PT821820E - Dispositivo luminoso para anuncios com caracteres - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO LUMINOSO PARA ANÚNCIOS COM CARACTERES" O presente invento diz respeito a um dispositivo luminoso de acordo com o conceito genérico constante da reivindicação 1. Tais dispositivos luminosos têm utilidade em publicidade de exteriores, luzes de emergência, sistemas de sinalização luminosa e painéis informativos. São geralmente constituídos por tubos de néon curvados em forma de um traçado manuscrito e dispositivos luminosos de tipo conhecido, isolados ou agrupados.

Em FR-A2 720 181 é dado a conhecer um painel publicitário iluminado. O painel publicitário conhecido é constituído por uma placa transparente que é iluminada por uma fonte luminosa localizada exteriormente ao corpo. A luz que penetra na placa transparente é reflectida por uma superfície externa reflectora de que é provida a placa transparente, projectando-se a partir desta para o exterior, depois de atravessada a superfície externa do painel publicitário. Este painel apresenta a desvantagem de aproveitar muito mal a potência luminosa irradiada pela fonte luminosa, além de, no caso de superfícies de maiores dimensões, poder ocorrer uma emissão de luz não uniforme.

Era objectivo do presente invento a concepção de um dispositivo luminoso económico, sem moldura e independente da forma, que utilizasse de modo óptimo a luz emitida pela fonte luminosa e proporcionasse uma emissão de luz uniforme por parte dos caracteres publicitários.

De acordo com o invento, este objectivo foi alcançado com um -2- dispositivo luminoso com as características apresentadas na reivindicação 1. Nas reivindicações subsidiárias são indicados aperfeiçoamentos vantajosos do mesmo. Uma vez que pode ser usado um material sintético resistente a choques e inquebrável, por exemplo vidro acrílico, como material constituinte do corpo do dispositivo luminoso, os dispositivos luminosos de acordo com o presente invento têm uma duração superior, por exemplo, à das letras em tubo de néon utilizadas na publicidade exterior. Acresce que pode ser empregada uma fonte de baixas tensões, o que permite poupar energia em comparação com a consumida pelos elementos luminosos em tubo de néon.

Em conformidade com uma primeira forma de execução do presente invento, é produzida a totalidade do corpo sob forma de carácter publicitário, símbolo, pictograma ou traçado manuscrito publicitário, sendo a fonte luminosa em banda aplicada, de preferência, lateralmente e de modo a acompanhar o contorno do carácter, do corpo luminoso ou da caligrafia. A superfície de emergência da luz pode ter a forma do carácter ou traçado manuscrito publicitários. De acordo com uma segunda forma de execução, a fonte luminosa encontra-se aplicada no corpo de modo a que suqa em parte da superfície de emergência da luz o carácter ou traçado manuscrito publicitários. Para tal, os caracteres publicitários podem constituir relevos do corpo, de preferência sobre a superfície de emergência da luz ou nas costas da mesma, invertidos à maneira das imagens reflectidas num espelho. Numa primeira variante desta forma de execução, o carácter constitui uma gravura, e na ranhura deste modo produzida são aplicadas uma ou mais fontes luminosas em forma de banda. Numa segunda variante, a letra ou o traçado manuscrito constituem um relevo, sendo portanto contornados por uma ranhura circundante na qual foram dispostas uma ou mais fontes luminosas. As fontes luminosas deste modo embutidas no corpo são acessíveis a partir de um dos lados do corpo, através da correspondente ranhura, ou, em alternativa, foram alvo de enchimento.

Evidentemente que também se pode fabricar um tal dispositivo luminoso cujas fontes luminosas foram alvo de enchimento colocando as fontes luminosas dentro de um molde numa configuração que corresponda ao precedentemente descrito arranjo no interior das ranhuras, e vertendo depois o corpo em tomo das fontes luminosas. Quando o próprio corpo tem a forma do sinal ou traçado caligráfico publicitários, a fonte luminosa em banda é em regra aplicada de modo a ficar encostada em toda a extensão desta quer numa ranhura lateral do corpo quer sobre uma superfície lateral plana do corpo. Altemativamente, a integração da fonte luminosa em banda no corpo pode resultar de um enchimento.

Na área correspondente à superfície de emergência da luz, o material do corpo pode ser transparente ou difusamente dispersor (“leitoso”) e, consoante a sua futura utilização, eventualmente colorido. A fonte luminosa pode ser montada com uma determinada inclinação a fim de dirigir a luz irradiada maioritariamente sobre uma superfície espelhada. A execução de uma superfície lateral como espelho pode ser realizada espelhando a superfície mediante técnicas conhecidas, por exemplo mediante a vaporização com um material reflector, a colagem de uma película reflectora, etc. Uma vez que, ao incidir sobre uma superfície limítrofe, a luz é parcialmente reflectida, também pode ser alcançado um efeito de espelho através de um polimento de alto brilho da correspondente superfície. No decurso desta operação, esta superfície será vantajosamente disposta de modo a que seja reflectida a maior parte da luz que incide vinda de uma direcção favorável à reflexão no sentido da superfície de emergência da luz.

De acordo com o presente invento, o facto de a fonte luminosa ser em banda toma mais uniforme a emissão de luz no que se refere à direcção da banda, ao mesmo tempo que a superfície executada como espelho, constituindo uma fonte luminosa virtual, leva a que a superfície de emergência da luz seja iluminada de um lado adicional e, portanto, mais uniformemente. O corpo pode -4- 6ÕS XeWfiVíí exibir várias superfícies executadas como espelhos, dizendo o efeito de espelho respeito à luz que se propaga no corpo, isto é, a luz que se propaga no corpo é reflectida de volta para o corpo pela superfície espelhada.

Os lados estreitos da fonte luminosa apenas irradiam uma reduzida fracção de luz, enquanto que, mediante a reflexão orientada no sentido da superfície de emergência da luz, a superfície espelhada reduz a absorção de luz por parte das supefícies absorventes do corpo, do que resulta, no cômputo final, uma melhor produção de luz. Neste processo, a superfície espelhada desvia vantajosamente para a superfície de emergência da luz um feixe luminoso directamente proveniente da fonte luminosa ou de uma superfície não difusamente reflectora.

Vantajosamente, uma parede do corpo é executada, por exemplo mediante espelhamento, como espelho côncavo ou convexo, reflectindo a luz proveniente da fonte luminosa ou de uma outra superfície espelhada no sentido da superfície de emergência da luz por forma a que a radiação assim reflectida cubra uma secção da superfície de emergência da luz que é determinada pelas curvatura e orientação da referida secção de parede e que pode, evidentemente, coincidir com a totalidade da superfície de emergência da luz. Neste processo, o cone luminoso tanto pode ser alargado pela reflexão como sofrer um estreitamento.

Adicional ou altemativamente, a disposição acima apontada pode ser modificada por forma a que pelo menos parte da luz incidente sobre o elemento curvo da parede seja reflectida por um segundo espelho, preferencialmente plano, no sentido da superfície de emergência da luz. O desacoplamento luminoso na superfície de emergência da luz pode ser efectuado de duas maneiras. -5-

As fontes luminosas em banda e as superfícies limítrofes intemamente espelhadas podem estar dispostas de modo a que a luz que se propaga no corpo incida sobre a superfície de emergência da luz segundo um ângulo que é maior do que o ângulo da reflexão total aT. Assim sendo, a luz apenas emerge daqueles locais da superfície de emergência da luz cuja superfície é irregular, uma vez que, apesar de ter, em média, um valor superior ao do ângulo de reflexão total, o ângulo de incidência é, aí, localmente menor do que aquele. Uma tal superfície irregular pode ser produzida de modo conhecido mediante corrosão, ou esmerilamento ou mediante a aplicação de uma substância ou película dispersora da luz.

Altemativamente, a fonte luminosa e as superfícies reflectoras podem estar dispostas de modo a que a luz por elas irradiada ou reflectida incida sobre a superfície de emergência da luz pelo menos em parte segundo um ângulo que seja menor do que o ângulo de reflexão total e só ocorra, portanto, uma emergência parcial a partir do corpo. Contudo, uma vez que uma determinada fracção da luz é reflectida de volta para o corpo, é vantajoso proceder à colocação de uma superfície espelhada paralela e fronteira à superfície de emergência da luz, a qual, eventualmente em conjunto com outras superfícies espelhadas do corpo, reconduzirá a luz novamente para a superfície de emergência da luz.

Relativamente a determinadas aplicações, pode revelar-se desvantajosa a emergência, a partir de superfície de emergência da luz, de luz directamente proveniente da fonte luminosa. Tal é particularmente válido no caso de fontes luminosas em banda constituídas por uma pluralidade de fontes luminosas individuais e de a distância da fonte luminosa à superfície de emergência da luz ser demasiado pequena para que os cones luminosos das diversas fontes luminosas individuais se possam sobrepor. Em tais casos, a fonte luminosa pode, mediante uma orientação adequada ou mediante dispositivos limitadores da radiação usuais, ser disposta de modo a que a luz por ela irradiada, que atinge a superfície de emergência da luz sem ter sofrido qualquer prévia reflexão, incida nela segundo um ângulo superior ao ângulo de reflexão total. O dispositivo luminoso de acordo com o presente invento exibe um corpo maciço, de preferência fabricado num material sintético que se deixe moldar e trabalhar facilmente. Trata-se portanto de um dispositivo que pode ser facilmente produzido em diversas formas.

Como fontes luminosas em banda estão disponíveis, por um lado, placas condutoras em banda sobre as quais foram aplicados, de acordo com a tecnologia SMD numa sequência densa e compacta díodos emissores de luz. Por outro lado existem também fontes luminosas em banda constituídas por película electroluminescente, as quais produzem luz continuamente ao longo de todo o seu comprimento, por exemplo o material comercializado sob a designação comercial “Super Neo-Neon” (SNN) e descrito na patente nos E.U.A. n° 5 845 752.

Outras características e vantagens do presente invento podem ser extraídas da descrição pormenorizada subsequente, na qual é feita referência aos desenhos anexos. Nas Figuras são mostrados:

Figura 1 uma primeira forma de execução do invento,

Figura 2 um corte transversal de uma primeira variante da primeira forma de execução do invento,

Figura 3 um corte transversal de uma segunda variante da primeira forma de execução do invento, -7-

Figura 4 um corte transversal de uma terceira variante da primeira forma de execução do invento,

Figura 5a e 5b em corte, uma fracção do trajecto luminoso na terceira

Figura 6a a 6j variante da primeira forma de execução do invento, diferentes formas de execução de uma ranhura destinada à recepção da fonte luminosa em banda,

Figura 7a a 7d diferentes disposições de uma fonte luminosa em banda numa ranhura executada no corpo,

Figura 8 uma vista frontal de um exemplo de uma segunda forma de execução do invento,

Figura 9a e 9b uma vista por detrás ou um corte parcial de uma primeira variante da segunda forma de execução do invento,

Figura 10a e 10b uma vista por detrás ou um corte parcial de uma segunda variante da segunda forma de execução do invento

Na descrição que se segue, elementos iguais ou com a mesma função constituintes do dispositivo luminoso de acordo com o presente invento serão designados pelos mesmos números de referência. As superfícies espelhadas encontram-se assinaladas nas Figuras mediante uma linha a tracejado desenhada paralelamente a uma linha contínua.

Na Fig. 1 encontra-se representado um exemplo de uma primeira -8- forma de execução do dispositivo luminoso de acordo com o presente invento, o qual tem a forma de uma letra luminosa (W). A vista representada na Fig. 2 corresponde a um corte perpendicular à linha a tracejado da letra, executado, por exemplo, ao longo da linha I-I indicada na Fig. 1. O dispositivo luminoso é essencialmente constituído por um corpo 1 fabricado num material transparente, resistente a choques e inquebrável, por exemplo vidro acrílico, o qual pode, altemativamente, ser também translúcido. O corpo exibe duas superfícies limítrofes 2 e 3 planas e paralelas, as quais são ligadas por paredes laterais 4. Nas paredes laterais foi sempre praticada uma ranhura transparente 5, por exemplo mediante corte a laser ou fresagem seguida de polimento, ao longo de cujo interior se estende uma fonte luminosa 6 de baixa tensão e em banda. Esta fonte luminosa pode ser, por exemplo, uma banda em película electroluminescente (nomeadamente SNN), o corpo exibindo de preferência lateralmente ou na sua face posterior terminais para a alimentação eléctrica (não representados). A ranhura 5 e a fonte luminosa em banda nela contida estendem-se segundo uma direcção perpendicular ao plano de corte, ao longo do lado do corpo, contornando de preferência a totalidade da letra. A introdução da fonte luminosa 6 na ranhura transparente permite que essencialmente toda a potência luminosa utilizável da fonte luminosa 6 em banda penetre no corpo 1. A superfície 2 constitui a superfície de emergência da luz a partir do corpo, podendo exibir uma zona despolida 2. O lado interno da superfície 3 fronteira à superfície 2 de emergência da luz é espelhado, reflectindo no sentido da superfície 2 de emergência da luz a luz que se propaga no corpo 1. A luz emitida pela fonte luminosa 6 incide parcialmente sobre a superfície espelhada 3 e parcialmente sobre a superfície 2 de emergência da luz. -9-

Desde que o ângulo de incidência α seja maior do que o ângulo de reflexão total aT, a luz incidente sobre a superfície 2 de emergência da luz emerge com a intensidade 2 IT = I0sin (α-ατ), sendo reflectida com uma intensidade IR = I0cos2(a-aT), onde Io representa a intensidade da luz incidente. A luz que incida sobre a supefície de emergência da luz com um ângulo de incidência α superior ao ângulo de reflexão total ocT é totalmente reflectida. A luz reflectida pela superfície 2 de emergência da luz propaga-se no sentido da superfície espelhada 3, a qual a reflecte de volta para a superfície 2 de emergência da luz, tal como o faz à luz directamente incidente sobre ela, proveniente da fonte luminosa 6.

Quando da reflexão entre superfícies paralelas, o ângulo de incidência sobre uma superfície permanece constante após sucessivas reflexões. Para que se produza a emergência daquela fracção de luz que inicialmente incidiu sobre a superfície 2 de emergência da luz com um ângulo superior ao ângulo de reflexão total, a superfície espelhada 3 pode, numa variante da forma de execução representada na Fig. 1, ser curva, com a concavidade voltada para a superfície de emergência da luz, por forma a que o ângulo de incidência sobre a superfície 2 de emergência da luz sofra alterações após cada uma das sucessivas reflexões. Contudo, a emergência de luz também pode ser produzida por uma zona despolida tal como a referenciada na Fig 1 com o número 2’, na qual a orientação - 10- da superfície superior sofre variações estatísticas, por forma a que a luz que incida com um ângulo que, relativamente à orientação média da superfície 2 de emergência da luz, é superior ao ângulo de reflexão total seja localmente inferior ao ângulo de reflexão total. O mesmo efeito pode ser obtido com um revestimento difusamente dispersor da superfície 2 de emergência da luz ou mediante a utilização de um material difusamente dispersor como material constituinte do corpo 1. Numa forma de execução preferida do presente invento, a superfície 2 de emergência da luz encontra-se totalmente revestida com uma película difusamente dispersora e eventualmente colorida. A forma de execução representada na Fig. 2, com superfícies paralelas 2 e 3, pode ter sido provida de um dispositivo limitador de radiação, por exemplo um anteparo, do qual resulta um ângulo de incidência da luz proveniente da fonte luminosa 6 sobre a superfície 2 de emergência da luz e sobre a supefície reflectora 3 que é superior ao ângulo de reflexão total. Neste caso, a luz apenas pode emergir da zona difusamente dispersora 2’, enquanto que, no que respeita ao resto da superfície 2 de emergência da luz, a luz é totalmente reflectida.

Nas Figs. 3 a 5 encontram-se representadas diversas variantes da letra luminosa mostrada em corte na Fig. 1.

Na variante da forma de execução mostrada na Fig. 1 que se encontra representada na Fig. 3, além da superfície 3 foram também espelhadas as paredes laterais 14a e 14b, as quais foram ainda colocadas numa posição oblíqua relativamente à superfície 2 de emergência da luz ou à superfície reflectora 3. Mediante uma escolha adequada dos ângulos, β e y, entre as superfícies laterais 14a e 14b, por um lado, e as perpendiculares às superfícies de emergência da luz 2 ou reflectora 3, a luz que inicialmente incide sobre a superfície 2 de emergência da luz segundo um ângulo maior do que o de reflexão -11 - total passa, após uma ou mais reflexões por um dos lados 14a ou 14b, a incidir sobre superfície 2 de emergência da luz segundo um ângulo menor do que o de reflexão total. Uma vez que ambos os lados do corpo foram providos de paredes espelhadas 14a e 14b, a luz pode percorrer diversas vezes o corpo, sendo o seu ângulo de incidência sobre a superfície 2 de emergência da luz diferente em cada percurso para escolhas adequadas dos ângulos β e γ.

Para que se produza uma exclusiva emergência de luz a parrtir de zonas irregulares da superfície 2 de emergência da luz, tal como foi anteriormente descrito com referência à Fig. 2, o valor do ângulo entre as paredes laterais Mae 14b é 90°, por forma a que, após uma reflexão em ambos os espelhos, um raio luminoso retome paralelamente à sua direcção inicial. Além disso, o valor do ângulo β escolhido é superior ao do ângulo de reflexão total, por forma a que a luz reflectida pela superfície 14a incida sobre a superfície 2 de emergência da luz com um ângulo sempre superior ao de reflexão total. Finalmente, a fonte luminosa 6 é disposta de modo a que as paredes espelhadas Mae 14b funcionem como anteparos que impedem a incidência directa sobre a superfície de emergência da luz de luz com um ângulo de incidência inferior ao de reflexão total. Nesta forma de execução, a supeffície 3 não necessita de ser espelhada desde que seja paralela à superfície 2 de emergência da luz, uma vez que a luz também incide sobre esta superfície com um ângulo de incidência superior ao de reflexão total.

Na variante da primeira forma de execução do invento representada na Fig. 4 foram espelhadas tanto a superfície 3 fronteira à superfície 2 de emergência da luz como as paredes laterais 24a e 24b. As paredes laterais exibem contudo na proximidade dos cantos zonas parietais 25a ou 25b executadas como espelhos divergentes, cuja função é reflectir de modo a incidir directamente sobre a superfície 2 de emergência da luz e distribuir numa determinada zona - 12-

WfiAl·» superfícial a luz incidente sobre a zona dos seus cantos. Um exemplo do correspondente trajecto dos raios luminosos encontra-se representado nas Figs. 5a e 5b. A Fig. 5a ilustra o modo de funcionamento da zona parietal espelhada 25a. O feixe luminoso Si proveniente da fonte luminosa 6 e incidente sobre a zona parietal 25a é reflectido por esta, sendo simultaneamente alargado por forma a cobrir praticamente a totalidade da superfície 2 de emergência da luz. De modo semelhante, a luz reflectida pela superfície 3 segundo um grande ângulo de reflexão é novamente reflectida pelo elemento de parede 25a de modo a incidir sobre a superfície 2 de emergência da luz. O grau de alargamento do feixe de raios luminosos Si depende do grau de curvatura do elemento de parede 25a. Para um valor adequadamente grande do raio de curvatura Ri e para uma posição adequada do ponto médio Pi do arco de curvatura da zona de incidência, o feixe de raios luminosos Si abrange somente parte da superfície de emergência da luz, o que pode revelar-se vantajoso caso se pretenda iluminar mais fortemente determinadas zonas da superfície de emergência da luz. O modo de funcionamento da zona parietal espelhada 25b encontra-se esquematicamente representado na Fig. 5b. O feixe luminoso S2 proveniente da fonte luminosa é reflectido pelo elemento de parede 25b, sendo alargado de modo a cobrir essencialmente toda a superfície reflectora 3. A superfície 3 reflecte então parte desta luz de modo a que ela incida sobre a superfície de emergência da luz. O raio de curvatura R2 e o ponto médio P2 do correspondente arco de curvatura também podem ser escolhidos por forma a que o feixe S2 incida sobre uma zona da superfície 3 pela qual seja completamente reflectido de modo a incidir sobre a superfície 2 de emergência da luz. O elemento de parede 25b reflecte ainda, de modo a incidir sobre a superfície 3, a luz reflectida pela superfície 2 de emergência da luz segundo um grande ângulo. - 13-

Numa forma de execução simétrica como a representada na Fig. 4, as quatro zonas espelhadas 25a e 25b exibem de preferência uma curvatura circular e ângulos de curvatura iguais.

Em qualquer uma das formas de execução do dipositivo luminoso de acordo com o presente invento representadas nas Figs. 2 a 5 foram sempre dispostas uma frente à outra duas fontes luminosas em banda. Altemativamente, pode utilizar-se apenas uma fonte luminosa disposta num dos dois lados e espelhar a parede lateral fronteira de modo a que também neste lado passe a existir uma fonte luminosa, se bem que virtual. De modo análogo as zonas de canto da letra podem ser providas de um espelhamento em vez de uma fonte luminosa 6, sendo a fonte luminosa em banda somente montada nas zonas planas ou ligeiramente curvas do corpo 1, por exemplo ao longo das zonas Li, L2, L3 e L4 indicadas na Fig. 1.

Tal como anteriormente elucidado com recurso às diferentes formas de execução, os elementos superficiais espelhados de que é provido o corpo podem ser alterados e combinados de múltiplas maneiras. O dispositivo luminoso de acordo com o presente invento pode, contudo, sofrer transformações de outro tipo.

Nas Figs. 6a a 6j encontram-se esquematicamente representadas diversas possibilidades de execução da ranhura 5 destinada a acolher a fonte / luminosa em banda. E por exemplo possível, tal como se mostra nas Figs. 6a e 6b, nas quais por uma questão de simplicidade não se encontra representada a fonte luminosa, colocar a ranhura numa posição oblíqua a fim de dirigir mais fortemente para a superfície 2 de emergência da luz (Fig. 6b) ou para uma superfície espelhada, por exemplo a superfície lateral 4 representada na Fig. 6a, a - 14- luz irradiada pela fonte luminosa. Em particular, toma-se deste modo possível fazer incidir a luz irradiada pela fonte luminosa deliberadamente sobre uma zona da parede executada como espelho convergente ou divergente. Na Fig. 6c é mostrada uma vista parcial de um correspondente corpo 1 (sem fonte luminosa) com uma zona parietal 66 executada como espelho divergente e na Fig. 6d é mostrada uma correspondente vista de um corpo 1 com uma zona parietal 67 executada como espelho convergente. No caso de a luz irradiada pela fonte luminosa em banda o ser unidireccionalmente, a ranhura 5 pode ter uma superfície lateral 5a espelhada a fim de impedir a emergência de luz a partir do corpo no sentido da ranhura, tal como representado na Fig. 6a.

Na Fig. 6e mostra-se uma vista parcial de uma ranhura 5, uma das superfícies laterais 5a da qual é interna e extemamente espelhada, por forma a que a luz emitida pela fonte luminosa e incidente sobre a superfície 5a seja por esta reflectida no sentido da superfície fronteira 5b. Na Fig. 6f é mostrada uma tal superfície 5a duplamente espelhada e provida também de uma ranhura assimétrica 5. A ranhura também pode ser executada em forma de degrau (cf. Figs. 6g e 6h). Numa tal execução em degrau, a fonte luminosa 6 em banda pode estar disposta paralelamente à superfície 2 de emergência da luz (Fig. 6h) ou paralelamente a uma superfície lateral 4 (Fig. 6g). A ranhura 5 também pode ser praticada na supefície reflectora 3 (Figs. 6i ou 6j). A fim de utilizar a luz incidente no volume entre a ranhura e a parede lateral 4, esta última pode ser chanfrada, tal como representada na Fig. 6j.

Nas Figs. 7a a 7d encontram-se representadas vistas parciais de diversos tipos de disposição da fonte luminosa 6 em banda na ranhura 5. A fonte luminosa 6 pode estar disposta paralelamente ao fundo 53 da ranhura (Fig. 7a) ou - 15- paralelamente a uma superfície lateral 5j da ranhura (Fig. 7b). Também podem ser montadas duas fontes luminosas 6a e 6b em banda paralelas, respectivamente, às paredes laterais 5i e 52 da ranhura 5 (Fig. 7c). Finalmente, pode ainda colocar-se fontes luminosas 6a a 6c em banda paralelamente a todos os três lados 5] a 53 da ranhura (Fig. 7d).

Numa segunda forma de execução do presente invento, a superfície 2 de emergência da luz não tem a forma do traçado manuscrito publicitário. A referida superfície consiste antes numa superfície simples, por exemplo rectangular tal como a mostrada na Fig. 8, da qual a caligrafia publicitária se destaca em tom claro ou escuro quando do funcionamento do dispositivo. Este contraste óptico é alcançado pelo facto de a fonte luminosa em banda com a forma do traçado manuscrito publicitário estar embutida no corpo 1. Numa primeira variante da segunda forma de execução do presente invento, a fonte luminosa em banda preenche praticamente o traçado manuscrito, ou seja, o observador vê essencialmente como sendo uma caligrafia a banda luminosa da fonte de luz. Numa segunda variante da segunda forma de execução do presente invento, a fonte luminosa em banda acompanha o contorno da letra, isto é, o observador vê iluminada mais claramente do que a restante superfície de emergência da luz aquela zona sobre esta que corresponde ao volume do corpo que se encontra envolvido pela fonte luminosa em banda. Seguindo o mesmo princípio pode também ser obtida uma representação em negativo do traçado manuscrito, sendo neste caso a irradiação de luz da fonte luminosa em banda essencialmente centrífuga em relação à caligrafa.

Na Fig. 9a é mostrada uma vista por detrás de um exemplo da primeira variante, na parede posterior espelhada 3 do corpo 1 da qual foram praticadas ranhuras 35i, 352, 353 com a forma de imagens de letras reflectidas por um espelho. Ao longo destas ranhuras encontram-se dispostas diversas fontes - 16- luminosas em banda 36j, 362, 363, mais nitidamente observáveis na Fig. 9b, a qual consiste num corte parcial segundo a linha II-II indicada na Fig. 9a. A fim de alcançar-se um efeito tridimensional, também se pode dispor de acordo com a configuração representada na Fig. 7d diversas fontes luminosas ao longo dos três lados da ranhura 35j (i = 1, 2, ...). Desde que as fontes luminosas em banda sobre os seus lados estreitos irradiem suficientemente, pode ainda ser utilizada uma configuração tal com a representada na Fig. 7c, em que duas fontes luminosas em banda se encontram dispostas, costas contra costas, na ranhura 35i. Uma configuração tal como a representada na Fig. 7c também pode, contudo, ser utilizada de modo a que a caligrafia publicitária surja escurecida. Neste caso, as fontes luminosas encontram-se dispostas de modo a somente irradiarem luz sobre o lado largo fronteiro ao corpo 1.

Na Fig. 10a mostra-se uma vista por detrás da segunda variante da segunda forma de execução do presente invento e na Fig. 10b um corte parcial segundo a linha III-III indicada na Fig. 10a. Nesta forma de execução, ranhuras 45j estendem-se ao longo do contorno de imagens reflectidas num espelho de caracteres, cada uma das quais envolve zonas convexas 1; do corpo 1, correspondentes, cada uma, a um dos caracteres publicitários. Nas ranhuras 45,· encontram-se dispostas fontes luminosas em banda 46;, as quais irradiam luz para dentro das zonas 1 j do corpo 1, à semelhança do que sucedia na primeira forma de execução. Altemativamente, as fontes luminosas 46, podem estar montadas por forma a somente irradiarem luz sobre a superfície lateral das ranhuras 45; que é fronteira aos flancos dos volumes 1;. Neste caso, a caligrafia destaca-se num tom escuro da superfície 2 de emergência da luz iluminada. Na forma de execução do presente invento representada nas Figs. 10a e 10b, as letras não foram completamente recortadas de um corpo transparente, à semelhança do que sucedia na primeira forma de execução (Fig. 1), tendo antes sido executadas sobre o corpo à maneira de um relevo. Em ambos os casos, contudo, a fonte - 17- luminosa envolve um elemento do corpo que corresponde a um carácter. Assim, tomando medidas análogas às descritas a respeito da primeira forma de execução e com base nas Figs. 1 a 7, a emergência de luz a partir dos volumes lj pode ser optimizada. Caso se deseje que os caracteres se destaquem em tom escuro de um fundo claro, não se utiliza nos volumes li mas antes nas porções do corpo situadas entre os volumes lj, as quais se pretende iluminar mais fortemente, os princípios descritos em conexão com as Figs. 1 a 7. Numa outra variante ainda, as ranhuras 45j podem ser praticadas na superfície 2 de emergência da luz em vez de no lado posterior 3 espelhado.

Nos desenhos anexos a esta descrição, as fontes luminosas em banda foram representadas em ranhuras abertas por uma questão de simplicidade. Contudo, as referidas fontes também podem ser alvo de enchimento, por exemplo começando por executar as ranhuras tal como anteriormente descrito, dispondo nelas as fontes luminosas e procedendo finalmente ao enchimento das ranhuras.

As características do presente invento dadas a conhecer na precedente descrição, nas reivindicações e nos desenhos podem existir isoladamente ou em qualquer combinação desejada nas diferentes formas de execução que constituem materializações do presente invento.

Lisboa, 8 de Agosto de 2000

JOÃO PEREÍRA DA CRUZ

ENGEMHEiRO

Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14-3“ 1200 LISBOA

Claims (15)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo luminoso com um corpo (1) em material transparente e uma ou mais fontes luminosas que irradiam luz para dentro do corpo, o qual exibe num dos seus lados uma superfície (2) de emergência da luz, da qual emerge a luz irradiada pela(s) fonte(s) luminosa(s) para dentro do corpo, e em que uma das superfícies laterais do corpo foi executada, pelo menos parcialmente, como espelho ou reflector da luz que se propaga no interior do corpo, reflectindo pelo menos parcialmente no sentido da superfície (2) de emergência da luz a luz sobre ela incidente, caracterizado pelo facto de pelo menos uma das fontes luminosas ser em banda, irradiar luz continuamente ao longo de todo o seu comprimento e estar directamente aplicada o corpo sobre no seu interior por forma a que a luz emergente a partir de um lado da fonte luminosa (6) em banda fronteiro ao corpo (1) penetre neste praticamente na sua totalidade.
2. 2. Dispositivo luminoso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por uma secção da parede (25a, 25b) na vizinhança de um canto do corpo (1) ter sido executada como espelho curvo que reflecte a luz directamente sobre ele incidente, proveniente da fonte luminosa (6) em banda, no sentido da superfície (2, 32) de emergência da luz.
3. 3. Dispositivo luminoso de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a secção da parede (63) executada como espelho ou reflector curvo ser um espelho convergente e ser adjacente à superfície (32) de emergência
4. 4. Dispositivo luminoso de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por a secção da parede (25a, 54a) executada como espelho ou reflector curvo ser vizinha de uma superfície lateral (3, 37) do corpo executada como espelho ou reflector, a qual reflecte pelo menos parte da luz proveniente do corpo (1) e sobre ela incidente no sentido da superfície de emergência da luz.
5. 5. Dispositivo luminoso de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por uma disposição reflectora com uma primeira superfície parietal (25b) do corpo executada como espelho ou reflector, a qual reflecte a luz proveniente do interior do corpo (1) e sobre ela incidente pelo menos parcialmente no sentido de uma segunda superfície parietal (3) executada como espelho, a qual reflecte a luz sobre ela incidente pelo menos em parte no sentido da superfície (2) de emergência da luz.
6. 6. Dispositivo luminoso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a primeira superfície parietal (25b) do corpo executada como espelho ou reflector componente da disposição reflectora ser curva.
7. 7. Dispositivo luminoso de acordo com as reivindicações 5 ou 6, caracterizado por a primeira superfície parietal executada como espelho ser adjacente à superfície (2) de emergência da luz.
8. 8. Dispositivo luminoso de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por à superfície (2) de emergência da luz ser fronteira uma superfície (3) do corpo (1) essencialmente paralela e executada como espelho ou reflector.
9. 9. Dispositivo luminoso de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por exibir duas superfícies (14a, 14b) planas e perpendiculares -3- entre si executadas como espelhos ou reflectores e destinadas a reflectirem a luz que se propaga no interior do corpo, sendo uma (14b) destas duas superfícies adjacente à superfície (3) que é essencialmente paralela à superfície de emergência da luz e foi executada como espelho ou reflector, além de oblíqua relativamente a esta superfície (3).
10. 10. Dispositivo luminoso de acordo com uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por a fonte luminosa (6) em banda se estender segundo uma direcção essencialmente paralela à superfície de emergência da luz.
11. 11. Dispositivo luminoso de acordo com uma das reivindicações 1 ou 10, caracterizado por a fonte luminosa (6) em banda estar disposta de modo a que a luz directamente proveniente dela e incidente sobre a superfície (2) de emergência da luz incidir sobre esta um ângulo de incidência superior ao ângulo de reflexão total.
12. 12. Dispositivo luminoso de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por as superfícies do corpo (1) executadas como espelhos estarem dispostas de modo a que a luz por elas reflectida no sentido da superfície (2) de emergência da luz incidir sobre esta última com um ângulo de incidência superior ao ângulo de reflexão total e por a superfície (2) de emergência da luz exibir uma secção cuja superfície externa é irregular.
13. 13. Dispositivo luminoso de acordo com uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado por o corpo (1) exibir uma forma essencialmente simétrica no que respeita à rotação e por a superfície (72) de emergência da luz ser essencialmente perpendicular ao eixo de simetria. -4-
14. 14. Dispositivo luminoso de acordo com uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado por exibir uma superfície (32) de emergência da luz cónica dotada simetria de rotação, a qual se estreita no sentido do interior do corpo (1).
15. 15. Dispositivo luminoso de acordo com a uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado por ser executada com a forma de um carácter ou de uma sequência de caracteres manuscritos. Lisboa, 8 de Agosto de 2000

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