PT932663E - Composicoes e metodos para eliminar a toxicidade da moniliformina - Google Patents

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Description

Descrição “Composições e métodos para eliminar a toxicidade da moniliformina” r*
Campo Técnico A presente invenção refere-se genericamente à detecção e ao isolamento de bactérias que degradam a moniliformina e refere-se às composições e aos métodos para eliminar a toxicidade ou para degradar a moniliformina nos cereais. Este método tem uma ampla aplicação na agricultura cerealífera e no aperfeiçoamento da qualidade dos cereais alimentícios e da segurança alimentar.
Antecedentes da Invenção
As doenças fúngicas são um problema vulgar na agricultura cerealífera. Um longo caminho foi já percorrido no combate às doenças das plantas, por exemplo, mediante a utilização de plantas híbridas, pesticidas e outras práticas agrícolas empíricas. No entanto, conforme pode ser confirmado por qualquer agricultor ou jardineiro amador, o problema das doenças fúngicas das plantas continua a criar dificuldades à agricultura. Assim, há uma necessidade permanente de se dispor de novos métodos e materiais para resolver os problemas provocados pelas doenças fúngicas das plantas. Tais problemas podem ser atacados de diversas formas. Por exemplo, é possível controlar os organismos infecciosos mediante a utilização de agentes que sejam biocidas selectivos para os organismos patogénicos. Outro método consiste em interferir com o mecanismo que permite ao agente patogénico invadir a planta cerealífera hospedeira. Ainda de acordo com outro método, no caso dos agentes patogénicos que provocam peidas de produção, recorre-se à interferência com o mecanismo pelo qual o agente patogénico causa lesões à planta cerealífera hospedeira. Ainda de acordo, com um outro método, no caso dos agentes patogénicos produtores de toxinas que são indesejáveis para os mamíferos e outros animais que se alimentem de tais plantas cerealíferas, pratica-se a interferência com a produção, a armazenagem ou a actividade das toxinas.
Dentro do género Fusarium sp. há diversos agentes patogénicos importantes que atacam o milho e outros cereais, em diversos países. No caso do milho, os organismos do género Fusarium fazem apodrecer as raízes, os caules e as espigas, daí resultando uma grave diminuição das colheitas. A etiologia dos fungos Fusarium que atacam as espigas é muito mal conhecida, embora haja lesões físicas da espiga e determinadas condições ambientais que podem contribuir para a sua ocorrência (Nelson, P.E., 1992 “Taxonomy and Biology of Fusarium monilifòrme”. Mycopathologia 117: 29-36). O microrganismos Fusarium pode ser isolado na maior parte das espécies de milho criadas ao ar livre, quando ainda não é visível nenhum fungo. A relação entre a infecção dos rebentos e as doenças do caule e das espigas provocadas pelos microrganismos Fusarium não é clara. Foi já identificada resistência genética a fungos visíveis nos grãos (Gendloft E, Rossman E, Casale W, lsleib T, Hatt P, 1986, “Components of resistance to Fusarium ear rot in field com”. Phytopathology 76: 684-688; Holley RN, Hamilton PB, Goodman MM, 1989, “Evaluation of tropical maize germplasm for resistance to kemel colonization by Fusarium moniliJòrmé>\ Plant Dis 73: 578-580). As mico-toxinas produzidas pelas espécies de Fusarium que infectam as plantas podem acumular-se nas plantas infectadas e nos grãos annazenados, apresentando graves consequências para a saúde do gado, dos seres humanos e de outros consumidores de carne ou consumidores de outros produtos alimentares derivados da carne. As infecções provocadas por Fusarium estão associadas a micotoxicoses crónicas ou agudas nos animais de criação pecuária e nos seres humanos. (Botallico ei al). Uma micotoxina importante, produzida por determinadas espécies de Fusarium sp. e identificada em culturas infectadas com Fusarium, é a moniliformina. A moniliformina é uma toxina solúvel em água, produzida por espécies de Fusarium, tais como Fusarium moniliforme e F. moniliforme var. subglutinans, e também por outras espécies. As espécies de Fusarium existem virtualmente a nível mundial em todos os tipos de inilho de qualidade alimentar e foram já isoladas espécies produtoras de moniliformina na Europa, África do Sul, Estados Unidos da América do Norte, Nova Zelândia, Fonnosa e América do Sul. É provável que a conclusão de novos estudos leve à descoberta de níveis elevados de moniliformina em determinadas amostras de cereais provenientes de diversas zonas. Comprovou-se já que a moniliformina tem efeitos tóxicos relevantes em animais e plantas. A moniliformina inibe de forma selectiva o piruvato mitocondrial e as oxidações do α-cetoglutarato. A utilização de cereais que contenham níveis elevados de moniliformina podem vir a ser objecto de restrições ou tais cereais podem vir a ser sujeitos a importantes regulamentos de importação/exportação. A descoberta de bactérias que são capazes de metabolizar a moniliformina peimite eliminar a toxicidade dos cereais contaminados. A presente invenção proporciona bactérias da espécies Ochrobactrum que podem desenvolver-se utilizando moniliformina como única fonte de carbono. A degradação da moniliformina nos meios que a contêm pode ser analisada por cromatografia de camada fina (CCF). De acordo com uma das suas variantes, a presente invenção proporciona um método para reduzir a quantidade de micotoxinas no milho, mediante a incubação de milho infectado conjuntamente com as bactérias da presente invenção.
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Existe nesta especialidade a necessidade de se dispor de novos métodos que permitam eliminar a moniliformina de uma planta ou dos cereais colhidos. Considera-se( importante que os especialistas na matéria continuem a desenvolver estudos de investigação com a finalidade de proteger o consumidor final de uma planta ou de cereais colhidos. A presente invenção proporciona os reagentes e as metodologias necessários para melhorar a qualidade das plantas e dos cereais colhidos, no que diz respeito à moniliformina.
Descrição Abreviada da Invenção
De acordo com uma das suas variantes, a presente invenção proporciona uma bactéria de tipo natural da espécie Ochmhactrum com aptidão para degradar ou eliminar a toxicidade da moniliformina. A presente invenção prevê também o mutante dessa bactéria de tipo natural com aptidão para degradar ou eliminar a toxicidade da moniliformina. A presente invenção proporciona também um método para eliminar a toxicidade de cereais infectados, antes ou depois das colheitas, utilizando para tal os microrganismos da invenção.
Descrição da Invenção A presente invenção baseia-se na descoberta de bactérias com aptidão para degradar a micotoxina moniliformina. A presente invenção resultou de uma pesquisa para encontrar um sistema biológico para eliminar a toxicidade da moniliformina e compreende uma espécie bacteriana, isolada a partir de grãos de milho produzidos ao ar livre, capaz de se desenvolver utilizando como única fonte de carbono a moniliformina, degradando-a parcial ou completamente durante o processo.
Na prática da presente invenção serão utilizadas, salvo quando especificado de outro modo, técnicas convencionais de botânica, microbiologia, cultura de tecidos, biologia molecular, química, bioquímica e as tecnologias do ADN recombinante, que são matérias da competência de especialistas nesses domínios. Tais técnicas estão minuciosamente explicadas na literatura. Ver, r.g. J.H. Langenheim e fv.V. Thimann, ‘Botany. Plant Biology and Its Relation to Human Affairs’ (1982) John Wiley; ‘Cell Culture and Somatic Cell Genetics of Plants’, Vol. I (l.K. Vasil, ed. 1984); R.V. Stanier, J.L. Ingraham, M.L. Wheelis e P.R. Painter, ‘The Microbial World’, (1986) 5a Ed., Prentice-Hall; O.D. Dhringa e J.B. Sinclair, ‘Basic Plant Pathology Methods’, (1985) CRC Press; Maniatis, Fritsch & Sambrook, ‘Molecular Cloning: A Laboratory Manual’ (1982); ‘DNA Cloning, Vols 1 e 11 (D.N. Glover ed. 1985); Oligonucleotide Syntliesis’ (M.J. Gait ed. 1984); ‘Nucleic Acid Hybridization’ (B.D. Hames & S.J. Higgins eds. 1984); o conjunto de publicações ‘Methods in Enzymology’ (S. Colowick e N. Kaplan, eds., Academic Press, Inc); e ‘Current Protocols in Molecular Biology’ (John Wiley & Sons, Inc. 1996).
Na descrição da presente invenção foram utilizados diversos termos cuja definição se apresenta a seguir.
Designa-se por micróbio qualquer microrganismo (tanto os organismos eucarióticos como os procarióticos), por exemplo, fungos, leveduras, bactérias, actinomicetes, algas e protozoários e também outras estruturas unicelulares que possam ser criadas em cultura.
Um micróbio produtor de moniliformina é qualquer micróbio capaz de produzir a micotoxina moniliformina ou os seus análogos. Tais micróbios pertencem geralmente ao género fúngico Fusarium, o mesmo sucedendo com os organismos obtidos por via recombinante que tenham sido geneticamente alterados por forma a habilitá-los a produzir moniliformina ou os seus análogos. 6 A expressão degradalivo da monilifòrmina ou a expressão com aptidão para degradar a monilifòrmina designam qualquer modificação ou aptidão para realizar qualquer modificação sobre a molécula da monilifòrmina, que induza uma diminuição ou uma perda da sua actividade tóxica, Uma tal modificação pode ser uma clivagem de qualquer das suas ligações, uma oxidação, uma redução, a adição ou a supressão de um radical químico ou qualquer outra modificação que afecte a actividade da molécula. Além disso, a monilifòrmina alterada quimicamente pode ser isolada a partir de culturas de micróbios que produzam uma enzima da invenção, por exemplo, criando tais organismos em meios que contenham monilifòrmina marcada radioactivamente, seguindo a par e passo o marcador radioactivo e isolando a toxina degradada para estudos complementares. A monilifòrmina degradada pode ser comparada com o composto activo para efeitos de pesquisa da sua toxicidade em espécies sensíveis conhecidas, tais como o camarão da água salgada (,Arienia salina L.) (Logrieco 1993). A expressão cereais colhidos designa aqui qualquer forma de cereais que tenham sido retirados do ambiente onde foram criados. Por exemplo, os cereais colhidos podem ser, por exemplo, grãos de espigas ou grãos de milho. A expressão grãos colhidos também pode designar os cereais que se encontrem armazenados ou que estejam a ser objecto de uma transformação industrial. Os cereais transformados industrialmente são os cereais que foram submetidos a qualquer procedimento de transformação industrial e que irão ser utilizados na produção de alimentos para consumo humano ou que irão ser utilizados na alimentação de animais (“cereais alimentares”).
Na presente memória descritiva, o termo planta desigia qualquer organismo que execute a fotossíntese, incluindo, mas sem que isso constitua nenhuma limitação, algas, musgos, fetos, gimnospénnícas ou angiospérmicas. De preferência, a referida planta será do tipo de onde é possível colher cereais alimentares (“cereais colhidos”, de preferência para consumo humano ou animal). Mais preferencialmente, este teimo ‘planta’ designa qualquer variedade de milho (maís), trigo, sorgo, arroz e cevada. A expressão planta adulta designa uma planta em que o normal desenvolvimento de todos os seus órgãos vegetativos e reprodutivos tenha atingido o seu auge. A expressão célula de uma planta designa qualquer célula retirada de uma planta, incluindo as células de caules e também protoplastos e células embriónicas e dos gâmelas. A presente invenção compreende uma metodologia para isolar uma bactéria que tenha aptidão para degradar a monilifonnina e compreende ainda uma metodologia para degradar a inoniliformina numa planta criada ao ar livre e também nos cereais já colhidos. Para se isolar as referidas bactérias com aptidão para degradarem a moniliformina, desenvolveu-se um protocolo em que as bactérias são isoladas inicialmente a partir de uma fonte determinada. Essa fonte pode ser qualquer planta ou um material associado a uma planta, incluindo, mas sem que isso constitua qualquer limitação, todos os tecidos verdes, tais como talos, folhas, espigas ou grãos. O material associado à planta pode ser, mas sem que isso constitua qualquer limitação, o solo na vizinhança imediata da planta. A bactéria em causa é então criada em cultura num meio em que a única fonte de carbono é a moniliformina. Depois pesquisa-se a degradação da moniliformina nesse meio, recorrendo à técnica da cromatografía de camada fina (CCF).
Para se testar a aptidão das referidas bactérias, isoladas em conformidade com a metodologia descrita supra, para degradarem ou eliminarem a toxicidade da monilifonnina nas plantas, efectuou-se a inoculação de plantas adultas com um organismo produtor de monilifonnina, os quais foram tratados depois com a bactéria em causa. O tratamento pode 8
ser a aplicação de uma composição que contenha uma quantidade eficaz de um organismo que possua aptidão para degradar a moniliformina nessa planta, fazendo pjois com que a moniliformina presente seja degrada. De preferência, a referida aplicação consiste em aplicar, por via tópica, a referida composição aos tecidos dessa planta, sendo então degradada a moniliformina existente nesses tecidos. Em alternativa, a referida planta ou cereais colhidos podem ser tratados com o referido organismo a seguir à colheita. As plantas adultas podem ser inoculadas com um organismo produtor de moniliformina e colhidas na altura própria. A seguir à colheita, a referida planta ou os cereais colhidos podem ser tratados com uma quantidade eficaz das bactérias da presente invenção. Uma utilidade importante para a presente invenção é a eliminação da toxicidade da moniliformina existente em cereais a seguir à colheita. Contamina-se um material alimentar adequados ou “amostra” com uma quantidade de micotoxina transportada num solvente adequado, de preferência o etanol, com uma concentração conveniente, de preferência 1 mL de solvente por grama, realizando-se uma operação de mistura suficiente para distribuir essa micotoxina homogeneamente pelo referido material. Como amostra de contraprova utiliza-se apenas solvente. A concentração final da referida micotoxina irá estar preferencialmente compreendida entre 0,1 mg e 1,0 mg por cada grama de material alimentar. Depois, é possível secar a amostra ao ar para lhe remover o excesso de solvente. Seguidainente inocula-se a amostra com 105-107 unidades formadoras de colónias (ufc)/g de células, em fase de desenvolvimento logarítmico, de um microrganismo com aptidão para degradar a referida micotoxina, com uma concentração suficiente, de preferência 1 mL de células por cada grama, seguindo-se uma operação de mistura suficiente para distribuir as referidas células homogeneamente pela referida amostra. Uma eventual amostra de contraprova pode compreender células que tenham sido aniquiladas por via
9 térmica, de preferência por aquecimento a cerca de 80°C. Uma amostra de contraprova também pode conter células de um microrganismo que não tenha aptidão para degradar a referida micotoxina. Essa amostra é depois colocada num reservatório que é fechado e mantido a incubar durante um período suficiente a uma temperatura conveniente. O referido período irá estar compreendido preferencialmente entre um dia e duas semanas e a referida temperatura irá estar compreendida preferencialmente ente a temperatura ambiente e cerca de 28°C. A seguir à incubação efectua-se a extracção do conteúdo do referido reservatório com um solvente orgânico adequado (ou com uma mistura orgânica aquosa) para recuperação da referida micotoxina. Seguidamente concentra-se o extiacto resultante e submele-se a análises de tipo qualitativo e de tipo quantitativo para se pesquisar a presença da referida micotoxina. Detecta-se a quantidade dessa micotoxina no referido extracto e depois compara-se com a quantidade dessa micotoxina detectada na referida amostra de contraprova, exprimindo-se então a eficácia da remoção da referida micotoxina em termos de uma redução percentual do nível dessa micotoxina no referido extiacto experimental, comparativamente com o nível dessa micotoxina na referida amostra de contraprova. Na presente invenção, a micotoxina em causa é preferencialmente a inoniliformina. Esta metodologia leva à degradação da monilifonnina existente sobre as plantas ou dentro delas ou nos cereais colhidos, proporcionando assim cereais alimentares de melhor qualidade e melhor segurança alimentar.
EXEMPLO I. ISOLAMENTO PE BACTÉRIAS QUE DEGRADAM A MON1LIFORMINA
Como fonte de material de pesquisa efectuou-se uma colheita de várias fontes de material vegetal que presumivelmente pudesse conter, de forma natural, moniliformina. Foram obtidos grãos de inilho (92 amostras independentes) infestados coin Fusarium gramimarum num viveiro infectado com Gibberella zeae (Fusarium gramimarum') de “Pioneer (-li-Bred”.
Mediu-se o metabolismo da moniliformina por cromatografia de camada fina. Retirou-se os micróbios da fonte referida por lavagem com água, colocando uma pequena quantidade num tubo ‘Falcon’ de 7 mL e acrescentando 1 ou 2 mL de água destilada estéril (produzindo assim o “fluido de lavagem”). Dividiu-se os grãos de milho com uma lâmina de barbear e utilizou-se 1 a 2 grãos. Os tubos foram então fechados com tampas e agitados durante 1 a 3 horas à temperatura ambiente. Preparou-se a moniliformina (Cat. N° M5269 da Sigma), sob a fonna de uma solução num meio com sais minerais, constituindo aquela substância a única fonte de carbono. A concentração da moniliformina num meio que continha sais minerais variou entre 0,75-1,0 mg/mL, mas sem que isso constitua qualquer limitação. Preparou-se o meio que continha sais minerais combinando diversos reagentes entre os quais havia, mas sem que isso constitua qualquer limitação, sulfato de amónio na concentração de 1,0 g/L, cloreto de sódio na concentração de 1,0 g/L, fosfato de potássio na concentração de 1,0 g/L e sulfato de magnésio na concentração de 2,0 g/L. Completou-se a esterilização da solução por filtração através de um filtro de 0,1 μτη, embora haja vários métodos possíveis de esterilização conhecidos pelos especialistas na matéria. A cada cavidade de um aplaca de microtitulação de 96 cavidades juntou-se 100 pL de meio constituído pela suspensão de moniliformina/sais minerais. Acrescentou-se a cada cavidade 1 pL de fluido de lavagem recém-obtido. Nas cavidades de contraprova introduziu-se apenas 1 pL de água. Decorridas duas semanas, transferiu-se 1 pL de cada cavidade para uma nova placa de microtitulação que continha 100 pL de meios constituído por moniliformina/sais minerais. Determinou-se a degradação da moniliformina por cromatografia de camada fina (CCF). As placas de gel de sílica que continham o indicador fluorescente (Whatrnan 4410 222) foram contaminadas tipicamente com 1 pg de moniliformina (normalmente 1 pL proveniente das placas de ensaio ou I pL (de uma solução padrão com a concentração de um 1 mg/mL). A experiência com as placas prosseguiu utilizando um sistema solvente constituído por clorofórmio/álcool etílico a 3:2. A moniliformina pode ser observada sob a forma de um salpico azul claro quando iluminada por UV de onda curta. O metabolismo microbiano da moniliformina provocou um desaparecimento gradual dos salpicos; os salpicos com mobilidade alterada no sistema de CCF não foram detectados por este método.
Isolou-se uma cultura pura de bactérias responsáveis pela degradação da moniliformina. Retirou-se das cavidades positivas IpL e juntou-se a 1 mL de água estéril. Produziu-se em água estéril várias diluições à razão de 1:10 e espalhou-se 100 pL de cada diluição sobre placas de gelose LDP (o mesmo que YDP). Preparou-se as placas de gelose com LDP, combinando 100 g de extracto de levedura (Difco), peptona da Bacto à razão de 20 g/L, dextrose à razão de 0,5 g/L e gelose da Bacto à razão de 15 g/L em água, seguindo-se a esterilização por tratamento em autoclave. A partir destas placas, recobertas com a mistura de cultura, foram retiradas colónias individuais para isolamento em novas placas de LDP. Fez-se um esforço para se escolher pelo menos uma bactéria de cada um dos tipos representados nas placas recobertas. Utilizou-se cada bactéria para fazer uma suspensão diluída em água estéril e utilizou-se IpL dessa suspensão para inocular placas de microtitulação que continham moniliformina num meio com sais minerais, confonne descrito supra. A caracterização inicial das bactérias foi realizada em amostras pelo método de con-trastação de Gram. Efectuou-se uma identificação definitiva recorrendo a uma combinação de técnicas. As placas com riscas de colónias bacterianas individuais foram enviadas para
12 ‘Microbe lnotech Laboratories, Inc.’ (St. Louis MO) para identificação experimental. As análise incluíram uma comparação dos ésteres metílicos dos ácidos gordos bacjterianos com os bancos de dados ‘Aerobe’ e ‘Clinicai Aerobc’ e a utilização do substrato ‘Biolog™’ para comparação com banco de dados de bactérias Gram-negalivas. Os resultados destes testes indicam que o produto isolado é a bactéria Gram-negativa Ochrobactrum anlhropi, conforme demonstrado no quadro 1. Estas culturas foram depositadas na Colecção Americana de Culturas Tipo (American Type Culture Colleclion) (ATCC; 12301 Parklawn Drive, Rochville, MD 20852 USA) em 15 de Outubro de 1996, ao abrigo do tratado de Budapeste sobre o reconhecimento internacional do depósito de microrganismos para efeitos de procedimentos sobre patentes de invenção. QUADRO I. Isolados microbianos com aptidão para degradarem a moniliformina ATCC N° Nome Identificação experimental Fonte 55846 MON2906.G1 Ochrobactrum anlhropi Milho bolorento do Michigan (Chromobacter) 55854 MON2906.B2 Ochrobactrum anlhropi Milho bolorento do Michigan (Chromobacter) EXEMPLO II. TRATAMENTO DE MILHO CONTAMINADO COM MONILIFORMINA A. Tratamento de milho contaminado ao ar livre.
Para se testar a aptidão das bactérias, isoladas em conformidade com a metodologia anterioimente descrita, para degradarem ou eliminarem a toxicidade da moniliformina ou dos seus derivados ou análogos sobre o milho, efectuou-se a inoculação de plantas adultas com uma estirpe de Fusarium sp produtora de moniliformina e depois realizou-se o tratamento
13 com uma quantidade adequada de bactérias da presente invenção. O tratamento consistiu em aplicar por via tópica uma composição que continha uma quantidade eficaz dç bactérias sobre os tecidos da planta do milho, de tal modo que a moniliformina, incluindo qualquer dos seus derivados ou análogos de moniliformina, foi parcial ou totalmente degradada ou a sua toxicidade suprimida. B. Tratamento de milho contaminado depois da colheita.
Ulilizou-se uma amostra de 1 a 10 g de milho esmagado que foi combinado ou “contaminado” com uma quantidade conhecida de moniliformina em etanol com uma concentração de lg de moniliformina por cada mL de etanol, seguindo-se uma operação de mistura para distribuir a moniliformina homogeneamente pela mistura. Foram utilizadas amostras de contraprova misturadas apenas com solvente. Efectuou-se então a secagem das amostras ao ar para se remover o excesso de solvente. Seguidamente efectuou-se a inoculação das amostras, à razão de 106 ufc/g de células em fase de crescimento logarítmico, utilizando como inoculo bactérias da presente invenção, tais como as designadas por MON2906.GI (espécie depositada na instituição ATCC com o número de acesso ATCC 55846), à razão de 1 mL de células por cada grama, e misturou-se tudo muito bem para distribuir as referidas células por essa amostra. As amostras de contraprova foram misturadas quer com células do referido microrganismo [designado por MON2906.G1, depositado na instituição ATCC com o número de acesso ATCC 55846], que havia sido aquecido a 80°C, por forma a que as referidas células deixassem de ser viáveis, quer com células de um microrganismo sem aptidão para degradar a moniliformina. Colocou-se a referida mistura num reservatório que foi depois fechado e mantido a incubar durante duas semanas à temperatura ambiente. No final do período de incubação procedeu-se à abertura dos reservatórios e extraiu-se todo o seu conteúdo
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com um solvente orgânico adequado, para se recuperar a moniliformina. Concentrou-se o extraeto e submeteu-se a análises de tipo qualitativo e quantitativo para detecção da monili-
J fonnina. Determinou-se a quantidade de moniliformina e comparou-se com as amostras de contraprova. Determinou-se a eficácia da remoção da moniliformina, comparando a redução percentual da quantidade de moniliformina na amostra que continha os microrganismos com aptidão para degradarem a moniliformina com a redução da quantidade de moniliformina existente na referida amostra de contraprova. As bactérias designadas por MON2906.G2 (número de acesso ATCC 55854) também são capazes de degradar a monilifonnina e podem ser utilizadas para os fins anterionnente descritos.
Lisboa, 26 de Setembro, de 2000

Claims (7)

  1. Reivindicações 1. Bactéria da espécie Ochrubaclnim, com aptidão para degradar a moniliformina.
  2. 2. Bactéria de acordo com a reivindicações l, a qual é Ochrobaclrum anthropi.
  3. 3. Bactéria de acordo com a reivindicações 1, a qual foi depositada na instituição ATCC com o número de aceso ATCC 55846 ou com o número de acesso ATCC 55854.
  4. 4. Método para degradar a moniliformina numa planta, o qual consiste em aplicar por via tópica a essa planta uma composição que contenha uma bactéria de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 3.
  5. 5. Método de acordo com a reivindicação 4, em que a referida planta é o milho.
  6. 6. Método para degradar a moniliformina em cereais colhidos, o qual consiste em aplicar a esse cereais colhidos uma bactéria de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 3.
  7. 7. Método de acordo com a reivindicação 6, em que o cereal colhido é o milho. Lisboa, 26 de Setembro cie 2000 1 Resumo “Composições e métodos para eliminar a toxicidade da moniliformina” A presente invenção proporciona um microrganismo bacteriano com aptidão para degradar ou eliminar a toxicidade da moniliformina ou de micotoxinas estruturalmente afins. A presente invenção proporciona também um método para eliminar a toxicidade de cereais antes ou após as colheitas, utilizando para tal micróbios com aptidão para degradarem ou eliminarem a toxicidade da moniliformina ou dos derivados ou análogos da moniliformina. Lisboa, 26 de Setembro de 2000
    1250 i,i3BOA
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