PT97178A

PT97178A - Recipiente para um produto a aquecer ou a cozer num forno, tal como um forno de micro-ondas, obturado por um operculo fixado por termovedacao

Info

Publication number: PT97178A
Application number: PT97178A
Authority: PT
Inventors: Marianne Boehrer
Original assignee: Alsacienne Aluminium
Priority date: 1990-03-28
Filing date: 1991-03-27
Publication date: 1993-05-31
Also published as: ATE118665T1; EP0457629A1; AU639085B2; JPH05278764A; FR2660287A1; CA2039204A1; ES2069231T3; DE69107338T2; DK0457629T3; EP0457629B1; FR2660287B1; AU7389191A; DE69107338D1

Description

SOCIÉTÉ ALSACIENNE D1ALUMINIUM, (société anonyme) "RECIPIENTE PARA UM PRODUTO A AQUECER OU A COZER NUM FORNO, TAL COMO UM FORNO DE MICRO-ONDAS, OBTURADO POR UM OPÉRCULO FIXADO POR TERMOVEDAÇÃO" A presente invenção diz respeito a um recipiente para um produto a reaquecer ou a cozer num forno, tal como um forno de micro-ondas, que compreende um rebordo periférico no qual se fixa por termo-selagem um opérculo.

Os opérculos dos recipientes que encerram produtos alimentares ou medicinais compreendem em geral uma camada metálica, destinada a torná-los perfeitamente impermeáveis. Todavia, esta camada metálica opõe-se à passagem das ondas de um forno de micro-ondas e, favorecendo a formação de um arco eléctrico, interdita a introdução destes recipientes neste tipo de fornos para o reaquecimento ou cozedura do seu conteúdo. A presente invenção tem por objecto proporcionar uma solução para este problema e, para isso, tem como objecto um recipiente que se caracteriza por o seu opérculo compreender um subconjunto superior que compreende uma camada metálica e um sob-conjunto inferior que compreende uma camada superior sus-ceptível de ser reactivada a quente, aplicada inicialmente de maneira não aderente contra a camada metálica e uma camada inferior susceptível de ser termo-selada contra o rebordo periférico, por a camada susceptível de ser reactivada a quente e a ca- -2- mada susceptível de ser termo-selada serem camadas de material sintético separáveis por descascamento, respectivamente da camada metálica e do rebordo periférico, e por a camada susceptível de ser reactivada a quente possuir, no alinhamento do rebordo periférico, uma parte periférica aderente à camada metálica em consequência do seu aquecimento quando da selagem da camada termo-selável no rebordo periférico. 0 subconjunto superior deste opêrculo pode ser facilmente separado da camada susceptível de ser reactivada a quente. Basta pois levantá-la para eliminar a camada metálica e poder introduzir sem problema num forno de micro-ondas os recipientes contendo os produtos a reaquecer ou a cozer.

Vantajosamente, a camada susceptível de ser reactivada a quente apresenta em relação à camada metálica uma aderência inferior à aderência da camada susceptível de ser termo-selada relativamente ao rebordo periférico.

Os riscos de a camada termo-selável se separar acidentalmente do rebordo periférico do recipiente quando se retira o subconjunto superior são assim afastados. A espessura do opêrculo é de preferência escolhida em função das dimensões do recipiente. Por exemplo, para um recipiente com a dimensão de um bóião de iogurte, a camada susceptível de ser reactivada a quente e a camada termo-soldável podem ser aplicadas uma contra a outra de maneira inseparável. Pelo contrário, para um recipiente cujas dimensões são nitidamente superiores, a camada susceptível de ser reactivada pelo calor -3- e a camada termo-soldável podem estar situadas de um lado e do outro de pelo menos uma camada intermédia da qual elas são inseparáveis.

De acordo com uma forma de realização particular da presente invenção, os subconjuntos superior e inferior compreendem, cada um, uma lingueta de abertura que se estende para além do rebordo periférico, estando as duas linguetas sobrepostas mas não aderindo uma à outra.

Convém assim exercer uma tracção, primeiramente na lingueta superior para retirar o subconjunto superior justamente antes de introduzir o recipiente num forno de micro-ondas, e depois na lingueta inferior para retirar o subconjunto inferior e abrir o recipiente depois do reaquecimento ou cozedura.

Segundo uma outra forma de realização, os subconjuntos superior e inferior compreendem, cada um, duas linguetas de abertura tendo, cada uma, uma raiz sensivelmente ao nível do bordo livre do rebordo periférico, aderindo as linguetas do subconjunto superior às linguetas do subconjunto inferior, enquanto uma destas ultimas é tornada frágil ao nível da sua raiz.

Recomenda-se, neste caso, colocar na face superior do opérculo, na lingueta do subconjunto superior que cobre a lingueta enfraquecida, uma indicação convidando o utilizador a exercer primeiramente uma força de tracção nas duas linguetas, a fim de retirar a camada metálica antes de colocar o recipiente num forno de micro-ondas. Sob a acção desta força, a lingueta enfraquecida separa-se facilmente do subconjunto inferior mas

-4- fiçará solidária com a lingueta do subconjunto superior que a cobre durante a retirada deste. 0 utilizador deverá exercer em segundo lugar uma tracção na lingueta restante para retirar o subconjunto inferior e abrir o recipiente depois do reaquecimento ou a cozedura.

Quando o recipiente incluir um reforço lateral, ê aconselhável que os subconjuntos superior e inferior avancem até mais ' acima que o reforço lateral e tenham, cada um, uma lingueta de abertura com uma raiz sensivelmente ao nível do bordo livre do rebordo periférico, ficando as duas linguetas distantes do reforço lateral e aderentes uma à outra, sendo além disso a lingueta do subconjunto inferior enfraquecida ao nível da sua raiz.

Convém aqui ainda aplicar na face superior do opérculo, nas linguetas, uma indicação convidando o utilizador a exercer em primeiro lugar uma força de tracção nestas ultimas para retirar o subconjunto superior antes de introduzir o recipiente num forno de micro-ondas.

Como a parte do subconjunto inferior que faz saliência sobre o reforço lateral constitui uma espécie de lingueta, o utilizador exercerá em segundo lugar instintivamente uma força de tracção nesta parte para abrir o recipiente depois do reaquecimento ou da cozedura.

Quando o rebordo periférico do recipiente apresentar uma saliência exterior delimitada por uma linha de enfraquecimento, é desejável que os subconjuntos superior e inferior tenham, cada um, duas linguetas de abertura, cada uma com uma raiz sensivel-

-5-. mente ao nível do bordo livre do rebordo periférico, que as linguetas do subconjunto superior adiram às linguetas do subconjunto inferior, que a saliência exterior seja recoberta por duas das linguetas aderentes uma à outra e que a lingueta do subconjunto inferior que assenta na saliência exterior seja enfraquecida ao nível da sua raiz. Ê neste caso ainda recomendado colocar na face superior do opérculo, na lingueta do subconjunto superior que fica saliente por cima da saliência exterior, uma indicação convidando o utilizador a partir em primeiro lugar esta saliência e exercer uma tracção nas linguetas correspondentes para retirar o subconjunto superior. O utilizador exercerá em segundo lugar instintivamente uma tracção na lingueta restante para abrir o recipiente depois do reaquecimento ou da cozedura.

Quando o rebordo periférico apresentar duas saliências exteriores delimitadas, cada uma, por uma linha de enfraquecimento, é aconselhável que os subconjuntos superior e inferior incluam, cada um, duas linguetas de abertura tendo, cada uma, uma raiz sensivelmente ao nível do bordo livre do rebordo periférico, que as linguetas do subconjunto inferior recubram as saliências exteriores e adiram às linguetas do subconjunto superior e que uma das linguetas do subconjunto inferior seja enfraquecida ao nível da sua raiz.

Convêm sempre precisar no opérculo o sítio a partir do qual o utilizador deve retirar o subconjunto superior antes de -6- 4

J introduzir o recipiente no forno de micro-ondas.

Na medida em que o recipiente possua grandes dimensões, a camada metálica pode vantajosamente ser revestida exteriormente com pelo menos uma camada de reforço, permitindo esta camada dar rigidez ao opêrculo e tornar o mesmo mais resistente, em especial para que possa suportar uma operação de esterilização.

Outras características e vantagens da presente invenção tornar-se-ão evidentes na descrição de várias formas de realização, dadas apenas a título de exemplo, de modo nenhum limitativo, com referência aòs desenhos anexos, cujas figuras representam: A fig. 1, uma vista em corte esquemática de um recipiente de acordo com uma primeira forma de realização; A fig. 2, uma vista de cima do recipiente que se vê na fig. 1 ; A fig. 3, uma vista em corte esquemático de um recipiente de acordo com um segundo modo de realização; A fig. 4, uma vista de cima do recipiente que se vê na fig. 3; A fig. 5, uma vista em corte esquemático de um recipiente segundo uma terceira forma de realização; A fig. 6, uma vista de cima do recipiente que se vê na fig. 5; A fig. 7, uma vista em corte esquemática de um recipiente segundo uma quarta forma de realização, podendo o rebordo deste recipiente compreender uma segunda saliência exterior, re- presentada a traço-e-ponto; A fig. 8, uma vista de cima do recipiente que se vê na fig. 7; A fig. 9, um esquema que ilustra um processo de fabricação de um laminado de fita, a partir do qual poderão ser obtidos opêrculos representados nas fig. 1 e 7; e

As fig. 10 a 12, esquemas que ilustram três fases de um processo de fabricação de um laminado de fita a partir do qual podem obter-se outros opêrculos.

Os recipientes segundo a presente invenção foram concebidos para receber produtos de conservação longa, por exemplo produtos alimentares, destinados a ser reaquecidos ou cozidos num forno de micro-ondas. Estes recipientes compreendem, de uma maneira já conhecida, um rebordo periférico (1) que envolve a entrada da sua cavidade e são fechados de maneira estanque por um opérculo (2) por termo-selagem no seu rebordo periférico.

Eles são fabricados de uma maneira geral em material sintético, mas poderiam eventualmente ser feitos de metal, na condição de a face superior do seu rebordo periférico (1) ser revestido com uma película de material sintético que permita a termo-selagem do seu opérculo (2).

De um modo geral, o opérculo dos recipientes segundo a presente invenção compreende um subconjunto superior (I) que compreende uma camada metálica (3) e um subconjunto inferior (II) que compreende uma camada superior susceptível de ser reactivada a quente (4), aplicada contra a camada metálica (3) e uma camada -8- inferior termo-selável (5), selada contra o rebordo periférico (1 ). A camada susceptível de ser reactivada a quente (4) e a camada termo-selável (5) são realizadas de material sintético e podem ser separadas, por descascamento, respectivamente da camada metálica (3) e do rebordo periférico (1).

Por outro lado, a camada susceptível de ser reactivada a quente (4) possui, na prumada do rebordo periférico (1), uma parte periférica (6) reactivada, isto é aderente à camada metálica (3), em consequência do seu aquecimento quando da selagem da camada termo-selável (5) no rebordo periférico. A fixação de um opérculo (2) no rebordo periférico de um recipiente é realizada aplicando uma ferramenta de termo-selagem clássica na parte do opérculo que fica saliente por cima do referido rebordo periférico.

Sob a acção do calor que se desprende durante o seu funcionamento, esta ferramenta activa a parte (6) da camada (4) susceptível de ser reactivada que se estende por baixo da mesma e permite assim que essa parte adira à camada metálica (3), efectuando uma ligação estanque. Permite além disso fixar de maneira estanque a camada termo-selável (5) no rebordo (1), efectuando uma fusão da parte (7) situada entre estes dois elementos.

Notar-se-á, para todos os fins úteis aqui, que a ferramenta de tremo-selagem provoca uma ligeira deformação da parte do opérculo que fica saliente por cima do rebordo (1) e deixa y -9- aparecer uma marca anular (8) ligeiramente cavada.

Notar-se-á ainda que, quando um opérculo (2) for selado num recipiente, a camada susceptível de ser reactivada a quente (4) apresenta, relativamente à camada metálica (3), uma aderência menor do que a aderência da camada termo-selável (5) relativamente ao rebordo (1).

Na forma de realização representada nas fig. 1 e 2, a camada susceptível de ser reactivada a quente (4) e a camada termo-selável (5) são aplicadas uma contra a outra de maneira inseparável .

Por outro lado, os subconjuntos superior (I) e inferior (II) compreendem linguetas de abertura (9) e (10) que se estendem para além do rebordo (1), ficando estas linguetas sobrepostas, mas sem aderir uma à outra por estarem situadas fora da marca anular (8) da ferramenta de termo-selagem.

Antes de introduzir o recipiente num forno de micro-ondas, o utilizador poderá facilmente separar a camada metálica (3) do resto do opérculo pois bastará exercer uma tracção na lingueta (9).

Na forma de realização representada nas fig. 3 e 4, a camada susceptível de ser reactivada a quente (4) e a camada termo-selável (5) do subconjunto inferior (II) estão situadas de um lado e do outro de uma camada intermédia (11) com a qual são solidárias.

Por outro lado, os subconjuntos superior (I) e inferior (II) compreendem, cada um, duas linguetas de abertura (12) e

(13), respectivamente, afastadas uma da outra e tendo, cada uma> uma raiz sensivelmente ao nível do bordo livre do rebordo (1) do recipiente.

Nesta forma de realização, as linguetas (12) e (13) tornam-se aderentes entre si quando da aplicação da ferramenta de termo-selagem, sendo além disso uma das linguetas (13) enfraquecida ao longo de uma linha (14) adjacente à sua raiz. Por outro lado, como mostra a fig. 4, a lingueta (12) que está situada por cima da lingueta enfraquecida (13) leva uma indicação que precisa que o utilizador deverá retirar estas linguetas antes de introduzir o recipiente num forno de micro-ondas.

Quando o utilizador exercer uma força de tracção nas linguetas referidas, a lingueta enfraquecida (13) separar-se-à facilmente do subconjunto inferior (II) ao longo da linha de enfraquecimento (14), mas ficará solidária com o subconjunto superior (I) que poderá assim ser separado da parte restante do opérculo.

Na forma de realização representada nas fig. 5 e 6, o recipiente compreende um reforço lateral (15) ao nível de um dos seus cantos, sendo a largura do seu rebordo periférico a mesma ao nível do seu reforço lateral que nas outras partes.

Por outro lado, o subconjunto superior (I) do opérculo (2) compreende uma camada suplementar de reforço (16) fixada na face superior da camada metálica (3).

Nesta forma de realização, os subconjuntos superior (I) e inferior (II) avançam acima do reforço lateral (15) de modo que a existência deste apenas pode ser revelada quando o opér-culo é visto de cima. Compreendem duas linguetas (17) e (18) afastadas do reforço lateral e aderindo uma à outra, sendo a lingueta (18) do subconjunto (IX) enfraquecida ao longo de uma linha de enfraquecimento (19) adjacente à sua raiz que está sensivelmente ao nível do bordo livre do rebordo (1) do recipiente.

Por outro lado, a lingueta (17) tem uma indicação que informa o utilizador de que deve exercer uma tracção no par de linguetas (17,18) para retirar o subconjunto superior (I).

Notar-se-à aqui que o opérculo forma uma espécie de lingueta no exterior do reforço (15) e que o utilizador poderá utilizar esta espécie de lingueta para abrir o recipiente, depois do reaquecimento ou da cozedura do conteúdo deste num forno de micro-ondas.

Na forma de realização representada nas fig. 7 e 8, o rebordo periférico (1) do recipiente apresenta uma saliência exterior (20) delimitada por uma linha de enfraquecimento (21).

Por outro lado, os subconjuntos superior (I) e inferior (II) compreendem, cada um, duas linguetas de abertura (22) e (23), respectivamente, espaçadas uma da outra e tendo cada um deles uma raiz sensivelmente ao nível do bordo livre do rebordo periférico (1 ).

As linguetas (22) tornam-se aderentes às linguetas (23) quando da termo-selagem. Além disso, a saliência exterior (20) está recoberta por duas linguetas (22) e (23) aderentes uma à -12- ,ΛΓ y \ outra, sendo a lingueta (23) que assenta na saliência exterior enfraquecida ao longo de uma linha de enfraquecimento (24) adjacente à sua raiz.

Uma indicação colocada na lingueta (22) situada ao nível da saliência (20) é por outro lado prevista para convidar o utilizador a exercer uma tracção no conjunto formado pela saliência e as linguetas correspondentes (22) e (23) antes de introduzir o recipiente num forno de micro-ondas.

Segundo uma variante de realização, o rebordo perifêri-· co (1) do recipiente poderia apresentar uma segunda saliência exterior (20) delimitada por uma linha de enfraquecimento (21), como se representa a tracejado na fig. 7.

Neste, caso, o segundo par de linguetas (22) e (23) assentaria então nesta segunda saliência exterior. vão agora mencionar-se os materiais que podem entrar na constituição dos opêrculos (2) dos recipientes segundo a presente invenção e indicar as espessuras das camadas que formam estes opêrculos.

Assim, a camada metálica (3) pode ser uma camada de alumínio ou de liga de alumínio, podendo a sua espessura ser da . -5 -4 ordem de 10 a 200 micrometros (10 a 2. 10 m). A camada susceptível de ser reactivada a quente {4) pode ser constituída por um material escolhido no grupo que compreende um polipropileno enxertado, um polietileno de alta densidade enxertado, um polietileno de baixa densidade linear enxertado, um copolímero enxertado de etileno-acetato de vinilo, um -13- / copolímero enxertado de etileno-acrilato de butilo ou um copo-límero enxertado de etileno-acrilato de metilo, sendo os elementos de enxerto um monômero insaturado que compreende pelo menos um grupo ácido carboxílico, tal como o ácido acrílico ou o ani-drido maleico. A sua espessura pode ser da ordem de 10 a 200 „ _ς _4 micrometros (10 a 2.10 m). A camada termo-selável (5) pode ser constituída por um material escolhido no grupo formado por um verniz de poliêster ou uma camada susceptível de extrusão à base de polipropileno, de polietileno de alta densidade ou de poliêster. A sua espes- > —6 ~4 sura pode ser da ordem de 5 a 100 micrometros (5.10 a 10 m). A camada intermediária (11) é constituída por um material que apresenta uma afinidade com a camada susceptível de ser reactivada a quente e com a camada termo-selável, podendo a —5 sua espessura ser da ordem de 10 a 200 micrometros (10 a 2.1 O-4 m).

Quanto à camada de reforço (16), ela pode ser constituída por um material escolhido no grupo que compreende um poliés-ter ou um polipropileno e ter uma espessura da ordem de 10 a 200 „ _5 _4 micrometros (10 a 2.10 m).

Notar-se-à, por outro lado, que o subconjunto inferior (II) dos opérculos (2) poderia compreender perfurações que evitem a formação de uma sobrepressão nos recipientes durante o reaquecimento ou a cozedura por micro-ondas dos produtos contidos nestes últimos. A fig. 9 ilustra um processo de fabricação de um lami- nado de fita a partir do qual poderão recortar-se os opérculos destinados a fechar os recipientes representados nas fig. 1 e 7. A figura mostra que este laminado pode ser obtido, de uma maneira já conhecida, fazendo a coextrusão de um material susceptível de ser reactivado a quente (4) e um material termo--selável (5) numa fita metálica (3) que se desloca no sentido da seta (F), sendo a coextrusão realizada continuamente a partir de uma fieira (25).

As fig. 10 a 12 ilustram um processo de fabricação de um laminado de fita a partir do qual poderiam recortar-se opérculos cujo subconjunto superior (I) compreende uma camada metálica (3) e uma camada de reforço (16) e cujo subconjunto inferior (II) compreende uma camada intermédia (11) entre uma camada susceptível de ser reactivada a quente (4) e uma camada termo-selá-vel (5).

Mais precisamente, a fig. 10 ilustra a primeira fase do processo de fabricação, durante a qual se obtêm um laminado elementar de fita correspondente ao subconjunto superior I: - aplicando, ao nível de um posto de recobrimento (26), uma película de cola numa folha de reforço (16) arrastada continuamente no sentido da seta (F1); - fazendo secar, num posto de secagem (27), a cola aplicada na folha de reforço (16); - aplicando, num posto de união (28), contra a face com cola da folha (16), uma folha metálica (3) arrastada no sentido da seta (F2), em sincronismo com a referida folha (16); e -15- - enrolando o laminado elementar resultante sob a forma de uma bobina (29). A fig. 11 ilustra a segunda fase do processo de fabricação, no decurso da qual se obtém um segundo laminado elementar de fita, extrudindo um material que constitui a camada susceptí-vel de ser reactivada a quente (4) entre o laminado elementar obtido na primeira fase e uma camada intermédia (16), sendo o material (4) que constitui a camada susceptível de ser reactivada a quente extrudido a partir de uma fieira (30), enquanto o primeiro laminado elementar e a camada (16) são arrastados em sincronismo respectivamente nos sentidos das setas (F3) e (F4). A fig. 12 ilustra, por sua vez, a terceira fase do processo de fabricação, no decurso da qual se obtém o laminado final extrudindo um material que constitui a camada susceptível de ser termo-selada (5) sobre o segundo laminado elementar obtido na segunda fase, sendo o material que constitui a camada (5) extrudido a partir de uma fieira (31) enquanto o segundo laminado elementar se desloca no sentido da seta (F5).

Claims

REIVINDICAÇÕES 1.- Recipiente para um produto a aquecer ou a cozer num forno, tal como um forno de micro-ondas, que compreende um rebor do periférico (1) no qual se fixa um opirculo (2) por termoveda-ção, caracterizado por o opérculo compreender um subconjunto superior (I) que compreende uma camada metálica (3) e um subconjun to inferior (II) que compreende uma camada superior reactivável a quente (4), aplicada inicialmente de maneira não aderente con tra a camada metálica (3) e uma camada inferior termovedável (5) fixada contra o rebordo periférico (1), por a camada reactivável a quente (4) e a camada termovedável (5) serem camadas de material sintético separáveis por descascamento, respectivamente da

camada metálica (3) e do rebordo periférico (1), e por a camada reactivãvel a quente (4) possuir, na prumada do rebordo periférico (1), uma parte periférica (6) aderente à camada metálica (3), em consequência do seu aquecimento quando da fixação da ca mada termovedável (5) sobre o rebordo periférico (1).
| 2.- Recipiente de acordo com a reivindicação 1, carac- terizado por a camada reactivãvel a quente (4) apresentar em frente da camada metálica (3) uma aderência menor do que a aderência da camada termovedável (5) em frente do rebordo periférico (1).
3. - Recipiente de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a camada reactivãvel a quente (4) e a camada termovedável (5) serem aplicadas uma contra a outra de maneira inseparável. J
4. - Recipiente de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a camada reactivável a quente (4) e a camada termovedável (5) ficarem situadas de um lado e do outro de pelo menos uma camada intermédia (11) da qual são inseparáveis.
5. - Recipiente de acordo com uma qualquer das reivindi cações 1 a 4, caracterizado por os subconjuntos superior (I) e inferior (II) compreenderem, cada um, uma lingueta de abertura (9,10) que se estendem para além do rebordo periférico (1), estando as duas linguetas (9,10) sobrepostas mas não aderindo uma à outra.
6. - Recipiente de acordo com tuna qualquer das reivindi cações 1 a 4, caracterizado por os subconjuntos superior (I) e inferior (II) compreenderem, cada um, duas linguetas de abertura (12,13), tendo, cada uma, uma raiz ao nível do bordo livre do rebordo periférico, aderindo as linguetas (13) do subconjunto superior (I) ãs linguetas (12) do subconjunto inferior (II), enquanto uma destas últimas é fragilizada ao nível da sua raiz.
7. - Recipiente de acordo com uma qualquer das reivindi^ cações 1 a 4, que compreende uma cavidade lateral (15), caracte rizado por os subconjuntos superior (I) e inferior (II) avançarem por cima da cavidade lateral (15) e compreenderem, cada um, uma lingueta de abertura (17,18) que tem uma raiz sensivelmente ao nível do bordo livre do rebordo periférico (1), estando as duas linguetas (17,18) distantes da cavidade lateral (15) e ade rindo uma ã outra, sendo além disso a lingueta (18) do subconjunto inferior (II) fragilizada ao nível da sua raiz.
8. - Recipiente de acordo com uma qualquer das reivindi caçoes 1 a 4, cujo rebordo periférico (1) apresenta uma saliência exterior (20) delimitada por uma linha de fragilização (21), / -1,9-caracterizado por os subconjuntos superior (I) e inferior (II) compreenderem, cada um, duas linguetas de abertura (22,23) ten do, cada uma, uma raiz sensivelmente ao nível do bordo livre do rebordo periférico (1), por as linguetas (22) do subconjunto superior (I) aderirem âs linguetas (23) do subconjunto inferior (II), por a saliência exterior (20) ser recoberta por duas das linguetas (22,23) aderentes uma à outra e por a lingueta (23) do subconjunto inferior (II) que assenta na saliência exterior (20) ser fragilizada ao nível da sua raiz.
9.- Recipiente de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 4, cujo rebordo periférico (1) apresenta duas saliências exteriores (20) delimitadas, cada uma, por uma linha de fragilização (21), caracterizado por os subconjuntos superior (I) e inferior (II) compreenderem, cada um, duas linguetas de abertura (22,23) tendo, cada uma, uma raiz sensivelmente ao nível do bordo livre do rebordo periférico (1), por as linguetas (23) do subconjunto inferior (II) recobrirem as saliências exte riores (20) e aderirem às linguetas (22) do subconjunto superior (I) e por uma (23) das linguetas do subconjunto inferior (II) ser fragilizada ao nível da sua raiz.
10.- Recipiente de acordo com uma qualquer das reivin dicações anteriores, caracterizado por a camada metálica (3)· ser revestida exteriormente com pelo menos uma camada de refor- ςο (16).
11. - Recipiente de acordo com a reivindicação 10, ca-racterizado por a camada de reforço (16) ser constituída por um material escolhido no grupo que compreende um poliéster ou um polipropileno.
12. - Recipiente de acordo com uma qualquer das reivin dicações anteriores, caracterizado por a camada metálica (3) ser uma camada de alumínio ou de liga de alumínio.
13. - Recipiente de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a camada reactivãvel a quente (4) ser constituída por vim material escolhido no grupo que compreende um polipropileno enxertado, um polietileno de alta densidade enxertado, um polietileno de baixa densidade linear enxertado, um copolímero enxertado de etileno-acetato de vinilo, um copolímero enxertado de etileno-acrilato de butilo ou um copolímero enxertado de etileno-acrilato de metilo, sendo o elemento de enxerto um monõmero insaturado que compreende pelo menos um grupo ácido carboxílico.
14. - Recipiente de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a camada termovedãvel (5) ser constituída por um material escolhido no grupo que com- preende um verniz de poliéster ou uma camada susceptível de ser extrudida à base de polipropileno, de polietileno de alta densi dade ou de poliéster.
15, - Recipiente de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a camada intermédia (11) ser constituída por um material que apresenta uma afinidade com a camada reactivável a quente e com a camada termovedável.
16. - Recipiente de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a camada metálica (3) - -5 ter uma espessura da ordem de 10 a 200 micrometros (10 a 2.IO"4 m).
17.- Recipiente de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a camada reactivável a quente (4) ter uma espessura da ordem de 10 a 80 micrõme-tros (10”5 a 8.10”5 m).
18.- Recipiente de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a camada termovedável g (5) ter uma espessura da ordem de 5 a 100 micrometros (5.10” a 10"4 m) .
19.- Recipiente de acordo com a reivindicação 10 ou 11, caracterizado por a camada de reforço (16) ter uma espessura da -5 -4 ordem de 10 a 200 micrometros (10 a 2.10 m).
20. - Recipiente de acordo com a reivindicação 4, carac terizado por a camada intermédia (11) ter uma espessura da ordem de 10 a 200 micrômetros (10“^ a 2.10“^ m) .
21. - Recipiente de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o subconjunto inferior (II) ter furos. Lisboa, 27 de Março de 1991 O Ags ite Oficial da Prcpr'sdade Industrial

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