BR102020019056A2

BR102020019056A2 - Dispositivo para o travamento de uma haste de êmbolo de uma seringa após o uso e para impedir a reutilização da seringa, e conjunto de seringa

Info

Publication number: BR102020019056A2
Application number: BR102020019056-3A
Authority: BR
Inventors: Rishad Kairus Dadachanji
Original assignee: KAISHA PACKAGING Private Ltd.
Priority date: 2019-09-18
Filing date: 2020-09-23
Publication date: 2021-03-30
Also published as: US20210077738A1; EP3821925B1; EP3821925C0; MX2020009667A; ZA202005651B; AU2020230288B2; PH12020050329A1; AU2020230288A1; CN112516420A; US11633543B2; EP3821925A1; RU2020130456A; TWI836142B; CA3092660A1; TW202123989A

Abstract

a invenção se refere a um dispositivo de travamento para travar uma haste de êmbolo 5 de uma seringa após o uso, e para impedir a reutilização da seringa. o dispositivo compreende uma porção de montagem 40 configurada para montar o dispositivo de travamento 2 no flange 13, e uma porção de travamento de haste de êmbolo 30 para a haste de êmbolo 5 após o uso da seringa, em que um canal de comunicação 29 é formado no dispositivo de travamento 2 para permitir a inserção da haste de êmbolo 5 dentro do cilindro 10. de acordo com a invenção, uma câmara 37 de uma largura maior do que uma largura do canal de comunicação 29, é formada dentro da porção de travamento de haste de êmbolo 30, para receber a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5 após o uso da seringa. a porção de travamento de haste de êmbolo 30 compreende pelo menos um dispositivo de travamento positivo 34, configurado para travar positivamente a posição axial da haste de êmbolo 5, através do encaixe positivo com a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5, e, preferivelmente, configurado para reter a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5 dentro da câmara 37, para travar a haste de êmbolo 5 em ou próxima de uma posição axial principal de uma extremidade distal 51, 53 da haste de êmbolo 5 dentro do cilindro 10 após do uso da seringa. o dispositivo de travamento fornece a funcionalidade de um dispositivo de travamento de haste de êmbolo inviolável, uma vez que uma dose de medicamento foi injetada ao empurrar a haste de êmbolo para frente, para prevenir a reutilização inadvertida da seringa.

Description

DISPOSITIVO PARA O TRAVAMENTO DE UMA HASTE DE ÊMBOLO DE UMA SERINGA APÓS O USO E PARA IMPEDIR A REUTILIZAÇÃO DA SERINGA, E CONJUNTO DE SERINGA

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção geralmente se relaciona com dispositivos e recipientes para a administração de medicamentos, e mais especificamente, se relaciona com um dispositivo de travamento de haste de êmbolo para travar a posição da haste de êmbolo de uma seringa em ou próxima a uma posição axial principal de uma extremidade distal da haste de êmbolo em um cilindro de seringa, após o uso da seringa, para impedir a reutilização da seringa. Um outro aspecto da presente invenção se relaciona com um conjunto de seringa incluindo o referido dispositivo de travamento.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] Seringas convencionais, que são tipicamente feitas de plástico ou, preferivelmente, de vidro, compreendem um cilindro possuindo uma extremidade proximal aberta e uma extremidade distal oposta. Uma parede cilíndrica se estende entre tais extremidades, a qual define uma câmara de retenção de substâncias. Uma ponta de seringa alongada se projeta a partir da extremidade distal do cilindro de seringa, e inclui uma passagem estreita que se comunica com a câmara de retenção de substâncias do cilindro. Um êmbolo pode ser inserido dentro da extremidade proximal aberta do cilindro de seringa, para encaixe fluido-apertado deslizante com a parede de câmara cilíndrica para vedar o cilindro de seringa. O movimento deslizante do êmbolo em uma direção distal impulsiona fluido dentro da câmara através da passagem na ponta da seringa para a administração da substância. Por outro lado, o movimento deslizante do êmbolo em uma direção proximal extrai fluido através da passagem na ponta e para dentro da câmara do cilindro de seringa.

[003] Como um técnico no assunto apreciaria, seringas são desenvolvidas para um único uso, em parte, para atender a questões relacionadas à propagação de doenças associadas com a reutilização inadvertida de seringas e para impedir a má utilização.

[004] Para este fim, US 5,358,497 descreve um dispositivo de travamento médico que inclui uma apertura centralmente posicionada que recebe o eixo do êmbolo. Um elemento de retenção é posicionado em torno da abertura e recebe as agarras para os dedos da seringa ao engatar em pelo menos três lados das agarras para os dedos, para eliminar o deslocamento do dispositivo de travamento médico. Há elementos de corte opostos que são cordalmente posicionados dentro da abertura. Os elementos de corte funcionam como extremidades de corte finas para forçarem-se para dentro do êmbolo durante a execução de uma posição de travamento. Se o usuário torcer o êmbolo para uma posição de travamento, os elementos de corte serão forçados para dentro do êmbolo. Esta posição de travamento elimina e impede qualquer movimento adicional do êmbolo em qualquer direção ao longo do eixo longitudinal. O dispositivo pode, então, ser utilizado como um tipo de meio inviolável para impedir a reutilização da seringa.

[005] US 8,066,668 B2 descreve uma seringa de prevenção de reutilização passiva, que utiliza uma trave de flange, incluindo um dispositivo de travamento. Um conjunto de êmbolo é disposto ao menos parcialmente dentro do cilindro da seringa, incluindo uma haste de êmbolo alongada possuindo um flange de travamento formado na mesma. Uma cabeça de êmbolo possuindo uma superfície de vedação distal está encaixada na haste de êmbolo de modo que a cabeça de êmbolo pode se mover dentro da câmara do cilindro da seringa através de um ciclo de injeção. Uma trava de flange está disposta na extremidade proximal aberta do cilindro. A trava de flange está integrada com a extremidade proximal aberta do cilindro da seringa. Durante o ciclo de injeção, a trava de flange se encaixa no flange de travamento da haste de êmbolo de modo a impedir a remoção da haste de êmbolo do cilindro da seringa.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[006] É um objetivo da presente invenção fornecer um dispositivo de travamento de haste de êmbolo integrado simples e de baixo custo para travar a posição da haste de êmbolo de uma seringa em ou próxima de uma posição axial principal de uma extremidade distal da haste de êmbolo em um cilindro de seringa após o uso da seringa, e impedir a reutilização da seringa. É um objetivo adicional da presente invenção, o fornecimento de um conjunto de seringa formado por um cilindro de seringa, um êmbolo e uma haste de êmbolo, configurados para travar a posição da haste de êmbolo de uma seringa em ou próxima de uma posição axial principal de uma extremidade distal da haste de êmbolo em um cilindro de seringa após o uso da seringa, e impedir a reutilização da seringa.

[007] Os problemas acima são solucionados por um dispositivo de travamento, na forma reivindicada na reivindicação 1, e por um conjunto de seringa, na forma reivindicada na reivindicação 15. Modalidades vantajosas adicionais são matéria das reivindicações dependentes.

[008] De acordo com a presente invenção, é fornecido um dispositivo de travamento para travar uma haste de êmbolo de uma seringa após o uso, em que a seringa inclui um cilindro possuindo uma extremidade proximal aberta e um flange disposto adjacente à referida extremidade proximal aberta, em que o cilindro é configurado para receber a haste de êmbolo através da referida extremidade proximal aberta, e uma extremidade proximal da haste de êmbolo é formada em forma de disco. O dispositivo de travamento compreende uma porção de montagem configurada para montar o dispositivo de travamento no flange adjacente à referida extremidade proximal, através de encaixe positivo, e uma porção de travamento de haste de êmbolo para travar uma posição axial da haste de êmbolo após o uso da seringa, em que um canal de comunicação é formado dentro do dispositivo de travamento para permitir a inserção da haste de êmbolo na extremidade proximal aberta do cilindro através da porção de travamento de haste de êmbolo e da porção de montagem.

[009] De acordo com a presente invenção, uma largura do canal de comunicação é maior dentro da porção de travamento de haste de êmbolo para formar uma câmara ou espaço de recepção para receber a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo após o uso da seringa, em que a porção de travamento de haste de êmbolo compreende pelo menos um dispositivo de travamento positivo configurado para positivamente travar a posição axial da haste de êmbolo através de encaixe positivo com a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo, para travar a haste de êmbolo em ou próxima a uma posição axial principal de uma extremidade distal da haste de êmbolo dentro do cilindro após o uso da seringa.

[010] Portanto, o dispositivo de travamento de acordo com a presente invenção, fornece a funcionalidade de um dispositivo de travamento de haste de êmbolo inviolável para, de forma confiável, travar a haste de êmbolo na extremidade proximal do cilindro, uma vez que uma dose de medicamento tenha sido injetada ao empurrar a haste de êmbolo para frente, para impedir a reutilização inadvertida da seringa. A porção de travamento de haste de êmbolo, confiavelmente, impede a remoção da haste de êmbolo a partir do cilindro de seringa além da região do pelo menos um dispositivo de travamento disposto na porção de travamento de haste de êmbolo, enquanto a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo permanece recebida na câmara do espaço receptor as e está protegida por paredes laterais ou teias de proteção da porção de travamento de haste de êmbolo contra o acesso à extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo a partir do exterior da câmara ou espaço receptor.

[011] Para extrair uma dose médica, um usuário irá intuitivamente operar a porção em forma de disco para empurrar a haste de êmbolo em direção da extremidade distal do cilindro de seringa. Como a porção em forma de disco é disposta no fim da extremidade proximal da haste de êmbolo, o dispositivo de travamento, de acordo com a presente invenção, permite uma indicação de uso muito intuitiva e clara da seringa: a) se a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo estiver totalmente acomodada na porção de travamento de haste de êmbolo e, portanto, não se projetar além de uma extremidade proximal da porção de travamento de haste de êmbolo, isto será uma clara e inequívoca indicação para o usuário de que a seringa já foi utilizada; b) por outro lado, se a haste de êmbolo estiver em uma posição completamente retraída, o que poderá depender da dose que foi preenchida no cilindro de seringa, isto será uma clara e inequívoca indicação para o usuário de que a seringa ainda não foi utilizada; c) qualquer posição intermediária da porção em forma de disco da haste de êmbolo entre a posição completamente inserida (travada) e a posição completamente retraída será uma clara e inequívoca indicação para o usuário de que a seringa já foi utilizada, fazendo, assim, com que o usuário seja bastante cuidadoso ao utilizar a seringa.

[012] Particularmente, o travamento da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo dentro da câmara ou do espaço receptor da porção de travamento de haste de êmbolo permite uma distinção clara, inequívoca e intuitiva entre uma condição usada ou parcialmente usada da seringa, e uma condição após o uso da seringa com a extração completa ou quase completa da dose medicinal inicialmente preenchida dentro do cilindro de seringa. Após o uso da seringa, a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo é basicamente presa dentro da câmara ou espaço receptor da porção de travamento de haste de êmbolo e não pode mais ser operada.

[013] A posição axial principal da haste de êmbolo no cilindro de seringa pode ser idêntica à posição axial do êmbolo no cilindro de seringa, se a haste de êmbolo estiver positivamente travada sem liberdade na direção axial. De acordo com uma modalidade adicional, a haste de êmbolo também pode ser positivamente travada com uma certa liberdade na direção axial, onde, neste caso, a haste de êmbolo, em conjunto com o êmbolo, podem ser empurrados para frente em direção à extremidade distal do cilindro de seringa, para, assim, permitir que uma dose residual de líquido possa ser injetada ao empurrar mais para frente a haste de êmbolo em direção à extremidade distal do cilindro de seringa depois que a extremidade proximal da haste de êmbolo escorregou além da região do pelo menos um dispositivo de travamento positivo. De Acordo com a presente invenção, a função de confiavelmente impedir a reutilização da seringa pode ser implementada com baixo custo e com a necessidade de espaço reduzida, por meio de um único dispositivo. O dispositivo de travamento de acordo com a presente invenção, pode ser utilizado facilmente e intuitivamente. A função de travamento pode ser inspecionada visualmente, particularmente, a posição travada inviolável da haste de êmbolo pode ser reconhecida com facilidade, mesmo por pessoas destreinadas. Mesmo que a posição travada da haste de êmbolo não fosse reconhecida pelo usuário, a reutilização da seringa é confiavelmente impedida.

[014] De acordo com uma modalidade adicional, a porção de travamento de haste de êmbolo é formada integralmente com a porção de montagem. Portanto, o dispositivo de travamento de acordo com a presente invenção pode ser fornecido até mesmo como um elemento integrado, ou seja, por meio de tecnologia de moldagem de injeção plástica.

[015] De acordo com uma modalidade adicional, a porção de travamento de haste de êmbolo compreende uma parede lateral circunferencial e o pelo menos um dispositivo de travamento positivo é disposto em um lado interno da parede lateral circunferencial. A parede lateral circunferencial ainda garante uma posição inviolável da haste de êmbolo, visto que a haste de êmbolo ficou presa ao ser positivamente travada pelo ao menos um dispositivo de travamento positivo, pois o acesso ao pelo menos um dispositivo de travamento positivo a partir de o lado de fora da porção de travamento de haste de êmbolo para manipular a posição do pelo menos um dispositivo de travamento positivo pode ser confiavelmente excluído. Após o uso, a porção em forma de disco na extremidade proximal da haste de êmbolo não irá se projetar além do aro superior proximal da parede lateral circunferencial da porção de travamento de haste de êmbolo.

[016] De acordo com uma outra modalidade, uma superfície de batente é fornecida em um lado do fundo da referida câmara, para definir a posição axial principal da extremidade distal da haste de êmbolo no cilindro, através do encosto da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo na superfície de batente. A superfície de batente confiavelmente impede a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo de ser empurrada mais para frente além desta superfície de batente. Ao mesmo tempo, a superfície de batente, que pode ser formada como um anel, pode ainda aumentar a força mecânica e a estabilidade da câmara ou espaço receptor da porção de travamento de haste de êmbolo.

[017] De acordo com outra modalidade, o pelo menos um dispositivo de travamento positivo é configurado para reter a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo dentro da câmara, e para impedir a remoção da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo em direção a uma extremidade proximal da porção de travamento de haste de êmbolo além de uma distância mínima para um aro superior proximal da porção de travamento de haste de êmbolo, quando a posição axial da haste de êmbolo está positivamente travada, em que a distância mínima corresponde pelo menos a um comprimento axial do pelo menos um dispositivo de travamento positivo. Esta distância mínima da extremidade proximal em forma de disco para o aro superior proximal da porção de travamento de haste de êmbolo ainda auxilia para impedir o acesso à extremidade proximal em forma de disco para a manipulação não autorizada da mesma, uma vez que a extremidade proximal em forma de disco ficou presa dentro da câmara ou espaço receptor da porção de travamento de haste de êmbolo por meio de travamento de encaixe positivo.

[018] De acordo com uma modalidade adicional, a câmara formada pela porção de travamento de haste de êmbolo é configurada para impedir o total acesso à extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo a partir do lado de fora da porção de travamento de haste de êmbolo, para impedir a remoção da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo fora da câmara ou espaço receptor, quando a posição axial da haste de êmbolo estiver positivamente travada. Para este fim, a porção de travamento de haste de êmbolo pode ser formada por uma parede lateral circunferencial, em que o pelo menos um dispositivo de travamento positivo é disposto em um lado interno da parede lateral circunferencial, ou a porção de travamento de haste de êmbolo pode ser formada como um elemento cilíndrico tipo gaiola formado por duas teias anulares interconectadas por meio de teias de conexão axiais, onde o pelo menos um dispositivo de travamento positivo é disposto em um lado interno de uma teia anular ou de uma teia de conexão axial.

[019] De acordo com uma outra modalidade, o pelo menos um dispositivo de travamento positivo é formado como um nariz de travamento se projetando radialmente para dentro da porção de travamento de haste de êmbolo e sendo configurado para encaixe positivo com a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo. Aqui, a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo representa a porção da haste de êmbolo possuindo a dimensão externa máxima, que pode ser facilmente presa pelo ao menos um nariz de travamento de estendendo para dentro do volume interno da porção de travamento de haste de êmbolo.

[020] Logicamente, de acordo com outras modalidades, o travamento positivo da haste de êmbolo pode também ser realizado por meio de outros dispositivos de travamento positivos, tais como um rack disposto próximo da extremidade proximal da haste de êmbolo.

[021] De acordo com uma outra modalidade, o pelo menos um nariz de travamento é formado em uma janela ou corte formado na parede lateral circunferencial, cada um dos pelo menos um nariz de travamento, possuindo uma superfície superior biselada voltada para a direção de uma extremidade proximal aberta do dispositivo de travamento de haste de êmbolo e um lado do fundo se estendendo radialmente para dentro e perpendicular à parede lateral circunferencial. O nariz de travamento pode ser formado como um elemento resiliente em forma de prato suportado de maneira pivotável em uma extremidade do mesmo na superfície interna da parede lateral circunferencial, de modo que a extremidade proximal da haste de êmbolo possa ser presa dentro da porção de travamento de haste de êmbolo em baixa força, ao simplesmente deslizar a extremidade proximal da haste de êmbolo (que é preferivelmente em forma de disco) além do pelo menos um nariz de travamento enquanto flexiona ou entorta o nariz de travamento para fora em direção à parede lateral circunferencial.

[022] De acordo com uma modalidade adicional, uma largura do canal de comunicação é maior dentro da porção de travamento de haste de êmbolo, para formar uma câmara para receber a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo, em que uma superfície de batente é disposta em um lado do fundo da referida câmara para limitar ou definir a posição axial principal da haste de êmbolo no cilindro de seringa. Assim, o elemento em forma de disco na extremidade proximal da haste de êmbolo pode ser um pouco mais largo do que a porção de eixo da haste de êmbolo, que auxilia para assegurar uma fácil preensão da extremidade proximal da haste de êmbolo através de encaixe positivo com o pelo menos um nariz de travamento. Ao mesmo tempo, o lado do fundo da câmara da porção de travamento de haste de êmbolo, serve como um batente para precisamente definir a posição principal da extremidade proximal da haste de êmbolo dentro da câmara da porção de travamento de haste de êmbolo e, assim, a posição principal do êmbolo dentro do cilindro de seringa.

[023] De acordo com uma outra modalidade, uma altura da câmara em uma direção do dispositivo de travamento é maior do que uma espessura da extremidade proximal em forma de fisco da haste de êmbolo. Assim, uma dose residual de líquido pode ser injetada ao empurrar a haste de êmbolo mais para frente em direção da extremidade distal do cilindro de seringa após a extremidade proximal em forma de disco ter deslizado além dos narizes de travamento, até que a extremidade proximal em forma de disco tenha finalmente encostado na superfície de batente no lado do fundo da porção de travamento de haste de êmbolo, definindo a posição axial principal do êmbolo dentro do cilindro de seringa.

[024] De acordo com uma outra modalidade, a porção de montagem compreende uma placa superior direcionada em direção à extremidade proximal do canal de comunicação, e uma placa de inferior oposta à referida placa superior, um vão sendo formado entre as placas superior e inferior. Assim, a forma das duas placas pode ser facilmente encaixada na forma do descanso para os dedos ou flange disposto na extremidade proximal do cilindro de seringa, desta forma, possibilitando uma montagem simples e intuitiva do dispositivo de travamento. Particularmente, a forma das duas placas pode ser tal que assegure um encaixe positivo da porção de montagem com o Descanso para os dedos ou flange disposto na extremidade proximal do cilindro de seringa, particularmente ao prender a porção de montagem no descanso para os dedos ou flange.

[025] Aqui, pelo menos uma protrusão é fornecida para reduzir a largura do canal de comunicação para uma dimensão que seja menor do que uma dimensão externa máxima (particularmente o diâmetro externo) do êmbolo inserido dentro do cilindro de seringa. Desta forma, o dispositivo de travamento de acordo com a presente invenção, também fornece a funcionalidade adicional de um dispositivo de batente para impedir a remoção inadvertida de um êmbolo a partir de uma seringa, pois, em uma condição onde a posição da haste de êmbolo ainda não foi travada pela porção de travamento de haste de êmbolo, um movimento para trás da haste de êmbolo será automaticamente parado uma vez que o êmbolo entrar em contato com a pelo menos uma protrusão no canal de comunicação, assim, impedindo um deslocamento adicional do êmbolo em direção à extremidade proximal do cilindro de seringa além da posição final predeterminada, definida pela ao menos uma protrusão no canal de comunicação.

[026] Esta pelo menos uma protrusão pode ser formada como uma borda semicircular em uma extremidade proximal da porção de montagem se projetando a partir da placa superior para dentro do vão. A forma da borda semicircular projetando-se pode ajudar a assegurar um encaixe positivo confiável da porção de montagem no descanso para os dedos ou flange disposto na extremidade proximal do cilindro de seringa, visto que a borda semicircular projetando-se pode ser um pouco resiliente e, assim, flexionar-se um pouco quando a porção de montagem é empurrada em direção ao descanso para os dedos ou flange do cilindro de seringa. Ao mesmo tempo, a forma da borda semicircular pode ser precisamente encaixada na forma da superfície externa do cilindro de seringa na extremidade proximal do mesmo, assim, servindo como um tipo de batente quando a porção de montagem é empurrada em direção ao descanso para os dedos ou flange do cilindro de seringa para definir uma posição travada inicial do dispositivo de travamento do descanso para os dados ou flange do cilindro de seringa.

[027] De acordo com uma outra modalidade, esta borda semicircular pode ter um perfil afunilado possuindo um diâmetro externo correspondendo ao diâmetro interno do cilindro na extremidade proximal aberta. Se necessário, o perfil afunilado pode ainda auxiliar no deslizamento do eixo da haste de êmbolo sobre a borda semicircular quando da inserção da haste de êmbolo no cilindro de seringa. Particularmente, a haste de êmbolo pode ser guiada com liberdade reduzida dentro do canal de comunicação quando inserida no cilindro de seringa para acoplamento com o êmbolo já disposto dentro do cilindro de seringa.

[028] De acordo com outra modalidade, a borda semicircular possui um perfil afunilado, tendo um diâmetro externo correspondendo ao diâmetro interno do cilindro de seringa na extremidade proximal aberta. A pelo menos uma protrusão, particularmente, a borda semicircular, pode, assim, ser inserida levemente dentro da extremidade proximal aberta do cilindro de seringa, que ajuda no estabelecimento de um travamento positivo confiável da porção de montagem no flange na extremidade proximal aberta do cilindro de seringa. Mais especificamente, quando a pelo menos uma protrusão, particularmente, a borda semicircular, é inserida na extremidade proximal aberta do cilindro de seringa, o dispositivo de travamento é impedido de escorregar inadvertidamente do flange do cilindro de seringa.

[029] De acordo com uma modalidade adicional, a altura do vão formado entre as placas superior e inferior da porção de montagem, basicamente corresponde à altura do flange na extremidade proximal aberta do cilindro. O flange na extremidade proximal aberta do cilindro de seringa pode, assim, ser preso ou pelo menos encaixado entre as placas superior e inferior da porção de montagem, o que ainda auxilia no estabelecimento de um travamento positivo da porção de montagem no flange. Visto que a pelo menos uma protrusão preferivelmente se projeta a partir da placa superior da porção de montagem, a pelo menos uma protrusão, assim, precisa ser inserida dentro da extremidade proximal aberta do cilindro de seringa para montagem, o que ainda auxilia no estabelecimento de um travamento positivo da porção de montagem no flange, conforme destacado acima.

[030] De acordo com uma outra modalidade, pelo menos uma extremidade de fundo da pelo menos uma projeção é resiliente ou flexível, o que pode ser implementado facilmente por meio da formação de todo o dispositivo de travamento de um material plástico resiliente, particularmente, utilizando tecnologia de moldagem de injeção. Quando da montagem do dispositivo de travamento no flange na extremidade proximal aberta do cilindro de seringa, a pelo menos uma protrusão pode, desta forma, ser deformada ou levemente flexionada, mas irá, então, retornar para uma posição inicial relaxada para estabelecer o travamento positivo da porção de montagem no flange, como descrito acima.

[031] De acordo com um outro aspecto da presente invenção, é provido um conjunto de seringa para fins médicos, compreendendo: um cilindro de seringa possuindo uma extremidade distal, uma extremidade proximal aberta oposta à extremidade distal, uma parede lateral se estendendo entre a extremidade distal e a extremidade proximal aberta definindo uma câmara, e um flange disposto adjacente à referida extremidade proximal aberta; um êmbolo disposto dentro da câmara do cilindro de seringa; e uma haste de êmbolo associada com o êmbolo e conectada com o êmbolo. De acordo com a presente invenção, o conjunto de seringa ainda compreende um dispositivo de travamento conforme estabelecido mais à frente em mais detalhes, para impedir a remoção inadvertida do êmbolo a partir do cilindro de seringa, o referido dispositivo de travamento sendo montado ao flange adjacente à referida extremidade proximal através de encaixe positivo.

[032] Como se tornará aparente para uma pessoa dotada na técnica, quando do estudo do conteúdo da presente invenção, a função de travamento da haste de êmbolo também pode ser implementada em combinação com a função de batente para impedir a remoção inadvertida do êmbolo a partir do cilindro de seringa. Assim, um aspecto adicional da presente invenção, que se baseia no mesmo conceito inventivo do dispositivo de travamento na forma destacada acima, e que pode ser reivindicado por meio de um quadro de reivindicações independente em apartado, é direcionado para um dispositivo de travamento para impedir a remoção inadvertida de um êmbolo a partir de uma seringa, a referida seringa incluindo um cilindro possuindo uma extremidade proximal aberta e um flange disposto adjacente à referida extremidade proximal aberta, o referido cilindro sendo configurado para receber uma haste de êmbolo através da referida extremidade proximal aberta, compreendendo uma porção de montagem configurada para montar o dispositivo de travamento no flange, em que um canal de comunicação é formado no dispositivo de travamento para permitir a inserção da haste de êmbolo dentro da extremidade proximal aberta do cilindro, e pelo menos uma protrusão é fornecida para reduzir uma largura do canal de comunicação ao menos em seções, para impedir a remoção inadvertida do êmbolo a partir da seringa.

[033] De acordo com este segundo aspecto independente da presente invenção, uma porção de travamento de haste de êmbolo, na forma apontada acima, é adicionalmente fornecida para travar uma posição axial da haste de êmbolo, em que o canal de comunicação se estende através da porção de travamento de haste de êmbolo e a porção de travamento de haste de êmbolo compreende pelo menos um dispositivo de travamento positivo configurado para travar positivamente a posição axial da haste de êmbolo através do engate com uma extremidade proximal da haste de êmbolo ou com uma porção da haste de êmbolo próxima da extremidade proximal da mesma, para travar a haste de êmbolo em ou próxima de uma posição axial principal de uma extremidade distal da haste de êmbolo no cilindro.

VISÃO GERAL DOS DESENHOS

[034] A invenção será agora descrita por meio de exemplos e com referência aos desenhos em anexo, a partir dos quais modalidades adicionais, vantagens e problemas a serem resolvidos se tornarão aparentes. Nos desenhos:
As Figs. 1a e 1b mostram um cilindro de seringa com um dispositivo de travamento de haste de êmbolo, de acordo com a presente invenção, em uma condição desmontada e em uma condição montada;
A Fig. 2a mostra o dispositivo de travamento de haste de êmbolo, de acordo com uma primeira modalidade da presente invenção, em uma vista em perspectiva a partir de um lado frontal;
As Figs. 2b a 2d mostram o dispositivo de travamento de haste de êmbolo da Fig. 2a em uma vista superior e em duas vistas laterais;
A Fig. 2e mostra o detalhe A da Fig. 2d;
A Fig. 2f mostra o dispositivo de travamento de haste de êmbolo da Fig. 2a em uma vista em perspectiva a partir de um lado de trás;
A Fig. 3 mostra uma vista transversal do dispositivo de travamento de haste de êmbolo, de acordo com uma segunda modalidade da presente invenção, montado na extremidade proximal de um cilindro de seringa;
As Figs. 4a e 4b mostram a inserção de uma haste de êmbolo dentro de um cilindro de seringa com um dispositivo de travamento, de acordo com a presente invenção, montado na extremidade proximal do cilindro de seringa, em uma vista em perspectiva e em uma vista transversal;
A Fig. 5a é uma vista transversal de um cilindro de seringa quando a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo está quase travada na porção de travamento de haste de êmbolo do dispositivo de travamento de haste de êmbolo, de acordo com a presente invenção;
A Fig. 5b é uma vista transversal de um cilindro de seringa quando a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo está travada na porção de travamento de haste de êmbolo do dispositivo de travamento de haste de êmbolo, de acordo com a presente invenção;
A Fig. 6a é uma vista transversal da extremidade proximal do cilindro de seringa com o dispositivo de travamento de haste quase na condição travada da haste de êmbolo, de acordo com a Fig. 5a;
Fig. 6b é uma vista transversal da extremidade proximal do cilindro de seringa com o dispositivo de travamento de êmbolo na condição travada da haste de êmbolo, de acordo com a Fig. 5b;
A Fig. 7a mostra o dispositivo de travamento de haste de êmbolo, de acordo com uma terceira modalidade da presente invenção, em uma vista em perspectiva a partir de um lado frontal;
As Figs. 7b a 7d mostram o dispositivo de travamento de haste de êmbolo da Fig. 7a em uma vista superior e em duas vistas laterais;
A Fig. 7e mostra o detalhe A da Fig. 7d;
As Figs. 7f e 7g são uma vista transversal da extremidade proximal do cilindro de seringa com o dispositivo de travamento de haste de êmbolo quase na condição travada e na condição travada da haste de êmbolo, de acordo com a Fig. 7a;
A Fig. 7h é uma vista transversal de um cilindro de seringa quando a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo está quase travada na porção de travamento de haste de êmbolo do dispositivo de travamento de haste de êmbolo, de acordo com a Fig. 7a;
A Fig. 7i é uma vista transversal de um cilindro de seringa quando a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo está travada na porção de travamento de haste de êmbolo do dispositivo de travamento de êmbolo, de acordo com a Fig. 7a;
A Fig. 8a mostra o dispositivo de travamento de haste de êmbolo, de acordo com uma quarta modalidade da presente invenção, em uma vista em perspectiva a partir de um lado frontal; e
As Figs. 8b e 8c mostram o dispositivo de travamento de haste de êmbolo da Fig. 8a em uma vista superior e em uma vista lateral.

[035] Nos desenhos, os mesmos números de referência designam elementos ou grupos de elementos iguais ou substancialmente equivalentes.

DESCRIÇÃO DETALHADAS DAS MODALIDADES PREFERIDAS

[036] Como mostrado na Fig. 1a, uma seringa 1 para uso em conjunto com o dispositivo de travamento, de acordo com a presente invenção, inclui um cilindro de seringa 10 que é formado a partir de um material de vidro ou plástico, e é, de preferência, transparente. O cilindro de seringa 10 inclui uma extremidade proximal aberta 15 possuindo um flange 13, uma extremidade distal 11 e é um corpo cilíndrico formado por uma parede lateral cilíndrica definindo uma câmara receptora de substância que pode ser preenchida com uma dose selecionada de medicamento na forma seca ou líquida, bem como outras substâncias tais como água ou diluente para o uso na reconstituição de um medicamento. A extremidade distal 11 do cilindro de seringa 10 inclui uma ponta possuindo uma passagem 12 (cf. Fig. 4b) se estendendo na direção axial através do mesmo e se comunicando com a câmara receptora de substância 16. Uma haste de êmbolo (não mostrada) pode se estender para dentro da extremidade proximal aberta 15 do cilindro de seringa 10 através da extremidade proximal aberta 15, que serve como uma abertura de preenchimento, e pode incluir um êmbolo (não mostrado), que pode deslizar em encaixe fluido-apertado dentro da parede cilíndrica, para vedar o cilindro de seringa 10. Normalmente, a haste de êmbolo será acoplada de maneira liberável ao êmbolo, ou seja, por meio de uma rosca. O cilindro de seringa 10 pode ser utilizado com um conjunto de agulha padrão (não mostrado), que é geralmente conhecido da técnica anterior.

[037] Na extremidade distal 11, o cilindro de seringa 10 geralmente não possui um colarinho integrado para engatar o eixo de montagem do conjunto de agulha. Para este fim, um colarinho, particularmente, um colarinho luer, pode ser montado na ponta da seringa, na extremidade distal 11 do cilindro de seringa 10.

[038] O conjunto de agulha pode ser mantido separado do cilindro de seringa 10, e pode ser montado no cilindro de seringa 10 pouco tempo antes do uso da seringa 1. Como um exemplo, uma agulha pode ser acoplada com a ponta de seringa 11 por meio de uma trava Luer padrão. Desta forma, o cilindro de seringa 10 pode ser preenchido com medicamento, e armazenado em sua condição preenchida antes da montagem do conjunto de agulha no mesmo.

[039] A presente invenção não deve, contudo, ser considerada como sendo limitada ao acoplamento do conjunto de agulha com o cilindro de seringa 10, mas a agulha também pode ser fixada na ponta de seringa 11 de forma convencional, tal como colada.

[040] Para evitar a contaminação ou vazamento do medicamento armazenado no cilindro de seringa 10, um fechamento resiliente (não mostrado) irá normalmente vedar a ponta de seringa na extremidade distal 11 antes da utilização. O fechamento resiliente é preferivelmente feito de um material elastomérico, e compreende um corpo cilíndrico (não mostrado), que é inserido na extremidade distal 11 para vedar a mesma. Com vistas a manter o fechamento resiliente no seu lugar, em um encaixe adequado com a ponta de seringa na extremidade distal 11, e para evitar uma contaminação do fechamento resiliente durante o armazenamento, um conjunto de tampa de ponta tal como aquele descrito em US 2013/0338603 A1 pode ser fornecido na ponta de seringa na extremidade distal 11 do cilindro de seringa 10.

[041] Para vedar a extremidade proximal oposta 15 do cilindro de seringa 10, um plug resiliente é inserido no cilindro de seringa 10 por meio da extremidade proximal aberta 15, que estará em engate fluido-apertado com a parede cilíndrica do cilindro de seringa 10, para, então, vedar a câmara receptora de substância.

[042] Na extremidade proximal oposta 15 do cilindro de seringa 10, um flange 13 é disposto formando um tipo de descanso para os dedos, permitindo ao usuário manipular a seringa durante o uso. O flange 13 pode ter diversas formas tais como arredondada, como mostrado na Fig. 1a ou, como algumas vezes visto, um tipo de arredondado modificado, o que pode incluir um par de lados retos, como uma pessoa dotada na técnica poderá apreciar. A borda interna 14 do flange 13 pode ser arredondada, como mostrado na Fig. 1a. Em geral, a borda interna arredondada 14 na extremidade proximal aberta pode ser em forma de funil em direção à superfície interna da parede lateral cilíndrica 10, como mostrado na Fig. 1a.

[043] Para travar a haste de êmbolo após o uso da seringa e impedir a reutilização da seringa, um dispositivo de travamento geralmente designado pelo número de referência 2, é montado no flange 13 na extremidade proximal aberta 15 do cilindro de seringa 10. O dispositivo de travamento 2 inclui uma porção de montagem 40 configurada para encaixar em um cilindro de seringa 10 por meio do flange 13, para ser positivamente montado no flange 13. Particularmente, o dispositivo de travamento 2 pode ser pregado contra uma certa resistência mínima no flange 13, mas pode ser removido novamente do flange 13 ao aplicar uma força que exceda tal resistência.

[044] Voltando-se agora mais especificamente para as Figs. 2a a 2f, em uma modalidade do dispositivo de travamento 2 de acordo com a presente invenção, a porção de montagem 40 inclui uma placa superior 20 e uma placa inferior 21, espaçadas uma da outra de modo a criar entre as mesmas um vão de tipo bolso 23, que é dimensionado e configurado para confortavelmente se acomodar no flange 13 da seringa 1. Se desejado, a placa inferior 21 pode ser eliminada em favor de uma porção de extensão de placa superior que trava sobre o flange 13.

[045] O vão 23 pode incluir uma abertura frontal 26 através da qual o flange 13 entra no vão 23 para montar o dispositivo de travamento 2 no flange 13. A abertura frontal 26 é configurada e dimensionada de modo a permitir a montagem da porção de montagem 40 sobre o flange 13 ao longo de uma ampla gama de ângulos de abordagem ou orientação entre o flange 13 e a porção de montagem 40. Paredes laterais 22 da porção de montagem 40 podem servir para conectar as placas superior e inferior 20 e 21, respectivamente, e ajudar a definir o vão 23. Estas paredes laterais 22 podem ser dispostas somente ao longo dos dois lados estreitos da porção de travamento 40, como mostrado na Fig. 1a, ou podem ser dispostas ao longo dos dois lados estreitos e adicionalmente ao longo de um lado longo traseiro da porção de travamento 40. Geralmente, a altura do vão 23 corresponde ao comprimento axial do flange 13.

[046] Enquanto as placas superior e inferior 20 e 21 estão aqui descritas como sendo relativamente retas, se desejado, uma das ou ambas as placas podem ser formadas com uma forma côncava, de modo que as placas 20, 21 são livres para se flexionarem em direção e para longe do vão 23. Deste modo, uma das ou ambas as placas superior e inferior 20, 21 podem se flexionar à medida que a porção de montagem 40 do dispositivo de travamento 2 é posicionada sobre o flange 13, assim, considerando qualquer desvio de tolerância, inconsistência de forma ou superfície, ou outra dificuldade apresentada pelo flange 13. Também, deste modo, a porção de montagem 40 pode exercer uma ação de suporte mais positiva sobre o flange 13, se tal força aumentada for necessária ou desejável. Uma certa flexibilidade pode também auxiliar na definição de uma força mínima necessária para montar a porção de montagem 40 no flange 13, particularmente, por meio de grampo. Embora não mostrado nos desenhos, uma pessoa dotada na técnica também irá apreciar que o dispositivo de travamento, em geral, pode ser dimensionado e configurado de modo que as placas 20, 21 podem assumir uma forma convexa para atingir o mesmo fim.

[047] A apertura de placa inferior 26 é geralmente configurada e dimensionada para formar contato de encaixe com a superfície exterior do cilindro de seringa 10 na extremidade proximal aberta 15 do mesmo. A abertura 26 por si só e/ou através da estrutura associada à mesma, forma uma passagem ao longo da placa superior 20 possuindo uma largura que pode ser de alguma forma menor do que o diâmetro interno definido pela extremidade proximal aberta 15 do cilindro de seringa 10, mas que também pode corresponder ao diâmetro interno definido pela extremidade proximal aberta 15 do cilindro de seringa 10. Como mostrado aqui, a abertura inferior 26 é formada de modo relativamente arcado, de modo a estar em conformidade com a superfície externa relativamente cilíndrica do cilindro de seringa 10 na extremidade proximal 15 do mesmo. Mais especificamente, como mostrado na Fig. 2b, a borda interna 25 da abertura inferior 26 na placa inferior 21 possui uma forma semicircular de um diâmetro que é idêntico ao diâmetro do cilindro de seringa 10 na extremidade proximal aberta 15 do mesmo, ou que pode ser um pouco menor do que este diâmetro externo.

[048] De acordo com modalidades adicionais, a largura da abertura 26 formada na placa superior 20 também pode ser um pouco menor do que o diâmetro externo do cilindro de seringa 10 na extremidade proximal aberta 15 do mesmo, para, assim, implementar uma função de batente adicional contra a remoção inadvertida do êmbolo de seringa após a montagem do dispositivo de travamento 2 no flange da seringa, como será mostrado em mais detalhes em seguida, mas que não represente uma característica essencial do dispositivo de travamento de haste de êmbolo de acordo com a presente invenção. Contudo, a forma da abertura 26 não é necessariamente tão limitada e, como pode ser apreciado, pode ser configurada para acomodar qualquer forma tomada pelo cilindro de seringa 10, tal como oval, quadrada, etc.

[049] Para permitir a inserção do dispositivo de travamento 2 sobre o flange 13 e para permitir a inserção do dispositivo de travamento 2 independente da presença ou ausência de um êmbolo, a borda interna 25 da abertura de placa inferior 26 pode ser disposta com uma borda principal 25a formada para, de outro modo, atravessar a placa inferior 21. Assim, a placa inferior 21 possui uma abertura principal, que é conectada à abertura 26 por meio de um par oposto de bordas de transição.

[050] Como mostrado na vista transversal da Fig. 2d, a borda interna 25 pode ter uma forma truncada (frustro-cônica), se vista em uma vista transversal. O diâmetro interno da borda interna truncada (frustro-cônica) 25 pode corresponder ao diâmetro interno do cilindro de seringa 10 na extremidade proximal 15 do mesmo, ou pode ser mesmo um pouco maior. De acordo com esta alternativa, a borda interna truncada (frustro-cônica) 25 não seria adequada para implementar uma função de batente para impedir a remoção inadvertida do êmbolo a partir do cilindro de seringa uma vez inserido dentro do cilindro de seringa.

[051] De acordo com uma modalidade adicional, de acordo com a presente invenção, no entanto, o diâmetro externo da borda interna truncada (frustrocônica) 25 pode corresponder ao diâmetro interno do cilindro de seringa 10 na extremidade proximal 15 do mesmo. Mais especificamente, a extremidade proximal do flange 13 irá normalmente encostar (ou quase encostar) na superfície interna da placa superior 20, de modo que a borda interna truncada (frustro-cônica) 25 irá confortavelmente se encaixar na borda interna arredondada 14 do flange 13. Para este fim, ao menos a extremidade de fundo da borda interna truncada (frustro-cônica) 25 também pode ser resiliente.

[052] Com a forma semicircular da borda interna 25, que forma uma abertura 26 aberta em direção a um lado longitudinal da porção de montagem 40, o dispositivo de travamento 2 pode ser empurrado a partir da lateral para o flange 13 da seringa 1. Quando a porção de montagem 40 com a abertura semicircular 26 é empurrada em direção ao flange 13 da seringa 1, a borda interna truncada (frustro-cônica) 25 será flexionada e deformada para deslizar sobre o flange 13 da seringa 1, até que a borda interna truncada (frustrocônica) 25 irá positivamente encaixar na extremidade proximal aberta 15 da seringa, para, assim, confiavelmente montar a porção de montagem 40 no flange 13 por meio de encaixe positivo. Nesta posição, com a haste de êmbolo (não mostrada nas Figs. 2a a 2d) se estendendo ao longo do canal de comunicação 29 para dentro da extremidade proximal aberta 15 da seringa 1, o dispositivo de travamento 2 não pode ser removido novamente do flange 13. Como ficará aparente para uma pessoa dotada na técnica, quando se empurra a porção de montagem 40 em direção ao flange 13 da seringa, a placa superior 20 e/ou placa inferior 21 da porção de montagem 20 pode ser levemente flexionada para permitir que a borda interna truncada (frustro-cônica) 25 (ou pelo menos uma protrusão 28 mostrada na Fig. 3) deslize para dentro da extremidade proximal aberta 15 da seringa 1 e encoste na borda interna arredondada em forma de funil 14 do flange 13.

[053] Como mostrado nas Figs. 2a e 2d, a porção de montagem 40 é conectada à porção de travamento de haste de êmbolo 30 disposta acima da porção de travamento 40. Mais especificamente, uma porção de conexão cilíndrica relativamente curta 27 pode ser disposta entre a porção de montagem 40 e a porção de travamento de haste de êmbolo 30. Preferivelmente, a porção de travamento de haste de êmbolo 30 é integralmente formada com a porção de montagem 40, ou seja, por meio de moldagem de injeção plástica. Como uma alternativa, a porção de travamento de haste de êmbolo 30 e a porção de montagem 40 podem ser formadas como elementos separados conectados um ao outro utilizando elementos de fixação, tais como roscas ou parafusos, ou usando outras técnicas de conexão, tais como cola com adesivo ou fusão por aquecimento. Aqui, a porção de travamento de haste de êmbolo 30 está em comunicação com a porção de montagem 40, e um canal de comunicação 29 é formado no dispositivo de travamento 2 que possui uma largura um pouco maior do que o diâmetro externo da haste de êmbolo, de modo a permitir a inserção de uma haste de êmbolo a partir de verticalmente acima através do dispositivo de travamento 2 e deste canal de comunicação 29 para dentro do volume interno de um cilindro de seringa.

[054] Mais especificamente, a porção de travamento de haste de êmbolo 30 forma uma câmara cilíndrica ou espaço receptor 37 formado pela parece lateral cilíndrica 31, que é configurada para receber a extremidade proximal em forma de disco 50 (ver Fig. 4a) da haste de êmbolo 5, quando a haste de êmbolo 5 está travada em ou próxima de uma posição axial principal da extremidade distal da haste de êmbolo 5 no cilindro 10 após o uso da seringa.

[055] Como mostrado nas Figs. 2a a 2f, a porção de travamento de haste de êmbolo 30 inclui pelo menos um dispositivo de travamento 34 para travar uma posição axial da haste de êmbolo, como será descrito aqui em mais detalhes. Na modalidade das Figs. 2a e 2d, o pelo menos um dispositivo de travamento é mostrado como um nariz de travamento biselado 34, que pode flexionar-se radialmente para fora ou pode ser resiliente, para permitir a inserção da extremidade proximal da haste de êmbolo dentro do volume interno da câmara 37 formado pela porção de travamento de haste de êmbolo 30 abaixo do nariz de travamento biselado 34.

[056] De preferência, uma pluralidade de dispositivos de travamento 34, tais como os narizes de travamento supramencionados, são dispostos em espaçamento equiangular na porção de travamento de haste de êmbolo 30 para, assim, definir um volume interno ou espaço receptor para receber e travar a posição axial da haste de êmbolo em ou próxima de uma posição axial principal da haste de êmbolo no cilindro de seringa.

[057] Como melhor mostrado nas Figs. 2a e 2d, a porção de travamento de haste de êmbolo 30 pode ser formada por uma parede lateral circular circunferencial 31, com o pelo menos um nariz de travamento 34 sendo integralmente formado em uma superfície interna da parede lateral circunferencial 31, de modo que o volume interno ou espaço receptor 37 para travar a posição axial da haste de êmbolo é definido entre um lado de fundo 36 do pelo menos um nariz de travamento 34 e um fundo anular 32 da porção de travamento de haste de êmbolo 30. Aqui, o fundo anular 32 serve como uma superfície de batente para definir a posição axial principal da haste de êmbolo no cilindro de seringa pelo encosto da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo nesta superfície de batente 32. Isto significa que a largura do canal de comunicação 29 abaixo do fundo anular 32 é menos do que a largura da extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5 (ver Fig. 4a).

[058] De acordo com modalidades adicionais (não mostradas), contudo, esta função de batente também pode ser implementada através de protrusões se projetando para dentro da câmara ou espaço receptor 37 da porção de travamento de haste de êmbolo 30 em uma posição abaixo dos narizes de travamento 34, com vistas a parar o empuxo mais para frente da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo, para, deste modo, definir a posição axial principal da haste de êmbolo no cilindro de seringa pelo encosto da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo em tais protrusões.

[059] Quando a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo é positivamente travada pelo ao menos um nariz de travamento 34, como mostrado na Fig. 6b e explicado mais à frente, a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo é completamente recebida na câmara ou espaço receptor 37 formado pela parede lateral circunferencial 31 da porção de travamento de haste de êmbolo 30, mais especificamente, formado entre os lados de fundo 36 dos narizes de travamento 34 de da superfície de batente 32. Nesta condição travada, como mostrado na Fig. 6b, a parede lateral circunferencial 31 da porção de travamento de haste de êmbolo 30, assim, cerca ou cobre completamente a extremidade proximal da haste de êmbolo, para impedir o acesso não autorizado à extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5, ou seja, para a remoção a partir da câmara 37 ao liberar o encaixe positivo do pelo menos um nariz de travamento 34 por meio de flexão. Deste modo, a parede lateral circunferencial 31 ainda aumenta o efeito inviolável fornecido pelo ao menos um dispositivo de travamento positivo, para, assim, impedir a reutilização inadvertida da seringa, uma vez que uma dose de medicamento tenha sido injetada ao empurrar a haste para a posição axial principal na seringa. Na condição travada, a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5 é completamente recebida no volume ou câmara definida pela parede lateral circunferencial 30, deste modo, fornecendo uma indicação clara e inequívoca de um estado de uso da seringa.

[060] Ao mesmo tempo, os narizes de travamento 34 definem uma certa distância mínima entre o lado proximal da extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5 e o aro superior da parede lateral cilíndrica 31 do dispositivo de travamento de haste de êmbolo 30, para, deste modo, impedir a remoção da extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5 em direção a uma extremidade proximal da porção de travamento de haste de êmbolo 30 além desta distância mínima, quando a posição axial da haste de êmbolo 5 estiver positivamente travada. Como pode ser concluído a partir da Fig. 6b, esta distância mínima corresponde pelo menos ao comprimento dos narizes de travamento 34, e pode ser maior do que este comprimento axial se os narizes de travamento 34 estiverem dispostos um pouco mais ao fundo dentro da câmara 37 do dispositivo de travamento de haste de êmbolo 30.

[061] Como melhor mostrado nas Figs. 2d e 2e, uma janela ou corte 34a pode ser formado na parede lateral circunferencial 31 da porção de travamento de haste de êmbolo 30 em cada posição do pelo menos um dispositivo de travamento positivo associado (ou seja, nariz de travamento 34) para adicionalmente assistir em uma certa flexão do pelo menos um nariz de travamento 34 em direção à parede lateral circunferencial 31 mediante a inserção da haste de êmbolo. Como melhor mostrado na Fig. 2c, o pelo menos um nariz de travamento 34 pode ser formado como uma placa retangular se projetando radialmente para dentro do canal de comunicação 29 em um ângulo agudo. O pelo menos um nariz de travamento 34 pode ser conectado à parede lateral circunferencial 31 em uma extremidade superior (proximal) da mesma somente, para, assim, permitir uma flexão adequada do pelo menos um nariz de travamento 34 sobre a extremidade superior (proximal) da mesma servindo como um fulcro quando a haste de êmbolo é inserida a partir de acima para dentro da porção de travamento de haste de êmbolo 30.

[062] Logicamente, o nariz de travamento 34 também pode ser formado como um nariz de travamento biselado sólido na superfície interna da parede lateral circunferencial 31, sem a projeção de tais janelas ou cortes 34a.

[063] A Fig. 3 mostra uma vista transversal do dispositivo de travamento de haste de êmbolo de acordo com uma modalidade adicional preferida da presente invenção, se montado no flange 13 do cilindro de seringa 10. De acordo com esta modalidade, o dispositivo de travamento de haste de êmbolo adicionalmente fornece uma chamada função de batente para adicionalmente impedir a remoção inadvertida do êmbolo a partir do cilindro de seringa. Como mostrado na Fig. 3, pelo menos uma protrusão 28 pode se projetar radialmente para dentro do canal de comunicação tubular 29 para, deste modo, reduzir mais a largura do canal de comunicação 29 pelo menos em seções com para uma largura que seja um pouco menor do que o diâmetro externo do êmbolo (não mostrado) inserido dentro do cilindro de seringa 10, para adicionalmente impedir a remoção inadvertida do êmbolo a partir do cilindro de seringa 10. A pelo menos uma protrusão 28 pode ser formada pela borda interna 25 da abertura de fundo 26 possuindo uma forma semicircular, mas também pode ser formada como um elemento separado na superfície distal da placa superior 20 da porção de montagem 20. Ou seja, a pelo menos uma protrusão 28 pode ser formada como uma extensão axial da porção de conexão 27 da porção de montagem 20. A pelo menos uma protrusão 28 se encaixa positivamente dentro da extremidade proximal aberta 15 do cilindro de seringa 10 para, desta forma, assistir no encaixe positivo da porção de montagem 40 no flange 13. Na condição montada do dispositivo de travamento mostrado na Fig. 3, o vão 23 da porção de montagem 40 fornece uma certa liberdade para assim compensar a variação de diâmetros externos do flange 13.

[064] Como melhor mostrado nas Figs. 2a e 3, o canal de comunicação 29 se estende através de todo o dispositivo de travamento 2 na direção axial, incluindo a porção de travamento de haste de êmbolo 30 e a porção de montagem 40, e geralmente é dimensionado para permitir a inserção livre de um êmbolo de seringa no mesmo. O canal de comunicação 29 possui um perfil correspondendo à área de base da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo, e pode possuir um perfil geralmente circular no caso preferido em que a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo possui uma área de base circular. O canal de comunicação 29 é formado pelo volume interno ou espaço receptor 37 da porção de travamento de haste de êmbolo 30, pelo volume interno da porção de conexão 27 e pelo volume interno da porção de montagem 40. Nesta modalidade, o diâmetro mínimo do canal de comunicação 29 corresponde ao diâmetro externo da haste de êmbolo, exceto extremidade proximal da mesma, que é geralmente em forma de disco e possui um diâmetro externo um pouco maior do que a haste de êmbolo. Na condição montada do dispositivo de travamento mostrado na Fig. 3, o canal de comunicação 29 está em comunicação com o volume interno do cilindro de seringa 10 para permitir a inserção de uma haste de êmbolo dentro do cilindro de seringa, por meio do canal de comunicação 29 e da extremidade proximal aberta 15. Geralmente, o êmbolo será inserido dentro da extremidade proximal aberta 15 do cilindro de seringa 10 quando o dispositivo de travamento ainda não está montado no flange 13. No entanto, em uma modalidade alternativa, o êmbolo pode também ser inserido dentro da extremidade proximal aberta 15 do cilindro de seringa 10 quando o dispositivo de travamento já está montado no flange 13 e quando a haste de êmbolo ainda não está inserida dentro do cilindro de seringa. Para este fim, é preferido que a pelo menos uma protrusão 28 seja ligeiramente biselada radialmente para dentro e somente se projete um pouco radialmente para dentro da extremidade proximal aberta 15, como mostrado na Fig. 3, de modo que o êmbolo seja elasticamente deformado um pouco quando inserido dentro do cilindro de seringa 10 por meio do canal de comunicação 29 e pode se expandir novamente dentro do cilindro de seringa 10 para deslizar mais em direção à extremidade distal do cilindro de seringa 10 em encaixe fluido-apertado dentro da parede cilíndrica do cilindro de seringa 10.

[065] Como se tornará aparente para uma pessoa dotada na técnica, o diâmetro mínimo do canal de comunicação 29 não é necessariamente menor do que a dimensão externa máxima do êmbolo, visto que a referida função de batente para impedir a remoção inadvertida do êmbolo a partir do cilindro de seringa representa uma função opcional, adicional do dispositivo de travamento de acordo com a presente invenção.

[066] A Fig. 4a mostra a inserção de uma haste de êmbolo 5 a partir de um lado proximal, através do canal de comunicação 29, para dentro do cilindro de seringa 10, com o dispositivo de travamento, de acordo com a presente invenção, montado na extremidade proximal do cilindro de seringa 10. Nesta etapa, o êmbolo já foi inserido no cilindro de seringa. A haste de êmbolo 5 inclui um eixo 52. Como mostrado na Fig. 4a, o eixo 52 pode incluir uma pluralidade de aletas ou nervuras se estendendo ao longo do comprimento do eixo de êmbolo 52 e paralelas a um eixo longitudinal imaginário do mesmo. Como mostrado na Fig. 4a, as aletas ou nervuras podem fazer interseção umas com as outras, ou seja, sob um ângulo direito. A extremidade proximal 50 da haste de êmbolo 5 pode ser em forma de disco, e é formada neste exemplo por um disco circular 50 possuindo um diâmetro externo que é maior do que o diâmetro externo do eixo de êmbolo 52 em todas as outras porções (ou seja, na região das supramencionadas aletas ou nervuras). Este diâmetro externo da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo 5 é menor do que o diâmetro interno da porção de travamento de haste de êmbolo 30 (particularmente, da parede lateral circunferencial ou volume receptor da mesma) mas é maior do que o diâmetro livre entre os narizes de travamento 34 na câmara do volume receptor 37 da porção de travamento de haste de êmbolo 30.

[067] Na extremidade distal oposta 51 da haste de êmbolo 5 uma disposição de acoplamento do tipo parafuso ou de outro tipo pode ser provida para acoplar a haste de êmbolo 5 com o êmbolo (não mostrado no desenho). Normalmente, na condição da Fig. 4a, o êmbolo já estará inserido dentro da câmara do cilindro de seringa 10 para vedar uma dose preenchida de medicamento dentro da câmara. A haste de êmbolo 5 irá, assim, ser inserida por meio do canal de comunicação 29 do dispositivo de travamento, e da extremidade proximal aberta do cilindro de seringa 10 para se acoplar com o êmbolo, por meio da rosca 53 ou outro tipo de disposição de acoplamento provida na extremidade distal 51 da haste de êmbolo 5. Para permitir a inserção da haste de êmbolo 5, a largura interna na porção mais estreita do canal de comunicação 29, que é definida pela protrusão 28 na extremidade distal da porção de conexão 27 ou pela borda interna truncada (frustro-cônica) 25 (ver Figs. 2b e 2d), deveria ser maior do que o diâmetro externo máximo da haste de êmbolo, particularmente, na extremidade distal 51 da mesma.

[068] A Fig. 4b mostra a inserção da haste de êmbolo 5 dentro do cilindro de seringa 10 com o dispositivo de travamento da Fig. 4a em uma vista transversal quando a extremidade distal 51 da haste de êmbolo 5 está acoplada com o êmbolo 55 dentro da câmara 16 do cilindro de seringa 10.

[069] Nesta fase, a administração do líquido 19 através do canal de injeção e de uma agulha de seringa (não mostrada) pode ser iniciada ao empurrar a haste de êmbolo 5 para frente, em direção à extremidade distal 11 do cilindro de seringa 10. Finalmente, a extremidade proximal 50 da haste de êmbolo 5 atinge a regiâo da porção de travamento de haste de êmbolo 30, como mostrado na Fig. 5a. Nesta fase, o êmbolo 55 é empurrado próximo da posição distal principal no cilindro de seringa 10 e a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5 entra em contato com o bisel 35 dos narizes de travamento 34. Quando a haste de êmbolo 5 é empurrada mais para frente em direção à extremidade distal 11 do cilindro de seringa 10, a extremidade proximal em forma de disco 50 começa a deslizar ao longo dos biseis 35 dos narizes de travamento 34, flexionando os narizes de travamento resilientes 34 cada vez mais para fora, em direção à parede lateral circunferencial da porção de travamento de haste de êmbolo 30, e/ou causando uma certa flexão e inclinação da extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5. Como mostrado na Fig. 5b, finalmente, a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo terá deslizado além das extremidades frontais dos biseis 35 dos narizes de travamento 34 para ser acomodada completamente dentro da câmara ou volume receptor 37 formado pela parede lateral circunferencial da porção de travamento de haste de êmbolo 30. Mais especificamente, a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo terá deslizado para dentro do vão formado entre os lados de fundo 36 dos narizes de travamento 34 (ver Fig. 2a) e da superfície de batente anular 32 no fundo da porção de travamento de haste de êmbolo 30, de modo que os narizes de travamento resilientes 34 irão ser flexionados para trás, para dentro do canal de comunicação 29 para recuperar sua posição inicial. Em tal condição, o êmbolo 55 terá alcançado a sua posição distal principal no cilindro de seringa 10, como mostrado na Fig. 5b.

[070] Mais especificamente, de acordo com esta modalidade, a posição distal principal do êmbolo 55 no cilindro de seringa 10 é alcançada quando o lado distal da extremidade proximal em forma de disco 50 encosta na superfície de batente anular 32 no fundo da porção de travamento de haste de êmbolo 30.

[071] Como mostrado nas Figs. 5a e 5b, a altura da câmara ou espaço receptor 37 formado entre os lados de fundo 36 dos narizes de travamento 34 (ver Fig. 2a) e a superfície de batente anular 32 no fundo da porção de travamento de haste de êmbolo 30 em uma direção axial do dispositivo de travamento, pode ser igual à espessura da extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5, de modo que a extremidade proximal em forma de disco 50 seja confortavelmente recebida entre os lados de fundo 36 dos narizes de travamento 34 (ver Fig. 2a) e na superfície de batente 32 no fundo da porção de travamento de haste de êmbolo 30 sem liberação axial. De qualquer forma, o travamento da extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5 pelos narizes de travamento 34 impede confiavelmente a remoção não autorizada da haste de êmbolo 5 depois da injeção, através da remoção da extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5 a partir da câmara ou espaço receptor 37.

[072] A Fig. 6a é uma vista transversal na região da extremidade proximal do cilindro de seringa na condição quase travada da haste de êmbolo, de acordo com a Fig. 5a. A Fig. 6b é uma vista transversal da extremidade proximal do cilindro de seringa na condição travada da haste de êmbolo, de acordo com a Fig. 5b, quando a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo está travada basicamente sem jogo no vão entre os narizes de travamento 34 e a superfície de batente anular no fundo da câmara ou espaço receptor 37. Nesta condição, a extremidade proximal em forma de disco 50 é completamente acomodada e retida na câmara ou espaço receptor 37 do dispositivo de travamento de haste de êmbolo 30, e uma remoção inadvertida da haste de êmbolo é confiavelmente impedida, o que serve como um indicador de inviolabilidade para impedir a reutilização inadvertida da seringa, uma vez que a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo esteja travada pelos narizes de travamento 34.

[073] As Figs. 7a e 7e mostram uma modalidade adicional do dispositivo de travamento de acordo com a presente invenção. Aqui, em comparação com a primeira modalidade mencionada acima, a câmara ou espaço receptor 37 da porção de travamento de haste de êmbolo 30 possui uma estrutura filigrana mais aberta onde, de maneira confiável, grandes janelas 34a são formadas na parede lateral circunferencial oposta 31, formando a câmara ou espaço receptor 37 da porção de travamento de haste de êmbolo 30. Mais especificamente, uma pluralidade de janelas retangulares 34a, isto é, quatro janelas 34a, podem ser dispostas em espaçamento equiangular ao longo da parede lateral circunferencial oposta 31, que são interrompidas pelas teias de conexão axiais conectando o aro superior anular da parede lateral circunferencial 31 com o fundo 32 da porção de travamento de haste de êmbolo 30. Como mostrado na Fig. 7a, narizes de travamento 34 são formados acima de uma janela 34a correspondente. Como mostrado na vista plana da Fig. 7b, tais narizes de travamento 34 possuem bordas frontais lineares, que formam bordas laterais de um quadrado virtual de um tamanho de lado que é um pouco menor do que a largura externa máxima da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo (não mostrada) a ser travada por estes narizes de travamento. Também, nesta modalidade, as superfícies superiores dos narizes de travamento 34 são formadas como biseis 35 que são inclinados para dentro e para baixo, sob um ângulo agudo em direção à câmara 37 formada pela parede lateral circunferencial 31. As superfícies de fundo 36 dos narizes de travamento 34 podem se estender perpendiculares à parede lateral circunferencial 31, para, assim, impedir uma remoção inadvertida da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo, uma vez que a mesma está travada no vão entre os narizes de travamento 34 e o fundo anular 32 da porção de travamento de haste de êmbolo 30.

[074] A Fig. 7f é uma vista transversal na região da extremidade proximal do cilindro de seringa na condição quase travada do dispositivo de travamento de haste de êmbolo, de acordo com a Fig. 7a. A Fig. 7g é uma vista transversal da extremidade proximal do cilindro de seringa na condição travada do dispositivo de travamento de haste de êmbolo, de acordo com a Fig. 7a, quando a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo está travada com jogo no vão entre os narizes de travamento 34 e a superfície de batente anular 32 no fundo da câmara ou espaço receptor 37. Na condição da Fig. 7g, a extremidade proximal em forma de disco 50 é totalmente acomodada e retida na câmara ou espaço receptor 37 da porção de travamento de haste de êmbolo 30, e uma remoção inadvertida da haste de êmbolo pela retirada da extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo, a partir da câmara ou espaço receptor 37 é confiavelmente impedida, o que serve como um indicador de inviolabilidade para impedir a reutilização inadvertida da seringa, uma vez que a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo estiver travada pelos narizes de travamento 34. Ao mesmo tempo, a extremidade proximal em forma de disco 50 e a haste de êmbolo 5 podem ser movidas na direção axial sobre uma certa distância pequena, visto que o comprimento axial da extremidade proximal em forma de disco 50 é menor do que a distância entre as superfícies de fundo 36 dos narizes de travamento 34 e a superfície de batente 32 no fundo da câmara 37.

[075] Quando a haste de êmbolo 5 é empurrada mais para frente em direção à extremidade distal 11 do cilindro de seringa 10 a partir da posição mostrada na Fig. 7f, a extremidade proximal em forma de disco 50 começa a deslizar ao longo dos biseis 35 dos narizes de travamento 34, flexionando os narizes de travamento resilientes 34 para fora, em direção à parede lateral circunferencial 31 da porção de travamento de haste de êmbolo 30, e/ou causando uma certa flexão e inclinação da extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5. Como mostrado na Fig. 7g, finalmente, a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo, terá deslizado além das extremidades frontais dos biseis 35 dos narizes de travamento 34 para ficarem completamente acomodada dentro da câmara ou espaço receptor 37 formado pela parede lateral circunferencial 31 da porção de travamento de haste de êmbolo 30. Mais especificamente, a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo terá deslizado para dentro da câmara ou espaço receptor 37 formado entre as laterais de fundo 36 dos narizes de travamento 34 e a superfície de batente anular 32 no fundo da porção de travamento de haste de êmbolo 30, de modo que os narizes de travamento resilientes 34 irão flexionar-se para trás para dentro do canal de comunicação 29 para recapturar sua posição inicial. Na condição mostrada nas Figs. 7g e 7i, quando a extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo encosta na superfície de batente anular 32 no fundo da câmara 37, o êmbolo 55 terá atingido sua posição distal principal no cilindro de seringa 10, como mostrado na Fig. 7i.

[076] Nesta modalidade, o aro superior da parede lateral 31 acima das janelas 34a pode ser relativamente fino e formar uma teia circunferencial resiliente relativamente fina ao longo da parede lateral 31, que ainda irá ajudar uma adequada flexão dos narizes de travamento 34 quando a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo deslizar sobre os narizes de travamento 34.

[077] As Figs. 8a a 8c mostram uma modalidade adicional do dispositivo de travamento de acordo com a presente invenção, em que a câmara 37 da porção de travamento de haste de êmbolo 30 possui uma estrutura filigrana ainda mais aberta onde a câmara 37 é basicamente formada por duas teias anulares, uma teia anular 39a formando o aro superior da porção de travamento de haste de êmbolo 30, a outra teia anular neste exemplo sendo formada pela superfície de batente anular 32 no fundo da porção de travamento de haste de êmbolo 30. De acordo com uma outra modalidade (não mostrada), uma segunda teia anular similar à teia anular 31 pode ser disposta na extremidade inferior da câmara 37 e acima da superfície de batente anular 32 no fundo da porção de travamento de haste de êmbolo 30.

[078] Como mostrado na Fig. 8a, a teia anular superior 39a e o fundo 32 da porção de travamento de haste de êmbolo 30 são interconectados por uma pluralidade de teias de conexão axiais 39b que podem ser relativamente finas, enquanto as janelas 34a entre essas teias de conexão axiais 39b podem ser relativamente amplas. Pode ser dito que nesta modalidade a câmara ou volume receptor 37 da porção de travamento de haste de êmbolo 30 é formado como uma gaiola com janelas relativamente amplas 34a. Não obstante, a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo, uma vez travada pelos narizes de travamento 34 dentro da câmara ou volume receptor 37 é ainda suficientemente protegida pelas teias de conexão axiais 39b e a teia anular superior 39a para impedir uma manipulação indesejada da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo, e, deste modo, uma liberação inadvertida dos narizes de travamento 34, de modo que a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo é confiavelmente travada e retida dentro da câmara ou volume receptor 37 da porção de travamento de haste de êmbolo 30. Para este fim, as janelas 34a podem ser de uma largura impedindo o acesso à extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo a partir do lado de fora da câmara ou volume receptor 37 ou gaiola, isto é, para impedir o acesso para a ponta do dedo mindinho de um usuário à extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo a partir do lado de fora.

[079] Como mostrado na Fig. 8a, narizes de travamento 34 são, cada um, formados acima de uma janela 34a correspondente no lado interno da teia anular 39a. Como mostrado na vista plana da Fig. 8b, estes narizes de travamento 34 podem, cada um, possuir uma borda frontal convexa se projetando para dentro da câmara 37 do dispositivo de travamento de haste de êmbolo 30. No lado de trás de cada nariz de travamento 34 uma convexidade 39c pode ser disposta, a qual, de um lado, pode ainda auxiliar em uma flexão adequada da teia anular 39a quando a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo desliza sobre as superfícies superiores biseladas dos narizes de travamento 34 mediante a inserção dentro da câmara 37, e, por outro lado, pode ainda auxiliar uma força de retorno acionando os narizes de travamento 34 e a teia anular 39a de volta em direção à posição inicial relaxada mostrada na Fig. 8b uma vez que a extremidade proximal em forma de disco estiver totalmente inserida dentro da câmara ou volume receptor 37 da estrutura em forma de gaiola. Também nesta modalidade, as superficies superiores dos narizes de travamento 34 são formadas como biseis 35 que são inclinados para dentro e para baixo sob um ângulo agudo em direção à câmara ou espaço receptor 37, onde as superfícies de fundo 36 dos narizes de travamento 34 podem se estender em paralelo à superfície de batente 32 no fundo da câmara ou espaço receptor 37, para, deste modo, impedir uma remoção inadvertida da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo, uma vez que estiver travada na câmara ou espaço receptor 37 formado entre os narizes de travamento 34 e o fundo anular 32 da porção de travamento de haste de êmbolo 30.

[080] Para todas as modalidades mencionadas acima, a altura da câmara ou volume receptor 37 formado entre os lados de fundo 36 dos narizes de travamento 34 e a superfície de batente 32 no fundo da porção de travamento de haste de êmbolo 30 em uma direção axial do dispositivo de travamento pode ser um pouco maior do que a espessura da extremidade proximal em forma de disco 50 da haste de êmbolo 5, de modo que a extremidade proximal em forma de disco 50 seja acomodada entre os lados de fundo 36 dos narizes de travamento 34 e a superfície de batente 32 no fundo da porção de travamento de haste de êmbolo 30 com uma certa liberdade axial. Assim, a haste de êmbolo 5 não está de fato travada sem Liberdade pela porção de travamento de haste de êmbolo 30. Ao invés disso, uma dose residual de líquido pode ser injetada pelo empuxo adicional para frente da haste de êmbolo 5 em direção à extremidade distal 11 do cilindro de seringa 10 depois de a extremidade proximal em forma de disco 50 ter deslizado além dos narizes de travamento 34, até a extremidade proximal em forma de disco 50 finalmente encostar na superfície de batente 32 no fundo da porção de travamento de haste de êmbolo 30, definindo a posição axial principal do êmbolo 55.

[081] Se alguém comparar as vistas transversais das Figs. 6a/6b e 7f/7g tornase claro para uma pessoa dotada na técnica, que um dispositivo de travamento, de acordo com a presente invenção, geralmente pode ser provido sem a função de batente mencionada acima, que serve para impedir uma remoção inadvertida ou retirada do êmbolo a partir do cilindro de seringa, uma vez que o dispositivo de travamento estiver montado no flange na extremidade proximal aberta do cilindro de seringa. Esta função de batente é implementada na modalidade mostrada nas Figs. 6a e 6b por meio das protrusões 28 estreitando a largura do canal de comunicação 29 para abaixo de um diâmetro externo ou largura do êmbolo (não mostrado). Por outro lado, na modalidade mostrada nas Figs. 4f e 7g as protrusões 28 geralmente não estreitam o canal de comunicação 29 formado no dispositivo de travamento.

[082] Enquanto a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo é mostrada como sendo de base circular nos desenhos, será apreciado e compreendido por aqueles dotados na técnica, que a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo pode possuir uma forma diferente, ou seja, uma forma retangular, quadrada, hexagonal, oval ou de elipse. Enquanto a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo é mostrada como sendo formada por material denso, será apreciado e compreendido por aqueles dotados na técnica que a extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo pode também ser parcialmente oca ou interrompida por passagens ou furos ou câmaras que podem ser dispostas e configuradas para auxiliar na flexão e inclinação da extremidade proximal em forma de disco da haste de êmbolo quando a mesma deslizar sobre os biseis de inserção nas superfícies superiores dos narizes de travamento do dispositivo de travamento de haste de êmbolo.

[083] Enquanto a extremidade proximal da haste de êmbolo é mostrada como sendo em forma de disco nos desenhos, será apreciado e compreendido por aqueles dotados na técnica, que a extremidade proximal da haste de êmbolo pode ser de qualquer forma apropriada, como é sabido a partir da técnica anterior, caso em que o pelo menos um dispositivo de travamento positivo da porção de travamento de haste de êmbolo pode ser de forma e funcionalidade diferente e pode positivamente se engatar com outras porções em ou próximo da extremidade proximal da haste de êmbolo de um modo similar ao destacado acima.

[084] Será apreciado e compreendido por aqueles dotados na técnica, que o dispositivo de travamento de haste de êmbolo com função de batente, de acordo com a presente invenção, fornece a funcionalidade de um dispositivo de batente para impedir a remoção inadvertida do êmbolo a partir de uma seringa, e de um dispositivo de travamento de haste de êmbolo inviolável, para travar a haste de êmbolo na extremidade proximal da seringa, uma vez que uma dose de medicamento tenha sido injetada ao empurrar a haste de êmbolo totalmente para frente e para impedir a reutilização da seringa. Será apreciado e compreendido por aqueles dotados na técnica, que o dispositivo de travamento de haste de êmbolo com função de batente, de acordo com a presente invenção, pode ser integralmente formado em qualquer uma das maneiras convencionais, tal como uma moldagem de injeção. Deve ser formado a partir de plásticos de nível medico apropriados, materiais de borracha dura, vidro, metais ou similares.

[085] Será apreciado e compreendido por aqueles dotados na técnica, que o dispositivo de travamento de haste de êmbolo com função de batente, de acordo com a presente invenção pode ser posicionado no flange de seringa, independente da presença ou ausência do êmbolo.

[086] Enquanto as modalidades preferidas da presente invenção foram descritas de modo a possibilitar que uma pessoa dotada na técnica possa praticar o dispositivo da presente invenção, deve ser compreendido que variações e modificações podem ser empregadas sem distanciar-se do conceito e intento da presente invenção, na forma definida nas reivindicações em anexo. Nestes termos, a descrição precedente tem o intuito de ser exemplificativa, e não deve ser utilizada para limitar o escopo da invenção. O escopo da invenção deve ser determinado somente por referência às reivindicações em anexo.
LISTA DOS NÚMEROS DE REFERÊNCIA
1 seringa
2 dispositivo de travamento de haste de êmbolo
3 seringa com dispositivo de travamento de haste de êmbolo 2
5 haste de êmbolo
10 corpo de cilindro de seringa cilíndrico
11 extremidade distal
12 canal de injeção
13 flange / descanso para os dedos
14 borda interna arredondada do flange 13
15 extremidade proximal aberta
16 volume interno / câmara
19 liquido
20 placa superior
21 placa inferior
22 parede lateral
23 vão
24 borda de travamento arredondada
25 borda interna semicircular
25a borda principal
26 abertura
27 porção de conexão
28 protrusão de travamento
29 canal de comunicação
30 elemento de travamento de haste de êmbolo
31 parede lateral cilíndrica
32 superfície de batente
33 extremidade proximal
34 nariz de travamento
34a janela
35 bisel do nariz de travamento 34
36 lado de fundo do nariz de travamento 34
37 câmara / espaço receptor
38 liberação
39a teia anular
39b teia de conexão axial
39c convexidade
40 dispositivo de montagem
50 extremidade proximal
51 extremidade distal
52 eixo
53 rosca
55 êmbolo

Claims

Dispositivo de travamento para travar uma haste de êmbolo (5) de uma seringa após o uso, e para impedir a reutilização da seringa, em que
a seringa inclui um cilindro (10) possuindo uma extremidade proximal aberta (15) e um flange (13) disposto adjacente à referida extremidade proximal aberta (15), em que o cilindro (10) é configurado para receber a haste de êmbolo (5) através da referida extremidade proximal aberta (15) e uma extremidade proximal (50) da haste de êmbolo (5) é formada em forma de disco,
o referido dispositivo de travamento compreendendo
uma porção de montagem (40) configurada para montar o dispositivo de travamento (2) no flange (13) adjacente à referida extremidade proximal (15) através de encaixe positivo, e
uma porção de travamento de haste de êmbolo (30) para travar uma posição axial da haste de êmbolo (5) após o uso da seringa, onde
um canal de comunicação (29) é formado dentro do dispositivo de travamento (2) para possibilitar a inserção da haste de êmbolo (5) na extremidade proximal aberta (15) do cilindro (10) por meio da porção de travamento de haste de êmbolo (30) e da porção de montagem (40),
caracterizado pelo fato de que uma largura do canal de comunicação (29) é maior dentro da porção de travamento de haste de êmbolo (30) para formar uma câmara (37) para receber a extremidade proximal em forma de disco (50) da haste de êmbolo (5) após o uso da seringa, em que a porção de travamento de haste de êmbolo (30) compreende pelo menos um dispositivo de travamento positivo (34) configurado para travar positivamente a posição axial da haste de êmbolo (5) através de encaixe positivo com a extremidade proximal em forma de disco (50) da haste de êmbolo (5), para travar a haste de êmbolo (5) em ou próxima de uma posição axial principal de uma extremidade distal (51, 53) da haste de êmbolo (5) dentro do cilindro (10) após o uso da seringa.
Dispositivo de travamento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que uma superfície de batente (32) é disposta em um fundo da referida câmara (37) para definir a posição axial principal da extremidade distal da haste de êmbolo (5) dentro do cilindro (10) através do encosto da extremidade proximal em forma de disco (50) da haste de êmbolo (5) com a superfície de batente (32).
Dispositivo de travamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um dispositivo de travamento positivo (34) é configurado para reter a extremidade proximal em forma de disco (50) da haste de êmbolo (5) dentro da câmara (37) e para impedir a remoção da extremidade proximal em forma de disco (50) da haste de êmbolo (5) em direção a uma extremidade proximal da porção de travamento de haste de êmbolo (30) além de uma distância mínima para um aro superior proximal da porção de travamento de haste de êmbolo (30), quando a posição axial da haste de êmbolo (5) é positivamente travada, em que a distância mínima corresponde ao menos a um comprimento axial do pelo menos um dispositivo de travamento positivo (34).
Dispositivo de travamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a câmara (37) formada pela porção de travamento de haste de êmbolo (30) é configurada para impedir o acesso total à extremidade proximal em forma de disco (50) da haste de êmbolo (5) a partir do lado de fora da porção de travamento de haste de êmbolo (30), para impedir a remoção da extremidade proximal em forma de disco (50) da haste de êmbolo (5) para fora da câmara (37), quando a posição axial da haste de êmbolo (5) está positivamente travada.
Dispositivo de travamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a porção de travamento de haste de êmbolo (30) é formada integralmente com a porção de montagem (40), em que a porção de travamento de haste de êmbolo (30)
compreende uma parede lateral circunferencial (30) e pelo menos um dispositivo de travamento positivo (34) sendo disposto em um lado interno da parede lateral circunferencial (30), ou
é formada como um elemento cilíndrico em forma de gaiola, formado por duas teias anulares (39a) interconectadas através de teias de conexão axiais (39b), em que o pelo menos um dispositivo de travamento positivo (34) é disposto em um lado interno de uma teia anular (39a) ou de uma teia de conexão axial (39b).
Dispositivo de travamento, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um dispositivo de travamento positivo é formado como um nariz de travamento (34) projetando-se radialmente para dentro da porção de travamento de haste de êmbolo (30) e sendo configurado para encaixe positivo com a extremidade proximal em forma de disco (50) da haste de êmbolo (5).
Dispositivo de travamento, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um nariz de travamento (34) é configurado para ser deformado ou flexionado de forma resiliente quando a extremidade proximal em forma de disco (50) da haste de êmbolo (5) é empurrada além do pelo menos um nariz de travamento (34) antes de a extremidade distal (51, 53) da haste de êmbolo (5) atingir a sua posição axial principal no cilindro (10).
Dispositivo de travamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 ou 7, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um nariz de travamento (34) é formado em uma janela (34a), que é formada na porção de travamento de haste de êmbolo (30) de modo que a câmara (37) se comunica com um lado externo da porção de travamento de haste de êmbolo (30).
Dispositivo de travamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 6 a 8, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um nariz de travamento (34) possui uma superfície superior biselada voltada para a direção de uma extremidade proximal aberta da porção de travamento de haste de êmbolo (30) e um lado de fundo (35) se estendendo radialmente para o lado de dentro, para dentro da câmara (37), formada pela porção de travamento de haste de êmbolo (30).
Dispositivo de travamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que uma altura da câmara (37) formada pela porção de travamento de haste de êmbolo (30) em uma direção axial do dispositivo
é igual a uma espessura da extremidade proximal em forma de disco (50) da haste de êmbolo (5); ou
é maior do que uma espessura da extremidade proximal em forma de disco (50) da haste de êmbolo (5).
Dispositivo de travamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a porção de montagem (40) compreende uma placa superior (20) direcionada para a extremidade proximal do canal de comunicação (29) e uma placa inferior (21) oposta à referida placa superior (20), um vão (23) sendo formado entre as placas superior e inferior (20, 21), em que pelo menos uma protrusão (25) é formada em uma extremidade proximal da porção de montagem (40) se projetando a partir da placa superior (20) para dentro do vão (23) e configurada para encaixe positivo com a extremidade proximal aberta (15) do cilindro (10), para a montagem do dispositivo de travamento (2) no flange (13) do cilindro (10).
Dispositivo de travamento, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma extremidade de fundo da pelo menos uma protrusão (25, 28) voltada para a placa inferior (21) da porção de montagem (40) é resiliente.
Dispositivo de travamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 ou 12, caracterizado pelo fato de que uma protrusão possui um perfil afunilado, possuindo um diâmetro externo correspondendo ao diâmetro interno do cilindro (10) na extremidade proximal aberta (15), em que uma altura do vão (23) formado entre as placas superior e inferior (20, 21) da porção de montagem (40) preferivelmente corresponde a uma altura do flange (13) na extremidade proximal aberta (15) do cilindro (10).
Dispositivo de travamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que ainda compreende pelo menos uma protrusão (25, 28) disposta no canal de comunicação (29) reduzindo uma largura do canal de comunicação (29) pelo menos em seções, para uma largura que é menor do que um diâmetro externo de um êmbolo (55) utilizado para selar o cilindro (10), para impedir a remoção inadvertida do êmbolo (55) do cilindro (10) através do canal de comunicação (29).
Conjunto de seringa, compreendendo:
um cilindro de seringa (10) possuindo uma extremidade distal (11), uma extremidade proximal aberta (15) oposta à extremidade distal (11), uma parede lateral se estendendo entre a extremidade distal e a extremidade proximal aberta definindo uma câmara (16), e um flange (13) disposto adjacente à referida extremidade proximal aberta (15);
um êmbolo (55) disposto dentro da câmara (16) do cilindro de seringa (10); e
uma haste de êmbolo (5) associada com o êmbolo (55) e conectada com o êmbolo, uma extremidade proximal (50) da haste de êmbolo (5) sendo formada em forma de disco;
caracterizado pelo fato de que um dispositivo de travamento (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, que é montado no flange (13) adjacente à referida extremidade proximal (15) através de encaixe positivo, para travar a haste de êmbolo (5) em ou próxima a uma posição axial principal da extremidade distal (51, 53) da haste de êmbolo (5) dentro do cilindro (10) após o uso da seringa, e impedindo a reutilização da seringa.