PT99467B

PT99467B - Aperfeicoamentos nos rotores induzidos dos travoes desaceleradores electromagneticos e nos seus processos e dispositivos de fabricacao

Info

Publication number: PT99467B
Application number: PT99467A
Authority: PT
Inventors: Michel Estaque; Olivier Bardon
Original assignee: Labavia
Priority date: 1990-11-09
Filing date: 1991-11-08
Publication date: 1999-02-26
Also published as: ATE92684T1; PT99467A; KR920011030A; FR2669161B1; EP0485283B1; ES2100220T3; DE69100229T2; CA2055076A1; EP0485283A1; DE69100229D1; JPH06105534A; FR2669161A1

Description

APERFEIÇOAMENTOS NOS ROTORES INDUZIDOS DOS TRAVÕES DESACELERADORES ELECTROMAGNÉTICOS E NOS SEUS PROCESSOS E DISPOSITIVOS DE

FABRICAÇÃO

A presente invenção refere-se aos rotores induzidos dos travões desaceleradores electromagnéticos, em especial para veículos, compreendendo os referidos rotores pelo menos úm disco de material ferromagnético, próprio para se deslocar em frente de uma coroa do estator de polos electromagnéticos alternadamente positivos e negativos, do qual está separado por apenas um entreferro, sendo então este disco travado e aquecido pelo facto de se criarem correntes de Foucault na sua massa.

A presente invenção visa, em particular, entre estes rotores, aqueles para os quais a face do disco oposta ao entreferro está ligada a uma pluralidade de alhetas, estendendo-se cada uma das alhetas axialmente a partir da referida face e sendo definidas por duas faces paralelas ou sensivelmente paralelas, inclinadas em relação aos raios correspondentes, estando as cristãs destas alhetas ligadas entre si por uma face anular e sendo o conjunto do disco, das alhetas e da face constituído por um só bloco moldado de material ferromagnético.

Cada alheta pode estender-se de maneira contínua desde um bordo interior situado na vizinhança da superfície cilíndrica que contém o bordo interior do disco até um bordo exterior situa-2-

do na vizinhança da superfície cilíndrica que contém o bordo exterior deste disco.

Mas, em formas de realização vantajosas, que constituem o objecto da patente de invenção francesa N² 85 10654 da requerente, cada alheta é decomposta em vários troços, ou alhetas elementares, que podem estar desviados transversalmente uns em relação aos outros relativamente às trajectórias do ar de ventilação, de modo a melhorar a turbulência deste ar, sem aumentar de maneira prejudicial as perdas de carga, estando então as diferentes alhetas elementares de preferência distribuídas de maneira regular, segundo coroas concêntricas.

A presente invenção visa igualmente os processos e os dispositivos para a fabricação dos rotores considerados.

A evacuação das calorias geradas no disco de um tal rotor pelas correntes de Foucault, quando se coloca em serviço o travão desacelerador equipado com este rotor, faz-se essencialmente por condução, radiação e convexão a partir do disco, das alhetas e da face, sendo a convexão fortemente reforçada por ventilação: com efeito, a presença das alhetas faz com que o rotor desempenhe uma função de ventilador, varrendo com uma corrente de ar de arrefecimento as superfícies quentes a arrefecer.

Nas formas de realização conhecidas, as alhetas são relativamente espessas e pouco numerosas.

Com efeito, os rotores considerados são geralmente fabricados por um processo de vazamento em moldes de areia, não permitindo esse processo realizar alhetas com espessuras inferiores

a 7 mm; na prática, nas formas de realização conhecidas, os rotores, com um diâmetro exterior da ordem de 500 mm, compreendem um número de alhetas idênticas igual a 8 ou 16 e, no máximo, igual a 24, para cada coroa considerada.

Para aumentar a capacidade de evacuação de calorias de um tal rotor de travão desacelerador, e portanto aumentar o valor do binário a quente gerado por este aparelho, sem por isso aumentar de maneira sensível o binário necessário para o accionamento do rotor, foi proposto aumentar o número de alhetas compreendidas em cada coroa de alhetas e portanto reduzir a sua espessura.

Uma tal fórmula está apresentada na patente de invenção francesa da requerente N² 88 02125, permitindo essa fórmula realizar alhetas idênticas particularmente finas, próximas e numerosas, sendo a sua espessura inferior a 5 mm, sendo o seu afastamento médio inferior a 10 mm e sendo o seu número superior a 24 e, em especial, igual a 64 para cada coroa considerada.

Esta fórmula permite melhorar a evacuação das calorias e portanto o rendimento a quente do travão desacelerador.

Mas pressupõe a realização de um processo de moldação de precisão de modelo perdido, que é relativamente caro.

A presente invenção tem por objecto, sobretudo, dar remédio a este inconveniente, isto é, obter de maneira relativamente económica um rotor que apresente um número elevado de alhetas particularmente finas e próximas, de modo a melhorar o arrefecimento do travão retardador correspondente, e portanto o

binário de travagem que ele gera.

Para isso, os rotores do género em questão segundo a presente invenção são caracterizados essencialmente por compreenderem, entre o disco e a face, além de alhetas relativamente espessas , espaçadas e pouco numerosas vindas de moldação com o disco e a face, uma pluralidade de plaquetas independentes, condutoras do calor, que se estendem paralelarnente ao eixo do rotor e cujas fracções terminais axiais sao encastradas numa pequena profundidade respectivamente nas duas faces transversais em frente do disco e da face.

Em formas de realizaçao preferidas, recorre-se, além disso, a uma e/ou outra das disposições seguintes:

- as plaquetas são inclinadas em cada um dos seus pontos, em raios do rotor que passam nestes pontos, segundo ângulos sensivelmente iguais aos ângulos de inclinação, nos raios correspondentes, das porções de alhetas que enquadram perifericamente estas plaquetas;

- cada plaqueta estende-se apenas por uma fracção da extensão radial do disco;

- a fracção de acordo com a alínea anterior está compreendida entre ¹/4 e ¹/2, estando os limites incluídos;

- cada plaqueta apresenta uma espessura constante;

- as plaquetas sao curvas de maneira semelhante às alhetas que as enquadram perifericamente;

- cada alheta é formada por vários troços distintos;

- cada alheta compreende um troço interior e um troço

-5exterior, situados no prolongamento um do outro;

- as plaquetas estão repartidas de maneira a formar em torno do eixo do rotor coroas de plaquetas idênticas, equidistantes e inclinadas de maneira semelhante nos raios correspondentes ;

- no rotor segundo as duas alíneas anteriores, o número de coroas de plaquetas concêntricas é igual a 3, a coroa interior e a coroa exterior são ambas interrompidas ao nível dos troços de alhetas que atravessam respectivamente estas duas coroas, e a coroa intermédia estende-se por toda a periferia do rotor atravessando as alhetas ao nível dos intervalos compreendidos entre os seus troços constitutivos;

- cada plaqueta é constituída por várias folhas unidas, uma das quais, pelo menos,· é constituída por um material bom condutor do calor, sendo uma outra, pelo menos, constituída por um material resistente mecanicamente.

No que respeita ao processo de fabricação dos rotores considerados, procede-se vantajosamente da seguinte maneira: co meça-se por fabricar machos de areia, em cada um dos quais se embebem várias plaquetas, nos seus sítios respectivos que elas devem ocupar no rotor pronto, ficando as partes opostas destas plaquetas, destinadas a ser encastradas no disco e na face, salientes para fora do referido núcleo de um comprimento igual à profundidade desejada de encastramento, e colocam-se no lugar estes machos no molde destinado â fabricação do rotor, antes do vazamento do material ferromagnético líquido neste molde.

Finalmente, no gue se refere aos dispositivos de fabricação dos machos anteriores, estes compreendem vantajosamente:

- uma caixa de macho associada a uma tampa e a meios de injecção de areia, tendo a referida caixa um fundo com uma forma idêntica à desejada para a face do disco do rotor pronto que define um dos compartimentos deste rotor disposto entre duas alhetas consecutivas, sendo o referido fundo esvaziado por gargantas próprias para receber as partes em frente das plaquetas em questão;

- uma placa perfurada de modo a ser atravessada de maneira quase sem folga pelas referidas plaquetas e assentando inicialmente no fundo da caixa; e

- permitindo empuxadores, alojados neste fundo, deslocar a placa perfurada ao longo das plaquetas, desde o fundo da caixa até à face interior da tampa desta caixa, depois da colocação de cada placa no lugar no alojamento constituído por uma garganta adjacente à placa perfurada.

Além destas disposições principais, a presente invenção compreende certas outras disposições que se utilizam de preferência simultaneamente e que serão consideradas mais explicitamente no seguimento.

A seguir vão descrever-se algumas formas de realização preferidas da presente invenção, com referência aos desenhos anexos, de maneira evidentemente não limitativa. As figuras dos desenhos representam:

As fig. 1 e 2, um rotor de travão desacelerador electro-Ί-

magnético estabelecido segundo a presente invenção, respectivamente numa vista parcial de topo, segundo a seta (I) da fig. 2, e em meio corte axial, segundo (II-II) da fig. 1, estando além disso o estator correspondente representado, parcialmente, em espectro, na fig. 2; e

As fig. 3 e 4, esquemas que mostram dispositivos de fabricaçao do rotor atrás referido, também segundo a presente invenção .

A palavra rotor utilizada no presente texto designa mais precisamente cada um dos subconjuntos monoblocos (1) que são constituídos pelo conjunto rotativo de eixo (Xj de um travão retardador electromagnético ou de correntes de Foucault e que compreende um disco induzido (2) de material ferromagnético.

Como é sabido, um tal disco (2) é solidarizado com o veio (3) a retardar, tal como o veio de transmissão de um veículo, e ê montado de modo a poder deslocar-se em frente do estator (4) do travão retardador, ou, mais precisamente, em frente de uma coroa de polos indutores (5) alternadamente positivos e negativos que fazem parte deste estator, com interposição de um entreferro (E), sendo então o disco (2) em questão sede de correntes de Foucault, que se traduzem por um travamento e um aquecimento deste disco.

conjunto rotativo do travão retardador compreende, além do rotor ou subconjunto atrás definido, que é único ou de preferência desdobrado simetricamente de um e do outro lado do estator, uma peça intermédia (6) de revolução em torno do eixo

(X), tal como uma manga, um cubo ou um prato, por sua vez fixada, geralmente por pernos roscados, no veio (3) a retardar, estando cada rotor (1) aqui considerado por seu lado fixado, por meio de pernos roscados, nessa peça intermédia.

De uma maneira conhecida em si, cada rotor (1) compreende, além do disco (2) e vindos de moldação com este disco;

- um anel de fixação (7), com um diâmetro médio inferior ao diâmetro interior do disco (2), com furos axiais (8), roscados ou não, destinados a receber pernos roscados de fixação deste anel na peça intermédia (6),

- uma coroa de alhetas de ventilação (9) salientes na face do disco (2) oposta à sua face destinada a delimitar o entreferro (E),

- uma coroa de braços (10) que prolongam para o eixo X algumas das alhetas (9) e ligados por sua vez ao anel (7),

- e uma jante ou face anular (11) que se estende em geral paralelamente ao disco, ligando as cristãs das alhetas (9) de modo a formar, entre estas alhetas, o disco e a face, canais de guiamento (12) para o ar de ventilação.

Cada alheta (9) é delimitada por duas faces paralelas ou sensivelmente paralelas inclinadas em relação aos raios correspondentes, para trás em relação ao sentido da rotação (R)' do rotor, se se considerarem os raios crescentes, e encurvadas de modo a apresentar as suas concavidades para trás, sendo o ângulo de inclinação formado por cada face de alheta em cada um dos pontos no raio correspondente superior a 40° _e, _em especial, da

-9ordem de 50° a 60°.

Cada alheta (9) poderia estender-se de maneira contínua em toda a sua extensão compreendida axialmente entre o disco (2) e a face (11).

Mas, no modo de realização preferido ilustrado, cada alheta (9) é constituída por um troço interior (9^ ) e um troço exterior (), dispostos no prolongamento um do outro e separados um do outro por um intervalo (9₃) que se estende por V3 da largura radial do disco, e mesmo um pouco mais.

Os braços (10) são de preferência dobrados em cotovelo axialmente, como na forma de realização ilustrada na fig. 2, de modo a fazer entrar axialmente o anel (7) para o interior do estator e reduzir assim o espaço axial ocupado da parte central do rotor.

Mas os referidos braços (10) poderiam também ser direitos, ficando então as suas linhas médias sensivelmente contidas num mesmo plano transversal.

O número dos braços (10) de cada rotor é vantajosamente igual a 8.

É a evacuação das calorias geradas no disco (2) pela criaçao das correntes de Foucault quando do funcionamento do travão retardador que a presente invenção se propõe melhorar.

Para isso, guarnecem-se os volumes interiores dos corredores (12) com uma pluralidade de plaquetas (13), que se estendem paralelamente ao eixo (X) e cujas duas extremidades axiais são encastradas ou plantadas respectivamente nas duas faces opos-10-

tas do disco (2) e da face (11).

Estas plaquetas (13) são simultaneamente condutoras do calor e suficientemente resistentes às deformações para ficar solidamente no seu lugar num serviço prolongado, apesar especialmente dos aquecimentos, da acção nelas exercida pela força centrífuga e das agressões exteriores (lamas, pedras, etc.).

Numa forma de realização particularmente vantajosa, as referidas plaquetas (13) são constituídas por uma folha de cobre ensanduichada entre duas folhas de aço.

As plaquetas (13) são inclinadas em cada um dos seus pontos, nos raios do rotor que passam nestes pontos, segundo ângulos sensivelmente iguais aos ângulos de inclinação, nos raios correspondentes, das partes das alhetas que enquadram circularmente as plaquetas.

Os referidos ângulos são em geral da ordem de 45°.

Cada plaqueta (1-3) estende-se vantajosamente por apenas uma fracçao da extensão radial do disco, sendo a referida fraeção em especial da ordem de ¹/3, mas podendo também ser vatajosamente da ordem de ¹/4 ou de ¹/2.

Cada plaqueta (13) apresenta vantajosamente uma espessura constante.

Esta espessura é geralmente inferior a 5 mm, sendo por exemplo igual a 3 ou 4 mm.

As profundidades de encastramento de cada plaqueta, respectivamente no disco (2) e na face (11), são vantajosamente da ordem de 5 a 10 mm para a primeira, e da ordem de 2 a 5 mm, para

a segunda.

Cada plaqueta pode apresentar uma superfície média plana, como está ilustrado, o que simplifica a fabricação, mas, em certas formas de realização vantajosas, esta superfície média é ligeiramente curva, de maneira semelhante às superfícies médias das alhetas (9) que enquadram circularmente estas plaquetas.

As plaquetas (13) são vantajosamente distribuídas de modo a formar em torno do eixo do rotor coroas de plaquetas idênticas, equidistantes e inclinadas de maneira idêntica nos raios correspondentes.

Na forma de realização aqui ilustrada, o número destas coroas é igual a 3, a coroa interior é interrompida ao nível dos troços interiores (9p das alhetas (9), a coroa exterior é interrompida ao nível dos troços exteriores (9₂) das referidas alhetas e a coroa intermédia, disposta ao nível radial dos intervalos (9^), estende-se de maneira regular por todo o seu comprimento, podendo mesmo algumas destas plaquetas constitutivas (13) estar dispostas, pelo menos em parte, nos referidos intervalos .

Quando as plaquetas formam várias coroas que se envolvem mutuamente, ós números das plaquetas nas diferentes coroas podem ser diferentes.

Assim, na forma de realização ilustrada, que compreende oito alhetas (9) desfasadas angularmente de 45° e três coroas de plaquetas, os números de plaquetas, de cada coroa, compreendidas num mesmo corredor (12), isto é, entre duas alhetas (9) su-1 2-

cessivas, são de 6 para a coroa inferior e a coroa exterior e de 7 para a coroa intermédia.

Como pode ver-se na fig. 1, certas plaquetas estão desfasadas angularmente em relação às posições que deveriam ocupar para se encontrar no prolongamento das plaquetas vizinhas.

Assim, alguns dos filetes de ar de arrefecimento (f) não se estendem segundo um simples arco de circunferência, mas sim num trajecto em zigue-zague.

Estes trajectos perturbados são vantajosos pelo facto de lhe corresponder uma certa turbulência nos filetes de ar em questão, favorável às trocas de calor.

rotor dotado de plaquetas insertas ou encastradas, tal como atrás se descreveu pode ser fabricado de qualquer maneira desejável.

Segundo uma forma de realização vantajosa, começa-se por fabricar machos (14) de areia (fig. 4), em cada um dos quais se embebem várias plaquetas (13), nos seus sítios respectivos que elas devem ocupar no rotor pronto, ficando as partes opostas (15) destas plaquetas que se destinam a ser encastradas no disco e na face, salientes para fora do referido macho (14) num comprimento igual à profundidade de encastramento desejada.

Estes machos (14) guarnecidos com as partes salientes (15) são depois colocados no molde (16) destinado à fabricação do rotor antes de se vazar neste molde material ferromagnético líquido (17), destinado a constituir o referido rotor.

Quando se fizer este vazamento, o material (17) reveste

completamente as partes (15) e, depois da consolidação do referido material, liberta-se a peça assim moldada para fora do molde (16) e elimina-se a areia que constitui o macho, em especial aplicando ao conjunto oscilações por meio de um tapete vibrante e depois limpando a peça por meio de granalha.

Para fabricar o macho (14), por sua vez, tendo como carga as plaquetas (13) com as partes (15) salientes, utiliza-se vantajosamente uma caixa de macho (18) (fig,. 3), associada a uma tampa (19) e a meios de injecção de areia (20).

O fundo desta caixa (21) apresenta uma forma idêntica à desejada para a face do disco (2) do rotor pronto, que delimita um dos compartimentos deste rotor disposto angularmente entre duas alhetas (9) consecutivas, sendo o referido fundo (21) esvaziado por gargantas (22), próprias para receber as partes (15) em frente das plaquetas (13) em questão.

Uma placa (23), perfurada em (24) de modo a ser atravessada, com uma folga muito pequena, pelas referidas plaquetas (13) assenta inicialmente no fundo (21).

A distância, contada perpendicularmente à placa (23), entre os fundos das gargantas (22) e a face plana interior da tampa (19), ê igual à dimensão de cada plaqueta (13) destinada a ser orientada paralelarnente ao eixo (X) do rotor pronto.

Os empuxadores (25) alojados no fundo (21) permitem deslocar a placa perfurada (23), ao longo das plaquetas (13), desde o fundo (21) até à face interior da tampa (19), depois da colocação de cada plaqueta (13) no seu lugar, num alojamento consti-1 4-

tuído por uma garganta (22) e pelo furo contíguo (24) da placa (23), e o fecho consecutivo da tampa (19).

Esta última posição da placa (23) esta representada a tracejado na fig. 3.

É neste estádio que se injecta na caixa de macho a areia destinada a constituir o macho (14), em torno das partes médias das plaquetas (13), sendo esta areia misturada com produtos, bem conhecidos em matéria de moldação, destinados a endurecer a mesma no fim da injecção.

Como pode ver-se claramente na fig. 3, as únicas partes das plaquetas (13) que ficam salientes para fora do macho de areia considerado são:

- por um lado, as partes (15) introduzidas nas gargantas (22) do fundo (21),

- e, por outro lado, as partes opostas (15) que ficam alojadas, contra a face interior da tampa (19), nos furos da placa perfurada (23), então posta em contacto com a referida face.

Dão-se respectivamente à profundidade das gargantas (22) e à espessura da placa (24) valores iguais às profundidades desejadas de encastramento das plaquetas (13), por um lado, no disco (2) do rotor final e, por outro lado, na face (11) deste rotor .

Depois da solidificação da areia, basta abrir a tampa (19) para poder libertar suoessivamente a placa (23) e depois o macho de areia (14) que leva as plaquetas (13) com as suas partes (15) salientes.

-15Em conclusão, e qualquer que seja a forma de realização adoptada, dispõe-se finalmente de um rotor cuja constituição e vantagens (em especial a dita melhoria do arrefecimento e, por conseguinte, o aumento considerável do binário de desaceleração a quente) resultam suficientemente do que precede.

Como é evidente, e como aliás resulta do que precede, a presente invenção não se limita de modo nenhum aos seus modos de realização e de aplicação que foram encarados mais especialmente; abrange, pelo contrário, todas as variantes.

Claims

1.- Rotor induzido de travão desacalerador elec trama gné tico que compreende pelo menos um disco (2) prolongado axialmente numa das suas faces por uma pluralidade de alhe tas (9}_r sendo cada alheta delimitada por duas faces paralelas ou sensivelmente paralelas inclinadas, relativamente, aos raios correspondentes, sendo as cristãs destas alhetas ligadas entre si por uma face anular (11) e sendo o conjunto do disco, das alhetas e da face constituído por um só bloco molda do de. material ferromagnético, caracterizado por compreender, entre o disco (2) e a face (11) , entre as alhetas (9) gue vêm de moldaçao com o disco e a face, uma pluralidade de plaquetas independentes (13), condutoras-do calor e estendendo-se parale lamente ao eixo.do rotor e cujas portções terminais axiais (15) estão encastradas numa pequena profundidade respectivamen te nas duas faces transversais apostas do disco e da face.

2,- Rotor de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as plaquetas (13) estarem inclinadas em cada um dos seus pontos, relativamente aos raios do rotor que passam por es. ses pontos, secundo, ângulos sensivelmente iguais aos ângulos de inclinação, relativamente aos raios correspondentes, das porções de alhetas (9) que. enquadram perifericamente estas piaqrie-·.

tas.

3, - Rotor de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por cada plaqueta (13) se esten der apenas por uma fracção da extensão radial do disco· (2) .

4. - Rotor de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por as plaquetas (13) serem repartidas de modo a formar em tomo do eixo do rotor coroas de plaquetas idênticas, equidis tantes e inclinadas de maneira idêntica relativamente aos raios correspondentes.

5. - Rotor de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por cada aiheta (9) compreender um troço interno (9^) e um troço externo O2) situados no prolongamento um do outro.

)

6. - Rotor de acordo com as reivindicações 4 e 5, caracterizado por o número de coroas de plaquetas concêntricas (13) ser igual a três, por a coroa interior e a coroa exterior serem ambas interrompidas ao nível dos troços de alhetas [3^,3^ atravessam respectivamente estas duas coroas, e par a coroa intermédia se estender por toda a periferia do rotor, atravessando as alhetas ao nível dos intervalos (9^) compreendi dos entra os troços que as constituem.

7. - Rotor de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por cada plaqueta (13) ser constituída por. varias-folhas unidas, uma das quais, pelo menos, é constituída, por um. material, bom. condutor do calor e sendo uma outra, pelo menos, constituída por um material resistente mecanicamente. .

8.- Processo de fabricação de um rotor de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por se começar por fabricar machos de areia (14) , em cada um dos quais são embebidas, varias plaquetas (13) , nos sítios res-19- pectivos que devem, ocupar no rotor pronto, ficando as porções opostas (15) destas plaquetas, que devem ficar encastradas no disco (2) e na face (11) , salientes para fora do referida macho num comprimento igual â profundidade desejada de encastramento, e por se colocaram, no lugar estes machos, no molde (16) destinado ã fabricação do rotor, antes do vazamento do material ferromagnético liquido (17) neste molde.

9,- Dispositivo para a fabricação dos machos (14) utilizadas de acordo com a reivindicação 8 , caracterizado por compreender uma'caixa de macho (18) associada a uma tampa (19) e a meios (20) de ínjecção de areia, apresentando o fundo (21) da caixa referida uma forma idêntica ã desejada para a face do disco (2) do rotor pronto que delimita um dos compartimentos deste rotor disposto entre duas alhetas consecutivas (9) , sendo o referido fundo cavado por ranhuras (22) próprias para receber as porções opostas. (15) das plaquetas (13) em questão, uma placa perfurada (23) de modo a ser atravessada de maneira quase sem folga, pelas, referidas plaquetas e assentando inicialmente no fundo da caixa, e puxadores (25) alojados neste fundo que permitem deslocar a placa perfurada, ao longo das plaquetas, desde o fundo da caixa até ã face interior da tampa desta caixa, depois da colocação no lugar de cada plaqueta, no aloja mento constituído por uma ranhura (22) e o furo (24) contíguo da placa perfurada (23).

O Agente Oficial de Propriedade Industria!

-20- (

RESUMO

APERFEIÇOAMENTOS NOS ROTORES INDUZIDOS DOS TRAVÕES DESACELERADO RES ELECTROMAGNÉTICOS E NOS SEUS PROCESSOS E DISPOSITIVOS DE FABRICAÇÃO

A invenção refere-se a um rotor induzido de travão desacelerador electromagnetico que compreende pelo menos um dis co (2) , prolongado axialmente numa das suas faces por uma plura lidade de alhetas (9) , sendo cada uma das alhetas delimitada por duas faces paralelas ou sensivelmente paralelas inclinadas em relação aos raios correspondentes, estando as cristãs dessas alhetas ligadas entre si por uma face anular (11) e. sendo o con junto do disco das alhetas e da face constituído por um só bloco moldado de material ferromagnético. Este rotor compreende, entre o disco (2) e a face (11) , entre as alhetas (9) vindas de moldação com. o disco e a face, uma. pluralidade de plaquetas independentes (13) condutoras do calor e estendendo-se paralelamente ao eixo do rotor e cujas porções terminais axiais (15) es tão encastradas numa pequena profundidade respectivamente nas duas faces transversais opostas do disco a da face.