BR102016000649A2

BR102016000649A2 - implante ortopédico reverso modular de ombro e método para implantar o mesmo

Info

Publication number: BR102016000649A2
Application number: BR102016000649A
Authority: BR
Inventors: Didier Poncet; Dwight T Todd; Jason Chavarria
Original assignee: Depuy Synthes Products Inc
Priority date: 2015-01-15
Filing date: 2016-01-12
Publication date: 2016-08-16
Also published as: EP3045149B1; BR102016000649B1; CA2917218A1; EP3228281A1; ES2716159T3; ES2634821T3; AU2016200054B2; RU2015156536A3; US20190247195A1; AU2016200054A1; RU2712801C2; US20160206436A1; US20170189196A1; US11771560B2; US20220039962A1; EP3228281B1; JP2016131882A; US11147678B2; JP6661380B2; CN105796213B

Abstract

implante ortopédico reverso modular de ombro e método para implantar o mesmo. a presente invenção refere-se a um implante ortopédico reverso modular de ombro que inclui um componente de haste umeral e um componente de epífise de fratura separável tendo vários orifícios de sutura ali formados. o componente de epífise de fratura é configurado para receber várias suturas para reparar cirurgicamente uma fratura umeral proximal.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "IMPLANTE ORTOPÉDICO REVERSO MODULAR DE OMBRO E MÉTODO PARA IMPLANTAR O MESMO".

CAMPO TÉCNICO

[001] A presente descrição refere-se, de modo geral, a implantes ortopédicos e, mais particularmente, a implantes ortopédicos reversos de ombro.

ANTECEDENTES

[002] Durante o período de vida de um paciente, pode ser necessário realizar um procedimento de reposição de ombro total como resultado de, por exemplo, doenças ou trauma. Em um procedimento de reposição de ombro, uma prótese umeral é usada para substituir a cabeça natural do úmero do paciente. A prótese umeral inclui, tipicamente, um componente de haste alongada que é implantado no canal intramedular do úmero do paciente, e um componente de cabeça protético em formato hemisférico que é preso ao componente de haste. Nesse procedimento de reposição de ombro total, a superfície glenóide natural da escápula é substituída ou, de outro modo, substituída por um componente glenóide que fornece uma superfície de apoio na qual o componente de cabeça protético da prótese umeral articula-se.

[003] Entretanto, em alguns casos o ombro natural do paciente, incluindo seu tecido mole, degenerou a um grau severo de instabilidade da junta, causando dor. Em muitos desses casos, pode ser necessário alterar a mecânica do ombro. Os implantes reversos de ombro são usados para fazer isso. Como seu nome sugere, um implante reverso de osso reverte a anatomia, ou estrutura, do ombro normal. Em particular, um implante de ombro reverso é projetado de modo que a cabeça protética (isto é, a "esfera" na junta do tipo esfera-e-cavidade (ball-and-socket), conhecida como componente de glenosfera, seja presa à escápula do paciente, com o apoio côncavo correspondente (isto é, a "cavidade" na junta de esfera-e-cavidade), conhecida como bojo umeral, sendo presa ao úmero do paciente. Essa configuração reversível permite ao músculo deltóide do paciente, que é um dos maiores e mais fortes músculos do ombro, levantar o braço.

[004] Em alguns casos, a anatomia de ombro natural do paciente também sofreu um trauma, como uma fratura umeral proximal. As fraturas umerais proximais estão entre uma das fraturas mais comuns entre pacientes idosos. Em uma fratura umeral proximal, o úmero do paciente, em geral, quebra-se em vários pedaços incluindo a cabeça umeral, a tuberosidade maior, a tuberosidade menor, e o tronco umeral.

SUMÁRIO

[005] De acordo com um aspecto, um implante ortopédico reverso modular de ombro inclui um componente de haste umeral alongada configurado para ser implantado no úmero de um paciente. O implante inclui também um componente de epífise de fratura que pode ser separado do componente de haste de úmero. O componente de fratura de epífise inclui uma estrutura em formato de bojo que tem uma borda anular formada em sua extremidade superior. Um colar de sutura lateral estende-se para fora a partir da borda anular do corpo em formato de bojo dentro de um segmento de borda anular definido por um ponto mais anterior da borda e um ponto mais posterior da borda. Um colar de sutura anteromedial estende-se para fora a partir da borda anular do corpo em formato de bojo dentro de um segmento de borda anular definido por um ponto mais anterior da borda e um ponto mais mediai da borda. Um colar de sutura posteromedial estende-se para fora a partir da borda anular do corpo em formato de bojo dentro de um segmento da borda anular definido por um ponto mais posterior da borda e um ponto mais mediai da borda. O colar de sutura lateral, o colar de sutura anteromedial, e o colar de sutura posteromedial são não contíguos entre si. O implante inclui também um parafuso de travamento fixado ao componente de haste umeral e ao componente de epífise de fratura e um componente de bojo umeral preso ao componente de epífise de fratura. O componente de bojo umeral tem uma superfície de apoio côncava configurada para articular-se com uma superfície de cabeça arredondada de um componente da glenosfera.

[006] Cada um dentre o colar de sutura lateral, colar de sutura anteromedial, e colar posteromedial pode ser formado com vários orifícios de sutura formados nos mesmos. Em tais casos, os orifícios de sutura podem ser posicionados radialmente no colar de sutura lateral, colar de sutura anteromedial, e colar de sutura posteromedial.

[007] O colar de sutura lateral pode ser mais longo do que o colar de sutura anteromedial e o colar de sutura posteromedial.

[008] Em uma modalidade, o colar de sutura anteromedial e colar de sutura posteromedial têm tamanhos similares e estão voltados um para o outro ao longo da borda anular do corpo em formato de bojo.

[009] Uma superfície externa do corpo em formato de bojo do componente de epífise de fratura tem uma pluralidade de bolsos de sutura formados em uma extremidade posterior sua. Cada um dos bolsos de sutura formados no corpo em formato de bojo do componente de epífise da fratura é separado por uma parede, sendo que cada uma dessas paredes tem um orifício de sutura ali formado.

[0010] A superfície externa do corpo em formato de bojo do componente de epífise da fratura pode ter também vários orifícios de sutura estendendo-se através da mesma, sendo que cada um de tais orifícios de sutura estende-se na direção anteroposterior.

[0011] De acordo com um aspecto, um implante ortopédico reverso modular de ombro inclui um componente de haste umeral alongada configurado para ser implantado no úmero de um paciente. O implante inclui também um componente de epífise de fratura que pode ser separado do componente de haste de úmero. O componente de epífise de fratura inclui um corpo em formato de bojo que tem uma superfície externa arredondada, um canal formado em uma extremidade inferior da superfície externa arredondada do corpo em formato de bojo, e uma pluralidade de paredes posicionadas no canal de modo a formar uma pluralidade de bolsos de sutura dentro do canal. Cada uma dentre a pluralidade de paredes tem um orifício de sutura ali formado. O implante pode incluir também um parafuso de travamento fixado ao componente de haste umeral e ao componente de epífise de fratura, e um componente de bojo umeral fixado ao componente de epífise de fratura. O componente de bojo umeral tem uma superfície de apoio côncava configurada para articular com uma superfície de cabeça arredondada de um componente da glenosfera.

[0012] A superfície externa do corpo em formato de bojo do componente de epífise da fratura tem um orifício de sutura adicional estendendo-se através do mesmo, sendo que tal orifício de sutura adicional estende-se na direção anteroposterior.

[0013] O corpo em formato de bojo do componente de epífise da fratura pode incluir uma borda anular formada em sua na extremidade superior com vários colares de sutura estendendo-se para fora da borda anular.

[0014] Cada um dos colares de sutura tem vários orifícios de sutura neles formados, sendo que os orifícios de sutura são posicionados radialmente nos colares de sutura.

[0015] Os colares de sutura podem incluir um colar de sutura lateral que se estende para fora a partir da borda anular do corpo em formato de bojo dentro de um segmento de borda anular definido por um ponto mais anterior da borda e um ponto mais posterior da borda.

Os colares de sutura podem incluir também um colar de sutura anteromedial que se estende para fora a partir da borda anular do corpo em formato de bojo dentro de um segmento de borda anular definido pelo ponto mais anterior da borda e um ponto mais mediai da borda. Adi-cionalmente, os colares de sutura podem incluir também um colar de sutura posteromedial que se estende para fora a partir da borda anular do corpo em formato de bojo dentro de um segmento de borda anular definido pelo ponto mais anterior da borda e um ponto mais mediai da borda. O colar de sutura lateral, o colar de sutura anteromedial, e o colar de sutura posteromedial são não-contíguos entre si.

[0016] O colar de sutura lateral pode ser mais longo do que o colar de sutura anteromedial e o colar de sutura posteromedial.

[0017] O colar de sutura anteromedial e o colar de sutura posteromedial têm tamanhos similares e defrontam-se de modo oposto um para o outro ao longo da borda anular do corpo em formato de bojo.

[0018] Ainda de acordo com outro aspecto, um método para reparar cirurgicamente uma fratura proximal do úmero de um paciente inclui girar um parafuso de travamento para fixar a haste umeral alongada a um componente de epífise de fratura e implantar o componente de haste umeral no canal intramedular do úmero do paciente. O método também inclui o avanço de uma primeira sutura através da haste umeral do úmero do paciente, através de um primeiro orifício de sutura formado em um colar de sutura anular do componente de epífise da fratura, e através do manguito rotator do paciente próximo à tuberosidade maior do úmero do paciente. Uma segunda sutura é avançada através da diáfise umeral do úmero do paciente, através de um segundo orifício de sutura formado no colar de sutura anular do componente de epífise da fratura, e através do manguito rotator do paciente próximo à tuberosidade menor do úmero do paciente. Uma terceira sutura é avançada através de um terceiro orifício de sutura localizado em um bolso de sutura em uma superfície inferior externa do componente de epífise de fratura, através da tuberosidade maior do úmero do paciente, e através da tuberosidade menor do úmero do paciente.

[0019] O método inclui também tensionar a terceira sutura de modo a colocar a tuberosidade maior do úmero do paciente e a tuberosidade menor do úmero do paciente em contato uma com a outra, e depois amarrar a terceira sutura para prender a tuberosidade maior do úmero do paciente e a tuberosidade menor do úmero do paciente em contato uma com a outra.

[0020] O método também inclui a instalação de um bojo umeral polimérico no componente de epífise de fratura subsequente à etapa de amarração.

[0021] Uma aba formada em uma superfície superior do componente de haste umeral pode ser posicionada dentro em uma dentre uma pluralidade de fendas formadas em uma superfície inferior do componente de epífise de fratura de modo a posicionar o componente de epífise de fratura em um ângulo de versão selecionado em relação ao componente de haste umeral antes da rotação do parafuso de travamento.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0022] A descrição detalhada refere-se particularmente às seguintes figuras, nas quais: [0023] a Figura 1 é uma vista em perspectiva de um implante ortopédico reverso modular de ombro;

[0024] a Figura 2 é uma vista em elevação superior do componente de epífise de fratura e do parafuso de travamento do implante ortopédico reverso modular de ombro da Figura 1;

[0025] a Figura 3 é uma vista em elevação lateral do componente de epífise de fratura do implante ortopédico reverso modular de ombro da Figura 1;

[0026] a Figura 4 é uma vista em elevação anterior do componente de epífise de fratura do implante ortopédico reverso modular de ombro da Figura 1;

[0027] a Figura 5 é uma vista em perspectiva explodida do implante ortopédico reverso modular de ombro da Figura 1 mostrando a aba de bloqueio e as fendas de travamento e entalhes de travamento para ajustar o ângulo de versão do componente de epífise de fratura em relação ao componente de haste umeral; e [0028] as Figuras 6 a 18 são vistas em perspectiva mostrando a técnica cirúrgica para implantar um implante ortopédico reverso modular de ombro da Figura 1, no úmero de um paciente para reparar por meio cirúrgico uma fratura umeral proximal, observe que o tecido mole (isto é, o tendão rotator) foi removido das Figuras 17 e 18 para fim de clareza da descrição.

DESCRIÇÃO DETALHADA DOS DESENHOS

[0029] Apesar dos conceitos da presente descrição serem suscetíveis a várias modificações e formas alternativas, foram mostradas modalidades exemplificadoras específicas nos desenhos a título de exemplo e serão aqui descritos em detalhe. Entretanto, deve-se compreender que não há intenção de limitar os conceitos da presente descrição às formas particulares apresentadas, mas pelo contrário, a intenção é incluir todas as modificações, equivalentes, e alternativas que pertençam ao espírito e escopo da invenção.

[0030] Os termos que representam referências anatômicas, como, anterior, posterior, mediai, lateral, superior, inferior, e os demais, podem ser usados do início ao fim desta descrição tanto em referência a implantes ortopédicos aqui descritos quanto à anatomia natural de um paciente. Esses termos têm significados bem estabelecidos tanto no estudo da anatomia quanto no campo da ortopedia. O uso desses termos de referência anatômicos no relatório e nas reivindicações pretende ser consistente com seus significados bem estabelecidos, exceto onde especificado o contrário.

[0031] Agora com referência às Figuras 1 a 5, é mostrado um implante ortopédico reverso modular de ombro 10 para substituir a junta de ombro natural de um paciente, subsequente a uma fratura umeral proximal. O implante ortopédico reverso modular de ombro 10 inclui um componente de glenosfera 12 arredondado (por exemplo, em formato hemisférico) que é preso à superfície glenóide da escápula do paciente por um componente denominado metaglene 14 implantado no tecido ósseo da escápula. O componente de glenosfera 12 articula-se na superfície de apoio 16 de uma prótese umeral modular. Como pode ser visto na Figura 1, a prótese umeral modular 20 inclui um componente de epífise de fratura 22 e um componente de haste umeral 24. Um parafuso de travamento 26 (vide Figura 1) trava o componente de epífise de fratura 22 no componente de haste umeral 24 em um ângulo de versão desejado (como descrito em mais detalhe abaixo). O bojo umeral 18 é preso ao componente de epífise de fratura 22 subsequentemente à implantação da prótese umeral medular 20 no canal intramedular do úmero de um paciente (vide Figuras 6 a 18).

[0032] Conforme pode ser visto na Figura 5, a extremidade superior do componente de haste umeral alongado 24 tem um furo 28 ali formado. Uma coluna dotada de cânula 30 na extremidade inferior do componente de epífise de fratura 22, é recebida no furo do componente de haste 28. A parede lateral que define a extremidade distai do furo 28 do componente de haste tem várias roscas fêmea ali definidas (não mostrado). As roscas macho do parafuso de travamento 26 são avançadas através da coluna dotada de cânulas 30 do componente de epífise de fratura 22 e engata, por meio de rosqueamento, as roscas fêmea formadas no componente de haste umeral 24 de modo a travar o componente de epífise de fratura 22 e o componente de haste umeral 24 um ao outro.

[0033] Conforme pode ser visto na Figura 5, a extremidade superior do componente de haste umeral alongado 24 tem uma aba 32 ali formada. A aba 32 estende-se com elevação a partir da superfície plana da extremidade superior do componente de haste. A superfície plana da extremidade inferior do componente de epífise de fratura 22 tem vários entalhes 34 ali definidos. Os entalhes 34 são posicionados radialmente em relação ao eixo central da coluna dotada de cânula 30 do componente de epífise de fratura. O cirurgião pode girar o componente de epífise de uma fratura 22 em relação ao componente de haste umeral 24 de modo que a aba 32 seja recebida em um dos entalhes selecionados 34 para ajustar o ângulo de versão do componente de epífise de fratura 22 em relação ao componente de haste umeral 24 antes de travar os dois componentes um ao outro com o parafuso de trava mento 26.

[0034] Como pode ser visto nas Figuras 2 a 4, o componente de epífise de fratura 22 inclui um componente de corpo em formato de bojo 36 que tem uma superfície externa arredondada 38. O corpo do componente 36 tem uma câmara interior oca 40 na qual o bojo umeral 18 é travado. O orifício da coluna dotada de cânula 30 abre-se para o fundo da câmara interna 40 para receber a cabeça do parafuso de travamento 26. A extremidade superior do corpo do componente 36 define uma borda anular 42. A borda anular 42 define a abertura da câmara interna 40.

[0035] Vários colares de sutura 44, 46 e 48 estendem-se para fora a partir da borda anular do componente de epífise de fratura 42. Especificamente, na modalidade descrita na presente invenção, um colar de sutura lateral 44 estende-se para fora a partir de um segmento lateral 54 da borda anular 42, um colar de sutura anteromedial 46 estende-se para fora a partir de um segmento anteromedial 56 da borda anular 42, e um colar de sutura posteromedial 48 estende-se para fora a partir da um segmento posteromedial 58 da borda anular 42. Como pode ser visto na Figura 2, o colar de sutura lateral 44 é mais longo do que o colar de sutura anteromedial 46 e o colar de sutura posteromedial 48, que são ambos de tamanho similar. Cada um dos colares 44, 46 e 48 tem vários orifícios de sutura 50 formados nos mesmos. Os orifícios de sutura 50 são posicionados radialmente nos colares de sutura 44, 46 e 48. Como será discutido em mais detalhe abaixo, as suturas podem ser passadas através dos orifícios de sutura 50 para prender vários elementos do úmero do paciente e tecido mole circundante ao componente de epífise de fratura 22 e então ao implante ortopédico de reverso modular de ombro 10.

[0036] Como também pode ser visto na Figura 2, os colares de sutura 44, 46 e 48 são não-contíguos entre si. Em outras palavras, os colares de sutura 44, 46 e 48, incluem, cada um, bordas de extremidade distintas que estão distanciadas das bordas de extremidade de outros colares de sutura 44, 46, 48. Por exemplo, as bordas de extremidade 64 do colar de sutura lateral 44 são distanciadas das respectivas bordas de extremidade 66 e 68 tanto do colar de sutura anteromedial 46 como do colar de sutura posteromedial 48. Do mesmo modo, as respectivas bordas de extremidade 66 e 68 tanto do colar de sutura anteromedial 46 como do colar de sutura posteromedial 48, são distanciadas entre si. Isso é mostrado geometricamente na Figura 2, em que o colar de sutura lateral 44 é posicionado no interior de um segmento de borda anular 42 (isto é, segmento lateral 54) definido por um ponto mais anterior 52 da borda 42 e um ponto mais posterior 62 da borda 42. O colar de sutura anteromedial 46 é posicionado dentro de um segmento da borda anular 42 (isto é, segmento anteromedial 56) definido pelo ponto mais anterior 52 da borda e um ponto mais mediai 64 da borda 42, com o colar de sutura posteromedial 48 estando posicionado dentro de um segmento da borda anular 42 (isto é, o segmento posteromedial 58) definido pelo ponto mais posterior 62 da borda 42 e o ponto mais mediai 64 da borda 42 de modo a defrontar-se de modo oposto ao colar de sutura anteromedial 46.

[0037] Deve-se compreender que essa disposição, em que os colares de sutura 44, 46 e 48 não se estendem coletivamente ao redor do perímetro da borda anular 42, pode reduzir as ocorrências de impacto em alguns pacientes. Em particular, dependendo da anatomia de um paciente específico, o design do componente de epífise de fratura 22 (isto é, sendo desprovido de um colar de sutura ao longo de seu lado mais mediai) pode reduzir as ocasiões em que o lado mediai do componente de epífise de fratura entraria em contato com a escápula do paciente em certas faixas de movimento. Essa configuração também facilita emparelhar o componente de epífise da fratura 22 a uma ferramenta de inserção ou ferramenta de extração durante a implantação ou remoção do implante ortopédico reverso modular de ombro 10.

[0038] Como pode ser visto nas Figuras 3 e 4, a extremidade inferior da face lateral da superfície externa arredondada 38 do corpo em formato de bojo 36 do componente de epífise de fratura tem um canal 70 ali formado. Várias paredes 72 são formadas no corpo 36 em locais dentro do canal 70 formando assim vários bolsos de sutura 74. Cada uma das paredes 72 tem um orifício de sutura 76 ali formado. De maneira similar aos orifícios de sutura 50 dos colares de sutura 44, 46 e 48, podem ser passadas suturas através dos orifícios de sutura 76 para prender vários componentes do úmero do paciente e tecido mole circundante ao componente de epífise de fratura 22 e então ao implante ortopédico reverso modular de ombro 10.

[0039] Como pode ser visto na Figura 4, um dos orifícios de sutura 76 (designado pelo número de referência 78 na Figura 4) está localizado no lado mediai do canal 70 e se estende na direção anteroposterior. Como será discutido abaixo, esse orifício de sutura 78 permite a instalação de uma sutura "ao redor do mundo" ou do tipo cerclagem.

[0040] O componente de epífise de fratura 22 e o componente de haste umeral 24 podem ser construídos com um metal biocompatível de grau de implante, embora outros materiais possam também ser usados. Exemplos de tais metais incluem cobalto, incluindo ligas de cobalto como liga de cromo e cobalto, titânio, incluindo ligas de titânio como uma liga TÍ6AI4V, e aço inoxidável. Esses componentes metálicos 22 e 24 podem também ser revestidos por tratamentos de superfície, como por ácido hialurônico (AH), para melhorar a biocompatibilidade. Além disso, as superfícies do componente de epífise de fratura 22 e do componente de haste umeral 24, que engata o osso natural, como a superfície externa arredondada 38 do componente de epífise de fratura 22 e as superfícies externas do componente de haste umeral 24, podem ser texturizadas para facilitar a fixação do componente ao osso. Essas superfícies podem também ser revestidas por poros para promover o crescimento do osso para dentro visando uma fixação permanente.

[0041] Além disso, cada um dos componentes do implante ortopédico de ombro modular 10 pode ser fornecido em várias configurações e tamanhos diferentes para fornecer a flexibilidade necessária para conformar a variadas anatomias de paciente para paciente. Por exemplo, o componente de epífise de fratura 22 e o bojo umeral polimérico 18 podem ser fornecidos em vários diâmetros para adaptar-se às necessidades de um determinado paciente. Além disso, como mostrado em linhas imaginárias na Figura 3, o componente de epífise de fratura 22 pode ser fornecido em configurações diferentes em que a coluna dotada de cânula 30 é compensada anteriormente ou posteriormente (por exemplo, 2 mm) para fornecer opções excêntricas direita e esquerda. Adicionalmente, por exemplo, o componente de haste umeral 24 pode ser fornecido em vários comprimentos e diâmetros para corresponder às necessidades de um determinado paciente.

[0042] Com referência agora às Figuras 6 a 18, é mostrado um procedimento cirúrgico no qual o implante ortopédico reverso modular de ombro 10 é implantado no úmero 80 do paciente para reparar cirurgicamente uma fratura umeral proximal. O procedimento cirúrgico começa com o planejamento pré-operatório em que, entre outras coisas, uma tomografia computadorizada, ou outro tipo de exame de imagem pré-operatório, pode ser obtida para planejar a colocação, localização, e orientação do implante ortopédico reverso modular de ombro 10. Com o planejamento pré-operatório completo, o tecido mole do paciente é dissecado e retraído para permitir o acesso à junta fraturada do ombro. A exposição completa da junta do ombro do paciente é normalmente obtida.

[0043] O cirurgião então insere o implante ortopédico reverso modular 10. Especificamente, o cirurgião seleciona um componente de epífise da fratura 22 e um componente de haste umeral 24 de tamanho e configuração desejados e, depois disso, insere o parafuso de travamento 26 através da coluna dotada de cânula 30 do componente de epífise 22. O ângulo de versão do componente de epífise da fratura 22 em relação ao componente de haste umeral 24 pode ser selecionado por meio da aba 32 que se estende em elevação à superfície plana da extremidade superior do componente de haste até um entalhe selecionado dentre um dos entalhes 34 formados na extremidade inferior do componente de epífise de fratura 22 (consulte a Figura 5). Depois disso, o cirurgião pode usar um acionador sextavado ou similar (não mostrado) para acionar o parafuso de bloqueio 26 travando assim o componente de epífise de fratura 22 e o componente de haste umeral 24 um ao outro. Neste ponto do procedimento cirúrgico, o cirurgião pode também montar componentes para ensaio, que se conformem ao formato e tamanho do implante final para uso subsequente no procedimento.

[0044] Depois disso, conforme mostrado na Figura 6, a cabeça umeral fraturada do paciente é removida cirurgicamente e a tuberosidade maior 82 e a tuberosidade menor 84 são ligadas. Então o cirurgião prepara o canal intramedular 86 do úmero de paciente 80 para receber o componente de haste umeral 24 do implante ortopédico reverso de ombro 10. Inicialmente, o cirurgião usa uma furadeira primária de um diâmetro relativamente pequeno e então perfura sequencialmente com brocas maiores para obter o acesso desejado ao canal intramedular 86 do paciente. O úmero perfurado 80 do paciente é mostrado na Figura 6.

[0045] Como pode ser visto na Figura 7, o cirurgião então fura um par de orifícios de sutura 90 e 92 através da porção posterolateral da haste umeral 88 em um local aproximadamente 2 cm abaixo da linha de fratura. Um par de orifícios de sutura 94 e 96 são também perfurados através da porção anterolateral da haste umeral 88 em um local aproximadamente 2 cm abaixo da linha de fratura. O cirurgião então coloca um fio de sutura 102 através do orifício de sutura 90 de dentro para fora, e de volta através do orifício de sutura 92 criando assim uma alça do lado de fora do úmero do paciente 80. Como será discutido em mais detalhes abaixo, a sutura 102 será utilizada para reatar a tuberosidade maior 82. O processo é então repetido colocando-se uma sutura 104 através do orifício de sutura 96. Essa sutura 104 será utilizada para reatar a tuberosidade menor 84. Uma outra sutura 106 é avançada através do orifício de sutura 92 e o orifício de sutura 94 criando assim o mesmo tipo de alça que será utilizado para reparar o intervalo entre a tuberosidade maior 82 e a tuberosidade menor 84.

[0046] Conforme mostrado na Figura 8, uma sutura adicional 108 é avançada através do orifício da sutura anteroposterior 78. Como será discutido abaixo, essa sutura 108 será utilizada como uma sutura "ao redor do mundo". Seja antes ou depois da instalação da sutura 108, a prótese umeral modular 20 montada e travada (isto é, o componente de epífise de fratura 22 e o componente de haste umeral 24) é inserida no canal intramedular 86 do úmero do paciente 80. Um anzol de posicionamento (não mostrado) pode ser usado para fixar o implante ortopédico reverso modular do ombro 10 ao úmero 80 para ajustar a altura do implante 10, se for usado cimento para osso para fixar o implante 10 dentro do canal intramedular 86.

[0047] Posteriormente, como mostrado nas Figuras 9 e 10, um orifício 120 é perfurado em cada tuberosidade maior 82 e tuberosidade menor 84. Como pode ser visto na Figura 10, uma sutura adicional 110 é posicionada nos orifícios de sutura 76 dos bolsos de sutura do componente de epífise de fratura 74. Como discutido acima, essa sutura 110 será passada através dos orifícios perfurados 120 para interligar as tuberosidades 82 e 84 juntas com o implante ortopédico reverso de ombro 10.

[0048] Como mostrado nas Figuras 11 e 12, o cirurgião avança então o elemento posterior da sutura "ao redor do mundo" 108 através do tendão rotator da tuberosidade maior 122 próximo à interface do osso/tendão. O processo é repetido com a extremidade anterior de sutura 108 sendo passada através do tendão rotator da tuberosidade menor 124.

[0049] Como mostrado na Figura 12, uma extremidade da sutura 104 é avançada através dos orifícios de sutura 50 no lado anterior do colar de sutura lateral 44 com a outra extremidade de sutura 104 sendo avançada através de um dos orifícios de sutura 50 do colar de sutura anteromedial 46. Ambas as extremidades da sutura 104 são então passadas através do tendão rotator 124 próximo à interface tendão/tuberosidade menor. Esse processo é repetido passando-se uma extremidade da sutura 102 através de um dos orifícios de sutura 50 em um lado posterior do colar de sutura lateral 44, a outra extremidade através de um orifício de sutura 50 no colar de sutura posteromedial 48, e então passando ambas as extremidades através do tendão rotator de tuberosidade maior 122 próximo à interface osso/tendão. Do mesmo modo, conforme mostrado na Figura 13, as extremidades da sutura 106 são passadas através de orifícios de sutura separados 50 no lado lateral do colar de sutura lateral 44. Depois disso, uma extremidade 106 é passada através do tendão rotator de tuberosidade 122 mais próximo à interface osso/tendão, com a outra extremidade da sutura 106 passada através do tendão rotator de tuberosidade menor 124 próximo à interface osso/tendão.

[0050] Com relação agora à Figura 14, uma extremidade da sutura 110 (consulte também a Fig. 10) é passada através do orifício perfurado 120 na tuberosidade maior 82, com a outra extremidade da sutura 110 passando através do orifício perfurado 120 na tuberosidade menor 84. A sutura 110 é então tensionada e amarrada para unir as tuberosidades 82 e 84 e prender as mesmas ao implante ortopédico de ombro reverso modular 10.

[0051] Como mostrado na Figura 15, o cirurgião então avança a extremidade da sutura 104 que atravessa o osso perfurado 96, o colar de sutura anteromedial 46, e o tendão rotator de tuberosidade menor 124 para baixo e sob do laço criado entre o orifício do osso perfurado 94 e o orifício do osso perfurado 96. A sutura 104 é então tensionada para o alto puxando assim o laço para cima sobre a tuberosidade menor 84 e criando uma "figura 8" modificada. O cirurgião então amarra e apara o excesso de sutura 104.

[0052] O cirurgião repete o processo, como mostrado na Figura 16, ao avançar a extremidade da sutura 102 que atravessa o orifício do osso perfurado 90, o colar de sutura posteromedial 48, e o tendão rotator da tuberosidade maior 122 para baixo e sob do laço criado entre o orifício do osso perfurado 90 e o orifício do osso perfurado 92. A sutura 102 é então tensionada para o alto puxando assim o laço para cima sobre a tuberosidade maior 82 e criando uma "figura 8" modificada. O cirurgião então amarra e apara o excesso de sutura 102.

[0053] Como mostrado nas Figuras 17 e 18, o cirurgião então passa a extremidade da sutura 106 do orifício do osso perfurado 92 para baixo e sob o laço criado entre o orifício de osso perfurado 92 e o orifício do osso perfurado 94. O cirurgião então tensiona a sutura 106 para o alto puxando assim o laço para cima sobre a tuberosidade maior 82 e criando uma "figura 8" modificada. O cirurgião então amarra e apara o excesso de sutura 106. Ambas as extremidades da sutura 108 "ao redor do mundo" são tensionadas, amarrando juntamente ao redor de ambas as tuberosidades 82 e 84, e aparadas para fornecer uma estabilidade adicional à redução da fratura.

[0054] O cirurgião então completa as etapas cirúrgicas restantes, como a instalação do bojo umeral 18 e instalação do componente de glenosfera 12. O cirurgião então fecha o sítio cirúrgico.

[0055] Embora a descrição tenha sido ilustrada e descrita em detalhe nos desenhos e descrição precedentes, uma ilustração e descrição deve ser considerada como exemplificadora e de caráter não restritivo, sendo entendido que apenas modalidades ilustrativas foram mostradas e descritas, e que é desejável que todas as alterações e modificações que entram no espírito da descrição sejam protegidas.

[0056] Existe uma pluralidade de vantagens da presente descrição que surgem de várias características do aparelho, sistema, e método aqui descritos. Será observado que modalidades alternativas do aparelho, sistema, e método da presente descrição podem não incluir todas as características já descritas mas ainda se beneficiarão de ao menos algumas das vantagens dessas características. Os versados na técnica podem planejar prontamente suas próprias implementações do aparelho, sistema, e método que incorporem uma ou mais das características da presente invenção e são incluídas no espírito e escopo da presente descrição como definido pelas reivindicações em anexo.

Claims

1. Implante ortopédico reverso modular de ombro, caracterizado pelo fato de que compreende: um componente de haste umeral alongado configurado para ser implantado dentro do úmero de um paciente, um componente de epífise de fratura que pode ser separado do componente de haste umeral, sendo que o componente de haste de fratura compreende (i) um corpo em formato de bojo que tem uma borda anular formada em sua extremidade superior, (ii) um colar de sutura lateral estendendo-se para fora a partir da borda anular do corpo em formato de bojo dentro de um segmento da borda anular definido por um ponto mais anterior da borda e um ponto mais posterior da borda, (iii) um colar de sutura anteromedial estendendo-se para fora a partir da borda anular do corpo em formato de bojo dentro de um segmento da borda anular definido pelo ponto mais anterior da borda e um ponto mais mediai da borda, e (iv) um colar de sutura posteromedial estendendo-se para fora a partir da borda anular dentro de um segmento da borda anular definido pelo ponto mais posterior da borda e o ponto mais mediai da borda, sendo que o colar de sutura lateral, o colar de sutura anteromedial e o colar de sutura posteromedial são não-contíguos entre si, um parafuso de travamento preso ao componente de haste umeral e ao componente de epífise de fratura, e um componente de bojo umeral preso ao componente de epífise de fratura, o componente de bojo umeral tendo uma superfícies de apoio côncava configurada para articular com uma superfície de cabeça arredondada de um componente de glenosfera.

2. Implante ortopédico modular reverso de ombro, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que: cada um dentre o colar de sutura lateral, colar de sutura anteromedial, e colar posteromedial tem vários orifícios de sutura formados nos mesmos, e os orifícios de sutura são posicionados radialmente no colar de sutura lateral, colar de sutura anteromedial, e colar de sutura posteromedial.

3. Implante ortopédico reverso modular de ombro, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o colar de sutura lateral é mais longo que o colar de sutura anteromedial e o colar de sutura posteromedial.

4. Implante ortopédico reverso modular de ombro, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o colar de sutura anteromedial e colar de sutura posteromedial têm tamanhos similares e são voltados um para o outro ao longo da borda anular do corpo com formato de bojo.

5. Implante ortopédico reverso modular de ombro, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que uma superfície externa do corpo com formato de bojo do componente de epífise da fratura tem uma pluralidade de bolsos de sutura formados em uma extremidade posterior da mesma.

6. Implante ortopédico modular reverso de ombro, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que: cada um dentre a pluralidade de bolsos de sutura formados no corpo em formato de bojo do componente de epífise de fratura é separado por uma parede, e cada uma dentre as paredes que separam a pluralidade de bolsos de sutura formados no corpo em formato de bojo do componente de epífise de fratura, tem um orifício de sutura ali formado.

7. Implante ortopédico modular reverso de ombro, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que: uma superfície externa do corpo com formato de bojo do componente de epífise da fratura tem vários orifícios de sutura estendendo-se através da mesma, e cada um dos orifícios de sutura estende-se na direção anteroposterior

8. Implante ortopédico reverso modular de ombro, caracterizado pelo fato de que compreende: um componente de haste umeral alongado configurado para ser implantado no úmero de um paciente, um componente de epífise de fratura separável do componente de haste umeral, o componente de epífise de fratura compreendendo (i) um corpo com formato de bojo tendo uma superfície externa arredondada, (ii) um canal formado em uma extremidade inferior da superfície externa arredondada do corpo em formato de bojo, (iii) uma pluralidade de paredes posicionadas no canal de modo a formar uma pluralidade de bolsos de sutura dentro do canal, sendo que cada uma dentre a pluralidade de paredes tem um orifício de sutura ali formado, um parafuso de travamento fixado ao componente de haste umeral e o componente de epífise de fratura, e um componente de bojo umeral fixado ao componente de epífise de fratura, o componente de bojo umeral tendo uma superfície de apoio côncava configurada para articular com uma superfície de cabeça arredondada de um componente de glenosfera.

9. Implante ortopédico modular reverso de ombro, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que: uma superfície externa do corpo com formato de bojo do componente de epífise de fratura tem um orifício de sutura adicional estendendo-se através da mesma, e o orifício de sutura adicional estende-se na direção anteroposterior

10. Implante ortopédico reverso modular de ombro, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que o corpo em formato de bojo do componente de epífise de fratura compreende: uma borda anular formada em sua extremidade superior, e vários colares de sutura que se estendem para fora da borda anular do corpo em formato de bojo

11. Implante ortopédico reverso modular de ombro de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que cada um dos vários colares de sutura tem vários orifícios de sutura ali formados, os orifícios de sutura sendo posicionados radialmente nos vários colares de sutura.

12. Implante ortopédico reverso modular de ombro, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que os vários colares de sutura compreendem: um colar de sutura lateral estendendo-se para fora a partir da borda anular do corpo em formato de bojo dentro de um segmento de borda anular definido por um ponto mais anterior da borda e um ponto mais posterior da borda. um colar de sutura anteromedial estendendo-se para fora a partir da borda anular do corpo em formato de bojo dentro de um segmento de borda anular definido por um ponto mais anterior da borda e um ponto mais mediai da borda, e um colar de sutura posteromedial que se estende para fora a partir da borda anular do corpo em formato de bojo dentro de um segmento de borda anular definido por um ponto mais posterior da borda e um ponto mais mediai da borda, sendo que o colar de sutura lateral, o colar de sutura anteromedial, e o colar de sutura posteromedial são não-contíguos entre si.

13. Implante ortopédico reverso modular de ombro de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que o colar de sutura lateral é mais longo do que o colar de sutura anteromedial e do que o colar de sutura posteromedial.

14. Implante ortopédico reverso modular de ombro, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que o colar de sutura anteromedial e colar de sutura posteromedial têm tamanhos similares e são voltados um para o outro ao longo da borda anular do corpo com formato de bojo.

15. Método de reparação cirúrgica de uma fratura proximal do úmero de um paciente, o método sendo caracterizado pelo fato de que compreende: girar um parafuso de travamento para fixar um componente de haste umeral alongado a um componente de epífise de fratura, implantar o componente de haste umeral no canal intramedular do úmero do paciente, avançar uma primeira sutura através da diáfise umeral do úmero do paciente, através de um primeiro orifício de sutura formado no colar de sutura anular do componente de epífise da fratura, e através do manguito rotator do paciente próximo à tuberosidade maior do úmero do paciente, avançar uma segunda sutura através da diáfise umeral do úmero do paciente, através de um segundo orifício de sutura formado no colar de sutura anular do componente de epífise da fratura, e através do manguito rotator do paciente próximo à tuberosidade menor do úmero do paciente, e avançar uma terceira sutura através de um terceiro orifício de sutura localizado em um bolso de sutura em uma superfície inferior externa do componente de epífise de fratura, através da tuberosidade maior do úmero do paciente, e através da tuberosidade menor do úmero do paciente.

16. Método, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente: tensionar a terceira sutura de modo a colocar a tuberosidade maior do úmero do paciente e a tuberosidade menor do úmero do paciente em contato uma com a outra, e amarrar a terceira sutura de modo a prender a tuberosidade maior do úmero do paciente e a tuberosidade menor do úmero do paciente em contato uma com a outra.

17. Método, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente a instalação de um bojo umeral polimérico no componente de epífise da fratura subsequente à etapa de amarração.

18. Método, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente posicionar uma aba formada em uma superfície superior do componente de haste umeral em um dentre uma pluralidade de entalhes formados em uma superfície inferior do componente de epífise de fratura de modo a posicionar o componente de epífise de fratura em um ângulo de versão selecionado em relação ao componente de haste umeral antes da rotação do parafuso de travamento.