material que o restante do disco. A extensão e o restante do disco podem ser moldados como uma única peça.
A extensão pode ter a espessura variando entre 10 pm e 1 mm, por exemplo.
Onde está conectada ao restante do disco, a extensão pode formar uma constrição na direção de largura do disco. Essa constrição pode formar uma dobradiça facilitando a mudança da inclinação do disco na região do canto do olho.
A extensão pode estar pelo menos parcialmente coberta e/ou pode incluir uma maquiagem e/ou produto de cuidado.
Conforme mencionado acima, o método da invenção pode incluir uma etapa consistindo na aquisição da topologia do contorno do olho antes da aplicação do disco. O disco pode ser pré-formatado como uma função do resultado da aquisição da topologia do contorno do olho.
Para vias de exemplo, o método pode ser implementado com um sistema de análise permitindo que o formato do contorno do olho seja analisado, particularmente o formato da pálpebra superior móvel e/ou da pálpebra superior fixa, e permitindo que o formato do disco seja deduzido, particularmente o formato de sua face de aplicação para se posicionar sobre a pálpebra superior móvel, de modo a obter a modificação desejada na aparência do contorno do olho.
Independentemente ou em combinação com o acima, a invenção também provê, assim, um sistema para analisar a topologia do contorno do olho para identificar a(s) porção(ões) da pálpebra superior fixa e/ou móvel para modificação a fim de se aproximar de um formato de pálpebra padrão, por exemplo, correspondendo ao cânone de beleza, um formato desejado pelo usuário, por exemplo, correspondendo ao formato do olho do usuário quando jovem ou, de fato, um formato resultando da média de avaliações desempenhadas em uma pluralidade de pessoas ou correspondendo a um grupo etário e/ou a um dado tipo de população, dentre outros.
Particularmente o sistema pode ser configurado para determinar a(s) porção(ões) da pálpebra superior móvel e/ou fixa que não está(ão) dentro da regularidade de curvatura apresentada pela maioria das pálpebras superiores móveis e/ou fixas de certas pessoas, particularmente pessoas jovens.
O sistema pode particularmente ser configurado para identificar a(s) porção(ões) da pálpebra superior fixa que tenha(m) caído. O sistema também pode servir para identificar a(s) porção(ões) recuadas da pálpebra superior móvel e/ou fixa.
O sistema pode operar por simulação. Assim, pode ser provido com meios de cálculo tal como um microcomputador ou um servidor capaz de simular a renderização do contorno do olho após o disco ter sido aplicado. Para via de exemplo, tais meios podem operar tendo recorrido a uma base de dados e/ou à base de lógica para aplicação de tensão a um corpo macio, por exemplo.
Por comparação, o sistema pode deduzir o(s) disco(s) mais próximo(s) a um formato-alvo, por exemplo, dependendo dos desejos do usuário ou dependendo de um modelo de aparência.
O sistema também pode operar pela dedução e por cálculo. Por exemplo, o sistema pode deduzir o formato e/ou a espessura do disco, por exemplo, para corresponder a um formato-alvo, por exemplo, com base nos desejos do usuário ou com base em um modelo de aparência. Particularmente, a dedução pode ser desempenhada com base na lógica de tensões de aplicação a um corpo macio, ou com base em um banco de dados, por exemplo, derivado da experiência adquirida.
Preferencialmente, o sistema é configurado para possibilitar a seleção dentre o(s) disco(s) simulado(s) e/ou calculado(s) o disco ou discos que alcançam o melhor conforto, e particularmente que apresentam a menor espessura.
O sistema pode ser provido com uma interface de usuário. A interface pode, por exemplo, servir para receber o estímulo relativo ao formato final desejado do contorno do olho, e formatos finais simulados ou deduzidos, o conforto estimado do(s) disco(s), ou, de fato, uma seleção de formato final dentre os formatos finais simulados.
O sistema pode ser distribuído como uma pluralidade de elementos separados ou pode estar integrado como uma unidade. Onde apropriado, os dados podem ser transmitidos a uma unidade de cálculo predefinída ou ao longo de uma conexão com um servidor.
O sistema também pode servir para capturar o formato do olho, por exemplo, por captura de imagem.
O sistema pode servir para cortar e/ou fazer o(s) disco(s), ou, onde apropriado, para solicitá-los.
O sistema pode incluir meios para receber o estímulo sobre o resultado obtido com o disco, por exemplo, um questionário que é exibido em uma tela.
O sistema pode incluir meios de possibilitar progressivamente o refinamento de suas ferramentas para simulação, e/ou para dedução, e/ou seus modelos, opcionalmente de um modo individualizado.
O sistema pode servir para otimizar a renderização de cor do contorno do olho e/ou da renderização de textura do contorno do olho.
O sistema pode também servir para gerar mais ou menos conselhos detalhados sobre a maquiagem adequada ao usuário.
O sistema pode ser configurado para comparar ambos os olhos de modo a corrigir um problema de assimetria entre os olhos. O sistema pode, por exemplo, comparar ambos os olhos a fim de deduzir se são simétricos ou não. O sistema pode, por exemplo, identificar o olho que é o mais fechado com base na análise de imagem.
O sistema pode desempenhar uma ou mais aquisições de imagem, particularmente como uma função do grau em que o olho está aberto (por exemplo, do olho quando fechado, de modo a estar semi-aberto, e quando aberto) a fim de adquirir a topologia do olho e prover assistência na seleção e/ou projeção do disco.
Um praticante pode também ter algum número predefinido de discos padrões diferentes que podem ser testados em um usuário a fim de determinar o disco que é o mais apropriado.
O método da invenção pode compreender uma ou mais etapas, opcionalmente desempenhadas em sucessão, consistindo na utilização do sistema de análise descrito acima.
Independentemente ou em combinação com o acima, modalidades exemplares da invenção também proveem um disco para modificar a aparência do contorno do olho, o disco tendo uma face de aplicação não plana que é pré-formatada com curvatura em torno de pelo menos dois eixos de curvatura mutuamente perpendiculares.
Independentemente ou em combinação com o acima, modalidades exemplares da invenção também proveem um kit compreendendo: • um disco, conforme definido acima, apresentando uma face de aplicação de formato não plano predefinido com curvatura multidimensional antes da aplicação do disco sobre a pálpebra superior móvel, e/ou um disco apresentando uma face de aplicação tendendo a conservar o formato no qual é colocado pela modificação de uma curvatura do disco após aplicá-lo à pálpebra superior móvel, e independentemente da pálpebra superior móvel; e • uma maquiagem e/ou um adesivo e/ou uma composição ativa para aplicar à face de aplicação, particularmente extemporaneamente, à face oposta do disco, e/ou à pálpebra superior móvel.
O disco pode apresentar curvatura dupla.
Independentemente ou em combinação com o acima, modalidades exemplares da invenção também proveem um kit compreendendo: • um disco, conforme definido acima, apresentando uma face de aplicação de formato não plano predefinido com curvatura multidimensional antes da aplicação do disco sobre a pálpebra superior móvel, e/ou um disco apresentando uma face de aplicação tendendo a conservar o formato no qual é colocado pela modificação de uma curvatura do disco após aplicá-lo à pálpebra superior móvel, e independentemente da pálpebra superior móvel; e • uma armação de óculos e/ou pelo menos uma lente de correção adaptada à visão do usuário.
Um kit tal permite que o aspecto seja modificado, por exemplo, pela combinação da cor das lentes ou da armação à cor do disco.
Independentemente ou em combinação com o acima, modalidades exemplares da invenção também proveem um kit compreendendo: • um primeiro disco da invenção, apresentando uma face de aplicação de formato não plano predefinido com curvatura multidimensional antes da aplicação do disco sobre a pálpebra superior móvel, e/ou um disco apresentando uma face de aplicação tendendo a conservar o formato no qual é colocado pela modificação de uma curvatura do disco após aplicá-lo à pálpebra superior móvel, e independentemente da pálpebra superior móvel; e • um segundo disco, também da invenção, com o formato de sua face de aplicação diferindo daquela do primeiro disco e/ou com rigidez e/ou espessura que difere da rigidez e/ou espessura do primeiro disco.
Isso pode permitir que o usuário aplique o disco que é mais apropriado ao resultado desejado.
Descrição das Figuras
A invenção pode ser melhor compreendida com a leitura da seguinte descrição de implementações não limitantes da mesma, e com o exame das figuras diagramáticas e figuras fragmentárias dos desenhos, em que: • Figuras 1A e 1B mostram os respectivos exemplos do posicionamento relativo entre as pálpebras superiores fixas e móveis do olho enquanto o olho está fechado e enquanto o olho está aberto, sem utilizar o disco do método da invenção; • Figuras 2A e 2B mostram os respectivos exemplos do posicionamento relativo das pálpebras superiores fixas e móveis do olho quando o olho está fechado e quando o olho está aberto, enquanto utilizando o disco da invenção; • Figuras 3A a 3E mostram exemplos de discos utilizados no método da invenção; • Figuras 4A a 4C mostram a possibilidade de modificação da rigidez e/ou da espessura de um disco adequado para uso no método da invenção, pela expansão do material pela aplicação de calor; • Figuras 5A a 5D mostram exemplos de discos utilizados no método da invenção, em seção longitudinal; • Figuras 6A a 6l mostram outros exemplos de discos utilizados no método da invenção, apresentando espessura e/ou rigidez variadas; • Figura 7 mostra a possibilidade de utilização de elementos de reforço dentro de um disco a fim de modificar sua rigidez sem requerer que sua espessura seja modificada; • Figuras 8A a 8C são diagramas mostrando a possibilidade de um disco que é utilizável no método da invenção incluindo pelo menos uma extensão em uma extremidade; • Figuras 9 e 10 mostram respectivamente a possibilidade de um disco da invenção incluindo uma porção de pressionamento e uma porção para sustentação contra os cílios; • Figuras 11a e 11b mostram exemplos de discos da invenção apresentando recuos respectivos; • Figuras 12 e 13 mostram o uso de um disco para modificar o aspecto de um olho; • Figura 14 mostra um exemplo de um kit da invenção; • Figura 15 mostra um exemplo de um sistema para análise da topologia do contorno do olho a fim de implementar o método da invenção; e • Figuras 16 a 18 mostram exemplos de etapas que podem ser implementadas no método da invenção.
As Figuras 1A e 1B são visualizações de seção diagramáticas mostrando exemplos de posicionamento relativo das pálpebras superiores fixas e móveis 3 e 2 do olho 4, quando o olho está fechado (Figura 1A) e quando o olho está aberto (Figura 1B).
Pela comparação das Figuras 1A e 1B, pode-se observar que, quando o olho 4 está fechado (Figura 1 A), a pálpebra superior móvel 2 cobre a pupila do olho.
Quando o olho 4 está aberto (Figura 1B), pode-se observar que a pálpebra superior fixa 3 cai de modo a cobrir a pálpebra superior móvel 2, pelo menor parcialmente. Esse fenômeno, frequentemente devido ao envelhecimento da pessoa, tem um efeito indesejável e é geralmente desejável ser capaz de corrigi-lo.
As Figuras 2A e 2B correspondem respectiva mente à posição aberta e fechada do olho 4 nas Figuras 1A e 1B. No entanto, um disco 1 foi aplicado sobre a pálpebra superior móvel 2.
O disco 1 pode incluir uma face de aplicação 1a de formato não plano predefinido apresentando curvatura dupla antes da aplicação, e/ou uma face de aplicação 1a que tende a reter o formato no qual foi colocado, pela modificação de uma curvatura do disco após ter sido aplicado à pálpebra superior móvel 2, independentemente da pálpebra superior móvel 2.
O disco 1 é aplicado à pálpebra móvel 2 enquanto o olho 4 está fechado. Quando o olho 4 está aberto (Figura 2B), o disco 1 contribui para a redução da queda da pálpebra superior fixa 3, com o disco 1 possibilitando a modificação da posição relativa da pálpebra superior fixa 3 em relação à pálpebra superior móvel 2 ao levantá-la na direção da seta F.
As Figuras 3A a 3C mostram uma primeira modalidade variante do disco 1. A Figura 3A é uma visualização em perspectiva do disco 1, a Figura 3B é uma visualização de seção longitudinal em AA do disco 1 da Figura 3A, e a Figura 3C é uma visualização de seção transversal em BB do disco 1 da Figura 3A.
Nesse exemplo, o disco 1 apresenta uma face de aplicação de formato não plano predefinido com curvatura dupla, o disco 1 apresentando uma porção esferoidal, por exemplo. A face de aplicação 1a do disco 1 pode, por exemplo, ser curva ao longo de seu eixo longitudinal X e seu eixo transversal Y.
Para vias de exemplo, a espessura e do disco 1 pode variar entre 1 pm a 1 milímetro mm, e preferencialmente variar entre 5 pm e 200 pm. Para vias de exemplo, a rigidez do disco 1 varia entre 200 kPa e 200 GPa, e preferencialmente varia entre 1 MPa e 10 GPa. Nesse exemplo, a espessura eea rigidez do disco 1 são constantes, mas não precisam ser.
Os raios de curvatura Rx e Ry do disco 1, como associado respectivamente com os eixos de curvatura X e Y do disco 1, podem variar entre 1,2 cm e 1,6 cm, por exemplo.
Conforme medido ao longo de seu eixo longo curvilíneo, o disco 1 pode apresentar um comprimento L variando entre 2 cm e 3 cm, e conforme medido ao longo de seu eixo curto, pode apresentar uma largura / variando entre 3 mm e 10 mm.
A Figura 3D mostra outra modalidade variante do disco 1 adequada para uso no método da invenção e/ou servindo de modelo para o disco 1 que deve ser utilizado no método da invenção.
Nesse exemplo, o disco 1 apresenta uma porção esferoidal, por exemplo, tendo uma pluralidade de facetas planas não coplanares 5.
A Figura 3E mostra uma segunda modalidade variante de um disco 1 adequado para uso em um método da invenção. Nesse exemplo, o disco 1 é substancialmente plano no formato anterior à aplicação, e apresenta uma face de aplicação 1a que tende a conservar o formato no qual o disco 1 é colocado pela modificação da curvatura do disco 1 após ter sido aplicado à pálpebra superior móvel 2 em virtude da plasticidade do disco 1, e por isso deve ser independente da pálpebra superior móvel 2.
O disco 1 pode apresentar um comprimento L variando entre 2 cm e 3 cm e uma largura í variando entre 3 mm e 10 mm.
Para vias de exemplo, a espessura e do disco 1 pode variar entre 1 pm e 1 mm, e preferencialmente variar entre 5 pm e 200 pm. Para via de exemplo, a rigidez do disco 1 varia entre 200 kPa e 200 GPa, e preferencialmente entre 1 MPa e 10 GPa. Nesse exemplo, a espessura e e a rigidez do disco 1 são constantes, mas não precisam ser.
As Figuras 4A a 4C mostram a possibilidade de modificar a rigidez e a espessura de um disco 1 adequado para uso no método da invenção, pelo material de expansão pela aplicação de calor. A rigidez e/ou a espessura do disco podem ser modificados pelo material de expansão antes ou depois do disco ter sido colocado em posição sobre a pálpebra superior móvel.
O disco 1 pode incluir um material expansível 40a presente em todo ou parte do disco 1, conforme mostrado na Figura 4A. O material expansível 40a pode compreender esferas de polímero expansível incorporando um solvente, por exemplo, esferas de Expansel®.
Uma fonte de calor C pode servir para aquecer o disco 1 localmente, por exemplo, em uma zona Z, conforme mostrado nas Figuras 4A e 4B, a Figura 4B mostrando a modificação obtida na zona Z após ter sido aquecida.
É também possível posicionar um elemento expansível de tamanho menor que a camada subjacente do disco a fim de modificar a espessura e/ou a rigidez do disco.
A fim de evitar ou reduzir a deformação potencial na espessura do disco 1 ou a variação potencial na rigidez do disco 1 enquanto a fonte C está aplicando calor, é possível fazer o disco 1 como pelo menos duas partes 1’ e 1”, por exemplo, partes sobrepostas conforme mostrado na Figura 4C. A parte inferior 1” pode ser feita de modo a ser insensível à aplicação de calor pela fonte C, por exemplo, sendo feita totalmente ou parcialmente de um material 40b que não é expansível pela aplicação de calor, enquanto a parte superior 1’ pode compreender totalmente ou parcialmente um material 40a que é expansível pela aplicação de calor.
As Figuras 5A a 5D mostram exemplos de discos 1 na seção longitudinal.
Conforme pode ser observado, o disco 1 pode apresentar um formato em seção longitudinal que pode ser de qualquer tipo, por exemplo, retangular opcionalmente com bordas arredondadas, triangular ou semicircular.
Opcionalmente, a espessura e do disco pode variar. Os exemplos das Figuras 5A a 5D correspondem a discos nos quais a face de aplicação 1a é formatada no momento da aplicação em variantes que não são mostradas, o perfil para a variação na espessura e na direção longitudinal é conforme mostrado nas Figuras 5A a 5D, mas a face de aplicação 1 curvada antes de ser colocada no local em terno de pelo menos dois eixos mutuamente perpendiculares de curvatura X e Y, com a face de aplicação 1a sendo esferoidal, por exemplo.
As Figuras 6A a 6I mostram outra modalidade variante dos discos 1.
O disco 1 pode apresentar espessura e que varia ao longo de um eixo transversal Y do disco 1, conforme mostrado na Figura 6A, ou ao longo de um eixo longitudinal X do disco 1, conforme mostrado na Figura 6B a 6H.
Nessas figuras, os discos 1 são mostrados planos, no entanto, a descrição abaixo também se aplica a discos tendo faces de aplicação que não são planas, por exemplo, que são esféricas.
O disco 1 pode apresentar variação periódica de espessura e, conforme pode ser observado na Figura 6A.
Para vias de exemplo, a variação na espessura e do disco 1 ocorre na direção transversal. A variação na espessura e pode dar origem a estrias longitudinais sendo formadas de modo a projetar-se a partir da face externa 1b e/ou a partir da face de aplicação 1a. A densidade do material do disco 1 pode ser uniforme ou pode ser maior em zonas de espessura menor, por exemplo, como resultado do disco 1 ser comprimido nas referidas zonas.
A espessura e do disco 1 pode também variar de modo monotônico, por exemplo, aumentado ou decrescendo, a partir de uma extremidade do disco 1 a outra, por exemplo, a partir de uma extremidade à outra, conforme pode ser observado na Figura 6C.
O disco 1 pode apresentar uma zona localizada 13 de espessura e que é diferente do restante do disco, conforme pode ser observado na Figura 6B, por exemplo, uma zona de espessura localizada aumentada.
A espessura e do disco 1 pode ser maior em sua porção central que nas extremidades longitudinais do disco, conforme pode ser observado na Figura 6H, ou pode ser menor que a porção central que nas extremidades do disco, conforme pode ser observado na Figura 6G. Nessa figura, um recuo 14 é formado na face externa 1b do disco 1. Em uma variante, o recuo é formado na face de aplicação 1a.
O disco pode apresentar espessura e que varia como um resultado da sobreposição de uma pluralidade de lâminas 15, conforme pode ser observado nas Figuras 6D a 6F. Essas lâminas 15 podem ser fixadas em relação uma à outra.
O uso de uma pluralidade de lâminas 15, por exemplo, duas lâminas 15a e 15b conforme mostrado na Figura 6I, pode servir para aumentar a rigidez do disco 1, por exemplo. As lâminas podem ser sobrepostas exatamente ou de outro modo. Por exemplo, a lâmina superior 15a não precisa cobrir a lâmina inferior 15b completamente.
Nas modalidades das Figuras 6A a 6I, o disco 1 pode também apresentar rigidez e/ou espessura que varia ao longo de um ou mais eixos outros que o eixo longitudinal X.
A Figura 7 mostra a possibilidade de incorporação de um ou mais elementos de reforço 6 no disco 1 de modo a modificar sua rigidez em uma ou mais zonas do disco. Para vias de exemplo, os elementos de reforço 6 são constituídos de reforço de metal, particularmente por um ou mais cabos tendo um diâmetro variando entre 10 pm e 200 pm, pelo reforço constituído por materiais rígidos tais como plásticos duros, tais como fios de polietileno ou fios de cerâmica.
A Figura 8A é uma visualização em perspectiva mostrando a possibilidade de se ter um disco 1 que inclui extensões 7a e 7b. A Figura 8B é uma visualização de face diagramática de um disco 1 tal incluindo extensões 7a e 7b aplicadas sobre a pálpebra superior móvel 2. A Figura 8C é uma visualização de seção diagramática mostrando o disco 1 incluindo uma extensão 7a aplicada à cavidade 16 do canto do olho.
Para vias de exemplo, a extensão 7a pode ser substancialmente plana em formato e pode ser projetada para repousar sobre a cavidade 16 no canto do olho, próxima ao nariz 17, em que a extensão 7b pode apresentar um formato que é substancial mente esferoidal para ser posicionado sobre a extremidade de olho oposta à cavidade no canto do olho.
As extensões 7a e 7b podem ser mais flexíveis que a porção central do disco 1. As extensões 7a e 7b podem opcionalmente ser feitas do mesmo material que o restante do disco 1.
Cada extensão 7a e 7b pode cooperar com o corpo do disco 1 para definir respectivamente constrições R e R’ na largura do disco 1. Uma constrição tal R ou R’ pode definir uma zona de deformação aumentada facilitando a obtenção de uma quebra de inclinação entre a extensão e o corpo do disco, conforme pode ser observado na Figura 8C.
Nos exemplos das Figuras 8A a 8C, o disco 1 tem duas extensões 7a e 7b, mas, em uma variante, pode ter apenas uma extensão 7a ou 7b.
A Figura 9 é uma visualização de perspectiva diagramática mostrando a possibilidade do disco 1 incluir uma porção de pressionamento 8a, por exemplo, estendendo a face externa 1b oposta à face de aplicação 1a. A porção de pressionamento 8a pode ter um de suas bordas 18 presas a uma borda do disco 1.
A porção de pressionamento 8a pode ser plana ou vir a sustentar contra a pálpebra superior fixa 3. Desse modo, a porção de pressionamento 8a pode ser flexivelmente conectada a uma das bordas do disco 1, por exemplo, através de uma conexão em dobradiça, de modo a ser capaz de adaptar o formato da pálpebra superior fixa 3 durante a aplicação.
A porção de pressionamento 8a pode facilitar a colocação do disco 1 no local sobre a pálpebra superior móvel 2, e/ou removê-lo. Para vias de exemplo, o usuário pode segurar o disco 1 através da porção de pressionamento 8a a fim de ser capaz de colocar o disco 1 em posição sobre a pálpebra superior móvel 2, e/ou removê-lo.
A Figura 10 mostra a possibilidade do disco 1 incluir uma porção de sustentação 8b disposta para sustentar pelo menos parcialmente contra os cílios. Para vias de exemplo, a porção de sustentação 8b pode servir para agir mecanicamente, biologicamente e/ou quimicamente sobre os cílios, por exemplo, a fim de administrar um produto de cuidado e/ou maquiagem sobre os cílios a fim de modificar a curvatura dos cílios, inter alia. Por exemplo, a porção de sustentação 8b pode incluir uma fenda 19 na qual os cílios podem ser inseridos pelo menos parcialmente, por exemplo, a fim de modificar sua curvatura. A fenda 19 pode também agir como a zona para ligar com os cílios postiços e/ou cílios mencionados acima para a face 1b que é oposta à face de aplicação 1a do disco 1. A porção de sustentação 8b pode ser plana e conectada ao restante do disco 1 de modo flexível, por exemplo, através de uma conexão em dobradiça. Onde apropriado, a porção de sustentação 8b pode também servir como uma porção de pressionamento conforme descrito acima.
A Figura 11a mostra a possibilidade do disco 1 incluir um recuo 9. O recuo 9 pode opcionalmente ser uma abertura passante, e pode servir, por exemplo, para aplicar a maquiagem e/ou produto de cuidado à pálpebra superior móvel 2.
Nesse exemplo, o recuo 9 é alongado em uma direção transversal. Em uma variante, e conforme mostrado na Figura 11b, o recuo 9 pode ser alongado em uma direção longitudinal e pode, por exemplo, estar situado próximo à fronteira do disco 1 que deve ser aplicada próxima aos cílios, por exemplo, a fim de permitir que um delineador seja aplicado ou permitir que os cílios sejam inseridos no recuo 9, de modo a reprimi-los para ter uma curvatura particular, conforme descrito acima com referência à Figura 10.
A Figura 14 mostra um exemplo de um kit 10 da invenção.
Para vias de exemplo apenas, o kit 10 compreende um disco 1 conforme descrito em qualquer uma das modalidades acima, e pelo menos um recipiente 11 contendo maquiagem e/ou um adesivo e/ou uma composição ativa, adequados para aplicação à face de aplicação 1a do disco 1, à face 1b que é oposta à face de aplicação 1a, e/ou à pálpebra superior móvel 2.
Em uma variante ou em combinação, o kit pode incluir uma armação de óculos e/ou lentes corretivas associadas ao disco 1.
A Figura 15 mostra um exemplo de um sistema de análise 20 para análise da topologia do contorno do olho a fim de implementar o método da invenção.
Para vias de exemplo, o sistema de análise 20 pode compreender um computador 21, uma impressora 22 conectada ao computador 21 e uma câmera 23 permitindo que a topologia do contorno do olho seja adquirida, a câmera estando conectada ao computador 21 do mesmo modo.
O computador 21 pode ser convencional e compreender uma unidade central 24, uma tela 25 e uma interface de usuário incluindo um teclado 26 e um mouse 27.
O sistema de análise 20 pode também incluir uma unidade 30 para formatar o disco. A unidade 30 para formatar o disco pode servir, por exemplo, para modificar o formato da face de aplicação do disco após a aquisição da topologia através da câmera 23 e antes da aplicação do disco sobre a pálpebra superior móvel.
O sistema de análise 20 pode ser utilizado conforme descrito acima. Por exemplo, o sistema de análise 20 pode servir para fazer um disco com base em medições feitas da pele do usuário. O sistema de análise 20 pode permitir que o relevo da pálpebra seja capturado em 3D por aquisição acústica ou óptica, por exemplo, por visão estereoscópica, através de margens de projeção, ultrassom, etc., por exemplo, através de antena mecânica.
O relevo pode ser adquirido estaticamente ou dinamicamente, com os olhos fechados e/ou com movimento relativo das pálpebras.
Onde apropriado, a aquisição pode ser desempenhada utilizando um ou mais discos predefinidos posicionados sobre a pálpebra a fim de determinar o efeito desses discos no aspecto do olho e sobre o comportamento mecânico da pálpebra.
As Figuras 16 a 18 são diagramas mostrando exemplos de etapas que podem ser implementadas no método da invenção.
Para vias de exemplo, o método pode incluir a etapa la consistindo na aquisição da topologia do contorno do olho, por exemplo, utilizando um sistema de análise 20 conforme descrito acima, seguido por uma etapa Ha, consistindo na seleção de um disco que é apropriado para a topologia do olho a partir de uma variedade dos discos disponíveis, e finalmente a etapa III consistindo na aplicação do disco conforme selecionado desse modo à pálpebra superior móvel, conforme mostrado na Figura 16.
Por exemplo, durante a etapa Ha, o usuário pode ter uma pluralidade de discos de diferentes tamanhos e/ou formatos disponíveis, por exemplo, presentes dentro de embalagem comum, e o usuário pode selecionar dentre esses discos o disco que é mais adequado para o efeito desejado dados os resultados da aquisição de topologia. O usuário pode proceder por aproximações sucessivas ou sob orientação de um perito. Onde apropriado, a embalagem de discos pode incluir um ou mais modelos servindo de exemplo para avaliar a curvatura e/ou as dimensões da pálpebra, por exemplo, sua curvatura em um plano horizontal e em um plano vertical.
Em uma variante, conforme mostrado na Figura 17, o método pode compreender uma etapa 1a consistindo na aquisição da topologia do contorno do olho, seguida por uma etapa llb consistindo na fabricação de um disco correspondente à topologia do olho, e finalmente uma etapa III consistindo na aplicação do disco conforme fabricado desse modo à pálpebra superior móvel.
Para vias de exemplo, durante a etapa llb, o disco pode ser formatado na fábrica, em um ponto de venda, ou no local de uso, por corte, usinagem, moldagem, compressão, conformação a quente ou de algum outro modo, como uma função dos resultados adquiridos da topologia. O formato final do disco antes de ser colocado no local durante a etapa III pode opcionalmente ser dado por uma máquina formatadora disponibilizada ao usuário do disco.
Em uma variante, o disco pode apresentar uma face de aplicação tendo um formato, antes da aplicação, que é independente do formato da pálpebra superior móvel, e o usuário dá ao disco um formato que é adaptado ao formato da pálpebra superior móvel após ter sido aplicada à mesma como uma função dos resultados da aquisição da topologia, de modo a conservar esse formato após a aplicação, independentemente da pálpebra superior móvel.
Para vias de exemplo, o disco pode ser fabricado pelo corte a partir de uma estrutura de base. Para vias de exemplo, a estrutura de base pode ser feita de um material de plásticos e incluir um ou mais formatos esferoidais, particularmente formatos esféricos, a partir dos quais o disco é cortado. O diâmetro do formato esferoidal pode ser próximo ao diâmetro do olho. Na prática, o diâmetro do formato esferoidal pode variar entre 26 mm e 28 mm.
A Figura 18 mostra um método da invenção compreendendo a etapa lb consistindo em ter pelo menos um disco disponível, por exemplo, em embalagem, a etapa Ha opcional conforme descrita acima, consistindo na seleção de um disco adaptado à topologia do olho a partir de uma variedade de discos disponíveis adequados para a modificação da mudança desejada à aparência do contorno do olho, e a etapa III, consistindo na aplicação do disco sobre a pálpebra superior móvel.
Na etapa III de aplicação do disco sobre a pálpebra superior móvel mencionada acima, o disco pode, por exemplo, ser aplicado com ou sem o auxílio de adesivo e/ou com ou sem a presença de um composto, por exemplo, um agente ativo, sobre a pálpebra superior móvel, na face de aplicação do disco, e/ou na face do disco oposta à sua face de aplicação.
Exemplo
Hemisferoides foram feitos de um material de tereftalato de polietileno transparente (PET) por uma técnica de sopro. Os hemoisferoides apresentaram um formato esférico com espessura de cerca de 10 pm e um raio de curvatura de cerca de 14 mm.
Depois disso, tesouras foram utilizadas para cortar os discos dos hemisferoides, os discos sendo de formato alongado ovoide em seção longitudinal, de comprimento (medido ao longo de um meridiano), igual a 2,5 cm, 3 cm ou 3,5 cm, e de largura maior (medido ao longo de um paralelo) de até 1,2 cm, e preferencialmente de 1 cm.
Um polímero de poliéster sulfônico ramificado de 50% em solução em água, do tipo AC 1350® vendido pelo fornecedor Eastman Chemicals, foi depositado sobre a face de aplicação dos discos.
As Figuras 12 e 13 mostram duas fotografias ilustrando o efeito obtido em uma pessoa pela utilização de um disco 1.
A Figura 12 mostra o posicionamento do disco 1 sobre a pálpebra superior móvel 2 do olho esquerdo (situado à esquerda quando voltado para a pessoa). O disco 1 foi aplicado enquanto a pálpebra superior móvel 2 estava fechada.
O disco 1 pode ser segurado no local sobre a pálpebra superior móvel 2 com ou sem o uso de um adesivo ou utilizando uma composição umidificante, por exemplo, um creme hidratante ou um gel.
Na Figura 13, pode-se observar o efeito obtido no olho esquerdo após receber o disco 1.
Conforme pode ser observado em comparação com o olho direito, o disco 1 serve para reduzir grandemente a queda da pálpebra superior fixa 3, tal que praticamente não cubra a pálpebra superior móvel.
O termo “compreendendo um” é sinônimo de “compreendendo pelo menos um”.

Claims (15)

1. Método para modificar cosmeticamente a aparência do contorno do olho, o método compreendendo a etapa consistindo na aplicação de pelo menos um disco (1) sobre a pálpebra superior móvel (2), a face de aplicação (1a) do disco (1) tendo um formato não plano predefinido com curvatura multidirecional, ou pelo menos um disco feito de um material adequado para responder à tensão pela deformação de um modo não elástico de modo a tomar uma curvatura multidirecional sobre a pálpebra e conservar a referida curvatura quando a tensão cessa, caracterizado pelo fato de que a espessura do disco é menor em uma porção central do mesmo do que nas bordas do disco.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido pelo menos um disco (1) é pré-formatado e/ou pré-formatável de modo que sua face de aplicação (1a) se encaixa pelo menos parcialmente no formato da pálpebra superior móvel (2).
3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a face de aplicação (1 a) do disco (1) apresenta pelo menos uma porção que é esferoidal, particularmente esférica, paraboloide ou hiperboloide.
4. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma porção esferoidal tem um raio de curvatura (Rx, Ry) variando entre 1,2 cm e 1,6 cm.
5. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que a espessura (e) do disco (1), particularmente na referida pelo menos uma porção esferoidal, varia entre 1 pm e 1 mm, e particularmente na faixa de 5 pm a 200 pm.
6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a rigidez do disco (1), particularmente na referida pelo menos uma porção esferoidal, varia entre 200 kPa e 200 GPa, particularmente na faixa de 1 MPa a 10 GPa.
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que o referido um disco (1) apresenta um comprimento (L) variando entre 2 cm e 3 cm, e uma largura (€) variando entre 3 mm e 10 mm.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o referido pelo menos um disco (1) inclui um recuo opcionalmente passante (9) na face de aplicação (1a) do disco (1) e/ou em sua face (1b) oposta à face de aplicação (1a).
9. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a face externa (1b) do disco oposta à sua face de aplicação (1a) inclui uma zona para segurares cílios e/ou cílios postiços.
10. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que pelo menos um disco (1) inclui um agente ativo para cuidado do olho ou da pálpebra.
11. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que o referido pelo menos um disco inclui uma parte (8b) disposta para sustentar parcialmente contra os cílios.
12. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que a espessura (e) do disco (1) é medida entre a face de aplicação (1 a) do disco e sua face (1 b) oposta à face de aplicação, e/ou a rigidez do disco varia ao longo de pelo menos um eixo do disco.
13. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato de que inclui a etapa consistindo em adquirir a topologia do contorno do olho antes de aplicar o disco (1), o referido pelo menos um disco (1) sendo pré-formado como uma função do resultado da aquisição da topologia do contorno do olho.
14. Disco (1) para modificar cosmeticamente a aparência do contorno do olho, o disco tem uma face de aplicação (1a) não plana que é pré-formada com curvatura em tomo de pelo menos dois eixos de curvatura (X, Y) mutuamente perpendiculares, caracterizado pelo fato de que a espessura do disco é menor em uma porção central do mesmo do que nas bordas do disco.
15. Kit, compreendendo: um disco (1) apresentando uma face de aplicação (1a) de formato não plano predefinido com curvatura multidimensional antes da aplicação do disco sobre a pálpebra superior móvel (2), e/ou um disco (1) apresentando uma face de aplicação (1 a) tendendo a conservar o formato no qual é colocado pela modificação de uma curvatura do disco (1) após aplicá-lo à pálpebra superior móvel, e independentemente da pálpebra superior móvel (2); e • uma maquiagem e/ou um adesivo e/ou uma composição ativa para aplicar à face de aplicação do disco (1), à face oposta do disco, e/ou à pálpebra superior móvel (2) caracterizado pelo fato de que a espessura do disco é menor em uma porção central do mesmo do que nas bordas do disco.
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