PT86696B - Processo para a conservacao de produtos vegetais crus, pereciveis e acondicionados - Google Patents

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Description

MEMÓRIA DESCRITIVA
A presente invenção refere-se à con servação de produtos vegetais crus perecíveis sob uma atmosfera gasosa modificada.
A maior parte dos legumes ou frutos são comercializados inteiros, sem qualquer processo de conservação particular salvo a aplicação de uma refrigeração.
Encontram-se no entanto legumes pre -cozidos em embalagem sob vãcuo, como as batatas prê-cozidas na presença de bissulfito de sõdio como conservador. E hã processos de conservação ãe legumes crus aparados, mais especialmente as batatas, sem sujeição a um gãs, nomeadamente descritos nas paten tes GB 1 268 560 e 2 059 248.
Alem disso, a patente US 3 773 527
refere-se ã conservação de batatas prê-descascadas e prê-cozidas num recipiente vedado numa atmosfera gasosa constituída por 30 a 70% de anidrido carbónico e o restante de azoto.
Os trabalhos de A. KRAMER et al, pu blicados em FOOD TECHNOLOGY N9 156, vol. 34 (1980), N9. 7, tratam da conservação de fatias de batatas cruas sob uma atmosfera modificada, utilizando como gãs o óxido de acetileno, o dióxido de enxofre, o monõxido de carbono em mistura com o azoto.
Alem disso, o pedido de patente europeu EP 0153 215 tem por objecto um processo de conservação de vegetais crus, descascados do tipo dos tubérculos ou raízes, inteiros ou cortados, segundo o qual se introduz o produto alimentar vegetal numa embalagem impermeável aos gases e depois se faz o vácuo, ou se faz a purga e em seguida injecta-se uma mistura gasosa constituída por quantidades substanciais de anidrido carbónico e de azoto, no qual o anidrido carbónico e o azoto estão numa relação de volumes compreendida entre 0,2 e 0,50, em particular uma mistura binária constituída por 20 a 30%, em volume, de anidrido carbónico e 70 a 80% de azoto, em volume, e se sela a embalagem.
Porem, devido ã procura crescente do consumidor foi procurado um processo fiável que permita acondicionar em boas condições de segurança para o utilizador um legume ou um fruto cru, lavado, cortado numa embalagem de plástico sob uma certa atmosfera, sendo o produto alimentar estável do ponto de vista das suas propriedades físicas, químicas, bioquími cas, microbiológicas e organolepticas a uma temperatura de refri geração de 2 a 49 C durante pelo menos 15 dias.
Antes de mais nada, verificou-se que a qualidade original do legume ou do fruto ê primordial para a boa condução de uma conservação satisfatória. Também a escolha da variedade, a história dos tratamentos térmicos sofridos pelo vegetal antes da lavagem e do corte são dois critérios determinantes. Igualmente, a qualidade da água utilizada para a lavagem pode influenciar directamente o resultado, como aliás o podem fa . zer a qualidade dos tratamentos fitossanitários a que o vegetal * cultivado se sujeitou.
Verificou-se que não se pode respon der de maneira completamente satisfatória às exigências das condições de conservação para produtos vegetais crus perecíveis senão por um processo segundo o qual o produto ê introduzido numa embalagem que compreende uma película de plástico, fazendo-se de pois o vácuo na referida embalagem, ou então procedendo-se a uma purga por varrimento gasoso e em seguida introduzindo-se um gás na referida embalagem com vista à conservação do produto sob uma atmosfera modificada utilizando uma combinação de meios constituída pela estabilização microbiolõgica e fisicoquímica do vegetal, uma película adaptada, o gás adaptado, uma quantidade de gãr e uma superfície da película de plástico escolhidas em relação com a quantidade do vegetal e a condução da preparação do produtos lavagem, descasca, aparagem ou mesmo corte, do acondicionamento e da conservação a uma temperatura compreendida entre +2 e +49 C.
Como o produto vegetal ê um organisj mo vivo, o acondicionamento numa embalagem de plástico impõe um certo numero de caracteristicas fisicoquímicas do produto. 0 estudo das particularidades da embalagem pôs em evidência diferentes propriedades que o produto deve reunir para obter uma excelente conservação: estabilidade do ponto de vista enzimático, do ponto de vista microbiolôgico e também organolêptico. Por este motivo, ê necessário realizar uma estabilização microbiolõgica e fisicoquímica do produto vegetal antes da sua introdução na emba lagem.
A estabilização microbiolõgica do produto vegetal, antes do acondicionamento, realizada por lavagem de descontaminação com água clorada, água clorada carbonatada ou ácido paracêtico diluído, do referido produto vegetal, tem por efeito a redução da população microbiana, por exemplo de 10 para 10* germes/g. O cloro pode ser usado à razão de 0,1 a 0,2%, em função da legislação.
A estabilização fisicoquímica do produto vegetal antes do acondicionamento e realizada pela utili zação de um prê-tratamento por via química, ou de um prê-tratamento por via física, ou de um tratamento prévio físico e quími-
co
A estabilização do produto vegetal cru ê obtida por via química por acção de um acidificante, do ti po do acido cítrico, do acido acético, do vinagre, do acido para cético. Esta estabilização por via química pode também ser obtida por acção de um anti-oxidante do tipo do acido ascórbico, metabissulfito de sódio, etc. Pode igualmente ser obtida por acção conjugada de um acidificante e de um antioxidante.
A estabilização do produto vegetal cru perecível pode ser obtida por via física aplicando ao referi do produto pelo menos um dos tratamentos escolhido do grupo cons tituldo por um tratamento por choque térmico frio, um tratamento que alia um choque térmico quente ou frio com um choque gasoso, um tratamento de desidratação de superfície, um tratamento de io nização gama ou por electrões acelerados.
Um tratamento por choque térmico frio, que consiste num arrefecimento rápido aplicado ao produto vegetal até 09 C e uma manutenção do referido produto a esta tem peratura durante o tempo necessário, em função do produto tratado, por exemplo entre 30 minutos e 2 horas conforme a natureza do vegetal, tem por efeito um retardamento do metabolismo do vegetal e um bloqueio do desenvolvimento microbiano.
No tratamento por choques gasosos, utilizam-se misturas gasosas activas, que podem conter anidrido carbónico, protôxido de azoto e óxido de carbono, num recipiente fechado sob pressão e temperatura definidas. A título de exemplo^ o choque gasoso pode ser utilizado por passagem do produto vegetal num recinto fechado sob uma mistura gasosa contendo anidrido carbónico com complemento de azoto. Um tratamento por choque gasoso permite anular a acção das enzimas no produto vegetal.
Um tratamento que alia um choque térmico frio e um choque gasoso pode ser usado num recinto fecha do sob pressão e contendo uma mistura gasosa a baixa temperatura^ por exemplo, conforme o produto vegetal, a duração do tratamento pode estar compreendida entre 15 e 90 minutos, numa atmosfera de anidrido carbónico, sob uma pressão de 0,3 MPa e ã temperatura de 29 C.
Um tratamento que alia um choque ter mico quente e um choque gasoso pode ser aplicado num recinto fechado sob pressão contendo uma mistura gasosa, por exemplo numa atmosfera de anidrido carbónico, sob uma pressão de 0,3 MPa, durante alguns minutos, ã temperatura de 809 C, podendo mesmo ser mais elevada, conforme o vegetal.
Um tratamento por desidratação da superfície tem por efeito o abaixamento da actividade da ãgua do produto vegetal, portanto uma diminuição das reacções enzimãticas de hidrólise e um retardamento do desenvolvimento microbiano.
Este tratamento pode consistir num arrefecimento rápido pelo vazio do produto vegetal seguido da ro tura do vazio por uma mistura gasosa contendo por exemplo anidri do carbónico, com retenção da ãgua excedentãria. O referido tratamento de desidratação de superfície pode também ser aplicado por passagem do vegetal num recinto fechado refrigerado com uma forte convecção, com retenção da ãgua excedentãria.
Pode igualmente aplicar-se ao vegetal um tratamento por ionização que tem por efeito a redução da flora contaminante e a inibição das enzimas. Este tratamento pode consistir num tratamento por radiação gama (^θΟο) ou por elec troes acelerados, com dose fraca, por exemplo de 1 a 2 KGy.
Constatou-se que o acondicionamento judicioso de todo vegetal requere o conhecimento e o domínio de vários parâmetros representados pelas necessidades gasosas doprç duto vegetal, a película de plástico, a embalagem e o gás.
A escolha da embalagem é essencial para assegurar uma boa conservação dos produtos vegetais crus, perecíveis. Utilizando películas de plástico procura-se limitar ao máximo as trocas respiratórias do produto vegetal cru, organismo vivo, mantendo-o numa atmosfera rica em anidrido carbónico de pelo menos 10%, sem que desse modo se desencadeiem mecanismos de fermentação.
Este equilíbrio judicioso ê atingido guando a quantidade de oxigénio que entra na embalagem tal co mo um saco, uma barqueta, um contentor, for apenas suficiente pa ra assegurar as necessidades respiratórias; o anidrido carbónico
formado tanto pela respiração como pela degradação celular do ve getal cru sai da película de plástico da embalagem no todo ou em parte assegurando a manutenção de uma atmosfera rica em anidrido carbónico.
A respiração do produto vegetal cru ten como consequência também uma transpiração sob a forma de uma parte de água, que não deve constituir um caldo de cultura para os microorganismos, isto ê, convêm evitar as condensações sobre a embalagem. Por conseguinte, a permeabilidade da película de piás tico de embalagem deve estar adaptada ãs necessidades respiratórias e ao metabolismo do produto vegetal. A embalagem é escolhida de um tipo tal que a superfície da película deixe penetrar uma quantidade de oxigénio inferior ou igual ao pedido de oxigénio da quantidade de vegetal crú acondicionado, e deixe escapar-se o ani drido carbónico excedentãrio desprendido pelo vegetal.
Para o mesmo vegetal crú as necessi dades respiratórias são diferentes conforme a variedade, o local da cultura, o período e as condições da cultura.
Sendo a película de plástico escolhida em função do vegetal crú a conservar, ê-se conduzido a utjL lizar quatro grandes tipos de película, caracterizados pela sua permeabilidade aos gases oxigénio, anidrido carbónico, azoto e vapor de água. A permeabilidade destas películas dos tipos 0, 1, 2 e 3 ê dada em relação ao oxigénio e ao vapor de água, sabendo-se que a permeabilidade ao anidrido carbónico se obtém multipli cando por 3, ou mesmo por 5, a do oxigénio, e a permeabilidade ao azoto se obtêm dividindo por 3 a do oxigénio.
A permeabilidade de uma película de plástico ao oxigénio exprime-se em cm por metro quadrado de película em 24 horas a 239 C, 0% HR e a permeabilidade ao vapor de água exprime-se em gramas por metro quadrado de película em 24 horas, a 389 C e 90 HR.
As películas pertencentes ao tipo 0 apresentam uma permeabilidade ao oxigénio inferior ou igual a 30 e para o vapor de água inferior ou igual a 2, mas podendo atingir 40 para películas especiais (poliêster). Estas películas são con sideradas impermeáveis.
As películas que pertencem ao tipo apresentam uma permeabilidade ao oxigénio compreendida entre 800 e 2 500 e ao vapor de água inferior ou igual a 5. Estas pelí cuias dizem-se pouco permeáveis.
As películas que pertencem ao tipo apresentam uma permeabilidade ao oxigénio compreendida entre 2 500 e 6 000 e ao vapor de agua inferior ou igual a 50. Estas películas são consideradas como semi-permeãveis.
As películas pertencentes ao tipo 3 apresentam uma permeabilidade ao oxigénio superior a 6 000 e uma permeabilidade ao vapor de agua pelo menos igual a 10. Estas películas são consideradas de grande permeabilidade.
Por outro lado, devido ã respiração do vegetal cru a conservar, correspondente a uma absorção de oxjl génio e a uma rejeição de anidrido carbónico, convém assegurar ao vegetal um aprovisionamento suficiente de oxigénio para a sua sobrevivência e também uma protecção contra as agressões exterio res, dada a sua fragilização devida à preparação prévia ao acondicionamento.
O gãs escolhido para criar a atmosfera modificada do vegetal cru ê escolhido entre os gases ou mis turas gasosas com um efeito próprio sobre o metabolismo do vegetal e os seus contaminantes, satisfazendo ou limitando as necessidades respiratórias.
O gãs introduzido na embalagem e es colhido no grupo constituído por um gãs para tomar o produto inerte, gases bacteriostãticos, fungistãticos, inibidores de reacções enzimãticas, retardadoras do metabolismo e que asseguram a manutenção da respiração do vegetal. O gãs ê escolhido entre o azoto, o anidrido carbónico, o protóxido de azoto, o monóxido de carbono e o oxigénio, utilizado só ou em mistura em proporções adaptadas.
Os gases que podem ser utilizados para melhor conservar o vegetal cru têm propriedades específicas que convêm utilizar judicioosamente.
O anidrido carbónico tem um efeito inibidor conhecido sobre o crescimento de numerosos germes e a este respeito pode utilizar-se como componente da atmosfera.
O oxigénio utilizado com grandes con centrações desempenha um papel inibidor sobre a flora aeróbia e sobre os lactobacilos que são geralmente microaerófilos. Alem disso, assegura a não proliferação dos germes anaeróbios, mas po de eventualmente levantar um problema de oxidação.
O azoto utilizado em complemento, se necessário, assegura uma atmosfera inerte que evita as oxidações.
protoxido de azoto tem um poder de dissolução importante? combina-se assim com electrões dissolvidos que produzem radicais OH muito tóxicos para a microflora do produto vegetal cru.
Conforme os vegetais crus acondicio nados, podem citar-se, a titulo de exemplo, os gases ou misturas seguintes: 100% de azoto? 20 a 60% de anidrido carbónico e o com plemento de azoto; 50 a 90% de oxigénio e o complemento de azoto? 10 a 100% de protoxido de azoto e o complemento de azoto. Podem igualmente encarar-se misturas contendo uma pequena proporção de monÓxido de carbono, no máximo igual a 5% com o complemento de azoto - anidrido carbónico.
Convêm recordar que a limitação da intensidade respiratória de um produto vegetal cru favorece a sua boa conservação. O estudo das intensidades respiratórias mostra a disparidade das medidas apresentadas conforme o vegetal. Estas intensidades respiratórias dos vegetais crus, cortados ou raspados, devem ser avaliadas em relação ao legume ou fruto inteiro multiplicando a intensidade respiratória por um factor que varia entre 3 e 5 conforme a espécie, a variedade e a transformação do produto.
Constatou-se que, quando do acondicionamento do vegetal, a ligação do choque gasoso proveniente da criação de uma atmosfera modificada obtida a partir de misturas gasosas específicas, com um choque térmico frio, entre 2 e 49 C, diminui fortemente a intensidade respiratória do vegetal e inibe a flora aeróbia. O choque gasoso exprime-se principalmente por uma acção do anidrido carbónico. Quando o gás introduzido na em balagem contém anidrido carbónico este está presente era quantida de suficiente para retardar o metabolismo da quantidade de vegetal acondicionada e limitar o desenvolvimento da flora contaminante, mantendo-se no entanto inferior ao limiar de toxicidade para o vegetal e de inconsumibilidade para o utilizador.
Conforme o tipo de película escolhi do, podemos visar ou uma atmosfera autocontrolada pelo vegetal, com uma película semipermeável, e neste caso tem interesse uma mistura gasosa sem oxigénio, criando um choque gasoso nas primei ras horas; ou uma anaerobiose rápida, com uma película denominada impermeável do tipo 0, ou uma atmosfera modificada que evolui lentamente para uma anaerobiose, por exemplo no caso de misturas gasosas superoxigenadas, sob uma película de tipo O.
Alem, disso, notou-se que a adaptação do par gãs/película d.e plástico ao produto vegetal cru, isto ê, ã intensidade respiratória e ã flora, é particularmente vanta josa. E, por consequência, na combinação produto vegetal/película de plãstico/gás, deve respeitar-se uma certa relação entre o gás e o vegetal para assegurar ao produto vegetal uma boa qualidade higiénica e comercial.
A relação entre a quantidade de gás e a quantidade de produto vegetal deve ser escolhida de tal maneira que a quantidade de gás disponível satisfaça ou limite as necessidades respiratórias do produto vegetal.
A superfície de permuta de plástico da embalagem em relação ao produto vegetal intervêm na obtenção de uma boa conservação do referido produto. A relação entre a su perfície das películas de plástico e a quantidade de produto vegetal deve ser escolhida de maneira tal que a superfície da peljL cuia disponível satisfaça ou limite as necessidades respiratórias do produto vegetal.
A preparação de um produto vegetal cru perecível segundo a presente invenção não pode ser assimilada a um simples acondicionamento era atmosfera gasosa, porque o processo recorre ã combinação de várias operações unitárias, uma das quais e o acondicionamento sob uma certa atmosfera. Esta cadeia de operações unitárias deve ser mantida imperativamente a
uma temperatura baixa, inferior a +49 c, com o fim de limitar o desenvolvimento microbiano e baixar a intensidade respiratória do produto vegetal. A preparação do produto: lavagem, descasca, aparagem ou mesmo corte do vegetal, o acondicionamento sob gãs e a conservação antes do consumo são realizadas a uma temperatura compreendida entre +2 e +49 C.
A título de exemplo, o conjunto das operações pode apresentar-se da seguinte maneira: submete-se a matéria prima vegetal crua a uma operação de lavagem e escovagem com vista à eliminação da terra e dos detritos; a uma operação de descasca-corte (com facas) para limitar a disseminação e o de senvolvimento dos microorganismos; a uma operação colocação de molho num banho de agua clorada (cloro à razão de 0,1 a 0,2 o/ocj contendo um antioxidante, respectivamente para reduzir a população microbiana e inibir o escurecimento enzimãtico eventual; a uma operação de enxaguadura em agua potável com água fria a +29 C, para evitar a recontaminação; a um arrefecimento rápido a 2-49 C para bloquear o desenvolvimento microbiano e baixar a intensidade respiratória, a uma secagem intensa para limitar a agua livre que favorece o desenvolvimento microbiano; à operação de acondicionamento sob gãs com um par de gãs/película adaptado ao produto vegetal que conduz ao produto vegetal acabado saído da fabricação; o armazenamento, o transporte e a distribuição de vendo ser asseguradas à temperatura entre 2 e 49 C.
O processo estã vantajosamente ada£ tado para a conservação de todos os legumes ou frutos crus, descascados ou aparados, lavados, inteiros ou cortados segundo uma forma apropriada ou raspados, em embalagens de consumo, em sacos ou barquetas ou contentores de plástico.
Dão-se a seguir exemplos de acondicionamento que ilustram a presente invenção a título não limitativo.
Conservação de salsa
EXEMPLO 1
Submete-se salsa a um prê-tratamen- in _ to que compreende uma lavagem em agua clorada com as doses auto· rizadas, a uma temperatura inferior ou igual a +°9 C; a uma enxa guadura com agua fria à temperatura no máximo igual a +29 C; depois a um tratamento de desidratação de superfície por arrefecimento rãpido pelo vazio.
A salsa assim preparada apresenta uma intensidade respiratória IR - 60 mg CCL· Kg-h a 59 C.
Submete-se em seguida uma fracção da salsa prê-tratada a um acondicionamento sob uma película do tipo 1 (ex. OPP 40) com introdução de azoto na embalagem.
Submete-se a segunda fracção de sal sa prõ-tratada a um acondicionamento sob uma película do tipo O cerni introdução da mistura gasosa de 50% de azoto/50% de oxigénio na embalagem.
Nos dois casos acondicionaram-se
100 g de salsa num volume gasoso de 1 000 cm3, sendo a superflcie do saco de 800 cm t a temperatura entre 2 e 49 C e a duração de conservação a esta temperatura ê de 15 dias.
EXEMPLO 2
Conservação de salada
Submete-se salada (batãvia, alface iceberg) a um pré-tratamento que compreende uma lavagem em agua clorada com as doses autorizadas, a uma temperatura no máximo igual a 29 C, uma enxaguadura com agua fria ã temperatura máxima de 29 C e a uma secagem intensa por centrifugação.
A salada assim preparada apresenta uma intensidade respiratória IP. do produto completo a 59 C de 20 mg CO2/ Kg-h e IR para o prGduto desfolhado a 59 C de 30 a 40 mg co2/kg-h.
Acondicionam-se 250 g de salada num volume gasoso de 2 300 cm3; a superfície do saco de plástico de *•2 ** tipo 1 (OPP 40) ê de 1 200 cm ; a permeabilidade do saco de piás tico ao oxigénio é de 800 cm /m /24h.
a) acondicionamento num saco cheio de ar (30% de azoto e 20% de oxigénio).
A taxa de oxigénio baixa apenas len tamente porque o consumo e quase equilibrado pela entrada de oxjl gênio.
Deven esperar-se 5 a 7 dias para ob servar o estabelecimento de um equilíbrio gasoso com uma baixa percentagem de cocigênio e uma percentagem de anidrido carbónico entre 5 e 15%. Não hã pois efeito gasoso de anidrido carbónico no início.
b) Acondicionamento num saco cheio com uma mistura de -0% de azoto e 20% de anidrido carbónico ou com 100% ele azoto.
Desde o primeiro minuto a salada so fre um choque gasoso que diminui a sua intensidade respiratória, seguindo-se um equilíbrio perfeito entre o consumo de oxigénio e a entrada de oxigénio no saco. O equilíbrio ê pois imediato e produz um choque gasoso real que mantêm a qualidade higiénica. A duração de vida ê aumentada de 20 a 50% conforme a variedade e a qualidade das saladas. A duração de conservação ê da ordem de 5 semanas a 2-49 C.
EXEMPLO 3
Conservação de cenouras
Submetem-se as cenouras a um pré-tratamento que compreende uma escovagem, lavagem em agua clorada a uma temperatura máxima de 29 C, uma enxaguadura em água frici descasca e corte com facas, um tratamento térmico freio por passagem num recinto refrigerado de convecção, durante 30 minutos, com desidratação de superfície.
A intensidade respiratória do produ to completo a 59 C ê de 19 mg de CO^A-Ç-^ θ a do produto raspado a 59 C de 60 a 100 mg CO^/Kg-h.
Conservam-se 250 g de cenouras raspadas num volume gasoso de 200 cm3, superfície do saco plástico 2 ~
800 cm nas condições seguintes de acondicionamento í
a) acondicionamento a 2 a 49 C numa película tipo O, mistu ra gasosa introduzida: 2.0 a 50% de CO- e complemento de dura ção de conservação 15 dias a 2-49 C.
b) Acondicionamento a 2-49 C, numa película de tipo 1, mis tura gasosa introduzida: 20 a 50% de CO^ e complemento de ração de conservação 21 dias a 2-49 C;
dU
c) acondicionamento a 2-49 C, sob película do tipo 2, mis tura gasosa introduzida: 20 a 50% de CO.. e complemento de du
Zi Z* ·· ração de conservação 10 dias a 2-49 C.
EXEMPLO 4
Conservação de florinhas de couve-flor
Submetem-se as florinhas da couve-flor a um pré-tratamento que compreende uma lavagem em agua cio rada nas doses autorizadas, a uma temperatura no máximo igual a 29 C, a uma enxaguadura em agua fria e a um corte com facas.
A couve assim, preparada apresenta uma intensidade respiratória IR do produto inteiro a 59 C de 20 mg de CO./Kg-h e IR do produto cortado a 59 C de 100 mg de COn/ /Kg-h a 59 C.
Acondicionam-se 250 mg de florinhas de couve-flor assim preparada num volume gasoso de 1 200 cm de gás, sob uma película de tipo 3, cuja superfície é de 1 000 cm , sendo o gás introduzido na embalagem constituído por 80% de azoto, 20% de anidrido carbonico. A duração de conservação é de 40 dias a 2-49 C.

Claims (1)

  1. Processo para a conservação de produtos vegetais crus perecíveis, segundo o qual o produto é intro duzido numa embalagem que compreende uma película de plástico, faz-se depois o vazio na referida embalagem ou procede-se a uma purga por varrimento gasoso e em seguida introduz-se um gás na referida embalagem com vista ã conservação do produto sob uma at mosfera modificada, caracterizado por:
    a) a estabilização microbiolõgica e fisicoquímica de produ to vegetal ser realizada antes da sua introdução na embalagem;
    b) a permeabilidade da película de plástico da embalagem ser adaptada ãs necessidades respiratórias e ao metabolismo do produto vegetal;
    c) o gãs ser escolhido entre os gases ou misturas gasosas que têm uma acção própria sobre o metabolismo do vegetal e dos seus contaminantes satisfazendo ou limitando as suas necessidades respiratórias;
    d) a relação entre a quantidade de gás e a quantidade de produto vegetal ser escolhida de modo tal que a quantidade de gãs disponível satisfaça ou limite as necessidades respiratórias do produto vegetal;
    e) a relação entre a superfície da película de plástico e a quantidade de produto vegetal ser escolhida de modo tal que a superfície da película disponível satisfaça ou limite as necessi dades respiratórias do produto vegetal;
    f) o choque gasoso proveniente da criação da atmosfera modificada na embalagem ser combinado com um choque térmico frio;
    g) a preparação do produto: lavagem, descasca, aparamento ou mesmo corte; e o acondicionamento e a conservação antes do consumo serem realizados a uma temperatura compreendida entre +2 e +49 C.
    η a
    Processo de acordo com a reivindica ção X, caracterizado por a estabilização microbiolõgica ser realizada por lavagem de descontaminação com agua clorada, agua elo rada carbonatada ou ácido paracetico diluído.
    Processo de acordo com a reivindica ção 1, caracterizado por a estabilização do produto vegetal ser realizada por via química por acção de um acidificante, de um an tioxidante ou por acção conjugada de um acidificante e de um antioxidante.
    Processo de acordo com a reivindica ção 1, caracterizado por a estabilização do produto vegetal ser realizada por via física aplicando ao referido produto um dos tratamentos escolhido no grupo constituído por um tratamento de choque térmico frio, um tratamento que alie um choque térmico quente ou frio e um choque gasoso, um tratamento por desidratação da superfície, um tratamento por ionização por raiação gama ou por electrões acelerados.
    Processo de acordo com a reivindica ção 1, caracterizado por a permeabilidade da película de plãstiT K co ser definida pela sua permeabilidade aos gases, ao oxigénio, ao anidrido carbónico, ao azoto e ao vapor de água.
    ,-a
    -6-Processo de acordo com a reivindica ção 1, caracterizado por o gás introduzido na embalagem ser esco lhido no grupo constituído por gases para tornar inerte, gases bacteriostáticos, fungistáticos, inibidores de reacções enzimãti cas e retardadores do metabolismo que assegurem a manutenção da respiração do vegetal.
    Processo de acordo com a reivindica ção 6, caracterizado por o gás ser escolhido de entre azoto, ani árido carbónico, protóxido de azoto, monóxido de carbono e oxigê nio só ou em mistura, em proporções adaptadas.
    - U- -
    Processo de acordo com a reivindica ção 1, caracterizado por a embalagem ser de um tipo tal que a su perflcie da película deixar penetrar uma quantidade de oxigénio inferior ou igual ao pedido de oxigénio da quantidade de vegetal acondicionado e escapar o anidrido carbónico excedentãrio desprendido pelo vegetal.
    _a
    - 9- - _ gS _
    Processo de acordo com a reivindica ção 7, caracterizado por, quando o gás introduzido contiver anidrido carbónico, este ser em quantidade suficiente para retardar o metabolismo da quantidade de vegetal acondicionado e limitar o desenvolvimento da flora contaminante, mantendo-se no entanto in ferior ao limiar de toxicidade para o vegetal e de inconsuiaibili dade para o utilizador.
    A requerente declara que o primeiro pedido desta patente foi apresentado na França em 4 de Fevereiro de 1987, sob o n9. 87 01.346.
PT86696A 1987-02-04 1988-02-04 Processo para a conservacao de produtos vegetais crus, pereciveis e acondicionados PT86696B (pt)

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