PT906170E - Maquina-ferramenta de fresar a alta velocidade - Google Patents

Description

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Descrição máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade O presente invento é do domínio das máquinas-ferramentas, e em particular, diz respeito à disposição das partes funcionais de uma máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade a fim de assegurar as suas manutenção e conservação nas melhores condições.

Em geral, a fresagem a alta velocidade é feita por uma ferramenta accionada em rotação pelo veio motor de uma broca eléctrica instalada num carro também móvel em translação segundo três eixos X, Y e Z.

Uma máquina-ferramenta de fresar tem habitualmente quatro pontos de trabalho principais, a saber: - um ponto de fresagem propriamente dito, que comporta a ferramenta accionada em rotação pelo veio motor da broca eléctrica e trabalha a peça a fresar; - um ponto de accionamento situado a montante do ponto de fresagem e constituído por um conjunto de órgãos que asseguram as deslocações em translação segundo X, Y e Z do carro da broca eléctrica, assim como a alimentação da broca eléctrica para a rotação do seu veio porta-ferramenta; - um ponto de comando que se conjuga com o ponto de accionamento e em função de um programa de instruções pré-estabelecidas para executar as diferentes fases de fresagem-da dita peça; - e um depósito para guardar as ferramentas que permita guardar perto da zona de fresagem as ferramentas utilizadas nas diferentes fases de fresagem da peça. O ponto de fresagem comporta a ferramenta ou broca que fresa a peça accionada pelo veio motor da broca eléctrica alimentado electricamente por cabos vindos do ponto de comando. Esta broca eléctrica está alojada num carro móvel segundo os três eixos X, Y, Z.

Quando é necessário, o ponto de comando está ligado a um grupo eléctrico e a um grupo hidráulico, cuja função é distribuir a energia 2

2 A. Ο. P. I. 32-J eléctrica e hidráulica e assegurar o comando dos elementos que utilizam as ditas energias.

Estas máquinas-ferramentas têm como função fresar num mínimo de tempo e com a máxima precisão peças cujas formas são cada vez mais complexas e que exigem a presença de várias ferramentas (disponíveis no depósito situado perto) ou até de várias máquinas-ferramentas que assegurem a sua fresagem completa. Uma configuração com várias destas máquinas-ferramentas que participam na fresagem de uma mesma peça chama-se uma máquina transferidora, que pode tomar-se uma oficina flexível que assegure a fresagem completa de várias peças diferentes. Uma máquina transferidora é um conjunto de máquinas-ferramentas dispostas perpendicularmente à linha de avanço da peça para efectuar todas as fases de fresagem desta. Tal instalação faz-se respeitando condicionantes de dimensão das máquinas, e sobretudo da área que ocupam. Assim, é primordial, por razões de custo e de ocupação de espaço, que as máquinas-ferramentas sejam compactas, para permitirem a instalação de uma oficina flexível ou de uma máquina transferidora. Efectivamente, o principal inconveniente de tais máquinas é requererem uma área muito grande, apesar da miniaturização dos componentes que actualmente se consegue obter. O tamanho da máquina corresponde antes de tudo à fresagem que se pretenda fazer: para que uma máquina-ferramenta possa ser flexível, deve adaptar-se a todos os tipos de fresagem e a todas as dimensões. Em todos os casos, a broca eléctrica será de grandes dimensões para assegurar uma velocidade de rotação elevada à ferramenta ou um grande binário para poder utilizar ferramentas de grandes dimensões que impliquem um consequente dimensionamento do carro e portanto dos elementos motores que asseguram os seus movimentos segundo os três eixos X, Y, Z. No domínio em que o invento se aplica, as máquinas-ferramentas são de muito grandes dimensões, de modo que as empresas que não tenham superfícies suficientemente grandes para uma máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade, ou várias, devem fazer obras de alargamento das instalações, o que agrava consideravelmente o custo de instalação destas máquinas independentemente do seu custo próprio.

Outro inconveniente das máquinas-ferramentas de fresar é ser necessário permitir acesso a todos os seus elementos funcionais para assegurar a sua manutenção. Por conseguinte, devem ser deixadas zonas de acesso que permitam a um operador assegurar a manutenção dos órgãos essenciais da máquina, especialmente os do ponto de accionamento, em redor das portas, taipais ou janelas que, concebidas para assegurar a facilidade de manutenção da máquina-ferramenta, aumentam a área necessária à implantação de cada máquina-ferramenta. Na configuração transferidora, estes espaços aumentam a área necessária à instalação da máquina-ferramenta, assim como o número de transportadores de uma 3 3 A. O. P. U 32-i máquina para outra.

Um outro inconveniente destas máquinas-ferramentas de fresar a alta velocidade é necessitarem de um grupo de arrefecimento. Com efeito, a operação de fresagem leva as peças do ponto de accionamento a uma temperatura que prejudicaria a duração destas se não houvesse arrefecimento anexo. Aliás, esta- subida de temperatura poderia causar dilatação das peças do ponto de accionamento, do que resultaria uma perda sensível de precisão na fresagem das peças. Estes grupos de arrefecimento são geralmente de grandes dimensões e difíceis de integrar no conjunto da máquina-ferramenta.

Partindo destas constatações, a requerente imaginou uma configuração original de uma máquina-ferramenta para permitir diminuir a área ocupada pela máquina-ferramenta e facilitar o acesso aos órgãos essenciais para a sua manutenção. Esta configuração baseia-se numa disposição ergonómica flexível das partes funcionais que permite superar os inconvenientes já referidos.

Segundo o invento, a máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade do tipo que compreende um módulo de mecânica com um ponto de fresagem e um ponto de accionamento constituído por n partes distintas situado a montante, distingue-se por as bases dos ditos módulos estarem ligadas a uma mesma placa de suporte de maneira fixa no caso do módulo de mecânica e de maneira deslizante no eixo longitudinal da máquina no caso do módulo de equipamento, indo as diferentes partes móveis da dita máquina-ferramenta adoptar duas posições: - uma primeira posição, designada 'encolhida', na qual o módulo de equipamento e todas as suas partes ficam encostados entre si assim como ao módulo de mecânica; - uma segunda posição* designada 'estendida', na qual o módulo de equipamento no seu conjunto, ou um sub-conjunto das partes que o compõem, deslizaram para trás na placa de suporte de modo a formar um corredor de manutenção transversal que atravessa a máquina de um lado ao outro.

Esta disposição ergonómica flexível tem a vantagem de, ao acrescentar ao comprimento necessário à instalação de tal máquina somente a largura de um corredor, aumentar consideravelmente as zonas de acesso aos órgãos essenciais da máquina, criando entre cada módulo e cada parte distinta do módulo um corredor de manutenção que o atravessa de um lado ao outro. Este arranjo tem também a vantagem de criar um espaço de manutenção que atravessa transversalmente a máquina-ferramenta, ciando 4 4 A. Ο. Ρ.ϊ, 324 ao operador acesso ao centro da máquina. Assim, o acesso para a manutenção ou conservação dos órgãos a partir do interior da máquina-ferramenta permite manter os lados da máquina-ferramenta livres de qualquer elemento que exija intervenção ou manutenção. Outra vantagem desta disposição é facilitar alcançar os elementos motores de uma máquina-ferramenta a partir do chão, o que é melhor que um acesso lateral.

Por conseguinte, em vez de se abrirem para a periferia exterior da máquina, os taipais de acesso podem abrir-se pare o eorredor de manutenção criado para tal fim pela separação do ponto de comando do ponto de accionamento. Outra vantagem da presença do corredor de manutenção é uma máquina-ferramenta poder ser colocada com um lado encostado a uma parede permanecendo inteiramente operacional e acessível para a conservação. Para mais, o fecho e a abertura do corredor permitem, sempre juntando a sua largura ao comprimento de instalação, colocar a máquina orientada de modo que a sua parte traseira fique encostada a um canto de parede. O fecho do corredor na posição 'encolhida' permite o acesso à traseira da máquina, e a abertura do corredor entre os dois módulos ou entre as partes do módulo de equipamento permite o acesso aos elementos internos. A posição chamada 'encolhida* tem a vantagem de criar uma máquina compacta que, ao fechar o corredor de manutenção, assegura a protecção os órgãos essenciais mecânicos, eléctricos e hidráulicos contra o ambiente exterior.

Segundo uma característica particularmente vantajosa do invento, a máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade distingue-se por o comprimento da placa de suporte, em que desliza o módulo de equipamento ser tal que, quando este último desliza, no conjunto ou em parte, para a traseira da máquina e chega ao fim do percurso para passar de uma posição encolhida para uma posição estendida, abre um corredor transversal qúe permite a manutenção entre os dois módulos, e ser tal que quando, o dito módulo de equipamento desliza somente em parte em qualquer sentido, abre o corredor de manutenção entre as partes separadas e fecha o corredor previamente aberto.

Segundo uma forma preferida de concretização do invento, a máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade distingue-se por o seu módulo de equipamento se compor de duas partes distintas: um armário hidráulico encostado ao módulo de mecânica na posição encolhida da máquina e um sub-conjunto que reúne um grupo de arrefecimento e um armário eléctrico situado na traseira de modo que o seu movimento respectivo crie dois corredores de manutenção, dos quais o primeiro se abre entre o módulo de mecânica e o grupo hidráulico, e o segundo se abre entre

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o grupo hidráulico e o dito sub-conjunto.

Segundo outra forma preferida de concretização do invento, a máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade do tipo que tem um ponto de fresagem, um ponto de accionamento e um quadro de comando, com os diferentes pontos ligados a uma mesma placa de suporte comum, distingue-se por os diferentes pontos estarem fixados na dita placa de suporte comum de modo que o ponto de fresagem P2 e o ponto de accionamento P1 situado a montante fiquem separados do ponto.de comando. P3 por um corredor 100 que atravessa transversalmente a dita máquina e permite a passagem de úm operador.

Assim, podem ser colocadas duas e até três máquinas-ferramentas em contacto uma com a outra, com o seu eixo Z paralelo, assegurando assim um ganho de espaço devido à supressão dos espaços entre elas, anteriormente necessários para a passagem de um operador que assegurasse a manutenção por acesso lateral. Além disso, quando duas ou três máquinas estão encostadas lateralmente, os corredores de manutenção, agora fixos, atravessam as máquinas-ferramentas que se alinham, assegurando assim uma comunicação entre si de uma máquina para outra.

Segundo uma outra característica particularmente vantajosa do invento, os diferentes módulos da dita máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade adoptam uma forma aproximadamente paralelipipédica e da mesma largura da máquina, assegurando assim uma simetria perfeita relativamente ao eixo Z. A simetrização do conjunto da máquina-ferramenta permite encostar várias máquinas-ferramentas lado a lado para assegurar uma configuração compacta que economize as áreas necessárias. Este ganho de espaço nas zonas obrigatoriamente desimpedidas permite, quando a cadeia de fresagem tem um grande número de máquinas, integrar mais máquinas na mesma área. Para mais, a simetrização traz uma simplificação considerável no fabrico e no estudo da sua integração no local, suprimindo as condicionantes das zonas obrigatoriamente desimpedidas e da colocação dos acessórios, tais como o depósito de ferramentas ou o quadro de comando, que podem ficar quer à esquerda quer à direita da máquina, consoante a sua implantaçãp.

Expostos os conceitos fundamentais do invento na sua forma mais elementar, outros pormenores e características serão mais claros com a leitura da descrição a seguir, que divulga, a título de exemplo não limitativo e com referência aos desenhos anexos, uma forma de concretização de uma máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade com uma disposição ergonómica das partes funcionais de acordo com o invento. Nos desenhos, a Figura 1 é uma vista em perspectiva de uma máquina^- 6 ferramenta com tal disposição ergonómica das partes funcionais; a Figura 2 é uma vista de cima- de uma máquina-ferramenta numa posição imóvel do corredor e do ponto de comando; a Figura 3 é uma vista de cima de uma máquina transferidora que reúne várias máquinas-ferramentas que asseguram a fresagem de_ uma peça, para ilustrar as possibilidades de configuração-que propõe a disposição ergonómica das partes funcionais das máquinas-ferramentas de fresar-a alta velocidade da Figura.2; as Figuras 4a, 4b, 4c são vistas de cima da máquina-ferramenta da Figura 1 adoptando váriasconfigurações.

Como a ilustra o desenho da Figura 1, a máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade, designada no seu conjunto por M, compõe-se de: - um módulo de mecânica que reúne o ponto de fresagem P2, o ponto de accionamento P1, que tem todos os elementos motores, e um ponto de armazenagem P4 que consiste num depósito de ferramentas que permite ter disponíveis, num recinto hermético,-as ferramentas necessárias às diferentes fases de fresagem que a máquina-ferramenta M deve efectuar; - um módulo de equipamento- constituído pelo ponto de comando P3 que reúne vários armários e grupos de energia.

Segundo a característica principal- do invento, as bases dos ditos módulos estão ligadas a uma mesma placa de suporte 700, de maneira fixa no caso do módulo de mecânica e de maneira deslizante no eixo longitudinal da máquina M no caso do módulo de equipamento.

Como ilustra o desenho da Fig. 4a, a dita máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade M distingue-se por o seu módulo de equipamento se compor de duas partes distintas: um armário-hidraúlico 600 encostado-ao módulo de mecânica na posição encolhida da máquina M ilustrada e um subconjunto que reúne um grupo de arrefecimento 300 e um armário eléctriço 200 situado na traseira de modo que o seu movimento respectivo crie dois corredores de manutenção. O primeiro corredor 100 abre-se entre o módulo de mecânica constituído pelo ponto de fresagem P2 e o ponto de accionamento P1 e o grupo hidráulico 600 como mostra o desenho da Fig. 4b, e permite portanto o acesso ao taipal 500 do módulo de accionamento P1 e aos órgãos de comando do grupo hidráulico que se encontram nesta face do armário do grupo hidráulico. 7

7 A. Ο. P. 12-J O segundo corredor 100' abre-se por deslocação do armário do grupo hidráulico para o ponto de accionamento P1 até encostar neste, fechando assim o primeiro corredor 100, entre o grupo hidráulico 600 e o dito sub-conjunto formado pelo grupo de arrefecimento 300 e o armário eléctrico tal como o mostra o desenho da Fig. 4c. Este novo corredor 100' permite o acesso aos órgãos de comando hidráulico que se encontram neste lado, ao grupo hidráulico 600 e aos órgãos eléctricos que se encontram no armário eléctrico 200 abrindo as portas de acesso 210 e 220.

Segundo uma forma preferida de concretização do invento, o armário constituído pelo grupo hidráulico 600 não tem parede transversal porque na posição chamada 'encolhida' as paredes do ponto de accionamento P1, por um lado, e do armário eléctrico 200, pelo outro, fecham hermeticamente o paralelipípedo formado pelo armário do dito grupo 600.

Segundo uma forma preferida de concretização do invento, o módulo de equipamento constituído pelo sub-conjunto formado pelo armário eléctrico 200 e o grupo de arrefecimento 300, por um lado, e pelo grupo de arrefecimento 300 pelo outro, está montado com possibilidade de deslizar em translação em corrediças longitudinais. Quando a máquina M passa da posição recolhida ilustrada na Fig. 4a para uma posição estendida, ilustrada nas Figs. 4b ou-4c, o corredor de manutenção 100 ou 100'está munido de um estrado 110 ou 110' que permite a passagem de um operador entre as corrediças. Segundo uma característica particularmente judiciosa, o segundo estrado 110' está fixado na base do dito grupo hidráulico 600, solidarizando-se assim com todos os movimentos deste. O dito segundo estrado 110' vai alojar-se sob o armário eléctrico 200 quando o dito grupo hidráulico está encostado, no dito armário eléctrico. Esta característica.tem a vantagem de não estorvar a deslocação dos cabos alimentadores que comunicam, sob os armários, entre as diferentes partes do módulo, de equipamento e entre os próprios módulos, com a presença de um estrado fixo.

Segundo outra forma preferida de concretização do invento, a largura do sub-conjunto constituído pelo grupo de arrefecimento 300e o armário eléctrico 200 tem uma largura igual a duas vezes a largura do grupo hidraúlico, e o comprimento da placa de suporte das corrediças que permitem o deslizamento é tal que, quando a máquina adopta uma posição estendida, o percurso total do módulo de equipamento ou somente do subconjunto abre um corredor cuja largura é igual à largura do grupo hidráulico e portanto a metade da largura do sub-conjunto. Esta característica é particularmente judiciosa, pois, como ilustra a Fig. 1, permite à maquina-ferramenta M estender-se sobre um comprimento superior ao comprimento de deslizamento da placa de suporte, permitindo que o sub-conjunto fique A. Ο. P. I 3 2-;

sem apoio numa extensão igual a metade da sua largura. Um comprimento inferior da placa permite livrar de qualquer obstáculo ou órgão de guia a zona traseira da máquina, o que garante uma compacidade óptima da máquina M na posição encolhida.

Como mostra o desenho da Fig. 2, a máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade M de acordo com uma segunda forma de concretização ilustrada compõe-se de um ponto de fresagem P2, um ponto de accionamento P1, um ponto de comando P3 e um quadro de comando 400, estando os diferentes pontos ligados a uma mesma placa de suporte comum. Esta máquina-ferramenta de fresar distingue-se por os diferentes pontos estarem fixados na dita placa de suporte comum de modo que o ponto de fresagem P2 e o ponto de accionamento P1 situado a montante estejam separados do ponto de comando P3 por um corredor 100 que atravessa transversalmeente a dita máquina e permite a passagem de um operador. O ponto de comando P3 é aqui constituído por. um. armário eléctrico 200 que assegura a distribuição e o comando dos órgãos eléctricòs da máquina-ferramenta M e por um grupo- de arrefecimento 300 cujos comandos se encontram do lado do corredor 100, assegurando uma temperatura controlada aos órgãos sujeitos a aquecimento e a deformação.

Segundo uma forma particularmente vantajosa de concretização do invento, o dito grupo de arrefecimento 300 está situado e abre-se na traseira da dita máquina-ferramenta M para que um operador tenha acesso aos seus comandos. Esta disposição tem a vantagem de deixar ao arrefecimento uma entrada de ar que se abre para o exterior, permitindo uma ventilação óptima. Esta vantagem não seria possível no caso de o dito grupo de arrefecimento 300 estar situado entre o armário eléctrico e o corredor 100. Para mais, o dito armário 200 com os elementos eléctricòs está situado entre o grupo de arrefecimento e o corredor de separação 100, abrindo-se as suas portas de acesso 210 e 220 para o corredor de manutenção. A principal vantagem desta disposição particular é reunir todos os componentes eléctricòs de comando no mesmo recinto, que é acessível pelo corredor e portanto não necessita de porta nem de taipal de acesso no lado da máquina M.

Segundo uma forma particularmente vantajosa de concretização do invento, um quadro de comando da máquina 400 é colocado no corredor 100 e está pendurado com possibilidade de rodar verticalmente num suporte 410, também montado com possibilidade de rodar num eixo vertical inserido no conjunto da máquina-ferramenta. Assim, o quadro de comando 400 pode estar tanto na posição rodada (a tracejado no desenho), deixando a passagem 100 livre para o operador, como na-posição recolhida no corredor 100 (a cheio), permitindo que o conjunto da máquina-ferramenta M não tenha componentes salientes nos lados. 9

Segundo outra característica particularmente vantajosa do invento, o ponto de accionamento P1 está munido de um taipal de acesso 500 que se abre para o corredor de manutenção 100, permitindo o acesso aos órgãos essenciais da máquina M, ou seja, aos elementos de accionamentos motores que asseguram as deslocações do carro 800 segundo os eixos X, Y, Z, no qual está alojada a broca eléctrica 810 que assegura o accionamento em rotação duma ferramenta ou broca 820.

Segundo uma forma proferida de concretização do invento, o prato hidráulico que serve para distribuir a energia hidráulica está no ponto de accionamento P1 de modo a ser acessível· pelo taipal de acesso 500 do ponto de accionamento P1. O quadro de comando da máquina 400 vai alojar-se, por rotação (a cheio) do suporte 410 em que está fixado, no corredor de manutenção 400. Pode portanto afastar-se (a tracejado) para dar passagem a um operador. O armário eléctrico 200 e o grupo de arrefecimento 300 têm forma paralelipipédica, o que facilita a sua disposição no conjunto compacto da máquina-ferramenta M e permite a esta adoptar uma configuração perfeitamente simétrica, já que o- depósito de ferramentas e o quadro de comando da máquina podem mudar de lado. A máquina transferidora ilustrada no desenho da Fig. 3 mostra várias máquinas-ferramentas de fresar a alta velocidade M, dispostas em cadeia de fresagem de modo a participarem nafresagem de uma ou várias peças. Com a disposição particular das partes funcionais, duas ou três destas máquinas podem ser encostadas umas às outras permanecendo totalmente operacionais, porque a manutenção e a conservação dos órgãos essenciais; tais como os elementos eléctricos do armário eléctrico 200, são feitas a partir da traseira da máquina, e porque as operações de manutenção dos elementos motores do ponto de accionamento P1 ou-dos órgãos do grupo de arrefecimento 300 são feitas no centro da máquina a partir do corredor de manutenção 100.- Os grupos de- máquinas-ferramentas encostadas ficam afastados de modo a permitir o acesso ao ponto de fresagem P2 e ao depósito de ferramentas P4, estando este vantajosamente colocado do lado que permite o acesso. O acesso ao depósito de ferramentas P4 e ao ponto de fresagem P2 de uma máquina-ferramenta situada entre duas outras máquinas-ferramentas é possibilitado não colocando uma máquina-ferramenta diante desta. Uma máquina transferidora feita com estas máquinas-ferramentas ocupa assim muito menos espaço do que com máquinas-ferramentas de fresar a alta velocidade convencionais.

Uma outra vantagem da disposição ergonómica das partes funcionais que aparecem em configuração de transferência é os corredores 10 de manutenção 100 alinharem-se para formarem um grande corredor de manutenção que permite criar uma linha de manutenção contínua..

Entenda-se que esta descrição e representação da máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade com uma disposição ergonómica das suas partes funcionais pretendem divulgá-la sem a limitar. Diversas disposições, modificações & melhorias podem ser feitas no exemplo dado sem sair do âmbito do invento, considerado nos seus aspectos e espírito mais amplos. Assim, por exemplo,, poderâa ser adoptadas várias soluções tecnológicas para assegurar a deslocação das ditas partes do módulo de equipamento ou do módulo no seu conjunto no eixo longitudinal da máquina.

Para permitir entender melhor os desenhos, dá-se a seguir a lista dos números de referência com as respectivas legendas. M Máquina-ferramenta P1 Ponto de accionamento P2 Ponto de fresagem P3 Ponto de comando P4 Ponto de armazenagem 100 Corredor de manutenção 110,110' Estrado metálico 200 Armário eléctrico 210, 220 Portas do armário eléctrico 300 Grupo de arrefecimento 400 Quadro de comando 410 Suporte rotativo 500 Taipal de acesso ao ponto de accionamento P1 600 Grupo hidráulico 700 Placa de suporte 800 Carro 810 Broca eléctrica 820 Ferramenta ou broca

Lisboa, 01 de Março de 2000 Ο Ιμλο Álvaro duarte

Agente Oficial da Propriedade Industrial

Rua Nova do Desterro, 7-1.' 1150 USBOA

Claims (10)

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REIVINDICAÇÕES 1. Máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade (M) do tipo que compreende um módulo de mecânica com um ponto de fresagem (P2) e um ponto de accionamento (P1) e um módulo de equipamento constituído por n partes distintas situado a montante, caracterizado por as bases dos ditos módulos estarem ligadas a uma mesma placa de suporte (700) de modo fixo no caso do módulo de mecânica e de modo deslizante no eixo longitudinal da máquina (M) no caso do módulo de equipamento, adoptando as diferentes partes móveis da dita máquina-ferramenta duas posições: - uma primeira posição, designada por 'encolhida', na qual o módulo de equipamento e todas as suas partes ficam encostadas umas às outras assim como ao módulo de mecânica; - uma segunda posição, designada por 'estendida', na qual o módulo de equipamento no seu conjunto ou um sub-conjunto das partes que o compõem deslizaram para trás na placa de suporte de modo a formarem um corredor de manutenção transversal (100) que atravessa a máquina (M) de um lado ao outro.

2. Máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade (M) de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o comprimento da placa de suporte (700) em que desliza o módulo de_ equipamento ser tal que quando este último desliza, no conjunto ou em parte, para a traseira da máquina (M) e chega ao fim do percurso para passar de uma posição encolhida para uma posição estendida, abre um corredor transversal (100) que permite a manutenção entre os dois- módulos,, e ser tal-que quando o dito módulo-de equipamento desliza apenas parcialmente em qualquer sentido, abre o corredor de manutenção (100') entre as partes separadas e fecha o corredor previamente aberto (100).

3. Máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade (M)- de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o seu módulo de equipamento se compor de duas partes distintas, uma unidade hidráulica (600) encostada ao módulo de mecânica na posição encolhida da máquina, e um sub-conjunto que reúne um grupo de arrefecimento (300) e um armário eléctrico (200) situado na traseira de modo que o seu movimento respectivo crie dois corredores de manutenção (100 e 100'), abrindo-se o primeiro entre o módulo de mecânica e o grupo hidráulico (600) e o segundo entre o grupo hidráulico (600) e o dito sub-conjunto.- A. Ο. P. I. 3 2-J

4. Máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade (M) de acordo com a reivindicação 1, do tipo que tem um ponto de fresagem (P2), um ponto de accionamento (P1), um ponto de comando (P3) e um quadro de comando (400), estando os diferentes pontos ligados a uma mesma placa de suporte comum, caracterizada por os diferentes pontos estarem fixados na dita placa de suporte comum de modo que o ponto de fresagem (P2) e o ponto de accionamento (P1) situado a montante estejam separados do ponto de comando (P3) por um corredor (100) que atravessa transversal mente a dita máquina e permite a passagem de um operador.

5. Máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade de acordo com a reivindicação 4, do tipo em que o ponto de comando (P3) compreende um grupo de arrefecimento (300), caracterizada por o dito grupo de arrefecimento (300) estar situado e se abrir na traseira da dita máquina-ferramenta (M) a fim de dar acesso aos seus comandos.

6. Máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade de acordo com as reivindicações 4 e 5, do tipo em que o ponto de comando (P3) compreende um grupo de arrefecimento (300) e um armário eléctrico (200), caracterizada por o dito armário (200) que contém os elementos eléctricos estar situado entre o grupo de arrefecimento (300) e o corredor de separação (100), abrindo-se as suas portas de acesso para o corredor de manutenção.

7. Máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade de acordo com as reivindicações 1 a 6 no seu conjunto, caracterizada por o dito ponto de accionamento (P1) ter na traseira um taipal de acesso (500) que desemboca lateralmente no corredor (100) entre o ponto de accionamento (P1) e o ponto de comando (P3).

8. Máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade de acordo com as reivindicações 1 a 7 no seu conjunto, caracterizada por o dito quadro de comando (400) estar montado num suporte (410) que roda relativamente ao conjunto da máquina-ferramenta (M) e permite assim ao dito quadro de comando (400) fechar e/ou abrir o acesso ao corredor de manutenção (100).

9. Máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade de acordo com as reivindicações 1 a 8 no seu conjunto, caracterizada por o prato hidráulico que serve para distribuir a energia hidráulica estar no ponto de accionamento (P1) de modo a ser acessível pelo taipal de acesso (500) do ponto de accionamento (P1). 13

10. Máquina-ferramenta de fresar a alta velocidade de acordo com o conjunto das reivindicações 1 a 9, caracterizada por os seus diferentes módulos adoptarem uma forma aproximadamente paralelipipédica e da mesma largura da máquina, assegurando assim uma simetria perfeita relativamente ao eixo Z. Lisboa, 01 de Março de 2000

ÁLVARO DUARTE Agente Oficial da Propriedade Industrial Rua Nova do Desterro, 7-1.* 1150 LISBOA