PT92381B

PT92381B - Sistema de amortecimento de impactos aplicavel em sapatos desportivos

Info

Publication number: PT92381B
Application number: PT92381A
Authority: PT
Inventors: Alberto Bacchiochhi
Original assignee: Sao Paulo Alpargatas
Priority date: 1988-11-25
Filing date: 1989-11-22
Publication date: 1996-02-29
Also published as: JPH0558721B2; SE8903361D0; DK592689D0; DK592689A; FR2639519A1; BE1003008A5; IT1236608B; AT402468B; ATA253889A; BR8806281A; SE8903361L; DK170696B1; FR2639519B1; NL8902906A; JPH02224608A; GB8923498D0; DE3938857A1; YU224289A; ES2017571A6; CA1318501C

Description

Os sapatos desportivos têm sido

melhorados em termos anatómicos não só para garantir uma boa performance com maior estabilidade dos movimentos dos desportistas mas também para proporcionar-lhes mais protecção ás partes cie apoio do corpo constantemente sob fortes tensões.

Para uma melhor absorção do impacto na região do calcanhar, uma conhecida solução é a colocação de uma ou mais peças amortecedoras numa cavidade localizada na parte interna do sapato desportivo, na sua. entressola, na região do calcâneo, que absorva os impactos aplicados ao calcanhar.

Soluções levando em consideração o tipo de sola apresentam no caso de solas de material sintético elástico macias, a colocação de uma ou mais peças substituíveis, de dureza superior á da sola, numa cavidade na região do calcanhar, possibilitando a graduação da diminuição da flexibilidade da sola e a graduação da capacidade de absorção de choque nesta região, segundo as características individuais do desportista e do desporto em causa.

Uma destas soluções prevê utilização de um ou mais discos, cilíndricos ou. anelares, de material mais duro do que o da entressola os quais apresenta diferentes durezas, dispostos directamente em contacto com as superfícies internas da cavidade na entressola que, sendo de material normalmente bastante macio, impede o movimento das peças nesta região. A referida cavidade pode ser ainda provida de um pino axial central, do mesmo material da entressola, onde se encaixam os discos de forma anelar. Este conjunto é tapado pela palmilha do sapato desportivo, ajudando a retenção dos discos pela pressão do calcanhar.

A palmilha é levantada e os discos removidos por meio de puxadores (por exemplo fitas) fixados nas respectivas peças.

Να caso de calçado desportivos de sola de material sintético elástico, porém relativamente sólido ou duro, a inserção de material flexível mais macio do que o da entressola numa cavidade nesta, na região do calcaneo, permite uma graduação da flexibilidade da sola nesta área além da absorção do impacto e retorno de energia na região do calcanhar.

Uma solução existente para este caso é a utilização de um elemento amortecedor, também restaurador de energia, na forma de uma peça tubular única construída em material flexível, definindo uma câmara interna pressurizada a ar com uma pressão predeterminada e encaixável, de modo removível pelo próprio usuário, numa cavidade provida na entressola do sapato desportivo, na região do calcanhar sendo a retenção do elemento amortecedor no interior da cavidade obtida pelo contacto directo de suas paredes com a superfície lateral do elemento amortecedor. Esta solução, além de não permitir combinações de regulação de amortecimento/impulso intermediárias, facilmente obtidas por meio de um jogo de amortecedores independentes combinados para agirem em conjunto, desgasta a peça toda, não necessariamente de modo homogeneo, pelo atrito direito das paredes duras da cavidade da entressola com a superfície lateral do elemento amortecedor, durante as deformações elásticas axiais a que este último é submetido durante o uso do calçado.

D uso de pluralidade de discos amortecedores de dureza variável mas bastante inferior a da entressola e, portanto, a das paredes internas dessa última, permitiria obter a partir de um certo número de discos amortecedores uma maior variação com melhor precisão do grau de flexibilidade do sapato desportivo, do que aquela que poderia ser obtida com um mesmo número de tos amortecedores únicos pressuricados a ar.

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Entretanto, a disposição de discos amortecedores intercambiâveis directamente no interior de u.ma cavidade interna na região da calcanhar de uma entressola de material duro, apresenta o inconveniente de submeter os referidos discos a um atrito considerável com as paredes internas da cavidade, provocando desgaste irregular e acentuado dos discos, perda de energia a ser devolvida, má distribuição da força de compressão do calcanhar através dos discos superpostos no interior da cavidade prejudicando a expulsão do ar comprimida pela pressão do calcanhar, provocando um aumento da temperatura e humidade na região do calcSneo e ainda dificultando a colocação e a retirada dos mesmos em relação è cavidade por parte do utilizador.

é um objectivo genérico do presente invento prover um sistema de amortecimento de impactos a ser aplicado em calçado desportivos, do tipo que apresenta uma entressola com a porção de calcanhar em material sintético elástico mas relativamente sólido ou duro, e que permita a obtenção de um ajuste fino e amplo do grau de amortecimento e de retorno de energia, realizável pelo utilizador através de elementos amortecedores intercambiáveis, se Ieccionáveis de um jogo de número reduzido, sem os inconvenientes apresentados pelas soluções previstas na técnica anterior.

sistema de amortecimento em questão é do tipo que apresenta um meio amortecedor elasticamente deformável e encaixável, de modo removível, numa cavidade provida de pelo menos parte da altura da região do calcanhar de uma entressola de material elástico e relativamente duro, sendo a dita cavidade aberta para a face superior da entressola coberta pela palmilha do calçado.

De acordo com o invento o sistema de amortecimento inclui: um invólucro tubular de material ela.stomérico flexível,

bem mais macio do que o da entressola, apresentando paredes laterais lisas e homogéneas, interna e ex ternamen te, encaixadas removívelmertte na cavidade da entressola e incorporando uma tampa superior convexa e perfurada, dotada de aba periférica externa, assente sobre a borda da cavidade da entressola, e com uma pluralidade de projecçóes axiais internas dispostas em alinhamento circular, carregando as referidas paredes laterais do invólucro ainda um meio de retenção inferior de elementos amortecedores; e um determinada número de elementos amortecedores substituíveis, na forma de discos superpostos de material elastomérico flexível, mais macio do que o da entressol e mais duro do que o do invólucro, dispostos no interior desse último de modD a ficarem axialmente retidos entre o conjunta de projecçSes axiais da tampa e o meio de retenção inferior, sendo o invólucro e o conjunto de discos dimensionados de modo a que, quando montados no calçado, apenas a face inferior do disco mais baixo assenta no fundo da cavidade, apresentando os ditos discos as mesmas dimensões e diferentes graus de dureza.

□ material dos discos amortecedores é projectado para que se possa obter uma adequada regulação do grau de amortecimento do impacto recebido pelos mesmos e também de retorno de energia ao corpo do utilizado, através cia simples escolha dos discos a serem dispostos no interior do invólucro.

Além da vantagem anteriormente referida, a solução em questão permite que o invólucro proteja os discos contra desgaste por atrito directo com as paredes duras da cavidade da entressola e que o choque do calcanhar do usuário seja transmitido e distri—

buí do	de	forma	homogénea aos	discos e a	so 1 a,	impedindo	d movi-
men to	re	1 ativo	e desordenado	dos discos.	a 1 ém	de servir	de guia
d i rec t	or	para	o escape do ar,	contido no	invó1u	cro, para	a região

da palmilha, quando do movimento compressor do calcanhar.

□ facto de os discos serem posicionados no interior do invólucro inserível na cavidade facilita muito a substituição dos discos por parte do usuário.

A invenção será descrita a seguir, fazendo-se referências aos desenhos anexos, nos quais:

As figuras 1 e 2 representam, respectivamente, uma vista em perspectiva e uma vista em corte vertical diametral do invólucro tubular;

As figuras 3 e 4 representam, respectivamente, uma vista em perspectiva e uma vista em corte diametral de um disco amortecedor em posição invertida;

A figura 5 ilustra um corte vertical longitudinal esquemáticamente e parcial de um calçado provido com o sistema de amortecimento em questão; e

As figuras ó e 7 ilustram, respectivamente, uma vista posterior e uma vista em corte transversal de um calçado provida com o presente sistema de amortecimento.

De acordo com as figuras anteriormente mencionadas, o sistema de amortecimento em questão é aplicado num sapato desportivo do tipo que compreende uma sola formado por uma palmilha superior (1), uma entressola (2) em material sintético elástico mas relativamente duro e uma sola inferior (3), de material e1astomérico, em cuja face inferior são providos os nervuras definidores do desenho inferior da sola.

su1cos

Na região do calcanhar, a entressola (2) é provida de uma cavidade cilíndrica (4) superiormente aberta e tendo seu.

tunda definido, na exemplo ilustrada, pela face superior da sola (3), Deve ser entretanto entendido que a altura da cavidade e o seu contorna podem sofrer alterações sem que se fuja da solução técnica ora proposta.

sistema de amortecimento propriamente dito compreende, inicialmente, um envólucro tubular (10), no presente caso de contorno cilíndrico, construído em material elastomérico flexível e bem mais macio do que o da entressola (2) e apresentando uma parede lateral interna e externamente lisa e homogénea, removivelmente encaixada, de modo relativamente justa, na cavidade (4) da entressola (2).

O invólucro tubular (10) incorpora uma tampa superior convexa (11), provida de pelo menos um furo central (12) de saída, de ar e dotada de aba periférica externa (13) que se assenta sobre a borda superior da cavidade (4) quando α invólucro é encaixado no interior dessa última. Essa tampa superior (11) incorpora, inferiormente, uma pluralidade de projecções axiais (14) que, na configuração ilustrada, tomam a forma de pinos cilíndricos flexíveis dispostos segundo um único alinhamento circular concêntrico ao furo central (12) da tampa superior e cuja função será explicada mais adiante.

A parede lateral cilíndrica do invólucro (10) incorpora, junta à sua borda inferior, uma nervura ou saliência interna.

(15) que define um meio de retenção para, os elementos amortecedores. Deve ser aqui entendida que a nervura (15) não necessita ser obrigatoriamente contínua e na forma de uma flange interna, podendo ser substituído por qualquer outro elemento, incorporado ou não ao corpo do invólucro, que garanta a retenção dos elementos amortecedores na interior da invólucro (10) durante a sua (ló) distrimanipulação. Estas paredes podem ainda conter furo? buídos axialmente, para saída de ar.

Como pode ser observado pelas figuras 5, ó e 7, a altura da parede lateral do invólucro (10) é dimensionada de modo ligeiramente menor do que a altura da cavidade (4), para que a borda inferior da. primeira não chegue a tocar o fundo da segunda.

outro componente do presente sistema de amortecimento é definido por uma. pluralidade de discos (ΣΌ) de material elastoroérico flexível, mais macio do que o da entressola e mais duro do que o material do invólucro, apresentando sulcos (21) e nervuras (22) anelares, concêntricos alternadas e igualmente distribuídas nas faces superior e inferior dos discos, sendo cada disco provida de furos axiais de lado a lado (21a) interligando os sulcos (21) das faces opostas e de furos axiais (22a) estendidos a partir das nervuras (22) da face inferior do disco, podendo ser estes cegos ou de lado a lado, de acordo com o grau de flexibilidade e ventilação desejados na região do calcanhar do sapato desportivo, sendo as nervuras (22a) a entre o disco

Os discos são providos de diminuição diametral (24) na face inferior, que pode ser contínua ou na forma de saliências e reentrâncias alternadas, distribuídas axialmente na borda externa inferior dos discos amortecedores, permitindo o firme encaixe destes à nervura ou saliência, inferior interna (15) do invólucro (1Θ). Assim, após seleccionar os discos amortecedores que melhor definam o grau de flexibilidade desejada, o utilizada encaixa cs discos no interior do invólucro, obtendo um inserto em corpo único facilmente introduzível e removível ern relação à cavidade da entressola. Os discos escolhidos pelo usuário (no exemplo ilustrado, em número de dois) são base de apoio entre os inferior e o fundo da discos amortecedores e cavidade do sapato desportivo.

uma

seleccionados de um jogo de discos (por exemplo tr'ê's) que acompanha o sapato desportivo.

Como pode ser observado pelas figuras 5, ó e 7, os pinos axiais (14) incorporados è tampa do invólucro (IO) são dispostos de modo a se encaixarem num dos sulcos (21) da face superior do adjacente disco amortecedor (20), emprestando ao conjunto uma maior estabilidade durante os movimentos de compressão e expansão.

□ formato dos discos amortecedores (20 com sulcos e nervuras em suas faces apostas e ainda furos axiais internos permite que, durante a operação do conjunto se obtenha, além do amortecimento e retorno de energia na região do calcaneo, uma ventilação do calçado pela expulsão orientada do ar aquecido no interior do invólucro (1Θ) para a região da palmilha, evitando assim o aumento da temperatura e humidade no interior do calçado desportivo.

Claims

REIVINDICAÇÕES

11. - Sistema de amortecimento de impactos aplicável em sapatos desportivos, do tipo que apresenta um meio amortecedor elasticamente deformável e encaixável, de modo removível, numa cavidade provida através de pelo menos parte da altura da região do calcanhar de uma entressola de material elástico e relativamente duro, sendo a referida cavidade aberta para a face superior da entressola, coberta pela palmilha do calçado, caracterizado pelo facto de incluir: um invólucro tubular de material elastomérico flexível bem mais macio do que o da entressola, apresentando paredes laterais lisas e homogéneas, interna e externamente, encaixadas removivelmente na cavidade da entressola e incorporando uma tampa superior convexa e perfurada, dotada de aba periférica externa assente sobre a borda da cavidade da entressola e de uma pluralidade de prajecçSes axiais internas dispostas em alinhamento circular, carregando as referidas paredes laterais do invólucro ainda um meio de retenção inferior de elementos amortecedores; e um determinado número de elementos amortecedores substituíveis, na forma de discos; superpostos de material elastomérico flexível,, mais macio do que o da entressola e mais duro do que o invólucro, dispostos no interior desse último, de modo a ficarem axialmente retidos entre o conjunto de projecçSes axialmente retidos entre o conjunto de projecçSes axiais da tampa a α meio de retenção .inferior,, sendo o invólucro e o conjunto de discos dimensionados de modo a que, quando montados no calçado» apenas a face inferior do disco mais baixo se assente no fundo da cavidade, apresentando os referidos discos as mesmas dimensões e diferentes graus de dureza.

21, Sistema de amortecimento de impactos aplicável em sapatos desportivos, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto dos discos amortecedores apresentarem sulcos e nervuras anelares, concêntricôs, alternados e igualmente distribuídas nas faces superior e inferior dos discos que são providos de furos axiais de lado a lado interligando os sulcos das faces opostas e de furos axiais providos nas nervuras as quais são a base de apoio entre os discos amortecedores e entre o disca inferior e o fundo da cavidade do sapato desportivo.
3ê. - Sistema de amortecimenta de impactos aplicável eeni sapatos desportivos, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto dos furos axiais das nervuras serem cegos e estendidos a partir de uma das faces das referidas nervuras do disca.
4ã. - Sistema de amortecimento de impactos aplicável em sapatos desportivos, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto dos furos axiais das nervuras serem de lado a lado, interligando as nervuras das faces opostas do disco.
5ê. - Sistema de amortecimento de impactos aplicável em sapatos desportivos, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de os discos amortecedores serem providos ainda de uma diminuição diametral em pela menos parte da borda periférica da face inferior dos discos amortecedores, concordante com o meio de retenção inferior da invólucro.

óã. - Sistema de amortecimento de impactos aplicável em sapatos desportivos, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo facto de o meio de retenção inferior ser constituído por uma nervura ou saliência na parte inferior da invólucro, ocupando pelo menos parte da sua periferia interna.
7é. - Sistema de amortecimento de impactos aplicável em s a patos des po rt ivos, de acordo com

- 12 caracterizado pelo facto de as projecçSes axiais internas da tampa superior convexa do invólucro terem a forma. de pinos cilíndricos distribuídos concentricamente ao redor de um furo central da tampa superior de modo a encaixarem num dos sulcos do disco amortecedor superior.

Sâ. - Sistema, de amortecimento de impactos aplicável em sapatos desportivos, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto de as paredes laterais do invólucro apresentarem furos radiais para passagem de ar.