BR102013018094A2 - Tanque rede circular e dispositivo e método de despesca - Google Patents

Tanque rede circular e dispositivo e método de despesca Download PDF

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Abstract

Tanque rede circular e dispositivo e método de despesca é descrito um tanque rede circular (100) flutuante, compreendendo uma estrutura (20) formada por i) barras rígidas verticais vazadas (21) fixadas em barras de fundo (24) e atravessadas por tubos perimetrais (22) e ii) telas (23) fixadas ao fundo e ao redor do dito tanque, de modo a manter os peixes no interior do mesmo; sistema de classificação ou redondel (40); uma janela lateral (j) para introdução de dispositivo de despesca (f) dos peixes já separados pelo sistema de classificação (40); passarela (30) em torno da parte superior do tanque, e na parte superior da estrutura (20), o sistema de arraçoamento (50). São também descritos o dispositivo de despesca (f) e o método de despesca utilizando o redondel (40) e dispositivo de despesca (f).

Description

TANQUE REDE CIRCULAR E DISPOSITIVO E MÉTODO DE DESPESCA CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção pertence ao campo dos tanques-rede flutuantes para criação e/ou reprodução de peixes em condições naturais ou artificiais, atendendo a finalidades de subsistência, esportivas, científicas e/ou econômicas.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO A criação de peixes vem sendo praticada há muitos anos e nas ultimas décadas tem se destacado entre as atividades de maior desenvolvimento em todo o mundo, sendo responsável pela geração de inúmeros postos de trabalho e por abastecer boa parte da humanidade com pescado. O uso de tanques redes é uma modalidade da piscicultura praticada geralmente em corpos d’água de grandes dimensões onde o criador não poderia estabelecer domínio dos lotes de criação ou de áreas que não podem ser esgotadas e não permitem o uso de redes para a captura. Os primeiros cultivos com essa metodologia foram utilizados no Vietnã onde os piscicultores engordavam peixes de valor comercial em cestos ou gaiolas de bambu. A partir de 1951, a Estação Experimental de Ciências Pesqueiras de Miyasaki em Kyushu, no Japão iniciou trabalhos de pesquisas com a criação de carpas. De lá para cá muitos países vêm desenvolvendo novas metodologias para a produção tanto de espécies de água doce como salgada. Animais como camarões, lagostas, polvos e rãs também passaram a ser produzidos em estruturas semelhantes. Países Europeus como Noruega, Espanha e Grécia não param de avançar nas pesquisas e com eminente desenvolvimento, principalmente com estruturas marítimas para engorda de peixes em mar aberto - offshore. Na América os EUA, Chile e Brasil se destacam nas pesquisas e no uso dessas tecnologias.
Segundo a FAO - Organização Mundial para a Alimentação e Agricultura, desde 1984 a aquicultura vem crescendo no mundo num ritmo de 11% ao ano. Outro fator importante é que 85% desse crescimento vem ocorrendo em países em desenvolvimento. A criação de peixes em tanques redes ou gaiolas é a criação feita em estruturas de tela ou rede, fechadas por todos os lados para reter um determinado número de peixes em seu interior. Estas estruturas poderão estar fixadas em estacas ou em armações com flutuadores ancoradas. Esta modalidade de cultivo é praticada tanto em água doce como salgada.
Em água doce o Brasil já produz ou poderá produzir peixes das seguintes espécies: tilápia, pacu, tambaqui, matrinxã, pintado, pirarucu e outras espécies de bom valor comercial. No mar ainda há necessidade de muitos desenvolvimentos apesar de se tratar de uma tecnologia já em uso em diversos países, entre as espécies mais apropriadas temos o atum, bijupirá, pargo, dourada, olho de boi, linguado e outros.
Este sistema de criação é praticado por inúmeros países, principalmente na Asia, de forma a possibilitar o cultivo em grandes massas de água, onde a tecnologia convencional não podería possibilitar um manejo apropriado. Em um grande represamento (exemplo: hidroelétrica) com um volume imenso alagado não seria sensato povoar e arraçoar um grande numero de peixes já que estes estariam sujeitos a dispersão e a serem predados por outros seres vivos. Outra dificuldade seria a determinação da propriedade destes peixes, não havendo possibilidades de se arraçoar apenas os peixes desejados assim como capturá-los isoladamente para a comercialização. Já ao confinar os peixes em tanques redes ou gaiolas é definido um espaço para a exploração e os animais de um proprietário são isolados dos peixes dos demais proprietários. Esta prática possibilita confinar peixes na quantidade desejada, sendo eles manejados e alimentados adequadamente até atingirem o peso ideal para a comercialização.
Os tanques redes ou gaiolas podem possuir diferentes formatos, tamanhos e materiais, porém possuem um conjunto de características comuns. Geralmente o tanque é composto por uma estrutura rígida cuja função é dar forma ao tanque e por telas ou redes, cuja função é promover o confinamento dos indivíduos cultivados. As aberturas da tela ou rede do tanque devem ser suficientemente pequenas para reter os organismos cultivados, mas suficientemente grandes para permitir a passagem da água. A troca constante de água no interior da estrutura promove a oxigenação dos peixes e remoção dos dejetos. A maior parte dos tanques rede apresenta ainda estruturas flutuantes cujo objetivo é manter o tanque parcialmente emerso.
Os organismos são cultivados, normalmente, junto à superfície do corpo hídrico o que facilita o fornecimento de ração e manejo do cultivo. Além disso, a superfície é a zona que apresenta a maior concentração de oxigênio dissolvido na água, o que é positivo para o desenvolvimento dos organismos.
Alguns tanques rede possuem sistemas especiais para controlar a flutuabilidade do tanque, de modo que estes podem ficar parcialmente ou totalmente submersos.
Em um sistema típico de piscicultura em tanque rede, os peixes são introduzidos nos tanques rede onde são mantidos com arraçoamento até atingir o peso de abate. As fases típicas de desenvolvimento pelas quais o peixe passa ao longo do ciclo de produção são: alevino, juvenil e adulto.
Como o ganho de peso do peixe é expressivo ao longo do ciclo, geralmente é necessário dividir o lote de peixes alocado em cada tanque à medida que estes crescem. A quantidade de indivíduos a ser alocada em cada tanque rede é função da espécie de peixe, característica do corpo d’água e volume do tanque rede. A densidade de estocagem é um parâmetro de produção típico definido como a quantidade de peixes (em peso) dividido pelo volume do tanque [kg/m3]. Por exemplo: no início do cicio, aloca-se uma quantidade de alevinos em um tanque rede. Com o passar do tempo, quando os alevinos atingem a fase de juvenil, divide-se a quantidade que estava estocada em um único tanque em dois ou mais tanques. O mesmo ocorre na passagem de juvenil para adulto.
Além disso, em todo cultivo existe uma variabilidade natural na voracidade dos indivíduos, ainda que todos sejam da mesma ninhada. Isso resulta na formação de três grupos de indivíduos em cada tanque-rede com desenvolvimento diferenciado: a cabeceira, o meio e o fundo. A cabeceira, composta pelos indivíduos naturalmente mais vorazes, consome proporcionalmente a maior parcela de ração e se desenvolve mais rapidamente, em detrimento do meio e do fundo, o que é prejudicial ao cultivo. A maneira de corrigir este problema durante o manejo é realizar a classificação dos indivíduos. A classificação consiste na separação de indivíduos em função do seu tamanho. Esta prática faz com que os indivíduos alocados em um mesmo tanque se desenvolvam de maneira mais uniforme, resultando em uma produção mais homogênea e num melhor desempenho geral do cultivo.
Existem diferentes maneiras para executar as transferências de indivíduos de um tanque rede para outro, necessárias ao longo do cultivo, seja para corrigir a densidade de estocagem ao longo do ciclo ou para promover a classificação dos indivíduos. Para tanques rede menores (volume interno da ordem de dezenas de metros cúbicos) a maneira tradicional é transferência manual com o auxílio de puçá.
Nos tanques rede de grande volume (volume interno da ordem de centenas de metros cúbicos) o desafio aumenta e a transferência necessita de rede de arrasto utilizada com auxílio de mergulhadores para agrupar os peixes. Uma vez agrupados ê feita a retirada manual com puçá ou utiliza-se equipamento conhecido como “bomba de peixe”, capaz de bombear a água e os peixes próximos de sua sucção. Os tanques rede do estado da técnica não dispõem de sistemas específicos, inerentes ao próprio tanque, que auxiliem na classificação e na retirada dos peixes do tanque. A literatura de patentes apresenta uma série de documentos a respeito deste assunto.
Assim, a patente U.S. 3.691.994 trata de um tanque rede onde uma pluralidade de gaiolas serve para segregar grupos de peixes para teste e finalidades comerciais. As gaiolas são organizadas em forma de cercado circular em torno de um eixo central fixo no fundo do corpo d’água. A montagem é regularmente girada em torno do eixo, de modo que os peixes no interior dos diferentes cercados são mantidos separados embora expostos ao mesmo ambiente. No tanque rede objeto da patente U.S. 3.691.994 a área de cultivo é no formato de rosquinha, já que o miolo fica vazio. Como pode ser visualizado na Figura 2 deste documento, os peixes ficam confinados apenas nos espaços marcados com o numeral 34. O meio da estrutura fica livre, sem ter peixes confinados. O volume onde os peixes são cultivados tem o formato de rosquinha e não de um cilindro. O interior da rosquinha é todo seccionado sendo 24 gaiolas contíguas ao invés de uma única gaiola. A estrutura do tanque objeto da patente U.S. 3.691.994 é ancorada no fundo pelo eixo central enquanto o tanque da invenção é flutuante, como outros tanques rede típicos. O tanque gira como um todo, como um carrossel (vide coluna 2, linhas 59 a 62 do texto da patente U.S. 3.691.994V Nesse sistema não ocorre classificacão dos Deixes como no tanque da invenção com o uso do redondei. O conceito de tanque exposto na patente U.S. 3.691.994 não permite manejo. O giro do eixo se destina unicamente a uniformizar a água de cultivo, e não a selecionar os peixes por tamanho, como no presente pedido. A patente U.S. 8.261.697 trata de um tanque rede (3) que inclui uma pluralidade de telas (31) cada uma dotada de uma seção superior (311) e uma seção inferior afunilada (312). As seções superiores (311) são interconectadas para formar uma parede (300) de entorno, e as seções inferiores (312) são interconectadas para formar uma parede de fundo (301). O objeto deste documento de patente norte-americano é um tanque circular formado por telas com formato especial e continuidade entre a lateral e o fundo do tanque, de modo a facilitar e baratear a construção do tanque. O objetivo maior da patente é “fornecer um tanque-rede que pode ser fabricado de modo mais conveniente e custo reduzido” (vide a seção “Summary of the Invention” da patente U.S. 8.261.697). O formato das telas individuais, que agrupadas formam o tanque rede, é que é o objeto da patente. O tanque descrito não tem sistema interno de classificação ou dispositivo em fatia para despesca. Além disso, o tanque da invenção é constituído portelas tradicionais na lateral e no fundo do tanque. A patente U.S. 4.380.213 descreve um tanque rede dotado de mecanismo que permite girar o tanque através de dispositivos de controle (A-D) para limpar os orifícios da rede que compõe o tanque. Os dispositivos de controle também servem para controlar a flutuabilidade do tanque e portanto o nível no qual ele flutua na água ambiente, de preferência na superfície ou logo abaixo da mesma. Contrariamente ao exposto neste documento norte-americano, no presente pedido o que gira são telas internas no interior do tanque, que permanece estacionário. O objetivo desta operação é realizar a classificação dos peixes e auxiliar na despesca, e não permitir a limpeza da rede, como na patente U.S. 4.380.213. A publicação européia EP1116437A2 descreve uma estrutura rígida aberta na parte superior e dotada de amplas aberturas nas faces laterais e na sua base ou fundo, dispondo de redes adequadas para fechar as aberturas do tanque. A referida publicação tem como foco o reforço da estrutura do tanque rede para evitar deformações e aumentar a durabilidade. Não são previstos mecanismos para classificação e despesca como no presente pedido. O pedido publicado internacional W02004002221A1 trata de um tanque rede submersível aperfeiçoado, onde a base do tanque compreende uma plataforma horizontal com uma passarela periférica, usada para trabalhar com as espécies marinhas no interior do tanque e que podem ser içadas usando um dispositivo conectado à estrutura flutuante na qual o tanque é suspenso. A plataforma interna está associada a uma rede. Com o içamento da plataforma interna, a biomassa é coletada pela rede interna. Este sistema auxilia a despesca do tanque, porém com um mecanismo diverso do que ocorre no presente pedido, que utiliza o redondel e fatia. O pedido publicado norte-americano U.S. 20080110408A1 trata de um tanque submersível giratório para criação de peixes que compreende um eixo central, uma estrutura flutuante posicionada próxima ao eixo central, uma rede conectada à estrutura flutuante e um atuador em comunicação operável com pelo menos parte da estrutura flutuante e adaptado para facilitar a rotação da estrutura flutuante em torno do eixo central enquanto o tanque está na posição submersa. O tanque pode formar parte de um sistema, que inclui um dispositivo de limpeza da rede, um tirante e rede de arrasto, que podem ser usados para produção de peixe submersa. A semelhança entre o tanque submersível e o tanque da invenção está no sistema de tela interno para agrupamento e/ou classificação dos peixes (conforme pode ser constatado nos parágrafos [42] a [44] do documento norte-americano). O conceito aplicado é similar mas o funcionamento (modo de operação) tem diferenças importantes, sendo que o tanque da invenção tem uma operação mais simples. O tanque submersível usa uma rede de varredura interna (“sweep nef) que corresponde ao redondel no sistema da presente invenção. O tanque submersível é diferente do presente tanque no formato: cilindro com eixo no sentido horizontal (tanque submersível) ao invés de eixo no sentido vertical (tanque da invenção). Da maneira como está conceituado no documento de patente norte-americano, a rede de varredura fica presa à parede do tanque e este é rotacionado como um todo (vide parágrafo [43] “rotation ofthe cage about its central axle”).
No tanque da invenção, o redondel e rotacionado manualmente de forma independente no interior do tanque, que permanece estacionário. Um operador percorre a plataforma que contorna toda a borda do tanque arrastando o redondel ao longo do percurso. Alternativamente, um sistema motorizado poderia ser instalado para girar o redondel. No entanto, a vantagem do sistema manual é que o operador exerce poder de análise sobre a eficiência da operação de classificação.
No tanque submersível do documento de patente norte-americano, o fato de o eixo estar no sentido horizontal faz com que a rotação da rede de varredura (e do tanque) necessite de um sistema auxiliar, injeção controlada de fluídos com diferentes densidades nas travessas do tanque (“cross-members”) (vide parágrafo [36]) ou motorização (vide parágrafo [41] do documento de patente norte-americano).
Outra diferença importante do tanque da invenção em relação ao tanque submersível é a existência da fatia para retirada dos peixes do interior do tanque. O tanque submersível possui um sistema para captura de peixes (vide parágrafo [57]) cujo objetivo é promover a captura dos peixes do meio aquático para o interior do tanque, e não a retirada dos peixes do tanque rede de maneira controlada que é o objetivo da fatia do tanque da invenção.
Chama-se a atenção do leitor para um fato interessante: o sistema de captura de peixes do tanque submersível descrito no parágrafo [57] e Figura 16 do referido documento publicado norte-americano é bastante similar ao tradicional sistema de pesca utilizado por índios brasileiros conhecido como jiqui (ou matapi). Ó sistema se baseia em uma gaiola com um orifício de entrada em forma de funil. Esta armadilha fica submersa e em seu interior é colocada uma isca que atrai o peixe (ou camarão) para seu interior O animal entra pelo funil e não consegue sair, conforme pode ser visto em vídeo que consta do link a seguir http://olobotv.qlobo.com/rede-qlobo/qlobo-natureza/v/qlobo-natureza- matapi/2286674/ O pedido publicado internacional WOI982/003152A1 descreve um tanque rede para criação e/ou armazenamento de animais aquáticos. O tanque tem formato cilíndrico na porção central e cônico nas extremidades, possuindo um eixo central rígido (Figura 2). O tanque é operado na posição horizontal e pode ficar totatmente ou parcialmente submerso. O tanque possui um sistema que permite a rotação do mesmo em torno do seu eixo horizontal (1) ao qual é fixada uma rede interna (9) que auxilia na coleta para despesca e seleção dos peixes. Ao girar o tanque, a rede interna varre o interior do tanque coletando os peixes de tamanho superior ao da malha (linhas 13 a 18 na página 5 e Figuras 3 e 4).
Este sistema tem função similar ao redondel proposto pelo presente pedido, porém a sua operação é diferente. Para realizar a coleta de peixes é necessário girar o tanque como um todo, ao invés de rotacionar somente a rede em seu interior. Além disso, a publicação internacional não prevê um sistema para retirada dos peixes coletados pela redè interna. No presente pedido o redondel é rotacionado independentemente do tanque e os peixes podem ser capturados na fatia que é retirada do tanque para a despesca.
Com o desenvolvimento da aquicultura, nota-se a tendência de aumento no porte dos empreendimentos e dos equipamentos empregados. No Brasil, esta tendência pode ser verificada no aumento do tamanho dos tanques rede. No entanto, o ganho de escala ao passar de tanques rede menores para os tanques de grande volume deve ser compensado por uma maior mecanização das atividades de manejo.
Nos tanques rede de grande volume, as atividades de classificação e despesca ganham relevância, tornando menos viável o emprego das técnicas tradicionais aplicáveis aos tanques menores, baseadas em esforço manual e pouco mecanizadas. Nesse contexto quaisquer dispositivos que auxiliem na classificação e despesca de tanques de grande volume são altamente positivos.
Seria, portanto, interessante se a técnica dispusesse de um tanque rede de grande volume aprimorado, que apresente soluções que reduzem custo, manuseio e tempo de operação para classificação, despesca, manutenção e aeração.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
De modo amplo, o tanque rede flutuante cilíndrico de grande volume da invenção para criação e reprodução de peixes com dispositivo para classificação, despesca e limpeza de telas compreende: a) uma estrutura de formato geralmente cilíndrico com topo e fundo circulares, dita estrutura sendo formada por barras em material rígido e telas fixadas ao fundo e ao redor do dito tanque, de modo a manter os peixes no interior do dito tanque; b) na dita estrutura, uma haste central combinada a estruturas de telas móveis e trilhos no fundo do tanque, formando o sistema de classificação ou redondel; c) associado ao dito redondel, um sistema de escovas fixas que permite a limpeza das telas externas e de fundo do tanque rede; d) uma janela lateral para despesca dos peixes, separados pelo sistema de classificação; f) passarela em torno da parte superior do tanque, constituída por passarela perimetral baixa e passarela perimetral elevada para a movimentação de pessoas ao redor do tanque, e como estrutura para posicionamento de bóias que mantêm o tanque flutuando; e d) na parte superior da estrutura de a), o sistema de arraçoamento.
Adicionalmente, o tanque rede prevê a inclusão de sistema de aeração.
Assim, a invenção trata de um tanque rede flutuante de formato cilíndrico, de grande volume, com dispositivos para classificação, coleta de peixes mortos, limpeza de telas, despesca, arraçoamento e aeração.
Em funcionamento, o tanque rede da invenção envolve, basicamente, a utilização do sistema de redondel que é rotacionado no interior do tanque para promover diferentes atividades de manejo que ocorrem ao longo do ciclo de produção quais sejam: a classificação dos peixes no interior do tanque, coleta de peixes mortos e limpeza das telas externas e de fundo. O redondel também auxilia na despesca ao proporcionar o confinamento dos peixes no tanque fatia. A invenção também provê um dispositivo de despesca em forma de fatia de pizza a ser encaixado em janela lateral do tanque rede.
A invenção ainda provê um método de despesca para coleta dos peixes separados pelo redondel e coletados no dispositivo de despesca. BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A FIGURA 1 anexa é uma vista geral do tanque rede conforme a invenção. A FIGURA 2 anexa é uma vista gera! da estrutura do tanque e das telas. A FIGURA 3 anexa é uma vista geral da estrutura de flutuamento do tanque e da passarela perimetral. A FIGURA 4A anexa é uma vista geral do sistema de redondel enquanto a FIGURA 4B é uma vista do dispositivo de despesca em formato de fatia. A FIGURA 5 anexa é uma vista geral do silo para arraçoamento instalado na parte superior do tanque.
A FIGURA 6A a L anexa é uma série de Figuras que representa as diversas etapas do método de despesca conforme a invenção. DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO O tanque rede circular de grande volume da invenção é aplicável na atividade de criação e/ou reprodução de peixes em condições naturais ou artificiais, com finalidade de subsistência, esportiva, científica e/ou econômica. O tanque rede da invenção foi concebido como tanque de grande volume. De acordo com a invenção, a expressão “tanque de grande volume” significa volumes da ordem de centenas de metros cúbicos, no entanto tais volumes não são limitativos da capacidade do tanque rede da invenção, já que o tanque da invenção poderá ser construído em diferentes tamanhos sem que haja prejuízo ao funcionamento do mesmo, bastando redimensionar as peças. A estrutura circular do tanque de grande volume objeto da invenção é confeccionada em material rígido, selecionado dentre barras e telas de metal ou alternativamente plásticos de engenharia, com aberturas suficientes para circulação da água, mas sem permitir que os peixes escapem. A estrutura deve poder suportar os movimentos normais do corpo de água onde estão inseridas sem sofrer deformações.
As estruturas em tela admitem proteção contra ferrugem através de revestimento, pintura ou galvanização.
Para ajudar na flutuação do tanque rede mantendo o mesmo parcialmente emerso, no perímetro da estrutura circular são previstas estruturas flutuantes. As estruturas flutuantes são constituídas de bóias compostas tipicamente por recipientes plásticos (ex: tambores) cheios de ar. As bóias ficam alojadas debaixo da passarela que circunda o perímetro do topo do tanque, de modo que a passarela sempre esteja posicionada acima da superfície da água. O tanque rede circular de grande volume conforme a invenção, geralmente designado pelo numeral (100), será descrito a seguir por referência às Figuras anexas, que não devem ser consideradas limitativas da mesma.
Na vista geral do tanque (100) da invenção conforme a Figura 1, (20) designa a estrutura circular, (30) a passarela perimetral incluindo as estruturas de flutuação, (40) o redondel e o dispositivo de despesca em forma de fatia de pizza e (50) é o sistema de arraçoamento. A Figura 2A mostra o tanque rede (100), formado basicamente por uma estrutura rígida (21, 22, 24), onde são fixadas telas (23) para confinamento de peixes em seu interior.
Conforme a invenção, é possível reforçar a estrutura do tanque (100) de acordo com a necessidade aumentando o porte ou o número de barras verticais (21), barras de fundo (24) e tubos perimetrais (22).
As barras verticais (21) se estendem do fundo da estrutura até além da superfície da água, dando sustentação ao guarda-corpo (33) da passarela perimetral (32) (Figura 3). As barras verticais (21) são fixadas (soldadas, parafusadas ou encaixadas) nas barras de fundo (24) do tanque (100). As barras verticais (21) são vazadas de modo que os tubos perimetrais (22) atravessam as mesmas. O tanque (100) é dotado de uma janela (J) lateral que auxilia na despesca. A janela (J) é composta por moldura (25) e tela (26). A moldura (25) da janela (J) é construída com perfis U no interior dos quais a tela (26) da janela (J) é colocada (vide detalhe na Figura 2B). Assim a tela (26) pode ser removida da moldura (25) puxando a primeira para cima. O tanque da invenção (100) é cilíndrico, com o topo e o fundo sendo de formato circular.
Conforme ilustrado em (30) na Figura 3, o perímetro do topo do tanque (100) é dotado de uma passarela (32) abaixo da qual são instaladas estruturas flutuantes (31) cujo objetivo é manter o tanque parcialmente emerso. Deste modo a superfície da água da represa onde o tanque (100) for colocado permanece na altura das estruturas flutuantes (31), com a passarela (32) rente e acima da linha d’água.
Ao longo de toda a passarela (32) um guarda-corpo (33) tem por objetivo evitar que os peixes escapem do interior do tanque pulando por sobre a passarela (32).
Na porção do tanque junto à janela (J), uma passarela elevada (34) permite a entrada da fatia (F) representada na Figura 4B.
Conforme a Figura 4A, o tanque (100) é dotado de um sistema interno destinado, principalmente, à classificação dos peixes, denominado redondel (40). Esse sistema permite que seja realizada uma classificação dos peixes de maneira eficaz, sem estressar os indivíduos e em um tempo bastante reduzido. Atualmente a classificação é feita manualmente com auxílio de puçá, com uso de rede e mergulhadores, ou com bomba de peixes. Outros inventos possuem redes internas para classificação, porém necessitam que o tanque seja rotacionado como um todo durante a operação.
Na presente invenção, de modo nitidamente distinto do estado da técnica, o sistema de classificação (redondel) (40) é parte da estrutura do tanque rede (100) e gira independentemente do tanque.
Conforme pode ser visto na Figura 4A, as duas molduras (41) do redondel (40) são fixadas em uma haste central (43) por um sistema de dobradiça (45) que permite que as mesmas girem no interior do tanque (100) como os ponteiros de um relógio.
As molduras (41) do redondel (40) giram sobre trilhos (44) localizados no fundo do tanque (100). O conjunto de molduras (41) e telas (42) do redondel (40) vai do fundo do tanque (100) até acima da superfície da água, e do centro do tanque (100) até a tela externa (23) (Figura 2). O acionamento do redondel (40) é feito preferencialmente de maneira manual. O operador (não representado) percorre a plataforma perimetral (32) (Figura 3) do tanque-rede (100) puxando a extremidade de uma das molduras (41) do redondel (40) no sentido tangencial ao tanque (100), fazendo com que o redondel (40) gire no eixo da haste central (43) A outra tela (42) do redondel permanece fixa durante a classificação.
Alternativamente, o redondel (40) é feito girar com auxílio de um sistema motorizado. No entanto, a vantagem do sistema manual é que o operador exerce poder de análise sobre a eficiência da operação de classificação.
As telas (42) do redondel (40) são removíveis e podem ser trocadas para se obter diferentes aberturas. Cada peça da moldura (41) do redondel (40) é composta por dois perfis U no interior do qual correm as telas (42). A remoção e colocação das telas (42) é feita de baixo para cima, de maneira manual. O conceito de tela correndo dentro de moldura aplicado ao redondel (40) é similar ao utilizado na moldura (25) e tela (26) da janela (J) do tanque (100) tal como representados na Figura 2B. O redondel (40) também é utilizado para auxiliar na retirada de peixes mortos durante o ciclo de cultivo. A retirada deve ser feita diariamente, pois o peixe morto só bóia nos primeiros dias. Com o passar do tempo e a evolução da decomposição a carcaça afunda. A decomposição dos peixes mortos no próprio tanque seria altamente prejudicial ao cultivo, pois pode ser foco de transmissão de doenças aos peixes e contribui para a deterioração da qualidade da água.
Na operação de coleta de peixes mortos com o redondel (40), instala-se uma tela (42) dotada de malha apenas na porção superior, junto da superfície da água e com apenas algumas dezenas de centímetros de profundidade. O restante da tela (42) é completamente vazado para permitir a passagem dos peixes vivos. Ao girar o redondel (40), a tela para retirada de peixe morto coleta os peixes que estão mortos boiando na superfície e agrupa-os em uma porção do tanque (100) de modo a facilitar a remoção destes.
Uma utilização adicional do redondel (40) é na limpeza das telas externas (23) do tanque (100). Para tanto são instaladas, utilizando qualquer tecnologia do estado da técnica, escovas (não representadas) na lateral e no fundo das molduras (41) do redondel (40) de modo que as escovas ficam em contato com a tela externa (23) do tanque (100). Ao girar o redondel (40) as escovas varrem pelo lado de dentro a lateral e o fundo do tanque (100) removendo as impurezas que se acumulam na tela (23), como algas e mexilhões.
Em conjunto ou em substituição às escovas, é previsto um sistema de limpeza composto por mangueiras perfuradas (não representadas) instaladas na moldura (41) do redondel (40) com bicos de saída direcionados para as telas externas (23). As mangueiras são ligadas a uma bomba (não representada) que injeta água pressurizada. Ao girar o redondel (40) e injetar água pressurizada nas mangueiras, as telas do tanque (23), de fundo e lateral, são varridas pela água sob pressão, removendo as impurezas. A despesca é a retirada dos peixes do interior do tanque (100).
Na invenção uma vantagem competitiva é que o sistema de despesca é parte da estrutura do tanque rede (100). A transferência do peixe do tanque de grande volume para um tanque menor (manuseável) (F) é feita dentro do próprio tanque sem o manuseio dos indivíduos. Assim, vantajosamente, esse sistema permite uma despesca mais rápida e sem envolvimento de mergulhadores, bomba de peixe ou manuseamento de indivíduos.
Para efetuar a despesca o tanque (100) da invenção é dotado de uma janela lateral (J) (Figura 2) que pode ser aberta ou fechada por tela removível (26) permitindo a entrada e saída de um dispositivo de despesca flutuante ou gaiola (F) no formato de fatia de pizza (Figura 4B).
As laterais da estrutura da gaiola (F) são dotadas de molduras (47) nas quais são colocadas telas removíveis (46), de modo análogo ao sistema de molduras (41) e telas (42) do redondel (40). O fundo da gaiola (F) também é provido de tela (46) porém esta é fixa.
Para a realização da despesca utiliza-se o redondel (40) para direcionar parte ou a totalidade dos peixes contidos no tanque (100) para o interior da gaiola (F). A Figura 6A a L ilustra o método de despesca utilizando o tanque (100) de acordo com a invenção.
Na Figura 6 o tanque (100) é visto de cima.
As linhas pontilhadas do redondel (40), fatia (F) e janela (J), representam que a tela naquele local foi removida permitindo a passagem dos peixes.
As linhas contínuas representam que as telas estão instaladas, impedindo a passagem dos peixes naquele local.
Na descrição abaixo, cada letra corresponde a uma etapa do método de despesca. O método de despesca de acordo com a invenção, efetuado com auxílio do redondel (40) e dispositivo (F), compreende as seguintes etapas: • A: retiram-se as telas (42) do redondel (40); • B: giram-se as molduras (41) do redondel de modo a juntar ambas no setor do tanque (100) com a janela (J) para entrada do dispositivo em fatia (F); • C: colocam-se as telas (42) no redondel (40) com a malha inferior ao tamanho dos peixes do tanque. Como as telas estão juntas, entre ambas não permanece nenhum peixe; • D: fixa-se uma as telas (42) do redondel (40) em uma extremidade da janela (J) do tanque e gira-se a outra tela (42) até a outra extremidade da janela (J). Deste modo, entre as telas do redondel cria-se um espaço livre de peixes; • E: retira-se a tela (26) da janela (J) do tanque (100) e introduz-se a fatia (F) pela janela (J) na lateral do dito tanque; • F: recoloca-se a tela (26) da janela (J) com a fatia (F) no interior do tanque (100) e retiram-se a tela (46) de uma das laterais da fatia (F) e a tela (42) do redondel (40) próximo a esta lateral; • G: gira-se a moldura (41) do redondel (40) (sem tela) até um determinado ponto do tanque (100), dependendo da quantidade de peixes que se pretende retirar; • H: coloca-se a teia (42) adequada ao tamanho dos peixes que se quer retirar na moldura (41) do redondel (40) que foi girada; • I: gira-se a tela (42) do redondel de volta até a lateral da fatia (F). Os peixes que ficaram entre o redondel (40) e a fatia (F) e que possuem tamanho superior à malha da tela (42) colocada do redondel são confinados na fatia (F); • J: coloca-se a tela (46) da lateral da fatia (F), de modo que todos os peixes que foram selecionados pelo redondel (40) ficam confinados no interior da fatia (F); • K: retira-se a tela (26) da janela (J) do tanque (100) e retira-se a fatia (F) contendo os peixes; e • L: fecha-se a tela (26) da janela (J) do tanque e retiram-se as telas (42) do redondel (40). O acionamento do sistema é feito de maneira manual. Funcionários retiram e colocam manualmente as telas (42) do redondel (40), (26) da janela (J) e (46) da fatia (F).
As molduras (47) e telas (46) da fatia (F) do tanque (100) são projetadas em perfil U, similar à moldura (25) e à tela (26) da janela (J), ilustrados na Figura 2B. A Figura 5 ilustra o sistema de arraçoamento (50) instalado no tanque (100) da invenção. O arraçoamento ou fornecimento de ração aos peixes, geralmente, é efetuado manualmente ou mecanicamente com sopradores de ração. Já o tanque (100) da invenção incorpora silo (51) e sistema automático progrâmável para fornecimento de ração.
Vantajosamente, o sistema proposto envolve menor manuseio para realizar o arraçoamento; programação dos horários em que será realizado o arraçoamento e; a quantidade de ração a ser fornecida é programável.
Conforme ilustrado na Figura 5, o silo de ração (51) é incorporado na parte superior do tanque bem como sistema de arraçoamento automático programável. A parte inferior do silo (51) é dotada de uma guilhotina que abre e fecha um orifício no fundo do silo (não representada). Ao abrir o orifício, a ração é despejada no interior do tanque por gravidade. A guilhotina é controlada por um circuito eletrônico ligado a um temporizador programável (não representados). É possível definir a frequência diária de abertura e tempo que permanece aberta a guilhotina. O silo (51) é apoiado em barras metálicas (53) ligadas ao guarda-corpo (33) da passarela perimetral (32). Uma passarela (52) no topo do tanque (100) dá acesso ao silo (51). Logo abaixo do silo (51) uma estrutura (54) em formato cônico promove o espalhamento da ração quando esta é despejada pelo orifício do fundo do silo (51). O tanque (100) da invenção admite ainda um sistema de aeração automático, programável para diferentes regimes de operação: contínua, noturna e emergencial (sempre que o OD ficar abaixo de um nível crítico pré-determinado) O sistema de aeração não foi representado. O sistema de aeração empregado no tanque (100) é selecionado dentre os tipos praticados no estado da técnica: microbolhas (ex: injeção de ar ou oxigênio na água usando compressor e mangueira microperfurada ou difusor), agitador mecânico de superfície (ex: aerador de pá) ou do tipo venturi (ex: bombeamento de água com incorporação de ar na água através de tubo venturi). Todos estes sistemas estão disponíveis no mercado.

Claims (16)

1. Tanque rede circular para criação e reprodução de peixes, caracterizado por compreender: a) uma estrutura (20) de formato cilíndrico com topo e fundo circulares, dita estrutura sendo formada por i) barras rígidas verticais (21) fixadas em barras de fundo (24) e atravessadas por tubos perimetrais (22) e ii) telas (23) fixadas ao fundo è ao redor do dito tanque, de modo a manter os peixes no interior do mesmo: b) na dita estrutura (20), ligado a uma haste central (43) por meio de dobradiças (45) o sistema de classificação ou redondel (40), a ser rotacionado para efetuar a classificação dos peixes; c) uma janela lateral (J) compreendendo moldura (25) e tela (26), para introdução de dispositivo de despesca dos peixes, separados pelo sistema de classificação (40); d) passarela (30) em torno da parte superior do tanque, e e) na parte superior da estrutura (20), o sistema de arraçoamento (50).
2. Tanque rede de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a passarela (30) compreender passarela perimetral baixa (32) e passarela perimetral elevada (34) para a movimentação de pessoas ao redor do tanque, como suporte para posicionamento de estruturas flutuantes (31) e entrada da fatia de despesca (F), e guarda-corpo (33) para evitar que os peixes pulem para fora do tanque.
3. Tanque rede de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o dito redondel (40) compreender duas molduras (41) e duas telas (42) capazes de girar sobre os trilhos (44) no fundo do dito tanque.
4. Tanque rede de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o conjunto de molduras (41) e telas (42) do redondel (40) se estender do fundo do tanque (100) até acima da superfície da água, e do centro do tanque (100) até a tela externa (23).
5. Tanque rede de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o acionamento do redondel· (40) ser feito por um operador que percorre a plataforma perimetral (32) puxando a extremidade de uma das molduras (41) no sentido tangencial ao tanque, fazendo com que o redondel (40) gire no eixo da haste central (43), enquanto a outra tela (42) permanece fixa.
6. Tanque rede de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por alternativamente o redondel (40) girar com auxílio de um sistema motorizado.
7. Tanque rede de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as telas (42) do redondel (40) serem manualmente removíveis, no sentido de baixo para cima, e substituídas por outras dé diferentes aberturas.
8. Tanque rede de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ao coletar peixes mortos, instalar uma tela (42) no redondel (40) dotada de malha apenas na porção superior, junto da superfície da água e com apenas algumas dezenas de centímetros de profundidade, o restante da tela (42) sendo completamente vazado para permitir a passagem dos peixes vivos, de modo que ao girar o redondel (40), a tela (42) para retirada de peixes mortos coleta os peixes que estão mortos boiando na superfície e agrupa-os em uma porção do tanque (100) para remoção posterior.
9. Tanque rede de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por adicionalmente instalar escovas na lateral e no fundo das molduras (41) do redondel (40) de modo que as escovas ficam em contato com a tela externa (23) do tanque e ao girar o redondel (40) as escovas varrerem pelo lado de dentro a lateral e o fundo do tanque (100) removendo as impurezas que se acumulam na tela (23), incluindo algas e mexilhões.
10. Tanque rede de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por alternativamente ou em combinação com as escovas, instalar na moldura (41) um sistema de limpeza composto por mangueiras perfuradas dotadas de bicos de saída direcionados para as telas externas (23), ditas mangueiras injetando água pressurizada sobre as telas (23), de fundo e lateral, as impurezas sendo removidas pela água sob pressão à medida que o redondel (40) vai sendo girado.
11. Tanque rede de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o sistema de arraçoamento (50) ser incorporado na parte superior do dito tanque sendo acessível por uma passarela (52) e compreender um silo de ração (51) apoiado em barras metálicas (53) ligadas ao guardacorpo (33) da passarela perimetral (32), bem como sistema de arraçoamento automático programável.
12. Tanque rede de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por uma estrutura (54) em formato cônico promover o espalhamento da ração quando esta é despejada pelo orifício do fundo do silo (51).
13. Dispositivo de despesca para ser usado com o tanque rede de acordo com a reivindicação 1, dito dispositivo sendo caracterizado por compreender uma gaiola (F) no formato de fatia de pizza a ser introduzida no tanque rede por abertura da janela (J) do tanque rede.
14. Dispositivo de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por ser dotado de telas laterais (46) removíveis suportadas por molduras (47) e uma tela fixa de fundo.
15. Dispositivo de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por na despesca, parte ou a totalidade dos peixes ser direcionada, com auxílio do redondel (40) para o interior do dito dispositivo de despesca (F).
16. Método de despesca utilizando o tanque rede de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender as seguintes etapas: • A: retirar as telas (42) do redondel (40): • B: girar as molduras (41) do dito redondel de modo a juntar ambas no setor do tanque (100) com a janela (J) para entrada do dispositivo de despesca (F); • C: colocar as telas (42) no redondel (40) com a malha inferior ao tamanho dos peixes do tanque, juntando as telas de modo que entre ambas não permaneça nenhum peixe; • D: fixar uma das telas (42) do redondel (40) em uma extremidade da janela (J) do tanque e girar a outra tela (42) até a outra extremidade da janela (J), criando assim um espaço livre de peixes entre as telas do dito redondel; • E: retirar a tela (26) da janela (J) do tanque (100) e introduzir o dispositivo de despesca (F) pela janela (J) na lateral do dito tanque; • F: recolocar a tela (26) da janela (J) com o dispositivo de despesca (F) no interior do tanque (100) e retirar a tela (46) de uma das laterais do dispositivo (F) e a tela (42) do redondel (40) próximo a esta lateral; • G: girar a moldura (41) do redondel (40) (sem tela) até um determinado ponto do tanque (100), dependendo da quantidade de peixes que se pretende retirar; • H: colocar a tela (42) adequada ao tamanho dos peixes que se quer retirar na moldura (41) do redondel (40) que foi girada; • I: girar a tela (42) do redondel (40) de volta até a lateral do dispositivo (F) de modo que os peixes entre o redondel (40) e o dispositivo (F) e que possuem tamanho superior à malha da tela (42) colocada do redondel sejam confinados no dispositivo (F); • J: colocar a tela (46) da lateral do dispositivo de despesca (F), de modo que todos os peixes que foram selecionados pelo redondel (40) estejam confinados no interior do dito dispositivo (F); • K: retirar a tela (26) da janela (J) do tanque (100) e retirar o dispositivo de despesca (F) contendo os peixes; e • L: fechar a tela (26) da janela (J) do tanque e retirar as telas (42) do redondel (40).
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