PT867245E - Processo de regulacao da velocidade de rotacao dos cilindros quando de uma operacao de vazamento continuo entre cilindros - Google Patents

Processo de regulacao da velocidade de rotacao dos cilindros quando de uma operacao de vazamento continuo entre cilindros Download PDF

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PT867245E
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Description

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DESCRIÇÃO
“PROCESSO DE REGULAÇÃO DA VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DOS CILINDROS QUANDO DE UMA OPERAÇÃO DE VAZAMENTO CONTÍNUO ENTRE CILINDROS” A presente invenção diz respeito ao vazamento contínuo entre cilindros de produtos metálicos finos, tais como bandas de aço. Ela refere-se mais particularmente a um processo de regulação da velocidade de rotação dos cilindros. O processo de vazamento contínuo entre cilindros, conhecido de per si, consiste em verter um metal em fusão num espaço de vazamento, definido entre dois cilindros com eixos paralelos e accionados em rotação de sentido contrário. O metal solidifica por contacto com as paredes arrefecidas dos cilindros, formando assim peles de metal solidificadas que são arrastadas pelos cilindros e se juntam ao nivel do colo entre os cilindros, situado no plano dos eixos dos cilindros, para formar uma banda de metal que é extraída em contínuo para baixo.
Classicamente, os cilindros são accionados em rotação com velocidades de rotação respectivas sensivelmente iguais e a banda sai por baixo do colo perpendicularmente ao plano dos eixos dos cilindros. Conhece-se já, a partir do documento FR-A-2 728 817, um método de acordo com o qual se faz variar a velocidade dos cilindros, e portanto a velocidade de desfilamento da banda, em função do esforço de afastamento dos cilindros, para adaptar a duração de contacto do metal vazado com as paredes dos cilindros e portanto jogar sobre a taxa de solidificação das peles solidificadas, de modo a manter o mais constante possível o afastamento entre os cilindros, ainda denominado entre ferro. Um tal processo visa essencialmente evitar variações longitudinais de espessura da banda.
Noutros casos, a banda é mantida em contacto com um primeiro cilindro após a sua passagem pelo colo, ao longo de um determinado comprimento de arco, a fim de aumentar a duração do arrefecimento da banda por contacto com a parede fria do cilindro. E então conhecido, tal como se descreve no documento JP-A-2 290 651, como accionar o segundo cilindro (aquele com o qual a banda não permanece em contacto) com uma velocidade superior à do primeiro cilindro, para ter em conta a curvatura da banda por baixo do colo e a espessura da banda vazada. O arqueamento da banda sobre o primeiro cilindro provoca uma variação do comprimento das faces da banda de tal modo que a face da banda situada do lado do segundo cilindro, denominada extradorso, tem um comprimento superior ao da face situada do lado o primeiro cilindro. Por consequência, a sua velocidade linear deve pois ser superior para evitar o aparecimento de fissurações ou de fendas sobre as peles da banda. O documento citado anteriormente propõe, além disso, regular a velocidade do segundo cilindro em função das variações de espessura da banda de maneira que a velocidade linear do extradorso da banda, que é determinada pela velocidade periférica do segundo cilindro, seja sempre tal que as duas peles tenham a mesma velocidade angular.
Qualquer que seja o caso, mas em particular quando deixa de haver qualquer contacto da banda com os dois cilindros por baixo do colo, defeitos de superfície podem no entanto aparecer, devidos a problemas de variações de velocidade de accionamento que não são idênticos para as duas faces da banda. Os problemas têm, em particular, por origem as deformações geométricas dos cilindros, que podem provocar, a velocidade de rotação constante, variações das velocidades periféricas não idênticas para os dois cilindros, e, portanto, diferenças entre as velocidades de arrastamento respectivas das duas peles em curso de solidificação. Tais diferenças 3 são susceptíveis de provocar uma degradação da qualidade da banda vazada, que é por exemplo submetida ao aparecimento de fendas, ou ainda de degradar o estado de superfície dos cilindros no seguimento de deslizamentos que podem produzir-se entre uma pele solidificada e a superfície do cilindro correspondente. A presente invenção tem por objectivo resolver estes problemas. Ela visa em particular regular a velocidade de rotação dos cilindros de maneira que as suas velocidades tangenciais ao nível do colo sejam exactamente iguais em permanência, apesar das deformações geométricas dos cilindros, quer essas deformações sejam de origem térmica ou mecânica. Ela visa igualmente evitar o aparecimento de contracçÕes de corte na banda, que poderiam ser geradas por velocidades tangenciais diferentes em cada cilindro ao nível do colo, e evitar a degradação do estado de superfície dos cilindros, consecutiva a um deslizamento da pele de banda sobre os cilindros, prejudicial à qualidade do produto do acabado.
Com estes objectivos em vista, a invenção tem por objecto um processo de regulação da velocidade de rotação dos cilindros, quando de uma operação de vazamento numa instalação de vazamento contínuo entre cilindros, comportando a referida instalação dois cilindros com eixos paralelos que definem entre si um colo situado no plano dos eixos dos cilindros, sendo esse processo caracterizado pelo facto de se submeter a velocidade de rotação de cada cilindro a um parâmetro representativo da sua velocidade tangencial no colo, de modo que as velocidades tangenciais no colo dos dois cilindros sejam iguais. A invenção permite, portanto, garantir uma igualdade exacta das velocidades tangenciais no colo dos dois cilindros, e portanto velocidades de arrastamento iguais para as duas faces da banda vazada. Devido ao facto de essas velocidades I* 4
tangenciais no colo não poderem ser na prática medidas directamente, a invenção utiliza para determinar essas velocidades um parâmetro que é representativo das mesmas.
De acordo com um primeiro modo da realização da invenção, o parâmetro representativo da velocidade tangencial no colo é uma velocidade tangencial Vt medida num ponto de medida distante no colo, sendo a velocidade tangencial no colo função da velocidade tangencial medida Vt pela relação: Vtc-Vt=o*(rc-rt), na qual o símbolo ω representa a velocidade angular de rotação do cilindro, rc representa o raio ao nível do colo e rt representa o raio no ponto de medição, sendo (rc-rt) determinada por um cálculo da deformação da parede do cilindro entre o ponto de medição e o colo.
Neste modo de realização, calcula-se portanto a velocidade tangencial no colo, a partir da velocidade tangencial medida à distância do colo, num ponto onde a superfície do cilindro é acessível e onde uma tal medição é portanto praticamente possível. Para esse cálculo, utiliza-se um modelo pré-estabelecido das deformações sofridas pela parede do cilindro entre o ponto de medida e o colo. O técnico da especialidade poderá estabelecer um tal modelo de deformação por uma modelização matemática, e baseando-se sobre resultados experimentais de medições da deformação da parede do cilindro submetida às condições de contracções mecânicas e térmicas encontradas quando do vazamento. Poder-se-á em particular fazer referência ao documento FR-A-2 726 210, que expõe um processo de determinação, em contínuo no decurso de um vazamento, do entreferro entre os cilindros, a partir de diversas medições da posição de diferentes pontos da superfície do cilindro. A partir dos resultados das medições de velocidade tangencial à 5
distância do colo, e isso para cada cilindro, é portanto possível regular a velocidade de rotação de cada cilindro de maneira que as velocidades tangenciais no colo dos dois cilindros permanecem iguais.
Sempre de acordo com esse primeiro modo de realização da invenção, o processo de regulação compreende as etapas seguintes : (A) - para cada cilindro: (a) - mede-se a velocidade periférica Vti, respectivamente Vt2, do cilindro considerado, num ponto de medição distante do colo, (b) - calcula-se a deformação da parede desse cilindro entre o ponto de medição e o colo de modo a determinar a diferença rcrrti, respectivamente rc2-rt2, de comprimento dos raios do referido ponto de medição e o colo, (c) - mede-se a velocidade de rotação ol5 respectivamente to2, do cilindro, (d) - calcula-se um valor da velocidade tangencial no colo pela relação: VtCi=Oi*(rcrrti)+Vt,, respectivamente Vtc2=o2*(rc2-rt2)+Vt2, e (B) - comparam-se os valores das velocidades tangenciais no colo VtC], Vtc2 dos dois cilindros e, se a diferença não for nula, ajusta-se a velocidade de rotação de um dos dois cilindros para se obter a igualdade, para cada cilindro, dos valores calculados das velocidades tangenciais no colo VtCi e Vtc2.
Portanto, graças ao processo, pode-se ajustar com precisão, no decurso do processo de fabricação, as velocidades de rotação de cada cilindro se aparecer uma deriva para se obter um produto de qualidade uniforme.
De acordo com um segundo modo de realização, o parâmetro representativo da diferença das velocidades tangenciais no colo de cada cilindro é elaborado a 6 ) partir da medição de um desvio de binário entre o valor dos binários de arrastamento respectivos de cada cilindro. Mais precisamente, utiliza-se então um parâmetro que representa a diferença entre os binários de arrastamento dos dois cilindros. Na prática, sendo cada cilindro geralmente arrastado em rotação por um motor eléctrico específico, utilizar-se-á de preferência uma medida da intensidade li e I2 da corrente eléctrica de cada motor, sendo as variações da diferença dos valores das intensidades dos dois motores representativas de variações da diferença entre os binários de accionamento dos dois cilindros. O princípio desta segunda variante de realização baseia-se na explicação seguinte:
No decurso do vazamento, os dois cilindros são normalmente accionados com velocidades de rotação respectivas tais que as suas velocidades lineares periféricas sejam iguais. Pode acontecer que os binários de accionamento não sejam, no entanto, iguais, devido por exemplo, às características próprias da cadeia cinemática de accionamento de cada cilindro. Por exemplo, as características de inércia ou de atrito diferentes para os dois cilindros podem fazer com que os binários motores sejam diferentes para se obter velocidades iguais. No decurso do vazamento, a velocidade tangencial no colo de um cilindro determina a velocidade da pele da banda solidificada por contacto com esse cilindro. Se as velocidades tangenciais no colo dos dois cilindros forem iguais, um qualquer dos cilindros não exerce influência sobre o outro, do ponto de vista da velocidade e do binário de arrastamento em rotação. Pelo contrário, se a velocidade tangencial de um primeiro dos cilindros tender a ser superior à do segundo cilindro, o primeiro cilindro exerce um esforço de arrastamento da banda que se transmite ao outro cilindro pela matéria 7 da banda que é solidificada pelo menos parcialmente ao nível do colo. O segundo cilindro encontra-se então de qualquer modo arrastado por atrito pelo primeiro cilindro, via a banda vazada. Daí resulta uma diminuição do binário próprio necessário para o arrastamento em rotação do segundo cilindro, correlativamente com um aumento do binário motor do primeiro cilindro.
No seu segundo modo de realização, o processo de acordo com a invenção explora o afastamento dos binários assim criado, ou seja a variação da parte de cada binário em relação à soma dos binários motores dos dois cilindros, como parâmetro representativo de uma diferença entre as velocidades tangenciais no colo dos dois cilindros.
Para realizar este segundo modo de realização da invenção, o processo compreende, numa primeira variante, as etapas seguintes: - mede-se a intensidade ^ e I2 das correntes que alimentam, respectivamente, os motores de accionamento dos dois cilindros, - calcula-se a diferença das correntes fi-12, - compara-se a diferença das correntes Ii-I2, com um valor de regulação δι, e se a diferença não for nula, aplica-se às velocidades de rotação dos dois cilindros uma correcção determinada a partir do desvio entre Ii-I2 e δΐ.
De acordo com esta variante, é então possível regular a velocidade de rotação dos cilindros de maneira que o desvio dos binários permaneça constante e igual a um desvio de referência, definido por exemplo por medições dos binários efectuadas sob vazio, ou seja fora do vazamento, em condições que garantem velocidades tangenciais no colo iguais para os dois cilindros.
Para realizar igualmente esse segundo modo de realização da invenção, pode- -se também efectuar, de acordo com uma segunda variante, as etapas seguintes: - mede-se a intensidade e I2 das correntes que alimentam respectivamente os motores de accionamento dos dois cilindros, - calcula-se a soma I1+I2, - calculam-se as razões Ii/(Ii+I2) e I2/(Ii+I2), - comparam-sé as duas razões com um valor de regulação para caracterizar a importância da deriva da corrente li e I2, em consequência do que se ajusta a velocidade de rotação de cada cilindro 1 e 2.
Outras características e vantagens da invenção aparecerão na descrição que vai seguir-se de dois modos de realização da invenção.
Far-se-á referência igualmente aos desenhos anexos nos quais: - a figura 1 é uma vista esquemática em perspectiva de uma instalação de vazamento contínuo entre cilindros de bandas finas de aço, de tipo conhecido de per si, que mostra uma implantação possível dos sensores de medição da velocidade tangencial dos cilindros, para a realização do primeiro modo de realização; - a figura 2 é uma vista esquemática em corte da zona do espaço de vazamento, que ilustra a formação de peles solidificadas e a sua junção ao nível do colo; - a figura 3 é uma vista esquemática da instalação que mostra um circuito de regulação utilizado para a realização do segundo modo de realização. A instalação de vazamento contínuo representada na figura 1 comporta um chassis 3 que suporta um cilindro 1 que roda em mancais ligados ao chassis 3. O cilindro 1 é accionado em rotação por um motor eléctrico de accionamento 10. Um cilindro 2, com eixo sensivelmente paralelo ao cilindro 1, roda igualmente em 9 mancais ligados a um suporte móvel 4, sendo o referido suporte guiado em translação no chassis 3, numa direcção transversal ao eixo dos cilindros. 0 cilindro 2 é igualmente accionado em rotação por um motor eléctrico de accionamento 11. Macacos, que não se encontram representados e que são ligados ao suporte móvel 4, permitem fornecer um esforço de reacção contrário à impulsão gerada pelo produto vazado em cada cilindro.
Como se mostra na figura 2, o metal em fusão 7 é vertido entre os cilindros 1 e 2 e solidifica por contacto com as paredes arrefecidas de cada cilindro. Formam-se peles 5 e 6 de metal solidificado e juntam-se ao nível do colo 8, situado no plano dos eixos dos cilindros 1 e 2. A banda de metal 9 assim formada é em seguida extraída em contínuo para baixo, arrastada pela rotação dos cilindros 1 e 2.
Procura-se manter a velocidade de rotação de cada cilindro de modo que as suas velocidades tangenciais sejam iguais. Porém, durante o processo de vazamento contínuo, os cilindros dilatam-se sob a acção do calor. A deformação que daí resulta para uma zona dada da superfície do cilindro é variável no decurso da rotação, devido ao facto de aí haver aquecimento quando esta zona se encontra em contacto com o metal vazado, e arrefecimento por outro lado, provocando assim, para uma velocidade de rotação igual, variações significativas da velocidade tangencial.
Submete-se a velocidade de rotação de cada cilindro a um parâmetro representativo da diferença das velocidades tangenciais no colo de cada cilindro para se evitar tais variações.
De acordo com o primeiro modo de realização da invenção, esse parâmetro representativo é uma velocidade periférica Vtl5 Vt2 que é medida em cada cilindro num ponto de medição A, B, distante do colo. Por exemplo, as velocidades periféricas Vti e Vt2, poderão ser medidas por dispositivos de medição com raios laser 21, 22.
Para cada cilindro, mede-se a velocidade periférica Vt e calcula-se a velocidade Vtc pela relação seguinte: Vtc-Vt=o*(r0-rt), em que o símbolo ω representa a velocidade de rotação do cilindro, o símbolo rc representa o raio ao nível do colo e o símbolo rt representa o raio no ponto de medição escolhido. A diferença dos raios (rc-rt) é determinada por um cálculo da deformação da parede do cilindro, baseada em resultados experimentais de medida e uma modelização da deformação do cilindro.
Na medida em que a referida modelização permita determinar as variações de deformação ao longo de toda a periferia do cilindro, a medição da velocidade periférica poderá ser efectuada em qualquer ponto acessível em curso de vazamento, por exemplo a 135° do colo como se representa nas figuras 1 e 2, ou ainda a 180° do colo.
Em seguida, após ter medido o parâmetro representativo para cada cilindro 1 e 2, elaboram-se as ordens de velocidade tangencial calculadas para regular a velocidade de rotação de maneira que as velocidades tangenciais no colo sejam iguais. A figura 3 apresenta um outro modo de realização no qual o parâmetro representativo é uma diferença das velocidades tangenciais no colo de cada cilindro, elaborada a partir da medição de um desvio de binário entre o valor dos binários dos motores de accionamento 10 e 11 de cada cilindro. A instalação de vazamento continuo comporta meios de medição 12 e 13, tais como sensores de corrente com efeito Hall, que medem as intensidades li e I2 das *9 11 correntes respectivas dos motores de accionamento 10 e 11. Os valores medidos das correntes li e I2 são imagens dos valores dos binários fornecidos para cada motor 10, 11 e portanto dos binários de accionamento dos cilindros.
Por consequência, na medida em que os cilindros têm sensivelmente o mesmo diâmetro, o aparecimento de uma diferença importante entre as correntes medidas li e I2 assinala um desequilíbrio dos binários de accionamento.
Os valores medidos das correntes li e I2 são introduzidos num circuito de regulação 14 que permite aplicar, em cada cilindro, uma correcção nas ordens pré--determinadas de velocidade.
Esse circuito de regulação compreende um subtractor 15 que permite obter Ii-I2. Em seguida, um subtractor 16 subtrai à saída do subtractor 15 um valor de regulação Ôi pré-determinado. A determinação de um tal valor de regulação δι é necessária para ter em conta o facto de, mesmo em condições ideais em que as velocidades no colo seriam iguais e em que a força de arrastamento das duas peles solidificadas seriam também iguais, uma diferença entre as intensidades Ij e I2 pode existir, devido ao facto de as características das cadeias cinemáticas dos dois cilindros não poderem ser praticamente absolutamente idênticas. O valor de regulação δί é por exemplo determinado antes do vazamento, por uma medição sob vazio, ou seja fora do vazamento, das intensidades li e I2 de cada motor, em condições tais que as velocidades tangenciais nos colos sejam iguais. Poder-se-á por exemplo proceder a esta medição comprimindo entre os cilindros uma banda, por exemplo de borracha suficientemente resistente, e arrastando os cilindros em rotação, recriando assim condições próximas das condições de vazamento mas sem ficar submetida a flutuações devidas a deformações térmicas 12
dos cilindros. A saída do subtractor 16 encontra-se ligada a um regulador 19 que fornece um sinal de correcção Δ V a dois comparadores 17, 18. Esses comparadores recebem igualmente um sinal de ordem de velocidade V0, que corresponde à velocidade média V desejada da banda. O comparador 17 é um subtractor que determina a velocidade de rotação Vi do primeiro cilindro mediante subtracção da correcção de velocidade AV à ordem V0. O comparador 18 é um adicionador que determina a velocidade de rotação V2 do segundo cilindro mediante adição da correcção de velocidade AV à ordem V0. Assim, a correcção de velocidade actua sobre os dois cilindros em sentidos opostos, sem modificação da velocidade média pretendida.
Em curso de vazamento, diversos fenómenos próprios dos processos de vazamento podem levar a modificações do equilíbrio óptimo dos binários de accionamento dos cilindros. Para ter isso em conta, poder-se-á igualmente determinar um δί inicial por medições das intensidades li e I2 efectuadas no início do vazamento, quando das primeiras rotações dos cilindros, considerando então que as velocidades tangenciais no colo são iguais. No seguimento, em curso de vazamento, o valor de δί poderá ser corrigido e optimizado tendo em conta medições de li, I2 e das suas evoluções, tratando esses dados de maneira estatística. 0 valor da regulação Ôi poderá também ser corrigido manual ou automaticamente, em função da detecção eventualmente de fendas ou de outros defeitos que aparecem na banda. O circuito de regulação 14 calcula assim dois valores corrigidos Vi e V2 da velocidade de rotação, tendo em conta um desvio entre δί e Ιχ-Ι2. 13
Os valores das ordens de velocidades Vl e V2 assim calculados, presentes às saídas respectivas do adicionador 18 e do subtractor 17, são enviados para cada motor 10 e 11 de modo a equilibrar o melhor possível os binários de cada um dos motores 10 e 11.
De acordo com uma variante de realização, em vez de comparar a diferença das intensidades medidas para um valor de regulação ôi, poder-se-á de maneira equivalente, calcular a soma Ii+I2, as razões Ii/(Ii+Í2), 12/(11+12) e comparar essas razões com valores pré-determinados. Nesse caso, as diferentes razões representam a parte de cada motor de accionamento na potência global necessária ao arrastamento da banda com a velocidade de vazamento V. A invenção não fica limitada ao modo de realização que foi descrito anteriormente unicamente a título de exemplo.
Em particular, 0 valor dos binários de accionamento de cada cilindro poderia ser determinado por outros meios diferentes dos sensores de medida das intensidades dos motores, por exemplo por sensores de binário colocados directamente nos veios de accionamento dos cilindros.
Igualmente, a medição da velocidade periférica, no caso do primeiro modo de realização da invenção, poderá ser efectuada por meios diferentes do sensor com raios laser, mas no entanto sensores de medição sem contacto.
Lisboa, 19 de Junho de 2000

Claims (10)

1 1
REIVINDICAÇÕES 1. Processo de regulação da velocidade de rotação dos cilindros, quando de uma operação de vazamento numa instalação de vazamento contínuo entre cilindros, comportando a referida instalação dois cilindros (1,2) com eixos paralelos que definem entre si um colo (8) situado no plano dos eixos dos cilindros, caracterizado pelo facto de se submeter a velocidade de rotação de cada cilindro a um parâmetro representativo da diferença das velocidades tangenciais no colo (Vtci, Vtc2) de cada cilindro, de maneira que as velocidades tangenciais no colo dos dois cilindros sejam iguais.
2. Processo de acordo com a reivindicação I, caracterizado pelo facto de o parâmetro representativo da diferença das velocidades tangenciais no colo de cada cilindro ser uma diferença das velocidades periféricas medidas (Vt), para cada cilindro, num ponto de medição (A, B) distante do colo, sendo a velocidade tangencial no colo (Vtc) função, para cada cilindro, da velocidade periférica medida (Vt) pela relação: Vtc-Vt=o*(rc-rt), na qual o símbolo ω representa a velocidade angular de rotação do cilindro, rc representa o raio ao nível do colo e rt representa o raio no ponto de medição, sendo (rc-rt) determinada por um cálculo da deformação da parede do cilindro entre o ponto de medição e o colo.
3. Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de compreender as etapas seguintes: (A) - para cada cilindro: (a) - mede-se a velocidade periférica (Vt!, respectivamente Vt2) do cilindro (1,2), num ponto de medição (A, B) distante do colo, (b) - calcula-se a deformação da parede do cilindro (1, 2) entre o ponto de medição (A, B) e o colo (8) de modo a determinar a diferença de raio (rci-rti, respectivamente rc2-rt2), (c) - mede-se a velocidade de rotação (<9i, respectivamente o2) do cilindro, (d) - calcula-se um valor da velocidade tangencial no colo pela relação: VtCi=Oi*(rci-rti)+Vti, respectivamente Vtc2=o2*(rc2-rt2)+Vt2, e (B) - comparam-se os valores calculados das velocidades tangenciais no colo (Vtci, respectivamente Vtc2) e se a diferença não for nula, ajusta-se a velocidade de t. rotação de um desses dois cilindros para se obter a igualdade, para cada cilindro, dos valores calculados das velocidades tangenciais no colo (VtCi) e (Vtc2).
4. Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de se utilizar um dispositivo laser (21, 22) para medir o valor do parâmetro representativo num ponto de medição distante do colo.
5. Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de, para determinar a diferença de comprimento dos raios entre o ponto de medição e o colo, se utilizar um modelo de cálculo da deformação do cilindro elaborado a partir de curvas experimentais das deformações da geratriz do cilindro entre o ponto de medição e o colo.
6. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o parâmetro representativo da diferença das velocidades tangenciais no colo de cada cilindro ser elaborado a partir da medição de um desvio de binário entre o valor dos binários de accionamento respectivos de cada cilindro.
7. Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo facto de o valor dos binários ser determinado a partir da medição da intensidade (I1; I2) das 3 correntes respectivas de cada motor de accionamento dos cilindros (10) e (11).
8. Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo facto de compreender as etapas seguintes: - mede-se a intensidade (li) e (I2) das correntes que alimentam os motores de accionamento dos dois cilindros (1,2), - calcula-se a diferença das correntes (Ii-I2), - compara-se a diferença das correntes (I1-I2) com um valor de regulação (δί), e se a diferença não for nula, aplica-se às velocidades de rotação dos dois cilindros uma correcção determinada a partir do desvio entre (I1-I2) e (δί).
9. Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo facto de compreender as etapas seguintes: - mede-se a intensidade (Ιχ) e (I2) das correntes que alimentam os motores de accionamento dos cilindros (1) e (2), - calcula-se a soma (Ii+I2), - calculam-se as razões (Ii/(Ii+I2)) e (I2/(Ii+I2)), - comparam-se as duas razões com um valor de regulação para caracterizar a importância da deriva de cada corrente (Ij) e (I2), como consequência do que se ajusta a velocidade de rotação de cada cilindro (1) e (2).
10. Processo de acordo com uma das reivindicações 8 ou 9, caracterizado pelo facto de o valor de regulação ser ajustável no decurso do processo de vazamento contínuo. Lisboa, 19 de Junho de 2000
1200 LiSBOA
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