BR102017002831A2 - Pump for a receptacle, in particular, a bottle for a cosmetic product, and a dispensing device understanding such pump - Google Patents

Abstract

a invenção refere-se a uma bomba para um receptáculo (10), em particular, uma garrafa destinada a conter um produto cosmético, sendo que a dita bomba (1) compreende uma câmara de bombeamento (8) com um volume variável definido pelo menos parcialmente por uma membrana deformável (3), sendo que a bomba (1) funciona variando-se o volume da câmara (8) por deformação elástica da membrana (3) entre um estado inicial no qual a câmara (8) tem um volume máximo e um estado deformado no qual o volume da câmara (8) é mínimo, sendo que a câmara (8) é dotada de um orifício de entrada (22) e um orifício de saída para o produto, sendo que a bomba (1) compreende um meio para deformar a membrana configurada para exercer uma pressão sobre a membrana (3), sendo que a bomba compreende, ainda, uma haste guia (20) que passa através da membrana (3), sendo que a membrana (3) desliza ao longo da haste (20) quando for submetida à dita deformação.

Description

“BOMBA PARA UM RECEPTÁCULO, EM PARTICULAR, UMA GARRAFA DESTINADA A UM PRODUTO COSMÉTICO, E UM DISPOSITIVO DE DISPENSAÇÃO COMPREENDENDO TAL BOMBA” [001 ]A invenção refere-se a uma bomba para um receptáculo, em particular, uma garrafa para um produto cosmético. A invenção também se refere a um receptáculo que compreende tal bomba.

[002] Algumas garrafas para produtos cosméticos são dotadas de uma bomba configurada para aspirar o produto cosmético contido no reservatório da garrafa a fim de dispensá-lo, por exemplo, por meio de um bocal ou através de uma simples abertura. Logo, o produto pode ser extraído ou atomizado a partir da garrafa a fim de permitir a aplicação do mesmo. Geralmente, a bomba é atuada por meio de um botão de pressão no qual o usuário exerce pressão a fim de disparar o funcionamento da bomba. Uma bomba compreende, em particular, uma câmara de bombeamento, o volume da mesma varia para permitir a aspiração do produto na câmara através de um orifício de entrada, quando o volume aumentar, e, então, a expulsão do mesmo para fora da câmara através de um orifício de saída, quando o volume na câmara diminuir. O produto emerge a partir da câmara em um cano de dispensação, que o leva até a abertura ou bocal normalmente disposto no botão de pressão.

[003] Conhecem-se vários tipos de bombas, cada uma tendo características particulares, a fim de funcionar especificamente seja com produtos líquidos de baixa viscosidade ou com produtos líquidos viscosos, tais como cremes ou espumas. Logo, existem bombas, sendo que a câmara dessas é formada por um corpo rígido e por um pistão que fecha a câmara, e o movimento do mesmo no corpo reduz ou aumenta o volume da câmara. O movimento do pistão é, em geral, controlado ativando-se o botão de pressão. Em particular, essa bomba é usada para produtos líquidos que serão vaporizados.

[004] Existem outras bombas genericamente destinadas para produtos mais viscosos, sendo que a câmara dessas é definida em grande medida por uma membrana flexível, também referida como um “fole”. O volume da câmara é controlado pela deformação da membrana. Na configuração não deformada da membrana, o volume da câmara é máximo. Quando a membrana for deformada, o volume da câmara diminui, de preferência, a um volume baixo o suficiente para que uma quantidade máxima de produto emerja a partir da câmara. Essas bombas também têm a vantagem de evitar o uso de uma mola metálica, sendo que os componentes da bomba são feitos a partir de materiais plásticos.

[005] Conhece-se, por exemplo, o documento FR 2804728, que descreve uma bomba de membrana deformável dotada de fendas como orifícios de entrada e saída para a câmara de bombeamento. Nessa bomba, a membrana tem uma forma particular e é mantida em um compartimento para controlar a forma na qual a mesma se dobra e se desdobra. Isso ocorre porque se deseja evitar que a membrana se deforme em uma configuração indesejada, que arriscaria danificá-la e prejudicaria o funcionamento correto da bomba.

[006] Outro documento FR 2915467 mostra uma bomba com uma membrana tendo um formato de fole sob a forma de um acordeão. O fole se dobra e desdobra ao longo das linhas de dobra dos foles. No entanto, a membrana é dividida em uma pluralidade de partes fixada primeiramente ao botão de pressão e, em segundo lugar, no corpo da bomba. Consequentemente, essa bomba é difícil de montar e, portanto, complexo e dispendiosa de fabricar.

[007] A invenção visa aperfeiçoar a situação evitando-se as falhas supramencionadas, proporcionando uma bomba dotada de uma membrana deformável feita a partir de uma peça única, sendo que a deformação da mesma é orientada para proporcionar uma dobra ideal, sem precisar restringir a membrana em um compartimento ou fornecer à mesma uma forma complexa.

[008] Para esse propósito, a invenção se refere a uma bomba para um receptáculo, em particular, uma garrafa destinada a conter um produto cosmético, sendo que a dita bomba compreende uma câmara de bombeamento com um volume variável definido pelo menos parcialmente por uma membrana deformável, sendo que a bomba funciona varando-se o volume da câmara por deformação elástica da membrana entre um estado inicial no qual a câmara tem um volume máximo e um estado deformado no qual o volume das câmaras é mínio, sendo que a câmara é dotada de um orifício de entrada e de um orifício de saída para o produto, sendo que a bomba compreende um meio para deformar a membrana configurada para exercer uma pressão sobre a membrana, sendo que a bomba compreende, ainda, orientar uma haste que passa através da membrana, sendo que a membrana desliza ao longo da haste quando a mesma for submetida à dita deformação.

[009] Logo, a invenção torna possível guiar a membrana quando a mesma for submetida à deformação em virtude da haste guia, e evitar que a membrana se dobre de forma que seja prejudicial à bomba. Isso ocorre porque a membrana desliza ao longo da haste durante sua deformação de modo que a membrana seja mantida radialmente em relação à haste, e se move somente ao longo do eixo geométrico da haste.

[010] De acordo com várias modalidades da invenção, que podem ser tomadas juntas ou separadamente: [011] - a membrana tem uma forma tendo um eixo geométrico longitudinal no estado inicial, [012] - a haste é disposta substancialmente ao longo do dito eixo geométrico longitudinal, [013] - a membrana tem um formato de domo no estado inicial, [014] - a membrana é formada a partir de um único material elástico, [015] - a membrana é formada a partir de um material polimérico, por exemplo, a partir de um elastômero termoplástico do tipo TPE, [016] - o domo compreende uma base arredondada e uma coroa, [017] - o eixo geométrico longitudinal da membrana passa substancialmente através do centro da base e através da coroa do domo, [018] - a haste passa através do domo a partir da base até a coroa, [019] - o domo é configurado de modo que dobre sua coroa em direção a sua base, [020] - a membrana compreende um apêndice disposto na coroa do domo, [021] - o domo define o volume interno da câmara de bombeamento, [022] - a haste passa através do apêndice de modo que o apêndice deslize ao longo da haste quando a membrana se deformar, [023] - o meio de deformação é um cano de dispensação em contato com a membrana, [024] - o cabo coopera com o orifício de saída de modo deslizante a fim de receber o produto que emerge a partir da câmara, [025] - a haste emerge a partir do apêndice no cano de dispensação, [026] - a haste compreende uma cabeça que segura o apêndice, [027] - o domo se encontra sob uma ligeira constrição elástica na posição inicial, [028] - a constrição elástica do domo torna possível constringir o apêndice contra a haste a fim de garantir uma vedação entre os mesmos, [029] - o orifício de saída é disposto sobre a membrana, [030] - o orifício de saída é disposto sobre o apêndice, [031] - o orifício de saída é uma fenda, [032] - a membrana é submetida a uma força de atrito contra a haste durante a deformação a fim de induzir a abertura da fenda, [033] - a bomba compreende um acoplamento cilíndrico dotado de uma parte de apoio na qual a membrana deformável se situa pelo menos parcialmente, [034] - a haste guia se estende no acoplamento cilíndrico a partir da parede de apoio, [035] - a haste passa axialmente através da câmara de bombeamento, [036] - a bomba compreende um botão de pressão dotado de um cano para dispensar o produto, [037] - o botão de pressão compreende uma abertura de saída para o produto em comunicação com o cano de dispensação, [038] - o botão de pressão é formado a partir de um material do tipo polipropileno, [039] - o acoplamento cilíndrico compreende meios para guiar o botão de pressão, [040] - o apêndice é inserido no cano de dispensação, [041] - o apêndice compreende uma extremidade que agarra a haste a fim de criar a dita força de atrito, [042] - a parede de apoio compreende o orifício de entrada da câmara, [043] - o orifício de entrada é um furo atravessante, [044] - a membrana é dotada de um flange que cobre o orifício de entrada a fim de formar uma válvula de entrada para a câmara, [045] - a dita bomba compreende meios para manter a membrana sobre a parede de apoio, [046] - o acoplamento cilíndrico compreende um cilindro interno e um cilindro externo, concêntricos entre si, [047] - o acoplamento cilíndrico compreende um fundo removível que suporta a dita parede de apoio, [048] - o cilindro interno compreende um entalhe para manter a membrana, [049] - a membrana é dotada de um aro disposto de modo que seja travado pelo entalhe de retenção, [050] - o botão de pressão compreende um corpo cilíndrico configurado para que se mova entre os cilindros interno e externo do acoplamento cilíndrico, [051] - o acoplamento cilíndrico compreende um tubo de êmbolo destinado a ser introduzido no reservatório do receptáculo, [052] - o tubo de êmbolo emerge no orifício de entrada da câmara [053] A invenção também se refere a um receptáculo, em particular, uma garrafa para um produto cosmético, que compreende uma bomba conforme previamente mencionado.

[054] A invenção será mais bem compreendida tendo em vista a descrição a seguir, que é fornecida somente a título de indicação e não visa limitá-la, em conjunto com os desenhos anexos: [055] - as Figuras 1(a) a 1 (c) ilustram, de modo esquemático, vistas em perspectiva dos elementos de uma bomba de acordo com uma primeira modalidade da invenção, [056] - as Figuras 2(a) a 2(e) ilustram, de modo esquemático, vistas em corte transversal que mostram o funcionamento da bomba em um receptáculo de acordo com a primeira modalidade, [057] - as Figura 3(a) e 3(b) ilustram, de modo esquemático, vistas ampliadas em corte transversal que mostram o deslizamento da membrana contra a haste, [058] - a Figura 4 ilustra, de modo esquemático, uma vista ampliada em corte transversal que mostra o funcionamento de uma válvula de entrada da câmara, [059] - a Figura 5 ilustra, de modo esquemático, uma vista em perspectiva de um acoplamento cilíndrico de acordo com uma variante da primeira modalidade da invenção, [060] - a Figura 6 ilustra, de modo esquemático, uma vista em corte transversal do acoplamento cilíndrico de acordo com a variante da primeira modalidade, [061] - a Figura 7 ilustra, de modo esquemático, uma vista em corte transversal de uma bomba de acordo com uma segunda modalidade da invenção, [062] - a Figura 8 ilustra, de modo esquemático, uma passagem de admissão de ar da segunda modalidade.

[063] A invenção se refere a uma bomba 1 para um receptáculo 10, em particular, uma garrafa destinada a conter um produto cosmético. Em uma primeira modalidade descrita nas Figuras 1(a) a 1 (c), e nas Figuras 2 e 3, a bomba compreende um botão de pressão 2 (Figura 1 (a)), uma membrana deformável (Figura 1(b)) e um acoplamento cilíndrico 4 (Figura 1(c)). A função do botão de pressão 2 é permitir a ativação da bomba 1 por parte de um usuário. O botão de pressão 2 tem um a corpo cilíndrico 5 dotado de uma abertura 6 para dispensar produto e uma parede de pressão superior 7 na qual o usuário exerce uma pressão para ativar a bomba 1, sendo que o botão de pressão 2 é inserido no acoplamento cilíndrico 4 durante a ativação. O botão de pressão 2 é, por exemplo, formado a partir de um material do tipo polipropileno.

[064] A bomba compreende, ainda, uma câmara de bombeamento de volume variável 8 definida pelo menos parcialmente pela membrana deformável 3. A bomba 1 funciona variando-se o volume da câmara 8 por deformação elástica da membrana entre um estado inicial mostrado na Figura 2(a) no qual a câmara 8 tem um volume máximo e um estado deformado mostrado na Figura 2(c) no qual o volume da câmara 8 é mínimo. A câmara 8 tem uma forma tendo um eixo geométrico longitudinal no estado inicial, e tem um formato de domo arredondado 9 que compreende uma base circular 11 e uma coroa 12. O eixo geométrico longitudinal da câmara 8 passa substancialmente através do centro da base 11 e através da coroa 12 do domo 9. A membrana 3 também tem um apêndice 13 que ultrapassa o domo 9, o volume interno do domo 9 e o apêndice 13 que define a câmara de bombeamento 8. A membrana 3 é formada a partir de um único material elástico, de preferência, um material polimérico, por exemplo, a partir de um elastômero termoplástico (TPE). A membrana 3 também é proporcionado em sua base 11 com um flange interno 14, que é destinado para posicionar o domo 9 no acoplamento cilíndrico 4 e servir como uma válvula de entrada para a câmara 8. O eixo geométrico longitudinal da membrana 3 passa através da coroa 12 e do apêndice 13 e substancialmente através do centro da base 11 do domo 9. Um aro externo 15 é disposto ao redor da base 11 da membrana 3 a fim de servir como um meio para manter a membrana 3 no acoplamento cilíndrico 4.

[065] Na Figura 1 (c), o acoplamento cilíndrico 4 compreende um cilindro interno 16 e um cilindro externo 17, substancialmente concêntrico, que serve como meio para guiar o botão de pressão 2. Logo, o corpo 5 do botão de pressão pode se mover entre o cilindro interno 16 e o cilindro externo 17. O acoplamento cilíndrico 4 também é dotado de meios 18 para acoplar ao receptáculo 10, por exemplo, com um sistema de encaixe por pressão conforme mostrado nas Figuras 2(a) a 2(e). O sistema de encaixe por pressão consiste em um anel disposto no acoplamento cilíndrico 4 e um anel de rolamento disposto no receptáculo 10, sendo que o anel é encaixado por pressão sob o anel de rolamento.

[066] O acoplamento cilíndrico 4 também é dotado de uma parede de apoio 19 na qual a membrana deformável 3 se situa pelo menos parcialmente. No presente documento, a base 11 do domo 9 e o flange interno 14 se encontram em contato com a parede de apoio 19. O cilindro interno 16 também compreende um entalhe de retenção 21 disposto na face interna do cilindro interno 16, a fim de travar a membrana 3 contra a parede de apoio 19. O entalhe 21 mantém o aro externo 15 do domo 9. A parede de apoio 19 do acoplamento cilíndrico 4 também compreende um furo atravessante 22 que define um orifício de entrada da câmara de bombeamento 8. O furo 22 é coberto pelo flange interno 14 da membrana quando a membrana 3 for inserida no acoplamento cilíndrico 4, a fim de formar uma válvula de entrada da câmara 8. O flange 14 também é elástico visto que o mesmo é feito a partir do mesmo material que a membrana 3. Logo, o flange 14 pode se erguer a fim de permitir que o produto entre na câmara 8.

[067] Uma modalidade variante de um acoplamento cilíndrico 40 é mostrada nas Figuras 5 e 6. Esse acoplamento cilíndrico 40 é dotado de um botão de remoção 41 e compreende, em particular, a parede de apoio 19 e a haste 20. O elemento 42, que define a outra parte do acoplamento cilíndrico 40, e o fundo 41 são dispostos de modo que sejam capazes de ser montados. Para esse propósito, o fundo 41 compreende uma nervura circunferencial 43 que é travada por um entalhe de encaixe por pressão 44 disposto dentro do elemento 42, conforme mostrado na Figura 6.

[068] Para deformar a membrana 3, a bomba 1 compreende um meio de deformação disposto fora da câmara 8 e configurado de modo a exercer uma pressão sobre a membrana 3 quando o botão de pressão 2 for ativado. Conforme mostrado pelas Figuras 2 e 3, o meio de deformação é um cano de dispensação 23 tendo uma extremidade aberta 26 em contato com a membrana 3. O cano de dispensação 23 forma parte do botão de pressão 2, sendo que o cano se estende entre do botão de pressão 2 a partir da face interna da parede superior 7. A função do cano de dispensação 23 é trazer o produto que sai da câmara de bombeamento 8 até a abertura 6 do botão de pressão 2. O cano de dispensação 23 se encontra em contato vedado com a membrana 3. Para esse propósito, o apêndice 13 é inserido no cano de dispensação 23, sendo que o cano 23 se situa no domo 9 da membrana 3. O apêndice 13 também é dotado de uma microesfera externa 24 que torna possível primeiramente travá-lo no cano 23 e, em segundo lugar, proporcionar a impermeabilidade do contato com o cano de dispensação 23. A microesfera 24 se estende ao redor do apêndice 13, na junção do domo 9, e é dimensionada substancialmente às dimensões da extremidade aberta 26 do cano de dispensação 23.

[069] A câmara 8 também compreende um orifício de saída para o produto, sendo que o orifício de saída é disposto na membrana 3, de preferência, no apêndice 13. O orifício de saída é uma fenda 25 que se abre quando a câmara de bombeamento 8 se deforma. O cano de dispensação 23 coopera com a fenda 25 a fim de receber o produto que emerge a partir da câmara 8. A fenda 25 é disposta no cano de dispensação 23 além da microesfera 24. Logo, quando o produto emergir a partir da fenda 25 no cano de dispensação 23, o produto é guiado no cano de dispensação 23.

[070] De acordo com a invenção, o acoplamento cilíndrico 4 é dotado de uma haste 20 para guiar a membrana 3, que se estende a partir da parede de apoio 19 do acoplamento cilíndrico 4. A haste 20 é disposta substancialmente ao longo do eixo geométrico dos cilindros 16, 17 do acoplamento cilíndrico 4. A haste guia 20 passa através da membrana, de modo que a membrana 3 deslize ao logo da haste 20 quando for submetida à dita deformação, sendo que a haste 20 passa através da câmara 8 substancialmente ao longo do eixo geométrico longitudinal da câmara 8. No presente documento, a haste 20 passa através da coroa 12 do domo 9 a partir de sua base 11, bem como o apêndice 13, sendo que a haste emerge a partir do apêndice 13 no cano de dispensação 23. Logo, a coroa 12 do domo 9 e o apêndice 13 têm um canal atravessante que permite que a haste 20 passe através da membrana 3.

[071 ]A função da haste 20 é guiar a membrana 3 quando a mesma passar a partir do estado inicial ao estado deformado, e, então, a partir do estado deformado até o estado inicial. Logo, o domo 9 é configurado de modo que seja capaz de dobrar sua coroa 12 em direção a sua base 11, sendo que o apêndice 13 da membrana 3 também se move em direção à base 11 do domo 9, ao longo da haste 20.

[072] Desse modo, a fenda 25, que se encontra fechada no estado inicial (Figura 3(a)), se abre, o apêndice 13 compreende uma extremidade 27 em estrito contato ao redor da haste 20. A haste compreende uma cabeça de retenção 30 que sustenta sobre a extremidade 27 do apêndice 13 na posição inicial, a fim de induzir uma ligeira força elástica sobre o domo. A força elástica torna possível constringir a extremidade 27 do apêndice 13 contra a haste 20 a fim de proporcionar uma vedação entre os mesmos.

[073] Ademais, a extremidade 27 do apêndice 13 é submetida a atrito contra a haste 20 quando o apêndice 13 deslizar contra a haste 20, a fim de estender ligeiramente o apêndice 13 e, logo, induzir a abertura da fenda 25, conforme mostrado na Figura 3(b). Em virtude desse sistema operacional, a invenção torna possível abrir a fenda de saída 25 para o produto, sem requerer uma sobrepressão na câmara de bombeamento. De fato, as membranas bomba conhecidas dotadas de uma função de fenda de saída produzindo-se uma sobrepressão dentro da câmara, e, portanto, do produto cosmético, para induzir a abertura da fenda. No entanto, esses riscos de sobrepressão que danificam o produto, induzindo, por exemplo, uma separação de fase, ou a membrana acelerando-se o desgaste na mesma.

[074] Nas Figuras 2(a) a 2(c), quando a membrana 3 for submetida à deformação, a membrana 3 desliza ao longo da haste 20 enquanto se dobra, de modo que o volume da câmara diminua. A Figura 2(a) mostra a bomba 1 no estado inicial, em que a câmara 8 tem seu volume máximo. Quando o botão de pressão 2 for pressionado pelo usuário, o cano de dispensação 23 sustenta sobre a domo 9, que começa a se deformar, conforme mostrado na Figura 2(a). O topo do domo 9 se achata, enquanto a fenda 25 se abre. No presente documento, o domo 9 se dobra primeiramente descendo-se em direção à base 11, ao apêndice 13 e à parte central do domo 9 na qual o tubo de dispensação 23 exerce pressão. O produto contido na câmara 8 começa a ser expelido através da fenda 25. Na Figura 2(c), o botão de pressão 2 é completamente pressionado no acoplamento cilíndrico 4, que induz a dobra da parte periférica do domo 9, formando um anel circular. O anel é formado por duas camadas de membrana dobradas uma contra a outra e formando um cotovelo. Logo, a câmara 8 alcança um volume mínimo, de preferência, o menor possível, de modo que a quantidade máxima de produto emerja através da fenda 25.

[075] Logo, em virtude da haste 20, a membrana 3 permanece centralizada ao redor do eixo geométrico longitudinal do acoplamento cilíndrico 4. Logo, evita-se o risco de uma dobra fracamente controlada da membrana 3.

[076] As Figuras 2(d) e 2(e) mostram a deformação reversa da membrana, a partir da configuração deformada até a configuração inicial. Quando o botão de pressão 2 não for mais mantido pressionado pelo usuário, enquanto a membrana é consideravelmente deformada, o volume da câmara é mínimo e a membrana exerce uma força de pressão contra o cano de dispensação 23, sendo que essa force ocorre devido ao caráter elástico da membrana 3, que tende a retomar seu formato inicial. Logo, o botão de pressão 2 é empurrado em direção à parte externa do acoplamento cilíndrico 4 telescopicamente. O apêndice 13 desliza ao longo da haste 20 na direção oposta, que fecha a fenda 25 por causa do atrito que ocorre devido à extremidade 27 fixada ao redor da haste 20. A câmara 8 estando fechada, cria-se uma pressão negativa dentro da câmara 8 visto que seu volume aumenta sem aspirar ar.

[077] A pressão negativa criada na câmara 8 força primeiramente o flange 14 da válvula de entrada a se erguer, e, em segundo lugar, induz a aspiração do produto na câmara a partir do reservatório do receptáculo, conforme mostrado na Figura 4. Quando o flange 14 se erguer, o furo 22 é aberto e coloca a câmara 8 em comunicação com o reservatório do receptáculo. Logo, o produto é aspirado através do furo 22 na câmara 8 enquanto o domo 9 retoma seu formato inicia. Quando a membrana 3 tiver retomado completamente seu formato inicial, a câmara 8 é recarregada com produto a ser dispensado, de modo que a bomba 1 seja novamente utilizável.

[078] Na primeira modalidade, o receptáculo não recupera nenhum ar externo no reservatório a fim de compensar a descarga de produto para fora da câmara. De preferência, o receptáculo é dotado de um reservatório com um volume variável, que diminui à medida que o produto é dispensado. Logo, o produto se encontra sempre nas adjacências do orifício de entrada de modo que seja aspirado na câmara.

[079] Em uma segunda modalidade, mostrada nas Figuras 7 e 8, o acoplamento cilíndrico 40 também compreende um tubo de êmbolo 28, sendo que o acoplamento cilíndrico 40 tem nessas figuras um fundo removível 41 ao qual o tubo de êmbolo 28 é conectado. O tubo 28 é destinado a ser imerso no reservatório do receptáculo 10, quando a bomba 1 for montada no receptáculo 10. O tubo 28 emerge na parede de apoio 19 do acoplamento cilíndrico 40 no furo 22 do orifício de entrada da câmara 8. Logo, quando a bomba 1 tiver sido ativada, o produto se eleva no tubo 28 por aspiração a fim de novamente preencher a câmara de bombeamento 8.

[080] A bomba 1 também compreende uma passagem de admissão de ar para tornar possível compensar a pressão negativa no reservatório induzida pela elevação do produto a partir do reservatório do receptáculo na câmara. Conforme mostrado pela Figura 8, a passagem de admissão de ar, que é representada por uma seta proveniente da parte externa da bomba 1 no reservatório, passa primeiramente entre o cilindro externo 17 do acoplamento cilíndrico 40 e o corpo cilíndrico 5 do botão de pressão 2, e, então, se eleva entre o corpo cilíndrico 5 do botão de pressão e o cilindro interno 16 do acoplamento cilíndrico 40. A seguir, a passagem desce novamente no cilindro interno 16 do acoplamento cilíndrico 40 e passa através de uma abertura 29 disposta no fundo 41 do acoplamento cilíndrico 40, sendo que a abertura 29 emerge no reservatório. Logo, o ar flui através dessa passagem a fim de trazer ar ao reservatório.

[081]Nessa modalidade, o aro externo da base da membrana 3 é estendido contra o cilindro interno 16 do acoplamento cilíndrico 40 a fim de formar uma válvula de admissão de ar, acima da abertura. A válvula de admissão de ar fecha a abertura 29 na posição inicial e é dobrada em direção ao fundo do acoplamento cilíndrico 40. Quando uma pressão negativa for criada dentro do reservatório seguindo a ativação da bomba, a válvula se move conforme mostrado pela pequena seta branca na Figura 8, de modo que o ar possa entrar no reservatório através da abertura 29. Quando a pressão negativa desaparecer, a válvula retoma seu formato inicial em virtude da elasticidade da membrana e, logo, evita que ar entre ou que o produto saia do reservatório.

REIVINDICAÇÕES

Claims (15)

1. Bomba para um receptáculo (10), em particular, uma garrafa destinada a conter um produto cosmético, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita bomba (1) compreende uma câmara de bombeamento (8) com um volume variável definido pelo menos parcialmente por uma membrana deformável (3), sendo que a bomba (1) funciona variando-se o volume da câmara (8) por deformação elástica da membrana (3) entre um estado inicial no qual a câmara (8) tem um volume máximo e um estado deformado no qual o volume da câmara (8) é mínimo, sendo que a câmara (8) é dotada de um orifício de entrada e um orifício de saída para o produto, sendo que a bomba (1) compreende um meio para deformar a membrana configurada para exercer uma pressão sobre a membrana (3), sendo que a bomba compreende, ainda, uma haste guia (20) que passa através da membrana (3), sendo que a membrana (3) desliza ao longo da haste (20) quando for submetida à dita deformação.

2. Bomba, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a membrana (3) tem uma forma tendo no estado inicial um eixo geométrico longitudinal, sendo que a haste (20) é disposta substancialmente ao longo do dito eixo geométrico longitudinal.

3. Bomba, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, CARACTERIZADA pelo fato de que a membrana (3) tem um formato de domo (9) no estado inicial.

4. Bomba, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADA pelo fato de que a membrana compreende um apêndice (13) disposto na coroa do domo (9), sendo que a haste (20) passa através do apêndice de modo que o apêndice deslize ao longo ad haste quando a membrana (3) for deformada.

5. Bomba, de acordo com a reivindicação precedente, CARACTERIZADA pelo fato de que o orifício de saída é disposto no apêndice (13).

6. Bomba, de acordo com a reivindicação precedente, CARACTERIZADA pelo fato de que o orifício de saída é uma fenda (25).

7. Bomba, de acordo com a reivindicação precedente, CARACTERIZADA pelo fato de que a membrana (3) é submetida a uma força de atrito contra a haste (20) durante a deformação de modo a induzir a abertura da fenda (25).

8. Bomba, de acordo com a reivindicação precedente, CARACTERIZADA pelo fato de que o apêndice (13) compreende uma extremidade (27) que agarra a haste (20) de modo a criar a dita força de atrito.

9. Bomba, de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 8, CARACTERIZADA pelo fato de que o meio de deformação é um cano (23) para dispensar o produto em contato com a membrana (3), sendo que o cano (23) coopera com o orifício de saída de modo vedável a fim de receber o produto que emerge a partir da câmara (8).

10. Bomba, de acordo com a reivindicação precedente, CARACTERIZADA pelo fato de que o apêndice (13) é inserido no cano de dispensação (23).

11. Bomba, de acordo com a reivindicação precedente, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende um botão de pressão (2) dotado de um cano (23) para dispensar o produto, sendo que o botão de pressão (2) compreende uma abertura (6) para dispensar o produto em comunicação com o dito cano de dispensação (23).

12. Bomba, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende um acoplamento cilíndrico (4) dotado de uma parede de apoio (19) na qual a membrana deformável (3) se situa pelo menos parcialmente, sendo que a haste guia (20) se estende a partir da dita parede de apoio (19).

13. Bomba, de acordo com a reivindicação precedente, CARACTERIZADA pelo fato de que a parede de apoio (19) compreende o orifício de entrada da câmara (8), sendo que a membrana (3) é dotada de um flange (14) que cobre o orifício de entrada a fim de formar uma válvula de entrada da câmara (8).

14. Bomba de acordo com qualquer reivindicação 12 ou 13, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende meios para manter a membrana (3) na parede de apoio (19).

15. Receptáculo (10), em particular, para um produto cosmético, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende uma bomba (1) conforme definida em qualquer uma das reivindicações precedentes.