BR102020007215A2 - Material cerâmico flutuante contendo larvicida e inseticida, processo e uso - Google Patents

Material cerâmico flutuante contendo larvicida e inseticida, processo e uso Download PDF

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material cerâmico flutuante contendo larvicida e inseticida, processo e uso. a presente tecnologia trata de material cerâmico flutuante, constituído de concreto celular autoclavado contendo compostos larvicidas e inseticidas, tais como cresóis separados ou combinados entre si. trata também do processo de obtenção de tal material cerâmico e de seu uso, para liberação controlada de compostos larvicidas e inseticidas, para erradicação de larvas de insetos em ambientes aquáticos ou insetos rastejantes confinados em estruturas domésticas, como bueiros pluviais e galerias.

Description

MATERIAL CERÂMICO FLUTUANTE CONTENDO LARVICIDA E INSETICIDA, PROCESSO E USO
[01] A presente tecnologia trata de material cerâmico flutuante, constituído de concreto celular autoclavado contendo compostos larvicidas e inseticidas, tais como cresóis separados ou combinados entre si. Trata também do processo de obtenção de tal material cerâmico e de seu uso, para liberação controlada de compostos larvicidas e inseticidas, para erradicação de larvas de insetos em ambientes aquáticos ou insetos rastejantes confinados em estruturas domésticas, como bueiros pluviais e galerias.
[02] A densidade, porosidade e resistência mecânica dos suportes contendo compostos orgânicos impregnados os tornam apropriados para o emprego no processo de erradicação de larvas de insetos ou insetos rastejantes em ambientes aquáticos, para evitar a proliferação de vetores transmissores de doenças ou de insetos peçonhentos.
[03] As arboviroses correspondem a doenças virais transmitidas por vetores artrópodes, como mosquitos e aracnídeos. Dentre as mais de 150 arboviroses que provocam infecções virais em humanos, destacam-se algumas que promovem grandes epidemias, como o vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, os quais são transmitidos por mosquitos da espécie Aedes aegypt, frequentemente encontrados em áreas urbanas, principalmente em períodos de elevado índice pluviométrico.
[04] A principal ferramenta de controle das epidemias transmitidas por um único vetor passa pela erradicação das populações de insetos transmissores. O processo de erradicação pode utilizar metodologia para eliminação de insetos adultos, como a utilização de mosquitos machos geneticamente modificados para inibir a proliferação, ou simplesmente o uso de inseticidas aerossóis para eliminação imediata de mosquitos em áreas com elevada infestação. Outra forma de controle sobre a população de mosquitos corresponde à eliminação dos insetos ainda no estágio larval por meio da utilização de larvicidas.
[05] No estado da técnica encontram-se diversas tecnologias que descrevem o desenvolvimento de larvicidas. A maior parte das tecnologias se refere ao uso e às aplicações de compostos líquidos ou misturas líquidas formadas por óleos essenciais extraídos de extratos vegetais ou sintetizados. Como exemplo tem-se o emprego do eugenol extraído do cravo da índia (BR102012 033336 8 “Uso do extrato vegetal de cravo-daíndia como inseticida e/ou larvicida, composição compreendendo o extrato, processo de obtenção”). O documento de patente BR 102014030551-3 (“Formulação/composição a base de nanocompósito bentonita / polímero hidrofílico / óleo essencial para controle larvicida do aedes aegypti”) descreve o uso do óleo essência de Syzygium aromaticum, que tem potencial para eliminar larvas em estágio 3 de desenvolvimento em 24 horas de exposição. Outro exemplo de óleo essência compreende o documento de patente PI 0906565-2 (“Larvicida para o Aedes aegypti proveniente da gordura de amêndoas”), que demonstra eficiência de 83% na eliminação de larvas em 48 horas de exposição.
[06] Outras documentos de patente descrevem a elaboração de compósitos que alteram propriedades do ambiente aquoso, tais como salinidade e pH para eliminação de larvas, como é demonstrado no pedido de patente PI 0901733-0 (“Composição larvicida e ovicida”), que utiliza NaCl e Ca(OH)2 para prejudicar o desenvolvimento metabólico de larvas associado a um óleo repelente para inibir a aproximação de mosquitos fêmeas para postura de ovos.
[07] Os compostos descritos no estado da técnica podem ser aspergidos sobre a linha d’água ou impregnados em recipientes com possibilidade de acumulo de água, como recipientes para plantas ornamentais ou potes para pássaros, como é descrito no documento de patente BR112015021101-1 (“Recipiente de dupla ação, e, métodos para revestir superfícies internas de recipientes que retém água e para fornecer objetos revestidos com larvicida aos recipientes que retém água”).
[08] Outros documentos de patente se referem ao uso de compostos desinfetantes de uso geral para intoxicação e eliminação de larvas, como o documento de patente BR102015 016138-7 (“Solução saneante biológica orgânica larvicida, fungicida, germicida, viricida, acaricida, bactericida, procedimento para preparação, composição, uso e método de controle dos mosquitos”), que utiliza uma mistura de compostos inorgânicos (enxofre e CuO) e compostos organoclorados, obtendo um material com ação larvicida, bactericida e fungicida.
[09] O documento de patente BR132014007098, intitulado “Uso do catalisador de óxido de ferro suportado em concreto celular autoclavado para erradicação de larvas de mosquito”, de 2014, descreve um novo uso de um catalisador composto por óxido de ferro suportado em uma matriz de concreto celular autoclavado. A densidade, porosidade e resistência mecânica do suporte o tornam bastante apropriado para o emprego no processo de degradação de material orgânico dissolvido em ambientes aquáticos, com forte potencial de aplicação para evitar a proliferação de vetores transmissores de doenças que têm como etapa inicial de desenvolvimento o ambiente aquático. Os larvicidas utilizados e as suas formas de atuação são distintos, sendo necessária a aplicação de luz para que ocorra a fotocatálise.
[010] Misturas contendo cresóis emulsificados são comercializadas como larvicidas e inseticidas de larga aplicação, com potencial tóxico para eliminar em torno de 90% dos insetos e larvas em 20 minutos de exposição. Entretanto, a forma de aplicação desses produtos faz com que a sua ação seja temporária, pois após a lixiviação do ambiente todo o produto é carreado pelo fluxo de água. Essa forma de aplicação acarreta dois problemas ambientais, pois expõe o aplicador a uma concentração elevada de cresóis e, durante a lixiviação dos mesmos, o fluxo de água doméstica ou pluvial carrega uma concentração elevada de cresóis, que é descarregada em uma única batelada sobre o leito de córregos e rios.
[011] A ação de qualquer componente larvicida e/ou inseticida está relacionada ao seu teor mínimo efetivo. Nesse aspecto, os documentos de patente acima descritos apresentam eficácia por tempo limitado, necessitando de aplicações rotineiras para a obtenção de resultados mais eficientes.
[012] Para resolver o problema do estado da técnica, a presente tecnologia propõe o uso de um material com capacidade de liberar gradativamente o princípio ativo no ambiente aquático. A utilização do sistema de liberação controlada permite o emprego de compostos larvicidas com maior toxicidade, mas sem exceder os limites legais. Dessa forma, obtém-se um material com ação prolongada e elevada taxa de mortalidade para larvas e insetos rastejantes.
[013] A presente tecnologia se refere ao uso de uma matriz cerâmica de baixa densidade, composta por concreto celular autoclavado, que apresenta a vantagem de ser capaz de flutuar em água, para atuar como suporte de materiais larvicidas e inseticidas, constituídos por misturas de cresóis em qualquer proporção. O material, que é parcialmente hidrofóbico, libera gradativamente os compostos desinfetantes, prolongando o tempo de ação dos princípios ativos que são importantes na erradicação de larvas aquáticas, tais como larvas do mosquito Aedes aegypti em sua fase inicial de desenvolvimento na água ou insetos rastejantes, tais como formigas, baratas e aracnídeos.
[014] A presente tecnologia apresenta ainda, como vantagens, facilidade e praticidade em seu processo de manufatura. A tecnologia utiliza a propriedade flutuante do suporte associada ao processo de liberação controlada dos agentes larvicidas e inseticidas para a criação de um material larvicida e inseticida de longa duração sem a exposição excessiva de altos teores de compostos com elevada toxicidade.
LISTA DE FIGURAS
[015] A Figura 1 apresenta o espectro ultravioleta para soluções aquosas padronizadas de orto-cresol, as amostras 1, 2 e 3 contêm respectivamente 84, 33 e 16 ppm de o-cresol. A Faixa destacada pelo retângulo pontilhado mostra a faixa de comprimento de onda entre 265 e 275 nm que será utilizada para determinação do teor de o-cresol durante o teste piloto.
[016] A Figura 2 apresenta a curva de calibração para definição do teor de orto-cresol em ambiente aquáticos, com os dados de regressão listados ao lado de cada reta ajustada. O Ajuste de ambas as retas são da ordem de 99.91% de confiança. Tal precisão é de grande importância visto que o teor de o-cresol deve ser mantido em uma faixa tóxica para larvas de mosquitos aedes aegipt mas abaixo do teor estabelecido de 20 ppm para segurança de plantas, animais domésticos e humano.
[017] A Figura 3 apresenta o perfil de liberação controlada de cresol em ambientes aquáticos. As formulações F1, F2, F3 e F4 contém o mesmo teor de o-cresol (60ppm) entretanto foram hidrofobizadas de formas diferentes, como é descrito nos exemplos 1, 2, 3, e ,4.
[018] A Figura 4 apresenta a taxa de mortalidade de larvas de mosquitos Aedes aegypti no estágio 4 de desenvolvimento. Para diferentes composições do material cerâmico (F2, F2 – 4 semanas, F3 e F3- 4 semanas). Tais composições contem 60ppm de o-cresol impreganado no material que foi hidrofobizado de 4 formadas distintas explicadas nos exemplos 1, 2, 3 e 4 respectivamente.
[019] A Figura 5 apresenta a taxa de mortalidade de pupas de mosquitos Aedes aegypti após utilização do material cerâmico formulação F1 (exemplo 1).
[020] A Figura 6 apresenta a taxa de mortalidade de formigas após utilização do material cerâmico formulação F1 (exemplo 1).
[021] A Figura 7 apresenta o teor de cresol semanal detectado ao longo de 1 ano, indicando as datas de instalação do material cerâmico nos bueiros do Campus Saúde para execução do teste piloto. O gráfico mostra que o teor de o-cresol monitorado em 4 pontos distintos não ultrapassa o limite de segurança, demonstrando a eficiência do material com relação ao processo de liberação controlada do princípio ativo (o-cresol) no ambiente aquático. O Gráfico também mostra o teor de cresol na principal fonte de água potável da região do Campus Saúde da UFMG para que fosse possível desconsiderar o teor de cresol pré-existente nos ambientes aquáticos dos bueiros monitorados (pontos 1 a 4)
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[022] A presente tecnologia trata de material cerâmico flutuante, constituído de concreto celular autoclavado contendo compostos larvicidas e inseticidas, tais como cresóis separados ou combinados entre si. Trata também do processo de obtenção de tal material cerâmico e de seu uso, para liberação controlada de compostos larvicidas e inseticidas, para erradicação de larvas de insetos em ambientes aquáticos ou insetos rastejantes confinados em estruturas domésticas, como bueiros pluviais e galerias.
[023] O material cerâmico flutuante contendo larvicida e inseticida compreende um cresol ou mistura de cresóis (preferencialmente selecionados do grupo compreendendo orto-cresol, para-cresol e metacresol), suportados em uma matriz de concreto celular autoclavado contendo um agente hidrofobilizante.
[024] O cresol ou a mistura de cresóis do material cerâmico flutuante contendo larvicida e inseticida está, preferencialmente, nas concentrações entre 0,1 e 10 % m/m.
[025] O agente hidrofobizante do material cerâmico flutuante contendo larvicida e inseticida é preferencialmente o poliestireno, na concentração entre 2 e 10% (m/v), dissolvido em acetato de etila e éter etílico em proporção entre 8:2 e 9:1.
[026] O material cerâmico flutuante contendo larvicida e inseticida apresenta preferencialmente o formato esférico ou cúbico com granulometria entre 1 e 10cm3.
[027] O material cerâmico flutuante contendo larvicida e inseticida, por compreender um material parcialmente hidrofóbico, libera o princípio ativo no ambiente de forma gradativa e controlada.
[028] O processo de preparação do material flutuante contendo larvicida e inseticida compreende as seguintes etapas:
  • a. Solubilizar o cresol ou a mistura de cresóis em solventes orgânicos, preferencialmente éter etílico, acetato de etila e/ou etanol, mantendo a concentração de cresóis entre 2 e 10% (v/v);
  • b. Impregnar a solução de cresóis no concreto celular autoclavado por um período entre 5 e 180 minutos, mergulhando o material cerâmico na solução obtida na etapa “a”;
  • c. Solubilizar o poliestireno em uma mistura de acetato de etila e éter com proporção entre 1:9 e 9:1;
  • d. Inserir o material cerâmico impregnado na etapa “b” na solução de poliestireno, obtido na etapa “c”;
  • e. Secar o material obtido na etapa “d”, por um período entre 2 e 24 horas, preferencialmente 3 horas;
  • f. Armazenar o material em uma embalagem hermética.
[029] O material flutuante contendo larvicida e inseticida pode ser utilizado para preparar um compósito com finalidade inseticida e larvicida para aplicação em ambientes aquáticos e ambientes confinados.
[030] A presente tecnologia pode ser mais bem compreendida através dos exemplos que se seguem, não limitantes.
EXEMPLO 1: Síntese do dispositivo larvicida e inseticida
[031] Para a preparação do material larvicida e inseticida, a matriz de suporte pode ser pré-moldada em esferas ou formato cúbico (tijolo) com granulometria variando entre 1cm3 e 10cm3 , sendo que o tamanho reduzido proporciona uma maior atividade larvicida devido à maior liberação do princípio ativo no ambiente.
[032] A fabricação do material apresenta duas etapas: impregnação dos compostos larvicidas/inseticidas; e hidrofobização do material. O processo de impregnação consiste em mergulhar o concreto celular autoclavado em uma solução de cresóis com concentração entre 3 e 30% (v/v), preferencialmente 10%, por um período entre 5 e 180 minutos, preferencialmente 30 minutos. O solvente utilizado nesta etapa pode ser o éter-etilico, etanol e/ou acetato de etila podendo ser utilizada uma combinação destes em qualquer proporção. A segunda etapa do processo de preparação consiste em mergulhar o material em uma solução de poliestireno com concentração entre 3 e 20% (m/v) em acetato de etila e éter etílico com proporção entre 1:9 até 9:1. Por fim, o material é seco à temperatura ambiente por um período entre 2 e 24 horas, preferencialmente 3 horas, para liberação do excesso de solventes. Após a síntese, o material deve ser armazenado em embalagem fechada para evitar a volatilização dos cresóis.
[033] Inicialmente o material foi projetado para erradicação de larvas aquáticas de insetos, mais especificamente para erradicação de larvas de mosquitos Aedes aegypti. Entretanto, o elevado potencial larvicida/inseticida possibilitou a aplicação do mesmo para outras pragas urbanas, que se encontram em ambientes fechados, como bueiros, caixa de passagem de esgoto, tubulações de energia. Para a utilização do material em ambientes com fluxo de água corrente, o material pode ser afixado com um sache preso na borda do compartimento. Assim, apesar do fluxo de água, o material permanecerá flutuando e liberando o princípio ativo de forma gradativa.
[034] Para caracterizar o processo de liberação de cresóis foi utilizada espetroscopia de ultravioleta-visível (UV-visível). A Figura 1 apresenta a absorbância de 3 soluções aquosas padronizadas para elaboração de uma curva de calibração (Figura 2) do teor de cresol em função da absorbância observada. A banda com comprimento de onda de 270 nm, característica de grupos cresóis, foi selecionada para caracterizar o teor de cresol liberado na água pelas formulações propostas nesta patente.
EXEMPLO 2: Síntese do material cresol/concreto celular autoclavado e caracterização do produto
[035] A primeira formulação (F1) foi preparada em apenas uma etapa, estando o cresol e o agente hidrofobizante (poliestireno) na mesma solução em que serão inseridos os tijolos. Para a preparação de aproximadamente 700g de material são necessárias as seguintes etapas:
  • a) Adicionar 200 mL de acetato de etila;
  • b) Adicionar 100g de poliestireno granulado;
  • c) Adicionar 60 ml de orto-cresol;
  • d) Completar a solução para 1000 ml com éter-etílico;
  • e) Homogeneizar a solução;
  • f) Mergulhar aproximadamente 600g de tijolos por 30 minutos;
  • g) Retirar os tijolos e colocar na capela para secar por 3 horas.
EXEMPLO 3: Síntese do material cresol/concreto celular autoclavado
[036] A formulação F2 foi preparada em duas etapas distintas. Na primeira etapa ocorreu a impregnação dos cresóis sobre o concreto celular autoclavado. Em seguida, o material foi hidrofobizado em uma segunda solução contendo o poliestireno dissolvido em acetato de etila e éter etílico. Para a preparação de aproximadamente 700g de material são necessárias as seguintes etapas:
  • a) Preparar uma solução contendo 1000 mL de éter-etílico e 60 mL de orto-cresol;
  • b) Preparar uma solução contendo 200mL de acetato de etila + 800mL de éter-etílico e 200 g de poliestireno;
  • c) Mergulhar os tijolos (~600g) na solução da etapa “a” por 30 minutos;
  • d) Retirar os tijolos da solução da etapa “a” e mergulhar na solução da etapa “b” por 3 minutos;
  • e) Retirar os tijolos e colocar na capela para secar por 3 horas;
  • f) Armazenar os tijolos para uso posterior.
EXEMPLO 4: Síntese do material cresol/concreto celular autoclavado
[037] A formulação F3 foi preparada em duas etapas distintas. Na primeira etapa ocorreu a impregnação dos cresóis sobre o concreto celular autoclavado. Em seguida o material foi hidrofobizado em uma segunda solução contendo o poliestireno dissolvido em acetato de etila e éter etílico. Em relação à formulação F2, o teor de poliestireno utilizado corresponde ao dobro (20% m/v). Para a preparação de aproximadamente 700g de material são necessárias as seguintes etapas:
  • a) Preparar uma solução contendo 1000 mL de éter-etílico e 60 mL de orto-cresol;
  • b) Preparar uma solução contendo 200mL de acetato de etila + 800mL de éter-etílico e 400 g de poliestireno;
  • c) Mergulhar os tijolos (~600g) na solução da etapa “a” por 30 minutos;
  • d) Retirar os tijolos da solução da etapa “a” e mergulhar na solução da etapa “b” por 3 minutos;
  • e) Retirar os tijolos e colocar na capela para secar por 3 horas.
  • f) Armazenar os tijolos para uso posterior.
EXEMPLO 5: Síntese do material cresol/concreto celular autoclavado
[038] A formulação F4 foi preparada em duas etapas distintas. Na primeira etapa ocorreu a impregnação dos cresóis sobre o concreto celular autoclavado. Em seguida, o material foi hidrofobizado em uma segunda solução contendo o poliestireno dissolvido em acetato de etila e éter etílico. Em relação à formulação F2, o teor de poliestireno utilizado corresponde ao dobro (20% m/v). Para a preparação de aproximadamente 700g de material são necessárias as seguintes etapas:
  • a) Preparar uma solução contendo 1000 mL de álcool etílico e 60 mL de orto-cresol;
  • b) Preparar uma solução contendo 200mL de acetato de etila + 800mL de éter-etílico e 400 g de poliestireno;
  • c) Mergulhar os tijolos (~600g) na solução da etapa “a” por 30 minutos;
  • d) Retirar os tijolos da solução da etapa “a” e mergulhar na solução da etapa “b” por 3 minutos;
  • e) Retirar os tijolos e colocar na capela para secar por 3 horas;
  • f) Armazenar os tijolos para uso posterior.
Exemplo 6: Taxa de liberação controlada de cresol em meio aquático e testes com larvas de mosquitos Aedes aegypt
[039] Para demostrar o processo de liberação controlada de cada formulação proposta nos exemplos 1 a 4 foi realizado um experimento de monitoramento do teor de cresóis liberado em um intervalo de 4 horas.
Para cada litro de água destilada foram adicionados 10 g de cada formulação. A Figura 3 apresenta o perfil de concentração determinado para cada formulação. As formulações preparadas em 2 etapas (F2, F3 e F4) apresentaram maior teor de cresóis solubilizados. Dentre estas formulações, a composição F3 apresentou a maior taxa de liberação de cresol no ambiente aquático. Com menor taxa, tem-se a formulação F1, que possivelmente contém menor teor de cresóis devido ao impedimento do cresol para interação com a matriz de concreto celular autoclavado.
[040] Com base na taxa de liberação, as formulações F2 e F3 foram selecionadas para execução de testes de taxa de mortalidade com larvas e pupas de mosquitos Aedes Aegypt. A Figura 4 mostra a evolução da taxa de mortalidade de larvas utilizando 2g de material em 1 litro de água. O material F3, que tem maior potencial de liberação de agentes desinfetantes, consegue eliminar 50% de todas as larvas em 33 minutos, enquanto a formulação F2 atinge esta mesma taxa em 62 minutos. Ambas as formulações atingem a eficiência máxima em 90 minutos.
[041] Para verificar a eficiência do material por um período mais longo, duas amostras das formulações F2 e F3 foram mantidas fora do armazenamento por 4 semanas, e em seguida tais amostras foram submetidas ao teste de mortalidade de larvas. Embora parte dos cresóis tenham se volatinizado o material ainda continua eficaz. A formulação F3 após 4 semanas tem potencial para eliminar 50% das larvas em 87 minutos, enquanto a formulação F2, que contém um teor maior de poliestireno, tem um tempo de eliminação de 50% das larvas expandido para 150 minutos.
[042] Os testes de mortalidade com pupas de mosquito foram realizados utilizando apenas a formulação F3 (Figura 5), devido à disponibilidade de pupas para execução do mesmo. Para este teste, o tempo de mortalidade de 50% das pupas foi atingido em aproximadamente 6 horas, sendo que a eficiência máxima ocorreu após 9 horas de monitoramento. Embora a taxa de mortalidade das pupas seja consideravelmente inferior à taxa de mortalidade de larvas, a presença constante do material no ambiente aquoso impediu que tais larvas se desenvolvessem até o estágio de pupa. Assim, este teste demonstrou a eficácia do material, principalmente no instante inicial de sua aplicação, impedindo tanto as larvas quanto as pupas de atingirem o estágio final de desenvolvimento para o inseto adulto.
Exemplo 7: Teste de mortalidade utilizando formigas e escorpiões
[043] A formulação F3 foi utilizada para a execução de testes de mortalidade utilizando insetos rastejantes, especificamente formigas (Figura 9) e escorpiões. O perfil da taxa de mortalidade assemelha-se ao comportamento das pupas de mosquitos Aedes aegypt, com um tempo de execução maior, sendo observada a eliminação de 50% das formigas em 270 minutos, enquanto a eliminação completa ocorreu após 700 minutos de monitoramento.
[044] O teste com escorpiões foi realizado de forma qualitativa devido à baixa amostragem de espécimes. De forma geral os escorpiões morreram após 3,5 horas de exposição ao material.
Exemplo 8: Teste de campo para eliminação de larvas de mosquitos Aedes aegypt.
[045] Para a execução de um teste piloto, foi selecionada a formulação F3 para aplicação no Campus Saúde da Universidade Federal de minas Gerais. Para esses testes, o material foi preparado em blocos com aresta entre 2 e 3 cm. Para afixá-los nas caixas pluviais ou bueiros, os tijolos foram amarrados por uma tela de nylon formando uma espécie de sachê contendo 5 ou 6 blocos. Os saches foram afixados por uma linha de nylon à tampa do bueiro para que o fluxo de água corrente não transportasse o material para dentro da rede pluvial.
[046] Durante uma vistoria realizada em outubro/2017 foram catalogados 70 bueiros com exposição ao ambiente e propícios à proliferação de larvas de mosquitos Aedes aegypt. Todos esses pontos de instalação estão nos entornos das instalações do Campus Saúde.
[047] Durante o procedimento de instalação do material foram observados vários pontos de infestação com mosquitos adultos e/ou larvas. Dentre os 70 pontos de instalação foram selecionados 5 pontos para monitoramento do teor de cresóis (p1, p2, p3, p4) (Figura 7). Tais pontos correspondem à água límpida de origem pluvial e/ou água de nascente, todas sem turbidez ou contato com fonte de esgoto hospitalar. O teor observado em cada ponto variou entre 3 e 21 ppm, sendo que apenas para a primeira instalação do material no ponto 1 foi observado uma elevação acima do limite, mas que foi ajustada pelo material em na semana seguinte. O ponto P1 corresponde a uma vala que inicialmente estava obstruída com lixo e, após a sua limpeza, tornou-se um ponto seco tendo, desta forma, apenas uma coleta. O ponto A3 não pode ser monitorado devido à elevada profundidade do bueiro (~2m), o que impossibilitou a coleta. Para o ponto P4 os níveis de cresóis foram baixos e não trouxeram nenhum risco de contaminação aquática ou atmosférica ou para a constante população de gatos no Campus Saúde, pois o constante processo de lixiviação acaba carreando os compostos liberados.
[048] Durante as coletas realizadas semanalmente, foi observada também a presença de mosquitos/larvas nos bueiros selecionados, sendo que apenas o bueiro A6 apresentou larvas na segunda semana. A amostra P2 foi a única que manteve um teor mais elevado de cresóis, o que pode ter sido causado pelo baixo (quase isento) fluxo de água no bueiro.

Claims (7)

  1. MATERIAL CERÂMICO FLUTUANTE CONTENDO LARVICIDA E INSETICIDA, caracterizado por compreender um cresol ou mistura de cresóis, suportados em uma matriz de concreto celular autoclavado contendo um agente hidrofobizante.
  2. MATERIAL CERÂMICO FLUTUANTE CONTENDO LARVICIDA E INSETICIDA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo cresol ou a mistura de cresóis estar nas concentrações entre 0,1 e 10 % m/m.
  3. MATERIAL CERÂMICO FLUTUANTE CONTENDO LARVICIDA E INSETICIDA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos cresóis serem selecionados do grupo compreendendo orto-cresol, para-cresol e/ou meta-cresol.
  4. MATERIAL CERÂMICO FLUTUANTE CONTENDO LARVICIDA E INSETICIDA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo agente hidrofobizante ser o poliestireno, na concentração entre 2 e 10% (m/v), dissolvido em acetato de etila e éter etílico em proporção entre 8:2 e 9:1.
  5. MATERIAL CERÂMICO FLUTUANTE CONTENDO LARVICIDA E INSETICIDA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por apresentar formato esférico ou cúbico com granulometria entre 1 e 10cm3.
  6. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL CERÂMICO FLUTUANTE CONTENDO LARVICIDA E INSETICIDA descrito na reivindicação 1, caracterizado por compreender as seguintes etapas:
    • a. Solubilizar o cresol ou a mistura de cresóis em solventes orgânicos, preferencialmente éter etílico, acetato de etila e/ou etanol, mantendo a concentração de cresóis entre 2 e 10% (v/v);
    • b. Impregnar a solução de cresóis no concreto celular autoclavado por um período entre 5 e 180 minutos, mergulhando o material cerâmico na solução obtida na etapa “a”;
    • c. Solubilizar o poliestireno em uma mistura de acetato de etila e éter com proporção entre 1:9 e 9:1;
    • d. Inserir o material cerâmico impregnado na etapa “b” na solução de poliestireno, obtido na etapa “c”;
    • e. Secar o material obtido na etapa “d”, por um período entre 2 e 24 horas, preferencialmente 3 horas;
    • f. Armazenar o material em uma embalagem hermética.
  7. USO DO MATERIAL CERÂMICO FLUTUANTE CONTENDO LARVICIDA E INSETICIDA descrito na reivindicação 1, caracterizado por ser para preparar um compósito com finalidade inseticida e larvicida para aplicação em ambientes aquáticos e ambientes confinados.
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