PT925231E - Tampa constituida por duas partes - Google Patents

Description

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Descrição “Tampa constituída por duas partes” A presente invenção tem por objectivo uma tampa de material plástico, destinado, em particular, mas não exclusivamente, aos recipientes de material plástico para uso alimentar.

As embalagens de produtos alimentares de material plástico são, de uma maneira geral, fechadas por uma tampa, um opérculo ou um opérculo e uma tampa. Estes fechos devem assegurar funções diversas: - inviolabilidade ou manifestação física de uma primeira abertura; - estanqueidade para proteger a matéria do contacto com o exterior; - reutilização, para permitir um consumo do produto por várias vezes, sendo o recipiente de novo fechado pela tampa; - resistência mecânica para. - um bom empilhamento das tampas; - um bom desempilhamento (retirada das tampas a partir de um empilhamento); - uma possibilidade de associação, dispondo recipientes cheios, uns sobre o outros; - balanço ecológico favorável (monomaterial e economia de peso); - balanço económico favorável; - decoração ou inscrição de informações regulamentares diversas.

Para assegurar a estanqueidade e a inviolabilidade, é conhecido proceder, depois do enchimento do recipiente, à colocação ou à selagem de um opérculo (de

7SJ folha de alumínio, de papel ou de material plástico) e depois à colocação de uma tampa fixada no recipiente.

Fizeram-se tentativas para substituir o opérculo e a tampa por um só dispositivo de fecho selado, apto para, depois da abertura da selagem, fechar de novo o recipiente, depois de cada retirada do conteúdo no decurso do consumo.

No entanto, estas tentativas não conseguiram, de maneira satisfatória, em especial devido à espessura necessária de tais dispositivos de fecho, satisfazer as exigências de resistência mecânica. As selagens são realizadas por termocompressão, colocando contra um dos elementos um eléctrodo de soldadura calefactor, sob pressão, levado a uma temperatura da ordem de 180°C a 200°C, em função da natureza dos materiais. Tendo em conta esforços mecânicos que ela deve suportar (empilhamento, desempilhamento, coleccionamento), é necessário que o dispositivo de fecho, ou tampa, apresente uma espessura da ordem de 300 micrómetros. Devido ao tempo de difusão do calor, que pode ultrapassar 1,2 segundos, com uma tal espessura, isso é incompatível com as cadências actuais usadas no acondicionamento dos produtos.

Além disso, a geometria de um tal dispositivo de fecho necessária para o empilhamento e o desempilhamento provoca incidentes de funcionamento das máquinas automáticas, devido ao encaixe e à prisão de tampas empilhadas. Esta geometria limita também a possibilidade de coleccionamento de recipientes cheios fechados com estes dispositivos. O documento GB-A-2 081 229 mostra uma tampa constituída por duas folhas, sendo a folha superior plana e sendo a tampa termosselada pela sua folha superior. No caso de empilhagem ou de coleccionamento, não há qualquer meio de centragem relativa entre os elementos sobrepostos. Não poderá assegurar-se um eventualmente coleccionamento. O documento US-A-3 420 397 mostra uma tampa formada por uma só folha de material, que é encaixada por pressão num recipiente segundo uma parte com inclinação que facilita a saída, que não é termosselada no recipiente. Quando as tampas são empilhadas, o bordo periférico do fundo de uma tampa superior vai apoiar-se num rebordo inclinado troncocónico de um bordo de imobilização da tampa inferior. Este apoio efectua-se segundo uma superfície inclinada e não num fundo intermédio, de modo que a atitude da tampa superior, relativamente à tampa inferior, não é definida de maneira segura e depende da centragem relativa das duas tampas. Se se produzir uma ligeira descentragem, a tampa superior pode tomar uma certa inclinação, relativamente à tampa inferior. No caso de um empilhamento de uma grande número de tampas, isso pode conduzir a uma pilha cuja verticalidade não é satisfatória. A presente invenção tem por objectivo sobretudo resolver os problemas atrás expostos e proporcionar uma tampa que satisfaça melhor que até ao presente, as diversas exigências enunciadas.

De acordo com a invenção, uma tampa, em especial para recipiente de material plástico, é constituído, por um elemento de película termosselável, e outro elemento, sendo os dois elementos unidos um ao outro, recobrindo, pelo menos parcialmente, por um lado, o outro elemento e ultrapassando os limites deste último, e é caracterizado por compreender uma parte oca, aberta para cima, com um fundo intermédio e uma zona de apoio inferior, destinada, num empilhamento de tampas, a assentar contra o fundo intermédio de uma tampa inferior, sendo a profundidade da 7SÍ parte oca menor que a altura da zona de apoio, sendo o diâmetro exterior desta zona de apoio ligeiramente inferior ao diâmetro inferior da parte oca.

Os elementos podem ser associados por encaixe nas zonas respectivas, em particular do tipo de um bordo e ranhura conjugados, ou podem ser unidos por soldadura, em particular quando da colocação da tampa num recipiente e da selagem do elemento de película termossoldável num aro do recipiente.

De acordo com uma forma de realização, o outro elemento constitui um elemento inferior e o fundo deste elemento é sobreelevado para entrar em contacto com o fiando do elemento de película termosselável.

De acordo com uma outra forma de realização, o fundo do outro elemento apresenta um meio de preensão, encontrando-se este outro elemento acima do fundo do elemento de película termossoldável. A tampa pode compreender, na sua periferia, um bordo próprio para ser introduzido mama gola do recipiente destinado a ser fechado por esta tampa. O bordo pode ser previsto na periferia do elemento de película termossoldável, definido o interior deste bordo uma ranhura na qual se insere a periferia do outro elemento.

Este outro elemento pode apresentar a forma de um disco. Vantajosamente, na periferia do disco, uma lingueta fica saliente, sensivelmente perpendicularmente ao plano do disco.

De preferência, forma-se uma câmara, depois da montagem, entre os elementos.

Nooma tampa constituída por um elemento termossoldável fino, descolável e um outro elemento, os dois elementos podem ser reunidos e conformados segundo uma estrutura que apresenta uma rigidez relativamente grande, enquanto que os 5 7% elementos têm uma espessura relativamente pequena. A espessura acumulada dos dois elementos pode ser menor que 220 μιη.

Vantajosamente, forma-se um corpo oco entre os dois elementos, cujos íimdos ficam afastados um do outro, pelo menos em zonas, próximas, segundo uma direcção perpendicular ao seu plano médio. A tampa pode compreender, na sua parte inferior, numa nervura periférica, dirigida para baixo. As paredes periféricas de geratrizes podem ser paralelas ao eixo da tampa. A invenção refere-se também a um recipiente fechado por uma tampa como se definiu anteriormente e caracterizado por a parte do elemento de película termossoldável, que ultrapassa as dimensões do outro elemento, ser soldada só a um aro do recipiente. A parede do recipiente pode compreender uma ranhura de encaixe da tampa, que permite, depois da retirada da tampa para retirar uma parte do conteúdo do recipiente, repor no lugar a tampa e garantir o fecho do recipiente.

Outras características e vantagens da presente invenção surgirão no decurso da descrição que vai seguir-se, de modos particulares de realização, dados unicamente a título de exemplo não limitativo, com referência aos desenhos, cujas figuras representam: A fig. 1, uma vista do elemento de película termosselável da tampa, em corte vertical; A fig. 2, uma vista do outro elemento de tampa; A fig. 3, a tampa formada pelos dois elementos anteriores unidos; A fig. 4, o empilhamento de várias tampas; ?k A fíg. 5, o coleccionemento de boiões ou recipientes; A fig. 6, uma variante de realização; A fig. 7, uma outra forma de realização; A fig. 8, um esquema em corte parcial da selagem num recipiente; A fig. 9, uma vista em meio-corte de uma outra forma de realização; A fig. 10, uma vista semelhante à da fig. 3, de uma variante vantajosa da tampa de acordo com a invenção; A fig. 11, finalmente, uma vista em corte, numa escala reduzida, de um empilhamento de três tampas de acordo com a fig. 10. A invenção é independente da forma do recipiente, mas os exemplos que serão descritos mais adiante referem-se a um recipiente usual, sensivelmente troncocónico e com simetria de rotação.

Além disso, para facilitar a leitura dos desenhos, as espessuras dos elementos da tampa foram representadas numa escala muito maior que a escala das outras partes dos desenhos.

Na fig. 1 está representada a parte superior (1) da tampa, que é constituída por uma folha fina (4), por exemplo com duas camadas, cuja parte inferior está revestida com uma camada (5) de material de selagem do tipo “hotmelt”. Ela apresenta um fundo (10b) numa cavidade central (10). O bordo inferior da parede que circunda a cavidade (10) compreende uma orla periférica (11). Num dos lados da parte (1) fica saliente uma extensão (9), destinada a constituir uma patilha de arranque.

Pode realizar-se a tampa, ou alojamento a parte (1) numa outra parte (2), como no caso das fig. 3, 6 e 10, por exemplo, quer alojando a outra parte (2) na parte 7% (1), como no caso da fig. 9. Neste último caso, a soladarização das partes (1) e (2) deve ser apropriada para evitar uma separação acidental ou intencional. A outra parte (2) da tampa está representada na fig. 2. Destina-se a dar uma boa rigidez à tampa. A parte (2) contribui para a resistência mecânica do conjunto para que ele suporte os esforços que podem exercer-se na superfície superior do recipiente, designadamente quando do coleccionamento de vários recipientes. A parte ou elemento (2) apresenta um fundo (7) e, sensivelmente a meia altura, uma cavidade periférica (12) que forma uma gola, destinada a receber o bordo (11) que vai aí encaixar-se.

Deve notar-se que o bordo (11) e a gola (12) não são necessários quando as partes (1) e (2) são unidas por soldadura, quer antes, quer durante a colocação no recipiente. A fig. 3 representa a tampa unida, com a referência genérica (3). Em função da utilização ulterior, o encaixe das zonas (11,12) pode ser mais ou menos ligeiro.

Um corpo oco (N) de rigidificação é delimitado pelos fundos (10b) e (7), afastados um do outro, segundo uma direcção perpendicular ao seu plano médio, e a parede periférica (Q) da zona inferior da parte (2).

Como pode ver-se na fig. 6, a selagem é efectuada na parte exterior (6) da camada (5). Esta selagem é efectuada no aro (C) do recipiente (R). A pena de soldadura (P) aquece, sob pressão, a zona (6) da camada (5), que se solda no aro (C). E igualmente possível utilizar uma pena (Pl) mais larga, para soldar lateralmente as duas partes (1) e (2) da tampa, que ficam assim indissociáveis. 7kf A fíg. 4 representa um empilhamento de tampas (3) de acordo com a invenção e mostra que não há o risco de encastramento ou de prisão, o que é essencial no caso de um desempilhamento automático.

Na fig. 5, um recipiente (Rl) apoia-se na tampa (3), que não é flexível, o que assegura uma estabilidade da base do recipiente superior (Rl), apresentando a tampa (3), constituída por dois elementos (1,2) unidos a rigidez necessária.

Como se representa na fig. 6, o fundo (7) do elemento inferior (2) da tampa pode ser posicionado ou virado, entrando os fundos dos dois elementos em contacto, o que assegura uma melhor rigidez e um melhor coleccionamento. Uma nervura periférica (7a), saliente para baixo, é formada por uma dobra e contribui, por um lado, para rigidificar a tampa e, por outro lado, para melhorar o empilhamento, servindo de apoio.

No caso em que se insere um produto ou um elemento entre as duas partes (1) e (2), depois uma primeira abertura o elemento (1) é separado do elemento inferior (2) e deitado fora. O elemento inferior (2) pode constituir uma tampa reutilizável. É então desejável prever, como se representa na fig. 7, um meio de pressão, tal como uma nervura (8) radial no fundo (7).

Depois do enchimento do recipiente, a tampa á selada no aro do referido recipiente, como se representa na fig. 8. Na primeira abertura, o consumidor puxa pela lingueta (9), que é descolável, e retira o conjunto (3) de tampa, libertando assim a abertura do recipiente. A tampa (3) pode então ser reposta no lugar, a fim de assegurar o fecho até uma outra utilização do produto que se encontra no interior. A produção dos elementos (1) e (2) pode ser extremamente rápida, porque são feitos de folha fina (espessura inferior a 200 μτη). Μ A produção da tampa compósita de acordo com a invenção é ligeiramente complicada pela necessidade de encaixar ou associar as partes (1) e (2) antes do fornecimento e da utilização. São possíveis três casos: 1) produz-se a parte (2) separadamente; produzem-se várias partes (1) numa folha fina, encaixam-se as partes (2) nas partes (1), depois recortam-se as partes (1) a partir da folha fina e empilham-se as tampas, sendo cada uma delas formada pelo conjunto das duas partes (1) e (2); 2) produzem-se as partes (1) e (2) em conjunto numa mesma folha fina, em fiadas ou colunas paralelas de partes (1) e de partes (2), no mesmo número; depois recortam-se as partes (1) e (2) e associam-se as mesmas por encaixe e/ou soldadura. As partes (1) e (2) são então produzidas com a mesma folha fina termossoldáyel. 3) produzem-se as partes (1) e (2) separadamente e associam-se num equipamento exterior independente. Esta solução é mais cara, no plano da exploração.

Numa produção correspondente aos casos 1) e 3) atrás referidos, a parede periférica (Q) da parte inferior do elemento (2) da tampa é feita com inclinação que facilita a saída, como se explica mais adiante.

Podem imprimir-se as películas ou folhas finas em condições mais económicas que no caso de uma folha espessa. A fig. 9 representa uma outra fornia de realização, na qual o elemento (2) que contribui para a resistência mecânica se reduz a um simples disco que é encaixado muna ranhura (13) periférica de elemento (1), inserindo-se um bordo correspondente (14a) do elemento superior (1), quando do fecho, numa gola (15) do recipiente (R). 10

Como anteriormente, o elemento (1) é um complexo termosselável, cuja espessura é de cerca de 100 micrómetros aproximadamente. O disco (2) pode ser encaixado quer antes, quer depois da colocação do elemento (1) no recipiente (R), seguindo-se a selagem. O disco (2) constitui uma peça inserta rígida, de cartão ou de material plástico. A forma de realização desta figura 9 é bem apropriada para uma produção em linha, na máquina de enchimento do recipiente, a parte (1), a soldar depois do enchimento e para nela alojar a peça inserta/disco (2). É possível utilizar o elemento (2) como órgão de imobilização mecânica, como se ilustra na fíg. 9. Prevê-se então uma lingueta (2a) sensivelmente perpendicular ao plano do disco (2) para libertar e extrair o disco (2). A tampa (3) pode ser constituída por uma peça de parede dupla, com a presença de uma câmara anular periférica (10a). O fundo do elemento (1) é formado com uma gola periférica (G), com secção transversal aberta para cima, que é fechada pelo disco (2), para realizar a câmara anular (10a). É possível introduzir na câmara (10a), çntre os elementos (1) e (2), um produto tal como um ingrediente ou um objecto utilitário, tal como um garfo ou uma colher, ou ainda um folheto publicitário ou informativo. A fíg. 10 mostra, de maneira análoga à fíg. 3, uma variante vantajosa da tampa de acordo com a invenção. Os elementos da tampa da fíg. 10, idênticos ou semelhantes aos já descritos a propósito das figuras anteriores, serão designados pelas mesmas referências numéricas, adicionando-se eventualmente 100. Não se repetirá a sua descrição pormenorizada.

A diferença principal entre a tampa unida (103) da fíg. 10 e a tampa (3) da fíg. 3 situa-se ao nível do elemento (102) que constitui a parte inferior da tampa. A 11

TH parede periférica inferior (Q) desta parte (102) é cilíndrica, com as suas geratrizes paralelas ao eixo (X-X) da tampa. Em particular, quando a tampa é fabricada em linha (partes (1) e (2) associadas) já não há necessidade da inclinação para a saída.

No caso da fig. 3, a parede periférica (Q) tem a configuração com essa inclinação, isto é, tem uma forma troncocónica, sendo as suas geratrizes inclinadas em relação ao eixo da tampa, estando a base da maior do tronco de cone situada na parte inferior. A parte (102) da tampa (103) da fig. 10 é de moldação mais simples. O diâmetro exterior (A) da parede (Q), nas fig. 2 e 10, é ligeiramente menor que o diâmetro interior (B) da cavidade (10) do elemento superior (1), de modo que a parte inferior do elemento (2,102) limitada pela parede (Q) pode ser introduzida, com uma folga radial reduzida, mas sem aperto, na parte oca (10) de uma tampa (3,103) inferior, como se ilustra nas fig. 4 e 11, para realizar um empilhamento.

De preferência, a altura (Hl) entre a face inferior do fundo (107) da parte (102) e o bordo inferior do bordo (14) é ligeiramente maior que a altura (H2) entre a face superior do fundo (10b) e a face superior da parte (1).

Assim, quando se empilham várias tampas (103), umas sobre as outras, como se ilustra na fig. 11, é o fundo (107), da parte (102) de uma tampa superior (103) que se apoia contra o fundo intermédio (10b) da tampa (103) imediatamente inferior. O passo de empilhamento é igual à altura (H3) entre a face inferior do fundo (107) e a face superior do fundo (10b) da parte (1).

Estas observações aplicam-se igualmente às formas de realização das figuras anteriores 3, 6 e 9, onde está indicado o passo de empilhamento (H3). 12 7kf A solução da fig. 3, que faz intervir uma inclinação que facilita a saída, tal como a da fig. 9, responde a esta exigência.

Para um diâmetro (A) dado que é apenas ligeiramente menor que o diâmetro (B), pode, com uma inclinação de facilitação da saída, ter-se na parte superior da parede (Q) um diâmetro (D) (fig. 2) mais pequeno. A dobra (E) da parede, para dentro, na direcção radial, melhora o assentamento da parede superior (1) e as condições de empilhamento (fig. 4).

Seja qual for a forma de realização, a tampa formada depois da união das partes (1) e (2), ou (1) e (102), apresenta uma secção transversal com uma rigidez relativamente elevada, quer devido à realização de um corpo oco (N) fechado, no caso das fig. 3 e 10, quer pela formação de um corpo anular (10a), como no caso da fig. 9, quer pela formação de uma nervura (7a) paralela ao eixo da tampa, como no caso da fig. 6. A tampa assim formada apresenta uma boa rigidez à torção, de modo que pode ser reutilizada de maneira eficaz, depois da rotura da selagem, para fechar o recipiente depois de cada retirada do produto. A boa aptidão das tampas de acordo com a invenção para o empilhamento e o desempilhamento permite alimentar máquinas automáticas de cadência elevada, limitando-se os riscos de mau funcionamento. A estrutura da tampa permite reduzir as espessuras das paredes das partes (1) e (2) ou (102), sem por isso diminuir a rigidez da tampa. O peso de material é diminuído e também se diminui o custo.

Quando se coleccionam várias embalagens, como se ilustra na fig. 5, isto é quando se sobrepõem recipientes (R,R1), fechados com tampas de acordo com a 13 Μ invenção, a carga aplicada numa tampa inferior, pelos recipientes situados por cima é localizada na vizinhança da periferia interior da tampa (1), que apresenta sempre uma zona de união entre as partes (1) e (2). Assim, a resistência no coleccionamento da tampa é suficiente, mesmo que o fimdo (7) fique afastado da parte (1), fora da zona periférica.

Com uma só tampa, isto é, um só conjunto cujo bordo periférico é selável, desempenham-se as funções até agora desempenhadas por dois elementos separados, isto é, um opérculo selado e uma tampa suficientemente rígida para poder ser separada do recipiente e de novo encaixada, depois do arranque do opérculo e depois de cada retirada do produto. O facto de se realizar o fecho do recipiente com um só conjunto conduz a economias ao nível da compra, da gestão de “stocks”, do custo das ferramentas de produção e da mecanização. A diminuição do peso de material tem uma incidência ao nível da ecologia, visto que a quantidade de material a tratar, depois de utilizado, é também reduzida. Pode utilizar-se para o conjunto da tampa um mesmo material. A estrutura da tampa de acordo com a invenção permite utilizar partes (1) e (2), ou (102), de espessura relativamente reduzida, não superior a 200 pm. Para os materiais plásticos estamos assim na categoria das películas finas, que permite uma grande produtividade. A tampa mantém a sua geometria depois da abertura.

As tampas da técnica anterior não satisfazem o conjunto destes critérios. Utilizam em geral uma folha espessa (espessuras superiores a 220 pm) para limitar os incidentes de desempilhamento e procurar permitir o coleccionamento. Uma tal 14 i espessura de folha não permite um tempo de selagem curto (da ordem de 0,3-0,4 s, de acordo com a invenção). Com as folhas utilizadas na técnica anterior, o tempo de selagem mais curto obtido é da ordem de 1 segundo.

Além disso, de acordo com a técnica anterior, este tempo de selagem da ordem de 1 segundo é geralmente obtido por uma temperatura de selagem e de pressão excessivas, que podem deteriorar a periferia da tampa. A solução da invenção evita os riscos de encastramento das tampas empilhadas, antes da sua colocação nos recipientes. Esse encastramento das tampas empilhadas conduz geralmente a incidentes ao nível da máquina automática, que deve agarrar a tampa para colocar no lugar sobre o recipiente.

Ora, um incidente numa linha ultra-limpa, que exige uma intervenção humana em linha, salda-se por uma paragem de 10 a 20 minutos, porque, depois da rotura das condições de ultra-limpeza, pelo facto de entrar uma pessoa na linha para repor a máquina em marcha, o tempo de repor as condições de assepsia da linha ultra-limpa, eleva-se para várias dezenas de minutos.

Por aqui se mede a importância de uma grande aptidão para o empilhamento e o desempilhamento das tampas.

Finalmente, podemos notar que é possível decorar os elementos da tampa antes da moldação. E evidente que podem introduzir-se numerosas variantes, designadamente por substituição de meios técnicos equivalentes, sem por isso sair do quadro de mvençao. Lisboa, 16 de Agosto de 2001 O Agente Oficial da Propriedade industrial

JOSÉ DE SA A.O.

Rua do Salitre/f95, r/c-Drt, 1269-063 LISBOA

Claims (17)

1 1 t Reivindicações 1. Tampa, em especial para recipientes de material plástico, constituída por um elemento (1) de película tennosselável, fina e despegável e um outro elemento (2), sendo os dois elementos associados um com o outro, recobrindo o elemento de película termosselável (1), pelo menos parcialmente, de um lado, o outro elemento (2) e excedendo as dimensões deste último, caracterizada por compreender uma parte oca (1), aberta para cima, com um fundo intermédio (10b,2) e uma zona de apoio inferior (7,7a; 10b) destinada, num empilhamento de tampas, a assentar contra o fundo intermédio de uma tampa inferior, sendo a profundidade (H2) da parte oca (10) menor que a altura (Hl) da zona de apoio, sendo o diâmetro exterior (A) desta zona de apoio ligeiramente menor que o diâmetro interior (B) da parte oca (10).

2. Tampa de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os elementos (1,2) serem unidos por encaixe em zonas respectivas (11,12), em particular do tipo de bordo toroidal (11) e ranhura (12), conjugados.

3. Tampa de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por os elementos (1,2) serem montados por soldadura, em particular quando a colocação da tampa (3) num recipiente (R) e da selagem do elemento de película termosselável (1), num aro (C) do recipiente.

4. Tampa de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizada por o outro elemento (2) constituir um elemento inferior e por o fundo deste elemento ser sobreelevado para se colocar em contacto com o fundo do elementQ de película termosselável (1). ?k

5. Tampa de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizada por o fundo do outro elemento (2) apresentar um meio de preensão (8), saliente, encontrando-se este outro elemento (2) por cima do fundo do elemento (1) de película termosselável.

6. Tampa de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por compreender, na sua superfície, um bordo toroidal (14,14a) próprio para se introduzir numa gola (15) do recipiente (R) destinado a ser fechado com a tampa.

7. Tampa de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por o referido bordo toroidal (14a) ser previsto na periferia do elemento de película termosselável (1), definido o interior desse bordo (14a) uma ranhura (13) na qual de insere a periferia do outro elemento (2).

8. Tampa de acordo com a reivindicação 7, caracterizada por o outro elemento (2) apresentar a forma de um disco.

9. Tampa de acordo com a reivindicação 8, caracterizado, por saliente da periferia do disco, haver uma lingueta (2a) sensivelmente perpendicular ao plano do disco.

10. Tampa de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por se formar uma câmara (10a) entre os elementos (1,2), depois da união dos mesmos.

11. Tampa de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por ser constituída por um elemento (1) de película termosselável fina e despegável, e um outro elemento (2), sendo os dois elementos (1,2) unidos e configurados de acordo com uma estrutura que apresenta uma rigidez relativamente eleveda, embora os elementos (1,2) tenham uma espessura relativamente pequena.

12. Tampa de acordo com a reivindicação 11, caracterizada por a espessura acumulada dos dois elementos (1,2) ser inferior a 220 micrómetros.

13. Tampa de acordo com a reivindicação 11 ou 12, caracterizada por se formar um corpo oco (N,10a) entre os dois elementos (1,2), cujos fundos (10b,7) são afastados um do outro, pelo menos em zonas parciais, segundo uma direcção perpendicular ao seu plano médio.

14. Tampa de acordo com as reivindicações 11 ou 12, caracterizada por compreender, na sua parte inferior, uma nervura periférica (7a) dirigida para baixo.

15. Tampa de acordo com a reivindicação 11 ou 12, caracterizada por as paredes periféricas da tampa serem paredes cilíndricas com geratrizes paralelas ao eixo da tampa.

16. Recipiente fechado por uma tampa de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a parte do elemento (1) de película termosselável, que excede os limites do outro elemento (2), ser soldada apenas num aro (C) do recipiente.

17. Recipiente de acordo com a reivindicação 16, caracterizado por a sua parede compreender uma ranhura de encaixe (15) da tampa, que permite, depois da retirada da tampa (3,103) retirar uma parte do conteúdo do recipiente, repor no seu lugar a tampa e garantir o fecho do recipiente.

Lisboa, 16 de Agosto de 2001 O Agente Oficial da Propriedade Industrial

Rua do Salitre, 195, r/c-Drt. 1269-Cír3 LISBOA