PT93451B

PT93451B - Elemento absorvente aperfeicoado e produto absorvente que inclui esse elemento

Info

Publication number: PT93451B
Application number: PT93451A
Authority: PT
Inventors: Gianfranco Palumbo
Original assignee: Faricerca Spa
Priority date: 1989-03-16
Filing date: 1990-03-15
Publication date: 1996-10-31
Also published as: CA2012316A1; AU622294B2; JP3020989B2; US5087506A; IT1231881B; ATE99911T1; JPH02283369A; EP0388372B1; CA2012316C; AU5136690A; DE69005864T2; PT93451A; DK0388372T3; DE69005864D1; ES2048479T3; ZA902048B; IT8967188A0; EP0388372A1

Description

DESCRIÇÃO elemento absorvente e produto absorvente que inclui

ESSE ELEMENTO

Campo da invenção

A presente invenção diz respeito a um elemento absorvente feito de fibras hidrófilas, por exemplo fibras de celulose, e que pode ter uma camada descontinua de partículas de um material absorvente hidrogelificante na sua superfície voltada para o utilizador. Além disso, o elemento compreende ao longo de cada um dos seus bordos longitudinais zonas nas quais está distribuído o material hidrogelificante absorvente com maior concentração do que na referida camada de modo a proporcionar um melhor impedimento de fugas laterais.

Descrição da técnica anterior

Os produtos absorventes descartáveis, tais como fraldas para bébés, tampões para adultos incontinentes, panos higiénicos e produtos análogos são bem conhecidos e todos estão dotados com elementos absorventes para absorver e reter os fluidos corporais.

Tais elementos absorventes, vulgarmente designados por tampões, têm de ter a capacidade de receber rapidamente o liquido e de o distribuir internamente de modo a impedir derrames a partir dos bordos; além disso, têm de ter uma grande capacidade de

-2retenção dos fluidos quando sujeitos às pressões normais de utilização .

Os tampões absorventes feitos de fibras de celulose obtidas a partir de maneira de coníferas teriam características satisfatórias no que respeita à sua taxa de absorção dos líquidos, estando portanto aptos para distribuir eficazmente o líquido no seu interior, mas são muito menos eficientes do ponto de vista da retenção e podem permitir o refluxo dos líquidos ou derrames pelos lados da estrutura absorvente sob as tensões normais de utilização.

Uma via para evitar este problema pode ser aumentar consideravelmente a quantidade de material absorvente no tampão, de modo que o refluxo e o derrame lateral do líquido não se verifique sob as pressões normais de utilização; mas a natureza hidrófila da celulose e o seu mecanismo de absorção significam que a superfície absorvente do tampão tende a manter-se húmida em todos os casos, dando assim ao utilizador a sensação de se sentir molhado.

Uma tentativa para resolver o problema do refluxo e dos derrames laterais de líquido foi misturar partículas de um material absorvente hidrogelificante com a celulose para aumentar as capacidades de absorção e retenção do elemento - absorvente.

Os materiais hidrogelifieantes, vulgarmente conhecidos com a designação de superabsorventes, são polímeros que podem inchar e absorver grandes quantidades de líquidos, em particular de água e, em menor grau, também os líquidos corporais.

-3Têm também a propriedade particular de reterem esses fluidos mesmo quando sujeitos a uma pressão moderada; devido a estas características, foi proposto o seuusQ. nos /produtos absorventes descartáveis, durante algum tempo.

Mas a sua boa capacidade de absorção não é acompanhada por uma velocidade de absorção igualmente boa, o que pode afectar adversamente a eficácia dos produtos absorventes que incorporam estas substâncias.

De facto, os superabsorventes podem dar origem a um fenómeno conhecido na técnica anterior como bloqueio do gel: quando uma partícula superabsorvente entra em contacto com o líquido, a sua superfície exterior começa a absorver o líquido e a inchar, impedindo o líquido de passar para o interior da partícula; o líquido sõ pode continuar a penetrar para o interior do núcleo ainda seco da partícula por um mecanismo de difusão muito lento.

Este fenómeno pode impedir a uitilização completa das grandes capacidades de absorção das substâncias superabsorventes e, em estruturas com superabsorventes misturados, pode também implicar uma diminuição da velocidade de absorção e, portanto,uma grande probabilidade de derrame lateral.

Nestas estruturas hã portanto uma diminuição marcada da velocidade a que o líquido se dispersa para o interior do tampão absorvente.

Finalmente, embora as substâncias superabsorventes tenham a vantagem, em comparação com as fibras de celulose, de reterem com segurança os líquidos absorvidos, a utilização destas subs-4tâncias simplesmente misturadas com as fibras de celulose apresenta problemas.

Um dos muitos exemplos de estruturas absorventes constituídas por misturas de superabsorventes e fibras celulósicas é dado pelo pedido de patente de invenção EP-A-122 042 que propõe uma estrutura absorvente muito densa numa tentativa de resolver o problema atrás referido.

O pedido de patente de invenção EP-A-0 254 476 propõe uma zona de baixa densidade situada no tampão absorvente de modo a receber o líquido directamente quando o mesmo ê libertado; essa zona constitui uma espécie de colector de armazeamento temporário para o líquido, que tem depois de ser absorvido para as zonas do tampão envolventes mais densas.

Uma tentativa de solução para o problema do refluxo do líquido substancialmente diferente da baseada na utilização de misturas superabsorventes é dada na patente de invenção norte-americana n9 3 888 256.

Nesta patente de invenção, o superabsorvente estã situado apenas na superfície superior de um tampão convencional; a quantidade usada ê tal que, ã medida que as partículas absorvem e incham, elas penetram -umas nas outras para formar uma camada contínua que impede o líquido de refluir em condições de uso normais; porém, esta camada contínua também faz obstrução ã absorção de qualquer quantidade ulterior de líquido que pode ser depois libertada pelo utilizador, não representando assim por si sõ uma solução efectiva para o problema do derrame lateral.

-5Uma solução que pretende evitar os problemas descritos está proposta no pedido de patente de invenção EP-A-0 374 105 no qual um elemento absorvente feito de fibras de celulose hidrófilas normais tem uma camada descontínua de material absorvente hidrogelificante na sua superfície superior voltada para o corpo do utilizador e, mesmo quando está molhada, ela não forma uma camada contínua impermeável de modo a impedir a continuação da penetração de líquido para o interior do tampão absorvente.

Embora esta solução tenha mostrado ser eficiente para proporcionar uma sensação de secura, em particular em versões que diferem conforme o sexo do utilizador, há ainda um problema para melhorar a retenção dos fluidos, em particular no que respeita aos derrames pelos lados do tampão.

Na patente de invenção EP-A-0 210 969 encontra-se descrito um produto absorvente com as caracteristicas indicadas na primeira parte da reivindicação 1, no qual, com a finalidade de reduzir as fugas em torno dos bordos do produto, se proporcionam zonas ou cordões de material altamente absorvente ao longo dos bordos do corpo absorvente do produto fornecendo uma barreira contra a migração de fluido.

Objectos e sumário da invenção

O objecto principal da presente invenção consiste em melhorar o aspecto de evitar os derrames laterais dos elementos absorventes para utilização em produtos

Λ

-6absorventes descartáveis. Segundo a presente invenção, este objectivo consegue-se por meio de um elemento absorvente com as características mencionadas mais especificamente na segunda parte da reivindicação 1 anexa. Um outro objecto da presente invenção é um produto absorvente que inclui um tal elemento.

Descrição pormenorizada da invenção

Outras características e vantagens da presente invenção ficarão mais claras a partir da descrição que se segue, dada apenas a título ilustrativo e não limitativo, com referência aos desenhos anexos, cujas figuras representam:

A Fig. 1 uma vista em planta de uma fralda descartável que utiliza um elemento absorvente segundo a presente invenção;

A Fig. 2 uma vista em corte da fralda feito pela linha longitudinal (A-A') da fig. 1;

A Fig. 3 uma vista em planta de um elemento absorvente segundo a presente invenção;

A Fig. 4 uma vista em planta de uma configuração diferente do elemento absorvente segundo a presente invenção;

A Fig. 5 uma vista em planta de um elemento absorvente segundo a presente invenção, que mostra o elemento durante a absorção de uma certa quantidade de líquido;

A Fig. 6 uma vista em perspectiva de um elemento absorvente

-Ί

A Fig

A Fig segundo a presente invenção e de parte de um dispositivo para a produção do elemento absorvente;

um corte do elemento absorvente isolado, feito pela linha (B-B¹) da fig. 1 e mostrando as zonas com elevada concentração de material absorvente hidrogelificante situadas na superfície do elemento;

δ um corte de apenas o elemento absorvente feito pela linha (B-B¹) da fig. 1 e mostrando as zonas que têm concentrações elevadas de material hidrogelificante situadas no interior do elemento;

um corte semelhante ao da fig. 7, mostrando as zonas com concentrações elevadas de material absorvente hidrogelificante na configuração de utilização; e um corte semelhante ao da fig. 8, mostrando as zonas com concentrações elevadas de material absorvente hidrogelificante na configuração de utilização.

Os elementos absorventes segundo a presente invenção vão ser descritos com referência à sua utilização em produtos absorventes descartáveis; estes produtos são usados pelo utilizador em contacto directo com o corpo para absorver fluidos e são descartados depois de uma única utilização.

A fralda descartável representada na fig. 1 representa uma forma de realização preferida de um produto absorvente segundo a presente invenção, mas pretende-se que a presente invenção se-

-8ja também aplicável a outros produtos absorventes descartáveis, tais como produtos para panos para incontinentes e panos higiénicos e outros produtos análogos.

A fig. 1 é uma vista em planta de uma fralda (1) numa configuração alongada com algumas porções da sua estrutura cortadas para mostrar mais claramente a construção da fralda: em particular, estã representada a face da fralda que entra directamente em contacto com o utilizador.

A fig. 1 mostra duas zonas terminais, uma zona terminal dianteira (2) e uma zona terminal traseira (3), as quais, quando em utilização, são colocadas em correspondência com a cintura do utilizador, e uma zona central (4) situada entre as mesmas e colocada em torno da zona da entreperna : estão também representados um eixo longitudinal (AA') e um eixo transversal (BB‘) .

A fralda compreende uma camada superior (5) de tecido não urdido que é permeável aos líquidos e que se destina a ficar directamente em contacto com a pele do utilizador, uma camada (6) tecida que de preferência ê resistente ã humidade, imediatamente por baixo da camada não tecida, um elemento absorvente (7) segundo a presente invenção e descrito em pormenor mais adiante, uma segunda camada (8) tecida, de preferência resistente ã humidade, uma folha de plástico impermeável (9), e elementos elásticos (10) situados dos dois lados do elemento absorvente (7) para efectuar uma vedação em torno das pernas do utilizador, quando em utilização; vê-se também na zona traseira (3) um dos dois

-9apêndices adesivos (11) vulgarmente usados para fixar a fralda (1) em torno da cintura do utilizador.

A folha de tecido nao urdido e a folha de plástico (9) têm a mesma forma e as mesmas dimensões e correspondem ao contorno (12) de toda a fralda, enquanto as duas camadas de tecido (6) e (3) recebem a mesma forma que o elemento absorvente (7) situado entre as mesmas.

Na configuração representada, o elemento absorvente (7) tem uma forma convencional de ampulheta, como melhor se vê nas fig. 3, 4 e 5, onde o elemento estã representado sozinho; em particular, as fig. 3 e 4 mostram uma parte principal (13) do tamtão que é afectada pela distribuição superficial do superabsorvente e/ou com a qual ê misturado e inclui duas zonas laterais (14) e (14 ') genericamente adjacentes aos bordos longitudinais (15) da parte principal (13) do tampão e estendendo-se pelo menos em correspondência com a sua zona central (4).

A parte principal (13) não inclui necessariamente toda a superfície superior (16) do tampão, podendo sim excluir partes maiores ou menores das chamadas orelhas do tampão; a parte principal (13) afectada pela distribuição superficial e/ou pela mistura do superabsorvente não inclui as quatro zonas terminais (17) das orelhas, em nenhum dos casos representados; os bordos longitudinais (15) da parte principal (13) do tampão pode portanto não coincidir com os bordos longitudinais (15') do tampão, pelo menos em correspondência com as quatro zonas terminais (17),visto que estão situados para o interior das mesmas.

O elemento absorvente (7) é feito apenas de fibras hidrófilas (18), por exemplo fibras celulósicas obtidas de polpa de madeira de coníferas.

A fig. 2 mostra que podem distribuir-se partículas (19) do material absorvente hidrogelificante na superfície superior do elemento absorvente (7); a distribuição superficial abrange a parte principal (13) do tampão, distinta das zonas laterais (14) e (14·), e não é contínua.

Os materiais absorventes hidrogelificantes apropriados podem ser materiais inorgânicos ou orgânicos, tais como polímeros com ligações transversais, todos conhecidos na técnica; de preferência, usa-se o superabsorvente produzido pela Chemische Fabrik Stockhausen com a designação comercial de Favor Sab 922.

As dimensões médias das partículas (19), isto ê, a média ponderada das dimensões mínimas das partículas individuais, podem estar compreendidas entre 100 e 800 micrómetros, de preferência entre 200 e 500 micrómetros.

A distribuição superficial das partículas superabsorventes (19) na parte principal (13) do tampão, distinta das zonas laterais (14) ou (14') quando está presente, tem de ser descontínua, isto ê, dever ser tal que garanta que as partículas estão substancialmente isoladas umas das outras antes da absorção de líquido e que assim se mantenham mesmo depois da inchação que resulta da absorção, ou num grau em que não se forme uma camada contínua de partículas na superfície do tampão quando elas incham.

-11Em geral, consegue-se esse resultado com uma distribuição superficial de partículas (19) com as dimensões preferidas com 2 2concentraçoes compreendidas entre 5 g/m e 70 g/m , de preferen2 2 cia entre 10 g/m e 60 g/m . Para melhorar a eficacia do elemento absorvente (7) segundo a presente invenção, em particular no que respeita ao seu comportamento relativamente ao derrame lateral de líquido, as zonas laterais (14) e (14’) da parte principal (13) do tampão são caracterizadas pela presença de material absorvente hidrogelificante distribuído com uma concentração mais elevada.

A fig. 3 mostra uma configuração preferida desta distribuição; pode aqui ver-se a parte principal (13) do tampão (7) que inclui as duas zonas laterais (14) estendendo-se ao longo dos bordos longitudinais (15) da parte principal (13) do tampão em correspondência com a zona central (4); o superabsorvente estã distribuído nestas zonas laterais (14), na superfície ou misturadas com as fibras celulósicas, com concentrações compreendidas

2 2 entre 100 g/m^ e 300 g/rn , de preferência entre 150 g/m e 250 g/m , enquanto a parte principal (13), distinta das duas zonas laterais (14), tem de preferência uma distribuição superficial descontínua do superabsorvente.

Cada uma das zonas (14) com uma elevada concentração de material absorvente hidrogelificante tem uma largura geralmente compreendida entre 5 e 20 mm.

O superabsorvente distribuído em correspondência com as duas zonas laterais (14) pode ser do mesmo tipo que qualquer ou-12tro usado no restante da superfície da porção principal'(13) do tampão , ou pode ser diferente.

A fig, 4 mostra uma configuração alternativa mas substancialmente equivalente â que se acaba de descrever; a única diferença reside no posicionamento das duas zonas laterais (14) com elevada concentração de superabsorvente que, neste caso, se estendem por todo o comprimento de cada bordo longitudinal (15) da parte principal (13) do tampão em vez de se limitarem â zona central (4) correspondente â entreperna.

Surpreendentemente, verificou-se que estas concentrações elevedas de superabsorvente ao longo das zonas laterais (14) e (14') do tampão têm vantagens consideráveis na utilização, em particular para impedir derrames laterais de líquido.

Tais concentrações elevadas, em particular quando associadas com a mistura das partículas superabsorventes com as fibras hidrófilas, representam uma contradição aparente relativamente ao que até agora se verificou nas tentativas da técnica anterior para resolver o problema de bloqueio do gel.

Embora este fenómeno não esteja ainda completamente esclarecido, na prática ele conduz a uma menor velocidade de dispersão dos fluidos para o interior dos tampões contendo materiais hidrogelificantes, como atrás se explicou.

Sem se pretender ficar comprometido com qualquer teoria particular, pode-se admitir que o comportamento melhorado relativamente aos derrames laterais do líquido apresentado pelos tampões segundo a presente invenção ê devido de facto ao fenõ-13- / meno de bloqueio do gel que se verifica nas zonas laterais (14) ou (14') com concentrações elevadas de superabsorventes; nestas zonas, a concentração elevada de material absorvente hidrogelificante retarda a dispersão de líquido numa direcção transversal no sentido dos bordos laterais (15) da parte principal (13) do tampão (7).

A fig. 5 mostra um elemento absorvente (7) segundo a presente invenção durante a absorção de uma certa quantidade de líquido libertado em correspondência com o centro (C) do elemento.

O líquido espalha-se em todas as direcções a partir da zona de deposição (C), como se indica pelas setas grossas, e atinge as duas zonas (14') com elevadas concentrações de material absorvente hidrogelificante que, neste caso, se estendem a todo o comprimento de cada um dos bordos longitudinais (15) da porção principal (13) do tampão; nesta altura, o superabsorvente incha e, aparentemente por causa do estabelecimento do bloqueio do gel devido â elevada concentração, forma uma barreira para a continuação da dispersão transversal do líquido no sentido dos bordos longitudinais (15) da parte principal (13) do tampão.

Qualquer líquido que continue a atingir as zonas laterais (14') de concentração elevada tem uma tendência preferencial para se dispersar paralelamente às mesmas numa direcção longitudinal, afectando assim zonas no tampão que ainda não estão molhadas, como se representa pelas setas mais finas.

Ê também possível que a inchação do material superaborvente nas duas zonas (14) e (14') contribua para a limitação dos

-14derrames laterais de líquido mas considera-se que a contribuição predominante deve atribuir-se ao primeiro efeito descrito.

Pode portanto dizer-se que o comportamento melhorado obtido com o elemento absorvente segundo a presente invenção pode ser atribuído ao facto de se aproveitar um fenómeno tal como o bloqueio de gel que, na técnica anterior, foi considerado inconveniente .

A fig. 6 representa parte do dispositivo para a produção de um elemento absorvente segundo a presente invenção, em particular na configuração representada na fig. 3; a calha inclinada (20) distribui o material gelificante (19) na porção principal (13) da superfície superior (16) do tampão com uma concentração com o valor preferido nas duas zonas laterais (14) que, neste caso, se estendem ao longo da zona central (4) do tampão, e com uma concentração constante igual ao valor preferido no resto da zona principal (13).

As duas lâminas (21) articuladas nos lados (22) da calha inclinada podem rodar nos dois sentidos indicados pelas setas; a fig. 6 mostra a posição de deflexão máxima no sentido do centro da calha inclinada, correspondendo â maior concentração de superabsorvente para as duas zonas laterais (14); no entanto quando as lâminas (21) forem orientadas paralelamente aos lados (22), a calha inclinada distribui o superabsorvente uniforme e descontinuamente por toda a largura da parte principal (13) do tampão (7), como sucede em correspondência com as zonas dianteira e traseira (2,3) que não têm zonas laterais com concentrações elevadas .

As fig. 7 e 8 são vistas em corte do tampão (7) segundo a presente invenção, isolado, sendo o corte feito pelo eixo transversal (BB¹) da fig. 1; na fig. 7, as duas zonas laterais (14) ou (14') têm a concentração preferida de superabsorventes (19) distribuída na superfície (16) do tampão, enquanto a fig. 8 mostra as duas zonas laterais (14) e (14') formadas com a concentração preferida de superabsorvente (19) misturado com as fibras hidrófilas (18).

As fig. 9 e 10 são duas vistas em corte idênticas ãs fig.

e 8, que mostram a aparência do superabsorvente (19) depois da absorção de uma certa quantidade de líquido; a quantidade de superabsorvente inchado (19) em correspondência com as duas zonas (14) e (14') pode retardar a dispersão do líquido no sentido dos bordos do tampão, como jã foi descrito, em virtude do estabelecimento do fenómeno do bloqueio de gel.

Estes quatro desenhos mostram também as partículas de superabsorvente (19) distribuídas descontinuamente na concentração preferida na porção principal (13) da superfície superior (16) do tampão, distinta-das zonas laterais (14) e (14').

Descrever-se-á, a título de exemplo não limitativo, uma fralda que inclui um elemento absorvente formado segundo a presente invenção.

A camada superior permeável ao líquido é um tecido não urdido entrançado feito de fio de polipropileno hidrófobo, com uma espessura de cerca de 0,180 mm e um peso de cerca de 23,00 g/m^.

-16As camadas intermédias situadas entre o tecido não urdido e o elemento absorvente e, mais abaixo, entre esse elemento e a folha de plástico são feitas de tecido resistente ã humidade com a espessura de cerca de 0,080 mm e pesando aproximadamente 18,00 g/m ; a folha de plástico ê uma película impermeável de polietileno com a espessura de cerca de 0,025 mm e pesando cerca de 24,30 g/m^.

O elemento absorvente em forma de ampulheta é feito de fi3 bras celulósicas com uma densidade media de cerca de 10 cm /g; o tampão tem um comprimento de 460 mm e 290 mm de largura, em correspondência com as extremidades dianteira e traseira e 135 mm de largura em correspondência com a zona central; o peso total de celulose é 56 g.

A parte principal da superfície superior do tampão na qual o superabsorvente está distribuído ê rectangular neste caso, com um comprimento igual ao comprimento do tampão e com a largura igual â menor largura do tampão; por outras palavras, a porção principal exclui completamente as zonas das quatro orelhas.

As duas zonas laterais com concentrações elevadas de superabsorvente têm 15 mm de largura e estendem-se por uma distância total de 200 mm, em correspondência com a zona central do tampão que, em utilização, está situada na zona da entreperna.

O superabsorvente é constituído por grânulos do material atrás mencionado Favor Sab 922, com dimensões médias compreendidas entre 200 e 500 micrómetros; está distribuído nas superfícies das duas zonas laterais de concentrações elevadas e também no restante da porção principal.

As concentrações usadas são aproximadamente de 185 g/m^ para as zonas laterais e aproximadamente 30 g/m para o resto da porção principal.

Numa forma de realização diferente de fabrico mais simples, as duas zonas laterais com concentrações elevadas podem estender-se por todo o comprimento de cada um dos bordos longitudinais direitos da parte principal do tampão; neste caso, para a mesma forma geral e para as mesmas dimensões do tampão, as zonas laterais têm cerca de 10 mm de largura e os seus comprimentos são obviamente iguais ao comprimento de todo o tampão.

Se se mantiver constante a quantidade total de superabsor2 vente usada, a concentração desce para cerca de 120 g/m nas duas zonas laterais, enquanto o seu valor aumenta apenas ligeira2 mente para aproximadamente 32 g/m para o resto da parte principal .

Em utilização, ambas as fraldas apresentaram um bom comportamento do ponto de vista da retenção de fluidos, em particular relativamente aos derrames dos lados do tampão.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. - Elemento absorvente (7) feito de fibras hidrófilas (18) , compreendendo uma zona (14) ao longo de cada um dos seus bordos longitudinais (15) com uma concentração elevada de um material absorvente hidrogelificante (19), caracterizado pelo facto de o material absorvente hidrogelificante (19) da referida zona (14) se encontrar distribuído segundo uma concentração compreendida entre 100 g/m2 e 300 g/m2 e de o elemento absorvente compreender ainda uma camada descontínua de material absorvente hidrogelificante (19) distribuída segundo uma concentração compreendida entre 5 g/m2 e 70 g/m2 sobre a sua superfície superior (16) voltada para o utilizador.
2. - Elemento absorvente (7) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a concentração do material absorvente hidrogelificante (19) distribuído nas zonas ao longo dos seus bordos longitudinais estar compreendida entre 150 g/m2 e 250 g/m2.
3. - Elemento absorvente (7) de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por cada uma das zonas (14)

-2com concentração elevada de material absorvente hidrogelificante (19) estar situada em correspondência com uma parte central de cada bordo logintudinal (15).
4. - Elemento absorvente (7) de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por cada uma das zonas (14) com uma concentração elevada de material absorvente hidrogelificante (19) estar situada em correspondência com todo o comprimento de cada bordo longitudinal (15).
5. - Elemento absorvente (7) de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado por o material absorvente hidrogelificante estar distribuído na superfície em cada zona (14) com uma concentração elevada de material absorvente hidrogelificante (19).
6. - Elemento absorvente (7) de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado por o material absorvente hidrogelificante ser misturado com as fibras hidrófilas (18) do elemento absorvente (7) em cada uma das zonas (14) com uma concentração elevada de material absorvente hidrogelificante.
7, - Elemento absorvente (7) de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por

-3cada uma das zonas (14) com uma concentração elevada de material absorvente hidrogelificante (19) ter uma largura compreendida entre 5 mm e 20 mm.
8. - Elemento absorvente (7) de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a referida camada descontinua de material absorvente hidrogelificante (19) estar distribuída com uma concentração compreendida entre 10 g/m2 e 60 g/m2.
9. - Elemento absorvente (7) de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o material absorvente hidrogelificante (19) ser de preferência um poliacrilato.
10. - Elemento absorvente (7) de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o material absorvente hidrogelificante (19) ter a forma de partículas com dimensões médias compreendidas entre 100 micrómetros e 800 micrómetros, de preferência entre 200 micrómetros e 500 micrómetros.
11. - Produto absorvente (1), caracterizado por incluir uma folha de plástico inferior impermeável (9), uma folha não tecida superior permeável (5) e um elemento absorvente (7) entre a folha de plástico (9) e a folha não tecida (5),

-4sendo o elemento absorvente (7) produzido de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores.
12.- Produto absorvente (1) de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por ter a forma de uma fralda descartável para bébé.