PT92306A - Telha ceramica - Google Patents

Description

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Descrição do objecto do invento que URALITA, S.A., espanhola, industrial, com sede em Mejía Leque- rica, No. 10, 28004 MADRID, Espanha, pretende obter em Portugal, paras "TELHA CERÂMICA" 10 15

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Esta invenção t em como objecto uma telha cerâmica obtida â base de grés cerâmico e dotada de revestimento verificado metalizado que é resistente â chuva áci da que observa menor quantidade de água que as telhas tradicionais e pesa menos que estas.

Tradicionalmente existem dois tipos de telhas: as chamadas telha árabe e a telha romana; ambas são obtidas com argila cozida e ao se sobreporem lateral e longitudinalmente, formam uma cobertura canelada no sentido da vertente e que dirige a água da chuva para os beirais.

Um outro tipo de cobertura para o telhado I o que se faz com lousas de ardósia conhecidas também por xistos argilosos, são rochas que se subdividem facilmente em folhas ou lâminas através de planos paralelos entre si chamados planos de xistosidade.

As rochas da ardósia procedem da transformação, por endurecimento e laminagem da argila, que após sofrer grandes pressSes, durante os intensos movimentos da camada exterior da terra, terminou perdendo a sua plasticidade; a sua cor e a sua textura apresentam um alto conteúdo de carbono e substâncias betuminosas; graças a sua leveza e resistência são empregadas como revestimento de coberturas 35 1 1

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Eventualmente, também se executam coberturas parciais com ladrilhos de cores brilhantes, porém essas coberturas desempenham normalmente um efeito exclusivamente ornamental dentro da arquitectura modernista, na qual o ladrilho desempenha um papel primordial, e nunca se procurou um efeito mais que puramente decorativo, realizando-se o seu emprego sempre de maneira tradicional, quer dizer, fixando--os sempre com argamassa ou cimento, como se fosse um pavimento .

As telhas romanas ou árabes vulgarmente utilizadas nos países meridionais, apresentam a seu favor a sua difusão, a sua eficiência comprovada e a sua facilidade de colocação, e apresentam como característica desfavorável, o peso, cerca de uns quarenta quilos por metro quadrado, um elevado índice de absorção de humidade (cerca de l6$) e uma resistência limitada relativamente às geadas, pois no caso mais favorável não excede os 25 ciclos de gelo-degelo con-tinuamentej além disso absorve muito calor e a sua resistên cia a pressão é de cerca de 100 Deca-Newtons para uma espessura entre 15 e 20 milímetros. Finalmente exige telhados com pouca inclinação e o seu espectro tradicional harmoniza-se somente com as construções muito clássicas. A ardósia utilizada nas lousas para as zonas mais frias e com maior incidência de nevões e uma alternância de gelo-degelo, resulta cara e muito laboriosa de se obter, calibrar e colocar. Deve apresentar uma espessura homogénea e exigem que seja desfolhada com meticulosidade, logo recortada e finalmente perfurada. 30 Isto, sem considerar o facto de que a super fície que vai ser coberta deve ser cuidadosamente preparada, por exemplo a base de placas de cobre e que as lousas devem ser primeiraraente perfuradas e em seguida fixadas com garras. A ardósia sempre foi mais cara pelo seu valor unitário e 35 pela sua colocação tão laboriosa. - 2 - 10 15

Mod. 71 -10000 ex. - 89/07 20 25 30 35 61.511 Refs 89=3463 .··, ή r> A ardósia apresenta de maneira favorável uma maior impermeabilidade que a telha, admite inclinaçSes até chegar practicamente a vertical e uma elevada resistência aos efeitos gelodegelo, porém apresenta como desvantagem um custo mais elevado, maiores cuidados contra a acção do vento e desde o seu processo de obtenção até a sua colocação final exige uma mão-de-obra muito especializada. A maior vantagem da telha em relação a ardósia, é que no caso da telha a sua obtenção obedece a um processo industrial, no qual foram seleccionadas a argila, o tipo do modelo, a temperatura de cozedura e estabilização produzindo, finalmente, um material homogéneo nas suas cara£ terísticas, nas suas dimensSés e no seu preço. A ardósia, por outro lado, depende dos jazigos das rochas, da precisão na sua formação e da composição das mesmas. Tem-se realizado tentativas para substituir a telha de ardósia por lousas obtidas mediante processos industriais empregando para este fim, revestimentos prensados de materiais com ligantes de resinas, colas ou cimentos, no entanto não se conseguiu um produto capaz de enfrentar com êxito os preços da telha e, em funcionalidade, com a lousa de ardósia. A necessidade de obtenção de novos materiais capazes de acompanhar com êxito as novas técnicas de constru ção e por outro lado, a necessidade de obtenção de elementos capazes de enfrentar com êxito as agressães ambientais, impostas pela intensa actividade industrial, geraram uma tentativa séria e metódica em busca de uma peça alternativa que se possa obter a partir de um processo industrial, controlado e preciso e que reuna qualidades superiores às de qualquer um dos elementos tradicionalmente empregados como no caso da telha ou da lousa de ardósia, e por outra parte não apresente nenhum dos seus inconvenientes. 0 presente invento consiste numa telha cerâ- - 3 - 61.511 Ref: 89=3^63

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Mod. 71 -10000 ex. - 89/07 20 25 35 mica obtida a base de gres, que apresenta uma forma modular com homogeneidade dimensional superior à da telha comum com uma melhor propriedade que as da lousa de ardósia.

Em princípio, a telha, objecto do invento, é obtida de uma forma muito siâiilar ao processo da produção de peças de cerâmica à base de grês cerâmico; entretanto o seu problema estrutural é diferente devido â sua forma tridimensional; a sua colocação, a sua função e o seu comportamento também são diferentes dos que normalmente apresentam sofreme oferecem os ladrilhos cerâmicos que se colocam nas paredes e nos pavimentos.

Parte-se de um pó de grés cerâmico, com o qual se enche um molde onde um contra-molde exerce uma prensagem em mistura da qual o pó que ocupa o interior do molde ganha a sua forma, com uma consistência já’ compacta e que será reforçada depois de um cozimento no forno.

Uma vez cozida e estabilizada, a peça é submetida a um processo de verificação com um posterior cozimen to com a qual se inclui o processo. A posterior utilização da peça como telha plana exige umas características estruturais condicionadas ao molde e â forma do modelo, que igualmente interferem na composição do material e na vitrificação final.

Em primeiro lugar, a peça deve dependurar-se quer dizer, estar enfiada numa cavilha ou na cabeça de um parafuso “tirafona”, pregado na estrutura e que deve ficar encoberto; por esta razão, obrigatoriamente a peça deve possuir um orifício, o qual ficará posteriormente oculto pelo recobrimento da peça ou peças, sobrepostas parcialmente com a finalidade de se prolongar em todos os sentidos duma forma semelhante à das escamas dos peixes, impedindo a passagem da água.

Este orifício, em questão, obtém-se com um - k - 10

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Ref: 89=3^63 molde, quer dizer, simultaneamente ao moldado da peça, pois uma operação posterior de brocagem, realizada, obrigatoriamente antes da fase final da vitificação, é lenta, cara e difícil, criando também problemas de tensões que a produzem inevitavelmente., na fase final da vitrificação, na qual a temperatura ultrapassa bastante os mil graus centígrados.

Torna-se necessário pois, solucionar o problema na operação de moldagem, a fim de que a peça fique totalmente compacta, tenha uma prensagem correcta e fique livre de tensões.

Um molde de prensagem de peças de cerâmica que produzam ao mesmo tempo um orifício é um molde atípico, sobre ele não se conhece nenhum antecedente e consequente-mente aborda problemas descolhecidos.

Foi realizado um molde que no seu fundo plano, isto é, na parte que dá forma â superfície da peça para ser vitrificada, apresenta um punção saliente. No contra--molde foi realizado um orifício e assim ao prensar, o punção encaixa no contra-molde e a prensagem processa-se de for ma correcta. No entanto, a peça apresenta problemas no momen to de desenformar devido ao punção e apareceram gretas radiais que partem do orifício e prolongamno interior da peçaj essas gretas são resultantes de tensões e indubitavelr^ente prejudicam a massa da peça chegando a torná-la inaceiíável.

Para conseguir um resultado diferente, foi realizado um orifício no fundo do molde no qual foi disposto um êmbolo retráctil. Este êmbolo, com a cabeça plana abaulada ou cónica, é empurrado primeiro por um casquilho tubular que emerge do contra-molde e que, ao descer, deixa descoberto o buraco da forja através do qual sopra uma boquilha. 0 casquilho do contra-molde, primeiro penetra no pó até chegar ao fundo, isto é, até empurrar inicialmente o êmbolo e logo outro êmbolo desce pelo interior do - 5 - 61.511 Ref: 89=3^63 íjil í.A ' ' P,, 15

Mod. 71 -10000 ex. - 89/07 20 casquilho e comprime suavemente, o pó, resistindo à mola que sustenta o casquilho do fundo do molde, até que o pó semi--comprimido se encontra com o buraco da forja e com a acção do sopro e à medida que desce, empurra o pó de interior do casquilho, expulsando-o. A descida completa do contra-molde gera a expulsão total do pó e o reforço da camisa e da compressão do pó que formará a peça.

Desta forma,, obtêm-se finalmente uma peça acabada, na qual existe um orifício circular perfeito; no entan to, eventualmente ainda aparecem gretas e as tensões não são eliminadas totalmente. 0 sistema em questão, apesar de estar solucionado, de maneira artesanal a título de protótipo de ensaio, mostrou-se mais fiável que o anterior, ou seja, o do punção saliente em forma de buraco, porém o seu resultado é mais com plicado e mais lento.

Uma terceira solução consiste em efectuar no fundo do molde um orifício de saída; o pó, uma vez distribuído no molde começa a cair formando um cone semelhante ao que produz um relógio de areia; este cone dá entrada, inicialmente a um punção que emerge do contra-molde que ao descei fica encaixado no cone e empurra o pó que sobra até penetrar no orifício do fundo do molde.

Foi necessário fazer muitos ensaios para conseguir que a borda superior não apresente uma ausência de material que, ao baixar o contramolde, não implique numa falta de material que diminua as características da peça.

Tem-se procurado a granulometria mais adequada do pó, e encontrou-se a velocidade mais adequada do enchimen to do molde, também foram realizados ensaios com o deslocamento do molde desde a operação de enchimento até a prensagem, procurando a sincronização óptima entre as velocidades - 6 - 5 10 15

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relativas da descida do contra-molde e posicionamento do molde. 0 resultado final foi animador, no entanto as tensSes apareceram em forma de gretas sinuosas, denunciando uma falta de pressão em redor do orifício e poranto de per-da de compactação e de características mecânicas. Com três vias diferentes, ma.s apresentando o mesmo problema, finalmente considerou-se como resolvido, em princípio, o problema do orifício e passou-se a preparar um molde para obter uma peça final com as características requeridas, dado que os ensaios de orifício tinham sido efec-tuados em moldes de lousas para pisos com formas antiquadas e procurava-se simplesmente uma via rápida e barata de ensaio, para resolver o problema do orifício da telha. Mais adiante ficará claramente demonstrado que a telha poderia ser apresentada na simples forma rectangu-lar porém, por uma necessidade estética tem-se procurado um desenho que possa, dentro de algumas constantes dimensionais, variar quanto a forma e tamanho. Já se tem especificado que a telha de cerâmica deve ser trespassada por uma cabeça de pua ou de parafuso, saliente do plano, que define a superfície que será coberta pela telha. Este sistema de "pendurar” é tradicional, porém tem-se demonstrado eficiente e por agora não existe nada a que justifique a sua mudança.

Ora, essa cabeça emerge por cima do plano da telha5 o intervalo entre o orifício e a telha é cheia com uma massa de neopreno. 0 diâmetro do orifício é de um centímetro e encontra-se dentro do eixo de simetria longitudinal da peça, próximo da extremidade superior, de maneira que a peça, por gravidade, tende a autoequilibrar-se e centra-se ficando na posição correcta. - 7 - 35

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Por razões de peso e estética lateral, nos bordos correspondentes aos vérticies superiores, efectuam--se apreciáveis entalhes e nos bordos opostos fez-se um recorte curvo e saliente; estas formas não condicionam a peça e podem ser mais ou menos acentuadas, existindo somente uma exigência que é encaixar a cabeça do elemento de encaixe da telha que está debaixo, e esta cabeça deverá ser coberta pela que está acima e pela contígua.

Em princípio, decidiu-se a questão efectu-ando apreciáveis entalhes laterais que rodeavam parcialmente a cabeça de gancho da telha inferior, no entanto, o entalhe limita as possiblidade de colocação em obra, obrigando que haja uma única bitola de recobrimento, quer dizer, deve--se manter sempre a densidade ou o número de peças por metro quadrado.

Finalmente, a questão foi resolvida praticando nas arestas laterais rectas da peça acentuados rebaixamentos cuja largura e profundidade são adequadas para con ter comodamente a cabeça do gancho de maneira que possa o-ferecer a possibilidade de variar o recobrimento e portanto o número de peças por metro quadrado entre um máximo igual à distância entre o orifício do gancho e o seu bordo extremo e um mínimo de terminado também por essa distância.

Esta solução é perfeira porque deixa as a-restas laterais lisas permitindo repartir perfeitamente as distâncias no telhado e não limita o construtor deixando--lhes liberdada na execução, porém acrescenta mais problemas industriais na obtenção da peça.

De qualquer modo, como no caso do orifício as primeiras peças tentadas foram elaboradas mediante uma prensagem, porém esta solução é inadmisível devido ao seu preço, a lentidão e a agressão à compacidade do material.

Aqui, na solução deste problema na operação 8 35

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Ref: 89=5^63 de prensagem, conseguiu-se encontrar a solução definitiva do problema relacionado com a tensão e as gretas que bordam o orifício.

Considerando que o molde é uma caixa simples com paredes e fundo muito resistentes e que a face vista, é plana, o processo de rebaixamento deve ser efectuado pela face superior, porém o enchimento do molde com a parte de pó é revelado, quer dizer, homogéneo e repartido regularmente e portanto considerou-se o problema de conseguir um negativo e assim o molde foi dotado de um positivo, observando-se nos primeiros ensaios realizado também com um molde tirado da produção, no qual igualmente ocorriam rupturas ou gretas nos bordos que na sua parte central não se obtinha uma pressão adequada.

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Observou-se que uma prensagem em duas fases, uma prensagem inicial, somente nas zonas onde se produziria depressão ou vácuo, permitia compactar adequadamente aquelas zonas, molhorava as bordas e deixava que de algum modo o material em pó se acomodasse antes de receber a pressão ou prensagem final. 25

Esta observação final fez com que o contra--molde com um degrau saliente, com uma largura aproximada de oito milímetros ém toda a periferia, prepararam-se as sa liências que deveriam dar lugar ás depressões e inclusive preparou-se um degrau saliente em redor do "pivot" do orifj[ cio e por outro lado na zona central praticaram-se umas estrias ortogonais profundas com dois ou três milímetros de profundidade. 30

Desta forma, um molde rectangular, com um orifício no seu fundo, com punção no contra-molde e com as saliências para esvaziar, foi proporcionado no contra-molde um degrau saliente anelar em volta do punção. 0 molde em questão foi colocado na máquina, prepararam-se as composições adequadas de pó, sincronizaram-se as velocidades de - 9 - 35 V61.511 Ref: 89=3^63

ílwmM / 5 10 15

Mod. 71 -10000 ex. - 89/07 enchimento de pó, avanço do molde e baixada do contra-molde e foi conseguido, depois de uma prensagem em duas fases,uma peça perfeita que se repetiu tantas vezes quantas se repetiu a operação.

Durante a prensagem inicial, o pó das bordae o que existe no cone em volta do orifício e o das moldagens assentou pnrfeitamente; o pó central·, actuando como um semi--fluído real acomodou-se em direcção ao centro livre de tensões e os entalhes do fundo do contra-molde compactaram-no perfeitamente equilibrado.

Somente foi necessário modificar o sistema de aplicação do esmalte de vitrificação de modo que o esmalte ocupasse a superfície exterior e a superfície lateral para obter uma peça perfeita num processo industrial automá. tico com uma total fiabilidade de execução.

As características de inalterabilidade ou resistência a chuva ácida foram consedida á peça graças ao tratamento prévio a que foi submetido o esmalte antes de ser moído e convertido em pó para ser posteriormente aplicado de forma convencional.

Par ilustrar o que foi exposto, um conjunto de desenhos acompanha a presente memória, nos quais de forma esquematizada se representou um exemplo de realização preferuda do invento, que no entanto não constitui uma limitação às possibilidades práticas de realização do mesmo.

Na figura 1, representa-se um pormenor, em secção longitudinal do contra-molde, o molde, o orifício de saída do pó e o pó.

Na figura 2, apresenta-se uma prespectiva da telha, tal como sai do molde.

Na figura 3, mostra-se uma prespectiva da telha em posição de trabalho: a secção A-A* é longitudinal e a B-B' transversal. 10 -

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Na figura 4, representa-se uma vista segundo a secção A-A' da figura 3.

Na figura 5 mostra-se uma vista da telha segundo a secção B-B*.

Na figura 6 representou-se um .exemplo da utilização da telha na qual se adoptou um recobrimento próximo do máximo. A telha, tal como se observou nos desenhos em referência, obtem-se num molde 1 em cujo fundo se praticou um orifício 2 pelo qual cai o pó 3 preparando um cone 4 no qual um punção 5 colocado no contra-molde 6 será intro^ duzido empurrando e separando o pó 3 até se alojar no orifí· cio 2.

Como se observa no desenho — figura 1 - o contra-molde apresenta uma saliência em todo o perímetro7, estando também outro 8 em redor do punção 5» previam-se os degraus salientes 9 que darão lugar às moldagens que alojarão as cabeças de retensão das telhas; representaram-se tam bém os entalhes ortogonais 10 que darão lugar as saliências que observarão as tensães na massa do pó.

Numa forma de realização preferida como a que constitui o exemplo representado, utilizaram-se argilas naturais coalinitico-ilitico de cozimento vermelho ou branco .

Um controlo de peneiros dos pós de argila estabelece 7 $ de 53 micron, 1# de 125 e 0# de 240.

Yerificou-se um total de carbonatos no produto atomizado de 2fo e rejeitados 4 $ de 53 micron e 5 $ de 125 microns. « 11 1 5 10 15 61.511 Refs 89=3463 em: 14.N0V.1989

Estabeleceu-se a granulometria do atomizado 425 microns 351 " 246 " 177 " 124 " 74 " 53 53 " 11 # 30 $29 # 16 <?o <7 d 7 P 4 i l,2fo restante até aos 100 $

Mod. 71 -10000 ex. - 89/07 20 25 30 A himidade do é ficou estabelecida entre 5 e 5»5 $ em peso de água. Utilizou-se uma prensagem hidráu lica progressiva com uma pressão de 29 kg/cm e no contra--molde 6 programou-se uma descida brusca até que o punção 5 obturasse o orifício 2 e o degrau saliente 9 estabelecesse contacto com o pé 3. 0 contra-molde 6 foi baixado lentamente para realizar uma primeira prensagem de até 50 lg/cm quadrado elevando-se suficientemente para libertar tensões e descer lentamente de novo e exercer uma pressão entre 280 e 300 kg/cm2 para finalmente se elevar de forma brusca. Deve-se recordar que entre o enchimento do molde e a. descida do contra-molde 6 existe uma perda de pé 3 para o orifício 2, de maneira que existe uma cineroniza-ção de movimentos entre o processo de encher o molde, deslocamento e a primeira prensagem para não produzir diminuições no volume final. A densidade aparente de compactação apés a prensagem é de 2,15-2,17 gramas por centímetro cúbico enquanto que a final com a peça cozida é de 1,9 a 2,00. 0 - 12 35 1 5 10 15

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fV.

tj cozimento efectua-se abaixo duma temperatura convencional de 1150°C num túnel contínuo, também convencional, com uma velocidade de avanço da peça de cerca de 2,5 metros por minuto . A telha obtida desta forma e já cozida é conduzida para a operação de esmaltagem e apresenta uma temperatura de aproximadamente 80°C com uma humidade menor que 1 /o; o esmalte encontra-se a uma temperatura ambiental* é do tipo"FRITADO". Esmalta-se a face exterior e também os bordos laterais e leva-se a um cozimento num forno convencional com uma temperatura de 1150°C. A peça obtida desta maneira, tal como se pode observar na figura 2, é constituída por um corpo plano 11 com uma espessura de 8 milímetros que se encontra inscrito em planta num rectângulo e que segundo o eixo de simetria longitudinal e próximo às extremidades, apresenta um orifício 12 para a "ancoragem" no telhado, 0 orifício 12 encontra-se próximo da extremidade 13 e é recto e perpendicular as arestas laterais; a outra extremidade l*f encontra-se recortada, por razSes estéticas e a forma que se a<-dopta não é relevante. Deve também observar-se que os vértices superiores apresentam apreciáveis entalhes 15 que aliviam o peso da peça, economizam material e o que é mais importante deslocam para a extremidade oposta, o centro de gravidade de maneira que a peça, ao ser dependurada, tende a posicionar-se de maneira adequada. Em redor do orifício 12 realizou-se um degrau descendente 21 em relação ao plano superior l6 estirado da peça; ésta é a zona de prensagem prévia; o degrau descendente periférico 17 também é de prensagem prévia e tem como missão eliminar tensães canalizando-as para a zona central da peça onde finalmente o estriado 16 as absorverá. Também merecem destaque as moldagens ou re- - 13 - 35 10 15

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rebaixamentos 18 situados de ambos os lados constituindo o alojamento para a cabeça da "ancoragem". A peça 11, apresenta a sua face exterior 19 e os bordos 20 com uma vitrificação metalizada "FRITADO" que é resistente à chuva ácida permanecendo totalmente inal^ terável ao ph.4.

Nas secções devem observar-se os rebaixamen tos 18, o degrau descendente 17 e o previsto 21, em redor do orifício 12; também aparecem as estrias 16 que determinam o plano superior que constitui a face oculta. Pois bem, a peça constituída desta maneira é dependurada pelo orifício 12 das cabeças 22 pregadas - no telhado; estas cabeças 22 sobressaem por cima do plano 19 das peças e o intervalo entre a cabeça e a parede interna do orifício é cheio com neopreno. A primeira fiada de peças 11, dependurada pelas cabeças 22 recebe a segunda fiada que se dependura pelas suas respectivas cabeças, e nos seus alojamentos ou moldagem laterais 18 dispôem-se as cabeças 22 da primeira fiada. De acordo com o desenho - figura 6 - as mol dagens 18 ainda permitem separar mais entre si as fiadas da cabeça 22 diminuindo o recobrimento;naturalmente adistân-cia poderia diminuir aumentando o recobrimento; quanto mais separada esteja uma fiada 22 da outra, menos peças entrarão por unidade de peso e pelo contrário, quanto mais perto mais peças, permitindo desta forma um cálculo preciso para o construtor podendo escolher assim o recobrimento mais adequado. Os entalhes 15 dos vértices ficam totalmen te cobertos pela sobreposição das telhas de tal modo que se botem uma superfície esterior vista, totalmente lisa, com grande beleza, totalmente impermeável, resistente à chuva - 14 - 35

Claims (1)

1 5 10 15 Mod. 71-10000 ex. - 89/07 61.511 Ref: 89=3^63 ni

ácida, com um peso muito leve, mais barata que qualquEr outra das obtidas mediante a telha tradicional ou lousa de ardósia, mais resistente e de aspecto constante cuja colocação é simples mesmo para os pouco experientes. Cabe destacar que face à lousa de ardósia, a telha assim constituída apresenta metade do peso por unidade de superfície, tem uma absorção de humidade de 3 $ face aos normalmente 8 fo da ardósia e l6 rfo da telha tradicional, que resiste 75 ciclos contínuos de gelo-desgelo e é muito mais barata que a ardósia, numa ordem de 50$> competindo de maneira firme que a telha tradicional que supera em todos os sentidos. Não se considera finalmente necessário insistir mais no descrito para que qualquer especialista na matéria possa, de acordo com o conteúdo da memória, pô-la em execução. 0 depósito do primeiro pedido para o invento acima descrito foi efectuado em Espanha em 31 d.e Agosto de 1989 sob o No. 890298¾. -REIVINDICAÇÕES - is _ Telha cerâmica constituída por prensagem em dois tempos a partir de um pó cerâmico que é cozido e vitrificado na sua face exterior e compreendendo um orifício próximo de uma extremidade, orifício mediante o qual a telha é dependurada pela cabeça de retensão, carac-terizada pelo facto de ser dotada em redor do orifício e em toda a periferia, de um degrau descendente em rela§ão ao plano da face posterior que é dotada de estrias ortogonais, tendo-se previsto que nas arestas laterais da telha se produzam por moldagem acentuados rebaixamentos que.cons tituem o alojamento para a parte da cabeça de retenção da - 15 - 1 61.511 Ref: 89=3^+63 telha que está situada inferiormente, cabeça que é total-mente coberta pelas telhas contíguas quando estas se dispõem em fiadas recebendo, com recobrimento variável, outra fiada de telhas. 5 10 Mod. 71-10000 ex. 89/07 20 30 2& - "Telha cerâmica de acordo com a reivindicação anterior caracterizada pelo facto de a primeira prensagem determinar os rebaixamentos laterais e o degrau descendente em redor do orifício sendo a referida prensagem executada a uma pressão entre quatro e seis vezes menor que a pressão da prensagem final. 3a - Telha cerâmica de acordo com a reivindicação anterior caracterizada pelo facto de a segunda prensagem dimensionar e formar totalmente a peça conformando a face não vista da mesma, que I estriada em ambas as faces. - Telha cerâmica de acordo com as reivindicações 1, 2 e 3 caracterizada pelo facto dos rebaixamentos que constituem o alojamento para a parte da cabeça terem uma profundida maior que a altura da mencionada cabeça e como mínimo uma largura igual ao raio do orifício da telha. 5§ _ Telha cerâmica de a cordo com a reivindicação 1 caracterizado pelo facto de o comprimento do rebaixamento determinar o máximo e o mínimo de recobrimento entre uma e outra fiada de telhas. Lisboa, Por tJRALITA, S.A.

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