PT87473B - Isqueiro de bolso - Google Patents

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PT87473B
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Classifications

    • FMECHANICAL ENGINEERING; LIGHTING; HEATING; WEAPONS; BLASTING
    • F23COMBUSTION APPARATUS; COMBUSTION PROCESSES
    • F23QIGNITION; EXTINGUISHING-DEVICES
    • F23Q2/00Lighters containing fuel, e.g. for cigarettes
    • F23Q2/16Lighters with gaseous fuel, e.g. the gas being stored in liquid phase
    • F23Q2/162Lighters with gaseous fuel, e.g. the gas being stored in liquid phase with non-adjustable gas flame
    • F23Q2/163Burners (gas valves)

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  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Combustion & Propulsion (AREA)
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  • Lighters Containing Fuel (AREA)
  • Fuel-Injection Apparatus (AREA)
  • Chair Legs, Seat Parts, And Backrests (AREA)
  • Actuator (AREA)
  • Food Preservation Except Freezing, Refrigeration, And Drying (AREA)
  • Non-Portable Lighting Devices Or Systems Thereof (AREA)

Description

INVENTORES:
Reivindicação do direito de prioridade ao abrigo do artigo 4? da Convenção de Paris de 20 de Março de 1883.
Estados Unidos da América, em 14 de Maio de 1987, sob o n9. 050,161.
INPt. MOO. 113 R F 16732
Memória descritiva referente ã patente de invenção de Friedr_i ch Scháchter, austríaco, comer ciante, residente em Draschestrasse 31, A-1232 Wien, Áustria, para ISQUEIRO DE BOLSO,
MEMÕRIA DESCRITIVA
Campo técnico
A presente invenção refere-se a um isqueiro, em particular a um isqueiro de bolso descartável, no qual o fluxo de combustível é interrompido quando poeiras, conta minação, corrosão ou produtos da erosão impedirem o correcto fun cionamento do mecanismo do isqueiro.
Técnica fundamental
A maioria dos isqueiros vendidos no mercado internacional actualmente incluem um tubo queimador móvel para abrir e fechar a válvula permitindo assim o escoamento do combustível para ser inflamado e formar uma chama. Um movimen to inicial aplicado com o dedo polegar faz rodar uma roda de ignição para produzir faíscas para fazer a inflamação do combustível na ponta do tubo queimador. Imediatamente a seguir a isso, o tubo queimador, que se desloca em relação à caixa num espaço de folga previsto para esse fim, é levantado por um braço de alavan ca que ê operado pela força proporcionada pelo movimento contínuo do dedo polegar que contacta com uma porção da alavanca destinada a aplicar o dedo polegar numa extremidade oposta do tubo
queimador. Esta força na alavanca actua atrás de um centro de ro tação por forma a deslocar o tubo queimador para uma posição de abertura, que permite que o combustível se escoe do dispositivo de aprovisionamento para a ponta do tubo queimador. Quando o com bustivel chega à ponta do tubo queimador é inflamado pelas faíscas para formar uma chama. Quando o isqueiro não é usado, uma mo la, normalmente colocada por baixo da porção da alavanca para aplicação do polegar, proporciona a força ao braço da alavanca para manter a válvula numa posição fechada. Esta força é capaz de resistir à exposição às condições usuais de manuseamento e transporte sem abrir a válvula nas alturas em que isso não é desejado .
A força da mola é geralmente da ordem de cerca de 454 g (1 libra). Esta força é suficiente para vencer a pressão do combustível que tende a abrir a válvula (nor malmente de 56,7 a 113,4 g (2 a 4 onças) e para proporcionar a força adicional necessária para vedar a válvula apesar da existência possivel de imperfeições da superfície das peças componen tes de modo a obter um fecho de vedação fiável do queimador (outros 56,7 a 113,4 g (2 a 4 onças)), bem como para vencer as forças produzidas por obstruções menos importantes entre o tubo que^. mador móvel e a caixa que podem provocar um maior atrito durante o movimento do tubo queimador (estimadas em aproximadamente 113,4 g (4 onças) ou menos.
Como o isqueiro ê acesso repetidamente, a acção da roda de ignição na pedra de isqueiro produz partículas de põ abrasivo que podem entrar no espaço entre o tubo queimador móvel e a caixa. Também os fios ou o põ dos tecidos do bolso do vestuário onde se traz o isqueiro representam uma ou tra fonte de sujidade que pode entrar nesse espaço. 0 isqueiro também estará sujeito a várias condições climáticas, quer de calor quer de frio, com muita ou pouca humidade, podendo igualmente contactar com líquidos ou alimentos, proporcionando tais condições uma fonte de contaminantes adicionais que podem impedir o movimento correcto do tubo queimador entre as posições aberta e fechada.
Se estes contaminantes proporciona2
rem uma força de mais 56,7 a 113,4 g (2 a 4 onças), então a força da mola será insuficiente para fechar e vedar adequadamente a válvula. Não ê prático aumentar substancialmente a força da mola pois isso impediria a operação normal do isqueiro com o dedo poI legar, tornando mais difícil e mais incómodo obter a chama. Além í disso, se se aumentasse de facto a pressão da mola o braço da ! alavanca ou outras partes componentes seriam danificados devido |a tensões excessivas. Tais forças mais elevadas podem também pro iivocar a deformação irreversível de certas partes componentes, em
H li particular as de natureza elastomerica.
ii Nenhum dos isqueiros da técnica aníterior de que o Requerente tem conhecimento teve em conta a tota lidade deste problema. Por conseguinte, até agora não tem havido quaisquer soluções para resolver um tal problema não reconhecido.
' O presente pedido de patente apresenta um isqueiro que se torna inoperativo quando os contaminantes se acumulam entre o tubo quei
I mador e a caixa suficientemente para impedir o fecho e a vedação apropriados da válvula de modo a impedir o escape do combustível quando isso não for desejado. Este resultado é obtido proporcionando uma força consideravelmente menor para abrir a válvula em comparação com a força da mola usada para fechar a válvula, em contraste com os isqueiros da técnica anterior.
Sumário da invenção
A presente invenção refere-se a um isqueiro que queima combustível compreendendo um aprovisionamento de combustível gasoso liquefeito, meios de queimador comunicando com o aprovisionamento de combustível, meios de válvula co locados entre o aprovisionamento de combustível e os meios de queimador, meios para proporcionar uma primeira força para reter os meios de válvula numa posição fechada para impedir que o combustível gasoso passe através dos mesmos, e meios para proporcio nar uma segunda força oposta à primeira força e menor que ela pa ra polarizar os meios de válvula com tendência para a posição aberta. A segunda força está geralmente compreendida entre —ς e y
- 1 1 0 2 do valor da primeira força, de preferencia entre e do refer_i do valor.
Os meios de válvula podem incluir uma sede de válvula e uma vedação que pode operar entre posições ' de válvula aberta e de válvula fechada. Os meios de queimador es tão dispostos e ligados de modo tal que o movimento dos meios de queimador de uma primeira para uma segunda posições abrem e fei cham os meios de válvula. De preferência, os meios para proporcionar a segunda força compreendem meios elásticos dispostos aplicados aos meios de queimador de modo a polarizar os meios de queimador com tendência para a posição de válvula aberta. Os meios elásticos podem ser um elemento de um elastómero mantido num estado comprimido pela primeira força.
Numa disposição preferida, os meios de queimador incluem meios que se estendem lateralmente para fora e o elemento de elastómero é colocado aplicado aos meios que se estendem para fora e mantido numa condição de compressão pela primeira força que actua nos meios que estendem para fora. Estes meios que se estendem para fora podem ser um flange anular que se estende para fora do tubo queimador e o elemento de elastómero pode ser um anel de elastómero colocado em torno dos meios de queimador e aplicado ã superfície inferior do flange anular. Nor malmente, o tubo queimador tem uma configuração com a secção transversal na generalidade circular e o anel de elastómero é feito de borracha sintética ou natural, que é moldada ou cortada por estampagem a partir de uma tira plana.
Os meios elásticos são de preferência um anel circular de elastómero com superfícies superior e in ferior substancialmente planas e uma configuração de secção transi versai definida por uma parede interior e uma parede exterior concêntrica com a parede interior. As paredes interior e exterior têm cada uma uma configuração côncava para desse modo minimizar a variação da força de polarização entre as posições de válvula aberta e de válvula fechada. Vantajosamente, este anel de elastómero é dimensionado e posicionado de modo a impedir a entrada de matérias estranhas no interior do espaço que envolve os meios de queimador.
anel estã ligeiramente comprimido para proporcionar força de polarização elástica suficiente para
abrir os meios de válvula quando se deixa o anel expandir-se para a sua configuração original. A espessura não comprimida do anel seria em geral comprimida entre cerca de 0,2 e 0,4 mm (0,008 e 0,016) de modo a proporcionar uma força de abertura de cerca de 85 a 226,8 g (3 a 8 onças). Geralmente, o anel é cor tado por matriz de uma folha, de modo a formar paredes laterais interior e exterior concêntricas cada uma com uma concavidade pré-determinada.
Tal recorte ê obtido por uma operação controlada que proporciona as concavidades pré-determinadas das paredes laterais dos aneis finais, quando vistos em secção transversal e como se descreverá mais adiante. Está também nos objectivos da presente invenção usar mais de um anel de elastôme ro para proporcionar uma segunda força menos progressiva.
Numa forma de realização alternativa, os meios elásticos compreendem uma mola metálica colocada aplicada aos meios de queimador e mantida num estado de compressão pela primeira força.
Usualmente, os meios de válvula estão ligados ao tubo queimador para formar um conjunto do tubo queimador. Assim, o movimento do conjunto do tubo queimador desloca correspondentemente os meios de válvula entre posições aber ta e fechada.
Breve descrição dos desenhos
Outros benefícios e vantagens da presente invenção tornar-se-ão evidentes a partir da descrição seguinte, feita com referência aos desenhos anexos que especificam e representam formas de realização preferidas da presente in venção. As figuras representam:
A fig. 1, uma vista parcial em corte transversal de um isqueiro segundo a presente invenção, com a válvula na posição fechada;
A fig. 2, uma vista parcial em corte transversal do isqueiro da fig. 1, com a válvula na posição aberta;
A fig. 3, uma vista parcial em cor- 5 -
te transversal de um mecanismo de actuação da válvula de outro isqueiro segundo a presente invenção;
A fig. 4, um pormenor da mola de abertura da válvula da fig. 3;
í A fig. 5, uma vista parcial em corte transversal de outro mecanismo de actuação da válvula segundo a presente invenção;
A fig. 6, um pormenor da mola de abertura da válvula da fig. 5;
A fig. 7, uma vista parcial com cor te transversal de uma outra forma de realização da actuação da válvula; e
As fig. 8a, 8b, uma vista parcial com corte transversal de uma outra forma de realização.
Por uma questão de clareza, todas as porções ou partes dos isqueiros que não são necessários para uma explicação da presente invenção foram omitidas.
Descrição pormenorizada das formas de realização preferidas
A presente invenção evita os inconvenientes atrás descritos proporcionando um isqueiro com uma vã.1 vula que se mantém numa posição fechada quando existam sujidades ou contaminação que interfiram com o funcionamento correcto do isqueiro. Igualmente é obtido um fluxo consistente do gás, com custos de produção reduzidos.
Com referência em primeiro lugar ã fig. 1, nela estã ilustrado um conjunto (10) de controlo do combustível para um isqueiro de bolso segundo a presente invenção.
O combustível gasoso liquefeito (12) ê mantido num reservatório numa porção inferior do isqueiro. Nesta forma de realização mostra-se um espaço suficiente entre o nível superior normal (13) do combustível e o elemento de controlo do fluxo do combustível (11), situado na extremidade inferior do conjunto de controlo do combustível (10). Porém, tal espaço não ê essencial e o nível do líquido pode estar em contacto com o mecanismo de controlo do combustível directamente ou através de uma torcida ou de um tubo mergulhante, para outros conjuntos de controlo do combustível
jsem afectar o fecho da válvula.
ι
Como uma pessoa conhecedora desta matéria compreende, quando a válvula se abre, o combustível flui desde o depósito de combustível (12), e através do elemento (11) ;de controlo do fluxo de combustível e depois para a ponta do tuj bo queimador, onde pode formar-se uma chama inflamando o combustível gasoso, de uma maneira bem conhecida nesta técnicas. Por conseguinte, para explicar a presente invenção, o termo a monί tante será usado para designar componentes ou lados de componen tes que são contactados em primeiro lugar pelo combustível que se escoa a partir do depósito de combustível, enquanto que o ter ; mo a jusante será usado para designar componentes ou lados de componentes que são contactos subsequentemente pelo combustível que flui para a ponta do queimador.
conjunto (10) de controlo do fluxo do combustível inclui um tubo queimador (21) tendo uma conduta (22) de condução do gás e um furo (15) de condução do gás para dirigir o combustível gasoso directamente para a ponta (24) do queimador. O combustível passa inicialmente através de um ele mento (11) de controlo do fluxo de combustível que regula o fluxo de combustível para a ponta do queimador para impedir golpes de fluxo e proporcionar um fluxo consistente. Os elementos de controlo do fluxo de combustível apropriados incluem os descritos nas patentes americanas N9s. 4 496 309 e 4 540 345, embora possam ser utilizadas outras disposições, com ou sem ajustamento da altura da chama sem nos afastarmos das características dos is queirós segundo a presente invenção. Como é evidente para um especialista destas técnicas, os isqueiros segundo a presente invenção podem utilizar um tubo mergulhante ou uma torcida.
Uma vedação de válvula (18) está fixada na extremidade de montante do tubo queimador (21) e é utili zada para impedir ou permitir que o combustível gasoso passe do furo (16) da válvula para a ponta (24) do queimador. A vedação (18) da válvula ê mantida numa posição fechada por meio de uma mola (não representada, mas ver (30) na fig. 3), que actua na alavanca (2 6) que retém e mantém o tubo queimador (21) numa posi^
Ição fechada, de modo que a vedação (18) da válvula cobre o furo (16) da válvula. Um material preferido da vedação (18) da válvu7
la é a borracha, sendo a vedação mantida de maneira segura no tu bo queimador rebordeando as extremidades (19) do tubo queimador (21) em torno da vedação da válvula (18). 0 tubo queimador (21) é de preferência feito de alumínio, zinco, cobre ou ligas dos mesmos.
combustível gasoso proveniente do
I aprovisionamento (12) passa através de uma membrana microporosa (14), atingindo assim em preenchendo o furo (16) da válvula. Quar — - - j do o isqueiro não esta em funcionamento, isto e, quando o combus tlvel não flui para a ponta (24) do queimador para facilitar a formação e a alimentação de uma chama, a vedação (18) da válvula é mantida numa posição fechada em contacto firme e estanque com o furo (16) da válvula. Quando o tubo queimador (21) sobe, proporciona-se um espaço entre a sede (17) da válvula e a vedação (18) da válvula. Assim, o combustível pode escoar-se do furo (16) da válvula, em torno da vedação (18) da válvula, depois através da ranhura (20) e do furo (22) do tubo queimador, para a ponta (24) do queimador, e em seguida para fora do isqueiro onde pode formar-se uma chama. O valor da folga (23) em combinação com o comprimento L ao longo do qual essa folga se estende impede a passagem do combustível gasoso através do espaço da folga quando a válvula está na posição aberta representada na fig. 2. Assim, quando a vedação da válvula for afastada da sua sede (17), o com bustível escoa-se exclusivamente através do furo (22) do tubo queimador (21) para a sua ponta (24) para manter a chama.
Em alguns casos, o anel (36) de elas tõmero, que polariza a vedação (18) da válvula com tendência para a posição aberta, e a estrutura envolvente, podem ser utiliza dos para proporcionar uma capacidade adicional de vedação, por exemplo limitando o movimento de subida do flange (28) para manter o contacto estanque entre o anel (36) e a face inferior do flange (28). Contudo, esta estrutura adicional é puramente optativa devido ã prevenção jã efectiva de passagem de combustível gasoso através da folga (23) como atrás se referiu. A incorporação dessa caracteristica optativa também manterá o espaço da foi. ga livre de contaminantes tais como detritos da roda de ignição que, de outro modo tentariam entrar no referido espaço da folga
(23). Essa estrutura adicional pode incluir um batente limitador superior para o flange (28), de preferência fixado na caixa (25) como se representa, por exemplo, a tracejado, em (29) na fig. 2. Tal batente limitador superior pode também optativamente ser incorporado na forma de realização da fig. 3 (não representado) pa ra impedir um movimento excessivo de subida da vedação (18) da válvula.
Como melhor se vê na fig. 3, a veda ção (18) da válvula é mantida em contacto firme e estanque com a sede (17) da válvula pela alavanca (26). A alavanca (26) faz pressão no flange (28) que de preferência ê integral com o queimador (21) e empurrado por uma força geralmente da ordem de gran deza de aproximadamente 454 g (1 libra) fornecida pela mola (30) Para abrir a válvula, o utilizador aplica com o dedo polegar uma força na porção (32) de aplicação do dedo, que faz parte da extremidade oposta da alavanca (26). Assim, a alavanca (26) roda em torno do ponto (34) e, quando o utilizador aplica a força com o dedo polegar na porção (32), a alavanca (26) move-se no sentido ascendente afastando-se do flange (28) do queimador (21).
Fazendo de novo referência à fig. 1, quando a alavanca (26) se afasta do flange (28), é aliviada a força de fecho no flange (28), no tubo queimador (21) e na vedação (18) da válvula. O tubo queimador (21) é levantado por acção dos meios de abertura da válvula, ilustrados nesta forma de realização pelo anel (36) de elastõmero, para permitir que o gás se escoe do aprovisionamento (12) para a ponta (14) do queimador. 0 anel de elastõmero (36) é de preferência feito de borracha natural ou sintética com elasticidade suficiente para proporcionar uma força ascendente da ordem de grandeza de cerca de 142 g (5 onças). Verificou-se que os requisitos de força preferidos para os meios de abertura da válvula devem geralmente estar compreendidos entre -|· e , de preferência entre e da força proporcionada pelos meios de mola (30). Assim, para os isqueiros que usam outros tipos de alavanca e dispositivos de mola, a força proporcionada pelos meios de abertura da válvula ou pelo anel de elastõmero (36) deve ser reduzida à escala correspondentemente.
Como atrás se notou, a força propor cionada por este anel (36) não deve ser maior que a necessária apenas para vencer a resistência para separar a vedação (18) da válvula da sede (17) da válvula devida à aderência, bem como a resistência devida ãs imperfeições de fabrico menores nos componentes do conjunto (10) de controlo do combustível, mais a resis tência provocada pelas inevitáveis sujidades e poieiras mínimas que tipicamente se encontram e que conseguem passar para o estreito espaço da folga (23) entre o tubo queimador (21) e a caixa (25). A força de baixo para cima no flange (28) proporcionada pelo anel de elastõmero (36) eleva assim a vedação (18) da vãlvu la até à maior das distâncias mínimas que permitem que o combustível passe do aprovisionamento (12) para a ponta (24) do queima dor para formar uma chama depois da inflamação. Essa distância é da ordem de alguns centésimos de milímetro (alguns milésimos de polegada), conforme a precisão e as tolerâncias das partes compo nentes. Esta distância é proporcionada pelo movimento do anel de elastõmero (36) devido ao alívio da pressão da alavanca (26) . E_s te movimento ê devido à recuperação do anel de elastõmero (36) depois de ser retirada a força de fecho de compressão proporcionada pela alavanca (26).
A fig. 2 ilustra o tubo de acendimento e queimador numa posição aberta, podendo o combustível de£ locar-se do aprovisionamento (12) para a ponta (24) do queimador, para a inflamação e manutenção da chama. O dedo polegar do utili. zador proporciona o movimento descendente da porção (32) da alavanca (36) destinada a aplicar o dedo polegar e desloca a extremidade (27) da alavanca de uma distância de cerca de 2,54 mm (0,1), afastando assim a mesma do flange (28). A extremidade (27) da alavanca que estâ em comunicação com o flange (28) do tu bo queimador (21) não tem necessãriamente de circundar a ponta (24) do queimador. Uma extremidade (27) da alavanca aberta em forquilha é perfeitamente apropriada e, em certos casos, preferi, da pela facilidade de fabricação e montagem do mecanismo (10) de controlo do combustível do isqueiro.
Fazendo de novo referência à fig. 3, estâ representado outro meio de abertura da válvula para proporcionar uma força de abertura no tubo queimador (21). Este meio é representado na forma de uma mola (40) que normalmente estaria
numa posição horizontal. Como atrãs se notou, a força de baixo para cima proporcionada pela mola (40) é de preferência da ordem de grandeza entre cerca de j e j da proporcionada pela mola (30) para fechar a vãlvula. A porção (39) de fixação da mola (40) estã situada na guia (41) da pedra do isqueiro, assentando em porções de apoio (42) e é mantida na sua posição pela deslocação de pequenas porções (43) de material da guia (41) da pedra do isqueiro. Tais deslocamentos pode ser feitos encalcando o material da guia (41) da pedra de isqueiro com uma ferramenta aguçada (não representada) em vãrios pontos. Este procedimento é preferi^ do visto que as larguras das porções marginais que definem a por ção de fixação (39) da mola (40) são da ordem de 0,76 mm (0,03) devido em parte a limitações de espaço à volta da mesma. A simples montagem por pressão da mola em torno da guia (41) da pedra do isqueiro, por exemplo, tenderia a distorcer a porção de fixação (39) da mola (40) .
Na fig. 4 estã representado um pormenor da mola (40). Vantajosamente, esta mola (40) é recortada com matriz de uma folha metálica fina com uma resistência sufic_i ente para proporcionar a força desejada. Como facilmente compreende um especialista da matéria, conforme o metal escolhido, a espessura da mola (40) pode variar para obter as forças apropria das desejadas.
A fig. 5 representa uma outra forma de realização da presente invenção, sendo a força de baixo para cima fornecida pela mola (50) em forma de taça. Na fig. 6 estã representado um pormenor desta mola (50). Mais uma vez, a mola (50) proporciona uma força de elevação muito ligeira para abrir a vãlvula e permitir que o combustível passe do aprovisionamento para a ponta do seu queimador. Este movimento ascendente muito ligeiro é vantajoso pelo facto de expor uma ãrea muito menor da superfície exterior do tubo queimador e minimiza a introdução de sujidades e outros contaminantes para o espaço da folga (23) entre o tubo queimador (22) e a caixa (25).
A fig. 7 ilustra uma outra forma de realização dos meios que geram a força de abertura segunda a pre sente invenção, sendo esses meios formados por uma mola helicoi11
dal (60). Esta mola helicoidal (60) é colocada por baixo do tubo queimador de modo que se aplica a um ressalto de apoio (62) e à porção inferior do tubo queimador (21) e ã porção da base (64) por baixo da vedação (18) da válvula e da sede (17) da válvula. Como na outra forma de realização, a mola (60) proporciona a mínima intensidade da força necessária para abrir a válvula e permitir que o gás se escoe através da mesma, enquanto que satisfaz os outros parâmetros que proporcionam forças atrás descritos.
A mola helicoidal (60) da fig. 7 po de também ser substituída pelo desenho e a utilização apropriados dos elementos que proporcionam forças de qualquer das fig. 1 a 5. Porém, quando proporcionada na porção interior da caixa, ve rificou-se que o dispositivo da mola helicoidal é o mais simples relativamente ao desenho e ao fabrico da ponta do queimador e da caixa. Nesta forma de realização, é também possível utilizar o anel de borracha das fig. 1 e 2 na porção superior por baixo do flange (28), não com a finalidade de proporcionar uma força de baixo para cima mas sim como um elemento de vedação para minimizar a entrada de sujidades e outros contaminantes no espaço da folga entre o tubo e a caixa. Como atrás se notou, minimizando a entrada de sujidade ou outros contaminantes no referido espaço, minimiza-se a prisão do isqueiro por contaminantes abrasivos e ou a corrosão do tubo ou da caixa, de modo que o isqueiro pode ter uma maior duração com funcionamento aceitável.
As fig. 8a, 8b representam uma forma de realização da presente invenção que utiliza um elemento (70) em forma de taça, moldado com material elastõmero e montado em contacto com o flange (28) e com a caixa (25) para garantir uma protecção fiável contra a contaminação do espaço estreito (23), bem como para proporcionar uma força que polariza a válvula com tendência para a posição aberta. Por uma escolha apropria da das características do elastõmero e da sua forma, a referida força de polarização aumente apenas de uma quantidade relativamente pequena quando se desloca o tubo queimador (21) da posição aberta para a posição fechada. A fig. 8b mostra o tubo queimador na posição aberta, com a taça (70) distendida e a fig. 8a mostra a posição fechada.
Como se vê nos desenhos, a alavanca (26) de preferência inclui uma extremidade em forma de forquilha em torno da ponta (24) do queimador. Se se desejar, é também pos^ sivel utilizar uma porção anular circular na extremidade da alavanca, em vez da forquilha, ou qualquer outro meio apropriado pa ra a transferência da força proporcionada pela mola (30) para o flange (28) e o tubo queimador (21). Tem de ter-se a precaução de garantir que a alavanca (26) na sua posição mais subida (ver a fig. 2) estã suficientemente distante da ponta (24) do tubo queimador a fim de não ser afectada (isto é, queimada) pela chama.
Mas, na eventualidade de a sujidade de contaminantes ou outras impurezas entrarem no espaço de folga (23) entre o tubo queimador (22) e a caixa (25) , a força de fecho proporcionada pela mola (30) deve ser suficiente para vencer a resistência dos contaminantes de modo a fechar efectivamente a válvula. Porém, quando a resistência produzida pelos contaminantes exceder a força substancialmente menor dos meios de abertura da válvula (isto é, da ordem de a da força dos meios de fecho) , a válvula será impedida de abrir, mantendo-se assim numa posição fechada para impedir que o combustível se escape do depõ sito de aprovisionamento. Embora isso torne o isqueiro inoperati_ vo, proporciona também segurança na medida em que o combustível não pode continuar a escoar-se ou a escapar-se do depósito de aprovisionamento (12), como sucede nos isqueiros da técnica ante rior quando a contaminação se estabelece a um ponto em que a mola não pode repor o tubo queimador (21) numa posição fechada depois de o tubo queimador (21) ter sido forçado para uma posição aberta por pressão do dedo polegar. Um tal resultado não pode ser conseguido se a alavanca (26) for usada para elevar o tubo queimador (21), visto que a força proporcionada pelo dedo polegar do utilizador ê muito maior que a força de fecho fornecida pela mola (30). Por conseguinte, a vedação da válvula e o tubo queimador (21) podem ser forçados para uma posição aberta onde se manteria, incapaz de voltar a uma posição apropriadamente fechada quando se retira a pressão do dedo polegar, deixando assim o com bustivel escapar-se do depósito de aprovisionamento.
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Se se desejar, o isqueiro segundo a presente invenção pode ser provido de uma chama não ajustãvel ou ter meios para ajustar a chama com uma altura pré-determinada. Também podem incluir-se as características normalmente usadas pe los isqueiros da técnica anterior para satisfazer os desejos dos entendidos na matéria.
Embora seja evidente que o isqueiro segundo a presente invenção aqui apresentado estã bem calculado para atingir os objectivos atrãs mencionados, compreender-se-ã que podem os entendidos na matéria conceber numerosas modificações e formas de realização, pretendendo-se que as reivindicações anexas cubram todas essas modificações e formas de realização desde que se enquadrem no verdadeiro espírito e escopo da presen te invenção.
REIVINDICAÇÕES

Claims (11)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Isqueiro de bolso que queima combustível compreendendo:
    uma alimentação de combustível gasoso liquefeito (12); meios de queimador (21,24,28) que comunicam com o referido suprimento de combustível (12);
    meios de válvula (17,18) colocados entre o referido suprimento de combustível (12) e os referidos meios de queimador (21,24,28), numa caixa, constituindo a única passagem para todo o combustível proveniente do referido suprimento (12) para os referidos meios de queimador (21,24,28), enquanto que se define uma folga (23) para permitir que os referidos meios de queimador possam colocar-se na referida caixa de maneira móvel; compreendendo os referidos meios de válvula (17,18) uma sede de válvula (17) e uma vedação de válvula (18) móvel entre posições de abertura e de fecho;
    meios para produzir faíscas, inflamando o combustível; meios (26,27) para proporcionar uma força de fecho para reter os referidos meios de válvula (17,18) numa posição fechada para impedir que o combustível gasoso passe do referido suprimento de combustível (12) para os referidos meios de queimador (21,24,26), enquanto que a referida força de fecho, como primeira força, é proporcionada por um primeiro meio elástico e é contrariada por uma segunda força menor proporcionada por um segundo meio elástico (36, 37) que polariza os referidos meios de válvula (17,18) com tendência para a referida posição aberta, sendo a referida primeira força susceptível de ser vencida aplicando manualmente forças contrárias que permitem que a referida segunda força (36,37) abra os meios de válvula (17,18) logo que a força remanescente de abertura líquida seja removida ou suficientemente reduzida, caracterizado por os referidos segundos meios elásticos (36,70) estarem colocados com ajuste apertado entre um flange (28) dos referidos meios de queimador (21,24,28) e um flange da caixa (25), estendendo-se ambos os flanges lateralmente e a referida estranhas na a partir dos referidos meios de queimador caixa para impedir a entrada de matérias referida folga.
  2. 2. Isqueiro de acordo com a reivindicação 1, por o valor da referida segunda compreendido entre cerca de 1/5 e 1/2 referida primeira força.
  3. 3. Isqueiro de acordo com a reivindicação 2, por o valor da referida segunda compreendido entre cerca de 1/4 e 1/3 caracterizado força estar do valor da caracterizado força estar do valor da referida primeira força.
  4. 4. Isqueiro de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizado por o referido flange (28) que se estende para fora ser anular e por os referidos segundos meios elásticos (36,70) serem um anel elástico e flexível.
  5. 5. Isqueiro de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o referido anel elástico e flexível (36,70) ser feito de uma borracha sintética ou natural e obtido a partir de uma tira plana, moldada ou estampada.
  6. 6. Isqueiro de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por o referido anel flexível e elástico (36) ter superfícies superior e inferior substancialmente planas.
  7. 7. Isqueiro de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o referido anel circular (36) ter uma configuração da secção transversal definida por uma parede interior e uma parede exterior concêntrica com a preferida parede interior, tendo cada uma das referidas paredes interior e exterior uma configuração côncava para desse modo minimizar a variação da força de polarização entre as posições de válvula aberta e de válvula fechada.
  8. 8. Isqueiro de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por os referidos segundos meios elásticos (36) serem mantidos numa condição de compressão para proporcionar uma força de polarização suficiente para abrir os meios de válvula quando se permite a distensão dos meios flexíveis e elásticos.
  9. 9. Isqueiro de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por, quando se fizer a compressão da espessura não comprimida dos referidos segundos meios elásticos (36) entre cerca de 0,2 e 0,41 mm (0, 008” e 0,016), se proporcionar uma força de abertura de cerca de 0,85 a 2,27 N (3 a 8 onças).
  10. 10. Isqueiro de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os referidos meios de válvula (17,18) incluírem meios de vedação (18) flexíveis e elásticos que são mantidos sob compressão na posição de válvula fechada, força, os referidos meios de vedação flexíveis e elásticos (18) ajudem o movimento dos meios de válvula (17,18) para a referida posição aberta.
    i !
  11. 11. Isqueiro de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a referida posição de ί válvula aberta ser definida por meios de esbarro (29). i
    Lisboa, 7 de Junho de 1994.
    RESUMO
    ISQUEIRO DE BOLSO
    A invenção refere-se a um isqueiro que queima combustível, com a altura da chama ajustável, compreendendo um aprovisionamento de combustível gasoso liquefeito, meios de queimador comunicando com a aprovisionamento de combustível meios de válvula situados entre o aprovisionamento de combustível e os meios de queimador, meios para proporcionar uma primeira força para manter os meios de válvula numa posição fechada para impedir que o combustível gasoso passe através dos mesmos meios para proporcionar uma segunda força menor que a pri meira força que polariza os meios de válvula com tendência para a posição aberta. Os meios que proporcionam a segunda força normalmente proporcionam uma força suficiente para deslocar os meios de válvula para uma posição aberta quando a primeira força for aliviada ou deixar de actuar nos meios de válvula.
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