PT82708B - Maquina alargadora e estiradora a quente ou a frio com pares de rolos estriados com estrias helicoidais que se interpenetram mutuamente para o tratamento das peles curtidas depois da secagem - Google Patents
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Description
Máquina alargadora e estiradora a quente ou a frio com pares de rolos estriados com estrias helicoidais que se interpenetram mutuamente para o tratamento das peles curtidas depois da seca gem
A presente invenção refere-se a uma máquina que se destina a ser utilizada na indústria de curtumes para efectuar o alargamento e o estiramento a quente ou a frio, por meio da pas sagem das peles entre pares de rolos providos de estrias helicoi dais que se interpenetram mutuamente.
A máquina foi concebida particularmente com a finalidade de levar numa única fase de trabalho de acabamento a pele ao fim do processo, depois do condicionamento.
De facto, nesta fase a pele apresenta-se um tanto rígi da, na chamada condição embrulhada e com as fibras isoladas, pelo que, para poder passar à fase final de acabamento, é neces sário levar a pele a um estado de macieza e de distensão das fi bras, o que é feito normalmente por meio dos tradicionais pisões
Uma segunda, operação, realizada a seguir, tem a finalidade de alargar a pele, esticando-a o mais possível, para desse modo obter o rendimento máximo, sem comprometer a qualidade da pele.
Esta operação com máquinas automáticas denominadas máqui. nas de acabamento ou máquinas que, aproveitando o vazio e o aque cimento do plano de apoio, aquecem a pele de modo a prepará-la por sua vez para ser submetida a uma acção mecânica de alargamen
to, enquanto é bloqueada entre dois tapetes de borracha sujeitos ao vácuo. Uma terceira oneração compreende a lustragen e o esti. ramento da pele do lado da flor, obtida com uma máquina de cilin dros rotativos.
É portanto evidente a vantagem de poder dispor de uma ma quina que, cóm uma única operação, nossa oferecer numa so nassa
gem todas as vantagens das fases descritas anteriormente,
A máquina segundo a presente invenção compreende pelo me nos dois rolos com estrias helicoidais opostas que ne interpene tram e rodando em sentidos contrários, entre os quais se faz pas sar a pele a fim de sofrer uma acção de compressão e, simultânea mente, uma acção de alongamento progressivo a partir do centro para o exterior. 0 lado livre da mesma e arrastado por uma maxi.
la adequada que avança, juntamente com o tapete transportador, com uma velocidade menor do que a velocidade de accionamento do par de cilindros estriados opostos, produzindo um alongamento ge ral da pele.
Em uma primeira forma de realização da máquina, particularmente apropriada para peles de grandes dimensões, nreviram-se dois pares de cilindros estriados colocados em série, alimentados por um tapete transportador na entrada e com um segundo trans portado r de tapete colocado na saída da maquina.
A sequência de funcionamento desta primeira forma de rea lização é a seguinte: a pele apoia-se no tarefe de alimentação, o qual, sempre em movimento, leva a nele à proximidade dos cilin dros de trabalho. A paragem, destes faz-se por meio de uma linha de células fotoeléctricas. Neste instante intervém a maxila mo|ó·· feu:..:·
-5vel que,depois de ter bloqueado a pele, promove o avanço da mes ma entrando no primeiro par de cilindros, enquanto o segundo par de cilindros está na posição aberta, permitindo à pele que seja transportada pela segunda fita na saída através da segunda maxi la móvel, que se encontra na posição de espera na proximidade do segundo par de cilindros. Nesta altura fecha-se a segunda maxila, bloqueando a pele que, com a mesma velocidade da primeira, transporta a pele para a saída e comanda a inversão da penetração dos dois pares de cilindros estriados, fechando o segundo par e abrindo o primeiro.
As peles de menores dimensões são, pelo contrário, tratadas por uma máquina simplificada, que deve ainda ser considerada no âmbito da presente invenção, provida de um só par de ei lindros estriados e de um só tapete transportador rolante, provido de uma única maxila que transporta a pele aderente à fita transportadora, durante a laboração.
Naturalmente que, neste caso, a pele, depois de ter sido transportada ao longo de cerea de metade do seu comprimento numa primeira passagem, deve ser reposta novamente na fita trans portadora de alimentação, em posição deitada, antes do recuo da maxila de bloqueio, para assim ser obrigada a passar através do par de cilindros estriados por cerca da segunda metade do seu comprimento.
Descreve-se a seguir a presente invenção com mais porme. nor, com o auxílio dos desenhos anexos, cujas figuras representam:
A fig. 1, numa vista de lado completa, a primeira forma de realização da máquina segundo a presente invenção, com duas
4fitas transportadoras, duas maxilas e dois pares de cilindros estriados;
A fig. 2, também numa vista de lado, a segunda forma de realização da máquina segundo a presente invenção, com uma só fita transportadora, uma maxila e um só par de cilindros estria dos;
A fig. 3, numa vista com corte transversal, um par de cilindros estriados;
A fig. 4, numa vista em perspectiva, um par de cilindros estriados helicoidais com hélices sobrepostos; e
A fig. 5, um pormenor ampliado e planificado da zona de cruzamento dos hélices existentes nos referidos cilindros.
primeiro tipo de máquina ilustrado na fig. 1 compreende um primeiro tapete transportador (1), provido de uma maxila linear de retenção (2), móvel em guias horizontais (3), accionada por um dispositivo de arrasto (4), provido de cilindros de guia.
tapete transportador (1) transporta a pele que está a ser trabalhada, retida posteriormente pela maxila (2), entre os cilindros estriados opostos (5) e (6), que rodam em sentidos opostos e aproximados uns dos outros no sentido das setas (F^) e (F2).
Durante esta fase de trabalho, os cilindros do outro par (7) e (8) estão afastados um do outro no sentido das setas (F^) e (F^), de modo que deixam passar livremente a pele, que se coloca sobre a fita transportadora de saída (9), onde é agarrada pela maxila (10), igualmente de tipo linear.
Quando cerca de metade da pele tiver sido tratada pelo
primeiro par de cilindros (5) e (6), os referidos cilindros afãs iam-se uin do outro, no sentido das setas (P-^) e (í^)» enquanto se aproximam um do outro os cilindros (7) e (8) na direcção das setas (F^) e (P^), tratando a pele de modo tal que ela avança so bre a fita transportadora (9), puxada pela maxila (10), por sua vez posta em movimento pelo dispositivo de arrasto (11) e liber tada pela maxila (2), que volta automaticamente à posição de par tida (A).
No instante em que a maxila (10) chega ao fim do curso, posição (D), comanda a sua própria abertura e a sua reposição na posição primitiva (c), enquanto o tapete de transporte (9) continua, no mesmo sentido de rotação, a transportar a pele amaciada e estirada, quer na direcção longitudinal, quer na direcção transversal fora da máquina.
Com as duas maxilas (2) e (10) nas posições (A) e (C), a máquina fica pré-dispostà para um novo ciclo de trabalho. As células fotoeléctricas têm a finalidade de determinar o movimento de aproximação e afastamento dos cilindros (5), (6), (?) e (8) com base na passagem das peles.
Na segunda forma de realização da máquina ilustrada na fig. 2, esta compreende uma só fita transportadora (12), com uma única maxila (13), móvel ao longo das guias (14), comandada pelo dispositivo de arrasto (15), enquanto apenas um par de cilindros estriados (16) e (17), que rodam em sentidos opostos, agarra a pele para a aspirar e amaciar em cerca de metade do seu comprimento.
A célula fotoeléctrica (23) obscurecida pela passagem da pele que está a ser trabalhada, determina a aproximação dos
cilindros (16) e (17).
A posição do início do ciclo prevê, como se ilustra na fig. 2, a maxila (15) na posição (A‘), com o tapete transportador (12) em movimento no sentido de rotação indicado, para ser levada à posição (B’). A pele assenta no tapete (12) em movimen to e é obrigada a avançar até que, ao entrar na linha da célula fotoeléctrica (25), o tapete pára e a maxila se fecha.
Nesta altura, a velocidade pré-estabelecida do avanço da maxila (15) inicia a introdução da pele através dos cilindros (16) e (17).
Uma vez a maxila (15) chegada à posição (B’), inverte o seu movimento, repondo-se na posição (A’), depois do que se verifica a abertura da própria maxila, libertando a pele e permitindo que a mesma seja virada por forma a poder ser trabalhada na sua segpnda metade.
Este tipo de máquina presta-se sobretudo, como se disse, a ser usada para as peles de menores dimensões.
Na fig. 4 pode ver-se um par dos cilindros usados nas máquinas atrás descritas, por exemplo os cilindros (5) e (6), podendo notar-se que cada um dos cilindros está provido de estrias helicoidais que avançam num sentido em metade do cilindro e no sentido oposto na outra metade, sendo além disso os dois cilindros de um mesmo par estriados em sentidos contrários num é nõ outro. Rodando de facto os dois cilindros em sentidos opostos, como indicam as setas (F^) e (Fg), as peles tratadas pelo par de cilindros tendem a ser alargadas, sendo esticadas, para cada metade, do centro para a periferia.
A partir da fig. 5, vê-se que os cilindros opostos, por exemplo os cilindros (5) e (6), quando se encontram na posição de trabalho, isto é, com os eixos aproximados um do outro, penetram com as respectivas estrias nas cavidades do cilindro opos to, enquanto a pele avança no sentido da seta (F?).
Notar-se-á que os cilindros (5) e (6), ilustrados na fig. 4, estão providos de meios de aquecimento, por exemplo por indução, indicados esquematicamente pelas referências (19) e (20), que aquecem de maneira uniforme os próprios cilindros a uma temperatura óptima, de acordo com as características da pele que está a ser trabalhada.
A partir da fig. 5 ver-se-á que os ressaltos helicoidais (24), (25) e (26), com comprimentos diferentes da primeira metade do cilindro (5), são intercalados em posições diferentes com os ressaltos da segunda metade (27), (28) e (29) do mesmo cilindro, também com comprimentos diferentes, enquanto os ressaltos (30), (31) e (32) da primeira metade do cilindro (6) e os ressal tos (33), (34) e (35) da segunda metade do cilindro (6), todos eles também com comprimentos diferentes e desenhados a tracejado na fig. 5, são intercalados com os primeiros, de modo a evitar que a pele que está a ser trabalhada fique sujeita a formar pregas na zona central, ficando portanto perfeitamente estirada nessa zona.
Vantajosamente, prevê-se que pelo menos um dos cilindros de cada um dos pares de cilindros (5) e (6) - (7) θ (8), em vez de ter uma forma perfeitamente cilíndrica, apresente uma forma ligeiramente bicónica, ou seja, com um diâmetro um tanto menor no centro e um pouco maior na periferia, a fim de esticar mais a pele nas zonas periféricas, garantindo melhor a forma plana da mesma.
grau de conicidade é, no entanto, bastante limitado e pode ser determinado com base na experiência prática.
De acordo com uma outra variante possível de realiza- . ção, prevê-se que, em cada par de cilindros, enquanto o cilindro superior, em contacto com a flor da pele, apresenta ressaltos com a superfície arredondada, como se vê no desenho, o cilindro inferior, em contacto com a carne, apresenta ressaltos mais agu çados, no limite com uma secção em forma de lâmina rectangular, o que permite comprimir mais a superfície em correspondência com a carne”, eliminando-lhe a rugosidade e melhorando o efeito final na superfície do lado da carne.
São evidentes as vantagens que se obtêm com a adopção das máquinas segundo a presente invenção, que permitem efectuar um trabalho de estiramento e de amaciamento das peles a quente, que melhoram nitidamente as suas características mecânicas, mediante a passagem numa máquina que reune em si as características de muitas máquinas até agora usadas para obter um resultado equivalente, com a vantagem de se obter, além disso, depois de terminado o tratamento, uma pele extremamente macia e estirada mais uniformemente, o que permite alcançar um rendimento óptimo também no aspecto quantitativo, no sentido da superfície útil da pele.
Naturalmente que os pormenores construtivos particulares dos aparelhos descritos e ilustrados nos desenhos anexos foram-no em formas particulares de realização dadas a simples título de exemplo não limitativo, podendo tomar formas e aspectos diferentes, desde que se mantenham as características essenciais da presente invenção, sem que por isso se saia do âmbito da mesma.
Claims (7)
- Reivindicações1. - Máquina alargadora e estiradora a quente e a frio com pares de rolos estriados com estrias helicoidais, que se penetram mutuamente para o tratamento contínuo das peles curtidas, caracterizada pelo facto de compreender pelo menos um par de rolos estriados com estrias helicoidais rodando em sentidos opos- . tos, a partir do centro para a periferia, colocados na saída deP uma fita transportadora (1) que tem a função de fazer avançar a pele até a mesma penetrar no par de rolos referidos, sendo prevista uma maxila (2) que agarra a pele no bordo posterior durante o movimento de avanço da fita (1), para avançar portanto sob o comando de pelo menos um dispositivo de arrasto (4) que faz avançar a prensa (2) com uma velocidade inferior ã velocidade de avanço dos rolos (5) e (6) para assim provocar um estiramento e um alargamento da pele em laboração.
- 2. - Maquina alargadora e estiradora de acordo com a k reivindicação 1, caracterizada pelo facto de um segundo par de rolos (7) e (8), igualmente com a possibilidade de deslocamento na direcção transversal, seguido de uma fita transportadora (9) !e de um dispositivo de compressão (10) accionado para o avanço por um dispositivo de arrasto (11), ter a seu cargo o estiramento e o alargamento da segunda metade da pele em laboração, depois de ter sido abandonado o primeiro par de rolos (5) e (6) enquanto se aproximou o segundo par de rolos (7) e (8).
- 3. - Máquina alargadora e estiradora de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo facto de compreender uma fita transportadora (12) destinada a introduzir a pele em labora ção entre os pares de rolos rotativos estriados (16,17), que agarram a pele, fazendo o seu estiramento e o seu alargamento na direcção perpendicular ao movimento de avanço, em cerca de meta- de do comprimento da pele, que é depois agarrada numa posição virada pela maxila (13) para permitir o estiramento e o alargamento da segunda metade da pele, sendo esta forma de realização particularmente adaptada para peles de menores dimensões.
- 4. - Máquina alargadora e estiradora de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo facto de os rolos opostos de cada par (5,6 ou 7,8) estarem providos de meios de aquecimento (19,20), por exemplo por indução, que aquecem de maneira uniforme os próprios rolos a uma temperatura óptima, com base nas características das peles em laboração.
- 5. - Máquina alargadora e estiradora de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo facto de os ressaltos (24,25, 26) de comprimentos diversos de uma primeira metade de um rolo (5) de um par estarem intercalados em posições diversas com os ressaltos da segunda metade (27,28,29) do mesmo rolo, também de comprimentos diferentes, enquanto os ressaltos (30,31,32) da primeira metade do segundo rolo (6), todos eles de comprimentos diferentes, estão intercalados com os primeiros de maneira a evitar que a pele em laboração crie rugas na zona central, ficando perfeitamente esticada nessa zona.
- 6. - Maquina alargadora e estiradora de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo facto de pelo menos um dos rolos de cada um dos pares.de rolos (5,6, e 7,8) em vez de ter a forma cilíndrica apresentar uma forma ligeiramente bicónica, isto ê com um diâmetro um pouco menor no centro e um pouco maior na periferia, a fim de esticar mais a pele nas zonas periféricas, garantindo melhor a forma plana nas mesmas.
- 7.- Máquina alargadora e estiradora de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo facto de em cada um dos pares de rolos se prever que o rolo inferior em contacto com a carne da pele apresente ressaltos mais afilados, no limite com uma secção em forma de lâmina rectangular, mantendo-se fixos o passo e a inclinação do dente, o que permite melhorar o efeito final da superfície da carne.
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