PT880491E - Processo para a obtencao de glicois com um reduzido conteudo de aldeido - Google Patents

Processo para a obtencao de glicois com um reduzido conteudo de aldeido Download PDF

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Description

1
DESCRIÇÃO
"PROCESSO PARA A OBTENÇÃO DE GLICÓIS COM UM REDUZIDO CONTEÚDO DE ALDEÍDO" A presente invenção refere~se a um processo para a obtenção de glicóis com um conteúdo de aldeído reduzido, bem como a produtos que são preparados com utilização destes glicóis.
Os glicóis de baixo peso molecular, tais como o monoetilenoglicol, o dietilenoglicol e o trietilenoglicol constituem produtos importantes na indústria química. Especialmente o monoetilenoglicol (igualmente designado por 1,2--etanodiol, etilenoglicol ou simplesmente MEG) conta-se a nível mundial entre os produtos principais da indústria química. O monoetilenoglicol é utilizado principalmente como anticongelante para radiadores de automóveis, assim como matéria prima para a preparação de poliésteres.
Um processo actualmente utilizado na produção em larga escala de etilenoglicol inclui a hidrólise do óxido de etileno e o subsequente processamento da mistura reaccional criada. A capacidade de produção a nível mundial para o etilenoglicol através da hidrólise do óxido de etileno é actualmente estimada em 7 x 106 toneladas/ano. No caso deste processo de preparação, o óxido de etileno é feito reagir em reactores especiais e sob condições adequadas, de forma contínua ou descontínua, com água. A mistura reaccional aquosa obtida desta forma é depois concentrada em várias fazes e o glicol em bruto é finalmente purificado através de fraccionamento (cf. p. ex.: K. Weissermel, H.-J. Arpe, Industrielle Organische Chemie, 3.a Ed., VCH 1988, p. 159 ss.). Uma mistura reaccional típica inclui como componentes principais monoetilenoglicol, dietilenoglicol e trietilenoglicol. O tetraetiienoglicol e homólogos superiores encontram-se normalmente em quantidades tão reduzidas que em regra não é lucrativa a sua obtenção.
Os processos de destilação e as aparelhagens para a purificação de glicóis são conhecidos de diversas publicações (cf. p. ex.; Ullmanns Encyklopádie der technischen Chemie, 4.a edição, VCH 1974, volume 8, p. 200 ss.). Na sua maioria 2 \
estes processos produzem através de uma série de colunas de destilação acopladas primeiro água, depois etilenoglicol e finalmente os éteres glicólicos superiores de forma contínua. Podem-se utilizar como gerador de vapor durante a destilação diferentes agregados, porém nas instalações de laboração contínua mais modernas utiliza-se um evaporador de tipo fallfilm por razões energéticas. Por razões económicas estas partes das instalações são feitas normalmente de aço ao carbono.
As destilações, devido ao elevado ponto de ebulição do etilenoglicol e dos seus homólogos, têm sempre lugar sob vácuo. Cada instalação de destilação sob vácuo, seja à escala industrial ou em laboratório, possui uma determinada taxa de fuga, isto é, estanquidade insuficiente, que permite a uma escala reduzida a passagem da atmosfera ambiente para a instalação. Desta forma, durante o funcionamento, também o oxigénio atmosférico atinge a destilação sob vácuo.
Os glicóis, tal como todos os álcoois , podem ser facilmente oxidados tanto por via térmica (oxidação em forno) como por catálise. Os produtos de reacção do etilenoglicol com o oxigénio ou outros agentes de oxidação são aldeídos (glicolaldeído, glioxal, formaldeído, acetaldeído) bem como os ácidos correspondentes Por outro lado, em especial no caso da utilização do etilenoglicol para a preparação de películas de poliéster, é necessário um elevado grau de pureza. As películas que são preparadas com etilenoglicol rico em aldeídos apresentam uma elevada sensibilidade à luz. Em especial é possível constatar um leve amarelecimento. Por este motivo a presença destes produtos de oxidação na produção de poliésteres, mas também noutras áreas, é manifestamente indesejada, de forma que os utilizadores são obrigados a limitar o conteúdo de aldeídos através de especificações mais estritas. Por exemplo, o conteúdo de aldeído no etilenoglicol destinado à preparação de películas, deveria ser inferior a 20 ppm.
Desde que durante a preparação do etilenoglicol não se verifiquem efeitos especiais, a quantidade de produtos de oxidação criados é normalmente insignificante. Mas foi também observado que em instalações técnicas pode dar--se um aumento da fracção de aldeído no glicol destilado que era inexplicável. Simultaneamente encontraram-se quantidades invulgarmente grandes de partículas de ferrugem (magnetite) nos depósitos de decantação da destilação. 3 0 problema que acabámos de descrever, da intensificação da formação de aldeído, deve também dar-se no caso da purificação por destilação do etilenoglicol preparado através de outras vias de síntese, como p. ex. a oxidação catalítica do etileno em ácido acético.
Além disso sabe-se que nos processos à escala industrial, como p. ex. no fabrico de fibras de poliéster, se obtêm grandes quantidades de resíduos líquidos contendo glicol. Uma recuperação dos giicóis aí contidos é lógica do ponto de vista económico. Finalmente obtêm-se grandes quantidades de etilenoglicol sob forma de fluido de refrigeração usado ou de anticongelante usado, donde se pode igualmente recuperar o glicol. Mas durante o processamento de destilação destes resíduos existe igualmente o problema da formação indesejada de aldeído. Para além disso, os resíduos podem conter logo quantidades reduzidas de aldeído, o que dificulta ainda mais a preparação de giicóis puros, isto é, essencialmente isentos de aldeído. A JP-A-72/95106 descreve um processo para a preparação de etilenoglicóis. Nesta operação realiza-se um processamento de destilação em presença de um composto de organofosfito ou organofosfato, que se destina a uma diminuição do conteúdo de aldeído no recipiente. A DE-AS-12 42 586 descreve a estabilização de soluções de álcoois polivalentes através da adição de hidrogenofosfito dissódico, com o fim de diminuir a corrosão nos recipientes ou equipamentos que contêm estas soluções de álcool. O objectivo da presente invenção consiste no desenvolvimento de um processo que possibilita a obtenção de giicóis a uma escala industrial, com um conteúdo de aldeído nitidamente menor. Em especial existe o objectivo de preparar monoetilenoglico! preenchendo as devidas especificações estritas para os produtos de partida para a produção de poliéster. A expressão “glicol” utilizada abrange especialmente o monoetilenoglicol, bem como os seus homólogos destiláveis tais como dietilenoglicol, trietilenoglicol e tetraetilenoglicol.
Surpreendentemente, o objectivo de acordo com a presente invenção é 4 atingido através do desenvolvimento de um processo para a obtenção de glicóis com um conteúdo de aldeído reduzido, a partir de misturas contendo glicol, em que se trata a superfície do equipamento utilizado na produção do glicol, feito de material corrosível, na sua totalidade ou em parte com pelo menos um composto de fósforo redutor, adicionando-se o composto de fósforo à mistura que contém o glicol; e finalmente separando o(s) glicol (glicóis) por destilação; e tratando eventualmente com o composto de fósforo redutor previamente o equipamento utilizado para o processamento da mistura. Devem pelo menos ser tratadas as partes da instalação que entram em contacto com um glicol durante o processamento da mistura. O tratamento superficial deve ser aplicado especialmente na superfície interna de todas as partes da instalação que fiquem em contacto constante ou ocasional com um glicol gasoso durante o processamento da mistura. Isto é especiaimente válido para partes da instalação onde há processamento a elevadas temperaturas e que são feitas de material corrosível, como p. ex. aço. Este pode ser o caso, por exemplo, de geradores de vapor e das suas canalizações de alimentação e de evacuação, da coluna de destilação e de reactores. Em todas estas partes da instalação podem-se formas espaços de vapor onde, às temperaturas dessas partes, se pode dar a formação do aldeído indesejado.
De acordo com a presente invenção, este tratamento da superfície pode ser realizado de forma contínua ou descontínua. No caso de um processamento descontínuo, as partes da instalação necessárias para a separação da mistura podem ser tratadas com o composto de fósforo, total ou parcialmente, antes do processamento da mistura. Desta forma pode-se, p. ex., tratar a coluna de destilação a utilizar para a destilação sob vácuo do monoetilenoglicol com o composto de fósforo quando se pretende realizar a preparação de monoetilenoglicol pobre em aldeído. Para um procedimento descontínuo pode-se realizar o tratamento da superfície, por exemplo antes do processamento de cada carga de mistura a transformar ou então a determinados intervalos regulares. Depende da intensidade da formação de novo aldeído observada durante a separação.
Se, pelo contrário, se trabalhar de forma contínua, pode-se adicionar à mistura contendo glicol o composto de fósforo antes da separação. A mistura 5 contendo fósforo pode então ser separada na instalação. É especialmente preferido, de acordo com a presente invenção, o doseamento contínuo do composto de fósforo à mistura, imediatamente antes da separação. Esta situação é especialmente aconselhável quando já se espera que a mistura a separar contenha aldeído ainda antes da separação. Estes aldeídos podem, assim, ser reduzidos ainda antes da fase de separação propriamente dita através do composto de fósforo. Caso se deseje, p. ex., preparar um monoetilenoglicol com reduzido conteúdo de aldeído, pode-se adicionar de forma contínua à mistura contendo glicol, gerada por exemplo através de hidrólise contínua de óxido de etileno, o composto de fósforo imediatamente antes da introdução na coluna de destilação utilizada para a separação do monoetilenoglicol. É também concebível uma combinação do processo contínuo e descontínuo. O composto de fósforo utilizado de acordo com a presente invenção pode ser um composto de fósforo inorgânico ou orgânico ou uma combinação de compostos inorgânicos ou orgânicos, que apresentam o efeito redutor desejado. O composto de fósforo utilizado inclui uma espécie que contém P+3 redutora. De preferência é seleccionada de entre o ácido fosforoso (que se encontra principalmente sob a forma tautomérica estável HP(0)(0H)2, que é também designado por ácido fosfónico; cf. Rõmpp Chemie Lexikon, 9.a Ed.) e os seus sais. Os sais do ácido fosforoso são preferencialmente seleccionados de entre os sais hidrossolúveis, tais como especialmente os fosfitos de metais alcalinos, de zinco e cálcio. Os fosfitos de metal alcalino especialmente preferidos são os fosfitos de sódio e de potássio. Podem também ser utilizados os hidrogenofosfitos correspondentes. Acima de tudo prefere-se, porém, a utilização do próprio ácido.
Se a adição do composto de fósforo for feita à própria mistura, proceder--se-á normalmente de tal forma que o composto de fósforo esteja presente numa fracção entre cerca de 10 e cerca de 5000 ppm antes de se remover o glicol da mistura. Preferencialmente a fracção deveria situar-se entre cerca de 100 e cerca de 1000 ppm e especialmente a cerca de 500 ppm. O composto de fósforo é preferencialmente adicionado dissolvido num glicol, tal como o monoetilenoglicol.
Se a instalação receber um tratamento descontínuo da superfície com o composto de fósforo, prepara-se então uma solução que contenha o composto de
6 fósforo numa proporção de cerca de 0,1 a 10 % em peso, de preferência entre 0,5 a 5 % em peso, relativamente ao peso total da solução. O composto de fósforo pode ser dissolvido num solvente orgânico adequado, como p. ex. monoetilenoglicol, ou num solvente aquoso como p. ex. água. É utilizada preferencialmente uma solução aquosa. Com a solução preparada deste modo trata-se cada uma das partes da instalação que são necessárias à separação da mistura. O tratamento pode ser realizado por exemplo, inundando as partes da instalação em causa com a solução e incubando durante um período de tempo adequado. Em alternativa é concebível o enxaguamento das partes da instalação, fazendo-se circular a solução por meio de bombas ao longo de um período de tempo adequado. Além disso é também concebível uma pulverização ou irrigação das partes da instalação. A duração do tratamento necessária pode ser determinada facilmente pelo especialista. Pode situar-se, p. ex. entre os limites de desde cerca de 2 a 8 horas, bem como entre cerca de 4 a 6 horas. O tratamento pode ser realizado à temperatura ambiente ou, p. ex., com uma solução aquosa aquecida (p. ex. aquecida entre 40 e 80 °C).
Devido ao processamento de acordo com a presente invenção da mistura que contém glicol, obtém-se especialmente etilenoglicol com um conteúdo de aldeído surpreendentemente reduzido, inferior a cerca de 20 ppm, como p. ex. entre cerca de 10 e 20 ppm. Surpreendentemente, com o auxílio do processo de acordo com a presente invenção, foi possível respeitar as estritas especificações para o etilenoglicol exigidas especialmente na preparação de fibras e películas de poliéster. Os glicóis preparados de acordo com a presente invenção têm uma aplicação especialmente vantajosa na preparação de fibras e películas de poliéster. O efeito surpreendente observado de acordo com a presente invenção pode ser esclarecido em seguida, sem porém o limitar. A auto-oxidação do etilenoglicol, portanto a reacção directa com oxigénio sem catalisador, é um processo com um evoluir lento. Em testes de laboratório em que o glicol, nas condições de uma destilação por vácuo típica, é exposto ao oxigénio que se infiltra à taxa de fuga natural observa-se um aumento muito lento e reduzido dos valores de aldeído. Este facto é especialmente válido quando esta experiência é realizada em aparelhagens de materiais inertes (p. ex. vidro). Mesmo taxas de fuga forçadas, com uma admissão de oxigénio aumentada, não 7 provocaram uma degradação drástica destes valores.
Se porém, com as mesmas condições da experiência anterior, se introduzir um corpo de ferro (p. ex. aparas de torno) de forma que este entre em contacto com a fase gasosa sobre o glicol em destilação, observa-se então, a uma taxa de fuga igual, uma extensão da corrosão várias vezes superior, em que se forma principalmente magnetite (ferrugem).
Mesmo com magnetite pura em vez de aparas de ferro observa-se a mesma formação intensificada de aldeído. Mesmo no caso de se encontrarem aparas de ferro ou magnetite no líquido (p. ex. no resíduo da destilação) sem que seja possível o contacto com a fase gasosa, mantém-se a elevada taxa de formação de aldeído. A formação de magnetite é conhecida em si como revestimento protector em partes da instalação de ferro e mesmo desejada. No entanto, sob determinadas circunstâncias podem-se libertar partículas de um revestimento de magnetite compacto que se depositam noutro ponto da instalação e favorecem a oxidação do glicol por catálise. Estas partículas de magnetite podem, de facto, ser isoladas em pequenas quantidades, por filtração, durante o processo. Se estas partículas forem surgindo continuamente então é necessário proteger a instalação da corrosão por outros meios.
Através da adição de acordo com a presente invenção de ácido fosforoso ou de fosfitos durante o processo de destilação, pode-se evitar tanto a corrosão por formação de magnetite como a oxidação indesejada do glicol. A presente invenção é agora esclarecida em pormenor através dos exemplos de concretização que se seguem.
Exemplos de concretização
Com auxílio das experiências descritas nos Exemplos 1 e 4 foi examinada a influência da material de construção da instalação na formação de aldeído a partir de etilenoglicol: 8
Exemplo 1
Experiência de destilação com etilenoglicol
Em primeiro lugar destilou-se num aparelho de destilação simples, constituído por bolhas de ebulição com capilares de ebulição, coluna de corpos de enchimento (I = 40 cm; d = 2,5 cm), refrigerante em posição ascendente, possibilidade e dispositivo gerador de vácuo, etilenoglicol (700 a 800 ml) a 200 mbar e 150 a 160 °C de temperatura do depósito de decantação. Deixou-se 13 % do depósito de decantação, a duração da experiência foi de cerca de 2 horas. Utilizou-se como corpos de enchimento para a coluna anéis de vidro ou de ferro. Através dos capilares de ebulição fez-se passar bolhas de ar ou de azoto.
Os resultados encontram-se resumidos no Quadro 1.
Quadro 1 :
Destilação do glicol através de corpos de enchimento de vidro ou de ferro
Condição: Corpos de enchimento Vidro Ferro livre Aldeído (ppm)1)3) total1 2 livre total1 Ar destilado 27 38 42 53 resíduo <5 51 30 55 balanço 24 40 40 53 Azoto destilado 14 25 24 30 resíduo <5 57 12 52 balanço 13 29 22 33 1) Aldeído - valores de partida: livre = 15 ppm, total = 22 ppm 1 A diferença entre aldeído livre e total reside no chamado “aldeído ligado” que no presente caso, especialmente sob a forma dos acetais, se subtrai à determinação directa. 2 A determinação dos valores de aldeído foi realizada segundo o “método MBTH”, um método fotométrico para aldeído livre e ligado (análogo ao E. Savicky et al, (1961) Analyt. Chem., 33, 93-96). 9
Para a interpretação dos dados analíticos importa acima de tudo o balanço (isto é, obtido respeitando a proporção do resíduo de destilação : destilado de 13:87) dos conteúdos de aldeído totais do quadro.
Na presença de ar verificou-se um aumento do conteúdo total de aldeído, no entanto, no caso do corpo de enchimento ser ferro este cai com nitidamente mais intensidade. Além disso forma-se sobre estes corpos de enchimento uma camada negra, granulosa e com grande mobilidade de magnetite.
Se a destilação for realizada sob atmosfera de azoto, a formação de aldeído é consideravelmente menor até ser praticamente desprezível.
Exemplo 2
Experiências sob refluxo
Noutras experiências aqueceu-se o glicol no aparelho de acordo com o Exemplo 1 e praticamente nas mesmas condições, sob refluxo, portanto sem separação por destilação. Desta forma consegue-se manter ao longo de um maior período de tempo um contacto entre o espaço de evaporação e a matéria prima sob investigação, de forma que os efeitos produzidos sejam mais intensos. A coluna funcionou ou como coluna de vidro simples (vazia) ou cheia com aparas de ferro. Através do dispositivo experimental que acabámos de descrever foi simulado um “refrigerador de refluxo” de ferro ou um evaporador correspondente com contacto das fases gasosas.
Os resultados encontram-se resumidos no Quadro 2.
Ebulição sob refluxo do glicol em presença de corpos de enchimento de ferro na fase gasosa 10
Quadro 2:
Ebulição sob refluxo do glicol em presença de corpos de enchimento de ferro na fase gasosa
Experiência N.° Tempo (h) Atmosfera Aldeído1*3) [PPm] 1 13 Ar 162 2 14 Ar 180 3 12 Azoto 40 I 4¾ 20 Ar 38 | 1) Aldeído total 2) Experiência de controlo em vidro 3) Valores de partida do aldeído 23 ppm
Observou-se que o etilenoglicol, com admissão de ar, formava muito aldeído sobre a superfície do ferro em relatívamente pouco tempo.
Especialmente uma comparação com a experiência cega (N.° 4), a qual apesar do tempo de operação mais prolongado (20 horas) apresentou apenas um aumento do conteúdo de aldeído em 15 ppm, esclareceu o encadeamento entre a formação de aldeído e a superfície de ferro. Durante a experiência, a superfície de ferro cobre-se de uma camada de óxido escura em presença de oxigénio.
Exemplo 3
Ebulição sob refluxo em fase imersa
Num aparelho de vidro de acordo com o Exemplo 1, levou-se a ebulição um monoetilenoglicol puro (MEG) sob refluxo, (p = 200 mbar; T = 150 - 160 °C) No depósito de decantação colocaram-se aparas de ferro que ficaram totalmente imersas, portanto sem poderem entrar em contacto com a fase gasosa. Uma vez mais fizeram-se passar bolhas de ar através dos capilares de ebulição. O quadro 3 mostra os valores de aldeído totais medidos no fim da experiência. 11
Quadro 3:
Ebulição sob refluxo do glicol em presença de corpos de enchimento de ferro em fase imersa | N.° Material Atmosfera Aldeído1) [ppm] 1 Vidro Ar 38 2 Vidro + Ferro Ar 39 (imersão) 1) Valores de partida 23 ppm
Nesta conformidade, o ferro em fase imersa comporta-se tal como o aparelho de vidro vazio, a intensa formação de aldeído nas experiências anteriores deve, então, decorrer na fase gasosa.
Exemplo 4
Pré-tratamento com ácido fosforoso
Em duas experiências paralelas encheu-se uma coluna de vidro com os seguintes corpos de enchimento: (1) Aparas não tratadas (2) Aparas que tinham sido colocadas durante a noite numa solução a 1 % de ácido fosforoso em glicol. A realização da experiência deu-se de acordo com o Exemplo 2.
Os resultados encontram-se resumidos no Quadro 4. 12
Quadro 4:
Efeito de um pré-tratamento do corpo de enchimento com ácido fosfórico N.° Tratamento Duração (h) Aldeído total [ppm]1) 1 / 13 162 2 H3PO3 45 40 1) Valores de partida 23 ppm
Com admissão de ar, no caso das aparas de ferro não tratadas gera-se aldeído com formação e depósito simultâneos de magnetite.
No caso das aparas de ferro tratadas praticamente não se verifica esta corrosão e a fase líquida mantém-se quase límpida. A fracção de aldeído recém-formado é claramente inferior à do primeiro caso.
Durante o tratamento com ácido fosforoso as aparas cobrem-se com uma camada verde que se mantém durante o tempo da experiência.
Exemplo 5
Ensaio industrial
Foi realizada uma experiência numa instalação de produção em processamento contínuo, cujo funcionamento obedece essencialmente ao esquema apresentado na Fig. 1 anexa. Após reacção dos reagentes H20 e óxido de etileno (EO) no reactor (1) e desidratação do produto em bruto na coluna de secagem (2), adiciona-se à mistura de etilenoglicol, após passagem do evaporador (3) e antes da entrada na coluna de destilação (4), ácido fosforoso (dissolvido em monoetilenoglicol) numa concentração de 20 ppm, de forma contínua. Observa-se uma nítida diminuição do conteúdo de aldeído total no monoetilenoglicol puro (MEG) (cf. Quadro 5). 13 j
Quadro 5:
Diminuição do conteúdo de aldeído total em monoetilenoglicol preparado à escala industrial. I Aldeído na Aldeído na Ajuste do mistura reaccional fracção de MEG equilíbrio após J 10-30ppm < 10 ppm 2 horas
Simultaneamente diminui também a quantidade da ferrugem ou magnetite que se consegue remover por filtração do resíduo de destilação.
Facultativamente pode-se também acrescentar H3PO3 imediatamente antes das colunas de destilação (5) e (6), caso isto seja requerido pela preparação de dietilenoglicol (DEG) ou trietilenoglicol (TEG) com um conteúdo de aldeído reduzido.
Lisboa, 2 h JUL.
Dra. Maria Silvina Ferreira
Agente Ofio;o j·. *- .·. ,-Je 'ndastral R. C3.*-í'í :·. *0 - r? _ J- ·δ.’κ5Β0Α Telets. 2 j ; oód - 2138150 50

Claims (9)

1
REIVINDICAÇÕES 1. Processo para a obtenção de glicóis com um conteúdo de aldeído reduzido, a partir de misturas que contêm glicol, caracterizado por se tratar previamente a superfície de um equipamento utilizado na produção do glicol, feito de material corrosível, na sua totalidade ou em parte com pelo menos um composto de fósforo redutor, em que se adiciona à mistura que contém glicol o composto de fósforo antes ou depois do processamento da mistura e se separa depois por destilação o(s) glicol(glicóis) e em que eventualmente se trata previamente o equipamento utilizado para o processamento da mistura na sua totalidade ou em parte com o composto de fósforo redutor.
2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se realizar o tratamento prévio de forma descontínua, pelo menos nas áreas do equipamento que estão em contacto constante ou temporário com o glicol em fase vapor, durante o processamento.
3. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se adicionar de forma contínua à mistura que contém glicol o composto de fósforo numa proporção de cerca de 10 a cerca de 5000 ppm, por eventualmente se misturar e se separar em seguida o(s) glicol(glicóis) da mistura.
4. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado por se tratar de forma descontínua o equipamento, na sua totalidade ou em parte, com uma solução que contém o composto de fósforo numa proporção entre cerca de 0,1 e cerca de 10 % em peso.
5. Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por se enxaguar, inundar, irrigar ou pulverizar o equipamento, na sua totalidade ou em parte, com a solução.
6. Processo de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o composto de fósforo ser seleccionado de entre ácido fosforoso e os seus sais.
7. Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por se seleccionar 2 \JU o sal do ácido fosforoso de entre os sais hidrossolúveis, em especial fosfitos de metais alcalinos, cálcio e zinco.
8. Processo de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a mistura que contém glicol a processar ser uma mistura reaccional da preparação de etilenoglicol.
9. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por a mistura que contém glicol a processar ser seleccionada de resíduos líquidos, tais como líquidos anti-congelantes e refrigerantes usados, bem como de resíduos da indústria química. Processo de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por se obter monoetilenogiicol, dietilenoglicol e/ou trietilenoglicol com um conteúdo de aldeído reduzido em qualquer dos casos.
Agente Ofl R. Cj.t:: Teiefs. 2 ,SB0A ò;;vj - 2ioôio0 50
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