BR0109438B1 - método para fabricar uma lente oftálmica e molde para fabricar lentes oftálmicas. - Google Patents

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÉTODOPARA FABRICAR UMA LENTE OFTÁLMICA E MOLDE PARA FABRICARLENTES OFTÁLMICAS".

Fundamentos da Invenção

Esta invenção refere-se a moldes e a componentes de moldepara a fabricação de lentes oftálmicas tais como lentes de contato.

Lentes oftálmicas tais como lentes de contato são mais freqüen-temente fabricados nos métodos de moldagem. Estes métodos envolveminjetar uma mistura de reação que forma lente de monômeros polimerizáveise outros materiais em um molde e curar a mistura por exposição a luz UV ouao calor na presença de um fotoiniciador ou de um catalisador apropriado.Os moldes são habitualmente feitos de algumas cavidades que têm superfí-cies de base fêmeas e/ou machos ou porções curvilíneas de molde para aformação das lentes oftálmicas curvadas. A lente é formada na interface dassuperfícies do molde.

Um problema comum é a adesão da lente formada no molde auma ou a ambas das partes do molde. Podem ocorrer dilaceramentos dasbordas e lascas, rachaduras ou outros defeitos na superfície assim comoorifícios, espaços vazios, buracos, isto é áreas sobre espessura não unifor-me e turvações formadas nas lentes oftálmicas quando a adesão for dema-siadamente grande. Este problema é exacerbado em métodos para a obten-ção de lentes com bordas finas ou geometrias intricadas da borda. O ato deseparação das metades do molde ou das partes do molde sem causar danosà lente formada no molde é assim criticamente importante para os métodoscomerciais de fabricação de lentes.

Um método para se tratar com este problema tem sido a incor-poração de aditivos tal como estearato de zinco nos materiais do molde ou ainclusão de agentes de liberação do molde. Infelizmente, estes agentes po-dem afetar adversamente a textura da superfície do molde ou as proprieda-des do polímero a granel. Também têm sido usados ajustes no tempo, natemperatura e no perfil de aquecimento dos métodos de cura e de retiradado molde para afetar a adesão da lente a pelo menos uma das partes domolde. Freqüentemente, os ajustes nos métodos de cura e de retirada domolde que podiam ser de ajuda na resolução do problema de adesão afetamnegativamente a qualidade de lente obtida. As propriedades mecânicas eópticas podem sofrer erosão grave ou ser alteradas.

O pedido de patente Japonesa JP 98-133667 propõe um conjun-to de primeiro e de segundo moldes que consiste em um molde base comuma película termoplástico que cobre o molde base sobre o lado da cavida-de. O molde base foi feito de PMMA com uma película de polietileno e ummolde fêmea feito de polipropileno. O documento EP-A-0985520 descreveum arranjo similar. Os documentos EP-A-0765092, WO-A-9713635 e US-A-5 578 332 descrevem um método para fabricar uma lente oftálmica compre-endendo as etapas de reagir mistura de formação de lente em um moldepara formar um polímero, desmoldar o polímero do molde, e processar opolímero em uma lente completa; em que o molde compreende pelo menosduas partes, uma primeira parte tendo uma superfície para formar o polímeroem uma porção da lente e uma segunda parte tendo uma superfície paraformar o polímero em uma porção da lente; a primeira parte feita de um ma-terial tendo uma energia superficial diferente da segunda parte e um moldepara fabricar lentes oftálmicas compreendendo pelo menos duas partes,uma primeira parte tendo uma superfície para a formar um polímero em umaporção da lente e uma segunda parte tendo uma superfície para formar opolímero em uma porção da lente; a primeira parte feita de um material ten-do uma energia superficial diferente da segunda parte.

Ainda estão em grande demanda métodos simples para a redu-ção ou a eliminação da perda de produção de lentes em virtude da adesão amúltiplas partes do molde.

Sumário da Invenção

A invenção é um método de obtenção de uma lente oftálmica porreação de uma mistura de formação de lente em um molde para formar umpolímero. O polímero é então retirado do molde e formado em uma lentecompleta. Os moldes são constituídos de pelo menos duas partes, uma pri-meira parte tendo uma superfície para a formação do polímero em uma parteda lente e uma segunda parte tendo uma superfície para a formação do po-límero em uma porção da lente. A primeira e a segunda partes do molde têmcada uma diferentes energias de superfície.

Em um outro aspecto da invenção, um molde de lente oftálmicacompreende pelo menos duas partes. A primeira parte tem uma superfíciepara formar uma porção da lente e uma segunda tem uma superfície para aformação da lente. A primeira e a segunda partes são cada uma constituídasde um material que tem diferentes energias de superfície, e o material usadopara fabricar pelo menos uma parte de molde é um polímero amorfo. A com-binação da primeira e da segunda partes do molde formam uma cavidade.

As lentes oftálmicas são formadas na cavidade pela reação de uma misturade formação de lente oftálmica.

Descrição Detalhada

Uma "lente oftálmica" refere-se a uma lente intraocular, a umalente de contato ou a outro dispositivo similar através do qual a visão é corri-gida ou a fisiologia dos olhos é cosmeticamente melhorada (por exemplo,cor da íris) sem impedir a visão.

Uma "mistura de formação de lente" como o termo é usado emtodo este relatório descritivo refere-se a uma mistura de materiais que podereagir ou ser curada para formar uma lente oftálmica. Uma tal mistura incluicomponentes polimerizáveis (monômeros), aditivos tais como bloqueadoresUV e corantes, fotoiniciadores ou catalisadores e outros aditivos que se pos-sa desejar em uma lente oftálmica tal como uma lente de contato ou intrao-cular. As misturás adequadas que formam lente são descritas mais comple-tamente nas Patentes US 5.849.209 (como uma mistura da reação monôme-ra que inclui agente reticulante e iniciador); 5.770.669 (como uma mistura depré-polimerização que inclui monômeros e iniciador); e 5.512.205 (como umsistema de pré-polímero mais monômero que inclui agentes reticulantes einiciadores). As misturas que formam lente para a fabricação de lentes dehidrogel à base de silicone são as mais preferidas inclusive aquelas quecompreendem silicone / macrômeros hidrofílicos, monômeros à base de sili-cone, iniciadores e aditivos.Os termos "molde" e "conjunto do molde" como usados em todoeste relatório descritivo refere-se a uma forma que tem uma cavidade naqual é distribuída uma mistura de formação de lente tal que por reação oucura da mistura de formação da lente seja produzida uma lente oftálmica deum formato desejado. Os "moldes" e os "conjuntos do molde" desta inven-ção são constituídos de mais do que uma parte de molde e formam o moldeou o conjunto do molde pela combinação das partes. Esta combinação departes de molde é de preferência temporária. As partes de molde são reuni-das com uma cavidade formada entre as mesmas em que é formada a lentee por formação da lente o molde é separado de novo em partes de moldepara remoção da lente como descrito a seguir.

Uma "parte de molde" ou uma "peça de molde" como o termo éusado neste relatório descritivo refere-se a uma porção de molde, que quan-do combinada com uma outra porção de um molde forma um molde ou umconjunto de molde. Os moldes desta invenção são formados de pelo menosduas partes de molde. Pelo menos uma parte de molde tem pelo menos umaporção de sua superfície em contato com a mistura de formação da lente talque por reação ou cura da mistura aquela superfície forneça o formato dese-jado e forma à porção da lente com a qual ela está em contato. O mesmo éverdadeiro de pelo menos uma outra parte do molde.

Desse modo, por exemplo, em uma modalidade preferida é for-mado um molde de duas partes, uma peça côncava fêmea (peça frontal) euma peça convexa macho (peça de trás) com uma cavidade formada entreas mesmas. A porção da superfície côncava em contato com a mistura deformação da lente tem a curvatura da curva frontal de uma lente oftálmica aser produzida no conjunto do molde e é suficientemente lisa de modo que asuperfície de uma lente oftálmica formada por polimerização da mistura deformação da lente em contato com a superfície seja opticamente aceitável.

Preferencialmente, a peça frontal do molde também tem uma flange anularintegral com e circundando a borda circunferencial circular e se estende damesma em um plano normal ao eixo e se estende partindo da flange. A peçade trás do molde tem uma seção curvada central com uma superfície cônca-va, uma superfície convexa e borda circunferencial circular, em que a porçãoda superfície convexa em contato com a mistura de formação da lente tem acurvatura da curva de trás de uma lente oftálmica a ser produzida no conjun-to do molde e é suficientemente lisa tal que a superfície de uma lente oftál-mica formada por reação ou cura da mistura de formação da lente em conta-to com a superfície de trás seja opticamente aceitável. A curva de trás tam-bém tem uma flange anular integral com e circundando a borda circunferen-cial circular e se estende da mesma em um plano normal ao eixo da estrutu-ra convexa. A superfície côncava interna da metade frontal do molde definea superfície externa da lente, enquanto que a superfície convexa externa domolde base define a superfície interna da lente.

Neste conjunto, a peça de trás do molde é constituída de ummaterial que tem uma energia superficial substancialmente diferente da peçafrontal do molde. Um material tem uma energia superficial substancialmentediferente de um outro material quando, após polimerização em um moldeconstituído de partes de molde de tais materiais e por separação das partesdo molde, a lente formada em contato com uma superfície de cada uma nãoadere a uma parte do molde em relação a uma outra parte do molde com aqual ela está em contato. Além disso, a ausência de adesão a pelo menosuma parte do molde ocorre na ausência de um agente de liberação do moldeou de um agente tensoativo. O monômero que sofre polimerização aumentade densidade ou, inversamente, encolhe em volume. Dado que a lente seaproxima de uma carcaça hemi-esférica de paredes finas, este encolhimentofaz com que a parte moldada tenda à aderência à superfície do molde con-vexo e tenda à deslaminação da superfície côncava do molde. Desse modo,a superfície côncava do molde tem uma energia superficial pelo menos a-proximadamente 1,0 mN/m mais alta do que a energia superficial do materialda superfície convexa do molde (à temperatura em que as lentes são retira-das do molde), como avaliado pelo conceito da Energia Superficial de Zis-man. Preferencialmente, a diferença é pelo menos aproximadamente 5mN/m e mais preferivelmente ainda ela é pelo menos aproximadamente 9mN/m. Na modalidade mais preferida, a superfície frontal curva do molde éum polímero da marca TOPAZ constituído de uma olefina cíclica (descritamais completamente a seguir) que tem uma energia superficial de 35,9 +/-1,0 mN/m e o molde da curva base é uma superfície de molde de polipropi-Ieno que tem uma energia superficial de 26,6 +/- 0,9 mN/m. Esta diferença ésuficiente para combater a tendência à aderência à curva da base.

As partes do molde desta invenção têm diferentes energias su-perficiais como uma função de sua composição e não da presença de agen-tes de liberação do molde ou de agentes tensoativos. Preferencialmente aspartes do molde compreendem uma composição homogênea, unitária paraimpregná-las com a energia superficial de interesse. É mais preferível que aspartes do molde sejam moldadas por injeção partindo de polímeros purosque tenham apenas, no máximo, auxiliares de processamento presentes nosmesmos. Os polímeros puros sem os auxiliares de processamento são atémesmo mais preferidos. Por exemplo, em uma modalidade mais preferida,uma parte do molde é constituída de polipropileno isotáctico ou sindiotácticopuro e uma outra parte do molde é constituída de um copolímero de olefinacíclica puro tal como um copolímero de eteno-norborneno. É também possí-vel selecionar para uso como uma das partes do molde, materiais dissimila-res que não sejam necessariamente polímeros sintéticos. Por exemplo, umaparte do molde pode ser obtida partindo de um material sintético e uma outrapode ser obtida de uma composição de metal, de metalóide, de cerâmica oude vidro contanto que os dois materiais diferentes tenham as diferentes e-nergias superficiais descritas acima.

Em relação ao copolímero olefínico cíclico, as olefinas cíclicasúteis na sua obtenção são os monômeros cíclicos das Patentes U.S.5.087.677 e 5.008.356. Outros copolímeros cicloolefínicos adequados úteisnesta capacidade são também comercialmente disponíveis ou os métodospara a sua produção são conhecidos como, por exemplo, nas Patentes U.S.5.545.829, 5.567.776 e 5.567.777, Pedidos de Patentes Européias N°s.203.799, 355.682, 485.893 e 503.422. Os copolímeros cicloolefínicos prefe-ridos desta classe são polímeros desordenados de fórmula:<formula>formula see original document page 8</formula>

em que R1 a R3 são cada um independentemente H, um grupo C-1-8 alifáticoou cicloalifático; R4 a R13 são cada um independentemente H, grupos C-M0-alquila, cicloalquila, arila, C3_10-alquileno, C3-10-cicloalquenila; X + Y= 1 eX =0,05 até 0,9. Preferencialmente, R1 a R3 são H ou grupos C1.7 alifáticos; R4 aR13 são Η; X é 0,4-0,6 e Y é 0,6-0,4. Mais preferivelmente ainda, RrRi3 sãoHeXeY são cada um 0,5. Estes polímeros têm temperaturas de transiçãovítrea (Tg) em torno de 77°C - 315°C. Preferencialmente a Tg é aproxima-damente 77°C -110°C para facilidade de moldagem por injeção.

A classe mais preferida de copolímeros cicloolefínicos deste tiposão comercialmente disponíveis pela Ticona Polymers (antiga Hoechst) sobo nome polímeros TOPAS Dentro da classe de polímeros TOPAS ®, a-queles que são polímeros desordenados que são os produtos da reação deeteno e norborneno são os mais preferidos.

Outras combinações de materiais preferidas para pelo menosduas partes de molde diferentes usadas para obtenção dos moldes destainvenção incluem:

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No entanto, como uma questão geral, outras combinações deseções de moldes irão fornecer as vantagens desta invenção contanto queelas tenham as diferentes características de energia superficial descritasacima.

Embora menos preferidas, podem também ser usadas estruturasem multicamada para produzir partes de molde que tenham energias super-ficiais significativamente diferentes. Em tais estruturas, o grosso da parte domolde é constituído de um material e sua superfície compreende uma cama-da de um material diferente que tem a energia superficial desejada. Um talmolde podia ser constituído de uma combinação de partes de molde em queuma parte constituída de uma poliamida revestida com uma superfície depolipropileno enquanto uma outra parte do molde é constituída de copolíme-ro de eteno-norborneno. Preferencialmente, tais materiais seriam obtidos emum método de co-extrusão usando-se uma camada de ligação adequada.Alternativamente, é possível confeccionar um molde com uma ou mais par-tes de molde constituídas de metais, cerâmica e outros materiais contantoque uma parte do molde tenha uma energia superficial suficientemente dife-rente da outra parte do molde dentro da qual está em contato a lente forma-da.

Pelo menos uma das partes do molde é de preferência constituí-da de um material transparente a UV ou a luz visível. Isto facilita o métodopreferido de cura do material da lente por fotoiniciação para promover a po- limerização subsequente de uma lente de contato mole. Os polímeros amor-fos tal como poliestireno atáctico são geralmente os mais adequados sobeste aspecto. As partes de molde são projetadas com uma espessura (tipi-camente de 0,8 mm) e uma rigidez eficazes para transmitir calor rapidamen-te através da mesma e para agüentar as forças de alavanca aplicadas paraseparar as partes do molde durante a retirada da forma.

São preparadas lentes oftálmicas nos moldes desta invençãopor várias técnicas conhecidas do versado na técnica. Geralmente, estasenvolvem simplesmente a formação de um molde com as partes do molde,injetando-se uma mistura de formação da lente oftálmica na cavidade do molde, curando-se a mistura de formação da lente em uma lente como porexposição a radiação UV, retirando-se do molde tal que seja formada a lenteapenas sobre uma porção do molde, hidratando-se a lente formada, fazen-do-se o acabamento e embalando-se a lente assim formada. Descrição adi-cional de tais métodos pode ser encontrada nas Patentes U.S. N°s.4.495.313 a Larsen, 4.565.348 a Larsen, 4.640.489 a Larsen e outros,4.680.336 a Larsen e outros, 4.889.664 a Larsen e outros e 5.039.459 a Lar-sen e outros.

Notavelmente, nestes métodos, o método de retirada da formageralmente requer a separação das partes do molde. Em uma técnica deretirada da forma, um molde de lente curva posterior é aquecido criando-seuma expansão diferencial do polímero aquecido do molde em relação aopolímero da lente mais frio que desloca uma superfície em relação à outra. Aforça de cisalhamento resultante rompe a adesão da lente polimerizada /molde de polímero e ajuda a separação de porções do molde. Quanto maioro gradiente de temperatura entre as superfícies das porções do molde, maiora força de cisalhamento e mais facilmente serão separadas as porções domolde. Este efeito é maior quando há um gradiente térmico máximo. Com opassar do tempo, o calor é perdido por condução pela parte de trás do moldepara o polímero da lente e para a porção frontal do molde e então coletiva-mente para o ambiente circundante. A porção de trás do molde é, portanto,prontamente removida de modo que uma quantidade muito pequena de e-nergia seja transferida para a lente de polímero, evitando-se a possibilidadede decomposição térmica da lente. O aquecimento pode ser realizado portécnicas conhecidas do versado na técnica por vapor d'água, laser e simila-res. O método de retirada da forma a laser é descrito na Patente U.S. N0.5.294.379 de Ross e outros.

Se a etapa de aquecimento for com ar quente ou com vapor d'á-gua, após a etapa de aquecimento, a curva de trás é forçada da curva frontale molde no conjunto de molde. Se por outro lado, o aquecimento for por la-ser ou energia infravermelha, não é usada força de alavanca, e a curva detrás se separa espontaneamente da curva frontal.

A parte do molde da curva de trás também pode ser forçada fisi-camente da porção frontal da curva de cada molde de lente oftálmica paraexpor fisicamente cada lente oftálmica situada no molde da lente para sertransportada a uma estação de hidratação para hidratação das lentes.

Quando o molde é constituído de partes que tenham energiassuperficiais significativamente diferentes de acordo com esta invenção, onúmero de lentes que são formadas porém são inutilizáveis porque elas con-têm defeitos, tais como lascas ou dilaceramentos das bordas ou orifícios,isto é, espaços vazios no centro das lentes moldadas é bastante reduzido.

Por exemplo, quando uma porção de molde de lente curva frontal for consti-tuída de copolímero de etenoenorborneno e uma porção de lente curva detrás for constituída de polipropileno, em uma ação de alavanca entre as par-tes de molde da lente, como ocorre durante a retirada da forma, a lenta irádeslizar mais facilmente da porção convexa do molde.

A invenção é ilustrada também pelos seguintes exemplos nãolimitativos.

EXEMPLO 1 (Fabricação da Parte do Molde)

Moldes de lente de contato foram moldados por injeção em umamáquina de moldagem por injeção NETSTAL. Foram produzidos moldespadronizados de oito cavidades do tipo descrito na Patente U.S. 4.640.489.

As metades curvas frontais do molde foram moldadas por injeção usando-secopolímeros TOPAS ® puros de etenoenorborneno obtidos pela Hoechst(atualmente Ticona Polymers). Elas foram moldadas a temperaturas de a-proximadamente 104°C com uma pressão de injeção de aproximadamente632 kg/cm2 e uma velocidade do parafuso de aproximadamente 150 rpm.

Foram obtidas metades curvas de molde partindo de poliestireno atácticoobtido pela Exxon Chemical Company sob o nome comercial "ESCORENEPP-EXXON PP1105" e poliestireno obtido pela Huntsman Chemical Com-pany sob o nome comercial "HUNTSMAN PS-202".

A energia superficial das partes do molde foi determinada usan-do-se o conceito de energia superficial como a seguir. Foram preparadasamostras para cada armação com largura de 4,5 mm e espessura de 3 mme os dados de ângulo de contato de avanço versus a tensão superficial fo-ram comparados graficamente usando-se uma série de líquidos para sondade tensão superficial diferente e um instrumento Cahn DCA 315.O ângulo de avanço de cada amostra é função linear da tensãosuperficial para uma série homóloga de líquidos. Cada linha extrapola atéângulo de contato zero na tensão superficial crítica - que é equivalente à e-nergia superficial da amostra dada.

Amostras de armação foram recicladas uma vez nos líquidos desonda: água (γ = 72,8 mN/m), Glicerina (γ = 63,4 mN/m), Etileno Glicol (γ =47,7 mN/m) e Álcool Benzílico (γ = 39,0 mN/m). Foram calculadas as médiasdos ciclos para três amostras por lote em cada líquido sonda para obter da-dos de ângulo de avanço. Os resultados são apresentados na Tabela 1.

Tabela 1

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EXEMPLO 2 (Rendimento de Lente)

Conjuntos de molde foram confeccionados de acordo com a Pa-tente U.S. 4.640.489 de diferentes combinações de partes de molde obtidasde acordo com o Exemplo 1. O molde A era um conjunto de molde que temuma metade curva frontal do molde constituída de copolímero TOPAS e umametade curva de trás do molde constituída de polipropileno.

Foi preparada uma mistura de formação da lente oftálmica porcombinação dos seguintes (todas as quantidades são calculadas como porcento em peso do peso total da combinação): macrômero (aproximadamente18%); um polidimetil siloxano com terminação SÍ7.9 monometacrilóxi (aproxi-madamente 28%); metacriloxipropil tris (trimetil silóxi) silano, "TRIS" (apro-ximadamente 14%); dimetil amida, "DMA" (aproximadamente 26%); ácidohidróxi etil metacrílico, "HEMA" (aproximadamente 5%); dimetacrilato de trie-tileno glicol, "TEGDMA" (aproximadamente 1%), polivinil pirrolidona, "PVP"(aproximadamente 5%); com o restante compreendendo quantidades míni-mas de aditivos e de fotoiniciadores. O macrômero foi preparado pela Poli-merização com Transferência de Grupo (GTP) de aproximadamente 19,1moles de metacrilato de 2-hidroxietila, 2,8 moles de metacrilato de metila,7,9 moles de metacriloxipropil tris (trimetilsilóxi) silano e 3,3 moles de polidi-metilsiloxano com terminação monometacriloxipropila com terminação mo-nobutila. O macrômero foi completado por reação do material mencionado acima com 2,0 moles por mol de isocianato de 3-isopropenil-a,a-dimetilben-zila que usa o dilaurato de dibutil estanho como um catalisador.

A solução de formação da lente foi então bombeada para dentrode cada um dos moldes descritos acima. Para realizar isto, oito bombas dedosagem controladas individualmente liberavam monômero através dos oito tubos que terminavam diretamente sobre oito cavidades de armação de cur-va frontal quando a armação estava na estação de dosagem. Ocorria entãopolimerização sob uma purga de nitrogênio e era fotoiniciada com 5 mWcm"2de luz UV gerada com um filtro de luz Andover Corp. 420PS10-25 AM39565-02. As lentes de contato eram formadas nos moldes. Os moldes foram então forçados para se separarem usando-se uma máquina de retirada da formapor infravermelho (IV) e as partes do molde às quais as lentes aderiam fo-ram imersas em uma solução a 60:40 de álcool isopropílico / água deioniza-da para hidratar as lentes que eram subseqüentemente removidas da partedo molde à qual elas estavam aderidas e inspecionadas sob uma leitora demicroficha modificada (DL-2) a 13X.

O dispositivo de retirada da forma por IV eleva as curvas de ba-se e descarta as mesmas. Quaisquer lentes grudadas a suas respectivascurvas de base também são descartadas. A taxa de perda em conseqüênciada retirada da forma das lentes em relação da curva de base diminuía de desde cerca de 50% até cerca de 5% das cavidades processadas. Além dis-so, uma porção da lente pode permanecer presa à curva de base com umaoutra porção permanecendo presa à curva frontal durante o ciclo de retiradada forma; causando distorção significativa e ruptura da lente. A taxa desteevento adverso caiu desde 10 até 15% de todas as cavidades processadosaté cerca de 0%. A tabela a seguir apresenta as taxas de defeito para duascorridas que usavam polímero TOPAS em pares de molde de polímeroTOPAS comparadas com as duas corridas que usavam curvas frontais depolímero TOPAS com curvas de base de Polipropileno (tudo com o mesmo projeto de borda).

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Em corridas mais recentes, a taxa de defeito para orifícios é tipi- camente menor do que 5% e, para excesso, tipicamente menor do que 10%.

Os cavacos ocorrem entre 10 e 20% e dilaceramentos das bordas tipicamen-te menos do que 10%.

Claims (13)

1. Método para fabricar uma lente oftálmica compreendendo asetapas de:reagir mistura de formação de lente em um molde para formarum polímero,desmoldar o polímero a partir do molde, eprocessar o polímero em uma lente completa;em que o molde compreende pelo menos duas partes, uma pri-meira parte tendo uma superfície para formar o polímero em uma porção dalente e uma segunda parte tendo uma superfície para formar o polímero emuma porção da lente; a primeira parte feita a partir de um material tendo umaenergia superficial diferente da segunda parte, caracterizado pelo fato deque o material usado para fabricar pelo menos uma das partes é um políme-ro amorfo.

2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato de que as energias superficiais do polímero usado para formar a primei-ra parte e do polímero usado para formar a segunda parte são diferentes porpelo menos 1,0 mN/m.

3. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato de que as energias superficiais do polímero usado para formar a primei-ra parte e do polímero usado para formar a segunda parte são diferentes porpelo menos 9,0 mN/m.

4. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato de que a primeira parte é feita a partir de um polímero selecionado dogrupo que consiste em poliestireno, polipropileno e polietileno e a segundaparte é feita a partir de um polímero selecionado do grupo que consiste emcopolímero olefínico cíclico e poliestireno.

5. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato de que o material usado para fabricar pelo menos duas das partes é umpolímero amorfo.

6. Molde para fabricar lentes oftálmicas compreendendo pelomenos duas partes, uma primeira parte tendo uma superfície para a formarum polímero em uma porção da lente e uma segunda parte tendo uma su-perfície para formar o polímero em uma porção da lente; a primeira partefeita a partir de um material tendo uma energia superficial diferente da se-gunda parte, caracterizado pelo fato de que o material usado para fabricarpelo menos uma das partes é um polímero amorfo.

7. Molde, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelofato de que a combinação das primeira e segunda partes do molde formauma cavidade entre as mesmas para a formação das lentes oftálmicas a par-tir da reação de uma mistura de formação da lente oftálmica entre as mesmas.

8. Molde, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelofato de que as energias de superfície do material usado para formar a pri-meira parte e do material usado para formar a segunda parte são diferentespor pelo menos 1,0 mN/m.

9. Molde, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelofato de que as energias de superfície do material usado para formar a pri-meira parte e do material usado para formar a segunda parte são diferentespor pelo menos 9,0 mN/m.

10. Molde, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelofato de que a primeira parte é feita a partir de um material selecionado dogrupo que consiste em poliestireno, polipropileno e polietileno e a segundaparte é feita de um polímero selecionado do grupo que consiste em copolí-mero olefínico cíclico e poliestireno.

11. Molde, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelofato de que o material usado para fabricar pelo menos duas das partes é umpolímero amorfo.

12. Molde, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelofato de que a tendência de partes moldadas aderirem à superfície convexado molde é diminuída.

13. Molde, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelofato de que a primeira parte ou a segunda parte compreendem ainda umpolímero de fórmula:<formula>formula see original document page 17</formula>em que R1 a R3 são cada um independentemente H, um grupo C1.8 alifáticoou cicloalifático; R4 a R13 são cada um independentemente H1 grupos C1-I0-alquila, cicloalquila, arila, C3.10-alquileno, C3 -10-cicloalquenila; X + Y- 1 eX--0,05 até 0,9.