BR0100980B1 - cafeteira. - Google Patents

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "CAFETEIRA".

A presente invenção refere-se a uma cafeteira, que compreendeum suprimento de água potável, por exemplo, um reservatório de água, umaunidade de infusão de café provida com uma câmara de infusão, um meiopara o suprimento de pó de café, uma saída de bebida de café e uma bom-ba, para o transporte de água sob pressão do reservatório de água potável,através da câmara de infusão, que contém o pó de café, até a saída de be-bida de café.

Mais especificamente, a invenção refere-se a uma assim deno-minada "Máquina de Expresso", na qual o pó de café contido em uma câma-ra de infusão ou em um mantenedor de peneira é submetido à água pressu-rizada quente, fluindo através dali, desse modo levando a uma bebida decafé. Nas máquinas de café expresso recentes, entretanto, é provida a pos-sibilidade de o usuário ou o operador da máquina selecionar ou ajustar aquantidade de pó de café a ser usada para a preparação de uma bebida decafé, bem como de selecionar ou ajustar a taxa de moagem do pó de café,isto é, o tamanho de grão do mesmo. Como uma conseqüência dessas pos-sibilidades, podem surgir problemas, à medida que, pela variação dos parâ-metros mencionados acima, a perda de pressão na água de infusão, que fluiatravés da câmara de infusão, é influenciada também. É compreendido quea perda de pressão é aumentada quanto maior for a quantidade de pó decafé e mais finos forem moídos os grãos de café. Em contraste, a perda depressão diminui se a quantidade de pó de café na câmara de infusão for di-minuída e se os grãos de café forem moídos para levar a um pó de cafémais grosseiro.

Além desses fatos, entretanto, a perda de pressão mencionadaacima depende de outros parâmetros, que, usualmente, não podem ser in-fluenciados pelo usuário ou pelo operador da cafeteira, por exemplo, do graude compactação do pó de café na câmara de infusão. Por meio dos parâ-metros mencionados acima, é compreendido que, também, a vazão da águade infusão através da câmara de infusão e, desse modo, a quantidade debebida de café disponível na saída de bebida por unidade de tempo é influ-enciada. O resultado é que, dependendo da interferência dos parâmetrosselecionados ou predeterminados, a bebida de café flui para fora da saídade bebida de qualquer forma, entre lenta e rápida, sem a possibilidade de ousuário ou o operador controlá-la.

Por exemplo, os estudos realizados pelo requerente mostraramque existem diferenças fundamentais em hábitos do tipo de café preferidoentre os países do norte e os países do sul. Falando genericamente, nospaíses do sul, uma bebida de café, preferencialmente na forma de um "ex-presso", é preferida, enquanto nos países do norte um café "padrão" ou umcappuccino é preferido. Esses estudos mostraram, ainda, que, em países dosul, uma bebida de café expresso é considerada como sendo de alta quali-dade se a bebida de café fluir para a xícara muito lentamente, enquanto umapreparação rápida de um café padrão é preferida nos países do norte, umavez que a quantidade de café a ser preparada, no caso de um café padrão, émuito mais alta do que aquela no caso de um café expresso. É compreendi-do que o tempo de permanência da água de infusão na câmara de infusão émais longo se a vazão, isto é, a quantidade de água de infusão que flui atra-vés da câmara de infusão por unidade de tempo,for menor do que no casode uma vazão alta; ássim, a seleção de uma vazão baixa resulta em umaextração mais eficiente do pó de café. Desse modo, também pode ser expli-cado por que a vazão tem uma influência no sabor da bebida de café prepa-rada. Entretanto, a vazão da água de infusão fluindo através do pó de cafécompactado, recebido na câmara de infusão, pode ser influenciada apenasindiretamente pelo usuário ou pelo operador de uma cafeteira conhecida natécnica, por exemplo, ajustando-se o grau de moagem dos grãos de café e otamanho dos grânulos do pó de café, respectivamente.

São conhecidas cafeteiras na técnica anterior, que compreen-dem um conjunto de válvula com um projeto para aumentar a pressão nacâmara de infusão, resultando no fato de uma espuma ser criada, que apa-rece na superfície de topo da bebida de café distribuída em uma xícara decafé. Entretanto, esses conjuntos de válvula conhecidos, até onde a vazãoda água de infusão fluindo através do pó de café compactado recebido nacâmara de infusão é referida, têm apenas um efeito à medida que eles au-mentam a contrapressão na câmara de infusão e, desse modo, diminuem avazão da água de infusão em qualquer caso.

Um conjunto de válvula como esse é mostrado, por exemplo, nodocumento DE 30 35 157. Nesse documento, um cabeçote de infusão parauma máquina de café expresso é descrito, o qual é provido com uma inser-ção de peneira, para o recebimento do pó de café. Na saída daquela inser-ção de peneira, uma válvula de cheque orientada por mola é provida, pormeio da qual a pressão no cabeçote de infusão é aumentada, até um pontoem que uma bebida de café espumante é distribuída.

Mais ainda, o documento EP 0 542 045 mostra um dispositivo deinfusão de café, no qual uma válvula está localizada na saída da câmara deinfusão. O elemento de corpo de válvula do mesmo é forçado contra a dire-ção de fluxo da bebida de café. O elemento de corpo de válvula pode sermovido, contra a força da mola de orientação, sob a influência da bebida decafé, que escapa da câmara de infusão. Novamente, com aquele projeto,uma contrapressão na região de aproximadamente 1 bar deve ser criada,para a provisão de uma bebida de café que tenha uma espuma durável emseu topo.

O documento CH 668 543 mostra uma máquina de café expres-so do tipo referido aqui, que tem uma válvula de esfera orientada por molalocalizada na saída da câmara de infusão. Novamente, por meio daquelaválvula de esfera, uma bebida de café, que tem uma espuma durável em seutopo, deve ser criada.

Finalmente, o documento EP 0 726 053 mostra um aparelhopara a distribuição de uma bebida de café, que tem um recipiente de filtro,para o recebimento do pó de café, é um canal-de saída, conectado àquelerecipiente de filtro e compreendendo um elemento de válvula de cheque.Aquele elemento de válvula de cheque compreende um elemento de corpode válvula mantido em contato com uma sede de válvula, através de ummeio elástico. Entre o elemento de corpo de válvula e a sede de válvula, umespaço fechado é formado, no qual as partículas sólidas liberadas do pó decafé podem ser coletadas, de modo a formar um bujão. Assim que umapressão predeterminada é atingida no recipiente de enchimento, o elementoresultado de que o espaço entre a sede de válvula e o elemento de corpo deválvula ser aumentado e se abrir em direção ao fundo. Assim, o bujão é libe-rado, e o líquido de extração pode fluir para baixo. Em virtude deste projeto,uma extração completa do pó de café pode ser assegurada.

Assim, com base na técnica anterior mencionada anteriormente,é um objeto da presente invenção prover uma cafeteira, na qual o usuário ouo operador pode influenciar diretamente a quantidade de bebida de café aser posta em infusão por unidade de tempo.

É um outro objeto da presente invenção prover uma cafeteira, naqual a água de infusão flui através do pó de café recebido na câmara de in-fusão com uma vazão essencialmente constante, independentemente daquantidade de pó de café recebida na câmara de infusão e do tamanho degrânulo do mesmo.

Para se adequar a esses e a outros objetos, a invenção provêuma máquina de café, que compreende um suprimento de água potável, porexemplo, um reservatório de água, uma unidade de infusão de café, providacom uma câmara de infusão, meios para o suprimento de pó de café para acâmara de infusão, e uma saída de bebida de café. Ainda, uma bomba éprovida, para o transporte da água sob pressão do suprimento de água po-tável, através da câmara de infusão que contém o pó de café, para a saídade bebida de café. Um conjunto de válvula é inserido entre a câmara de in-fusão e a saída de bebida de café, por meio do que o conjunto de válvulacompreende meios para o ajuste da quantidade de bebida de café que fluiatravés do conjunto de válvula por unidade de tempo.

Preferencialmente, o conjunto de válvula compreende uma câ-mara de válvula e um elemento de corpo de válvula na câmara de válvula,de uma posição aberta, na qual a bebida de café pode fluir através do con-junto de válvula, até uma posição fechada, na qual o fluxo da bebida de caféatravés do conjunto de válvula é bloqueado. Mais ainda, uma mola, que atuasobre o elemento de corpo de válvula, é provida, para orientar o elemento decorpo de válvula a se mover para a posição aberta. O elemento de corpo deválvula tem uma superfície exposta à bebida de café, que flui para o con-junto de válvula, por meio do que o elemento de corpo de válvula é adaptadopara ser movido, contra a força de orientação exercida pela mola, para aposição fechada, quando a superfície mencionada anteriormente for carre-gada pela pressão da bebida de café.

Pela provisão de meios para o ajuste da quantidade de bebidade café que flui através da câmara de infusão por unidade de tempo, o usuá-rio ou o operador da cafeteira pode influenciar diretamente a vazão da águade infusão que flui através do pó de café contido na câmara de infusão e,desse modo, a quantidade de café em infusão por unidade de tempo. Umavez que o conjunto de válvula é projetado como uma válvula de regulagem,na qual a mola é regulada para manter o elemento de corpo de válvula naposição aberta, e uma vez que o elemento de corpo de válvula pode ser mo-vido sob a influência da bebida de café, que flui através da válvula, contra aforça da mola, em direção à posição fechada, também a vazão relativa podeser mantida constante em certos limites. É compreendido que a vazão daágua de infusão fluindo através do pó de café não pode ser mantida em umnível constante absolutamente exato, por meio de um conjunto de válvula dotipo referenciado aqui, uma vez que o comportamento de regulagem doconjunto de válvula depende, dentre outras coisas, da viscosidade do líquidofluindo através dele. Assim, uma viscosidade variável da bebida de café flu-indo através da câmara de infusão pode ter, até certo ponto, um efeito sobrea velocidade de fluxo da água de infusão fluindo através do pó de café conti-do na câmara de infusão.

A seguir, algumas modalidades da cafeteira, de acordo com ainvenção, serão mais bem descritas, com referência às figuras em anexo,nas quais:

a Fig. 1 mostra uma cafeteira ilustrada esquematicamente, equi-pada com um conjunto de válvula, para o ajuste da quantidade de bebida decafé suprida por unidade de tempo;

a Fig. 2 mostra uma vista em corte longitudinal de uma primeiramodalidade de um conjunto de válvula, na posição "café normal";

a Fig. 2a mostra uma porção aumentada da Fig. 2;

a Fig. 3 mostra uma vista em corte longitudinal do conjunto deválvula da Fig. 2 na posição "café expresso";

a Fig. 4 mostra uma vista em corte longitudinal de uma modali-dade alternativa de um conjunto de válvula;

a Fig. 5 mostra uma vista em corte longitudinal de um conjuntode válvula, que tem uma modalidade alternativa do mecanismo de ajuste; e

a Fig. 6 mostra uma vista de topo do conjunto de válvula da Fig.5.

A Fig. 1 mostra uma modalidade de uma cafeteira, de acordocom a invenção, em uma vista em perspectiva geral simplificada. As cafetei-ras do tipo referido aqui, fundamentalmente, compreendem um reservatóriode água potável 2, um compartimento 3, para o recebimento de grãos decafé frescos, um dispositivo de moagem de grão de café 4, uma unidade deinfusão 5, provida com uma câmara de infusão 6, uma saída 7 para a bebidade café final, um recipiente 8, para o recebimento do café moído, uma saída9 para água quente ou vapor, bem como uma unidade de operação e con-trole 10. É compreendido, também, que é provida uma bomba, requeridapara o suprimento de água para a câmara de infusão; entretanto, essa bom-ba não é mostrada na Fig. 1.

A câmara de infusão 6, localizada na unidade de infusão 5, ser-ve para o recebimento do pó de café a ser posto em infusão, onde o pó decafé é comprimido, por meio de um elemento de pistão móvel não mostrado,antes da operação de infusão real e, após isso, água quente pressurizada éforçada a fluir através do pó de café comprimido. É compreendido que o póde café comprimido provê uma certa resistência à água quente, que temuma pressão inerente inicial entre 8 e 12 bar, fluindo através do pó de cafécomprimido, com o resultado de a pressão de água que deixa o pó de cafécomprimido ter uma pressão reduzida. Essa redução de pressão é influenci-ada, particularmente, pelo grau de compactação do pó de café, pela quanti-dade de pó de café e por seu tamanho de grânulo. Uma vez que esses pa-râmetros podem ser controlados pelo operador ou pelo usuário da cafeteira,apenas até certo ponto, até agora, o operador ou o usuário dificilmente po-deria influenciar a quantidade de bebida de café suprida pela cafeteira porunidade de tempo.

De acordo com a presente modalidade da cafeteira da invenção,é provido um conjunto de válvula 12, localizado entre a unidade de infusão 5e a saída de bebida 7. Agora, pela primeira vez, a quantidade de bebida decafé que flui através do sistema e, desse modo, a quantidade de bebida decafé que flui para fora da saída 7 por unidade de tempo pode ser ajustadapelo operador ou pelo usuário. Para essa finalidade, o conjunto de válvula 12é provido com um elemento de parafuso de ajuste 27.

A Fig. 2 mostra uma vista em corte longitudinal de uma primeiramodalidade do conjunto de válvula 12, em uma primeira posição do mesmo,particularmente adequada para a preparação do assim denominado café"normal" ou "padrão". O conjunto de válvula 12 compreende um alojamentode válvula 14, que consiste em várias porções de alojamento 14a, 14b e 14c,e que tem uma entrada 15, bem como uma saída 16. A entrada 15 é providacom um canal de entrada 15a, e a saída 16 é provida com um canal de saí-da 16a. A entrada 15 do conjunto de válvula 12 é conectada à saída da câ-mara de infusão (não mostrada na Fig. 2). Assim, a bebida de café recémposta em infusão pode fluir através do canal de entrada 15a para o conjuntode válvula 12. A saída 16 do conjunto de válvula 12 é conectada à saída debebida (não mostrada na Fig. 2) da cafeteira. Em outras palavras, a bebidade café em infusão flui a partir do saída 16a, através de um elemento detubo não mostrado, para a saída de bebida 7 (Fig. 1).

Está localizada no canal de entrada 15a uma inserção 18, feitade um material elástico, e que constitui um elemento de sede de válvula.Atrás da inserção 18, o canal de entrada 15a se abre para uma câmara deválvula 19. A câmara de válvula 19 é conectada ao canal de saída 16a atra-vés de um orifício 17, que tem uma área de seção transversal predetermina-da bem definida. No alojamento de válvula 14, um elemento de corpo de vál-vula móvel 21 é recebido, que tem uma porção de cabeçote 24, provida comuma porção de superfície de controle de formato cônico 25. A porção de ca-beçote 24 se estende através da inserção 18. Mais ainda, o elemento decorpo de válvula 21 é provido com uma porção de base 23, que é exposta àbebida de café pressurizada, que flui através do conjunto de válvula 12. Umavez que a inserção 18 é feita de um material elástico, ela pode deslizar sobrea porção de cabeçote 24 do elemento de corpo de válvula 21, durante a mo-dalidade do conjunto de válvula 12. O parafuso de ajuste 27, mencionadoanteriormente, está localizado na porção traseira do alojamento de válvula14, e é provido com uma porca 28. Uma mola 29, recebida em uma câmaraposterior 30 do conjunto de válvula 12, e que serve para a orientação doelemento de corpo de válvula 21, é suportada por meio daquela porca 28.

Com a finalidade de vedação da câmara posterior 30, um diafragma 32 éprovido e fixado entre duas porções de alojamento de válvula adjacentes14b, 14c. Para a fixação de uma porção de alojamento de válvula 14b a ou-tra porção de alojamento de válvula 14c, um mecanismo de encaixe, quecompreende uma pluralidade de elementos de encaixe 35, é provido. O dia-fragma 32 compreende um recesso anular 33; na região desse recesso 33, odiafragma tem apenas uma espessura reduzida, de modo que uma boa fle-xibilidade do diafragma 32 seja assegurada. Mais ainda, o diafragma com-preende uma abertura central, através da qual o eixo 22 do elemento decorpo de válvula 21 se estende.

A Fig. 2a mostra uma vista em seção transversal parcial da por-ção dianteira do conjunto de válvula 12, aumentada, se comparada à vistada Fig. 2. Como pode ser visto na Fig. 2a, a inserção 18 é provida com umasede de válvula 20 de formato cônico, que diminui de diâmetro, como visto,na direção de fluxo da bebida de café (isto é, da esquerda para a direita naFig. 2a), por meio do que a porção de cabeçote 24 do elemento de corpo deválvula 21 compreende uma porção de superfície de controle de formato cô-nico 25, que corresponde ao formato da sede de válvula 20. Em um estadonão pressurizado do conjunto de válvula 12, o elemento de corpo de válvula21 está em sua posição final no lado direito, especificamente sob a influênciada mola 29 (Fig. 2), com o resultado de uma passagem 26 estar presenteentre a sede de válvula 20 e a porção de superfície de controle cônica 25 daporção de cabeçote 24, através da qual a bebida de café pode fluir do canalde entrada 15a para a câmara de válvula 19.

A seguir, será mais bem explicada a operação do conjunto deválvula 12, com referência às Fig. 2 e 2a. Quando da ativação de uma bom-ba (não mostrada), a água de infusão flui através do pó de café comprimidorecebido na câmara de infusão. A partir dali, a bebida de café assim prepa-rada entra no canal de entrada 15a e, ainda, através da passagem 26 entrea sede de válvula 20 e a porção cônica 25 da porção de cabeçote 24, nacâmara de válvula 19. A bebida de café, uma vez estando na câmara de vál-vula 19, uma sobrepressão é criada ali, onde o valor da pressão depende daquantidade de bebida de café que entra na câmara de válvula 19 por unida-de de tempo. Esta sobrepressão atua, através do diafragma 32 na porção debase 23 do elemento de corpo de válvula 21, e exerce uma força sobre oelemento de corpo de válvula, que é de direção oposta à força de orientaçãoexercida pela mola 29.

Assim que a força exercida pela bebida de café pressurizadasobre o elemento de corpo de válvula 21 seja maior do que a força de ori-entação da mola 29 (onde as possíveis perdas por atrito não são considera-das), o elemento de corpo de válvula 21 é movido para a direita, como vistonas Fig. 2 e 2a. Por meio de um movimento como esse, para a direita, aárea de seção transversal da passagem 26, entre a sede de válvula 20 e asuperfície cônica 25 da porção de cabeçote 24, disponível para que a bebidade café flua, é continuamente diminuída.

Devido ao fato de a área da porção de base 23 do elemento decorpo de válvula 21 submetida à bebida de café ser relativamente grande,uma sobrepressão comparativamente baixa na câmara de válvula 19 é sufi-ciente para mover o elemento de corpo de válvula 21 mais para a direita.Desse modo, a área de seção transversal da passagem 26, entre a sede deválvula 20 e a porção cônica 25 da porção de cabeçote 24, é diminuída denovo, com o resultado de a sobrepressão na câmara de válvula 19 ser dimi-nuída também, uma vez que a bebida de café pode escapar, através do ori-fício 17, para o canal de saída 16a.

Este projeto de conjunto de válvula 12 corresponde a uma vál-vula de controle mecânico, que controla a vazão dependendo da força deorientação da mola. Na modalidade mostrada na Fig. 2, a força de orienta-ção da mola é comparativamente grande, com o resultado de uma sobre-pressão comparativamente alta ter de ser estabelecida na câmara de válvula19, para se mover a porção de cabeçote de válvula 24 para a direita de umacerta quantidade. Conseqüentemente, a bebida de café flui através do con-junto de válvula com uma vazão alta. Assim, este ajuste do conjunto de vál-vula 12 é adequado para a preparação do assim denominado café "normal"ou "padrão".

No estado do conjunto de válvula 12, mostrado na Fig. 3, a por-ca 28 é movida para uma posição mais para a direita, se comparada com aFig. 2. Assim, a mola 29 é orientada com uma força menor. Conseqüente-mente, apenas uma sobrepressão mais baixa é requerida, se comparadacom a situação mostrada na Fig. 2, para se mover o elemento de corpo deválvula 21 para a direita e, desse modo, diminuir a área de seção transversalda passagem 26, entre a sede de válvula 20 e a porção cônica 25 da porçãode cabeçote 24. Desse modo, uma diminuição anterior do tamanho da pas-sagem 26 na sede de válvula 20 é causada, resultando em uma vazão maisbaixa da bebida de café através do conjunto de válvula 12. Conseqüente-mente, também, a água de infusão flui de forma relativamente lenta atravésdo pó de café recebido na câmara de infusão, resultando em uma bebida decafé mais forte. Assim, este pré-ajuste do conjunto de válvula é particular-mente adequado para a preparação do assim denominado café "expresso".

Preferencialmente, o parafuso de ajuste 27 é provido com umarosca 31, que tem um passo grande, de modo que, por exemplo, uma rota-ção de apenas 300° seja requerida para se mudar a posição da porca 28 daposição de "café padrão" da Fig. 2 para a posição de "café expresso" da Fig.3. Entretanto, preferencialmente, uma outra posição intermediária poderiaser provida, para a preparação de um café forte moderado, ou é possívelprover um ajuste contínuo.

Em virtude do projeto do conjunto de válvula 12, como descritoaqui antes, e do comportamento de controle resultante disso, pode ser asse-gurado que a água de infusão flua através do pó de café recebido na câmarade infusão com uma velocidade de fluxo relativamente constante. Dessemodo, a vazão absoluta é predominantemente determinada pelo ajuste doconjunto de válvula 12. Como uma conseqüência do comportamento decontrole do conjunto de válvula 12, os parâmetros mencionados anterior-mente, tais como taxa de compactação, quantidade e tamanho de grânulosdó pó de café, têm um efeito apenas menor sobre a vazão da água de infu-são através do pó de café. No caso de um pó de café moído grosseiramente,a água de infusão fluindo através dele é submetida apenas a uma resistên-cia relativamente pequena, resultando em uma perda de pressão baixa; con-seqüentemente, a água que passou pela câmara de infusão ainda tem umapressão inerente relativamente alta. Em contraste com isso, no caso de umpó de café finamente moído, a água de infusão fluindo através dele é sub-metida a uma resistência consideravelmente mais alta, resultando em umaperda de pressão mais alta; conseqüentemente, a água que passou pelacâmara de infusão tem uma pressão inerente relativamente baixa. Em virtu-de do comportamento de controle resultante do conjunto de válvula 12, istoé, uma resposta rápida e uma diminuição do tamanho da passagem 26 entrea sede de válvula 20 e a porção cônica 25 da porção de cabeçote 24, a umapressão alta, uma resposta lenta e uma diminuição do tamanho da passa-gem 26, entre a sede de válvula 20 e a porção cônica 25 da porção de cabe-çote 24, a uma pressão mais baixa, os parâmetros mencionados anterior-mente do pó de café recebido na câmara de infusão têm apenas uma influ-ência pequena sobre a vazão da água de infusão através do pó de cafécomprimido. Desse modo, não apenas uma boa reprodutibilidade da quali-dade da bebida de café desejada é assegurada, mas resulta a vantagemadicional de o dispositivo de moagem de café não ter de ser provido com ummecanismo de ajuste, para ajustar a taxa de moagem dos grãos de café emlimites relativamente amplos; assim, a operação da cafeteira é simplificada.

É compreendido que a cafeteira, em si, pode ser provida comum meio de ajuste, por exemplo, um botão rotativo, por meio do qual o pa-rafuso de ajuste 27 pode ser manualmente girado para a posição desejada.

Entretanto, ao invés de um ajuste manualmente operado, por exemplo, tam-bém, um ajuste motorizado e, se apropriado, eletronicamente controlado doparafuso de ajuste 27 poderia ser provido. Por exemplo, a cafeteira poderiaser provida com várias chaves, a serem pressionadas pelo operador, para aseleção de um café "padrão", um moderadamente forte ou um "expresso"forte. Essas teclas poderiam ser acopladas a um meio de ajuste eletrônico,para o ajuste da posição do parafuso de ajuste 27, em resposta a uma teclapressionada.

A Fig. 4 mostra uma vista em seção transversal de uma modali-dade alternativa do conjunto de válvula. Nesta modalidade, a força de ori-entação da mola 29a, que orienta o elemento de corpo de válvula 21, não éajustável. De modo a estar, ainda assim, em posição de variar o volume debebida que flui através da saída de bebida por unidade de tempo, uma vál-vula de agulha 37 é provida, conectada a um parafuso de ajuste 39, e locali-zada na região de extremidade do orifício 17, conectado à câmara de válvula19. Pela rotação do parafuso de ajuste 39, a ponta de agulha 38 da válvulade agulha 37 é movida em uma direção axial, de modo que a área de seçãotransversal da câmara de válvula 19 e do orifício 17 conectado à câmara deválvula 19, respectivamente, determinando a vazão, possa ser ajustada.Neste caso, o elemento de corpo de válvula 21 orientado por mola, primari-amente, serve à finalidade de manter constante a vazão da bebida de café,que flui através do conjunto de válvula 12.

A Fig. 5 mostra uma vista em seção transversal, ainda, de umaoutra modalidade de um conjunto de válvula, que tem um projeto diferentedo mecanismo de ajuste. Fundamentalmente, o conjunto de válvula é cons-truído de forma similar àquele mostrado na Fig. 2, onde a porção traseira 41do alojamento é provida com uma rosca externa 42. Para variar a orientaçãoda mola 29, um elemento deslizante 43 é provido. O lado interno do ele-mento deslizante 43 compreende uma rosca interna 44, que se encaixa narosca externa 42 da porção traseira 41 do alojamento. O elemento deslizante43 tem uma projeção cilíndrica 45, para suportar a mola 29 provida para aorientação do elemento de corpo de válvula 21, através de um elemento deplaca de mola 49. A projeção 45 inclui uma abertura 46, que tem uma seçãotransversal hexagonal e que recebe um eixo de formato correspondente 47de um elemento de disco de ajuste 48. Para a operação daquele conjunto,isto é, para se mover o elemento deslizante 43, um botão rotativo 52 é provi-do, tendo elementos de came 53 em seu lado dianteiro, que se encaixam emaberturas correspondentes no elemento de disco de ajuste 48. Assim, umarotação do botão 52 é transferida para o elemento deslizante 43, por meio doelemento de disco de ajuste 48. O número de referência 50 designa ele-mentos de indexação, cuja função será descrita em relação à Fig. 6 aquiabaixo.

A Fig. 6 mostra uma vista de topo do conjunto de válvula, deacordo com a Fig. 5. Nesta vista, pode ser visto que uma pluralidade deelementos de indexação 50 é provida. Por um lado, esses elementos de in-dexação 50 provêem uma indexação do movimento de rotação do botão 52e, por outro lado, eles asseguram que o elemento de disco de ajuste 48,bem como o elemento deslizante 43, mantenham suas posições seleciona-das, desse modo evitando uma variação não intencional na força de orienta-ção de mola.

É compreendido que o conjunto de válvula, descrito aqui antes,pode ser usado não apenas em relação a uma cafeteira operada de formacompletamente automática, mas, também, em uma máquina de expressomanual convencional, que tem um mantenedor de peneira que pode ser ma-nualmente inserido. Neste caso, o conjunto de válvula está localizado, prefe-rencialmente, entre o mantenedor de peneira e a saída de bebida da cafeteira.

Claims (20)

1. Cafeteira provida de uma câmara de infusão (6) para recebere preparar pó de café, e provida de um conjunto de válvula (12) o qual é dis-posto entre a câmara de infusão (6) e uma saída para a bebida (7) e tem umelemento de corpo de válvula (21), que pode ser deslocado em relação auma sede de válvula (20) e é carregado por meio de uma mola (29), e é pro-jetado como um dispositivo regulador de válvula, em que a mola (29) procuramanter o elemento de corpo de válvula (21) na posição aberta, e o elementode corpo de válvula (21) pode ser deslocado na direção de fechamento pelabebida de café pressurizada na direção contrária da força exercida pela mola(29), caracterizada pelo fato de que são providos meios de ajuste (27, 28,37, 39) que podem ser influenciados pelo usuário para alterar a quantidadede bebida de café escoando pelo conjunto de válvula (12) por unidade detempo.

2. Cafeteira de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pe-lo fato de que são providos meios (27, 28) para alterar a força exercida pelamola (29).

3. Cafeteira de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracteriza-da pelo fato de que a sede de válvula (20) é disposta na entrada de umacâmara de válvula (19) e são providos meios (37, 39) para alterar a seçãoreta da saída do fluxo relevante da câmara de válvula (19).

4. Cafeteira de acordo com uma das reivindicações de 1 a 3,caracterizada pelo fato de que a sede de válvula (20) é disposta na entradade uma câmara de válvula (19), a saída da qual é formada por um orifício(17) provido com uma seção reta definida, uma porção de base (23) do cor-po da válvula (21), a qual porção de base pode ser influenciada pela bebidade café pressurizada sendo disposta na câmara de válvula (19).

5. Cafeteira de acordo com uma das reivindicações de 1 a 4,caracterizada pelo fato de que o dispositivo de válvula (12) é projetado co-mo uma válvula reguladora mecânica que altera a seção reta, que é relevan-te para a bebida de café escoando através da mesma, de uma abertura (26)na sede de válvula (20) em função da resistência ao fluxo de água de infu-são do pó de café a ser preparado, de forma que se possa obter um fluxogeralmente constante de bebida de café através do pó de café situado nacâmara de infusão (6).

6. Cafeteira de acordo com uma das reivindicações de 1 a 5,caracterizada pelo fato de que o elemento de corpo de válvula (21) possuium eixo (22) com uma porção de cabeçote (24) disposto em sua extremida-de, a porção de cabeçote (24) sendo provida com uma superfície de controle(25) voltada para a sede de válvula (20) e corresponde com a forma da sedede válvula.

7. Cafeteira de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pe-lo fato de que a sede de válvula (20) se estreita de forma cônica ou se alargana direção do fluxo de bebida de café.

8. Cafeteira de acordo com a reivindicação 6 ou 7, caracteriza-da pelo fato de que o elemento de corpo da válvula (21) é projetado de for-ma integral e uma inserção (18) que forma a sede de válvula (20) e é fabri-cada de um material elástico é provida.

9. Cafeteira de acordo com uma das reivindicações de 1 a 8,caracterizada pelo fato de que na posição básica de mola carregada doconjunto de válvula (12) uma passagem (26) permanece livre entre a super-fície de controle (25) do corpo da válvula (21) e a sede da válvula (20).

10. Cafeteira de acordo com uma das reivindicações de 1 a 9,caracterizada pelo fato de que o corpo da válvula (21) pode ser deslocadona direção contrária da força exercida pela mola (29) até que a superfície decontrole (25) da porção de cabeçote (24) feche a sede da válvula (20).

11. Cafeteira de acordo com a reivindicação 2, caracterizadapelo fato de que a força exercida pela mola (29) pode ser ajustada manual-mente, por meio de motor elétrico, por meio eletromagnético, pneumático ouhidráulico.

12. Cafeteira de acordo com a reivindicação 3, caracterizadapelo fato de que os meios (37, 39) para alterar a seção reta relevante da sa-ída da câmara de válvula (19) podem ser acionados manualmente, por meiode motor elétrico, por meio eletromagnético, pneumático ou hidráulico.

13. Cafeteira de acordo com a reivindicação 3 ou 12, caracteri-zada pelo fato de que a saída da câmara de válvula é formada por um orifí-cio (17) provido com uma seção reta definida, onde a válvula de agulha (37)é disposta em uma extremidade de saída deste orifício (17) e pode ser usa-da para alterar a seção reta relevante de fluxo da saída da câmara de válvu-la (19).

14. Cafeteira de acordo com a reivindicação 2, caracterizadapelo fato de que os meios para alterar a força exercida pela mola (29) oupara alterar a seção reta relevante da saída da câmara de válvula (19) com-preendem um parafuso de ajuste (28, 39) ou um botão rotativo (52).

15. Cafeteira de acordo com a reivindicação 14, caracterizadapelo fato de que elementos de indexação (50) são fornecidos para fixar obotão rotativo (52) em posições pré-determinadas.

16. Cafeteira de acordo com a reivindicação 4, caracterizadapelo fato de que a porção de base (23) do corpo da válvula (21) é provida,no lado que faceia uma câmara posterior (30), com um recesso para fixar epara suportar a mola (29).

17. Cafeteira de acordo com a reivindicação 4 ou 16, caracteri-zada pelo fato de que um diafragma (32) é provido para selar a câmara deválvula (19) em relação a câmara posterior (30).

18. Cafeteira de acordo com a reivindicação 17, caracterizadapelo fato de que o diafragma (32) tem uma abertura central através da qual oeixo (22) do corpo da válvula (21) se estende.

19. Cafeteira de acordo com a reivindicação 17 ou 18, caracte-rizada pelo fato de que um alojamento de válvulas de várias partes (14) éfornecido, o diafragma (32) sendo fixado entre duas partes do alojamento(14b, 14c).

20. Cafeteira de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracteri-zada pelo fato de que esta contém meios para automaticamente ajustar aforça exercida pela mola (29) ou a seção reta relevante da saída da câmarade válvula (19) em função do tipo de bebida de café a ser preparado.