BR102014022276B1 - Instrumento cirúrgico - Google Patents

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Abstract

instrumento cirúrgico. um instrumento (10) equipado com uma ferramenta (15), de desenho particularmente simples, que compreende mandíbulas (16, 17) com suportes de mandíbula (46) suportados por articulações espaçadas, sobre uma parte em soquete 18 compartilhada. os eixos articulados (27, 28) das articulações são paralelamente orientados, um em relação ao outro, permanecendo a uma determinada distância, um do outro. uma fenda (24), para guiar uma faca (25) com precisão, pode ser provida entre as duas. os suportes de mandíbula (46) das mandíbulas (16, 17) são guiados em suas próprias articulações, com folga mínima e, assim, de maneira precisa, sendo mantidos um contra o outro por meios de intertravamento transversais (37), assegurando desta forma uma montagem simples e um direcionamento preciso.

Description

Campo técnico
[001] A invenção refere-se a um instrumento cirúrgico, particularmente um instrumento para coagulação ou um instrumento para vedação de vasos com o uso de uma ferramenta, onde a referida ferramenta compreende duas mandíbulas móveis.
[002] Doravante, o termo "distal" sempre descreverá a parte do instrumento ou do componente que fica distanciada em relação ao usuário, e o termo "proximal" sempre descreverá a parte do instrumento ou componente que fica voltada para o usuário e mais próxima do mesmo. Técnica anterior
[003] Um instrumento possuindo o desenho supracitado tornou-se conhecido a partir da publicação US 2011/0054468 A1. O instrumento ali ilustrado compreende duas mandíbulas, suportadas de forma articulada pela extremidade distal de um eixo, onde as referidas mandíbulas possuem um mancal articulado compartilhado. O mancal articulado define um eixo articulado que se estende transversalmente, até o eixo. Além disso, uma faca longitudinalmente móvel também é provida, caracterizado em que a referida faca pode ser deslizada na direção distal, quando as mandíbulas são fechadas, a fim de cortar um vaso bloqueado e coagulado.
[004] A publicação US 2003/0199869 A1 apresenta um instrumento similar, compreendendo duas mandíbulas que são suportadas de forma a serem articuláveis em torno de um eixo articulado compartilhado. As mandíbulas suportam os eletrodos, para coagulação de um vaso. Aqui também é provida uma faca, capaz de ser movida na direção distal, entre as mandíbulas fechadas, a fim de cortar um feixe de tecido coagulado e vedado.
[005] Um instrumento de acordo com pelo menos uma das configurações da publicação DE 20 2007 009 165 U1 possui um desenho semelhante.
Sumário
[006] Em todos os desenhos mencionados, a disposição da região articulada com os eixos articulados e a extensão da faca por meio desta região articulada é repleta de problemas.
[007] Levando isto em consideração, o objetivo da invenção é oferecer um instrumento, onde as duas mandíbulas e, caso presente, a faca sejam guiadas com grande precisão.
[008] Este objetivo é alcançado por meio do instrumento de acordo com a Reivindicação 1:
[009] O instrumento cirúrgico de acordo com a invenção compreende uma ferramenta com duas mandíbulas suportadas de forma articulada. De preferência, cada mandíbula consistirá de um suporte de mandíbula e unidades de eletrodo fixadas ao mesmo. Com isto, os suportes de mandíbula são dispostos para transmissão de forças mecânicas e para suportar as mandíbulas. Ambos os suportes de mandíbula são seguros por uma parte em soquete sobre várias articulações espaçadas entre si, de forma a serem articuláveis, umas em relação às outras, e distanciadas umas das outras. Devido à distância espacial entre as duas articulações e seus respectivos eixos articulados, um em relação ao outro, uma faca pode ser instalada e suportada entre estes elementos.
[0010] A distância entre as duas articulações possibilita guiar mais precisamente o movimento articulado de cada uma das mandíbulas, por meio de um aumento da extensão dos eixos articulados ou da extensão de suas guias axiais, em comparação a um eixo articulado compartilhado. A extensão da guia axial poderá tomar mais da metade da largura da ferramenta ou do diâmetro do eixo. Com isto, a largura é medida na direção do eixo articulado, ou seja, transversalmente em relação ao eixo. Adicionalmente, a distância entre os eixos articulados possibilita que, com as mandíbulas abertas, uma faixa maior de recepção de tecido seja disponibilizada. Além disso, se os eixos articulados estiverem a certa distância, um do outro, os relacionamentos relativos à força necessária para fechar as mandíbulas serão alterados. Isto permitirá criar maiores forças de fechamento que contribuam para um aprisionamento aprimorado do tecido e também para uma vedação de vaso mais aprimorada.
[0011] Além disso, a distância criada entre as duas articulações poderá ser usada para proporcionar mais espaço para a passagem de uma faca. Em consequência, esta faca não se estenderá através de nenhum dos eixos articulados. Além disso, uma fenda poderá ser provida na parte em soquete, para guiar a referida faca, com a referida fenda criando o avanço para a faca e assumindo parte da operação de guia ou de suporte da faca, aprimorando, desta forma, as referidas funções de guia e suporte.
[0012] Levando-se em consideração o desenho das mencionadas articulações, um pino de mancal deverá ser utilizado em uma parte e uma bucha de mancal deverá ser utilizada na outra parte. De preferência, o pino de mancal deverá compreender uma seção de mancal cilíndrica, conectada a um friso. A bucha de mancal da outra parte compreenderá uma seção de ajuste, de preferência cilíndrica, com uma abertura. Em uma configuração, a bucha de mancal é instalada na parte em soquete e o pino de mancal é instalado no suporte de mandíbula da mandíbula. Em outra configuração, a associação poderá ser invertida.
[0013] O pino de mancal, na forma de uma seção de mancal com friso deverá ser preferencialmente configurado sem costura, em uma só peça, ao longo de uma região em forma de tira, aplicada como colarinho ao longo da superfície gerada com o suporte de mandíbula. Além disso, o pino de mancal poderá terminar em uma extremidade do suporte da ramificação. Desta forma, uma articulação robusta e precisa estará sendo formada, juntamente com a bucha de mancal conformada complementarmente na parte em soquete. Além disso, a articulação é fácil de montar, visto que o pino de mancal é inserido axialmente na bucha de mancal, que é aberta em uma das extremidades.
[0014] A abertura da bucha de mancal possui uma largura menor do que o diâmetro da seção de mancal cilíndrica do pino de mancal. Contudo, a largura da abertura é ligeiramente maior do que o friso do pino de mancal que conecta a seção de mancal ao suporte de mandíbula, de forma a possibilitar um movimento giratório do suporte de mandíbula, em relação à parte em soquete.
[0015] De preferência, a parte em soquete deverá ser feita em material plástico. O suporte de mandíbula poderá ser feito de material plástico, material cerâmico, material composto ou metal. O suporte de mandíbula poderá suportar unidades de eletrodo, consistindo de um corpo de material plástico com incrustações metálicas. Estas incrustações metálicas poderão ser peças em chapa metálica que atuem como eletrodos ou como superfícies de contato com o tecido, sendo elétrica e termicamente isoladas, com relação aos suportes de mandíbula, graças ao corpo em material plástico. Com isto, os efeitos de coagulação ficam restritos ao tecido capturado entre as duas mandíbulas da ferramenta.
[0016] Uma montagem particularmente simples da ferramenta será possível, caso os suportes de mandíbula sejam providos de meios de intertravamento transversal. Estes travarão o suporte de mandíbula na direção dos eixos articulados, ou seja, transversalmente, em relação à ferramenta. Estes meios de intertravamento transversais poderão ser projeções ou nervuras e nichos ou recessos providos nos suportes de mandíbula e estendendo-se em sentido de circunferência, tais meios vindo a encaixar uns nos outros, nos estados fechado e normalmente aberto da ferramenta. A adaptação dos suportes de mandíbula à parte em soquete é executada em uma posição de montagem, onde os pinos de mancal dos suportes de mandíbula são inseridos em direções opostas, nas buchas de mancal da parte em soquete, ficando em paralelo uns aos outros, e sendo então articulados uns sobre os outros, de forma que, respectivamente, uma nervura de um suporte de mandíbula venha a encaixar no recesso correspondente do outro suporte de mandíbula. Para que isto seja conseguido, será vantajoso que os recessos e as nervuras sejam desviados lateralmente (axialmente em relação ao eixo articulado), bem como de forma de circunferência.
[0017] Detalhes vantajosos adicionais das configurações da invenção poderão ser inferidos a partir da descrição das reivindicações e dos desenhos.
Descrição dos desenhos
[0018] A figura 1 mostra um instrumento de acordo com a invenção, em uma representação em perspectiva, esquematizada;
[0019] A figura 2 mostra uma ferramenta do instrumento, como na figura 1, com duas mandíbulas e uma parte em soquete, em uma representação em perspectiva, esquematizada;
[0020] A figura 3 mostra a parte em soquete da ferramenta, como na Figura 2, em uma representação em perspectiva, separada;
[0021] A figura 4 mostra um suporte de mandíbula de uma mandíbula da ferramenta, como na figura 2, em uma representação em perspectiva de um detalhe, separada;
[0022] A figura 5 mostra a parte em soquete, como na Figura 3, em uma representação em perspectiva ampliada de um detalhe; e
[0023] A Figura 6 mostra a faixa de alcance da ferramenta 1, de acordo com a invenção.
Descrição detalhada
[0024] A figura 1 mostra um instrumento cirúrgico 10, o referido instrumento sendo disposto para vedação de vaso, em cirurgia aberta. O instrumento 10 compreende um alojamento 11 a partir do qual se estende um eixo 12, preferivelmente reto. Um manípulo 13 é provido no alojamento 11, sendo que, adjacente ao mesmo, uma alavanca de controle 14 é suportada, de forma a permanecer articulada. A alavanca de controle 14 é disposta para atuar uma ferramenta 15 afixada à extremidade distal do eixo 12. O instrumento 10 poderá ser configurado como instrumento descartável e ser destinado a ser utilizado uma única vez. Contudo, o mesmo poderá ser também configurado como instrumento esterilizável e, desta forma, reutilizável.
[0025] A característica especial do instrumento 10 é a configuração da ferramenta 15 mostrada separadamente na figura 2. A ferramenta 15 compreende uma primeira e uma segunda mandíbula 16, 17, ambas sendo suportadas de forma móvel pela parte em soquete 18. A parte em soquete 18 poderá ser composta de material plástico, material cerâmico, material composto ou também metal, por exemplo. A figura 3 mostra a parte em soquete 18. Esta parte em soquete compreende uma seção de suporte distal 19 e uma extensão 20 que se estende a partir da mesma. A extensão 20 é inserida na extremidade distal do eixo 12 e, por exemplo, intertravada com relação ao mesmo, por meio de um retentor 21. Na seção de suporte distal 19 são providas duas buchas de mancal 22, 23, paralelas uma à outra, abertas em direção a flancos diferentes e rebaixadas, sendo que as referidas buchas de mancal estendem-se na direção transversal +X ou -X, sendo, além disso, abertas em direção à extremidade distal da parte em soquete 18. Entre as duas buchas de mancal 22, 23 poderá ser provida uma fenda 24, por meio da qual uma faca 25 possa ser deslizada, para cortar tecido coagulado, particularmente vasos vedados.
[0026] A extensão 20, que é oca por dentro, poderá possuir no lado externo de seus dois flancos ranhuras corrugadas 26 para recebimento de linhas elétricas, dispostas para alimentar as mandíbulas 16, 17 com tensão ou corrente. As ranhuras corrugadas 26 acomodam as linhas elétricas correspondentes, de forma resistente a estiramento, agindo assim como um alívio de tensão para as referidas linhas. O alívio de tensão das linhas elétricas poderá também ser obtido por meio de meios de travamento positivo configurados de forma diferente, tal como, por exemplo, arranjos de pinos ou frisos que estejam em offset, uns em relação aos outros.
[0027] Cada uma das mandíbulas 16, 17 compreenderá um suporte de mandíbula 46, conforme mostrado na figura 4. Como já indicado na figura 2, as duas mandíbulas 16, 17 são suportadas pela parte em soquete 18, em torno de dois eixos articulados 27, 28 paralelos e espaçados um do outro. As articulações correspondentes são representadas, respectivamente, por estruturas da parte em soquete 18, bem como do suporte de mandíbula 46 da mandíbula 16, 17.
[0028] A explicação do suporte de mandíbula 46 de uma primeira mandíbula 16 se aplica, correspondentemente, à segunda mandíbula 17, preferivelmente configurada de forma complementar.
[0029] A articulação que define o eixo articulado 27 é formada entre o suporte de mandíbula 46 e a parte em soquete 18, sendo estas mostradas separadamente nas figuras 4 e 5. O suporte de mandíbula 46 consistido de material plástico, material cerâmico, material composto ou metal será preferivelmente configurado em uma só peça e sem costuras. Estendendo-se na direção distal existe um membro de ferramenta 29 que termina, em sua extremidade traseira, em um membro de atuação 30 excentricamente posicionado, bem como em um pino de mancal 31. O membro de atuação 30 se adapta a um recesso com janela 32, provido lateralmente na parte em soquete 18 (figura 3, figura 5). Um pino de atuação 33 direcionado para dentro, provido no membro de atuação 30, poderá ficar- no espaço interno da extensão 20 - em conexão com os meios de tração-empuxo, para atuação articulada do suporte de mandíbula 46 da primeira mandíbula 16. O mesmo se aplica à segunda mandíbula 17.
[0030] O pino de mancal 31 compreende uma seção de mancal 34 preferivelmente cilíndrica, conectada ao membro de ferramenta 29 por meio de um friso 35. O friso 35 estende-se ao longo de uma faixa da superfície gerada do pino de mancal 31, por sua vez cilíndrica, estendendo-se ao longo de toda a extensão axial da mesma. Além disso, o pino de mancal 31 poderá ser unido ao membro de atuação 30, ou seja, feito em uma peça única, particularmente ao longo do lado inferior. O pino de mancal 31 poderá ser axialmente inserido na bucha de mancal 23 (figura 5). Esta bucha de mancal 23 possui uma abertura 36 cuja largura 36a é menor do que o diâmetro da seção de mancal 34, porém maior do que a espessura do friso 35, medida na mesma direção. Esta região em forma de fenda da bucha de mancal 23 termina em uma seção cilíndrica 45 com diâmetro minimamente maior do que o diâmetro da seção de mancal 34. Em resultado disto, é obtida a mobilidade giratória desejada do suporte de mandíbula 46 da primeira mandíbula 16 sobre a parte em soquete 18. O ângulo de articulação máximo é grande o suficiente para que a faixa de recebimento de tecido, entre as duas mandíbulas 16, 17, seja suficiente para abertura e fechamento. Para fins de montagem e desmontagem, as mandíbulas 16, 17 também podem ser articuladas uma distante da outra, em um ângulo de abertura ainda maior.
[0031] O suporte de mandíbula 46 da segunda mandíbula 17 é configurado da mesma maneira, a fim de interagir com a primeira bucha de mancal 22. Como fica evidente a partir da figura 5, a fenda 24 fica arranjada entre as duas buchas de mancal 22, 23, de forma que a referida fenda possa se estender entre as duas articulações.
[0032] Meios de intertravamento transversais 37 são providos para prender lateralmente os suportes de mandíbula 46 das mandíbulas 16, 17, um contra o outro, ou seja, prender axialmente os referidos suportes, com relação ao pino de mancal 31. Por exemplo, os referidos meios de intertravamento podem ser providos por estruturas complementares, formadas nos suportes de mandíbula 46 das mandíbulas 16, 17. Por exemplo, adjacente ao pino de mancal 31, uma projeção poderá ser provida no suporte de mandíbula 46, lateralmente derivada em direção ao centro do membro de ferramenta 29, onde a referida projeção poderá ter a forma de uma nervura 38, por exemplo. Ainda por exemplo, a nervura 38 poderá se curvar a um raio constante, relativo a um eixo 39 localizado entre os eixos articulados 27, 28. A nervura 38 se estenderá na direção circunferencial U (figura 4), com relação a este eixo 39. Adjacente à nervura 38, poderá ser provido um recesso em forma de bolso 40, por exemplo, que se estenda na mesma direção circunferencial e permaneça aberto sobre o pino de mancal 31. Caso uma nervura complementar do suporte de mandíbula 46 da segunda mandíbula 17 entre em contato com esta cavidadeo 40, esta outra nervura será aprisionada entre a nervura 38, como fica evidente a partir da Figura 4 e uma ombreira 4, ficando assim segura na direção transversal. A cavidade 40 é formada entre a nervura 38 e a ombreira 41.
[0033] Para instalação dos dois suportes de mandíbula 46 das mandíbulas 16, 17 na parte em soquete 18, os respectivos pinos de mancal 31 dos suportes de mandíbula 46 das mandíbulas 16, 16, mantidos afastados um do outro, são inseridos nas buchas de mancal 22, 23. Os mesmos são então movidos um pouco em direção um ao outro, de forma que a respectiva nervura 38 engate em sua cavidade 40 associado, provido no suporte de mandíbula 46 oposto. Tão logo isto é feito, as mandíbulas 16, 17 são presas uma contra a outra e não podem mais cair da parte em soquete 18. Será suficiente que a nervura 38 seja formada sobre um suporte de mandíbula 46 da primeira mandíbula 17 e a cavidade 40 seja formado sobre o suporte de mandíbula 46 da segunda mandíbula 17. Contudo, será vantajoso se cada um dos dois suportes de mandíbula 46 da primeira e segunda mandíbula 16, 17 seja provido com a nervura 38 e a cavidade 40.
[0034] Presas aos suportes de mandíbula 46 das mandíbulas 16, 17, particularmente em seus membros de ferramentas 29, encontram-se unidades de eletrodo 42, evidentes a partir da figura 2, as referidas unidades compreendendo potencialmente uma ranhura 43 para guia de faca. Com as mandíbulas 16, 17 fechadas, a referida guia fica em alinhamento com a fenda 24. Uma faca 25 distalmente avançada, guiada com precisão pela fenda 24 poderá agora ser avançada na ranhura de guia de faca 43, desde a extremidade proximal até a extremidade distal das unidades de eletrodo 42.
[0035] Como mostrado na figura 6, a faixa de alcance F para o tecido entre as duas mandíbulas 16, 17 aumenta por meio da faixa FE, devido aos eixos articulados 27, 28 espaçados. A faixa FE é mostrada em linhas tracejadas, na figura 6. Os eixos articulados 27, 28, que ficam instalados a certa distância do eixo longitudinal L do instrumento, fazem com que o ângulo de abertura W da região de contato com o tecido das mandíbulas 16, 17 fique mais plano, em comparação com uma região de contato de tecido de duas mandíbulas que tenha eixos articulados instalados no eixo longitudinal L do instrumento. O ângulo de abertura W’, mais acentuado, é mostrado entre duas mandíbulas 16’ e 17’, na Figura 6. Pode ser claramente reconhecido que a realocação dos eixos articulados 27, 28 fora do eixo longitudinal L, exibindo o ângulo de abertura W, mais plano, provê uma faixa FE adicional para aprisionamento de tecido.
[0036] O fechamento tipo tesoura das duas mandíbulas, quando o tecido está sendo pego tem um efeito onde o tecido é agarrado com mais força na região de aprisionamento proximal, do que o tecido presente na região de aprisionamento distal das mandíbulas. A razão pra isto é que, com as mandíbulas abertas, a distância entre as mandíbulas, na região de aprisionamento proximal, é menor do que a região de aprisionamento distal. Devido à realocação dos eixos articulados 27, 28 para fora do eixo longitudinal L do instrumento 10, como descrito acima, o ângulo de abertura W das mandíbulas 16, 17 torna-se mais plano. Isto afeta diretamente a força de agarre sobre o tecido. Isto resulta em um comportamento de fechamento homogêneo, por parte das mandíbulas 16, 17, devido ao ângulo de abertura W mais plano, onde a distância entre as duas mandíbulas 16, 17 é aumentada na região de aprisionamento proximal. Este comportamento de fechamento mais homogêneo das mandíbulas 16, 17 reduz a influência da posição entre as mandíbulas 16, 17, onde o tecido está sendo capturado, ou seja, com respeito à força de agarre.
[0037] Um eixo articulado 28 de um suporte de mandíbula 46, a certa distância do eixo longitudinal L possibilita a instalação do pino de atuação 33 no espaço de desenho disponível, a uma grande distância, na direção Z do eixo articulado 27, 28. A figura 6 mostra o eixo articulado 28 acima do eixo longitudinal L e os pinos de atuação 33a associados a este eixo articulado 28. Por meio de recursos de tração-empuxo, a força de tração-empuxo F1, orientada na direção do eixo longitudinal L, é posta para atuar - preferivelmente por meio de um membro de conexão - sobre um componente de força F2 do pino de atuação 33. Em resultado disto, um torque M é criado sobre o eixo articulado 28, onde o referido torque irá atuar sobre a mandíbula 16. Devido a este torque M, o tecido mantido entre as duas mandíbulas 16, 17 é preso de forma forte e segura. Isto aumenta a qualidade e reprodutibilidade da vedação de tecido. Quanto maior for a distância na direção Z, entre o eixo articulado 28 e o pino de atuação 33, maior será a proporção do componente de força F2, com relação ao torque M. Se a força de tração-empuxo F1 tive rum componente linear atuando apenas sobre o pino de atuação 33 e se o pino de atuação 33 e o eixo articulado 28 estiverem sobre um eixo comum, nenhum torque M será gerado me torno do eixo articulado. O efeito da distância na direção Z, entre o eixo articulado 28 e o pino de atuação 33a aplica-se correspondentemente ao eixo articulado 27 e ao pino de atuação 33b.
[0038] O instrumento 10 descrito opera como segue:
[0039] Por meio de recursos de tração-empuxo não especificamente ilustrados e uma engrenagem, o usuário poderá mover as mandíbulas 16, 17 uma contra a outra e uma para longe da outra, movendo a alavanca de controle 14. Ele agora estará agarrando, entre as duas mandíbulas 16, 17, por exemplo, um feixe de tecido - que poderá compreender também vasos - a ser coagulado ou vedado e então cortado - e prendendo o referido feixe no lugar, entre as unidades de eletrodo 42, por meio do fechamento das mandíbulas 16, 17. Por meio de um comutador não mostrado especificamente, ele poderá agora ativar as unidades de eletrodo 42 das mandíbulas 16, 17. Estas são conectadas por linhas, não especificamente ilustradas, que se estendem por meio do eixo 12 e uma linha 14 que leva para fora do alojamento 11, para um dispositivo elétrico, tal como, por exemplo, um gerador. O gerador poderá enviar, por exemplo, uma corrente de alta frequência ou uma tensão de alta frequência para as unidades de eletrodo 42. O tecido capturado entre as unidades de eletrodo 42 é coagulado, dissecado e vedado, em resultado disto. Uma vez que isto tenha sido feito, um elemento de atuação pode ser ativado para avançar a faca 25 na direção distal, onde a mesma será guiada com precisão graças à fenda 24 e a ranhura de guia da faca 43. A lâmina de corte frontal da faca 25 cortará o tecido coagulado e vedado, e então poderá ser retraída.
[0040] O instrumento 10 poderá ser projetado como um instrumento descartável. Também será possível fazer apenas algumas partes descartáveis, para o referido instrumento, tal como, por exemplo, a ferramenta 15 e/ou o eixo 12. Graças a seu desenho simples, a ferramenta poderá também ser feita como um instrumento esterilizável e reutilizável, conforme requerido.
[0041] Um instrumento 10 equipado com uma ferramenta 15 de desenho particularmente simples, compreende suportes de mandíbula 46 de uma primeira e uma segunda mandíbula 16, 17, sendo as referidas mandíbulas suportadas por articulações espaçadas, sobre uma parte em soquete 18 compartilhada. Os eixos articulados 27, 28 das articulações são orientados paralelamente um ao outro, permanecendo a uma determinada distância um do outro. Uma fenda 24 para guiar com precisão uma faca 25 poderá ser provida entre as duas. Os suportes de mandíbula 46 das mandíbulas 16, 17 são guiados em suas próprias articulações, com folga mínima, e, assim, de forma precisa, sendo mantidos um contra o outro por meio de intertravamentos transversais 37, assegurando, desta forma, uma montagem simples e um direcionamento preciso. Lista de sinais de referência: 10 Instrumento 11 Alojamento 12 Eixo 13 Manípulo 14 Alavanca de controle 15 Ferramenta 16 , 16‘ Primeira mandíbula 17 , 17‘ Segunda mandíbula 18 Parte em soquete 19 Seção de suporte distal de 18 20 Extensão 21 Retentor 22 Primeira bucha de mancal 23 Segunda bucha de mancal 24 Fenda 25 Faca 26 Ranhura para suporte resistente a estiramento de linhas elétricas 27 , 28 Eixos articulados 29 Membro de ferramenta 30 Membro de atuação 31 Pino de mancal 32 Janela 33 , 33a, 33b Pinos de atuação 34 Seção de mancal 35 Friso 36 Abertura 36a Largura de 36 37 Meios de intertravamento transversal 38 Nervura, projeção 39 Eixo 40 Nicho, recesso 41 Ombreira 42 Unidades de eletrodo 43 Ranhura de guia de faca 44 Linha 45 Seção cilíndrica 46 Suporte de mandíbula +X Direção transversal para o eixo 12 -X Direção transversal oposta ao eixo 12 U Direção circunferencial para o eixo 39 F Faixa de alcance FE Faixa de alcance adicional W, W‘ Ângulo de abertura entre as duas mandíbulas M Torque sobre o eixo articulado F1 Força de tração-empuxo F2 Componente de força para torque M Z Direção perpendicular para o eixo longitudinal L L Eixo longitudinal do instrumento

Claims (15)

1. Instrumento cirúrgico, em particular para coagulação de tecido e vedação de vasos, compreendendo: - uma ferramenta (15) equipada com duas mandíbulas (16, 17) que são montadas sobre uma parte em soquete (18), de forma a serem articuláveis uma em relação a outra e distantes uma da outra a partir de dois eixos articulados (27, 28) diferentes, sendo que os eixos articulados (27, 28): - são espaçados entre si, e - são alinhados paralelamente um ao outro, sendo que: - os dois eixos (27, 28) articulados são estabelecidos por duas articulações espaçadas uma da outra e cada uma tendo um pino de mancal, dito instrumento sendo caracterizado pelo fato de: - o pino de mancal (31) ser configurado na forma de uma porção de mancal (34) com um friso que, ao longo da região em forma de fenda junto com sua superfície suporte, é configurado perfeitamente integrado com o transportador ramificado e sobre sua extremidade de face transforma no transportador ramificado.
2. Instrumento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de entre os eixos articulados (27, 28) e a parte em soquete (18) ter uma fenda (24) para uma faca (25).
3. Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de o eixo compreender um pino de mancal (31) possuindo uma seção de mancal cilíndrica (34) e um friso (35) que se estende radialmente para longe da referida seção de mancal, e uma bucha de mancal (22, 23) com uma abertura (36).
4. Instrumento, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de o pino de mancal (31) ser perfeitamente integrado ao membro de atuação (30) das mandíbulas (16, 17).
5. Instrumento, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de a abertura (36) da bucha de mancal (23) possuir uma largura (36a) menor do que o diâmetro da seção de mancal (34) e maior do que a espessura do friso (35).
6. Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 3 a 5, caracterizado pelo fato de um pino de mancal (31) ser provido na mandíbula (16) e na bucha de mancal (23) ser provida na parte em soquete (18).
7. Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 6, caracterizado pelo fato de a parte em soquete (18) ser feita de material plástico.
8. Instrumento, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de as buchas de mancal (22, 23) das duas articulações serem orientadas paralelamente uma à outra e serem frontalmente abertas, em direções opostas (+X, -X).
9. Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 8, caracterizado pelo fato de pelo menos uma das mandíbulas (16, 17) compreender um suporte de mandíbula (46).
10. Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 9, caracterizado pelo fato de as duas mandíbulas (16, 17) compreenderem meios de intertravamento transversais (37) para engate mútuo.
11. Instrumento, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de os meios de intertravamento transversais (37) compreenderem pelo menos uma projeção (38) sobre a primeira mandíbula (16), a referida projeção configurada de forma a se estender para um recesso (40) da segunda mandíbula (17).
12. Instrumento, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de a projeção (38) ser uma nervura (38) sobre a mandíbula (16) estendendo-se na direção circunferencial (U) em relação a um eixo (39).
13. Instrumento, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de o recesso ser um cavidade (40) provida na mandíbula (16), na mesma direção circunferencial (U).
14. Instrumento, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de a cavidade (40) e a nervura (38) serem lateralmente deslocados, uma contra a outra.
15. Instrumento, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de a cavidade (40) e a nervura (38) serem deslocadas uma contra a outra, na direção circunferencial (U).
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