PT86445B

PT86445B - Sistema de distribuicao de fluxo para almofadas absorventes

Info

Publication number: PT86445B
Application number: PT86445A
Authority: PT
Inventors: Mollie M Becker; Corrine A Sukiennik
Original assignee: Kimberly Clark Co
Priority date: 1986-12-22
Filing date: 1987-12-22
Publication date: 1993-08-31
Also published as: US4908026A; EP0272683A3; BR8707007A; ATE91875T1; PT86445A; KR950005342B1; AU8291787A; JP2602861B2; ES2042537T3; IE64319B1; AU600328B2; CA1308544C; DE3786766D1; IE873471L; JPS63267359A; MY103041A; EP0272683A2; DE3786766T2; EP0272683B1; ZA879618B

Description

KIMBERLY-CLARK CORPORATION

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DO FLUXO PARA ALMOFADAS ABSORVENTES

Campo Técnico

A presente invenção refere-se a um aperfeiçoame£ to em produtos absorventes, em particular os que são usados para a absorção da exsudação humana. Diz particularmente respeito aos pr£ dutos usados como panos higiénicos.

Fundamentos técnicos

Na formação dos produtos absorventes para as ex_ ereções corporais, um problema permanente é que as excreções corpo_ rais são usualmente dirigidas para uma porção da almofada absorveni te, enquanto a capacidade de absorção está dispersa por uma área maior. Isso pode criar um problema de falha prematura se a exsudação a absorver não puder ser espalhada por todo o absorvente. Se o fluido não se espalhar por todo o absorvente ele pode correr para fora pelo bordo da zona saturada ou, quando o absorvente saturado for comprimido na área de fluxo primário, ele pode ser forçado a sair da almofada e voltar a molhar ou transbordar dando origem a

manchas ou desconforto do utilizador.

Um outro problema a vencer, particularmente nos dispositivos para a menstruação, é que há pedaços de tecido ou coágulos de sangue um tanto volumosos que não passam facilmente atra vés do material de cobertura fino. Com os panos higiénicos seria de sejável que o material absorvente manchado não pudesse ser visto depois da absorção. Seria igualmente desejável que as almofadas feC mininas ou outras almofadas pudessem ser examinadas visualmente para determinar se estão quase saturadas. Muitas vezes, sendo a abso_r ção feita para o interior de uma zona visada no topo da almofada e depois espalhada para debaixo do absorvente, não é claro quando se observa a partir do topo quando é que a almofada está quase a ficar saturada ou quando a área visada está tão próxima de ficar saturada que pode verificar-se em breve o derrame.

Na patente de invenção norte-americana N- 4 423 101 de Willstead e na patente de invenção francesa Ν^ρ 1 477 127 - Cartiera Di Cairate, descreve-se que o material de cobertura pode ser perfurado para facilitar a passagem de materiais através da cobertura. Na patente de invenção norte-americana N^? 4 480 000 - Watanabe et al. e na patente de invenção norte-americana N^Q 3 375 827 - Blet zinger et al., foi proposto interpor uma camada entre o invólucro permeável e a porção principal do absorvente. Bletzinger et al. ut_i_ lizam um material celulósico comprimido e indicam que o elemento espalha o exsudado à medida que é absorvido.

Mantém-se a necessidade de uma almofada que propo_r

cione uma distribuição uniforme de fluido no interior da almofada, uma superfície mais limpa para a almofada, uma melhor dissimulação do fluido na almofada e um menor derrame lateral.

SUMARIO DA INVENÇÃO

Um objecto da presente invenção consiste em pro. porcionar uma almofada para a absorção de exsudados humanos que u_l_ trapasse os inconvenientes das almofadas anteriores.

Um outro objecto da presente invenção é proporcionar uma almofada menstrual que proporcione uma melhor distribuj_ ção do fluido menstrual.

Um outro objecto da presente invenção é proporcionar uma almofada feminina que tenha uma sujidade lateral mínima.

Um outro objecto é proporcionar uma almofada com uma superfície com aparência mais limpa depois de ser usada.

Um outro objecto da presente invenção é proporcionar uma transferência uniforme do fluido para o interior do absorvente de uma almofada para absorção de exsudados humanos.

Estes e outros objectos da presente invenção são geralmente atingidos proporcionando uma almofada que possui uma camada de controlo da zona de fluxo adjacente ao forro do lado do corpo da almofada. A camada de controlo da zona de fluxo estaria em contacto com o absorvente no seu lado inferior e a superfície interior do forro do lado do corpo na superfície superior para proporcionar

-4 — _ζ/ uma via de passagem da fluxo da superfície para o absorvente.0 el£ mento de controlo da zona de fluxo seria colocado apenas na porção média da almofada.0 forro do lado do corpo está provido de furos na área da camada de controlo da zona de fluxo para facilitar a tansferência de líquidos para a camada de controlo da zona de fluxo. A a 1mofada,como é convencional, seria provida de um elemento de apoio impermeável na face oposta ao corpo.

Numa forma de realização preferida da presente invenção, a camada de controlo da zona de fluxo seria constituída por um polímero soprado no estado de fusão situado na porção central da almofada e não se estendendo até nenhum bordo da almofada. 0 forro do lado do corpo seria um material de fio torcido entrançado com furos com as dimensões compreendidas entre cerca de 0,81 mm (0,032) e 2,06 mm (0,081) com uma área aberta, na zona perfurada, de cerca de 22% a cerca de 50%. A camada de controlo da zona de fluxo de fio torcido entrançado tem de preferência uma cor diferente da do absorvente, para proporcionar uma indicação de quando é que a almofada necessita de ser substituída.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

A fig. 1 é uma vista de cima da almofada segundo a presente invenção;

A fig. 2 é uma vista em corte da almofada segundo a presente invenção feito pela linha de corte (2-2) da fig. 1;

A fig. 2a é uma vista ampliada da área indicada por (2a) na fig. 2;

A fig. 3 é uma vista em corte da almofada segu_n do a presente invenção feito pela linha de corte 3-3 da fig. 1;

As fig. 4a, 4b, 4c e 4d ilustram a almofada segundo a presente invenção enquanto está a ser progressivamente molhada pelo fluido;

A fig. 5 ilustra uma almofada segundo a presente invenção com uma camada da zona de controlo do fluxo em forma de am pu1heta;

A fig. 6 ilustra uma forma de realização da presente invenção com uma camada da zona de controlo do fluxo de forma oval;

A fig. 7 ilustra uma almofada segundo a presente invenção com uma camada de transferência do fluxo em forma de laço com duas aselhas; e

A fig. 8 ilustra uma forma de realização da presente invenção quando a almofada tem a forma de ampulheta e a camada de controlo da zona de fluxo tem também a forma de ampulheta.

FORMAS DE REALIZAÇÃO DA INVENÇÃO

A presente invenção proporciona numerosas vantagens em relação às almofadas anteriores. A almofada segundo a pre

sente invenção proporciona uma melhor contenção dos fluidos. A almofada suja-se menos lateralmente e tem também menores fugas na parte da frente e de trás do que as almofadas anteriores. A almofada proporciona uma melhor remoção do fluido do material de cobertura permeável proporcionando uma superfície mais seca e mais limpa com menores resíduos na cobertura. A almofada também proporciona uma melhor percepção de conforto, limpeza e capacidade de absorção pois a camada de controlo da zona de fluxo proporciona uma melhoria notável na capacidade de absorção pois dá ao utilizador a sensação de que o material absorvido é mantido no centro da almofada.0 elemento de controlo da zona de fluxo também proporciona um indicador do momento da substituição pois quando o fluido começa a estender-se para além do elemento de controlo do fluxo na superfície do a]> sorvente, isso pode ser considerado como um indicador de que é a altura de mudar a almofada.Os meios de controlo da zona de fluxo proporciona além disso a transferência uniforme de fluido para o i£ terior do absorvente de modo a não sobrecarregar o centro ou área visada durante o início do uso da almofada. Estas e outras vantagens da presente invenção serão aparentes na descrição dada a seguir.

Como se ilustra na vista de cima da fig. 1, a a_l_ mofada segundo a presente invenção (12) está provida de um forro permeável (14) que possui uma zona longitudinal perfurada (16). A almofada tem vedações terminais (18) e (20). As vedações terminais (18) e (20) podem ser formadas por selagem adesiva ou por ultrassons.

forro (14) é enrolado por baixo do elemento de suporte impermeável (42) e sobreposto e selado em (24).0 elemento (28) de controlo da zona de fluxo encontra-se por baixo da zona perfurada (16).Como se ilustra nas fig. 2 e 3,o absorvente (30) está ligado por adesivo ao elemento de apoio (22) pelo adesivo de construção (32).A almo_ fada,como se ilustra na fig.2,está provida de um adesivo (34) de fixação ao vestuário e protegido por uma tira (37) que pode ser de_s pegada antes do uso. A tira despegável (37) é retirada antes da fj_ xação da almofada (12) ao vestuário do utilizador (não representado) pelas linhas de adesivo (34), (36) e (38). A camada de controlo da zona de fluxo (28), de preferência formada com um material soprado no estado de fusão, não se estende até aos bordos longitud/ nais (40) e (42) ou até às extremidades (46) e (48). Os lados infe riores dos furos (50) estão situados na área genericamente correspondente à camada de controlo da zona de fluxo (28).

Como se vê melhor na vista ampliada da fig. 2a, os furos (50), como consequência do processo de perfuração, têm elementos soltos (52) que actuam com pés sugadores que se enredam com a superfície encrespada, peluda ou fibrosa (54) da camada de controlo da zona de fluxo (28). Admite-se que ós pés sugadores (52) fja cilitam a transferência de líquido do lado do corpo da almofada pa_ ra a camada de controlo da zona de fluxo (28). Além disso, a super fície encrespada, peluda e fibrosa da camada (28) facilita a trans_ ferência do líquido da camada (28) para o interior do absorvente (30). A camada (28) é escolhida de tal modo que transferirá de pre

ferência fluido ao longo do seu comprimento antes de fazer a trans. ferência para o interior da camada (30). Porém, a superfície peluda na sua face inferior facilita a transferência para o absorvente (30). A superfície peluda do material soprado no estado de fusão permite um melhor contacto entre a cobertura e a massa de absorveji te (30) pois o material soprado em fusão com atrito por enredamento adere à cobertura e também ao absorvente pela sua superfície ca. beluda. Além disso, os pés sugadores (52) dos furos da cobertura facilitam a transferência da cobertura para os meios de controlo da zona de fluxo e também para o absorvente, se o fluido atingir as extremidades da almofada onde os pés sugadores contactariam com o absorvente em vez de com o elemento de controlo da zona de fluxo.

As figs. 4a, 4b, 4c e 4d representam as vistas da almofada segundo a presente invenção (12) quando sujeita ao uso normal. A fig. 4a ilustra a almofada quando começa primeiro a ficar em contacto com o exsudado corporal, tal como fluido menstrual ou regras. A área (60) representa o molhamento inicial na porção central da almofada e na área perfurada (16) que se sobrepõe à camada de controlo da zona de fluxo (28). A fig. 4b mostra que, à medida que mais fluido atinge a almofada, a mancha estende-se ao longo da direcção da camada de controlo da zona de fluxo (28) e deixa uma área manchada (62). A fig. 4c ilustra a aplicação ultrior de fluido à almofada que continuou a estender-se ao longo do elemento de controlo da zona de fluxo (28) em vez de ir para os lados da almofada (40) e (42). A área manchada (64) estende-se agora qua

se até às extremidades do elemento de controlo da zona de fluxo (28). A fig. 4d ilustra a almofada quando está a dar uma indicação visual de que deve ser mudada. A área manchada (66) começou a estender-se para fora da camada de controlo da zona de fluxo (28) p_a ra sobre o absorvente (30). De salientar que a mancha (66) preenche substancialmente o material soprado no estado de fusão (28) an, tes de a cor se estender para o interior do absorvente nas áreas (68) e (70). De notar que genericamente o fluido no absorvente (30) estará numa área maior no sentido da parte inferior da almofada do que na parte superior. Portanto, a almofada na fig. 4d está pronta para ser mudada mas não tem derrames para os lados.

A fig. 5 ilustra uma almofada segundo a presente invenção. A almofada tem uma forma na generalidade rectangular, estendendo-se a área perfurada no centro longitudinal da almofada. A almofada (80) está provida de um elemento (82) de controlo da z£ na de fluxo que tem a forma de ampulheta, com uma porção mais estreita na zona de entre-pernas (84). Esta construção pode ser desejável pelo facto de a área de entre-pernas ser estreitada durante o uso da almofada e é desejável transferir fluido para as extre_ midades (86) e (88) da almofada.

A fig. 6 ilustra também uma almofada rectangular (90) que está provida de um elemento (92) de controlo da zona de fluxo. 0 elemento de controlo da zona de fluxo oval é desejável em alguns casos pois proporcionaria uma almofada com melhor aparê£ cia pelo facto de a zona de transferência manchada não ser visível

por baixo de uma grande parte da cobertura, especialmente junto das extremidades (94) e (96).

A fig. 7 ilustra uma almofada (100) com um elemento (101) de controlo da zona de fluxo com a forma geral de um laço com duas aselhas com uma porção mais larga (104) na zona de entre-pernas e porções terminais (106) e (108) mais estreitas onde ejn tram em contacto com a porção central (104) e alargam-se para o lado das extremidades. Esta almofada é desejável pois é visualmente agradável e indica também ao utilizador uma transf erênc i a de mater_i. al para as extremidades da almofada a partir da área central visada (104). De salientar que com as formas de realização da almofada das fig. 5, 6 e 7 está ilustrado que as áreas perfuradas (89), (98) e (109) têm uma largura uniforme e estendem-se de uma extremidade à outra da almofada. Tais áreas constituem a forma mais simples pois podem ser formadas continuamente em linha durante a produção. Contu_ do, é possível que, com sistemas de perfuração especializados para fazer a perfuração da cobertura, a área perfurada pode ser formada de modo a corresponder aos elementos ilustrados de controlo da zona de fluxo e isso pode ser preferido.

A fig. 8 ilustra uma almofada (110) que tem uma forma geral de ampulheta com uma porção mais estreita (112) correspondente à área de entre-pernas. 0 elemento (114) de controlo da zo_ na de fluxo tem também a forma de ampulheta. A almofada está além disso provida com uma secção (116) perfurada mais estreita na porção de entre-pernas. As almofadas em forma de ampulheta são conhe

cidas na técnica e o elemento de controlo da zona de fluxo também conduziriaa uma maior eficácia de tais almofadas. 0 material de C£ bertura que forma o forro permeável aos líquidos do lado do corpo pode ser qualquer material apropriado que seja permeável aos 1 íqu_i_ dos, não irritante e que possa ser perfurado. Materiais típicos são tiras cardadas e ligadas de poliéster, po1ipropi 1 eno, nylon ou outras fibras susceptíveis de ser ligadas pelo calor.Outros materiais que podem ser apropriados são materiais de rede ou tiras de película finamente perfuradas. Um material particularmente preferido é um tecido de po 1 ipropi1eno de fio torcido entrançado. As tiras de po1ipropi1eno de fio torcido entrançado mais preferidas têm um peso compreendido entre cerca de 18 e cerca de 40 gramas por metro quadrado. Um peso óptimo estava compreendido entre cerca de 30 e cerca de 40 gramas por metro quadrado num material de fios torcidos entrançados uniforme branco porque este material tem propriedades de dissimulação boas para esconder o líquido que passou através de si e além disso mantém uma resistência suficiente depois da perfuração na porção longitudinal, de modo que a cobertura não se rasga nem se separa durante o uso. E também possível usar um forro compósito do lado do corpo tal como o descrito na patente de invenção norte-americana N^s 4 397 644 de Matthews et al., como ele mento do lado do corpo com perfurações no centro longitudinal.

A camada de controlo da zona de fluxo pode ser de qualquer material que proporcione uma boa transferência do forro do lado do corpo para a camada de controlo do fluxo que proporcione

uma boa transferência do fluido ao longo da camada de controlo de fluxo e, além disso, que proporcione uma boa transferência para o corpo ou massa inferior absorvente da almofada. Materiais típicos deste género são bandas de penugem, cardadas e tecido com rugosida_ de de crepe. Em vez de uma superfície peluda ou encrespada, crê-se que uma banda com a superfície tornada rugosa mecanicamente, com um grande atrito, tal como um pano ou tecido em relevo ou com r£ gosidade de crepe seria apropriada para a presente invenção. Um ma_ terial preferido é o pol ipropileno soprado noestado de fusão com um peso compreendido entre cerca de 6,78 e 67,8 g/m (0,2 a 2,0 onças/jarda ). Um material mais vantajoso é uma camada fina de material soprado no estado de-fusão com um peso compreendido entre cerca de 33,9 e 67,8 g/m (1,0 e 2,0 onças por jarda quadrada) pois este material tem uma superfície peluda, fibrosa com grande atrito que aderirá ao forro e facilitará a transferência de líquido do forro do lado do corpo para a camada de controlo da zona de fluxo e também aderirá ao absorvente e ajudará a transferência da camada de controlo da zona de fluxo para a massa do absorvente. 0 poliprjo pileno soprado no estado de fusão preferido é tratado para ficar hidrófilo e de preferência fará a transferência para um absorvente de fibras de celulose tratadas. 0 material pode ser uma folha úni2 2 ca de 33,9 a 67,8 g/m (1,0 a 2,0 onças/jarda ) ou dobrada para con_ seguir obter esse peso. A espessura está geralmente compreendida entre cerca de 1 e cerca de 5 mm. 0 material soprado no estado de fusão pode ser eventualmente perfurado.

material soprado no estado de fusão também po

de ser colorido com uma cor diferente da do material de cobertura e do absorvente. Verificou-se ser desejável uma cor azul clara,cor de rosa ou cor de pêssego pois trata-se de cores femininas atraentes. A utilização de uma cor diferente da do absorvente também apre senta um alvo para o utilizador e indicará quando a almofada não está colocada de maneira apropriada.

material soprado no estado de fusão tem uma superfície fibrosa, peluda ou encrespada grande que, quando coloca_ da em contacto com a folha de cobertura perfurada, tem um elevado coeficiente de atrito. Este coeficiente de atrito elevado crê-se qua ajuda a manter o contacto da folha de cobertura e do elemento de controlo da zona de fluxo. A folha de cobertura, depois da perfuração, tem fibras descendentes que envolvem os furos da perfuração elevados, a que anteriormente se chamou pés sugadores, que se crê que se encrespam na superfície do material soprado no estado de fusão, resultando dai quer um bom contacto da cobertura e do elemento de controlo da zona de fluxo durante o uso quer uma boa transferência do fluido da cobertura para o elemento da zona de co£ trolo do fluido. 0 pés sugadores em contacto com o material soprado no estado de fusão criam uma condição de adesivo seco que provoca a aderência dos materiais em contacto. Verificou-se que este coefj_ ciente de atrito deve de preferência ser maior do que cerca de 0,7. Em geral, está compreendido entre cerca de 0,7 e cerca de 0,12, quando se utiliza uma cobertura com furos ou material de fio torc_i_ do entrançado e o elemento de controlo da zona de fluxo de material

soprado no estado de fusão. Geralmente, a diferença entre o coeficiente de atrito do material de fio torcido entrançado perfurado e o material defio torcido entrançado em comparação com o fio torc£ do entrançado não perfurado e o mesmo material soprado no estado de fusão é cerca de 15% a cerca de 45% menor para o material não perfurado do que o coeficiente de atrito medido para o material pe_r furado. Os ensaios de um grupo de três materiais de fio torcido entrançado não perfurado diferentes em face de um· material soprado no estado de fusão indicaram gamas de valores do coeficiente de atrito de 0,57 a 0,73. 0 coeficiente de atrito para o material de fio torcido entrançado perfurado com o material soprado no estado de fu_ são é comparado com valores compreendidos entre cerca de 0,7 e cerca de 1,1 para o material perfurado.

quadro seguinte apresenta os resultados dos e_n saios de coeficiente de atrito que comparam as propriedades de atrj_ to do polímero soprado no estado de fusão em combinação com materiais de cobertura de fio torcido entrançado perfurado e não perfurado.

COF*

Lado de formação do material soprado no estado de fusão

COF*

Lado do fio do material sopradono estado de fusão

Amostra

A - Não perfurado

A - Perfurado

B - Não perfurado

B - Perfurado

C - Não perfurado

C - Perfurado

0,72

0,90

0,73

1,12

0,65

0,87

0,67

0,82

0,66

0,96

0,57

0,76

COF*	COF*
Lado de formação do	Lado do fio do mate
material soprado no	rial soprado no es-
estado de fusão	tado de fusão

Amostra

D - Não perfurado	0,63	0,57
D - Perfurado	0,83	0,71
Material soprado no	estado de fusão de cerca	de 89,8 g/m^ (2,65 on-

ças/jarda ) e 1,2 mm de espessura

2

A = 27,12 g/m (0,8 onça/jarda ) = polipropileno soprado no estado de fusão estirado linear Kimberly-Clark

2

B = 23,73 g/m (0,7 onça/jarda ) = Po 1ipropi1eno de fio torcido entrançado Lurgi

2

C = 27,12 g/m (0,8 onça/jarda ) = material de fio torcido entrançado fibroso estirado linear K-C (secção transversal modificada) (Lex i ngton Mi 11 )

2

D = 27,12 g/m (0,8 onça/jarda ) = fio torcido entrançado estirado linear K-C (secção transversal modificada)(Corinth Mill) * Média de quatro ensaios.

coeficiente de atrito foi determinado utilizar^ do o Instron Tensile Tester. Utilizando esta máquina, fixou-se o ma terial soprado no estado de :fusão na plataforma do ensaiador. Um pa

tim de 200 gramas tinha uma tira de material de.fios torcidos entraçados com cerca de 11,43 a 7,06 cm (4,5 a 2,78) fixada no me_s mo. Empurrou-se depois o patim através do material soprado no estado de fusão. Fizeram-se ensaios de material de fio torcido entr_a çado perfurado e não perfurado com a mesma estrutura. 0 ensaio foi realizado, quer do lado do fio de material soprado no estado de fu_ são, quer no lado superior ou de formação desse material. 0 coeficiente de atrito foi ligeiramente maior no lado do material soprado em fusão. Uma leitura da força média necessária para manter o patim em movimento sobre o material perfurado foi considerada como a força lida. Dividiu-se esta força pelo peso do patim para obter um coeficiente de atrito que é um número abstrato.

absorvente que forma a massa de absorvente da almofada pode ser qualquer material desejado. Materiais típicos são o rayon, poliésteres, e combinações destas fibras absorventes, e superabsorventes em combinação com materiais fibrosos. Um material preferido é penugem de fibras de madeira, pelo seu baixo custo. A penugem pode ser embrulhada num invólucro de tecido como na construção normal de almofadas absorventes. A almofada pode ainda conter os polímeros reticulados altamente absorventes vulgarmente designados por superabsorventes, quer numa camada separada, quer mis_ turados com as fibras.

material deflector pode ser qualquer elemento impermeável aos líquidos desejável. Se se desejar, pode ser permeável aos vapores. Materiais típicos para este fim são películas de

polímeros tais como películas de polietileno. Um material preferido é uma película de po 1 ipropi 1 eno, visto ser barato e suave.

Os adesivos de construção e os adesivos para fj_ xação no vestuário podem ser quaisquer dos que tipicamente são usa_ dos na formação das almofadas para uso feminino, para vestuário pa_ ra incontinentes ou para fraldas. A fixação ao vestuário preferida pode ser uma simples fita adesiva larga para obter a maior resistência de fixação.

Os furos na cobertura são feitos na área central longitudinal geralmente em correspondência com a camada central de controlo do fluxo. A área perfurada por uma questão de conveniência de fabrico, estender-se-á geralmente ao longo de todo o comprimento longitudinal da almofada. Contudo, seria satisfatório ter furos ape nas na zona que se sobrepõe à camada de controlo da zona de fluxo. Geralmente a perfuração é tal que proporciona cerca de 20 a 50% da área aberta na zona perfurada. Uma percentagem preferida da abertura de furos fica entre cerca de 40 e cerca de 45% da área aberta p_a ra deixar uma grande integridade no material de fio torcido entrançado que é perfurada e proporcionar ainda uma boa transferência dos fluidos menstruais. As dimensões dos furos estão geralmente compre endidas entre cerca de 0,8 e cerca de 2,3 mm (0,032 e 0,091). Uma dimensão dosfuros preferida está compreendida entre cerca de 1,52 e cerca de 2,03 mm (0,06 e 0,08). A profundidade dos furos é de preferência maior do que a espessura do forro de cobertura para criar os pés absorventes que atrás se descreveram com referência aos desenhos. Podem utilizar-se vários padrões de distribuição dos furos

regulares ou irregulares.

A largura da área central da perfuração longitudinal pode estar compreendida entre cerca de 1,9 e cerca de 5 cm (3/4 e 2), sendo usados os valores maiores para as almofadas mais largas e os menores para as almofadas mais estreitas. Geralmente, as almofadas femininas estendem-se numa largura compreendida entre cerca de 3,8 e cerca de 8,9 cm ( 1 1/2 e 3 1/2). 0 elemento de material soprado no estado de fusão de controlo do fluxo tem em geral uma largura correspondente à da área perfurada. Numa almofada feminina típica, a camada de controlo da zona de fluxo de material soprado no estado de fusão teria um comprimento compreendido entre cerca de 11,4 e cerca de 16,5 cm (4,5 e 6,5), pois isso é suficiente para garantir a exposição da camada de controlo da zona de fluxo à zona central visada sem colocar o elemento de controlo da zona de fluxo demasiadamente próxima dos bordos da almofada.

A cobertura para o forro do lado do corpo pode ser tratada com um produto tensioactivo, se se desejar, para ajudar a absorção de líquido. No entanto, se as características da banda do lado do corpo permitirem o seu uso sem tratamento com o material tensioactivo, resultará uma sensação da cobertura mais seca.

Embora descrita atrás com referência especial a dispositivos para contenção de líquidos menstruais, a presente invenção pode também usar-se noutras peças de vestuário e dispositivos para a absorção de exsudados humanos. Outros usos típicos são as almofadas para incontinentes, quer as do tipo que dão a protec

ção menor, cujas dimensões são apenas ligeiramente maiores do que a almofada feminina típica, quer as peças de vestuário para incon_ tinentes, de maiores dimensões, tais como as peças de roupa interior do género tanga ou peças de vestuário de maiores dimensões género fraldas para adultos incontinentes. 0 sistema segundo a presente invenção é também apropriado para usar em fraldas para crian_ ças.

Embora descrito para almofadas rectangu1 ares, o sistema segundo a presente invenção é também apropriado para almofadas modeladas, quer as modeladas com um septo impermeável exterior de uma espuma modelada, as modeladas por bordos elásticos, as modeladas por possuírem uma estrutura absorvente pré-modelada com um contorno determinado. A peça inserida de material soprado no es_ tado de fusão preferida é facilmente modelada em qualquer forma ou dimensões desejadas.

A almofada segundo a presente invenção, tal co mo está ilustrada, tem vantagens na facilidade de formação. A utilização de um elemento na generalidade rectangular que é simplesmen, te colocado sobre o absorvente antes de o cobrir com o forro permeável do lado do corpo é fácil de formar. Além disso, a perfuração em linha de uma porção da cobertura longitudinal é fácil de realizar como um processo de linha. Não há necessidade de adesivos ou de estruturas de cobertura em camadas complicadas e dispendiosas para realizar a presente invenção. A presente invenção produz uma almofada muito eficiente mas barata.

Embora a presente invenção tenha sido ilustrada com exemplos e materiais específicos, há outras variantes nos mate riais e na forma que serão evidentes para as pessoas com conhecimentos normais da matéria. 0 escopo da presente invenção pretende-se que seja limitado apenas pelo das reivindicações anexas.

Claims

1. - Almofada absorvente, caracterizada por compreen- der um elemento de apoio impermeável aos líquidos, um elemento absorvente adjacente ao referido elemento de apoio, uma camada de controlo da zona de fluxo adjacente ao absorvente no lado do corpo do referido absorvente e um forro perfurado permeável aos líquidos do lado do corpo da referida almofada adjacente ã referida camada de controlo da zona de fluxo.

2. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o referido forro do lado do corpo ser perfurado numa faixa no centro longitudinal da referida almofada.

3. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a referida camada de controlo da zona de fluxo compreender um polímero soprado no estado de fusão situado na porção central da referida almofada e não se estendendo até nenhum dos bordos da referida almofada.

4. - Almofada de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por o referido forro do lado do corpo estar orientado na almofada de modo tal que o material do forro deslocado durante a perfuração se estende no sentido da referida camada de controlo da zona de fluxo.

5. - Almofada de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por o polímero soprado no estado de fusão ser hidrófilo.

6. - Almofada de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por as referidas perfurações terem furos com dimensões compreendidas entre cerca de 0,81 mm(O,O32) e 2,31 mm(0,091).

7.- Almofada de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por o referido forro do lado do corpo compreender de cerca de 20 % a cerca de 50 % de área aberta.

8. - Almofada de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por a referida faixa ter uma largura compreendida entre cer- ca de 1,9 cm (3/4) e cerca de 3,8 cm (1 j )·

9. - Almofada de acordo com a reivindicação 3, caracteri- zada por a referida camada de controlo da zona de fluxo e as ãreas perfuradas do referido forro permeável terem uma largura com preendida entre cerca de 1,9 cm (3/4) e cerca de 3,8 cm(1 j ).

10. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a referida camada de controlo da zona de fluxo ter uma cor diferente da do referido elemento absorvente e da do referido forro permeável aos líquidos.

11. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a referida camada de controlo da zona de fluxo ter um comprimento compreendido entre cerca de 11,43 cm (4,5) e cerca de 16,51 cm (6,5) .

12. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a referida camada de controlo da zona de fluxo ter a for ma de ampulheta.

13. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracteriza da por a referida almofada e a referida camada de controlo da zona de fluxo terem a forma de ampulheta.

14. - Almofada de acordo.com a reivindicação 1, caracterizada por a referida camada de controlo da zona de fluxo ter a for ma de laço de gravata.

15. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a referida camada de controlo da zona de fluxo ter uma forma oval.

16. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o coeficiente de atrito entre o referido forro perfurado e a referida camada de controlo da zona de fluxo estar compreendido entre cerca de 0,7 e cerca de 1,1.

17. - Almofada de acordo com a reivindicação 1, caracteri zada por a referida camada de controlo da zona de fluxo compreender um material soprado no estado de fusão e o referido forro perfurado compreender um material de fios torcidos entrançados e por o coeficiente de atrito entre o referido material soprado no estado de fusão e o referido forro perfurado estar compreendido entre cerca de 15 % e cerca de 45 % mais elevado do que entre o material de fios torcidos e entrançados antes de ser perfurado e o referido material soprado no estado de fusão.

18. - Almofada de acordo com a reivindicação 17, caracterizada por o coeficiente de atrito entre o referido material soprado no estado de fusão e o referido forro estar compreendido entre cerca de 0,7 e cerca de 1,1.

Lisboa, 22 de Dezembro de 1987 O Agente Oficial da Propriedade Industriai

Sistema de distribuição do fluxo para almofadas absorventes

RESUMO

A invenção é geralmente realizada proporcionando uma almofada com uma camada de controlo da zona de fluxo adjacente ao forro da almofada do lado do corpo. A camada de controlo da zona de fluxo estã em contacto com o absorvente na sua face inferior e a superfície interior do forro do lado do corpo na superfície superior. O elemento de controlo da zona de fluxo estã localizado apenas na porção média da almofada. 0 forro do lado do corpo estã provido de furos na zona da camada de controlo da zona de fluxo para auxiliar a transferência dos líquidos para a camada de controlo da zona de fluxo. A almofada, como é convencional, estaria provida de um elemento de apoio impermeável no lado afastado do corpo. 0 material preferido da zona de fluxo é um polímero soprado no estado de fusão e a cobertura per furada preferida é poliDropileno de fio torcido entrançado.

Lisboa, 22 de Dezembro de 1987

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