PT789443E - Transmissao de veiculo equipado com um sistema desacelerador electrico - Google Patents
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Description
1
Descrição “Transmissão de veículo equipado com um sistema desacelerador eléctrico” A presente invenção diz respeito a transmissões para veículos terrestres a motor, ou seja, diz respeito aos dispositivos que transmitem o movimento de rotação do motor até às rodas dos veículos.
Entre estas transmissões, a invenção diz respeito mais especialmente às que compreendem: - um mecanismo de transmissão comandado pelo motor do veículo e que apresenta um cárter e também uma árvore de saída rotativa em tomo de utn eixo, - uma junta de Cardan que é montada sobre a árvore de saída do mecanismo de transmissão, - e um sistema desacelerador eléctrico por correntes de Foucault que possui, por uin lado, um estator indutor anelar que é montado entre apoios sobre o cárter com o auxilio de uma armação e que apresenta uma cora de bobinas disposta em tomo da junta de Cardan e que possui, por outro lado um rotor que compreende uma primeira e uma segunda rodas, havendo em cada uma dessas rodas um disco induzido feito de um material ferromagnético e um conjunto de réguas que formam aletas de arrefecimento, ficando a primeira roda próxima do cárter e ficando a segunda roda mais distante do referido cárter, enquadrando estas duas rodas axialmente o estator e sendo solidarizadas com a árvore de saída do mecanismo de transmissão por meio de um tubo intercalar que se desenvolve axialmente entre a primeira e a segunda extremidades abraçando a junta de Cardan, sendo a primeira extremidade do tubo intercalar montada sobre um órgão de suporte que é solidário com a árvore de saída do 2 2
mecanismo de transmissão e sendo a segunda extremidade deste tubo intercalar solidária com a segunda roda do rotor. O documento FR-A-2 648 638 descreve uma tal transmissão de veículo. A presente invenção tem por objecto aperfeiçoar a transmissão de veículo descrita neste documento, designadamente de forma a permitir uma diminuição da sua extensão diametralmente, tendo em conta o facto de ser limitado o espaço disponível no interior do veículo na vizinhança do mecanismo de transmissão.
Para o efeito, de acordo com a invenção, uma transmissão do tipo em questão caracteriza--se pelo facto de a primeira extremidade do tubo intercalar ser também solidária com a primeira roda do rotor e pelo facto de a primeira e a segunda extremidades do tubo intercalar estarem dispostas axialmente de um lado e do outro da coroa de bobinas do estator e de um lado e de outro da junta de Cardan. Graças a estes arranjos, o tubo intercalar ocupa um espaço radial muito reduzido entre a junta de Cardan, por um lado, e a coluna de bobinas do estator, por outro, o que permite quer diminuir a extensão diametral do sistema desacelerador eléctrico quer admitir, para uma ocupação de volume total igual, juntas de Cardan maiores no interior do tubo intercalar.
Com efeito, na transmissão de acordo com a invenção, apenas a parte central, ou seja, a parte do tubo intercalar que não apresenta nenhum dispositivo de fixação volumoso, deve ser interposta entre a junta de Cardan e a coroa de bobinas do estator, ao passo que no dispositivo descrito no documento supramencionado é necessário prever uma folga radial muito mais importante entre a junta de Cardan e o estator, devido ao facto de estarem interpostos entre o tubo intercalar e a coroa de bobinas braços de fixação das duas coroas do rotor, braços esses que se juntam no centro da coroa de bobinas do estator para se fixarem sobre um aro
exterior do tubo intercalar. Por outro lado, graças aos dispositivos acima explicitados, a primeira roda do rotor é suportada pela primeira extremidade do rotor sem nenhum veio apoiado, uma vez que esta primeira extremidade também é fixada dobre o órgão de suporte que é solidário com a árvore de saída e apenas a segunda roda do rotor é suportada por um veio apoiado à segunda extremidade do tubo intercalar.
Em consequência, o tubo intercalar é menos solicitado e por isso pode ser mais leve, menos grosso e menos dispendioso do que no caso dos dispositivos da técnica anterior em que as duas rodas eram suportadas entre apoios pela segunda extremidade do tubo intercalar.
Finalmente, a invenção também permite simplificar a estrutura das rodas do rotor, uma vez que os braços de fixação das duas rodas não têm necessidade de se ir juntar no centro do sistema desacelerador eléctrico como sucedia no caso dos dispositivos da técnica anterior. Assim sendo, a invenção permite também diminuir notavelmente o custo de fabrico de rodas do rotor.
Nos modos de realização preferidos recorreu-se também a um e/ou a outro dos arranjos seguintes: - o tubo intercalar possui nas suas duas extremidades aros aos quais são fixadas as duas rodas e também o órgão de suporte e que estão salientes radialmente para o interior, apresentando assim o tubo intercalar uma superfície exterior sensivelmente cilíndrica; - cada uma das rodas do rotor apresenta uin conjunto de braços de fixação que se prolongam para o interior até às extremidades respectivas fixadas lateralmente sobre o aro correspondente do tubo intercalar por meio de parafusos; - há pelo menos alguns parafusos de fixação das rodas do rotor que atravessam os correspondentes casquilhos metálicos, sendo cada um desses casquilhos metálicos encaixado 0 4 à força simultaneamente em dois encaixes abertos respectivamente no aro correspondente do tubo intercalar e na extremidade do braço de fixação correspondente; - os braços de fixação da segunda roda do rotor são em número de quatro e estão dispostos de modo a formarem ângulos rectos entre si e o aro situado na segunda extremidade do tubo intercalar forma quatro chanfraduras interiores dispostas angularmente entre os braços de fixação da segunda roda; - o órgão de suporte do tubo intercalar é um prato que é aparafusado lateralmente sobre o aro situado na primeira extremidade do tubo intercalar e que apresenta exteriormente entalhes onde são recebidas as extremidades dos braços de fixação da primeira roda do rotor; - cada uma das rodas do rotor apresenta um conjunto de braços de fixação que se prolongam todos num mesmo plano radial; - o mecanismo de transmissão é uma caixa de velocidades.
As características e as vantagens da invenção irão aparecendo no decurso da descrição minuciosa seguinte de uma das suas formas de realização, apresentada a título de exemplo não limitativo, tendo presentes os desenhos anexos.
Descrição dos desenhos: - a figura 1 é uma vista esquemática parcial em corte vertical de uma transmissão de veículo de acordo coin uma forma de realização da invenção, estando o plano de corte localmente desfasado ao nível de dois parafusos de fixação da placa de fecho do mecanismo de transmissão e ao nível de um parafuso de fixação do estator do sistema desacelerador eléctrico, - a figura 2 é uma vista esquemática observada no sentido definido pela seta II da figura I, mostrando a armação que suporta o estator do sistema desaceler ador eléctrico, - a figura 3 é uma vista observada no sentido definido pela seta III da figura 1, mostrando o rotor do sistema desacelerador eléctrico, - a figura 3 A é uma vista de pormenor da figura 3 ein coite, - a figura 4 e uma vista de pormenor em corte axial de um tubo intercalar pertencente ao rotor do sistema desacelerador eléctrico na transmissão representada na figura 1, - as figuras 5 e 6 são vistas de topo do tubo da figura 4, respectivainente segundo os sentidos definidos pelas setas V e VI da figura 4, - as figuras 7 e 8 são vistas parciais semelhantes respectivamente às figuras 1 e 3, para uma variante do dispositivo das figuras 1 a 6.
Em figuras diferentes, os mesmos números de referência designam elementos idênticos ou semelhantes. A figura 1 representa uma parte de uma transmissão de veículo automóvel, designa-damente de um veiculo pesado ou de um autocarro.
Essa transmissão compreende: - uma caixa de velocidades 1 comandada pelo motor do veículo (não representado) e que possui uma árvore de saída 2 rotativa em tomo de um eixo X sensivelmente horizontal, - uma junta de Cardan 10 que se encontra numa posição axial convencional, independentemente da presença ou da ausência de um sistema desacelerador eléctrico, sendo essa junta de Cardan comandada pela árvore de saída 2 e comandando por sua vez uma árvore de ligação 11 que se prolonga, em geral, até uma segunda junta de Cardan (não representada) ligada a uma ponte (não representada), estando uma das forquilhas 12 da junta de Cardan 10 dotada de um prato de veio 13 canelado interiormente que é encabado na extremidade da 6 árvore de saída 2, sendo essa extremidade dotada de canduras exteriores 2a em correspondência com as canduras interiores do prato 13, - um sistema desacelerador eléctrico 20 por correntes de Foucault montado entre apoios na caixa de velocidades 1, sendo este tipo de sistema desacelerador conhecido pela marca registada “FOCAL”.
Seguidamente efectuar-se-á a descrição dos diferentes elementos mais minuciosamente.
Tomando em consideração em primeiro lugar a caixa de velocidades 1, verifica-se que esta é delimitada exteriormente pot um cárter 3 que compreende um corpo principal 4, por um lado, e uma placa de fecho frontal 5, por outro. A placa de fecho 5 não possui nenhuma parte de suporte especialmente planeada para a montagem do sistema desacelerador eléctrico e é concebida, de uma forma mais geral, independentemente da presença ou da ausência do sistema desacelerador eléctrico.
Esta placa de fecho 5 é fixada de forma estanque sobre o coipo principal 4 do cárter por meio de parafusos 6 que atravessam os furos 7 abertos na referida placa de fecho e que são aparafusados no corpo principal 4. A placa de fecho 5 está disposta num plano geral perpendicular ao eixo X e possui uma parte saliente central anelar 5a que sobressai para o exterior. Esta parte saliente central 5a é atravessada pela árvore de saída 5 e recebe também o prato 13 da forquilha 12.
Por outro lado, na vizinhança desta parte saliente central 5a, a árvore de saída 2 é suportada por uma chumaceira de extremidade constituída por um rolamento 8 que é de tipo convencional e que é dimensionado independentemente da presença ou da ausência do sistema desacelerador 20. 7
No que diz respeito ao desacelerador eléctrico 20, este compreende, de uma forma conhecida per si, um rotor induzido 21 que gira conjuntamente com a árvore e um estator indutor 22 fixo que possui duas bobinas electromagnéticas 23 que geram, quando percorridas por uma corrente eléctrica, correntes de Foucault no rotor 21, pelo que este rotor exerce um binário de travagem sobre a árvore 2.
As bobinas 23 do estator são em número par e cada uma delas possui um núcleo ferromagnético (não representado) que se desenvolve longitudinal e paralelamente ao eixo X entre dois pólos 24. O conjunto dos pólos 24 forma duas coroas centradas no eixo X, possuindo os pólos 24 de cada coroa uma orientação alternada Noite e Sul.
As bobinas 23 e os seus núeleos são suportados por uma peça de apoio 25 rígida feita de um material amagnético que apresenta uma forma sensivelmente anelar e que por sua vez é fixada por parafusos 26 a quatro braços 28 de uma armação 27. A armação 27, perfeitamente visível nas figuras 1 e 2, é uma peça rígida que pode ser produzida, por exemplo, em liga de tipo GS, e apresenta furos 29 em correspondência com os furos 7 da placa de fecho.
Estes furos 29 são atravessados pelos parafusos 6 referidos supra cujas cabeças se apoiam sobre a face exterior da armação 27 para fixar simultaneamente esta armação e a placa de fecho 5 ao cotpo principal do cárter, pelo que a placa de fecho 5 é assim apertada entre a armação 27 e o corpo principal 4.
Para permitir este aperto, em boas condições, seria eventualmente possível interpor calços entre a placa de fixação 5 e a armação 27 junto aos parafusos 6.
No entanto, é preferível abrir superfícies de apoio 30 anelares, perfeitamente planas e peifeitamente petpendicu lares ao eixo X, na superfície exterior da placa de fecho 5, em tomo 8 de cada furo 7, e prever igualmente na armação 27 superfícies de apoio 31 nela abertas à máquina, perfeitamente planas e perfeitamente perpendiculares ao eixo X. As supeificies de apoio 30 e 31 ficam dispostas ein correspondência e ficam em contacto mutuo, permitindo urn bom apoio da armação 27 à placa de fecho 5. Por outro lado, o rotor 21, perfeitamente visível nas figuras 1 e 3, compreende duas rodas 32 em que cada uma delas fica disposta num plano radial, sendo feitas de um material ferromagnético, em geral o aço.
Cada uma das rodas 32 possui um disco anelar 33 relativamente grosso que é montado em frente a uma das coroas de pólos 24 do estator, deixando-se ficar livre um entreferro de pequena espessura (por exemplo, entre 1 mm e 3 mm) entre este disco 33 e os pólos 24 correspondentes.
Cada disco 33 é solidário com uma coroa de réguas 34 que formam aletas de arrefecimento que se desenvolvem todas no plano radial da roda 32 correspondente.
Além do mais, no exemplo representado nos desenhos, cada uma destas réguas desenvolve-se segundo uma direcção radial, mas cada uma dessas réguas também poderia eventualmente desenvolver-se numa direcção inclinada relativamente à direcção radial, permanecendo contudo no plano radial da sua roda 32.
Sobre a face de cada roda 32, que seja a mais distante do estator, as réguas 34 são também fixadas por um disco anelar 35 relativamente delgado.
Este disco 35 delimita assim, conjuntamente com disco grosso 33, um espaço anelar no qual ficam dispostas as réguas 34 e no qual é canalizado o ar de arrefecimento das rodas 32.
Por outro lado, cada roda 32 do rotor é montada numa extremidade axial de um tubo intercalar 36 feito de aço, cuja fonna geral é a de um cilindro de revolução centrado no eixo X. 9 9
Para se efectuar esta montagem, cada roda 32 do rotor possui quatro braços de fixação 37 que fazem entre si ângulos de 90 graus e em que cada um deles é constituído por duas réguas 34 que se prolongam para o interior até uma platina de fixação 38 que por sua vez é fixada ao tubo intercalar 36 por um parafuso 39 paralelo ao eixo X.
No exemplo representado na figura 3, as duas réguas 34 que formam cada braço de fixação 37 são separadas uma da outra por uma régua 34 que não se prolonga radialmente para o interior, mas esta disposição não é limitativa.
Os braços de fixação 37 desenvolvem-se no plano radial da sua roda 32, sem en-viezamento axial no sentido do plano médio do sistema desacelerador, tal como sucedia no caso dos sistemas desaceleradores eléetricos da técnica anterior. Daqui resulta uma maior facilidade de realização das rodas 32, designadamente no caso de serem obtidas por moldagem.
Além do mais, o tubo intercalar 36, que é representado em pormenor nas figuras 4 a 6, apresenta nas suas duas extremidade axiais um primeiro e um segundo aros sensivelmente anelares, respectivamente 40 e 41, nos quais são aparafusados os parafusos 39 que permitem fixar as rodas 32.
Para se limitai' ao máximo as folgas angulares de montagem das rodas 32 nesses aros, os parafusos 39 atravessam casquilhos 32 feitos de aço, em que cada um deles é por sua vez metido à força num encaixe 43 pertencente à platina 38 correspondente e num encaixe 44 pertencente ao aro 40, 41 correspondente.
Além disso, o tubo intercalar 36 possui, de preferência, fendas 45 que se desenvolvem axialmente para o interior do tubo, a partir de uma ou outra das duas extremidades desse tubo, desenvolvendo-se cada fenda 45 pelo menos sobre metade do comprimento axial do tubo, por exemplo, sobre cerca de 1/3 do comprimento do tubo. 10
As fendas 45 estão dispostas aos pares e a enquadrar cada parafuso 39, delimitando assim, nas duas extremidades do tubo 36, lâminas 46 axiais em cujas extremidades são fixados os braços 37 das rodas 32.
Estas lâminas metálicas 46 são suficientemente resistentes para praticamenle não se deformarem sob o efeito das solicitações exteriores experimentadas pelas rodas 32, designadamente: - o peso das rodas 32 (por exemplo, cerca de 30 kg por roda), - as solicitações dinâmicas verticais devidas ao rolamento do veículo, que podem traduzir-se, por exemplo, por uma aceleração que pode ir até 2 a 3 G, conforme os casos de utilização, - o binário de travagem obtido no momento de funcionamento do sistema desacelerador eléctrico, podendo esse binário ter valores, por exemplo, da ordem de 2 000 a 2 500 Nm, - a força de atraeção magnética imposta às rodas 32 em direcção aos pólos 24, podendo essa força ser superior a uma tonelada, consoante o valor do entreferro.
Pelo contrário, as lâminas metálicas 46 são dimensionadas de modo a poderem deformar-se elasticainente na direcção radial para o exterior, quando as rodas 32 do rotor forem submetidas a dilatações térmicas por efeito das alias temperaturas que nelas podem ser atingidas aquando do funcionamento do sistema desacelerador, o que compensa a ausência de deformabilidade radial dos braços de fixação 37.
Se for caso disso, os braços de fixação 37 também podem ser eventualmente concebidos de modo a deformarem-se radialmente. Esta defbnnabilidade pode ser conseguida, por exemplo, conferindo uma curvatura suficiente aos prolongamentos das réguas 34 que constituem os braços de fixação 37, ficando esses braços de fixação situados, de preferência, no plano radial da sua roda 32.
Por outro lado, cada uma das réguas 34, que se prolongam radialmente para o interior para formarem os braços de fixação 37, apresenta de preferência um estrangulamento 47 segundo a direcção do eixo X, entre o disco 33 e a platina 38 correspondente.
Este estrangulamento 47 pennite diminuir a rigidez do braço 37 em flexão, os que limita as restrições devidas às deformações térmicas das peças.
Finalmente, o primeiro aro 40 do tubo intercalar 36 é fixado a um prato 49, feito de aço, por quatro parafusos 48, desfasados angularmenle de 45 graus em relação ao parafuso 39. Este prato 49 fica situado sensivelmente no mesmo plano radial das platinas 38 de fixação das rodas 32 e apresenta ranhuras exteriores 50 para deixar passar as referidas platinas 38. O prato 49 é fixado por meio de parafusos 51 à face posterior 12a da forquilha 12 da junta de Cardan, num espaço anelar livre entre a forquilha 12 e a placa de fecho 5. A face posterior 12a é constituída por um respaldo exterior existente na forquilha 12, sendo essa face posterior acabada mecanicamente de modo a ficai' perfeitamente plana e peifeitamente perpendicular ao eixo X.
Para se garantir uma montagem sem folga angular do prato 49 sobre a forquilha 12, os parafusos 51 são completados vantajosamente por cavilhas metálicas 52 por sua vez encaixadas à força num furo cego 54 que penetra na forquilha 12 a partir da sua face posterior 12a (ver a figura 3 A).
Faz-se observar que o tubo intercalar 36 descrito supra permite limitar de forma eficaz a extensão diametral do dispositivo desacelerador electroinagnético.
Com efeito, a parte central 36a deste tubo intercalar, que fica compreendida axialmente ente os dois aros 40 e 41, pode estar situada radialmente muito perto das bobinas 23, uma vez 12
que os braços de fixação 37 das duas rodas 32 não se juntam no centro das coroas de bobinas 23, ao contrário dos dispositivos da técnica anterior.
Por outro lado, devido ao facto de a parte central 36a do tubo intercalar ter de suportar apenas uma roda 32 em vez de duas, então essa parte central pode ser relativamente delgada e apresentar, por exemplo, uma espessura da ordem de 6 mm.
Além do inais, os aios 40 e 41 do tubo intercalar 36 são montados radialmente para o interior da parte central 36a desse tubo, por forma a que o tubo intercalar não apresente praticamente nenhuma parte saliente para o exterior, o que permite simultaneamente uma introdução fácil do tubo intercalar 36 no interior da coroa de bobinas 23, apesar da diminuta folga radial existente entre essa parte e essa coroa e permite também, por outro lado, limitar as dimensões radiais do tubo intercalar. O facto de os aios 40 e 41 estarem dispostos para o interior do tubo intercalar não prejudica em nada o funcionamento da junta de Cardan 10, na medida em que o aro 40 é solidário com a forquilha 12 desta junta, ao passo que o aro 41 fica situado axialmente para além da outra forquilha 13, afastando-a da caixa de velocidades, ou seja, no sentido da árvore 11, muito menos volumosa do que a junta de Cardan 10.
Finalmente, para limitar ainda mais a folga radial que é necessária entre a junta de Cardan 10 e a parte central 36a do tubo intercalar, o segundo aro 41 deste tubo intercalar apresenta, do lado de dentro, chanfraduras 55 nas suas partes intermédias entre as lâminas deformáveis 46.
Posto isto, é possível montar no interior do tubo intercalar 36 uma grande junta de Cardan, fazendo passar os braços da cruzeta 15 da junta de Cardan e as duas forquilhas 12 e 14 dessa junta de Cardan nas chanfraduras 55. O dispositivo agora descrito pode ser 13 totalmente produzido numa fábrica na altura da montagem inicial da transmissão, mas também pode ser produzido para adaptação a posteriori do sistema desacelerador eléctrico numa transmissão já montada num veículo.
Neste último caso proceder-se-á preferencialmente do modo seguinte: - após a desmontagem da junta de Cardan 10, retira-se pelo menos alguns dos parafusos de fixação 6 da placa de fecho 5, - efeclua-se o necessário acabamento mecânico das superfícies de apoio 30 sobre a face exterior da placa de fecho 5, - substitui-se os parafusos 6 iniciais por parafusos de fixação 6 inais compridos c fixa-se a armação 27 ao cárter por meio destes novos parafusos, apertando simultaneamente a placa de fecho 5 entre a armação 27 e o cotpo principal 4 do cárter, - efectua-se o necessário acabamento mecânico da face posterior 12a da forquilha 12, de modo a que esta passe a apresentar uma superfície peifeitainente plana e perpendicular ao eixo X, - efeclua-se a abertura de furos estriados na forquilha 12 a partir da sua face posterior, - engata-se a forquilha 12 no interior do tubo intercalar 36 previamente fixado ao prato 49 e fixa-se a forquilha 12 ao prato 46 por meio dos parafusos 51, - abre-se simultaneamente no prato 49 e na forquilha 12 os furos 53 e 54 e depois encaixa-se à força as cavilhas metálicas 52 nesses furos, monta-se novamente a forquilha 21 na árvore de saída 2 da caixa de velocidades e monta-se simultaneamente a peça de apoio 25 do estator sobre a armação 27 por meio dos parafusos 26, - por fim, monta-se novamente toda a junta de Cardan 10 e a árvore 11. 14
Faz-se observar que os casquilhos 42 que servem para a montagem das rodas 32 poderiam ser vantajosamente suprimidos, conforme representado nas figuras 7 e 8.
Neste caso, prevê-se de preferência a utilização de cavilhas metálicas 55a que ficam dispostas pelo menos ao lado de alguns dos parafusos 39 e que são encaixadas à força simultaneamente na platina 38 correspondente e no aro 40, 41 correspondente.
Lisboa, 3 de Outubro de 2000
Claims (8)
1 f Reivindicações 1. Transmissão para um veículo terrestre a motor, a qual compreende: - um mecanismo de transmissão (1) comandado pelo motor do veículo e que apresenta um cárter (3) e também uma árvore de saída (2) rotativa em tomo de um eixo (X), - uma junta de Cardan (10) que é montada sobre a árvore de saída (2) do mecanismo de transmissão, - e um sistema desacelerador cléctrico (20) por correntes de Foucault que possui, por um lado, um eslator indutor (22) anelar que é montado entre apoios sobre o cárter (3) com o auxílio de uma armação (27) e que apresenta uma cora de bobinas (23) disposta em tomo da junta de Cardan (10) e que possui, por outro lado um rotor (21) que compreende uma primeira e uma segunda rodas (32), havendo em cada uma dessas rodas um disco induzido (33) feito de um material ferromagnético e um conjunto de réguas (34) que formam aletas de arrefecimento, ficando a primeira roda (32) próxima do cárter (3) e ficando a segunda roda (32) mais distante do referido cárter, enquadrando estas duas rodas axialmente o estalor e sendo solidarizadas com a árvore de saída (2) do mecanismo de transmissão por meio de um tubo intercalar (36) que se desenvolve axialmcnle entre a primeira e a segunda extremidades (40, 41) abraçando ajunta de Cardan (10), sendo a primeira extremidade (40) do tubo intercalar montada sobre um órgão de suporte (49) que é solidário com a árvore de saída (2) do mecanismo de transmissão e sendo a segunda extremidade (41) deste tubo intercalar solidária com a segunda roda (32) do rotor, 2 caracterizada pelo facto de a primeira extremidade (40) do tubo intercalar (36) também ser solidária com a primeira roda (32) do rotor, e pelo facto de a primeira e a segunda extremidades (40, 41) do tubo intercalai- ficarem dispostas axialmente de um lado e do outro da cora de bobinas (23) do estator e de um lado e o outro da junta de Cardan (10).
2. Transmissão de acordo com a reivindicação 1, na qual o tubo intercalar (36) possui nas suas duas extremidades aros (40, 41) sobre os quais são fixadas as duas rodas (32) e também o órgão de suporte (49) e que ficam salientes radialmente para o interior, apresentando assim o tubo intercalar (36) um superfície exterior que é sensivelmente cilíndrica.
3. Transmissão de acordo com a reivindicação 2, na qual cada uma das rodas (32) do rotor apresenta um conjunto de braços de fixação (37) que se desenvolvem para o interior até às extremidades (38) respectivas fixadas lateralmente ao aro correspondente do tubo intercalar por meio de parafusos (39).
4. Transmissão de acordo com a reivindicação 3, na qual há pelo menos alguns dos parafusos de fixação (39) das rodas (32) do rotor que atravessam respectivainente casquilhos metálicos (42), sendo cada um destes casquilhos metálicos metido à força simultaneamente em dois furos de encaixe (43, 44) abertos respectivainente no aro correspondente (40, 41) do tubo intercalai- e na extremidade (38) do braço de fixação respectivo (37).
5. Transmissão de acordo com uma qualquer das reivindicações 3 e 4, na qual os braços de fixação (37) da segunda roda (32) do rotor são em número de quatro e fazem entre si 3 ângulos rectos e o aio (41) situado na segunda extremidade do tubo intercalar forma quatro chanfraduras interiores (55) dispostas angularmente entre os braços de fixação (37) da segunda roda.
6. Transmissão de acordo com uma qualquer das reivindicações 3 a 5, na qual o órgão de suporte do tubo intercalar é um prato (49) que é aparafusado lateralmente ao aro (40) situado na primeira extremidade do tubo intercalar e que apresenta exteriormente ranhuras (50) nas quais são recebidas as extremidades (38) dos braços de fixação (37) da primeira roda (32) do rotor.
7. Transmissão de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, na qual cada uma das rodas (32) do rotor apresenta um conjunto de braços de fixação (37) que se desenvolvem lodos num mesmo plano radial.
8. Transmissão de acordo com urna qualquer das reivindicações anteriores, na qual o mecanismo de transmissão é uma caixa de velocidades. Lisboa, 3 de Outubro de 2000
Resumo “Transmissão de veículo equipado com um sistema desacelerador eléctrico” A invenção descreve uma transmissão de um veículo automóvel que compreende, por um lado, uma caixa de velocidades (1) que apresenta uma árvore de saída que comanda uma junta de Cardan (10) e compreende, por outro lado, um sistema desacelerador eléctrico por correntes de Foucault constituído por um estator indutor (22) anelar montado entre apoios sobre o cárter (3) da caixa de velocidades e um rotor induzido (21) que possui duas rodas (32) que enquadram o estator. Estas rodas são fixadas às duas extremidades de um tubo intercalar (36) que abraça ajunta de Cardan, sendo uma dessas extremidades fixada também a um prato (49) solidário com a árvore de saída da caixa de velocidades.
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