BR102022012783A2

BR102022012783A2 - Instalação de roda gigante incluindo uma estrutura de guia de nacelas que apresenta juntas esféricas deslizantes

Info

Publication number: BR102022012783A2
Application number: BR102022012783-2A
Authority: BR
Inventors: Jean-François MUGNIER
Original assignee: Poma
Priority date: 2021-06-30
Filing date: 2022-06-27
Publication date: 2023-01-10
Also published as: US20230001312A1; EP4112144A1; JP2023007465A; FR3124739A1; CN115531891A; KR20230004276A; EP4112144B1; FR3124739B1; EP4112144C0

Abstract

Trata-se de uma nacela (14) de instalação de roda gigante (10) que está ligada a uma estrutura do aro (12) da roda gigante (10) através de uma estrutura de guia (16) compreendendo pelo menos um rolamento (20) ligado à estrutura do aro (12) por duas juntas esféricas deslizantes (42) tendo eixos de deslizamento (200) paralelos e afastados entre si.

Description

INSTALAÇÃO DE RODA GIGANTE INCLUINDO UMA ESTRUTURA DE GUIA DE NACELAS QUE APRESENTA JUNTAS ESFÉRICAS DESLIZANTES

DOMÍNIO TÉCNICO DA INVENÇÃO

[0001] A presente invenção refere-se a uma instalação de roda gigante compreendendo uma estrutura de aro, giratória em torno de um eixo horizontal de revolução, e pelo menos uma nacela conectada à estrutura de aro por meio de uma estrutura de guia para girar em relação à estrutura de aro em torno de um eixo de rotação paralelo ao eixo de revolução da estrutura do aro e distante do eixo de revolução da estrutura do aro, na maioria das vezes com o objetivo de manter a base da nacela durante a revolução do aro.

ESTADO DA TÉCNICA ANTERIOR

[0002] No documento DE476892 é descrita uma tal instalação, que compreende nacelas, cada uma guiada em rotação em relação ao aro da roda gigante por meio de um rolamento de grande diâmetro que envolve a nacela

[0003] O documento WO2012/140330 descreve um dispositivo para montagem das nacelas utilizadas nestas instalações. Este dispositivo compreende uma coroa externa presa ao aro da roda gigante e uma coroa interna giratória presa à nacela. Estas duas coroas podem girar uma em relação à outra graças a um rolamento intermediário. A coroa externa tem três projeções coplanares e escalonadas angularmente que fornecem suporte da nacela até o aro.

[0004] Para instalações de maiores dimensões, destinadas a acomodar um grande número de passageiros, é possível prever a orientação das nacelas em rotação em relação ao aro usando dois rolamentos coaxiais de grandes diâmetros afastados entre si, conforme descrito, por exemplo, no documento FR3088014.

[0005] Quando os rolamentos (ou o rolamento) de uma nacela estão ligados ao aro da roda gigante por vários pontos de ancoragem, existe o risco de desalinhamento do eixo de rotação da nacela em relação ao eixo de revolução do aro da roda gigante, ou, no caso de nacelas guiadas por dois rolamentos, risco de desalinhamento dos eixos de rotação dos dois rolamentos. Tais desalinhamentos geram tensões e desgastes que prejudicam a longevidade da instalação. No entanto, corrigir esses desalinhamentos durante a montagem das nacelas no aro da roda gigante é tedioso e particularmente complicado, dadas as dimensões do aparelho.

[0006] As dificuldades aumentam ainda mais quando a montagem das nacelas é prevista durante a reforma de uma instalação, cujo aro da roda-gigante pré-existente não atende necessariamente às mesmas especificações das nacelas em termos de tolerâncias dimensionais, podendo ter funcionado durante os períodos anteriores de serviço.

[0007] O desalinhamento também pode ser encontrado após a montagem devido, por exemplo, a deformações do aro da roda gigante ao longo do tempo, sejam permanentes e devido ao envelhecimento, ou cíclicas, devido à expansão térmica em particular.

DIVULGAÇÃO DA INVENÇÃO

[0008] Neste contexto, o objetivo da invenção é propor uma solução técnica que permita limitar as tensões geradas ao nível da interface entre as nacelas e o aro da roda gigante.

[0009] Este objetivo é alcançado de acordo com a invenção por meio de uma instalação de roda gigante que compreende uma estrutura de aro giratória em torno de um eixo horizontal de revolução, e pelo menos uma nacela que está ligada à estrutura de aro por meio de uma estrutura de guia que compreende pelo menos um rolamento. Esta estrutura de guia permite que a nacela gire em relação à estrutura do aro em torno de um eixo de rotação paralelo ou substancialmente paralelo ao eixo de revolução da estrutura do aro e distante do eixo de revolução da estrutura do aro.

[0010] De acordo com a invenção, o rolamento está ligado à estrutura do aro por duas juntas esféricas deslizantes com eixos de deslizamento paralelos entre si e afastados entre si. Por junta esférica deslizante entende-se uma ligação que oferece três graus de liberdade de rotação e um grau de liberdade de translação. As juntas esféricas deslizantes oferecem ao rolamento uma liberdade de posicionamento e orientação no espaço em relação à estrutura do aro, de modo que a rotação da nacela em relação à estrutura do aro não induza tensões significativas na interface entre o rolamento e a estrutura do aro.

[0011] Na prática, o rolamento compreende pelo menos duas pistas de rolamento opostas guiadas uma em relação à outra em rotação em torno do eixo de rotação do rolamento, uma primeira das duas pistas de rolamento sendo fixada à nacela e uma segunda das duas pistas sendo fixada a um suporte ligado à estrutura do aro pelas juntas esféricas deslizantes. As pistas de rolamento podem ser formadas por anéis de rolamento de uma peça ou de várias peças. De acordo com uma modalidade, a primeira das duas pistas de rolamento é uma pista de rolamento externa, enquanto a segunda das duas pistas de rolamento é uma pista de rolamento interna. O inverso também é possível.

[0012] Na prática, existe uma posição de referência da estrutura de guia, na qual o eixo de rotação do rolamento é paralelo aos eixos de deslizamento das juntas esféricas deslizantes. De preferência, o eixo de rotação do rolamento é equidistante dos eixos de deslizamento na posição de referência.

[0013] As duas juntas esféricas proporcionam uma liberdade de movimento ao rolamento em relação à estrutura do aro. Preferencialmente:

[0014] - o rolamento na primeira posição de contato é livre para girar em torno de um eixo de inclinação coplanar com os eixos de deslizamento e perpendicular aos eixos de deslizamento e/ou

[0015] - o rolamento na primeira posição de contato é livre para girar em torno de uma secante do eixo de articulação com o eixo de rotação da nacela. Este movimento é acompanhado na prática por uma translação das juntas esféricas deslizantes em direções axiais opostas.

[0016] De acordo com uma modalidade, a estrutura de guia compreende um dispositivo de batente que compreende pelo menos um primeiro batente fixado ao rolamento voltado para um primeiro contraponto fixado à estrutura do aro, o primeiro batente e o primeiro contraponto estando, em uma primeira posição de contato, em contato um com o outro ao longo de uma primeira zona de contato para limitar um movimento de translação do rolamento em relação à estrutura de aro paralela aos eixos de deslizamento em uma primeira direção de translação.

[0017] O primeiro batente permite a transmissão das forças da nacela para a estrutura do aro, em particular as forças devidas ao vento.

[0018] A primeira zona de contato está preferencialmente localizada a menos de 10 cm de um plano contendo os eixos de deslizamento e/ou a menos de 10 cm de um plano mediano entre os dois eixos de deslizamento.

[0019] De acordo com uma modalidade, o dispositivo de batente compreende pelo menos um segundo batente fixado ao rolamento voltado para um segundo contraponto fixado à estrutura do aro, o segundo batente e o segundo contraponto estando, em uma segunda posição de contato, em contato ao longo de uma segunda zona de contato para limitar um movimento de translação do rolamento em relação à estrutura de aro paralela aos eixos de deslizamento em uma segunda direção de translação oposta à primeira direção de translação.

[0020] De acordo com uma modalidade, o dispositivo de batente permite uma translação do rolamento em relação à estrutura do aro paralela ao eixo de rotação da nacela com um deslocamento axial entre a primeira posição de contato e a segunda posição de contato. De acordo com uma modalidade alternativa, a primeira posição e contato coincide com a segunda posição de contato e o dispositivo de batente impede qualquer translação do rolamento em relação à estrutura do aro paralela ao eixo de rotação da nacela

[0021] De acordo com uma modalidade da invenção, cada junta esférica deslizante compreende uma rótula lisa. De acordo com outra modalidade, cada junta esférica deslizante compreende uma rótula de rolamento, por exemplo, um rolamento esférico.

[0022] De acordo com uma modalidade, a estrutura do aro compreende dois flanges paralelos que delimitam um alojamento intermediário no qual está alojada uma porção de um suporte fixado ao rolamento e às duas juntas esféricas deslizantes. De preferência, os dois flanges pertencem a uma placa comum fixada a um aro da estrutura do aro. Os contrapontos (ou o contraponto) que limitam os movimentos de translação do rolamento são preferencialmente fixados a esta placa comum.

[0023] De acordo com uma modalidade, a estrutura de guia compreende pelo menos um rolamento adicional que define um eixo de rotação adicional, o rolamento adicional fixado à nacela e ligado à estrutura do aro, preferencialmente por duas juntas esféricas deslizantes adicionais com eixos de deslizamento paralelos e distantes entre si, estando o rolamento adicional a uma distância do rolamento, medida paralelamente ao eixo de rotação da nacela, superior a 1 metro.

[0024] Na prática, o rolamento adicional compreende pelo menos duas pistas de rolamento adicionais opostas guiadas uma em relação à outra em rotação em torno do eixo de rotação do rolamento adicional, uma primeira das duas pistas de rolamento adicionais sendo fixada à nacela e uma segunda das duas pistas de rolamento adicionais sendo fixada a um suporte ligado à estrutura do aro pelas juntas esféricas deslizantes adicionais.

[0025] De preferência, os eixos de deslizamento das duas juntas esféricas deslizantes adicionais são paralelos ao eixo de rotação do rolamento adicional. De preferência, os eixos de deslizamento das duas juntas esféricas deslizantes adicionais coincidem, cada um, com um dos eixos de deslizamento das duas juntas esféricas deslizantes, dentro das tolerâncias de fabricação.

[0026] As duas juntas esféricas adicionais proporcionam, juntas, ao rolamento uma liberdade de movimento adicional em relação à estrutura do aro. Especificamente:

[0027] - o rolamento adicional na posição de contato adicional é livre para girar em torno de um eixo de inclinação adicional coplanar com os eixos de deslizamento adicionais e perpendicular aos eixos de deslizamento adicionais e/ou

[0028] - o rolamento adicional na posição de contato adicional é livre para girar em torno de uma secante do eixo de articulação adicional com o eixo de rotação do rolamento adicional.

[0029] De acordo com uma modalidade, a estrutura de guia compreende um dispositivo de batente adicional que compreende pelo menos um primeiro batente adicional fixado ao rolamento adicional oposto a um primeiro contraponto adicional fixado à estrutura do aro, sendo o primeiro batente adicional e o primeiro contraponto adicional, em uma primeira posição de contato adicional, em contato ao longo de uma primeira zona de contato adicional para limitar o movimento de translação do rolamento adicional em relação à estrutura de aro paralela aos eixos de deslizamento em uma primeira direção de translação.

[0030] Estando o batente adicional e o contraponto adicional, numa posição de contato adicional, em contato ao longo de uma zona de contato tal que: a zona de contato esteja localizada a menos de 10 cm de um plano que contém os eixos de deslizamento e/ou a zona de contato seja localizado a menos de 10 cm de um plano mediano entre os dois eixos de deslizamento.

[0031] De acordo com uma modalidade, a nacela compreende uma parte central em forma de barril e duas partes laterais em forma de ogiva, sendo as primeiras pistas de rolamento montadas na ligação entre a parte central e as partes laterais.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[0032] Outras características e vantagens da invenção tornar-se-ão evidentes ao ler a descrição que se segue, com referência à Figura anexa detalhada abaixo.

[0033] [FIG. 1] A Figura 1 é uma vista em perspectiva de uma parte de uma instalação de roda gigante de acordo com uma modalidade da invenção, permitindo em particular visualizar um aro de roda gigante, uma nacela e uma estrutura de guia da nacela.

[0034] [FIG. 2] A Figura 2 é uma vista frontal de um detalhe da estrutura de guia.

[0035] [FIG. 3] A Figura 3 é uma vista em perspectiva e em corte de um detalhe da estrutura de guia.

[0036] [FIG. 4] A Figura 4 é uma vista em corte de uma junta esférica deslizante da estrutura de guia, ao longo de um plano de seção C ilustrado na Figura 3.

[0037] [FIG. 5] A Figura 5 é uma vista em corte de um dispositivo de batente da estrutura de guia, ao longo de um plano de seção S ilustrado na Figura 3.

[0038] [FIG. 6] A Figura 6 é uma vista em corte de um dispositivo de batente adicional da estrutura de guia.

[0039] Para maior clareza, elementos idênticos ou semelhantes são identificados por sinais de referência idênticos no texto e na Figura. A modalidade da invenção, ilustrada pelas Figuras anexas e descritas abaixo, é dada apenas a título de exemplo não limitativo.

DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES

[0040] Na Figura 1 está ilustrada uma parte de uma instalação de roda gigante (10) compreendendo uma estrutura de aro (12) giratória em torno de um eixo horizontal de revolução e uma nacela (14) ligada à estrutura de aro (12) através de uma estrutura de guia (16) para girar em relação à estrutura de aro (12) em torno de um eixo de rotação paralelo ao eixo de revolução da estrutura de aro (12) e distante do eixo de revolução da estrutura de aro (12).

[0041] A título de ilustração, a nacela (14) pode ter uma estrutura oblonga formada, por exemplo, por uma parte central (14.1) formando um barril, enquadrada por duas peças de extremidade (14.2) em forma de ogiva. A nacela (14) ilustrada é de grandes dimensões e pode acomodar um grande número de passageiros, dez ou mais, sentados ou em pé.

[0042] A estrutura de guia (16) da nacela (14) compreende pelo menos um rolamento (20) e, preferencialmente, dois rolamentos (20) que estão localizados em planos distantes um do outro, idealmente paralelos, de modo que os eixos de rotação (100) dos rolamentos sejam combinados idealmente e juntos definam o eixo de rotação da nacela. Na modalidade exemplificativa, cada um dos rolamentos (20) está localizado no plano de junção entre a parte central em barril (14.1) e uma das extremidades em ogiva (14.2) da estrutura da nacela (14), e tem um diâmetro superior a 1,5 metro, e de preferência superior a 2 metros.

[0043] Cada rolamento (20) compreende dois anéis de rolamento (22, 24) formando pistas de rolamento opostas (26, 28) sobre as quais os corpos de rolamento (30) rolam para guiar um movimento de rotação relativo entre as duas pistas de rolamento (26, 28) em torno do eixo de rotação (100) do rolamento (20). Mais especificamente, um primeiro anel (22) que forma uma primeira pista de rolamento (26) é fixado à nacela (10), enquanto o segundo anel (24) que forma a segunda pista (28) é fixado a um suporte (32) ligado a uma placa (34) fixada à estrutura de aro (12). Alternativamente, o suporte (32) e o anel (24) podem formar uma única peça.

[0044] A placa (34) é preferencialmente em peça única para ter dimensões perfeitamente controladas, e compreende, por exemplo, dois flanges (36) paralelos que delimitam entre si um alojamento intermédio (38) no qual está alojado uma porção do suporte (32). A placa (34) tem uma interface de fixação (40) ao corpo da estrutura de aro (12).

[0045] A ligação cinemática entre a placa (34) e o suporte (32) é conseguida por duas juntas esféricas deslizantes (42) com eixos de deslizamento (200) paralelos e distantes um do outro. No contexto da invenção, uma junta esférica deslizante é uma ligação mecânica que garante três graus de liberdade de rotação em torno de um centro de rotação, bem como um grau de liberdade de translação do centro de rotação ao longo de um eixo de deslizamento. Para certas aplicações, os movimentos de acordo com os graus de liberdade de rotação podem, se necessário, ser de amplitude muito baixa, por exemplo, inferior a 5°. Já o grau de liberdade de translação pode ser da ordem de 20 mm. Estes valores são, no entanto, dados a título indicativo, pois podem variar consideravelmente de acordo com os defeitos geométricos observados para a estrutura da cápsula, ou as dimensões da cápsula e dos rolamentos. Deslocamentos maiores não estão excluídos. Os eixos de deslizamento (200) das duas juntas esféricas deslizantes (42) são preferencialmente paralelos ao eixo de rotação (100) do rolamento (20) que suportam, pelo menos numa posição de referência mediana da estrutura de guia (16). Estas juntas esféricas deslizantes (42) estão alojadas entre as dois flanges (36) paralelos da placa (34).

[0046] Cada junta esférica deslizante (42) compreende, por exemplo, um anel (44) alojado em uma forquilha (46) fixada ao suporte (32) e destinada a receber uma rótula lisa (48) pelo menos parcialmente esférica deslizando em um eixo materializado, por exemplo, por uma cavilha (50) fixada aos dois flanges paralelos (36), por exemplo, através de duas abas (52). O anel (36), fixado à forquilha (46), apresenta uma pista de deslizamento côncava com envelope esférico e um perfil complementar ao perfil externo da rótula lisa (48), de modo a poder girar em torno do centro da rótula (48), sendo que a própria pode mover-se ao longo do eixo (200) da cavilha (50)

[0047] Os eixos de deslizamento (200) definidos pelas cavilhas (40) são paralelos. Cada junta esférica deslizante (42) dá à fixação entre o suporte (32) e a placa (34) três graus de liberdade de rotação e um grau de liberdade de translação paralela ao eixo (200) da cavilha (50), o que possibilita compensar eventuais defasamentos entre os suportes (32) ou entre os eixos de rotação (100 dos dois rolamentos (20).

[0048] A estrutura de guia (16) compreende, pelo menos para um dos suportes (32), e aqui para os dois suportes (32), um dispositivo de batente (54), de preferência alojado entre os dois flanges (36) da placa (34). Cada dispositivo de batente (54) (um deles sendo ilustrado na Figura 5 e o outro na Figura 6) compreende dois batentes (56) fixados a um dos flanges (36) da placa (34), cada um voltado para um contraponto (58) fixado ao suporte (32), e por este intermediário fixado à estrutura do aro (12). Um primeiro dos batentes (56) entra em contato com o contraponto (58) que está voltado para ele em uma primeira posição de contato, para limitar um movimento de translação do suporte (32) em relação à estrutura de aro (23) paralela aos eixos de deslizamento (200) em uma primeira direção de translação. Da mesma forma, o segundo dos batentes (56) entra em contato com o contraponto (58) que está voltado para ele em uma segunda posição de contato, para limitar um movimento de translação do suporte (32) em relação à estrutura do aro (12) paralelo aos eixos de deslizamento (200) em uma segunda direção de translação oposta à primeira.

[0049] Em cada uma das posições de contato, a zona de contato (Z) (indicada na Figura 2) entre o batente (56) em questão e o contraponto (58) correspondente está posicionada aproximadamente a meio caminho entre as juntas esféricas deslizantes (42). Para fixar as ideias, o centro de cada zona de contato (Z) está preferencialmente a menos de 10 cm de um plano (P) contendo os eixos de deslizamento e preferencialmente a menos de 10 cm de um plano mediano de simetria (S) entre os dois eixos de deslizamento (200).

[0050] Nesta modalidade em que cada suporte (32) está associado a um dispositivo de batente (54), pode ser previsto que, para pelo menos um dos dois suportes (32), os batentes (56) e contrapontos (58) estejam dispostos de modo que a primeira posição de contato não seja confundida com a segunda posição de contato, como ilustrado na Figura 5, em outras palavras, de modo que o suporte (32) seja móvel em translação em relação à placa (34) paralela aos eixos de deslizamento (200) ao longo de alguns milímetros entre a primeira posição de contato e a segunda posição de contato. O suporte (32) correspondente é então livre para se mover em translação em relação à estrutura de aro (12) paralela aos eixos de deslizamento (200), para girar em torno de um eixo giratório imaginário (300) perpendicular ao plano (P) contendo os eixos de deslizamento e secante com o eixo de rotação do rolamento (100, e girar em torno de um eixo de inclinação imaginário (400) que passa pelos centros de rotação das juntas esféricas deslizantes (42).

[0051] Para o outro suporte (32), a primeira posição de contato e a segunda posição de contato coincidem preferencialmente, conforme ilustrado na Figura 6, de modo que é proibida qualquer translação do suporte (32) em relação à estrutura de aro (12).

[0052] As juntas esféricas deslizantes (42) permitem compensar desalinhamentos, nomeadamente entre os dois rolamentos (20), para reduzir o hiperestatismo da instalação e minimizar os esforços mecânicos. Os dispositivos de batente (54) permitem, entretanto, limitar os deslocamentos axiais da nacela (14) ao necessário para compensar desalinhamentos e absorver as forças axiais, devido, por exemplo, ao vento.

[0053] Cada dispositivo de batente (54) pode ser ajustado conforme necessário, aumentando ou reduzindo ou mesmo cancelando o deslocamento axial correspondente.

[0054] De acordo com uma variante não representada, apenas um dos dois suportes (32) está ligado à estrutura do aro por juntas esféricas deslizantes (42), não tendo o outro suporte (32) qualquer grau de liberdade

[0055] De acordo com outra variante, a estrutura de guia (16) está equipada com uma placa única para assegurar a ligação dos dois suportes (32) à estrutura de aro (12)

Claims

Instalação de roda gigante (10) compreendendo uma estrutura de aro (12) giratória em torno de um eixo horizontal de revolução e pelo menos uma nacela (14) ligada à estrutura de aro (12) por meio de uma estrutura de guia (16) compreendendo pelo menos um rolamento (20) definindo um eixo de rotação (100), o rolamento compreendendo pelo menos duas pistas de rolamento opostas (26, 28) guiadas uma em relação à outra em rotação em torno do eixo de rotação (100) do rolamento (20), uma primeira (26) das duas pistas de rolamento sendo fixada à nacela (14) e uma segunda (28) das duas pistas sendo fixada a um suporte (32), caracterizada pelo fato de que o suporte (20) está ligado à estrutura do aro (12) por duas ligações com articulação deslizante (42) com eixos de deslizamento (200) paralelos entre si e afastados entre si.
Instalação de roda gigante (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que, numa posição de referência mediana, o eixo de rotação (100) do rolamento (20) está paralelo aos eixos de deslizamento (200) das juntas esféricas deslizantes (42).
Instalação de roda gigante (10), de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que, na posição mediana de referência, o eixo de rotação (100) do rolamento (20) está equidistante dos eixos de deslizamento (200).
Instalação de roda gigante (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que a estrutura de guia (16) compreende um dispositivo de batente (54) que compreende pelo menos um primeiro batente (56) fixado à estrutura do aro (12) oposto a um primeiro contraponto (58) fixado ao rolamento (20), o primeiro batente (56) e o primeiro contraponto (58) estando, em uma primeira posição de contato, em contato ao longo de uma primeira zona de contato (Z) para limitar um movimento de translação do rolamento (20) em relação à estrutura de aro (12) paralela aos eixos de deslizamento (200) em uma primeira direção de translação.
Instalação de roda gigante (10), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a primeira zona de contato (Z) apresenta um centro situado a menos de 10 cm de um plano (P) contendo os eixos de deslizamento (200) e/ou a menos de 10 cm de um plano mediano (S) entre os dois eixos de deslizamento (200).
Instalação de roda gigante (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 5, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de batente compreende pelo menos um segundo batente (56) fixado à estrutura do aro (12) voltado para um segundo contraponto (58) fixada o rolamento (20), o segundo batente (56) e o segundo contraponto (58) estando, em uma segunda posição de contato, em contato para limitar um movimento de translação do rolamento (20) em relação à estrutura do aro (12) paralelo ao eixos de deslizamento (200) em uma segunda direção de translação oposta à primeira direção de translação.
Instalação de roda gigante (10), de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de batente (54) permite uma translação do rolamento (20) em relação à estrutura do aro (12), paralela ao eixo de rotação (100) do rolamento, com um deslocamento axial entre a primeira posição de contato e a segunda posição de contato.
Instalação de roda gigante (10), de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que a primeira posição e contato coincide com a segunda posição de contato, o dispositivo de batente (54) impedindo qualquer translação axial do rolamento (20) em relação à estrutura do aro (12) paralela ao eixo de rotação (100) do rolamento
Instalação de roda gigante (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que a estrutura de guia (16) compreende pelo menos um rolamento adicional (20) definindo um eixo de rotação (100), o rolamento adicional (20) estando a uma distância do rolamento (20), medido paralelamente ao eixo de rotação do rolamento (100), maior que 1 metro, o rolamento adicional (20) compreendendo pelo menos duas pistas de rolamento adicionais opostas guiadas uma em relação à outra em rotação em torno do eixo de rotação do rolamento adicional, uma primeira das duas pistas de rolamento adicionais estando fixada à nacela (14) e uma segunda das duas esteiras rolantes adicionais estando fixada a um suporte (32) ligado à estrutura do aro pelas juntas esféricas deslizantes adicionais.
Instalação de roda gigante (10), de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que o rolamento adicional (20) está ligado estrutura do aro (12) por duas juntas esféricas deslizantes adicionais (42) com eixos de deslizamento (200) paralelos e afastados entre si.
Instalação de roda gigante (10), de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que os eixos de deslizamento (200) das duas juntas esféricas deslizantes adicionais (42) são paralelos ao eixo de rotação (100) do rolamento adicional (20).
Instalação de roda gigante (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 11, caracterizada pelo fato de que a estrutura de guia (16) inclui um dispositivo de batente adicional (54) que inclui pelo menos um primeiro batente adicional (56) fixado à estrutura do aro (12) de frente para um primeiro contraponto adicional (58) fixado ao rolamento adicional (20), o primeiro batente adicional (56) e o primeiro contraponto adicional (58) estando, em uma primeira posição de contato adicional, em contato para limitar um movimento de translação do rolamento adicional (20) em relação à estrutura de aro (12) paralela aos eixos de deslizamento (200) em uma primeira direção de translação.
Instalação de roda gigante (10), de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de batente adicional (54) permite uma translação axial, paralela ao eixo de rotação (100) do rolamento adicional (20), do rolamento adicional (20) em relação à estrutura do aro (12).
Instalação de roda gigante (10), de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de batente adicional (54) impede qualquer translação axial paralela ao eixo de rotação (100) do rolamento adicional (20), do rolamento adicional (20) em relação à estrutura do aro (12).
Instalação de roda gigante (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que o rolamento (20) tem um diâmetro primitivo superior a 1,5 metro e, de preferência, superior a 2 metros.