BR102015024066A2 - conjunto de barras de pulverização e máquina agrícola pulverizadora compreendendo o mesmo - Google Patents
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Abstract
conjunto de barras de pulverização e máquina agrícola pulverizadora compreendendo o mesmo. a invenção propõe um conjunto de barras de pulverização (10), incluindo uma primeira (11) e uma segunda barra de pulverização (12) articulável em relação à primeira barra de pulverização (11) por intermédio de um eixo de articulação horizontal (13). o movimento de articulação é produzido por um atuador hidráulico (14) acoplado na primeira barra de pulverização (11) e em um ponto de um mecanismo de condução do movimento de articulação (15), o qual compreende um primeiro (151) e um segundo braço de articulação (152). de acordo com a invenção, o acoplamento do segundo braço (152) em um suporte de articulação (124) está arranjado de modo que um pino (162) tenha um curso em um furo oblongo (17), entre um limite superior (172) e um limite inferior (174). o segundo braço (152) está acoplado de modo articulável em um braço tirante (18), o qual está acoplado de modo articulável em um pino trava (19). o pino trava (19) está alojado de modo deslizante em uma luva guia (20) fixada na segunda barra de pulverização (12). em posição aberta da segunda barra de pulverização (12), quando o pino (162) está em contato com o limite superior (172) do furo oblongo (17), o pino trava (19) está inserido em uma bucha de bloqueio (21) fixada na primeira barra de pulverização (11) de maneira a impedir o movimento de articulação da segunda barra de pulverização (12), e quando o pino (162) está em contato com o limite inferior (174) do furo oblongo (17), o pino trava (19) está desinserido da bucha de bloqueio (21) de maneira a liberar o movimento de articulação da segunda barra de pulverização (12). a invenção também propõe uma máquina agrícola pulverizadora compreendendo ao menos um conjunto de barras de pulverização (10). 1/1
Description
Relatório Descritivo da Patente de Invenção “CONJUNTO DE BARRAS DE PULVERIZAÇÃO E MÁQUINA AGRÍCOLA PULVERIZADORA COMPREENDENDO O MESMO”.
[001] CAMPO TÉCNICO
[002] A presente invenção refere-se a um conjunto de barras de pulverização e a uma máquina agrícola pulverizadora compreendendo o mesmo.
[003] ESTADO DA TÉCNICA
[004] Uma máquina agrícola pulverizadora tem por finalidade pulverizar um produto líquido em direção a uma vegetação alvo, normalmente um produto agroquímico, tal como um produto fitossanitário. Entre as máquinas agrícolas pulverizadoras conhecidas encontra-se a máquina agrícola pulverizadora que compreende barras de pulverização articuláveis. Normalmente, as máquinas deste tipo são simétricas, comportando um conjunto direito de barras de pulverização e um conjunto esquerdo de barras de pulverização. Em posição de transporte e armazenagem, os conjuntos de barras de pulverização encontram-se fechados junto a um corpo central da máquina. Em posição de trabalho, os conjuntos de barras de pulverização encontram-se abertos, estendendo-se lateralmente para fora a partir do corpo central da máquina, de modo a cobrirem uma largura de trabalho, perpendicular a uma direção de avanço da máquina. As barras de pulverização portam uma pluralidade de bicos de pulverização que, em condições de trabalho, expelem o produto líquido, proveniente de um tanque, em direção à vegetação alvo.
[005] Uma máquina agrícola pulverizadora deste tipo pode estar configurada em modo autopropelido, com as barras de pulverização normalmente alcançando uma largura de trabalho entre 24m e 32m, mas também pode estar configurada em modo rebocado por um veículo motor, tal como um trator, ou mesmo configurada em modo montado em um sistema de três pontos de um veículo motor, tal como um trator, com as barras de pulverização, nos dois últimos casos, normalmente alcançado uma largura de trabalho inferior àquela da máquina agrícola pulverizadora autopropelida. Deve ficar entendido que a presente invenção não está relacionada a um modo específico de impulsão da máquina agrícola pulverizadora, nem a uma largura de trabalho específica.
[006] Em especial, a invenção relaciona-se a um conjunto de barras de pulverização, incluindo uma primeira barra de pulverização e uma segunda barra de pulverização articulávei em relação à primeira barra de pulverização por intermédio de um eixo de articulação horizontal, segundo um movimento de articulação entre uma posição aberta, onde dita segunda barra de pulverização está longitudinalmente alinhada com a primeira barra de pulverização, e uma posição fechada, onde dita segunda barra de pulverização está dobrada sobre a primeira barra de pulverização.
[007] O movimento de articulação é produzido por um atuador hidráulico tendo uma extremidade acoplada de modo articulávei em um suporte fixado na primeira barra de pulverização e uma outra extremidade acoplada de modo articulávei em um ponto de um mecanismo de condução do movimento de articulação. O atuador hidráulico é alimentado por um sistema hidráulico, podendo ser um sistema hidráulico próprio da máquina agrícola pulverizadora ou proveniente de um trator.
[008] O mecanismo de condução do movimento de articulação compreende um primeiro braço tendo uma extremidade inferior acoplada de modo articulávei, por intermédio de um primeiro pino, em um primeiro suporte de articulação fixado na primeira barra de pulverização, e um segundo braço tendo uma extremidade inferior acoplada de modo articulávei, por intermédio de um segundo pino, em um segundo suporte de articulação fixado na segunda barra de pulverização. O primeiro e o segundo braço estão acoplados entre si de modo articulável, por intermédio de um terceiro pino, em uma posição superior ao eixo de articulação horizontal.
[009] Para fechamento da segunda barra de pulverização, partindo da posição aberta, o atuador hidráulico é acionado de maneira a recolher sua haste, o que movimenta o mecanismo de condução do movimento de articulação, fazendo a segunda barra de pulverização articular-se em torno do eixo de articulação horizontal até alcançar a posição fechada, ou seja, dobrada sobre a primeira barra de pulverização. Para abertura da segunda barra de pulverização, partindo da posição fechada, o atuador hidráulico é acionado de maneira a estender sua haste, o que movimenta o mecanismo de condução do movimento de articulação, fazendo a segunda barra de pulverização articular-se em torno do eixo de articulação horizontal até alcançar a posição aberta, ou seja, longitudinalmente alinhada com a primeira barra de pulverização.
[010] Um conjunto de barras de pulverização do tipo descrito acima apresenta inconvenientes. Particularmente, em condições de trabalho da máquina agrícola pulverizadora com a segunda barra de pulverização em posição aberta, as irregularidades do terreno agrícola, tal como desníveis, buracos e pedras, associadas ao movimento da máquina na direção de avanço provocam oscilações na segunda barra de pulverização em relação à primeira barra de pulverização, o que gera impactos entre as estruturas das barras de pulverização e aos elementos do eixo de articulação. À medida que a máquina avança, estes esforços tornam-se cíclicos, podendo ocasionar fadiga nos componentes, trinca de soldas e consequente quebra das barras de pulverização ou dos elementos do eixo de articulação.
[011] SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[012] A presente invenção tem por objetivo propor um conjunto de barras de pulverização que venha superar os inconvenientes presentes no estado da técnica. Este objetivo é alcançado por um conjunto de barras de pulverização em que o acoplamento do segundo braço do mecanismo de condução do movimento de articulação no segundo suporte de articulação está arranjado de modo que o segundo pino tenha um curso em um furo oblongo, entre um limite superior e um limite inferior. Ainda, o segundo braço está acoplado de modo articulável, por intermédio de um quarto pino, em uma extremidade superior de um braço tirante, sendo que uma extremidade inferior do braço tirante está acoplada de modo articulável, por intermédio de um quinto pino, em uma extremidade superior de um pino trava, o qual está alojado de modo deslizante em uma luva guia fixada na segunda barra de pulverização. Estes elementos estão dispostos de modo que, em posição aberta da segunda barra de pulverização, quando o segundo pino está em contato com o limite superior do furo oblongo, o pino trava está inserido em uma bucha de bloqueio fixada na primeira barra de pulverização de maneira a impedir o movimento de articulação da segunda barra de pulverização, e quando o segundo pino está em contato com o limite inferior do furo oblongo, o pino trava está desinserido da bucha de bloqueio de maneira a liberar o movimento de articulação da segunda barra de pulverização.
[013] Quando o pino trava está inserido na bucha de bloqueio, a segunda barra de pulverização fica impedida de realizar qualquer movimento de articulação. Em outras palavras, a segunda barra de pulverização está travada em posição aberta. Assim, mesmo com as irregularidades do terreno agrícola presentes nas condições de trabalho, a segunda barra de pulverização fica impedida de oscilar em relação à primeira barra de pulverização, o que vantajosamente mantém as estruturas das barras de pulverização e os elementos do eixo de articulação horizontal livres de impactos. Esses fatores contribuem para a vida útil do conjunto de barras de pulverização e também propiciam a fabricação de componentes menos reforçados, o que resulta em uma redução de massa do conjunto de barras de pulverização. Além disso, como a segunda barra de pulverização está livre de oscilações em relação à primeira barra de pulverização, existe uma maior estabilidade do conjunto de barras de pulverização em condições de trabalho.
[014] A presente invenção também propõe uma máquina agrícola pulverizadora compreendendo ao menos um conjunto de barras de pulverização conforme descrito acima. As vantagens oriundas do conjunto de barras de pulverização ora proposto refletem-se como grande diferencial da máquina agrícola pulverizadora.
[015] BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[016] A invenção será melhor compreendida com a descrição detalhada a seguir, que melhor será interpretada com auxílio das figuras, a saber: [017] A F igura 1 apresenta uma vista frontal de um conjunto de barras de pulverização segundo a invenção, onde a segunda barra de pulverização está em posição aberta e travada.
[018] A Figura 2 apresenta uma vista em perspectiva do conjunto de barras de pulverização com ênfase em sua região de articulação, onde a segunda barra de pulverização está em posição aberta e travada.
[019] A Figura 3 apresenta uma vista superior do conjunto de barras de pulverização com ênfase em sua região de articulação, onde a segunda barra de pulverização está em posição aberta e travada.
[020] A Figura 4 apresenta uma vista segundo o plano de corte “D-D” indicado na Figura 3, com exceção do atuador hidráulico que não está em corte.
[021] A Figura 5 apresenta uma vista segundo um plano de corte equivalente ao plano de corte “D-D” indicado na Figura 3, com exceção do atuador hidráulico que não está em corte, onde a segunda barra de pulverização está em posição aberta e destravada.
[022] A Figura 6 apresenta uma vista segundo um plano de corte equivalente ao plano de corte “D-D” indicado na Figura 3, com exceção do atuador hidráulico que não está em corte, onde a segunda barra de pulverização está em posição intermediária após o início do movimento de articulação no sentido de fechar.
[023] A Figura 7 apresenta uma vista em perspectiva do conjunto de barras de pulverização com ênfase em sua região de articulação, onde a segunda barra de pulverização está em posição idêntica à representada na Figura 6.
[024] A Figura 8 apresenta uma vista segundo um plano de corte equivalente ao plano de corte “D-D” indicado na Figura 3, com exceção do atuador hidráulico que não está em corte, onde a segunda barra de pulverização está em posição ligeiramente anterior à posição de transição, sendo o movimento de articulação no sentido de fechar.
[025] A Figura 9 apresenta uma vista segundo um plano de corte equivalente ao plano de corte “D-D” indicado na Figura 3, com exceção do atuador hidráulico que não está em corte, onde a segunda barra de pulverização está em posição ligeiramente posterior à posição de transição, sendo o movimento de articulação no sentido de fechar.
[026] A Figura 10 apresenta uma vista segundo um plano de corte equivalente ao plano de corte “D-D” indicado na Figura 3, com exceção do atuador hidráulico que não está em corte, onde a segunda barra de pulverização está em posição fechada.
[027] A Figura 11 apresenta uma vista frontal do conjunto de barras de pulverização, onde a segunda barra de pulverização está em posição fechada.
[028] DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[029] Na presente descrição são utilizados os termos “inferior”, “superior” e “acima”. Tendo em vista que o conjunto de barras de articulação (10) é capaz de desenvolver um movimento de articulação, deve ficar entendido que os referidos termos são interpretados em posição aberta da segunda barra de pulverização (12).
[030] A presente invenção propõe um conjunto de barras de pulverização (10), incluindo uma primeira barra de pulverização (11) e uma segunda barra de pulverização (12) articulável em relação à primeira barra de pulverização (11) por intermédio de um eixo de articulação horizontal (13), segundo um movimento de articulação entre uma posição aberta, onde dita segunda barra de pulverização (12) está longitudinalmente alinhada com a primeira barra de pulverização (11), como se pode visualizar na Figura 1, e uma posição fechada, onde dita segunda barra de pulverização (12) está dobrada sobre a primeira barra de pulverização (11), como se pode visualizar na Figura 11. Cada barra de pulverização (11, 12) é formada por uma estrutura de vigas unidas entre si. Por exemplo, as vigas podem ser tubulares e metálicas.
[031] O movimento de articulação é produzido por um atuador hidráulico (14) tendo uma extremidade acoplada de modo articulável em um suporte (112) fixado na primeira barra de pulverização (11) e uma outra extremidade acoplada de modo articulável em um ponto de um mecanismo de condução do movimento de articulação (15). Na incorporação representada, o atuador hidráulico (14) tem um corpo (142) acoplado no suporte (112) da primeira barra de pulverização (11) e uma haste (144) acoplada em um ponto do mecanismo de condução do movimento de articulação (15). Alternativamente, o atuador hidráulico (14) podería estar montado de maneira invertida. O atuador hidráulico (14) é alimentado por um sistema hidráulico, podendo ser um sistema hidráulico próprio da máquina agrícola pulverizadora ou proveniente de um trator.
[032] Como é possível melhor visualizar nas Figuras 2 e 4 a 10, o mecanismo de condução do movimento de articulação (15) compreende um primeiro braço (151) tendo uma extremidade inferior acoplada de modo articulável, por intermédio de um primeiro pino (161), em um primeiro suporte de articulação (114) fixado na primeira barra de pulverização (11), e um segundo braço (152) tendo uma extremidade inferior acoplada de modo articulável, por intermédio de um segundo pino (162), em um segundo suporte de articulação (124) fixado na segunda barra de pulverização (12). O primeiro (151) e o segundo braço (152) estão acoplados entre si de modo articulável, por intermédio de um terceiro pino (163), em uma posição superior ao eixo de articulação horizontal (13).
[033] De acordo com a invenção, o acoplamento do segundo braço (152) no segundo suporte de articulação (124) está arranjado de modo que o segundo pino (162) tenha um curso em um furo oblongo (17), entre um limite superior (172) e um limite inferior (174). Ainda, o segundo braço (152) está acoplado de modo articulável, por intermédio de um quarto pino (164), em uma extremidade superior de um braço tirante (18), sendo que uma extremidade inferior do braço tirante (18) está acoplada de modo articulável, por intermédio de um quinto pino (165), em uma extremidade superior de um pino trava (19). O pino trava (19) está alojado de modo deslizante em uma luva guia (20) fixada na segunda barra de pulverização (12). Estes elementos estão dispostos de modo que, em posição aberta da segunda barra de pulverização (12), quando o segundo pino (162) está em contato com o limite superior (172) do furo oblongo (17), o pino trava (19) está inserido em uma bucha de bloqueio (21) fixada na primeira barra de pulverização (11) de maneira a impedir o movimento de articulação da segunda barra de pulverização (12), como se pode visualizar na Figura 4, e quando o segundo pino (162) está em contato com o limite inferior (174) do furo oblongo (17), o pino trava (19) está desinserido da bucha de bloqueio (21) de maneira a liberar o movimento de articulação da segunda barra de pulverização (12), como se pode visualizar na Figura 5.
[034] Na incorporação representada, o segundo pino (162) está fixado no segundo suporte de articulação (124) e o furo oblongo (17) está presente no segundo braço (152). Alternativamente, segundo uma incorporação não representada, o segundo pino (162) está fixado no segundo braço (152) e o furo oblongo (17) está presente no segundo suporte de articulação (124).
[035] Na incorporação representada, o ponto do mecanismo de condução do movimento de articulação (15) no qual está acoplado o atuador hidráulico (14) consiste em um sexto pino (166) presente em uma continuidade do segundo braço (152) estendida acima do terceiro pino (163). Alternativamente, segundo uma incorporação não representada, o ponto do mecanismo de condução do movimento de articulação (15) no qual está acoplado o atuador hidráulico (14) consiste no terceiro pino (163) ou em um outro pino em posição equivalente.
[036] Quando o pino trava (19) está inserido na bucha de bloqueio (21), como se pode visualizar na Figura 4, a segunda barra de pulverização (12) fica impedida de realizar qualquer movimento de articulação. Em outras palavras, a segunda barra de pulverização (12) está travada em posição aberta. Assim, mesmo com as irregularidades do terreno agrícola presentes nas condições de trabalho, a segunda barra de pulverização (12) fica impedida de oscilar em relação à primeira barra de pulverização (11), o que vantajosamente mantém as estruturas das barras de pulverização (11, 12) e os elementos do eixo de articulação horizontal (13) livres de impactos. Esses fatores contribuem para a vida útil do conjunto de barras de pulverização (10) e também propiciam a fabricação de componentes menos reforçados, o que resulta em uma redução de massa do conjunto de barras de pulverização (10). Além disso, como a segunda barra de pulverização (12) está livre de oscilações em relação à primeira barra de pulverização (11), existe uma maior estabilidade do conjunto de barras de pulverização (10) em condições de trabalho.
[037] Para fechamento da segunda barra de pulverização (12), partindo da posição aberta e travada como se pode visualizar na Figura 4, aciona-se o recolhimento do atuador hidráulico (14), o que implica no deslocamento do mecanismo de condução do movimento de articulação (15) de maneira a movimentar o furo oblongo (17) até o limite inferior (174) contatar o segundo pino (162), como se pode visualizar na Figura 5. Em decorrência desse movimento, o braço tirante (18) e o pino trava (19) elevam-se, e o pino trava (19) deixa de estar inserido na bucha de bloqueio (21), como se pode visualizar na Figura 5. Em outras palavras, neste instante, a segunda barra de pulverização (12) continua em posição aberta, porém em condição destravada.
[038] A continuidade do recolhimento do atuador hidráulico (14) implica na continuidade do deslocamento do mecanismo de condução do movimento de articulação (15) de maneira que o limite inferior (174) do furo oblongo (17) passa a puxar o segundo pino (162) para cima. Em consequência, o segundo suporte de articulação (124) e, portanto, a segunda barra de pulverização (12) passam a ser puxados para cima, de maneira que a segunda barra de pulverização (12) começa seu movimento de articulação em torno do eixo de articulação horizontal (13). A Figura 6 ilustra a segunda barra de pulverização (12) em uma posição intermediária após o início do movimento de articulação.
[039] A continuidade do recolhimento do atuador hidráulico (14) implica na continuidade do movimento de fechamento da segunda barra de pulverização (12), devido ao fato do limite inferior (174) do furo oblongo (17) continuar puxando o segundo pino (162). Isso ocorre até que a segunda barra de pulverização (12) alcance uma posição de transição na qual a dita segunda barra de pulverização (12) tende a movimentar-se ao encontro da primeira barra de pulverização (11), muito em função de centro de massa da segunda barra de pulverização (12) e da influência gravitacional. Nesta posição de transição, o segundo pino (162) tende a deslizar ao longo do curso do furo oblongo (17), saindo do limite inferior (174) e alcançando o limite superior (172). A Figura 8 ilustra a segunda barra de pulverização (12) em posição ligeiramente anterior à posição de transição e a Figura 9 ilustra a segunda barra de pulverização (12) em posição ligeiramente posterior à posição de transição.
[040] Após a posição de transição, em continuidade ao recolhimento do atuador hidráulico (14), o limite superior (172) do furo oblongo (17) passa a segurar o segundo pino (162), evitando uma queda brusca da segunda barra de pulverização (12) sobre a primeira barra de pulverização (11). O movimento de articulação continua até que a segunda barra de pulverização (12) atinja a posição fechada, como se pode visualizar nas Figuras 10 e 11. Na posição fechada, um apoio de fim de curso (126) presente na segunda barra de pulverização (12) contata um apoio de fim de curso (116) presenta na primeira barra de pulverização (11), como se pode visualizar na Figura 11.
[041] A abertura da segunda barra de pulverização (12), partindo da posição fechada como se pode visualizar nas Figuras 10 e 11, ocorre a partir do acionamento da extensão do atuador hidráulico (14). O funcionamento do conjunto de barras de pulverização (10) ocorre de maneira equivalente à descrita acima, porém com o movimento de articulação em sentido contrário. Em particular, primeiramente o limite superior (172) do furo oblongo (17) atua empurrando o segundo pino (162) até que a segunda barra de pulverização (12) atinja uma posição de transição. Ultrapassada esta posição de transição, o limite inferior (174) do furo oblongo (17) passa a segurar o segundo pino (162), evitando uma queda brusca da segunda barra de pulverização (12) para a posição aberta. O movimento de articulação continua até a segunda barra de pulverização (12) alcançar a posição aberta, como se pode visualizar na Figura 5. A continuidade da extensão do atuador hidráulico (14) implica na continuidade do deslocamento do mecanismo de condução do movimento de articulação (15) de maneira a movimentar o furo oblongo (17) até o limite superior (172) contatar o segundo pino (162), como se pode visualizar na Figura 4. Em decorrência desse movimento, o braço tirante (18) e o pino trava (19) são deslocados para baixo, e o pino trava (19) é inserido na bucha de bloqueio (21), como se pode visualizar na Figura 4. Em outras palavras, neste instante, a segunda barra de pulverização (12) passa a estar travada em posição aberta.
[042] O fato do braço tirante (18) e do pino trava (19) estarem associados ao mecanismo de condução do movimento de articulação (15) vantajosamente propicia um produto compacto em que o movimento de travamento e o movimento de destravamento da segunda barra de pulverização (12) são produzidos pelo mesmo atuador hidráulico (14) que produz o movimento de articulação da segunda barra de pulverização (12). Não há necessidade de qualquer dispositivo de acionamento individual ou independente para travar e destravar a segunda barra de pulverização (12).
[043] Na incorporação representada, a fixação da luva guia (20) na segunda barra de pulverização (12) é realizada por intermédio de uma chapa superior (202) e uma chapa inferior (204), as quais sustentam a luva guia (20) e estão unidas à estrutura da segunda barra de pulverização (12). Na incorporação representada, a fixação da bucha de bloqueio (21) na primeira barra de pulverização (11) é realizada por intermédio de uma base plana (212) projetada a partir da primeira barra de pulverização (11) em direção à segunda barra de pulverização (12) de maneira a encobrir a superfície inferior da luva guia (20) em posição aberta da segunda barra de pulverização (12), dita base plana (212) recebendo a bucha de bloqueio (21). Adicionalmente, a bucha de bloqueio (21) é fixada por um par de suportes em “L” (214) que se estendem a partir da primeira barra de pulverização (11) e seguram a superfície externa da bucha de bloqueio (21).
[044] A segunda barra de pulverização (12) compreende ainda um apoio de fim de curso que, em posição aberta da segunda barra de pulverização (12), contata um apoio de fim de curso presente na primeira barra de pulverização (11). Na incorporação representada, o apoio de fim de curso presente na segunda barra de pulverização (12) consiste em uma chapa (128) unida à estrutura da segunda barra de pulverização (12) e o apoio de fim de curso presente na primeira barra de pulverização (11) consiste em um par de parafusos (118) roscados em uma chapa unida à estrutura da primeira barra de pulverização (11), cada parafuso (118) tendo sua posição ajustável e retida por uma porca de aperto (119). O ajuste do fim de curso da posição aberta da segunda barra de pulverização (12) vantajosamente propicia um ajuste do correto alinhamento entre o pino trava (19) e a bucha de bloqueio (21).
[045] Na incorporação representada, cada braço (151, 152) constitui-se por duas chapas, idênticas e paralelas entre si, unidas por chapas transversais soldadas. Alternativamente, cada braço (151, 152) poderia ser concebido em chapa simples ou em corpo único, por exemplo, fundido ou forjado. Na incorporação representada, o braço tirante (18) constitui-se por duas chapas, idênticas e paralelas entre si, unidas por uma chapa transversal soldada. Alternativamente, o braço tirante (18) podería ser concebido em chapa simples ou em corpo único, por exemplo, fundido ou forjado.
[046] Ainda, o furo oblongo (17) pode ter um reforço (22) em torno do seu perímetro, como é possível visualizar na incorporação representada. E os acoplamentos por intermédios de pinos podem estar equipados com buchas espaçadoras. Por exemplo, como se pode melhor visualizar nas Figuras 4 e 7, o acoplamento do segundo braço (152) no segundo suporte de articulação (124) está equipado com um par de buchas espaçadoras (23), cada qual localizada entre uma face externa do segundo braço (152) e o segundo suporte de articulação (124).
[047] A presente invenção também propõe uma máquina agrícola pulverizadora compreendendo ao menos um conjunto de barras de pulverização (10) conforme descrito acima. As vantagens oriundas do conjunto de barras de pulverização (10) ora proposto refletem-se como grande diferencial da máquina agrícola pulverizadora. A máquina agrícola pulverizadora pode estar configurada em modo autopropelido, mas também pode estar configurada em modo rebocado por um veículo motor, tal como um trator, ou mesmo configurada em modo montado em um sistema de três pontos de um veículo motor, tal como um trator.
[048] As incorporações preferenciais ou alternativas aqui descritas não têm o condão de limitar a presente invenção às formas estruturais, podendo haver variações construtivas que sejam equivalentes sem, no entanto, fugir do escopo de proteção da invenção.
REIVINDICAÇÕES
Claims (8)
1. “CONJUNTO DE BARRAS DE PULVERIZAÇÃO”, incluindo uma primeira barra de pulverização (11) e uma segunda barra de pulverização (12) articulável em relação à primeira barra de pulverização (11) por intermédio de um eixo de articulação horizontal (13), segundo um movimento de articulação entre uma posição aberta, onde dita segunda barra de pulverização (12) está longitudinalmente alinhada com a primeira barra de pulverização (11), e uma posição fechada, onde dita segunda barra de pulverização (12) está dobrada sobre a primeira barra de pulverização (11), o movimento de articulação sendo produzido por um atuador hidráulico (14) tendo uma extremidade acoplada de modo articulável em um suporte (112) fixado na primeira barra de pulverização (11) e uma outra extremidade acoplada de modo articulável em um ponto de um mecanismo de condução do movimento de articulação (15), o mecanismo de condução do movimento de articulação (15) compreendendo um primeiro braço (151) tendo uma extremidade inferior acoplada de modo articulável, por intermédio de um primeiro pino (161), em um primeiro suporte de articulação (114) fixado na primeira barra de pulverização (11), e um segundo braço (152) tendo uma extremidade inferior acoplada de modo articulável, por intermédio de um segundo pino (162), em um segundo suporte de articulação (124) fixado na segunda barra de pulverização (12), o primeiro (151) e o segundo braço (152) estando acoplados entre si de modo articulável, por intermédio de um terceiro pino (163), em uma posição superior ao eixo de articulação horizontal (13), caracterizado pelo acoplamento do segundo braço (152) no segundo suporte de articulação (124) estar arranjado de modo que o segundo pino (162) tenha um curso em um furo oblongo (17), entre um limite superior (172) e um limite inferior (174), e pelo segundo braço (152) estar acoplado de modo articulável, por intermédio de um quarto pino (164), em uma extremidade superior de um braço tirante (18), sendo que uma extremidade inferior do braço tirante (18) está acoplada de modo articulável, por intermédio de um quinto pino (165), em uma extremidade superior de um pino trava (19), o pino trava (19) estando alojado de modo deslizante em uma luva guia (20) fixada na segunda barra de pulverização (12), estes elementos estando dispostos de modo que, em posição aberta da segunda barra de pulverização (12), quando o segundo pino (162) está em contato com o limite superior (172) do furo oblongo (17), o pino trava (19) está inserido em uma bucha de bloqueio (21) fixada na primeira barra de pulverização (11) de maneira a impedir o movimento de articulação da segunda barra de pulverização (12), e quando o segundo pino (162) está em contato com o limite inferior (174) do furo oblongo (17), o pino trava (19) está desinserido da bucha de bloqueio (21) de maneira a liberar o movimento de articulação da segunda barra de pulverização (12).
2. “CONJUNTO DE BARRAS DE PULVERIZAÇÃO”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo segundo pino (162) estar fixado no segundo suporte de articulação (124) e o furo oblongo (17) estar presente no segundo braço (152).
3. “CONJUNTO DE BARRAS DE PULVERIZAÇÃO”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo segundo pino (162) estar fixado no segundo braço (152) e o furo oblongo (17) estar presente no segundo suporte de articulação (124).
4. “CONJUNTO DE BARRAS DE PULVERIZAÇÃO”, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo ponto do mecanismo de condução do movimento de articulação (15) no qual está acoplado o atuador hidráulico (14) consistir em um sexto pino (166) presente em uma continuidade do segundo braço (152) estendida acima do terceiro pino (163).
5. “CONJUNTO DE BARRAS DE PULVERIZAÇÃO”, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pela fixação da luva guia (20) na segunda barra de pulverização (12) ser realizada por intermédio de uma chapa superior (202) e uma chapa inferior (204), as quais sustentam a luva guia (20) e estão unidas à estrutura da segunda barra de pulverização (12).
6. “CONJUNTO DE BARRAS DE PULVERIZAÇÃO”, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pela fixação da bucha de bloqueio (21) na primeira barra de pulverização (11) ser realizada por intermédio de uma base plana (212) projetada a partir da primeira barra de pulverização (11) em direção à segunda barra de pulverização (12) de maneira a encobrir a superfície inferior da luva guia (20) em posição aberta da segunda barra de pulverização (12), dita base plana (212) recebendo a bucha de bloqueio (21).
7. “CONJUNTO DE BARRAS DE PULVERIZAÇÃO”, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pela bucha de bloqueio (21) adicionalmente ser fixada por um par de suportes em “L” (214) que se estendem a partir da primeira barra de pulverização (11) e seguram a superfície externa da bucha de bloqueio (21).
8. “MÁQUINA AGRÍCOLA PULVERIZADORA”, caracterizada por compreender ao menos um conjunto de barras de pulverização (10) definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 7.
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