PT933456E - Processo de montagem de um elemento funicular, dispositivo de formacao de cala e tear - Google Patents

Description

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DESCRICÃO “Processo de montagem de um elemento funicular, dispositivo de formação de cala e tear” O invento refere-se a um processo de montagem de um elemento funicular e a um dispositivo de formação da formação de cala sobre um tear para o comando dos cabos de uma máquina de tecer do tipo Jacquard.

Nas máquinas de tecer do tipo Jacquard, é conhecido accionar, em oposição de fase, de duas armações tendo cada uma, uma multiplicidade de unhas ou lâminas horizontais aptas a deslocar verticalmente os ganchos ligados aos cabos por um mecanismo de polias ou de cadernal. Estão previstos dispositivos mecânicos ou electromagnéticos para imobilizar os ganchos ao longo do seu curso vertical. Este género de dispositivo conhecido necessita de uma grande potência para a manobra das armações de unhas, sendo esta potência fornecida veio motor do tear, o que provoca um sobre dimensionamento deste tear. É igualmente conhecido, ver, por exemplo, EP 353 005 A, a utilização de um motor rotativo tal como um motor de passo ou um servo motor para comandar linearmente um pequeno cabo, que pertence a um tear. Neste dispositivo conhecido, o pequeno cabo está previsto para ser enrolado, como num cabrestante, em volta de uma parte móvel de um accionador rotativo. Tendo em conta os deslizamentos inerentes a este género de enrolamento, não é possível comandar com precisão as posição deste pequeno cabo. Por outro lado, a montagem e a desmontagem do pequeno cabo são difíceis e o seu posicionamento é pouco preciso. É a estes inconvenientes que o invento se propõe mais particularmente remediar, propondo um processo de montagem que permite um comando preciso e eficaz de um elemento funicular, tal como um cabo da máquina de tecer do tipo Jacquard.

Com este espírito, o invento refere-se a um processo de montagem de um elemento funicular num dispositivo de formação de formação de cala da lançadeira sobre um tear de tipo Jacquard, caracterizado por o mesmo consistir em fixar, pelo menos, uma extremidade do elemento funicular numa polia apta a receber o dito elemento funicular por enrolamento, pelo menos, numa volta e accionado pelo rotor 2 86 232 ΕΡ Ο 933 456/ΡΤ de um accionador rotativo eléctrico e em dispor os meios de ligação amovíveis entre o elemento funicular e o dito accionador.

Graças ao processo do invento, é possível constituir um dispositivo de formação da formação de cala da lançadeira montando sucessivamente, pelo menos, uma extremidade dos elementos funiculares com os rotores que pertencem a diversos accionadores rotativos eléctricos. O carácter amovível da ligação conseguida através do processo do invento permite uma desmontagem fácil do dispositivo, em particular para as operações de manutenção. O facto de uma extremidade do elemento funicular estar fixa em relação ao elemento accionado em rotação do accionador garante uma boa precisão do accionamento, o que é essencial para uma formação eficaz da formação de cala da lançadeira.

De acordo com um aspecto mais vantajoso, o processo consiste em solidarizar uma extremidade do elemento funicular com um primeiro órgão e em montar, de maneira amovível, este primeiro órgão sobre um segundo órgão solidário do rotor do accionador. Assim, a ligação entre o rotor do accionador e a extremidade do elemento funicular é realizada, montando estes primeiro e segundo órgãos. O invento refere-se igualmente a um dispositivo, que permite colocar em funcionamento o processo anteriormente descrito e, mais especificamente, um dispositivo de formação da formação de cala da lançadeira sobre um tear de tipo Jacquard, compreendendo este dispositivo, pelo menos, um accionador rotativo eléctrico, previsto para o accionamento de, pelo menos, um elemento funicular em torno de um elemento de enrolamento, caracterizado por, pelo menos, uma extremidade do elemento funicular está fixa a uma polia, apta a receber o elemento funicular por enrolamento, pelo menos, numa volta e accionado em rotação pelo accionador e por os meios de ligação amovíveis estarem dispostos entre o elemento funicular e o accionador.

De acordo com um primeiro aspecto mais vantajoso do dispositivo do invento, os meios de ligação amovível compreendem um primeiro órgão, munido de, pelo menos, um meio de retenção da extremidade do elemento funicular e um segundo órgão solidário de um rotor do dito accionador, estando os ditos primeiro e segundo órgãos previstos para ser montados de maneira amovível. Graças a este aspecto do invento, a extremidade do elemento funicular pode der montada sobre o primeiro órgão numa estação de montagem prevista para este efeito, enquanto que 3 86 232 ΕΡ Ο 933 456/ΡΤ ο segundo órgão está montado sobre o rotor do accionador no decurso do fabrico deste accionador. A montagem final dos primeiro e segundo órgãos pode ser realizada quando do fabrico do dispositivo de formação da formação de cala da lançadeira, eventualmente sobre o sítio de utilização do tear. Este aspecto do invento permite de encarar a substituição do conjunto de liços ou lâminas completo da máquina de tecer do tipo Jacquard desmontando os diferentes primeiros órgãos, ficando os segundos órgãos correspondentes na sua posição sobre o accionador e recebendo novos primeiros órgãos ligados aos elementos funiculares, tais como arcadas, pertencendo a um novo conjunto de liços ou lâminas.

De acordo com um outro aspecto mais vantajoso do invento, o segundo órgão está munido de um elemento elástico de engate do primeiro órgão. Esta estrutura permite uma fixação amovível dos primeiros e segundos órgãos.

De acordo com um outro aspecto mais vantajoso do invento, os primeiro e segundo órgãos são munidos de meios para eliminação de erro permitindo a sua montagem numa posição relativa adaptada. Este aspecto do invento facilita o trabalho de um operador quando da colocação de um grande número de dispositivos de acordo com o invento, na medida em que ele não deve verificar sistematicamente o bom posicionamento do primeiro órgão desde que ele o tenha podido montar sobre o segundo órgão correspondente. Isto garante um comando com precisão do elemento funicular.

De acordo com certos modos de realização do invento, o dispositivo compreende meios de fixação de, pelo menos, duas extremidades do(s) elemento(s) funicular(es). Isto permite uma manobra dos liços de um tear Jacquard com uma grande precisão. Neste caso, pode prever-se que as extremidades pertencem a um único elemento funicular, disposto em torno de uma polia de reenvio carregada elasticamente de maneira a exercer um esforço de tensão sobre o elemento funicular, estando estas extremidades previstas para ser enroladas em sentidos opostos na polia. Pode igualmente prever-se que as duas extremidades pertencem a elementos funiculares distintos ligados a meios de colocação em tensão individuais. Vantajosamente, as duas extremidades do elemento funicular têm uma zona de enrolamento comum sobre o conjunto do enrolamento. Este aspecto do invento permite optimizar o dimensionamento do conjunto de enrolamento. Em certas variantes de realização, o elemento funicular comanda, por um primeiro fio, a posição dos fios de teia enquanto que o seu segundo fio atravessa uma folha de fios de teia entre a polia dc enrolamento e a polia de 4 86 232 ΕΡ Ο 933 456/ΡΤ reenvio. De acordo com certos modos de realização, as extremidades do(s) elemento(s) funicular(es) comandam cada uma, a posição de um ilhó de passagem de um fio de teia.

De acordo com um outro aspecto mais vantajoso do invento, aplicável qualquer que seja o modo de realização considerado, a polia está munida de uma fenda helicoidal de guia do elemento funicular no decurso da fase de enrolamento. O invento refere-se igualmente a um tear equipado com um dispositivo de formação da formação de cala da lançadeira tal como foi anteriormente descrito. Este tear é mais simples de realizar e de manter do que os dispositivos da arte anterior e permite um comando fio a fio de um conjunto de liços ou lâminas de um tear Jacquard com um rendimento sensivelmente melhorado em relação à técnica conhecida. Vantajosamente, a repartição da orientação dos meios de ligação amovíveis em relação às polaridades dos elementos magnéticos dos accionadores está desfasada irregular ou regularmente. O invento será melhor compreendido e outras vantagens do mesmo serão mais claramente salientadas à luz da descrição que se segue de cinco modos de realização de um dispositivo de formação da formação de cala da lançadeira num tear de acordo com o seu princípio, dados unicamente a título de exemplo e feita com referência aos desenhos anexos nos quais: - a Fig. 1 é um corte longitudinal de um accionador utilizável com o dispositivo do invento; - a Fig. 2 mostra, em perspectiva explodida, uma cabeça da extremidade do rotor do accionador da Fig. 1; - a Fig. 3 é um corte de acordo com a linha lll-lll na Fig. 2, estando os elementos montados; - a Fig. 4 ilustra um exemplo de colocação no lugar de uma extremidade da arcada com accionadores do tipo da Fig. 1; - a Fig. 5 é um corte semelhante ao da Fig. 3 para um dispositivo de acordo com um segundo modo de realização do invento; 5 06 232 ΕΡ 0 933 456/ΡΤ a Fig. 6 é uma representação esquemática de princípio de um dispositivo de acordo com um terceiro modo de realização do invento; a Fig. 7 é ume vista semelhante à da Fig. 6 para um dispositivo de acordo com um quarto modo de realização do invento; e a Fig. 8 é uma vista semelhante à Fig. 6 para um dispositivo de acordo com um quinto modo de realização do invento. O accionador rotativo eléctrico 1, representado na Fig. 1, é destinado a assegurar o enrolamento, sobre uma polia 2 de um cabo 3 ligado a um ou vários fios de teia de um tear do tipo Jacquard. A polia 2 pode receber a arcada 3 enrolada, pelo menos, uma volta, porque a mesma apresenta uma superfície periférica de enrolamento contínuo em 360°. A mesma pode igualmente receber a arcada 3 sobre uma fracção de volta. O enrolamento da arcada numa polia 2 pode ser helicoidal ou em espiral. O accionador 1 é um accionador de bifásico. O mesmo compreende dois elementos de estator 4 e 5, globalmente alinhados e aptos a cooperar com um rotor 6 formado por um tubo 7, de preferência, em material não magnético tal como, por exemplo, latão. O tubo 7, que se prolonga segundo um eixo X'X, contém dois ímans permanentes 8, 9, dispostos face-a-face relativamente aos dois elementos 4 e 5. Estes elementos 4 e 5 compreendem os enrolamentos 4a e 5a de fio electricamente condutor, tal como fio de cobre, enrolado em volta de empilhamentos 4b e 5b de chapas magneticamente condutoras. A forma dos empilhamentos 4b e 5b é feita de tal forma que os formam um receptáculo circular 10 para a recepção do tubo 7. O tamanho do receptáculo 10 define o entreferro dos elementos, que actuam como elementos de estator 4 e 5 em relação ao rotor 6.

Como se nota mais claramente nas Figs. 2 e 3 , o tubo 7 recebe um cubo de forma globalmente cilíndrica 20, que compreende uma parte axial 20a introduzida através da força no interior do tubo 7. O cubo 20 é destinado a receber de maneira amovível um roleto 21, formado por uma parte cilíndrica de enrolamento 21a e por uma parte na extremidade ou flange 21b. O cubo 20 está igualmente munido de uma parte 20b, que forma a flange, de maneira que quando o roleto 21 está na sua posição sobre o cubo, como está representado na Fig. 3, estas peças formam a polia 2 rodeada pelas duas flangcs 20b e 21b. 6 ΕΡ Ο 933 456/ΡΤ Ο cubo 20 está munido de um gancho elástico 20ç apto a penetrar numa parte central oca 21ç do roleto 21. O cubo 20 tem igualmente uma rampa 20d, destinada a cooperar corri uma ranhura 21d, colocada na parede da parte 21ç do roleto 21, de tal maneira que o mesmo só pode ser montado sobre o cubo numa única posição. A rampa 20d participa igualmente no accionamento em rotação do roleto 21 fazendo a função de uma chaveta. A arcada 3 está montada sobre o roleto 21, formando na sua extremidade 3a um nó 3b. Um alojamento 21e está previsto no roleto 21 para receber a extremidade 3a da arcada 3, terminando o orifício 21e numa cavidade 21f de diâmetro maior, permitindo o encaixe do nó 3b. A arcada 3 atravessa a parte central oca 21ç do roleto 21 e passa numa fenda 20e, disposta entre o gancho elástico 20ç e a parte principal do cubo 20 a fim de dar ao gancho elástico 20ç a elasticidade necessária à sua função. A arcada 3 é assim firmemente mantida na posição enquanto que o roleto 21 é facilmente posto no lugar sobre o cubo 20, por uma simples pressão na direcção do veio 7.

Assim, quando se faz a montagem desta máquina de tecer, é possível montar a arcada 3 fixando simplesmente, de maneira amovível, o roleto 21 sobre o cubo 20, o que permite enrolar muito ou pouco a extremidade 3a da arcada 3 em torno da polia 2.

De acordo com uma variante não representada do invento, pode prever-se a substituição do nó 3b por um ponto de solda 2 na extremidade 3a da arcada 3 sobre o roleto 21. Pode igualmente prever-se moldar rigidamente a extremidade 3a da arcada 3 no roleto. O accionador 1 visível na Fig. 1 pode, vantajosamente, ser instalado em bateria, como aparece na Fig. 4, quer dizer colocando um grande número de motores rotativos eléctricos lado-a-lado no interior de uma estrutura 40 definindo compartimentos ou divisórias 40a para recepção dos motores eléctricos rotativos. Os accionadores são inseridos nos compartimentos 40a no sentido da direcção Fi e podem ser extraídos graças a uma patilha furada 41 colocada na sua face dianteira.

Quando os accionadores estão no lugar nos compartimentos 40, é possível encaixar os diferentes roletos 21 nos cubos 20 como está representado pela seta F2, e isto, sem outra intervenção nos accionadores 1. 7 86 232 ΕΡ Ο 933 456/ΡΤ

Quando se deseja desmontar a arcada 3, basta puxar o roleto 21 no sentido oposto ao da seta F2. O gancho elástico 20ç, que tem uma face de apoio inclinada contra o roleto 21, é empurrado automaticamente na direcção do eixo XX', de modo que o mesmo não se opõe à extracção do roleto 21 para a esquerda da Fig. 3.

No segundo modo de execução do invento representado na Fig. 5, os elementos análogos aos do modo de realização das Figs. 1 a 4 levam referências idênticas aumentadas do número 50. Neste modo de realização, um tubo 57 que pertence ao rotor de um accionador rotativo eléctrico, recebe, na sua extremidade, um cubo 70, do qual uma parte axial 70a está prevista para ser colada no interior do tubo 57. Uma flange 71 está prevista para ser colocada no cubo 70, de modo a formar uma polia de enrolamento 52 da extremidade superior 53a de um cabo 53. A extremidade 53a da arcada 53 é recebida num alojamento 71e da flange 71 e colada na mesma. A extremidade inferior 53b da arcada 53 está ligada a dois liços do tear 81 e 81’ equipados, respectivamente, de um ilhó 81a ou 81'a para passagem de um fio da teia. Os liços do tear 81 e 81' atravessam uma guia de fios 82, situada na proximidade do accionador e um quadro de “empontagens” 83. A superfície radial externa 70b do cubo 70 constitui a superfície de enrolamento da polia 52 e está munida de uma fenda helicoidal 70ç de guia da arcada 53 no decurso do enrolamento, numa fracção de volta ou em várias voltas, em função das necessidades. A flange 71 compreende uma parte axial 71a destinada a penetrar num alojamento 70d do cubo 70 para fazer uma montagem amovível da flange 71 no cubo 70 . Pode prever-se que o alojamento 70d compreenda nervuras ou entalhes de forma complementar à das nervuras ou entalhes previstos sobre a superfície exterior da parte 71a, de maneira a garantir o accionamento em rotação da flange 71 pelo cubo 70. Pode ser igualmente previsto um dispositivo de chaveta.

Como no dispositivo do primeiro modo de realização, estão previstos meios para a indexação do ângulo, o accionamento em rotação e a retenção axial da polia 52.

Neste modo de realização, os elementos essenciais da polia 52 e, em particular, a superfície de enrolamento 70b, são constituídos pelo cubo 70, enquanto que a parte solidária à extremidade 53a da arcada 53 é reduzida à única flange 71.

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No lugar dos alojamentos de encaixe 21e e 71e do primeiro e segundo modo de realização, pode ser formada uma saliência cilíndrica no roleto 21 ou na flange 71, formando a extremidade 3a ou 53a da arcada então um nó previsto para ser colocado em torno desta saliência cilíndrica. Outros meios de retenção podem igualmente ser formados no roleto 21 ou na flange 71 para cooperar com a extremidade da arcada.

De acordo com um outro modo de realização, não representado, do invento, poderá igualmente ser previsto que o accionador compreenda um cubo fixo por qualquer meio apropriado no rotor de um accionador, enquanto que a extremidade superior da arcada ou de outro elemento funicular está simplesmente inserida neste cubo, que compreende, por exemplo, um orifício de recepção para esta extremidade. Neste caso igualmente, a extremidade superior do elemento funicular pode ser fixa de maneira amovível num elemento accionado em rotação pelo accionador rotativo eléctrico.

No terceiro modo de realização do invento, representado na Fig. 6, os elementos semelhantes ao do modo de realização das Figs. 1 a 4 levam referências idênticas aumentadas do número 100. Neste modo de realização, as duas extremidades 103a e 103b de um cabo 103, que forma um liço e munido de um ilhó 103ç de passagem de um fio da teia 132, são tornadas solidárias do cubo 120, formando uma polia 102 e fixo sobre um tubo 107 pertencendo ao rotor de um accionador rotativo eléctrico. O cubo 120 compreende um colar 120a que define duas zonas 120b e 120ç de enrolamento das extremidades 103a e 103b do cabo 103. Um quadro de “empontagens” 122 está previsto para guia do cabo 103 por baixo do cubo 120 e compreende dois orifícios 122 a e 122b para passagem do cabo 103. O cabo 103 passa igualmente em torno de uma polia 123 mantida, em relação a uma armação fixa 124, por uma mola chamada 125, que exerce sobre a polia 123 um esforço vertical F3 dirigido para baixo, de tal maneira que a polia exerce sobre o cabo 103 um esforço de tensão.

As extremidades 103a e 103b do cabo 103 estão enroladas sobre o cubo 120 em dois sentidos diferentes, de tal maneira que o enrolamento de uma das extremidades corresponde ao desenrolamento da outra extremidade e vice-versa. Assim, o movimento de rotação do cubo 120 em torno do eixo XX' provoca um movimento oscilante vertical tal como está representado pela seta F4 do ilhó 103ç. 9 86 232 ΕΡ Ο 933 456/ΡΤ

No caso de um movimento do sistema do tear particularmente simples, designadamente para o pano, e de acordo com uma variante não representada do invento, pode prever-se que o cabo 103 leva, em cada fio, um ilhó de passagem de um fio de teia, de um lado e do outro da polia 123. Assim, os movimentos dos ilhós estão em oposição de fase.

No quarto modo de realização do invento representado na Fig. 7, os elementos semelhantes aos do modo de realização da Fig. 6 levam referências idênticas. Os dois cabos 103 e 103' estão solidários a uma polia 102e são accionados pela mesma, idêntica à do terceiro modo de realização. O movimento em oposição de fase dos fios correspondentes às extremidades 103a e 103'a dos cabos 103 e 103' é utilizado para a realização de uma ourela. Neste caso, os cabos levam cada um deles um orifício 103ç ou 103'c para comando da posição de um fio de teia 132 ou 132'e constituem cada um deles um elemento funicular ligado à armação 124 da máquina por um meio de gancho elástico, tal como as molas 135 ou 135'.

No quinto modo de realização do invento representado na Fig. 8, os elementos semelhantes aos do modo de realização das Figs. 1 a 4 levam referências idênticas aumentadas de 200. Neste modo de realização, as extremidades 203a e 203b de um conjunto 203, formado por uma arcada 230 e um liço do tear 231 do tear Jacquard, são fixas a uma polia 202 constituída por um cubo 220 solidário ao tubo 207, pertencendo ao rotor de um accionador rotativo eléctrico. O cubo 220 está limitado por duas flanges 220a , 220b ao nível das quais são fixadas as extremidades 203a e 203b, as quais são enroladas sobre uma zona central 220ç do cubo 220. Ao nível da sua zona de ligação com a superfície 220ç, os fios 203ç e 203d do conjunto 203 são separados por uma distância d, que corresponde sensivelmente ao afastamento dos orifícios 222a e 222b de um quadro de “empontagens" 222. Estes orifícios guiam os fios 203ç e 203d por cima de um fio de teia 232, que atravessa um ilhó 231 a do liço 231.

Em função do enrolamento das extremidades 203a e 203b sobre a polia 202, quer dizer sobre o cubo 220, o ilhó 231a pode tomar as duas posições representadas, respectivamente, pelas posições a traço cheio e a tracejado do fio de teia 232. 10 86 232 ΕΡ Ο 933 456/ΡΤ

Como indicado anteriormente, uma polia doida 223 é destinada a ser abraçada pela parte inferior do fio 230 mantendo-se ligada à estrutura da máquina 224 por uma mola 225. A mola 225 exerce sobre a polia 223 um esforço F5 de tensão da arcada 230. A rotação do cubo 220 em torno do eixo XX' do tubo 207 provoca o desenrolamento de uma das extremidades do conjunto 203 e o correspondente enrolamento da outra extremidade. Assim, a distância d é globalmente mantida constante no decurso dos movimentos de rotação do cubo 220. Dito de outra maneira, a superfície 220ç do cubo é uma zona de enrolamento comum das extremidades 203a e 203b, entendendo-se sempre que é mantida em permanência uma distância d entre estas extremidades. Isto permite que seja previsto o cubo 220 cerca de duas vezes mais curto que o cubo 120 da Fig. 6 e evitar que a arcada 203 não seja desviada de maneira muito grande ao nível dos orifícios 222a e 222b.

Bem entendido, o cabo deste quinto modo de realização poderá igualmente levar dois ilhós que serviriam para comandar dois fios de teia distintos, como está indicado no modo de realização da Fig. 7.

Nos modos de realização das Figs. 6 e 8, 0 elemento funicular 103 e 203 circula sobre uma única polia de reenvio 123 ou 223, o que é particularmente simples sobre o plano estrutural e provoca uma inércia fraca. O elemento funicular 103 ou 203 comanda, pelo ilhó 103ç ou 231a que 0 mesmo leva, sobre uma primeira fio, a posição dos fios de teia 132 ou 232, enquanto que 0 seu segundo fio atravessa igualmente a folha de fios de teia. De uma maneira mais vantajosa, ao nível desta folha, o elemento funicular pode ser realizado por um fio metálico, de preferência cilíndrico, fino e liso.

Nos modos de realização das Figs. 6 a 8 e para guiar as extremidades dos elementos funiculares no seu enrolamento e desenrolamento, sulcos helicoidais podem ser previstos nas zonas 120b , 120ç e 220ç dos cubos 120 e 220. Como nos outros modos de realização, a fixação das extremidades do elemento funicular sobre os cubos garante uma guia precisa destes elementos, em particular, quando se trata de uma arcada de tear Jacquard. O carácter amovível desta fixação obtida, por exemplo, através de sistemas semelhantes aos dos modos de realização anteriores, confere ao conjunto uma boa aptidão para a desmontagem. As polias 102 e 202 poderão, em particular, ser realizadas por duas partes equivalentes aos órgãos 20 e 21 ou 70 e 71. 11 06 232 ΕΡ 0 933 456/ΡΤ

Nos modos de realização das Figs. 6 a 8, as duas extremidades do ou dos elemento(s) funicular(es) foram representadas como sendo enroladas em sentidos opostos, o que permite obter movimentos opostos dos ilhós ligados a estas extremidades. No modo de realização da Fig. 7, é, no entanto, possível enrolar duas ou mais de duas extremidades dos elementos funiculares no mesmo sentido sobre a polia, o que permite comandar vários ilhós em fase, como no modo de realização da Fig. 5, sem haver recurso a uma ligação do tipo da que está representada na extremidade inferior 53b da arcada 53.

Além do mais, é possível, sem sair do quadro do presente invento, de associar várias polias justapostas destinadas a serem accionadas pelo rotor de um único accionador. Estas polias podem ser idênticas ou diferentes e podem comandar cada uma, um ou vários elementos funiculares.

Em todos os modos de realização descritos, pode utilizar-se correias planas como elementos funiculares, designadamente ao nível das polias. Neste caso, prevê-se, de modo vantajoso que as se enrolem em sobreposição, quer dizer em espiral.

Num tear, que compreende geralmente um grande número de elementos funiculares, realiza-se a montagem dos elementos funiculares sobre as polias de tal maneira que a orientação dos meios de ligação amovíveis em relação às polaridades dos elementos magnéticos dos diferentes accionadores, tais como ímans dos rotores ou os elementos de estator, têm uma repartição irregular. É igualmente possível de prever uma orientação regularmente desfasada de acordo com um passo relativamente pequeno, da ordem de 3 a 15°. Nos dois casos, isto permite evitar uma ressonância mecânica ou magnética do dispositivo.

Lisboa, i.4 -K

Por STAUBLI FAVERGES - O AGENTE OFICIAL -

È^ANTÓNIO JOÃO da cunha ferreira

Ag. Of. Pr. Ind.

Rua das Flores, 74-4.° 1200-195 LISBOA

Claims (15)

1. 86 232 ΕΡ Ο 933 456/ΡΤ 1/3 REIVINDICAÇÕES 1 - Processo de montagem de um elemento funicular (3, 03, 103, 103’; 203) num dispositivo de formação de formação de cala da lançadeira sobre um tear de tipo Jacquard, compreendendo o dito dispositivo, pelo menos, um accionador rotativo eléctrico (1) previsto para o accionamento de, pelo menos, um elemento funicular (3; 53; 103; 103'; 203) em tomo de um elemento de enrolamento caracterizado por o mesmo consistir em fixar, pelo menos, uma extremidade (3a; 53a; 103a, 103'a ; 103b; 203a; 203b) do dito elemento funicular numa polia (2; 52; 102; 202) apta a receber o dito elemento funicular por enrolamento, pelo menos, numa volta e accionado pelo rotor (6, 7, 57; 107; 207) do dito accionador (1) e em dispor os meios (20, 21; 70, 71; 120, 220) de ligação amovíveis entre o dito elemento funicular e o dito accionador.
2. 2 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por consistir em solidarizar uma extremidade (3a , 53a) do dito elemento funicular (3; 53; 103, 103'; 203) com um primeiro órgão (21; 71) e em montar, de maneira amovível, o dito primeiro órgão sobre um segundo órgão (20; 70) solidário do dito rotor (6, 7; 57; 107; 207).
3. 3 - Dispositivo de formação de formação de cala da lançadeira num tear de tipo Jacquard, compreendendo o dito dispositivo, pelo menos, um accionador rotativo eléctrico (1) previsto para o accionamento de, pelo menos, um elemento funicular (3, 53; 103, 103'; 203) em torno de um elemento de enrolamento, caracterizado por, pelo menos, uma extremidade (3a; 53a* 103a, 103'a, 103b; 203a, 203b) do dito elemento funicular estar fixa a uma polia (2; 52; 102; 202), apta a receber o dito elemento funicular por enrolamento, pelo menos, numa volta e accionado em rotação peio dito accionador e por os meios (20, 21; 70, 71; 120, 220) de ligação amovíveis serem dispostos entre o dito elemento funicular e o dito accionador.
4. 4 - Dispositivo de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por os ditos meios de ligação amovíveis compreenderem um primeiro órgão (21; 71), munido de, pelo menos, um meio de retenção (21e, 71e) da dita extremidade (3a, 53a) do dito elemento funicular (3; 53) e um segundo órgão (20; 70) solidário de um rotor (7; 57) do dito accionador rotativo eléctrico (1), estando os ditos primeiro e segundo órgãos previstos para serem montados de maneira amovível. 86 232 ΕΡ Ο 933 456/ΡΤ 2/3
5. 5 - Dispositivo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o dito segundo órgão (20) estar munido de um elemento (20ç) elástico de engate do dito primeiro órgão (21).
6. 6 - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 4 ou 5, caracterizado por os ditos primeiro e segundo órgãos (20, 21) estarem munidos de meios (20d, 21 d) de eliminação de erro, permitindo a sua montagem numa posição relativa adaptada.
7. 7 - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 3 a 6, caracterizado põr compreender meios de fixação de, pelo menos, duas extremidades (103a, 103b; 103^ 103'a; 203a, 203b) do(s) elemento(s) funicular(es) (103; 103; 103', 203).
8. 8 - Dispositivo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por as ditas extremidades (103a, 103b; 203a, 203b) pertencerem a um único elemento funicular (103, 203) disposto em torno de uma polia de retorno (123; 203) carregada elasticamente (F3, F5) de maneira a exercer um esforço de tensão sobre o dito elemento funicular (103; 203), estando as ditas duas extremidades previstas para ser enroladas em sentidos opostos sobre a dita polia (102, 202).
9. 9 - Dispositivo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por as ditas duas extremidades (103a , 103'a) pertencerem a elementos funiculares distintos (103, 103'), ligados a meios (135, 135') de colocação em tensão individuais.
10. 10 - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 7 a 9, caracterizado por as duas extremidades (203a, 203b) do dito elemento funicular (203) têm uma zona de enrolamento comum (220ç) sobre o dito conjunto de enrolamento (220).
11. 11 - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 7 a 10, caracterizado por o dito elemento funicular (103, 203) comandar, por um primeiro fio, a posição de fios de teia (132; 232) enquanto que o seu segundo fio atravessa uma folha de fios de teia entre a dita polia de enrolamento (102, 202) e a dita polia de retorno (123, 223).
12. 12 - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 7 a 10, caracterizado por as ditas extremidades (103a, 103b; 103a, 103'a; 203a, 203b) do(s) elemento(s) ΕΡ Ο 933 456/ΡΤ 3/3 funicular(es) (103,103, 103', 203) comandarem cada uma a posição de um iihó (103ç, 103'c)de passagem de um fio de teia (132, 132').
13. 13 - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 3 a 12, caracterizado por a dita polia (52) estar munida de uma fenda helicoidal (70) de guia do dito elemento funicular (53) no decurso do enrolamento.
14. 14 - Tear do tipo Jacquard, caracterizado por compreender um dispositivo de formação de formação de cala da lançadeira de acordo com uma das reivindicações 3 a 13.
15. 15 - Tear de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por a orientação dos ditos meios (20, 21; 70, 71; 120; 220) de ligação amovível em relação às polaridades dos elementos magnéticos (4, 5, 6) dos accionadores (1), ter uma repartição desfasada irregular ou regularmente. Lisboa, ·,, .·*, .. i L·,'im L J /. kj 4 Por STAUBLI FAVERGES - O AGENTE OFICIAL -

    Pua das Flores, 74-4·.° taCO-J95 LISBOA