BR102021010536A2 - Método para a produção de aroma encapsulado aplicado para tabaco (maassel) de narguilé - Google Patents

Método para a produção de aroma encapsulado aplicado para tabaco (maassel) de narguilé Download PDF

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    • A24FSMOKERS' REQUISITES; MATCH BOXES; SIMULATED SMOKING DEVICES
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Abstract

A presente invenção descreve a metodologia para a encapsulação e/ou microencapsulação de aromas destinados à tabaco para narguilés. Estão compreendidas as etapas (a) de preparação da mistura de compostos referente aos aromas correspondentes ao desejado; (b) de proteção destes aromas na forma de revestimento ou esferas; e (c) de incorporação destes aromas encapsulados ao material que compõe o tabaco aromatizado para narguilé. O tabaco para narguilé mais suave, adoçado e com sabor é denominado de muʽassel ou ainda maassel, deste ponto em diante será referido como maassel.

Description

MÉTODO PARA A PRODUÇÃO DE AROMA ENCAPSULADO APLICADO PARA TABACO (MAASSEL) DE NARGUILÉ Campo da invenção
[001] A presente invenção refere-se a um método de preparação de cápsulas e/ou microcápsulas contendo aromas para aplicação em maassel para narguilé. Em particular, um material polimérico contendo aroma monocamada ou multicamada para a aplicação em maassel para narguilé.
Fundamentos da invenção
[002] Ao longo dos anos a utilização de narguilé como uma alternativa para o consumo de tabaco para recreação vem crescendo, porém, ainda é um mercado pouco explorado nas suas infinitas possibilidades, o que abre a porta para novas tecnologias serem implementadas proporcionando assim uma melhor experiência para os seus usuários.
[003] O narguilé é um sistema utilizado para fumar tabaco aromatizado ou não, de origem oriental, a qual se utiliza de uma ferramenta específica que conta com uma filtragem por água (ou outro líquido), também chamado de cachimbo de água, shisha, hookah, tabaco picado para cachimbo de água ou ainda outro nome. Basicamente, o narguilé tem uma base em formato de jarro a qual, é preenchida de água ou outros líquidos, a esta, é acoplado um corpo metálico, que é uma peça cilíndrica contendo um cano que emerge na água dentro do vaso e conduz a fumaça. No topo deste corpo cilíndrico encontra-se uma peça chamada de rosh, onde contém tabaco aromatizado, denominado de maassel. O rosh pode ser envolto de um papel alumínio ou outros acessórios que servem de sustentação para o carvão, que fará o aquecimento do maassel contido no rosh (COBB et. al., 2010).
[004] A diferença entre o narguilé e outros artigos de tabaco é que ele usa o calor residual após a queima do carvão para a combustão do tabaco e para aumentar a fumaça. A fumaça liberada pela combustão do tabaco é filtrada pela água, depois o fumo do narguilé é sugado por um tubo de sucção.
[005] A matéria-prima do narguilé tradicional é geralmente fabricada a partir da mistura de tabaco, bases e eventualmente a presença de vários aromas, esse método tem sido usado a várias décadas até o momento (SINGH et. al., 2017). De forma em geral o método utilizado tem sido satisfatório, porém, necessita de algumas melhorias para uma melhor entrega de aroma.
[006] Por ser uma técnica de fumo de tabaco que está sendo difundida nos últimos anos, poucas literaturas citam formas de melhoria dos maasseis do tabaco aplicadas para narguilé, com isto se traz um espaço grande para ser explorado neste ramo.
[007] Atualmente os maasseis de narguilé são produzidos da seguinte forma: Inicialmente o tabaco, lavado ou não, é homogeneizado com os aromas correspondentes com o sabor desejado, em seguida são incorporados a essência, glicerina, propilenoglicol, açúcar invertido e mel, não sendo necessário todos os componentes citados. Cada componente tem uma função específica para a composição do maassel.
[008] Desta maneira, os componentes líquidos formam o que se chama de melaço do tabaco, e que juntamente com o tabaco, compõem o maassel aplicado para narguilé.
[009] Esta técnica é utilizada de maneira em geral pelos fabricantes destes produtos, porém, um dos desafios que se apresentam no uso do maassel é o tempo de sessão, a qual o odor e o sabor se mantêm de forma satisfatória para o agrado dos consumidores de narguilé. Em média uma sessão de fumo de narguilé se mantém com aroma satisfatório por 30 a 45 minutos.
[0010] Isto deve-se ao fato de que os compostos que compõem os aromas possuem pontos de ebulição menores, porém, o sistema de aquecimento do narguilé atinge de 300 a 400 °C com o carvão, o que acarreta numa grande perda de aroma pela evaporação.
[0011] Já o tabaco in natura aplicado em cigarros, cachimbos e narguilés torna a experiência de fumar mais forte e pouco palatável, por causa de seu odor e sabor atraindo uma parcela menor de consumidores. Para resolver este problema e os produtos do tabaco serem mais difundidos, os aromas começaram a ser incorporados nestes produtos (MAZIAK, et. al., 2004). Estes aromas podem ser aplicados diretamente no tabaco ou de forma indireta a partir de veículos que façam a entrega do aroma.
[0012] Para uma melhora na entrega do aroma, as empresas fabricantes de cigarros aplicaram em seus produtos cápsulas de aromas que fazem a entrega indireta deste, a partir da ação mecânica rompendo as cápsulas e liberando o aroma para o produto.
[0013] A técnica de proteção e liberação controlada de aromas para a área alimentícia, cosmética ou têxtil já é descrita a muito tempo, e vários artigos sobre este tema são conhecidos.
[0014] Como descreve SAIFULLAH e colaboradores, a encapsulação de sabor e aroma em uma forma apropriada é uma preocupação importante pois esta é a maneira mais bem-sucedida não só de preservar ou mascarar compostos de sabor e aroma, mas também de aumentar sua estabilidade térmica e oxidativa, superar as limitações de alta volatilidade, controlar a liberação rápida e melhorar a biodisponibilidade, bem como aumentar sua aplicação em sistemas alimentares (SAIFULLAH et. al., 2019).
[0015] Para esta entrega controlada de aroma e suas vantagens existem algumas técnicas de encapsulação, cada uma com sua particularidade. A encapsulação em si é uma técnica comum para a criação de uma membrana externa ou revestimento de um material sobre outro material, que é aplicada para a proteção e/ou preservação de compostos bioativos, voláteis e facilmente degradáveis da deterioração bioquímica e térmica. Esta forma de proteção a partir de revestimentos externos existe em torno de 60 anos e desde então vem se aprimorando e sendo aplicada nas mais diversas áreas.
[0016] As formas mais comuns de encapsulação são mononucleares ou simples, multicamadas, polinuclear, matriz ou ainda irregular. Os métodos de encapsulação incluem secagem por pulverização, resfriamento por pulverização, secagem por congelamento, revestimento em leito fluidizado, extrusão, co-cristalização, emulsificação, inclusão molecular, separação por suspensão rotacional, coacervação e gelificação iônica (SOUZA SIMÕES et. al., 2017). Os formatos de encapsulação também podem variar, sendo esféricas, bastonetes, bastões, irregulares, filmes entre outros. A seleção do material de revestimento depende da natureza do material do núcleo, do processo de encapsulação e do uso final do produto. A morfologia da microcápsula resultante depende do arranjo do material do núcleo e do processo de deposição do material de revestimento.
[0017] A técnica de encapsulação de aromas atualmente é empregada em cigarros a qual o aroma é liberado para entrar em contato com o tabaco e então alterar o odor e o sabor inicial. Este método de entrega pode ser feito de algumas formas.
[0018] A patente n° US7878962B2 relata sobre a tecnologia de cápsulas contendo aromas que são rompidas por força mecânica para cigarros. Esta descreve a utilização de uma ou mais cápsulas que são incorporadas no filtro dos cigarros. Neste caso as cápsulas podem ser formadas de gelatina ou de outro material polimérico como celulose modificada, de parede única ou múltipla com a finalidade de se ter uma entrega de aroma para o tabaco, tendo-se uma experiência mais agradável.
[0019] Outras patentes também relatam tecnologia parecida aplicada para cigarros como na patente n° AU2014369110A1, a qual descreve a utilização de ceras para fazer a encapsulação de aromas para a entrega em cigarros. Neste caso a encapsulação é feita em duas camadas de ceras com temperaturas de fusão diferentes. Este tipo de tecnologia conta com a abertura da cápsula a partir da temperatura de combustão do cigarro ao estar aceso, contudo, o objetivo final é o mesmo, de se ter uma entrega de aroma para melhorar a palatabilidade do tabaco para cigarros.
[0020] Mais um método de encapsulação de aromas para cigarros é apresentado na patente n° BR112014004979B1, a qual os aromas são encapsulados em matrizes poliméricas que quando aquecidas pela queima do cigarro liberam o aroma encapsulado. Neste caso as cápsulas estão dispersas pelo tabaco e não em apenas um ponto como descrito nas patentes anteriormente citadas.
[0021] Todos os métodos apresentados possuem a vantagem de já trabalharem com a tecnologia de encapsulação de aromas, porém, um dos fatores que deve ser ressaltado é que a queima de um cigarro chega a temperaturas como 100 a 150 °C o que favorece na aplicação de materiais poliméricos de menor resistência térmica e também menor perda de aroma.
[0022] Como já citado anteriormente, um dos maiores desafios em relação a aromatização de produtos de tabaco voltados para narguilé, é que a fonte de calor entregue pela utilização de carvão ou similares no aquecimento, faz com que o tabaco tenha um aquecimento inicial de 300 a 400 °C, com isto existem dois problemas para serem levantados, o primeiro é que devido às baixas temperaturas de ebulição favorecendo a volatilização e perda dos aromas, é necessário corrigir esta perda adicionando uma maior quantidade de aroma, o que acarreta em um desperdício de insumo, então, para resolver este problema poderia ser citada a encapsulação dos aromas, porém, com isto se traz o segundo problema a ser levantado que é o material polimérico para a encapsulação deve se ter uma resistência térmica maior para que libere o aroma próximo a temperatura de aquecimento do narguilé. Assim o aroma se manteria protegido não havendo perdas desnecessárias e em seguida este seria liberado aromatizando de forma gradual o material de tabaco, proporcionando um tempo de sessão maior para o usuário.
[0023] Um aspecto a ser destacado aqui é que com a tecnologia abordada pela presente invenção da encapsulação do aroma a ser aplicado no tabaco, há uma redução da perda de aroma em até 80%, sendo necessário o emprego de apenas ⅕ do aroma encapsulado para se ter a mesma experiência sensorial de odor e sabor proporcionado pelo aroma livre.
[0024] Outra vantagem da encapsulação de aromas aplicados em maassel de narguilé é que sem estarem revestidos por materiais resistentes, os compostos que compõem o aroma podem sofrer degradação a longo prazo, no estoque dos produtos ou até mesmo a degradação pela temperatura ao serem expostos ao aquecimento do carvão. Com a encapsulação ou microencapsulação este problema pode ser resolvido porque o material polimérico de revestimento tem a propriedade de proteger os compostos que formam o aroma.
[0025] Porém até o momento nenhuma patente descreve um método que solucione esses problemas o que torna interessante a exploração de técnicas que possam apresentar a resolução dos pontos levantados.
[0026] Para tanto, a presente invenção descreve a metodologia para a produção de maassel de narguilé com aromas encapsulados para uma liberação controlada e melhor aproveitamento de odor e sabor do produto de tabaco destinado para este fim. Comparado com os outros métodos descritos anteriormente aplicados para outras matrizes, a invenção traz como características de entrega de aroma:
  • 1) A liberação controlada de aroma no tabaco para narguilé proporcionando um aumento do tempo de uso do maassel;
  • 2) Economia da quantidade de aroma aplicado em maasseis de tabaco para narguilé;
  • 3) Melhor aproveitamento dos aromas aplicados por se superar as limitações pela alta volatilidade dos compostos presentes nos aromas;
  • 4) Aumento na estabilidade térmica e oxidativa dos compostos que compõem os aromas;
  • 5) Melhora na biodisponibilidade dos compostos encapsulados;
  • 6) A utilização de polímeros ou blendas poliméricas com maior resistência térmica, sendo mais indicados para a aplicação em questão.
[0027] A utilização de um revestimento com maior resistência térmica favorece a proteção do aroma e evita a perda por volatilidade. É importante ressaltar aqui que esta característica proporcionará um ganho econômico significativo haja visto que, atualmente os compostos que conferem aroma à maassel de tabaco para narguilé são um dos maiores custos dentro da produção.
[0028] Um aspecto a ser evidenciado também, é que com a liberação controlada do aroma conforme o tabaco vai sendo aquecido pelo carvão, haverá um aumento no tempo de presença de odor e sabor no produto propriamente dito, o que traz um ganho significativo na experiência do consumidor final.
Breve descrição dos desenhos
[0029] A Figura 1 apresenta uma micrografia de uma microcápsula formada contendo o aroma em seu interior para posterior incorporação desta no tabaco destinado para a utilização do narguilé.
[0030] A Figura 2 apresenta uma micrografia de uma microcápsula formada contendo o aroma em seu interior e a ponta de uma agulha ao lado como referência de tamanho, para representar visualmente o tamanho da cápsula formada.
Descrição da invenção
[0031] O objetivo desta invenção é fornecer método para produção de maassel de tabaco para narguilé contendo aroma encapsulado para liberação controlada através de processo térmico utilizando polímeros ou blendas poliméricas com maior resistência térmica. A cápsula formada, sendo esta, em escala mili, micro ou nano, está representada nas Figuras 1 e 2 para melhor visualização da forma e tamanho que ela possui. A utilização de matrizes poliméricas para a encapsulação de aromas com maior resistência térmica é importante para se evitar a perda de aroma pela volatilidade, pois, o aquecimento do sistema de narguilé chega a temperaturas de 300 a 400 °C.
[0032] Um dos fatores mais importantes que afetam a retenção do sabor durante a encapsulação é a seleção do método e das condições ideais de processamento. A tecnologia de encapsulação dos aromas é baseada principalmente no método de gelificação iônica. Vários métodos como secagem por pulverização, resfriamento por pulverização, secagem por congelamento, revestimento em leito fluidizado, extrusão, cocristalização, emulsificação, inclusão molecular, separação por suspensão rotacional, coacervação e gelificação iônica, são utilizados para a encapsulação de aromas em geral. Porém, o método de gelificação iônica é preferido para a preparação destes materiais porque esta técnica produz cápsulas mais homogêneas, com um certo grau de porosidade, o que favorece na entrega prolongada do aroma (KUROZAWA e HUBINGER, 2017). Outros métodos para encapsulação podem ser aplicados, dependendo da matriz polimérica a ser utilizada, porém, nesta invenção o método de gelificação iônica é preferido porque, segundo KUROZAWA e HUBINGER, a gelificação iônica é um procedimento simples e fácil, não requer equipamentos especializados, alta temperatura ou solvente orgânico, pode ser considerado de baixo custo e as estruturas formadas são imiscíveis em água, o que permite a obtenção de uma liberação controlada de compostos bioativos (KUROZAWA e HUBINGER, 2017). Estas vantagens acarretam em uma melhor entrega do aroma ao tabaco tendo-se uma menor perda por volatilização.
[0033] Para a produção do maassel com aroma encapsulado são realizadas as etapas que consistem em fazer uma solução contendo o material encapsulante, preferencialmente polissacarídeos de base biológica como alginato de sódio, gelatina, pectina, entre outros, aplicados individualmente ou em mistura. Em seguida o aroma a ser encapsulado é adicionado a solução de polímero para ser homogeneizado com o sistema e após isto, é gotejado em uma solução contendo íons com carga positiva, sendo estes com carga 1+, 2+ ou 3+, com agitação magnética. Neste momento são formadas as cápsulas de aromas, podendo estas serem na escala mili, micro ou nanocápsulas. Posteriormente é preparado o maassel, para isto, uma certa quantidade de tabaco é imerso em água na quantidade de 5 a 15 vezes a massa do tabaco, por um período de 5 a 30 minutos, neste momento são extraídas a nicotina e outros componentes. Em seguida o tabaco é prensado para a retirada da maior parte da água, e são adicionados glicerina, mel ou açúcar invertido, e eventualmente propilenoglicol. Os componentes são misturados para formar uma massa de tabaco a qual será adicionado o aroma em cápsulas formando-se então, o tabaco aromatizado para narguilé, conhecido como maassel.
[0034] Como já relatado anteriormente, não há registros de patentes que descrevem o processo de produção do maassel aplicado para narguilé, porém, comparando-se com os métodos de preparação de tabaco aromatizado para cigarros e com a encapsulação de aromas para estes produtos, as características da presente invenção e que devem ser destacadas são:
  • 1) Um processo com melhor aproveitamento do aroma pela diminuição da perda por volatilização;
  • 2) A possibilidade de utilizar diferentes tipos de polímeros e blendas poliméricas para se ter uma maior resistência térmica;
  • 3) A utilização de uma técnica de encapsulação que forma paredes mais homogêneas e uniformes para uma melhor liberação do aroma;
  • 4) Uma tecnologia nova que reduz em até 80% a perda de aroma por vaporização;
  • 5) O desenvolvimento de uma tecnologia até então não aplicada para produtos de tabaco voltados para narguilé.
[0035] Um aspecto a ser evidenciado, já descrito brevemente anteriormente, é que o material encapsulado gerado tem uma maior resistência térmica, que se faz necessária pois, o aquecimento do tabaco para a queima deste, e liberação de compostos aromáticos, advindo do carvão, alcança temperaturas de 300 a 400 °C no início da sessão, ou seja, como na tecnologia descrita pela presente invenção a liberação do aroma é feita por ruptura térmica, se forem utilizados polímeros de menor resistência térmica se terá uma perda de aroma indesejada, por este motivo é importante que o polímero tenha uma resistência maior. Em tecnologias descritas em invenções anteriores, voltadas para cigarros, polímeros de menor resistência térmica são utilizados pois o aquecimento de cigarros chega a 100 °C, portanto, não se tem uma tecnologia descrita voltada para tabacos aplicados em narguilé.
[0036] Um aspecto aqui descrito é que o material encapsulante é um material poroso, gerando uma maior permeabilidade, favorecendo uma liberação controlada do aroma encapsulado e forma uma parede homogênea e resistente. Um ponto a ser evidenciado é que o material encapsulante tem alto rendimento e eficiência de encapsulação gerando uma menor perda de aroma no processo de consumo do produto. O sistema de liberação controlada é feito a partir do aquecimento do material encapsulado que, então, se rompe liberando o conteúdo do interior da cápsula para entrar em contato com o tabaco. A partir disto se tem a presença do odor e sabor desejado no material
[0037] Em algumas modalidades, o material encapsulante compreende um polímero, ou combinações de dois ou mais polímeros. Em algumas modalidades, o material de revestimento dos aromas é selecionado do grupo que consiste em polietileno, polietileno de baixa densidade, polietileno de alta densidade, polipropileno, sulfeto de polifenileno, poliéster, politetrafluoroetileno, tipos de poliamida, poliéter éter cetona, polissulfona, polivinilideno difluoreto, poli (4-vinil piridina-co-estireno), poliestireno, polibutadieno, acrilonitrila butadieno estireno, cloreto de polivinila, dicloreto de polivinilideno, polímero de etileno tetrafluoroetileno, poli (clorotrifluoroetileno), etileno clorotrifluoroetileno fluorado, perfluoretileno fluorado elastômero, fluoreto de clorotrifluoroetilenevinilideno, policloropreno (neoprene), polivinil butiral, poliestireno expandido, polidivinilbenzeno, tetrafluoroetileno-perfluoro-3,6-dioxa-4-metil-7-octenossulfônico copolímero de ácido, seus copolímeros e suas combinações.
[0038] Em algumas modalidades, o material de revestimento para a entrega de aroma pode ser um polissacarídeo de base biológica selecionado do grupo que consiste em alginato de sódio, gelatina, pectina, carragena, pectina com grau de metoxilação, quitina, quitosana, agar, amido de milho modificado, goma acácia, goma xantana, dextrana, celulose, amilose, amilopectina, gelana, entre outros, aplicados individualmente ou em mistura. Um aspecto importante a ser evidenciado é que os polissacarídeos de base biológica são preferidos porque possuem maior estabilidade térmica, eles são portadores de proteção adequados para compostos lábeis e para processos que requerem altas temperaturas, atuando como uma alternativa adequada para sistemas de entrega como necessário na presente invenção (SOUZA SIMÕES et. al., 2017).
[0039] Um aspecto a ser destacado é que estes biopolímeros apresentam uma alta resistência térmica como demonstrado em estudos anteriores apresentados por KAVOOSI e colaboradores em 2018. As análises termogravimétricas apresentadas neste estudo evidenciam que estes biopolímeros possuem a maior perda de massa em temperaturas em torno de 300 °C, ou seja, até estas temperaturas eles apresentam estabilidade estrutural mantendo o revestimento e evitando a perda de aroma para a aplicação de tabaco para narguilé (KAVOOSI et. al., 2018).
[0040] Em algumas modalidades, o material de revestimento é apresentado com características físicas como cristalina, amorfa, cobertura total, cobertura parcial, uniforme, não uniforme ou combinações destes. Em algumas modalidades, múltiplos revestimentos são aplicados com a finalidade de fazer um processo de camadas onde cada camada pode ser empregado um aroma diferente para se ter a experiência de dois ou mais odores e sabores, o que acarreta em uma análise sensorial múltipla, ou ainda, uma experiência sensorial de um sabor inicialmente e um segundo sabor na posteriormente.
[0041] Um aspecto a ser evidenciado aqui é que nenhuma literatura até o momento relata a utilização de um sistema multicamada com a possibilidade de ter uma liberação controlada em tempos variados proporcionando uma análise sensorial de dois sabores distintos conforme o tempo. Neste sistema o funcionamento de abertura das camadas poderá ser uma via térmica e a segunda camada via dissolução por umidade, ou ainda, as duas camadas terem um processo via liberação térmica, porém a camada interna com menor temperatura de fusão que a camada externa. Esta tecnologia que a presente invenção traz não foi descrita anteriormente para nenhuma aplicação de tabaco nem para produtos de narguilé, apresentando-se então uma nova tecnologia baseada nas possibilidades de encapsulação de aromas, neste caso voltadas para maassel de narguilé. Com este método de encapsulação descrito na presente invenção, esta pode proporcionar ao usuário de narguilé a experiência de se ter dois sabores diferentes em uma mesma sessão.
[0042] Em algumas modalidades, preferencialmente a técnica de encapsulação empregada para a formação de cápsulas de aromas é a de gelificação iônica que consiste e um processo de solubilização do polímero em um solvente e posterior homogeneização do aroma a ser encapsulado a qual esta solução polimérica ou hidrocolóide contendo o ativo a ser encapsulado é gotejada ou atomizada em uma solução iônica, sob agitação constante. As gotas que atingem a solução iônica imediatamente formam estruturas esféricas de gel, que contém o ativo disperso em toda a matriz polissacarídica. Um aspecto a ser destacado aqui é a metodologia de encapsulação descrita por se tratar de um método inovador que aplica a técnica de gelificação iônica, este tipo de procedimento de encapsulação é um método simples e fácil, não requer equipamentos especializados, alta temperatura ou solvente orgânico e pode ser considerado de baixo custo. Podem ainda ser considerados um sistema de encapsulação muito bom para compostos alimentícios e de liberação controlada, pois são atóxicos, altamente biocompatíveis e mecanicamente fortes (LEE et. al., 2006).
[0043] Em algumas modalidades, outras técnicas de encapsulação podem ser empregadas para uma melhor adequação da matriz a ser revestida, para tanto outra modalidade preferida é a de derretimento do material polimérico e incorporação do material a ser encapsulado. O processo consiste em aquecer um polímero termolábil como policloreto de vinila até próximo ao ponto de fusão para que ele fique moldável, em seguida o material a ser encapsulado é adicionado ao polímero derretido e então este é moldado e resfriado como desejado para a formação das cápsulas de aromas. Este processo é vantajoso por ser um método prático, que não necessita de solvente ou qualquer outra solução de gelificação, e é um processo econômico.
[0044] Em algumas modalidades, outra técnica de encapsulação que pode ser empregada é a emulsificação, esta é um processo de mistura de dois solventes imiscíveis e o produto resultante é conhecido como uma emulsão. Normalmente, as emulsões consistem em óleo, água e estabilizante. Para uma emulsão óleo em água, o óleo é conhecido como a fase dispersa e a água como a fase contínua, enquanto o estabilizador atua como uma interface entre a fase água e o óleo, criando uma camada protetora ao redor das gotículas de óleo. A maioria das emulsões aromáticas são do tipo óleo em água, uma vez que os aromas são principalmente de natureza lipídica (PIORKOWSKI e MCCLEMENTS, 2014).
[0045] Em algumas modalidades, a técnica de encapsulação via secagem por pulverização pode ser empregada no processo de revestimento de aromas. Este método consiste na secagem de gotículas de líquido dentro da câmara de secagem e recuperação de pó por meio de um separador de ciclone. Para a preparação da amostra de alimentação para encapsulação por secagem por pulverização, os materiais do núcleo são dissolvidos em uma dispersão de um único ou uma combinação de materiais transportadores, a fim de formar uma emulsão ou uma suspensão. A secagem por spray é a técnica econômica mais amplamente utilizada para o encapsulamento de compostos bioativos de alimentos, é usada para a produção de aromatizantes em pó e oferece alta taxa de produção com custos operacionais mínimos, o que permite que a secagem por atomização seja utilizada em escala industrial para o encapsulamento de compostos aromáticos (SHISHIR E CHEN, 2017).
[0046] Um aspecto importante a ser evidenciado é que o material encapsulado gerado por ser obtido em vários tamanhos, sendo estes em escalas mili, micro ou nanocápsulas, dependendo do processo de encapsulação a ser utilizado e dos aromas que serão revestidos.
[0047] O processo de encapsulação de aromas consiste na produção de cápsulas de polímeros, que podem ser de polissacarídeos ou não, aplicando o processo de gelificação iônica, ou ainda outro processo que seja mais adequado para o aroma a ser encapsulado, a qual o material polimérico é homogeneizado com os aromas específicos de cada maassel e gotejados ou atomizados em uma solução ou local para a formação das cápsulas aromáticas. A formação do maassel consiste ainda, na incorporação das cápsulas em escala mili, micro ou nanométricas de aromas em uma mistura de tabaco, glicerina, mel ou açúcar invertido, eventualmente propilenoglicol, adoçante ou outros componentes que participam da base do tabaco para narguilé ou realçadores de sabor que possam ser aplicados.
Exemplos de concretizações da invenção
[0048] Estabelece ainda a descrição enfatizando as características distintas da presente invenção abaixo, através de exemplos.
[0049] Exemplo 1: Método de preparação do revestimento de alginato de sódio via gelificação iônica Em um béquer foi preparada uma solução de alginato de sódio de 1 a 5% m·m-1 e tween 80 de 1 a 3% m·m-1 em água com aquecimento de 50 °C e agitação magnética. Após a completa dissolução da matriz polimérica, foi adicionado o aroma ou a mistura de aromas a ser encapsulado na concentração de 10 a 50% m·m-1 e homogeneizado. Em seguida, a solução polimérica contendo o aroma foi gotejada em uma solução aquosa de cloreto de cálcio de 1 a 4% m·m-1 para a formação das mili ou microcápsulas de aroma. Posteriormente as cápsulas formadas foram filtradas, lavadas com água e secas em estufa a 40 °C.
[0050] Método de preparação do revestimento de policloreto de vinila(PVC) via derretimento Uma certa quantidade de PVC é adicionada em cima de um papel alumínio ou papel manteiga e este é então colocado em cima de uma chapa de aquecimento a qual é aquecido até próximo ao ponto de fusão do polímero a qual este, se torna pastoso e moldável, em seguida é adicionado o aroma no meio do polímero e este então é moldado para formar um tubo de polímero contendo aroma de forma homogênea. A proporção de polímero para aroma é de 1:1,5 a 1:3. Posteriormente o tubo de PVC com aroma é cortado em pedaços menores para a formação das milicápsulas que serão incorporadas ao tabaco.
[0051] Exemplo 3: Método de preparação do revestimento de gelatina via emulsificação Em um béquer foi adicionada a glicose e esta é solubilizada a 50 °C em água (0,24 g de glicose e 6,12 mL de H2O), em seguida é solubilizada a gelatina comercial em pó sem sabor (0,92 g) e é adicionado 15% em massa de aroma na fase aquosa. Posteriormente a fase aquosa é vertida na fase oleosa que contém 24,5 g de óleo de milho e 1,22 g de tween 80. A reação é mantida a 60 °C por 3 h com agitação magnética. Terminada a reação, a mistura é resfriada até 10 ± 1 ºC com auxílio de um banho de gelo. Em seguida, 50 mL de acetona são adicionados para desidratar as partículas. Após permanecer sob agitação por ao menos 5 minutos em presença de acetona, o produto é então filtrado a vácuo e lavado com mais 100 mL de acetona, para remoção do óleo e da água residuais e seco em estufa a 40 °C.
[0052] Exemplo 4: Método de preparação do maassel com aroma encapsulado A produção do maassel é feita pela mistura dos ingredientes e a adição de mili, micro ou nanocápsulas de aromas. Para isso, em um béquer são adicionados 5 g de tabaco e água na quantidade de 10 a 20 vezes a massa do tabaco, e então deixa-se descansando por 5 a 30 minutos para a retirada da nicotina e outros componentes. Em seguida o tabaco é prensado para a retirada da água. Esta etapa de lavagem do tabaco é opcional, dependendo do maassel a ser produzido. Posteriormente ao tabaco lavado são adicionados, glicerina de 10 a 30 g, mel ou açúcar invertido de 5 a 20 g, propilenoglicol de 1 a 5 g, eventualmente adoçante de 1 a 10 g, e eventualmente outros compostos que possam realçar ou auxiliar os aromas a serem adicionados. A cada adição é feita a homogeneização da mistura para melhor incorporação dos ingredientes. Em seguida são adicionadas cápsulas contendo um ou mais aromas na escala de mili, micro ou nanocápsulas na quantidade de 0,5 a 10 g e novamente homogeneizada a mistura para a incorporação dos aromas revestidos no tabaco formando assim o maassel de tabaco aromatizado para narguilé.

Claims (15)

  1. MÉTODO PARA A PRODUÇÃO DE AROMA ENCAPSULADO APLICADO PARA TABACO (MAASSEL) DE NARGUILÉ compreendido por a produção de um revestimento para aromas e a adição deste em um produto de tabaco destinado para narguilé caracterizada por:
    • a. a formação do material de revestimento para a produção de cápsulas de aromas compreendido por um processo de gelificação iônica empregando polímeros de maior resistência térmica para uma liberação controlada de aroma.
    • b. a formação de cápsulas contendo aroma empregando preferencialmente polissacarídeos de base biológica como polímeros de revestimento.
    • c. a formação das cápsulas de aroma empregando outras formas de encapsulação utilizando polímeros de maior resistência térmica.
    • d. a produção de cápsulas com um ou mais revestimentos com o objetivo da entrega de um ou mais aromas para o produto de tabaco destinado a narguilé.
    • e. a formação de cápsulas como revestimento para a entrega controlada de aroma compreendendo a formação de mili, micro ou nanocápsulas.
    • f. A produção de cápsulas para a entrega controlada de aromas compreendida por uma etapa de secagem em estufa com aquecimento de 30 a 70 °C.
    • g. a produção de tabaco aromatizado para narguilé, denominado de maassel compreendida de uma etapa de adição de uma certa quantidade de tabaco, glicerina, mel ou açúcar invertido e eventualmente propilenoglicol, adoçante ou outros componentes auxiliares dos aromas.
    • h. a produção de maassel compreendida de uma etapa de adição de 0,5 a 10 g de aroma encapsulado na formulação para se ter odor e sabor desejados.
  2. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por um processo de encapsulação de aromas que consiste na produção de cápsulas de polímeros, que podem ser de polissacarídeos ou não, aplicando o processo de gelificação iônica, ou ainda outro processo que seja mais adequado para o aroma a ser encapsulado, a qual o material polimérico é homogeneizado com os aromas específicos de cada maassel e gotejados ou atomizados em uma solução ou local para a formação das cápsulas aromáticas.
  3. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a formação do maassel que consiste ainda, na incorporação das cápsulas em escala mili, micro ou nanométricas de aromas em uma mistura de tabaco, glicerina, mel ou açúcar invertido, eventualmente propilenoglicol, adoçante ou outros componentes que participam da base do tabaco para narguilé ou realçadores de sabor que possam ser aplicados.
  4. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por obter cápsulas para revestimento de aromas com a intenção de proteção térmica e entrega controlada de aromas a qual proporciona a redução da perda de aroma por volatilidade, haja visto que a fonte de aquecimento no tabaco para narguilé atinge de 300 a 400 °C.
  5. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por permitir a proteção dos aromas em estruturas porosas poliméricas, compreendendo um ou mais polímeros, em revestimentos únicos ou em mistura, podendo ser constituídos dos seguintes materiais: alginato de sódio, gelatina, pectina, carragena, pectina com grau de metoxilação, quitina, quitosana, agar, amido de milho modificado, goma acácia, goma xantana, dextrana, celulose, amilose, amilopectina, gelana, entre outros, aplicados individualmente ou em mistura.
  6. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por permitir a proteção dos aromas em estruturas porosas poliméricas, compreendendo um ou mais polímeros, em revestimentos únicos ou em mistura, podendo ser constituídos ainda, dos seguintes materiais: polietileno, polietileno de baixa densidade, polietileno de alta densidade, polipropileno, sulfeto de polifenileno, poliéster, politetrafluoroetileno, tipos de poliamida, poliéter éter cetona, polissulfona, polivinilideno difluoreto, poli (4-vinil piridina-co-estireno), poliestireno, polibutadieno, acrilonitrila butadieno estireno, cloreto de polivinila, dicloreto de polivinilideno, polímero de etileno tetrafluoroetileno, poli (clorotrifluoroetileno), etileno clorotrifluoroetileno fluorado, perfluoretileno fluorado elastômero, fluoreto de clorotrifluoroetilenevinilideno, policloropreno (neoprene), polivinil butiral, poliestireno expandido, polidivinilbenzeno, tetrafluoroetileno-perfluoro-3,6-dioxa-4-metil-7- octenossulfônico copolímero de ácido, seus copolímeros e suas combinações.
  7. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por obter cápsulas carregadas de aromas na escala mili, micro ou nanocápsulas apresentadas com características físicas como cristalina, amorfa, cobertura total, cobertura parcial, uniforme, não uniforme ou combinações destes. Podendo ser aplicados múltiplos revestimentos com a finalidade de fazer um processo de camadas onde cada camada pode ser empregado um aroma diferente para se ter a experiência de dois ou mais odores e sabores, o que acarreta em uma análise sensorial múltipla, ou ainda, uma experiência sensorial de um sabor inicialmente e um segundo sabor na posteriormente.
  8. MÉTODO PARA A PRODUÇÃO DE AROMA ENCAPSULADO APLICADO PARA TABACO (MAASSEL) DE NARGUILÉ compreendido por a produção de um produto de tabaco destinado para narguilé caracterizada por:
    • a. a produção de um material consistido de tabaco aromatizado direcionado para a utilização de narguilé denominado maassel.
    • b. a produção do maassel compreendida por uma etapa de lavação do tabaco em uma quantidade de 10 a 30 vezes a massa do tabaco a qual, esta etapa de lavagem do tabaco é opcional, dependendo do maassel a ser produzido.
    • c. a produção de maassel compreendida por uma etapa de adição de glicerina de 1 a 5 g para cada grama de tabaco.
    • d. a produção de maassel compreendida por uma etapa de adição de mel ou açúcar invertido na quantidade de 1 a 4 g por grama de tabaco.
    • e. a produção de maassel compreendida por uma etapa opcional de adição de propilenoglicol de 0,2 a 1 g por grama de tabaco.
    • f. a produção de maassel compreendida por uma etapa opcional de adição de outros componentes como adoçante, refrescante, ácido cítrico ou outros, na quantidade de 0,1 a 2 g por grama de tabaco.
    • g. a produção de maassel compreendida por uma etapa de adição de cápsulas contendo um ou mais aromas na escala de mili, micro ou nanocápsulas na quantidade de 0,1 a 2 g por grama de tabaco.
  9. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por compreender a utilização de diferentes aromas para uma análise sensorial de odor e sabor de interesse.
  10. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por compreender a etapa opcional de lavagem do tabaco que consiste na imersão deste em água na quantidade de 10 a 30 vezes a massa do tabaco, a qual este, se mantém imerso por 5 a 30 minutos para a retirada de componentes solúveis em água e em seguida o tabaco é prensado para a retirada da água.
  11. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por compreender uma etapa de adição de glicerina ao tabaco lavado ou não a fim de produzir fumaça na queima do maassel, na quantidade de 1 a 5 g por grama de tabaco a qual este é homogeneizado formando uma pasta.
  12. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por compreender uma etapa de adição de mel ou açúcar invertido na quantidade de 1 a 4 g por grama de tabaco seguido da homogeneização da mistura, com o objetivo de proteção do tabaco e aumento do ponto de queima.
  13. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por compreender uma etapa opcional de adição de propilenoglicol de 0,2 a 1 g por grama de tabaco com o objetivo de transporte do adoçante a ser adicionado, seguido de homogeneização da mistura.
  14. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por compreender uma etapa opcional de adição de outros componentes como adoçante, refrescante, ácido cítrico ou outros, na quantidade de 0,1 a 2 g por grama de tabaco, com o objetivo de conservar, trazer uma análise sensorial doce ou gelada, realçar o sabor, entre outras funções, seguida de homogeneização da pasta.
  15. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por compreender uma etapa de adição de cápsulas, uni ou multinucleares, no formato de esferas, bastões, bastonetes, gotas, pós, filmes ou outra disposição física contendo um ou mais aromas na escala de mili, micro ou nanocápsulas na quantidade de 0,1 a 2 g por grama de tabaco, seguida de homogeneização da pasta, com o objetivo de aromatizar o maassel aplicado para fumo de narguilé trazendo ao usuário uma experiência de odor e sabor.
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