PT842094E - Recipiente em madeira - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "RECIPIENTE EM MADEIRA" 0 presente invento refere-se ao acondicionamento de produtos alimentares, em particular de produtos prontos a cozer ou a arrefecer, assim como a recipientes destinados, designadamente a uma tal aplicação.

Os produtos prontos a cozer são habitualmente acondicionados em embalagens formadas por uma folha de alumínio ou por um saco em material plástico. Com o aparecimento dos fornos micro-ondas, as embalagens metálicas têm tendência a desaparecer em benefício das embalagens em material plástico. Esses acondicionamentos são, sem dúvida, adaptados a cozer ou para aquecimento, mas conferem ao produto uma apresentação industrial pouco satisfatória.

Foi igualmente proposto no estado da técnica um acondicionamento de pratos cozinhados destinados a aquecimento apenas num forno de micro-ondas. Este acondicionamento foi descrito na patente alemã OS3812118. Trata-se de um recipiente em aglomerado de madeira em forma de copela, coberta por um revestimento interno em polietileno ou em poliéster.

Foi igualmente proposto na patente inglesa 707.453 um processo de cozedura de pão num recipiente em cartão ou em madeira.

Verificou-se de maneira surpreendente que um acondicionamento num recipiente em madeira dobrada e montada permite cozer um produto alimentar num forno tradicional de padeiro. Verificou-se em particular que um tal acondicionamento era apropriado para a apresentação de massa de pão ou de “brioches”, bolos, etc., e mais geralmente, de qualquer produto alimentar que necessite de um cozimento superior a trinta minutos num forno térmico, a temperaturas que ultrapassem 200°C, e mesmo 250°C. O objecto do presente invento é, em primeiro lugar, propor um processo de acondicionamento que alie um aspecto tradicional antes da utilização, e a possibilidade de formar o molde de cozedura que permite a utilização de um forno térmico. O invento propõe um processo de acondicionamento que apresenta, além disso, a vantagem de um baixo custo de fabrico e que não necessita de elevados investimentos para a produção industrial, contrariamente aos recipientes em madeira moldada descritos na patente alemã acima mencionada.

Para este efeito, o invento refere-se a um processo de acondicionamento para produtos alimentares susceptíveis de serem cozidos num forno térmico, que consiste em introduzir o produto alimentar no estado de massa não cozida, tal como uma massa de pão, de “brioche” ou de bolo ou outras confeitarias num recipiente formado por dobragem e montagem de um recorte que apresenta uma parte central que forma o fundo do recipiente, cortada ou não, prolongada em duas extremidades opostas por duas faces separadas da parte central por linhas previamente entalhadas, e nas duas outras extremidades opostas por faces separadas da parte central por linhas previamente entalhadas e prolongadas lateralmente por linguetas de ligação separados das faces por linhas previamente entalhadas, sendo a massa assim acondicionada no seu recipiente em madeira destinada a ser cozida num forno térmico.

Segundo uma primeira variante, a montagem das paredes laterais é efectuada por agrafamento.

De acordo com uma segunda variante preferida, a montagem das paredes laterais é efectuada por colagem com uma cola do tipo ciano acrilato. Este tipo é particularmente bem apropriado por razões que serão explicitadas a seguir, e em função da resistência ao calor, contrariamente a outras colas industriais, tais como as colas termofundíveis.

De acordo com uma forma de realização preferida, o produto alimentar é introduzido no recipiente no estado de massa não cozida, sendo a pasta destinada a ser cozida num forno térmico.

De acordo com uma variante, uma folha de papel de cozer ou um corpo de gordura é interposto entre o recipiente e o produto alimentar para evitar a aderência da massa ao recipiente no momento da cozedura.

Um outro objecto do presente invento é propor recipientes susceptíveis de ser executados pelo processo de acondicionamento acima indicado.

No estado da técnica conhecem-se numerosas variantes de recipientes feitos de madeira estendida. Os recipientes mais conhecidos são feitos por entrelaçamento de lamelas de pequena largura, ligadas por agrafamento. Esses recipientes têm uma aparência pouco estética e são apropriados para utilizações de transporte e de entreposto banais. O interesse principal deste tipo de recipiente é o seu baixo preço líquido.

Quando se procura uma apresentação mais agradável, foi igualmente proposto no estado da técnica fabricar recipientes por recorte de uma folha de madeira estendida e por agrafamento das faces laterais. A montagem por agrafamento, para os peritos no ramo, é praticamente a única solução de montagem compatível com uma produção em grande série, que implica trabalhar com madeira vinda directamente do local de estendimento sem que seja economicamente possível fazê-la secar antes de ser utilizada. O agrafamento apresenta, todavia, vários inconvenientes para os recipientes destinados a um uso alimentar. Em primeiro lugar, os agrafos não são inertes e podem enferrujar, o que provoca a desnaturação dos alimentos contidos no recipiente. Além disso, os agrafos mal colocados, ou que se soltam por várias razões, podem misturar-se com o produto alimentar contido no recipiente, e apresentar, por isso, riscos graves em caso de ingestão.

Na patente FR-A-2240633 foi proposto fabrico de um recipiente por colagem, repartindo a cola pelas linguetas laterais, para uni-las entre si. A utilização da cola coloca, todavia, vários problemas em caso de produção industrial de recipientes, com 4 4

reduzidos tempos de fabricação. Com efeito, as colas tradicionalmente utilizadas para colagens de madeira são colas de madeira que requerem a manutenção prolongada (cerca de 24 horas) de uma pressão sobre as faces montadas, antes que a fixação seja suficiente. É igualmente conhecida a utilização de colas termofundíveis (“hot-melt”) cuja aplicação requer técnicas dispendiosas e aparelhagens de remoção complexas, que requerem uma manutenção permanente e que apenas podem ser aplicadas em madeira seca.

Os peritos no ramo que possam ser levados a interessar-se por uma solução de montagem por colagem debater-se-iam com dificuldades de monta para a execução industrial.

Nenhum dos documentos da técnica anterior conduziria a utilizar colas monocomponentes. Pelo contrário, se tivesse em vista a utilização de uma tal cola, os ensinamentos da técnica anterior conduzi-lo-iam a pôr de parte uma tal solução para a aplicação em cola estendida que não tivesse sido objecto de uma secagem prévia.

Com efeito, a patente alemã DE-A-3421360, por exemplo, descreve um processo de colagem de superfícies porosas ou hidrófilas, indicando que um tal cianoacrilato é pouco adaptado a este tipo de superfícies, sem tratamento prévio. Este documento revela que é necessário fazer “espumar” a cola para a poder utilizar.

Um outro documento, a patente inglesa GB1123360 revela que os vestígios de humidade são de molde a reduzir a estabilidade ou a eficácia do material aderente. O estado da técnica, não só não sugere a utlização de colas de cianoacrilato para a montagem de madeiras estendidas não secas, como ainda contem indicações tais que mesmo que os peritos no ramo se tivessem interessado por elas, tê-las-iam posto de parte. 0 presente invento tem por objecto remediar os inconvenientes dos recipientes agrafados, propondo um recipiente compatível com um fabrico industrial de grande cadência e que não apresente os riscos dos recipientes da técnica anterior.

Para este efeito o recipiente de acordo com o presente invento é constituído por um recorte de madeira não seca que apresenta uma parte central e por prolongamentos laterais montados por colagem dos prolongamentos laterais com uma cola do tipo cianoacrilato.

De preferência, os prolongamentos laterais são ligados por colagem com o auxílio de um material aderente monocomponente cianoacrilato de étilo. De modo surpreendente, tais materiais aderentes apresentam uma tomada muito rápida quando são utilizados com madeiras estendidas não secas. Tipicamente, o grau de humidade relativa da madeira estendida não seca está compreendido entre 20 e 50%.

Com vantagem, o recorte apresenta uma parte central que forma o fundo do recipiente, recortado ou não, prolongado em duas extremidades opostas por duas faces separadas da parte central por linhas previamente entalhadas e prolongadas lateralmente por linguetas de ligação separadas das faces por linhas previamente entalhadas.

De acordo com uma forma de realização vantajosa, a largura da base das faces' que prolongam a parte inferior é ligeiramente inferior à dimensão da parte central medida segundo a mesma direcção de modo a que o recipiente montado apresente cantos canelados.

Esta forma de realização permite a expansão do produto contido no recipiente, o que pode revelar-se interessante para produtos tais como a massa de “brioche”. O recipiente cheio de massa pode ser directamente introduzido no forno, e a expansão da massa formará as “orelhas” que passam sobre as aberturas ào nível dos quatro cantos.

De acordo com uma outra forma de realização, pelo menos duas faces opostas são de forma sensivelmente trapezoidal de modo a que o recipiente montado apresente uma forma sensivelmente troncónica que permite o levantamento dos recipientes vazios.

De acordo com uma outra forma de realização, duas faces opostas apresentam dois orifícios para receber saliências complementares que prolongam lateralmente um recorte que forma uma divisão transversal paralela ao fundo para formar uma tampa, ou perpendicular ao fundo para formar uma separação. O presente invento refere-se igualmente a um processo para fabricar um recipiente, designadamente para produtos alimentares, por dobragem de um recorte que apresenta uma parte central e por prolongamentos laterais, formado numa folha de madeira estendida, de preferência de madeira de álamo, e pela ligação dos prolongamentos laterais, caracterizado pelo facto de a ligação entre dois prolongamentos laterais ser formada por colagem, com o auxílio de um material aderente monocomponente cianoacrilato de étilo aplicado sobre a madeira estendida não seca, e por uma pressão aplicada sobre as superfícies revestidas com cola durante um período inferior a 10 segundos. De preferência, a pressão exercida sobre as superfícies revestidas com cola é superior a 20 quilos.

De modo surpreendente, esses materiais aderentes que são reputados como necessitando de cuidadosa preparação das superfícies sobre as quais são aplicados, apresentam desempenhos melhorados quando são aplicados em madeira estendida não seca nem preparada. O aperfeiçoamento dos desempenhos refere-se em particular à obtenção de uma tomada muito mais rápida, e designadamente sensivelmente mais rápida do que sobre produtos secos.

Aplica-se, com vantagem, material aderente monocomponente cianoacrilato de étilo em várias zonas do recorte plano, com o auxílio de uma cabeça distribuidora e aplicando-o também após pressões normais nas zonas revestidas com cola com o auxílio de um molde de realização. 7 fí s r-Zifi** *>«

De preferência aplica-se o material aderente monocomponente cianoacrilato de étilo em madeira estendida não seca e exerce-se uma pressão superior a 20 quilos normalmente nas zonas revestidas com cola durante um período de tempo compreendido entre 2 e 5 segundos. O presente invento refere-se ainda a um processo de acondicionamento de um produto alimentar pronto a cozer ou a aquecer, caracterizado pelo facto de ser preparado num recipiente de acordo com o invento.

De acordo com uma forma de realização particular, enche-se parcialmente o recipiente com uma massa pronta a cozer. O invento será melhor compreendido através da leitura da descrição de um exemplo não limitativo de realização que se segue, fazendo referência aos desenhos anexos nos quais: - A Figura 1 representa uma vista de face do recorte; - As Figuras 2 e 3 representam, em escala reduzida, vistas de faces de recorte que formam respectivamente uma divisão transversal e uma tampa; - A Figura 4 representa uma vista em perspectiva de um exemplo de realização de um recipiente de acordo com o invento; - A Figura 5 representa uma vista de face de uma variante de recorte; - A Figura 6 representa um exemplo de curva de desempenho de material aderente em função da humidade do material; - A Figura 7 representa um exemplo de curva de desempenho de material aderente em função do período de duração da colagem e da humidade relativa do material; 8 8

- A Figura 8 representa uma vista de face de uma outra variante de recorte; - A Figura 9 representa uma vista de face de uma variante de tampa. A Figura 1 representa uma vista de face de um exemplo não limitativo de recorte para a realização de um recipiente de acordo com o presente invento. É recortado numa folha de álamo estendida proveniente da instalação de estendimento. O recorte é feito com o auxílio de uma matriz, por exemplo. Esta matriz compreende zonas cortantes e zonas não cortantes destinadas a formar as linhas previamente entalhadas que constituem, em seguida, as articulações·. O recorte apresenta uma parte central (1) que forma o fundo do recipiente. Esta parte central (1) pode ser cheia ou recortada para permitir, por exemplo, que os molhos ou líquidos escorram. Esta parte central (1) é prolongada sobre dois bordos opostos por faces (2, 3) simétricas e sobre dois outros bordos opostos por duas outras faces (4, 5).

As duas faces (2, 3) constituem os lados menores do recipiente após a montagem. Apresentam uma forma sensivelmente trapezoidal, com uma base um pouco menor que a parte central (1). As linhas previamente entalhadas (12, 13) facilitam a dobragem destas faces (2, 3) em relação à parte central (1).

As outras duas faces (4, 5) constituem os lados maiores do recipiente após a montagem. Compreendem uma zona de forma sensivelmente trapezoidal, sendo a sua base um pouco menor que o comprimento da parte central (1). A zona trapezoidal é prolongada por linguetas (6, 7, 8, 9) em forma de orelhas. São aproximadamente simétricas em relação a uma linha mediana (22, 23, 24, 25) que será, após montagem do recipiente, paralela ao bordo inferior da face (2, 3) e da linha previamente entalhada (12, 13).

As linhas previamente entalhadas (10, 11) facilitam a dobragem destas faces (4, 5) em relação à parte central (1). Do mesmo modo, as linhas previamente entalhadas (14 a 17) facilitam a redobragem das linguetas (6 a 9). 9 9 11 ív

2 fi.

Oo/t.

As faces (4, 5) apresentam, além disso, orifícios. Estes orifícios (18, 19, 20) são destinados a receber espigões que prolongam uma tampa, ou (orifícios (20, 21) espigões que prolongam uma divisão de separação. As figuras 2 e 3 representam, em escala reduzida, vistas de faces de recorte que formam, respectivamente, uma divisão transversal e uma tampa. São formadas por recorte numa folha de madeira estendida, ou num outro material elasticamente deformável, e apresentam saliências (26 a 31) que podem vir alojar-se nos orifícios (18 a 21). A dureza do material assegura que a divisão ou a tampa sejam mantidas em posição transversal, graças à cooperação entre as saliências e os orifícios. O recipiente é representado na Figura 4 numa vista em perspectiva.

Depositam-se pontos de material aderente (32) na superfície interior das linguetas laterais (6 a 9) que se observam na Figura 1.

Imediatamente após a colocação do material aderente, o recorte é introduzido numa prensa de montagem que compreende uma matriz cuja secção corresponde sensivelmente à superfície da parte central (1) e uma contra-matriz que assegura a redobragem das faces (2 a 5) e o assentamento das linguetas laterais (6 a 9). As linguetas laterais (6, 7) da face (4) são assentes sobre faces (2, 3) e as linguetas laterais (8, 9) da face (5) são, em seguida, assentes sobre as primeiras linguetas (6, 7). A Figura 5 representa uma vista de face de uma variante de recorte. Difere do recorte representado na figura 1 principalmente pela posição das linhas previamente entalhadas.

As faces laterais (4, 5) não são delimitadas em relação à parte central por linhas previamente entalhadas. Assim, aquando da montagem, o recipiente apresentará superfícies curvas. As linguetas laterais (7 a 9) estão separadas das linguetas laterais (4, 5) por um par de linhas previamente entalhadas (40, 41) para facilitar a dobragem e permitir a formação de linhas curvas com um raio de curvatura relativamente pequeno. 10 10

Do mesmo modo, as faces (2, 3) estão separadas da parte central (1) por duas linhas previamente entalhadas (42, 43) sensivelmente paralelas. A figura 6 representa um exemplo de curva de desempenho do material aderente em função da humidade do material, medido com o auxílio de um controlador de humidade cuja página de leitura está compreendida entre 4% e 60% de humidade relativa, com uma precisão de 0,5%. A experiência foi efectuada com sondas de álamo estendido que apresentam diferentes graus de humidade. A taxa de humidade foi ajustada por secagem parcial ou, ao contrário, por reumidificação das sondas. Procedeu-se à colagem de duas lamelas de 10 cm2 com o auxílio de um material adesivo do tipo cianoacrilato de étilo. Depositou-se uma gota sobre uma das superfícies de uma das lamelas com uma pipeta cuja secção de saída é de 1 mm e exerceu-se uma pressão de 10 kg perpendicularmente à superfície das lamelas durante um período de tempo fixo de 5 segundos.

Em seguida, submeteu-se as lamelas a uma tracção segundo uma direcção perpendicular à zona de colagem, aumentando a força de tracção até à separação das duas lamelas. A força de tracção exercida no momento do arrancamento foi anotada, a fim de permitir o traçado de uma curva reproduzida esquematicamente na figura 6. Deverá notar-se que, em certas condições de humidade residual e de tempo de acostagem, a resistência ao corte do material aderente é muito superior à resistência à tracção das sondas. Neste caso verifica-se a destruição da sonda antes da descolagem. A curva da resistência ao corte em função da humidade do material assim determinado apresenta um valor maximal. Este valor maximal corresponde sensivelmente ao estado de uma madeira fresca acabada de ser estendida. A figura 7 representa um exemplo de rede de curvas de desempenho de material aderente em função do tempo de duração da colagem. A experiência foi realizada com sondas de álamo estendido que apresentam diferentes graus de humidade.

Modificou-se o período de duração durante o qual se exerce uma pressão constante sobre a sonda, imediatamente após a acostagem. Verificou-se que, para graus de humidade correspondentes a madeira fresca que acabada de ser estendida, por exemplo 11

s> madeira de álamo, é possível reduzir este período sem prejuízo para a resistência da colagem. A figura 8 representa uma vista do recorte para a realização de uma variante de recipiente. O recorte apresenta duas linhas previamente entalhadas (40, 41) paralelas ao eixo mediano (42) e projecta-se sobre as três faces laterais do recorte. Nenhuma linha previamente entalhada delimita os outros dois bordos perpendiculares da parte central d).

Duas outras linhas previamente entalhadas são divididas em três segmentos. O segmento central (44, 47) é paralelo ao eixo mediano (42). Os segmentos de extremidade (43, 45, 46, 48) divergem e formam um ângulo de cerca de 10° em relação ao eixo mediano (42). As superfícies (48, 49, 50, 51) compreendidas entre as linhas previamente entalhadas formam abas laterais que conferem ao recipiente uma forma poligonal. Estas superfícies apresentam na proximidade do seu bordo exterior recortes oblongos (52 a 56) cujo eixo principal é orientado perpendicularmente ao eixo mediano (42).

Estes recortes são destinados a receber orelhas (57 a 60) previstos em cada um dos ângulos da tampa, estando um exemplo de recorte representado na figura 9. Estas orelhas prolongam-se para lá dos bordos laterais da tampa para formar protuberâncias salientes. A secção transversal destas orelhas (57, 60) é sensivelmente igual ao comprimento do eixo principal dos recortes oblongos (52 a 56). A tampa pode ser colocada no seu lugar no recipiente por deformação elástica. As orelhas vêm então alojar-se nos recortes. Quando a tampa retoma a sua forma plana de repouso, as orelhas fecham a tampa sobre o recipiente. A tampa pode, contudo, ser retirada deformando-a elasticamente.

Lisboa. 1 2

JUL 2000

Telefs. 213651 339 -213 854 613

Claims (13)

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REIVINDICAÇÕES 1. Processo de acondicionamento para produtos alimentares susceptíveis de serem cozidos num fomo térmico, que consiste em introduzir o produto alimentar no estado de massa não cozida, tal como uma massa de pão, “brioches”, bolos, ou outras confeitarias num recipiente formado por dobragem e montagem de um recorte que apresenta uma parte central que forma o fundo do recipiente, recortado ou não, prolongado em duas extremidades opostas por duas faces separadas da parte central por linhas previamente entalhadas, e nas duas outras extremidades opostas por faces separadas da parte central por linhas previamente entalhadas e prolongadas lateralmente por linguetas de ligação separadas das faces por linhas previamente entalhadas, sendo a massa assim acondiconada no seu recipiente em madeira destinada a ser cozida num forno térmico.

2. Processo de acondicionamento de acordo com a reivindicação 1 caracterizado pelo facto de a montagem das paredes laterais ser efectuada por agrafamento.

3. Processo de acondicionamento de acordo com a reivindicação 1 caracterizado pelo facto de a montagem das paredes laterais ser efectuada por colagem com uma cola do tipo cianoacrilato.

4. Recipiente para o acondicionamento de massa não cozida tal como uma massa de pão, “brioche” ou bolo ou outras confeitarias, destinada à cozedura num fomo térmico, caracterizado pelo facto de ser constituído por um recorte de madeira estendida que apresenta uma parte central (1) e por prolongamentos laterais montados por colagem com o auxílio de uma cola do tipo cianoacrilato.

5. Recipiente de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo facto de os prolongamentos laterais serem ligados por colagem com o auxílio de um material aderente monocomponente cianoacrilato de étilo.

6. Recipiente de acordo com as reivindicações 4 ou 5, caracterizado pelo facto de o recorte apresentar uma parte central que forma o fundo do recipiente, recortado ou não, 2

* Ss'· S' prolongado em duas extremidades opostas por duas faces separadas da parte central por linhas previamente entalhadas, e nas duas outras extremidades opostas por faces separadas da parte central por linhas previamente entalhadas e prolongadas lateralmente por linguetas de ligação separadas das faces por linhas previamente entalhadas.

7. Recipiente de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo facto de a largura da base das faces que prolongam a parte inferior ser ligeiramente inferior à dimensão da parte central medida na mesma direcção de modo a que o recipiente montado apresente cantos canelados.

8. Recipiente de acordo com as reivindicações 6 ou 7, caracterizado pelo facto de, pelo menos, duas faces opostas serem de forma sensivelmente trapezoidal de maneira a que este recipiente montado apresente uma forma sensivelmente troncónica que permite o levantamento dos recipientes vazios.

9. Recipiente de acordo com qualquer das reivindicações 4 a 8, caracterizado pelo facto de duas faces opostas apresentarem orifícios para receber saliências complementares que prolongam lateralmente um recorte que forma uma divisão transversal paralela ao fundo para formar uma tampa, ou perpendicular ao fundo para formar uma separação.

10. Processo de fabrico de um recipiente de acordo com a reivindicação 4 por dobragem de um recorte que apresenta uma parte central e por prolongamentos laterais, formado numa folha de madeira estendida, de preferência madeira de álamo, e por ligação dos prolongamentos laterais, caracterizado pelo facto de a ligação entre dois prolongamentos laterais ser formada por colagem com o auxílio de um material aderente monocomponente cianoacrilato de étilo aplicado sobre madeira estendida não seca, e por uma pressão aplicada sobre as superfícies laterais coladas durante um período de tempo inferior a 10 segundos.

11. Processo de fabrico de um recipiente de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por se aplicar o material aderente monocomponente cianoacrilato de étilo numa pluralidade de zonas do recorte plano com o auxílio de uma cabeça distribuidora e

por se aplicarem imediatamente a seguir pressões normais sobre as zonas coladas com o auxílio de um molde de montagem.

12. Processo de fabrico de um recipiente de acordo com as reivindicações 10 ou 11, caracterizado por se aplicar material aderente monocomponente cianoacrilato de étilo em madeira estendida não seca e por se exercer uma pressão superior a 10 quilogramas sobre as superfícies coladas durante um período de tempo inferior a 10 segundos.

13. Processo de fabrico de um recipiente de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por se exercer uma pressão normal nas zonas coladas durante um período de tempo compreendido entre 2 e 5 segundos.

Dr. Américo da Silva Camlhfl Anc-.io .Or·'··-·! .*·!'. ~f* * · !