PT922117E - Dispositivo de acoplamento de uma lanca de sopragem a um colector - Google Patents

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PT922117E
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Daniel Fries
Serge Devillet
Hubert Stomp
Fred Parasch
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Wurth Paul Sa
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Description

ÒZZUj
DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO DE ACOPLAMENTO DE UMA LANÇA DE SOPRAGEM A UM COLECTOR" A presente invenção refere-se a um dispositivo de acoplamento de uma lança de sopragem metalúrgica a um colector. A lanças de sopragem são utilizadas por exemplo para a conversão de ferro fundido em aço por insuflação de oxigénio no banho metálico num convertidor. Para evitar uma deterioração precoce das lanças devido às altas temperaturas existentes no convertidor, as lanças de sopragem são geralmente arrefecidas com a ajuda de um fluido de arrefecimento. Desta forma, uma lança compreende em geral duas câmaras anelares que estão dispostas coaxialmente à volta do canal de oxigénio da lança e ligadas na região frontal da lança de forma a formar um canal de alimentação e um canal de retorno, anelares, para o fluido de arrefecimento. Por consequência, durante o seu funcionamento, uma tal lança deve estar ligada a pelo menos três condutas veiculantes dos fluidos de arrefecimento e de sopragem.
As lanças de sopragem devem ser substituídas por causa do uso após uma duração de utilização determinada. Com vista à substituição rápida e fácil de lança deteriorada por uma lança nova, são proporcionados numerosos dispositivos para automatizar em parte a ligação da lança às condutas necessárias ao seu funcionamento, isto é, para permitir a ligação concomitante de todas as condutas necessárias. Tais 1
dispositivos compreendem uma cabeça de acoplamento com uma primeira superfície de acoplamento e um dispositivo de aperto para fazer pressão de forma estanque da primeira superfície de acoplamento sobre a segunda superfície de acoplamento da lança. A cabeça de acoplamento compreende vários canais coaxiais em que a primeira extremidade está ligada a uma das condutas veículantes dos fluidos de arrefecimento e de sopragem e em que a segunda extremidade desemboca na primeira superfície de acoplamento. De forma similar, os canais coaxiais da lança desembocam na segunda superfície de acoplamento, de forma a que após o estabelecimento do contacto estanque entre os dois elementos por meio do dispositivo de aperto é possível uma transferência dos fluidos com a união da cabeça-lança.
Assim, a patente alemã n° DE-A-25 12 487 proporciona um dispositivo de acoplamento no qual a lança é suspensa na cabeça de acoplamento e fixa à mesma com a ajuda de dois pernos de aperto e porcas adjacentes. Os pernos são montados ao nível da cabeça de acoplamento de forma a bascular lateralmente e são encaixados em duas cavidades de freios solidários da lança. A força necessária da junta estanque entre as duas superfícies de acoplamento é assim estabelecida por aperto das duas porcas.
Este dispositivo ainda que muito simples e compacto apresenta, no entanto, alguns inconvenientes. De facto, a mudança da lança necessita, por um lado, de trabalhos manuais como o desapertar e o apertar manual dos pernos, o que implica um risco de acidente tendo em conta o ambiente era que estes trabalhos se efectuam e, por outro lado, o carácter fixo da forma de estanquidade, isto é o aperto directo das duas superfícies de acoplamento, colocando-se um problema 2
aquando das variações bruscas de pressão dos fluidos de arrefecimento e de sopragem. Tais variações que ocorrem, por exemplo, em regime transitório sob a forma de golpe de aríete propagam-se através do sistema de arrefecimento e podem provocar uma interrupção passageira da estanquidade ao nível da junta existente entre a cabeça de acoplamento e a lança. Um remédio contra a tal ruptura será o de apertar previamente as porcas a fim de aumentar a força de aperto das duas superfícies de acoplamento. Contudo, a força de aperto das duas superfícies de acoplamento não pode ser aumentada indefinidamente a fim de não destruir as superfícies de estanquidade das superfícies de acoplamento. 0 objecto da presente invenção é o de proporcionar um dispositivo de acoplamento para uma lança de sopragem, permitindo adaptar dinamicamente a força da pressão entre o colector e a lança em função das variações de pressão nos fluidos de arrefecimento e/ou de sopragem.
De acordo com a invenção, este objectivo é alcançado por meio de um dispositivo de acoplamento de uma lança de sopragem a um colector, no qual a força necessária a uma união estanque entre o colector e a lança é exercida pelo fluido de arrefecimento e/ou fluido de sopragem. Num tal dispositivo, a força de pressão entre a lança e o colector não é exercida de forma estática por um meio de aperto convencional mas ela é exercida de forma dinâmica por um dos fluidos necessários ao funcionamento da lança. Isto faz com que a força da pressão entre o colector e a lança varie em função da pressão do fluido em questão. Em consequência, as variações bruscas nas pressões dos fluidos podem ser compensadas de forma dinâmica de maneira a que mesmos as golpes de ariete muito violentas não conduzam a um risco de 3
ruptura do estanquidade do sistema. Mais ainda, nenhum ajustamento da força de aperto do meio de aperto é requerido aquando da utilização do dispositivo em regime elevado, isto é, de pressões de fluidos elevadas. De facto, a adaptação dinâmica da força de apoio das duas superfícies de acoplamento aumenta a força da pressão de forma automática a partir do momento em que a pressão dos fluidos aumente e conserve assim uma estanquidade de base pré-estabelecida com uma certa margem de segurança.
Numa realização preferida, o referido fluido de arrefecimento e/ou fluido de sopragem actua por intermédio de uma superfície de pressão na união entre o colector e a lança. É conhecido que a força da pressão entre o colector e a lança é proporcional à pressão do fluido e à área da superfície de pressão. É evidente que se trata aqui da área eficaz da superfície de pressão. O valor da força de pressão para uma certa pressão do fluido pode pois ser pré-determinada pelo dimensionamento da referida superfície de pressão. A superfície de pressão é por exemplo solidária com um pistão que transmite a força de pressão à referida união. De preferência, a lança apresenta uma primeira superfície de acoplamento, o colector apresenta uma segunda superfície de acoplamento e uma das referidas duas superfícies de acoplamento é solidária com. o referido pistão e oposta à superfície de pressão. 0 pistão pode constituir uma parte da lança ou do colector. Compreende uma das duas superfícies de acoplamento necessárias á união e ao aperto desta de forma estanque contra a outra das referidas duas superfícies de acoplamento. 4
Numa realização preferida, o pistão é encastrado numa cavidade do colector de forma a delimitar pela referida superfície da pressão uma câmara de pressão no fundo da referida cavidade. Desta forma, a câmara de pressão pode estar ligada directamente à conduta de alimentação do fluido de arrefecimento e/ou de sopragem. 0 facto de se integrar o pistão no colector permite por outro lado diminuir imediatamente os custos de investimento proporcionando uma unidade de afinação que compreende várias lanças para um só colector.
Vantajosamente, o pistão é executado de tal forma que a referida força de pressão exercida pelo referido pistão é superior à força de reacção que actua no plano de união entre o referido colector e a referida lança. Neste caso, a diferença entre a estanquidade obtida pela força de pressão e a estanquidade necessária, que constitui a margem de segurança, aumenta à medida que a pressão do fluido de arrefecimento e/ou de sopragem aumenta.
Uma realização preferencial da invenção consiste num dispositivo de acoplamento de uma lança de sopragem a um colector que está ligado às condutas veiculantes dos fluidos de sopragem e de arrefecimento, compreendendo a lança primeiros canais por onde os referidos fluidos se espandem através da referida lança e desembocam numa extremidade numa primeira superfície de acoplamento, compreendendo o colector segundos canais por onde os referidos fluidos, estando cada um dos referidos segundos canais associado a um dos referidos primeiros canais, estão em ligação com uma das referidas condutas e desembocam numa extremidade numa segunda superfície de acoplamento, estando a segunda superfície de acoplamento associada à referida primeira superfície de 5 acoplamento e podendo ser pressionada contra esta com a ajuda de um meio de aperto de maneira a formar uma união estanque entre os referidos primeiro e segundo canais associados. 0 referido colector compreende uma cabeça de acoplamento e a referida segunda superfície de acoplamento é solidária com um pistão que é encastrado numa cavidade axial do referido bloco de acoplamento de forma a delimitar por uma superfície de pressão uma câmara de pressão no fundo da referida cavidade, estando a referida superfície de pressão do pistão oposta à segunda superfície de acoplamento. Uma conduta de alimentação está em ligação com a referida câmara de pressão de tal forma que o fluido alimentado pela referida conduta de alimentação exerce uma pressão sobre a referida superfície de pressão e por consequência o pistão exerce uma força de pressão sobre a referida primeira superfície de acoplamento.
Neste dispositivo, apenas uma parte da força de apoio necessária à união estanque entre a cabeça de acoplamento e a lança é exercida por um meio de aperto convencional, isto é de forma fixa. Trata-se de uma certa força de pressão de base que garante a estanquidade mínima necessária. Aquando da afinação, a pressão do fluido alimentado pela conduta em ligação com a câmara de pressão, de preferência o fluido de arrefecimento, exerce uma pressão sobre a superfície de pressão do pistão e por consequência o pistão exerce uma força de pressão sobre a primeira superfície de acoplamento da lança. Por força das superfícies de pressão efectivas para os fluidos e da perda de carga no sistema de arrefecimento entre a conduta de alimentação e a condita de retorno, esta força de pressão é superior ou igual à força de reacção exercida sobre a união entre a cabeça de acoplamento e a lança. Resulta assim um aumento da força de apoio das duas superfícies de acoplamento e por consequência de estanquidade 6
do acoplamento. Tal como descrito mais acima, este dispositivo permite compensar de forma dinâmica as variações bruscas nas pressões dos fluidos e a sua adaptação automática a um regime elevado, isto é, a pressões de fluidos elevadas, conservando sempre uma margem de segurança sob a forma de estanquidade mínima necessária estabelecida pelos meios de aperto.
Num modo de realização preferido da invenção, o dispositivo compreende meios de encaixe para suspender a lança de acoplamento. Os referidos meios de encaixe compreendem por exemplo ganchos que são montados de forma rotativa sobre a referida cabeça de acoplamento que podem unir os eixos que se prolongam radialmente a partir da referida lança. Numa outra realização, os referidos meios de encaixe compreendem hastes de bloqueamento que são montadas de forma rotativa sobre a referida cabeça de acoplamento bem como um freio radial sobre a referida lança do lado da primeira superfície de acoplamento, apresentando o referido freio radial cavidades radiais destinadas a receber as hastes de bloqueamento de forma a que as referidas cabeças das referidas hastes de bloqueamento se apoiem sobre o lado do referido freio que é oposto à primeira superfície de acoplamento. Estas duas realizações de meios de encaixe suprimem a necessidade de trabalhos manuais tais como o aperto e o desperto das porcas. 0 encaixe faz-se mais rapidamente e apresenta menor risco para as pessoas. A fixação com a ajuda de hastes de bloqueamento é particularmente vantajosa uma vez que ela permite reduzir ao mínimo o curso do pistão. De facto, para substituir uma lança encaixada, a lança deve ser deslocada de uma certa distância na direcção da cabeça de acoplamento até que as cabeças das hastes de bloqueamento possam passar o rebordo inferior do 7
referido freio afim de serem desviadas lateralmente. Dado que o pistão se apoia na lança ele deve igualmente ser deslocado da mesma distância, o que deve ser feito se necessário contra a acção do meio de aperto. É assim conveniente limitar a distância de deslocamento afim de limitar o trabalho que deve ser efectuado para deslocar o pistão, por exemplo, contra a acção do meio de aperto ou do seu peso. 0 referido meio de aperto compreende de preferência molas que estão dispostas entre a cabeça de acoplamento e o referido pistão, estando as referidas molas pré-contraidas aquando do encaixe da lança à cabeça de acoplamento.
Para facilitar a centragem das duas referidas superfícies de acoplamento, uma das referidas duas superfícies de acoplamento compreende vantajosamente um rebordo anelar em saliência que se prolonga axialmente, apresentando o referido rebordo anelar um diâmetro inferior que é sensivelmente igual ao diâmetro exterior da outra das referidas superfícies de acoplamento.
Adiante, é descrito um modo de realização preferido da invenção com a ajuda da figura 1 que mostra um corte transversal vertical de um acoplamento para lanças de sopragem. Ele compreende uma cabeça de acoplamento 2 que está ligada às condutas de fluidos de arrefecimento e de sopragem (não representadas) sobre a qual uma lança de sopragem 4 está encaixada. A lança 4 compreende um canal central 6 para um gás de sopragem, por exemplo o oxigénio, que está cercado coaxialmente por duas câmaras 8, 10 de secções anelares. As duas câmaras 8 e 10 estão ligadas na região frontal da lança 4 (não representada) de modo a formar um canal de alimentação 8 e um canal de retorno 10 de secções anelares para o fluido 8
V
de arrefecimento. Deverá notar-se que a lança poderá compreender canais suplementares para outros gases de sopragem. Estes canais situar-se-ão assim coaxialmente entre o canal central e os canais do circuito de arrefecimento.
Na extremidade de acoplamento da lança 4, os canais 6, 8 e 10 desembocam numa primeira superfície de acoplamento 12 que está associada a uma segunda superfície de acoplamento 14 da cabeça de acoplamento 2. Na referida primeira superfície de acoplamento 12 os canais 6, 8 e 10 formam assim embocaduras anelares coaxiais que estão separadas radialmente pelas faces frontais anelares das paredes tubulares 16, 18 e 20 dos diferentes canais. As paredes 16, 18 e 20 são reforçadas na região da primeira superfície de acoplamento 12 e as suas faces frontais são executadas sob a forma de superfícies de estanquidade.
Para permitir uma transferência dos fluidos de arrefecimento e de sopragem da cabeça de acoplamento 2 para a lança 4, a primeira superfície de acoplamento 12 deve ser pressionada de forma estanque contra a segunda superfície de acoplamento 14 e deve ser estabelecida uma ligação entre os canais 6, 8 e 10 e as condutas veiculantes dos fluidos de arrefecimento e de sopragem respectivas.
Para o efeito, a cabeça de acoplamento 2 compreende vantajosamente um pistão 22 que é montado de forma axialmente deslizante numa cavidade 24 da cabeça de acoplamento 2 e pode estabelecer um contacto estanque com a primeira superfície de acoplamento 12 sob a acção de um meio de aperto 25. Este pistão 22 apresenta assim a segunda superfície de acoplamento 14 sobre a sua extremidade orientada para a lança 4 e compreende os canais 26, 28 e 30 para os fluidos de 9
arrefecimento e de sopragem que estão afectos aos canais 6, 8 e 10 da lança 4. Uma das extremidades de cada canal 26, 28 e 30 desemboca de tal forma na segunda superfície de acoplamento 14 que as embocaduras dos canais 6, 8 e 10 na primeira superfície de acoplamento 12 e as embocaduras dos canais 26, 28 e 30 respectivos na segunda superfície de acoplamento 14 se sobrepõem exactamente aquando do acoplamento. Neste caso, as embocaduras dos canais 26, 28 e 30 na segunda superfície de acoplamento 14 são separadas de igual modo que as embocaduras dos canais 6, 8 e 10 na primeira superfície de acoplamento 12, pelas faces frontais anelares das paredes tubulares que separam os diferentes canais 26, 28 e 30. Estas faces frontais anelares são assim igualmente executadas sob a forma de superfícies de estanquidade e, aquando do acoplamento, apoiam-se nas faces frontais anelares respectivas na primeira superfície de acoplamento 12. O meio de aperto 25 que pressiona a segunda superfície de acoplamento 14 do pistão 22 contra a primeira superfície de acoplamento 12 da lança compreende, de preferência, molas que estão dispostas numa ranhura da superfície frontal da cabeça de acoplamento 2 e que se apoiam numa saliência radial 27 do pistão. Estas molas 25 estão assim pré-contraídas aquando do acoplamento da lança 4 e exercem assim uma força sobre o pistão 22 na direcção da lança 4. É evidente que qualquer outro meio de aperto seria conveniente para pressionar o pistão 22 contra a lança 4, por exemplo, macacos hidráulicos, parafusos sem fim accionados por qualquer motor, etc. ou uma combinação destes.
Sobre a sua extremidade oposta à segunda superfície de acoplamento 14, o pistão 22 apresenta uma superfície de 10
pressão 32 pela qual ele delimita uma câmara de pressão 34 no fundo da cavidade 24. Por intermédio desta câmara de pressão 34, que no exemplo representado está ligada à conduta de alimentação de fluido de arrefecimento por intermédio de um tubo de ligação 36, a lança 4 é alimentada de fluido de arrefecimento. Desta forma, o canal 28 de alimentação de fluido de arrefecimento desemboca na superfície de pressão 32 de forma a estar em ligação com a câmara de pressão 34. 0 canal 30 de retorno do fluido de arrefecimento desemboca vantajosamente numa câmara anelar 38, delimitada por uma garganta circunferencial 40 no pistão e a parede lateral da cavidade 24. Esta câmara anelar 38 é assim ligada a um tubo de ligação e à conduta de retorno do fluido de arrefecimento 42. É de salientar que a dimensão axial da garganta circunferencial 40 é superior à dimensão axial da embocadura do tubo de evacuação 42 de forma que a embocadura do tubo de evacuação 42 não seja tapada pela superfície lateral do pistão aquando da deslocação axial deste. O canal 26 do fluido de sopragem desemboca na superfície de pressão 32 do pistão 22 e é prolongada de forma estanque através da câmara de pressão 34 por intermédio de um tubo 44, em que uma extremidade é encastrada de forma deslizante e estanque no referido canal 26 e em que a outra extremidade se prolonga pelo fundo da cavidade 24 para sair por cima da cabeça de acoplamento 2, onde termina num tubo de ligação 46 à conduta do fluido de sopragem. É de referir que a união entre o tubo 44 e o canal 26 é mantida estanque com a ajuda de várias juntas anelares 48 dispostas à volta da extremidade encastrada do tubo 44. Da mesma forma, a câmara de pressão 34 e a câmara anelar 38 são tornadas estanques com a ajuda de juntas tóricas que estão dispostas por exemplo, nas ranhuras circunferenciais do pistão 22. Um modo de realização 11 alternativo para a ligação do canal 26 à conduta de alimentação respectiva consiste em prolongar o canal 26 para lá da superfície de pressão 32 de forma a que ele atravesse a câmara de pressão 34 e se prolongue através de uma perfuração no fundo da cavidade 24 para sair por cima da cabeça de acoplamento 2. Neste caso, o canal 26 é guiado através da perfuração no fundo da cavidade de forma estanque e axialmente deslizante. No exterior da cabeça de acoplamento 2, o canal 26 pode de seguida ser ligado à conduta de alimentação do gás de sopragem por intermédio de um compensador flexível, que permite realizar uma ligação estanque e capaz de se adaptar aos deslocamentos axiais do canal 26.
Para acoplar uma lança 4 a este dispositivo de acoplamento, a lança é conduzida por uma ponte ou um manipulador "ad hoc" que a posiciona com a sua superfície de acoplamento 12 por cima da superfície de acoplamento 14 da cabeça de acoplamento 2 de forma a que os eixos da lança 4 e da cabeça de acoplamento 2 estejam alinhados. Sob acção do seu peso resp. do meio de aperto 25, o pistão 22 e por consequência a segunda superfície de acoplamento 14 encontram-se nesse instante na sua posição mais baixa em relação à cabeça de acoplamento 2. A lança 4 é de seguida elevada até que as duas superfícies de acoplamento 12 e 14 fiquem em contacto. Para facilitar a centragem das duas superfícies de acoplamento 12 e 14, uma das duas superfícies (na fig. 1 a primeira superfície de acoplamento 12) compreende um rebordo anelar 48 que se prolonga axialmente e apresenta um diâmetro interior que é sensivelmente igual ao diâmetro exterior da outra das referidas superfícies de acoplamento 14. 12
Após estabelecimento do contacto entre as duas superfícies de acoplamento, a lança 4 é elevada imediatamente e o pistão 22 é deslocado do seu lugar contra a acção das molas 25. É de referir que o peso do colector e do seu equipamento periférico torna-se aqui como uma contra-força, de forma que as molas 25 possam estar pré-contraídas por uma força substancialmente equivalente a este peso. A lança 4 é de seguida vantajosamente encaixada por duas hastes de bloqueamento 50 que são montadas de um lado e do outro da cabeça de acoplamento 2 e são recebidas por duas cavidades 52 de um freio radial 54 da lança 4, de forma que as cabeças 56 das hastes de bloqueamento 50 se apoiem na superfície inferior do freio 54. Com o objectivo de levantar a lança 4, as hastes de bloqueamento 50 são montadas ao nível da cabeça de acoplamento 2 de forma rotativa de maneira a que as suas cabeças 56 possam ser afastadas lateralmente (tal como indicado na figura).
Desta forma, é realizado um acoplamento "de base" sob a acção das molas 25 que apresenta uma estanquidade mínima necessária para arrancar com a alimentação do fluido de arrefecimento. Aquando da alimentação do fluido de arrefecimento, a pressão do fluido de arrefecimento exerce uma pressão sobre a superfície de pressão 32 do pistão 22 e por consequência o pistão 22 exerce uma força de pressão sobre a primeira superfície de acoplamento 12 da lança 4. É evidente para o técnico a forma de dimensionar o pistão 22 de tal forma que em razão das superfícies de pressões efectivas para os fluidos e da perda de carga no sistema de arrefecimento entre a conduta de alimentação e a conduta de retorno, a força de pressão exercida pelo pistão seja superior ou igual à força de reacção exercida sobre a união entre a cabeça de acoplamento e a lança. Neste caso, resulta 13 um aumento da força de apoio das duas superfícies de acoplamento e por consequência do estanquidade do acoplamento. Este dispositivo permite assim compensar de forma dinâmica variações bruscas nas pressões de fluidos e a sua adaptação automática a um regime elevado.
Falta ainda referir que o pistão pode também ser submetido quer à pressão do gás de sopragem quer à pressão do fluido de arrefecimento.
Lisboa, 26 de Julho de 2000
14

Claims (12)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo de acoplamento de uma lança de sopragem a um colector caracterizado por a força necessária a uma união estanque entre o colector (2) e a lança (4) ser exercida por um fluido de arrefecimento e/ou um fluido de sopragem.
  2. 2. Dispositivo de acoplamento de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido fluido de arrefecimento e/ou fluido de sopragem actuar por intermédio de uma superfície de pressão (32) sobre a união entre o colector (2) e a lança (4).
  3. 3. Dispositivo de acoplamento de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a referida superfície de pressão (32) ser solidária com um pistão (22) que transmite a força de pressão à referida união.
  4. 4. Dispositivo de acoplamento de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a lança (4) apresentar uma primeira superfície de acoplamento (12), por o colector (2) apresentar uma segunda superfície de acoplamento (14), e por uma das duas referidas superfícies de acoplamento (12 ou 14) ser solidária com o referido pistão (22).
  5. 5. Dispositivo de acoplamento de acordo com a reivindicação 3 ou 4, caracterizado por o pistão (22) ser encastrado numa cavidade (24) do colector de forma a delimitar pela referida superfície de pressão (32) uma câmara de pressão (34) no fundo da referida cavidade (24). 1 ,lCDtó7
  6. 6. . Dispositivo de acordo cora qualquer uma das reivindicações 3 a 5, caracterizado por o pistão (22) ser executado de tal forma que a referida força de pressão exercida pelo referido pistão (22) é superior à força de reacção que actua sobre o plano de união do referido colector (2) e da lança (4) .
  7. 7. Dispositivo de acoplamento de uma lança de sopragem a um colector que está ligado às condutas veiculantes dos fluidos de sopragem e de arrefecimento, compreendendo a lança (4) primeiros canais (6, 8, 10) para os referidos fluidos que se prolongam através da referida lança (4) e que desembocam numa extremidade numa primeira superfície de acoplamento (12), compreendendo o colector segundos canais (26, 28, 30) para os referidos fluidos, estando cada um dos referidos segundos canais (26, 28, 30) associado a um dos referidos primeiros canais (6, 8, 10), estando em ligação com uma das referidas condutas e desembocando numa extremidade numa segunda superfície de acoplamento (14), estando a referida segunda superfície de acoplamento (14) associada à primeira referida superfície de acoplamento (12) e podendo ser pressionada contra esta com a ajuda de um meio de aperto (25) de maneira a formar uma união estanque entre os referidos primeiros (6, 8, 10) e segundos (26, 28, 30) canais associados, caracterizado por o referido colector compreender uma cabeça de acoplamento (2) , em que a referida segunda superfície de acoplamento (14) é solidária com um pistão (22) que está encastrado numa cavidade (24) axial com a referida cabeça de acoplamento (2) de forma a delimitar por uma superfície de pressão (32) uma câmara de pressão (34) no fundo da referida cavidade (24), estando a referida superfície de pressão 2 \ii (24) do pistão (22) oposta à segunda superfície de acoplamento (14), e por uma conduta de alimentação estar em ligação com a referida câmara de pressão (34) de forma a que o fluido alimentado pela referida conduta de alimentação exerça uma pressão (32) e por o pistão (22) exercer uma força de pressão sobre a referida primeira superfície de acoplamento (12).
  8. 8. Dispositivo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por meios de encaixe manterem suspensa a lança (4) à referida cabeça de acoplamento (2).
  9. 9. Dispositivo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por os meios de encaixe compreenderem ganchos que são montados de forma rotativa sobre a referida cabeça de acoplamento e poderem unir os veios que se prolongam radialmente a partir da referida lança (4) .
  10. 10. Dispositivo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por os meios de encaixe compreenderem hastes de bloqueamento (50) que são montadas de forma rotativa sobre a referida cabeça de acoplamento (2) bem como um freio radial (54) sobre a referida lança (4) do lado da primeira superfície de acoplamento (12), apresentando o referido freio radial (54) cavidades radiais (52) destinados a receber as hastes de bloqueamento (50) de forma a que as cabeças (56) das referidas hastes de bloqueamento (50) se apoiem sobre o lado do referido freio (54) que está oposto à primeira superfície de acoplamento (12). 3
  11. 11. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 7 a 10, caracterizado por o referido meio de aperto (25) compreender molas que estão dispostas entre a cabeça de acoplamento (2) e o referido pistão (22), estando as referidas molas pré-contraidas aquando do encaixe da lança (4) à referida cabeça de acoplamento (2).
  12. 12. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 7 a 11, caracterizado por uma das referidas duas superfícies de acoplamento (12 ou 14) compreender um rebordo anelar (48) saliente que se prolonga axialmente, apresentando o referido rebordo anelar (48) um diâmetro interior que é sensivelmente igual ao diâmetro exterior da outra das referidas superfícies de acoplamento (14 ou 12). Lisboa, 26 de Julho de 2000
    4
PT97930463T 1996-08-28 1997-07-01 Dispositivo de acoplamento de uma lanca de sopragem a um colector PT922117E (pt)

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LU88808A LU88808A1 (fr) 1996-08-28 1996-08-28 Dispositif d'accouplement d'une lance de soufflage à un collecteur

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PT922117E true PT922117E (pt) 2000-10-31

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