PT617133E - Xarope consistindo em acucares naturais de alfarroba e processo para a sua preparacao - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO “XAROPE CONSISTINDO EM AÇÚCARES NATURAIS DE ALFARROBA E PROCESSO PARA A SUA PREPARAÇÃO” A presente invenção refere-se a um xarope incolor que contém todos os açúcares de alfarroba e ao processo para obtenção do referido xarope mediante a preparação duma solução aquosa dos componentes solúveis da polpa de alfarroba e a purificação da solução resultante por meios físico-químicos.
HISTORIAL DA INVENÇÃO O uso de alfarroba como produto alimentar para seres humanos existe desde os tempos dos primórdios. Hoje em dia a alfarroba é ainda usada como alimento humano em alguns países da bacia mediterrânica de onde o fruto é originário. O campo de aplicação do produto proporcionado pela presente invenção corresponde a usos semelhantes aos de outros açúcares, mas com vantagem em termos do baixo custo do produto da invenção quando comparado com os dos açúcares conhecidos e em termos de reavaliação da alfarroba ao descobrir para este fruto uma aplicação nobre e constante. E importante lembrar que a Espanha é o país que lidera mundialmente a produção de alfarroba, fornecendo quase 50% do total mundial, e a alfarroba é uma cultura de sequeiro mediterrânica. O facto de apresentar um preço de custo mais baixo do que os açúcares obtidos a partir de beterraba de açúcar, cana de açúcar e mesmo do que a partir do milho nacional, é particularmente importante nestes dias em que, com a incorporação no Mercado Único Europeu, a beterraba de açúcar de Espanha e consequentemente o seu açúcar não podem competir com os produtos europeus de qualidade mais elevada e mais económicos. As razões para estes custos mais baixos são baseadas em: * Custos de matéria prima mais baixos. Para produzir 1 Kg de açúcar são necessários cerca de 3 Kg de polpa de alfarroba (14/15 pesetas /Kg), em comparação com 8 Kg de beterraba de açúcar (8/9 pesetas /Kg).
* Investimentos consideravelmente mais baixos em instalações e equipamento. Como não é matéria prima deteriorável, a instalação pode operar ao longo de todo o ano. Como é muito rico em açúcar, o volume a ser processado é inferior durante as fases iniciais. * O custo de transformação não é maior. E conhecida a existência de xaropes preparados a partir de alfarroba obtidos no Sul da Itália, em Portugal e de forma incipiente em Espanha. Este produto corresponde à primeira extraeção aquosa da polpa de alfarroba sem purificação e compreende uma mistura de todos os elementos da polpa de alfarroba que são solúveis em água. E de cor mais forte e escura, possui um odor e sabor desagradáveis característicos duma mistura de açúcares (doce) e taninos solúveis (amargo), isto é, mantém ainda as características negativas de cor, odor e sabor da própria alfarroba. São também conhecidas tentativas repetidas para descobrir os processos para purificação mediante a aplicação de resinas de permutas iónicas, mas esses processos nunca se tornaram numa realidade porque não são económicos e possuem graves problemas de contaminação. A preparação de sacarose cristalina seguindo os processos normais da indústria de açúcar dá um baixo rendimento devido à interferência dos açúcares redutores e de outras impurezas que dificultam a cristalização e tornam o processo dispendioso. A cristalização da sacarose a partir da alfarroba tem sido tentada mediante outros processos diferentes dos normalmente usados para os açúcares mas estes têm-se mostrado antieconómicos (Oddo, 1936; Lafuente, 1954). Vasquez Sanchez (1934) precipitou sacarose com metais alcalino-terrosos mas este método não ultrapassou a fase laboratorial. O trabalho de Lafuente (1952) tomou possível evitar a interferência de açúcares redutores na cristalização dc sacarose levando a cabo uma fermentação selectiVa dos referidos açúcares usando leveduras. Esta técnica, que pode ter sido económica, violava a lei espanhola que não permite a produção de álcool, produto obtido como resultado do processo de fermentação.
Incapazes de obter açúcares cristalinos, os pesquisadores viraram-se para a produção de açúcares líquidos e/ou xaropes de elevada pureza. As técnicas usadas baseavam-se no uso de processos de clarificação que eram dispendiosos devido ao tipo de aditivos que eram necessários e ao uso de resinas de permuta iónica que são caras e apresentavam problemas com regenerantes. Existia uma pequena instalação piloto no final dos anos 50 (Cortês Navarro, Primo Yufera, 1961).
Depois das experiências acima referidas não existem outras tentativas técnicas posteriores conhecidas para solucionar o processo concebido para obtenção de um xarope incolor e inodoro que contém todos os açúcares de alfarroba na sua forma natural.
Analisando a composição química da polpa de alfarroba torna-se evidente que o valor nutricional está concentrado na parte solúvel em água, uma vez que a parte insolúvel em água (fibra, celulose e hemiceluíoses) não pode ser digerida pelo organismo humano. Dentro da parte solúvel, os açúcares formam 3/4 da matéria seca, os ciclitóis representam cerca de 1/10 e o resto, que possui pouco peso, compreende uma série de outros produtos que conferem ao primeiro caldo uma cor escura e à alfarroba um odor e sabor característicos, que não são agradáveis de acordo com os gostos correntes.
Dados estes factos, a pesquisa foi orientada no sentido de obter um extracto de alfarroba natural em que as características negativas do sumo no seu estado natural, isto é, cor, odor e sabor, fossem eliminadas.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO A presente invenção desenvolve um processo para a preparação de um xarope natural de alfarroba, isento das características indesejáveis acima referidas, mediante novas técnicas, em que a técnica principal é a cromatografia industrial e em que o conjunto de parâmetros das fases de que esta consiste origina a redução considerável nos custos de processamento e na quantidade de investimento quando comparados com a produção de açúcares por meios tradicionais usada pelas companhias de açúcar, bem como a redução no custo da matéria prima por incorporação da polpa de alfarroba no mercado dos açúcares. O problema relacionado com a obtenção do produto de acordo com a invenção foi essencialmente υ de conseguir um processo tecnicamente possível, que pudesse ser usado para obter a grande quantidade de açúcares que a polpa de alfarroba compreende sob a forma natural e de maneira económica, mas com um grau de pureza e condições que permitisse a sua comercialização. Os problemas técnicos que tiveram que ser resolvidos envolveram dois aspectos críticos: a extraeção dos açúcares a partir da polpa de alfarroba e a purificação do sumo resultante. Consequentemente, o trabalho desenvolvido concentrou-se nestas duas áreas.
No que se refere à fase de extraeção, devemos recordar que a polpa de alfarroba consiste em múltiplas células separadas das suas vizinhas e fechadas por uma parede celular. Esta parede celular é totalmente permeável para dissolver substâncias, ao contrário das membranas ectoplasmáticas (antes do fruto estar completamente amadurecido) que apenas permitem a passagem de água.
Foi agora descoberto que, surpreendentemente, a membrana ectoplasmática do fruto seco perde esta propriedade e permite a migração de moléculas solúveis em água, permitindo que os açúcares sejam extraídos a temperaturas normais sem haver necessidade de recorrer ao aumento de temperatura no sentido de obter o mesmo efeito como se faz com a extraeção do açúcar a partir da beterraba de açúcar mediante o processo de produção de açúcar tradicional. Esmagando a alfarroba, quebrando a parede celular, e aumentando a temperatura da água usada para extraeção provoca-se a difusão de outros elementos considerados como impurezas que têm que ser eliminados em fases posteriores do processo.
No que respeita à purificação do sumo resultante da extraeção da polpa, existiam, até aqui, numerosos agentes e técnicas usados para levar a cabo a purificação e clarificação do extracto. É importante mencionar, entre estes, a purificação com leite de cal, com cal e alumina, com betonites, com carbono activo, com resinas aniónicas e combinações destes métodos. Todos estes métodos apresentam resultados muito pobres. 5
Após pesquisas contínuas revelou-se, surpreendentemente, que com a purificação cromatográfica obtinham-sc excelentes resultados na separação dos não açúcares a partir do sumo resultante da extracção da polpa de alfarroba. O sumo filtrado e descalcificado é passado através duma coluna de resinas que consiste basicamente numa resina catiónica forte baseada em poliestireno reticulado fraco e cujos grupos sulfónicos activos são carregados com um catião monovalente (K ou Na).
Como o sumo passa através do leito de resina, as moléculas pequenas não ionizadas, tais como as moléculas de sacarose, entram nos canais estreitos por difusão e são absorvidas pela resina, enquanto os não açúcares ionizados (tais como os sais de ácidos orgânicos ou minerais) são excluídos por acção das cargas eléctricas dos grupos activos. Além disso, as moléculas maiores (os corantes, os polissacáridos, etc.) não podem entrar na rede devido ao seu tamanho, actuando assim a resina como uma peneira molecular.
Após ter passado uma certa quantidade de sumo, a coluna é lavada com água pura a qual leva a cabo a separação cromatográfica. Esta primeira solução de saída constitui a fracção salina que possui um baixo grau de pureza, seguida por uma fracção que possui baixo teor em sais e elevado teor em açúcares com um grau de pureza razoavelmente mais elevado. Uma fracção intermédia recircula, desde que a solução de admissão entre as duas fracções não seja uma solução límpida. Não existem permutas iónicas nem regeneração entre ciclos. No entanto, as resinas têm que ser periodicamente adicionadas pois elas vão desaparecendo naturalmente.
Como o processo é descontínuo, a técnica é levada a cabo com várias colunas em que os ciclos são realizados e completamente automatizados. Cada fase e a sua separação nas fracções correspondentes é verificada e controlada pelas características da solução, que é analisada por meio de condutivímetros (teor em sal), polarímetrns (teor de açúcar) e refractó metros (matéria seca ou teor Brix).
Consequentemente, após as fases de extracção e purificação do sumo resultante do sumo de alfarroba, após se ter levado a cabo e seguido o processo, é obtido um xarope natural de açúcares de alfarroba que possui as seguintes vantagens sobre os produtos existentes cujos componentes principais são os açúcares usuais (sacarose, frutose e glicose):
Vantagens em relação ao xarope de alfarroba bruto: * Eliminação da cor, sabor e odor que o torna impossível de comercializar e usar como açúcar natural.
Vantagens em relação aos produtos existentes, obtidos a partir da beterraba de açúcar e da cana de açúcar (açúcares cristalinos ou líquidos) e em relação ás isoglucoses obtidas a partir do milho, é: * Redução dos custos de produção, pois a matéria prima usada no processo de produção é intrinsecamente menos cara.
Consequentemente, e de acordo com um primeiro aspecto, a invenção desenvolve um xarope natural de alfarroba compreendendo os seguintes componentes:
Sacarose 55 - 75% Frutose 7 - 15% Glucose 7 - 16% Outros açúcares 0,5 - 3% Ciclitóis 4-14% Impurezas orgânicas e inorgânicas 0,5 - 2% em que as percentagens são expressas em peso da matéria seca e estão dentro de certos limites lógicos dependendo do fruto (variedade, cultura, terra agrícola, etc.)
De acordo com a invenção o extracto natural de alfarroba, na forma comercial, diluído cm água a uma concentração de 57 a 70% de matéria seca, é um fluído denso de sabor doce, de cor clara na sua forma concentrada e transparente na sua diluição normal. Possui um odor suave a fruta. O valor de pH médio é de cerca de 5 e corresponde a um comportamento ligeiramente ácido.
Devido à presença de ciclitóis na solução é difícil a reprodução de microrganismos (bactérias, leveduras, etc.) o que constitui uma vantagem para a armazenagem.
Além disso, e de acordo com um segundo aspecto, a invenção proporciona uma técnica para obtenção de um extracto de alfarroba natural com a composição acima referida e que compreende as seguintes fases:
1. LIMPEZA DA ALFARROBA O fruto proveniente dos campos vem normalmente acompanhado de variados elementos estranhos, tais como: pedras, ramos, elementos metálicos e de terra onde a alfarroba foi cultivada particularmente se foi colhida durante um período de chuva. A primeira operação compreende a limpeza da alfarroba de todos estes materiais estranhos por separação mecânica, limpando a alfarroba com água e secando para obter um fruto limpo, isento de outros materiais de forma a ficar higienicamente pronta para ser submetida . à fase de corte.
2. CORTE
Tirando vantagem da fragilidade da alfarroba e da dureza da semente (garrofina), esta é passada através de um moinho de martelos, onde a vagem é cortada o suficiente para largar a semente. Na prática, é esmagada antes de passar através duma chapa de peneira perfurada, com orifícios de diâmetro compreendido entre 12 a 20 mm, situada dentro do moinho.
Esta fase produz uma matéria prima que preenche as condições de higiene requeridas para alimentos, algo que é completamente impossível quando se usa o corte do produto correntemente comercializado, devido ao seu uso tradicional como mistura alimentar, as instalações correntes não preenchem os requisitos sanitários mínimos.
3. CLASSIFICAÇÃO O material cortado obtido a partir do moinho de esmagamento é continuamente enviado para dentro da peneira separadora que compreende várias peneiras que o separam em, por um lado, a alfarrobina e por outro a polpa de acordo com o tamanho das partículas, se possuem tamanho inferior ou igual/superior à alfarrobina. Esta última fracção é realimentada no momlio a fim dc obter uma granulomctria de menos do que 10 mm.
Uma granulometria elevada evita que se obtenha um bom rendimento na fase seguinte de difusão. Uma formação considerável de farinha obstruirá o processo de difusão e causa problemas de entupimento. O tamanho de partículas preferido é de cerca de 5/6 mm com o mínimo de formação de farinha. Obviamente que o comportamento do fruto durante o processo mecânico será diferente dependendo da conteúdo da mistura e da variedade agronómica, o que implica a necessidade de diferentes ajustamentos.
4. EXTRACÇÃO A polpa de alfarroba, cortada com a granulometria apropriada, é continuamente alimentada a uma máquina de extracção. O produto de saída desta máquina é um sumo bruto, de cor castanha escura, com sabor agridoce e com o odor característico da alfarroba. O outro produto de saída é uma pasta encharcada com água que compreende a fracção insolúvel da polpa de alfarroba.
As condições de processamento nesta fase são:
Tempo de contacto: A polpa e a água de difusão devem estar em contacto durante o intervalo de tempo mínimo necessário para evitar a proliferação de microrganismos e as suas infecções correspondentes. O tempo de contacto varia no intervalo de tempo compreendido entre 1 e 3 horas dependendo do teor de humidade e da variedade. A temperatura está compreendida no intervalo entre 15 e 30° C. O pH de processamento está compreendido no intervalo entre 4,6 e 5,4 independentemente do pH da alimentação de água. A concentração de saída está compreendida entre 30 e 50° Brix. As concentrações inferiores a 30° Brix não são aconselháveis por causa do aproveitamento na fase de vapor, nem são recomendadas concentrações superiores a 50° Brix devido a problemas no processo de filtração e na passagem através das colunas de desmineralização.
5. PRENSAGEM DA PASTA RESIDUAL
Quando as polpas saem do difusor, o seu teor em água é muito elevado: 70 a 80%, isto é, 30 a 20% de matéria seca. E essencial prensar esta polpa antes de serem usadas de qualquer maneira. O processo de prensagem permite que uma porção considerável da água compreendida na polpa seja extraída mecanicamente. Esta água contém ainda em solução açúcares e vários não açúcares. Esta água é usada para extraeção dos açúcares na fase anterior, conseguindo assim recuperar uma quantidade considerável na água e evitando um desperdício indesejável.
Um processo de prensagem eficiente reduz o teor de água em cerca de 55 a 65%, isto é, 45 a 35% de matéria seca. A água recuperada mediante esta técnica pode compreender cerca de 37 a 47% da transportada pela pasta na fase de difusão.
Esta operação é levada a cabo usando prensas contínuas de hélices duplas ou únicas horizontais ou verticais.
As condições de processamento nesta fase são:
Tempo de gotejamento: Este depende do tipo de prensa. A temperatura de prensagem está relacionada com a saída da difusão, considerando no entanto que quanto mais baixa for a temperatura mais elevada é a viscosidade dinâmica da água de prensagem, o que não é benéfico para armazenar entre as duas operações. O pH compreendido entre 5 e 6 pode ser considerado o valor óptimo.
6. PRÉ-FILTRAÇÃO
O sumo bruto obtido a partir do processo de prensagem transporta em suspensão partículas de grandes dimensões de alfarroba pois é evacuado durante o processo de extraeção.
Com o fim de evitar problemas mecânicos nas colunas de descalcificação, estas partículas são eliminadas mediante processos de filtração contínua passando o sumo através de filtros industriais.
As condições de processamento nesta fase são:
Temperatura ambiente
Retenção de partículas de tamanho > 25 pm. 7. DESCALCIFICAÇÃO. Ca^eMg44 O sumo compreende uma quantidade elevada de iões Ca44 e Mg4"*", variando entre cerca de 600 e 1000 ppm dependendo da variedade, da terra e da colheita. O teor elevado pode originar rapidamente o aumento de incrustações que pode apresentar elevada importância na fase de evaporação. Os depósitos nas condutas originam a redução considerável do coeficiente de permuta de calor.
Para descalcificar o sumo, este passa através da resina catiónica carregada de iões Na+. Os iões Ca++ no sumo substituem os iões Na+ da resina, que passam para a solução para formar sais de sódio que são muito mais solúveis que os sais de cálcio e que não se depositam na fase de evaporização. Tecnicamente é possível remover 100% dos sais de cálcio mas, na prática, fica uma pequena parte no sumo no sentido de proteger contra a corrosão na fase de evaporação.
Se a matéria prima compreender um teor elevado de Ca44, e no sentido de reduzir esta secção, o sumo deve passar anteriormente através duma Instalação de Descalcificação de dióxido de carbono similar aos usados na indústria dos açúcares durante o processo de carbonatação.
As condições de processamento desta fase dependem das indicadas e especificadas para a resina que c usada.
8. FILTRAÇÃO FINA
Os sumos são filtrados através dum filtro fino.
As condições de trabalho nesta fase são:
Temperatura ambiente, apesar do processo de filtração ser favorecido a temperaturas elevadas.
Retenção de partículas de tamanho > 5 μηι.
9. PRIMEIRA VAPORIZAÇÃO E CONCENTRAÇÃO
Antes da fase de cromatografia para a separação dos não açúcares, o sumo bruto deve ser concentrado a partir de 30° Brix de difusão para 60° Brix recomendados para esta fase. Para realizar esta operação, têm de se evaporar cerca de 500 g de água por cada Kg de sumo que entra. O processo de concentração é levado a cabo por evaporadores de efeito múltiplo tendo em conta que o sumo não deve ser submetido a calor prolongado a fim de prevenir a formação de novos açúcares redutores e a destruição do açúcar mediante formação de caramelo, que poderia originar um aumento significativo da coloração e da degradação da qualidade do açúcar final.
As condições de processamento desta fase são:
Temperaturas que começam a 126° C na primeira fase e se reduzem para 120,111 e 97° C.
10. SEPARAÇÃO DOS NÃO AÇÚCARES POR CROMATOGRAFIA O xarope obtido na fase anterior apresenta uma cor castanha escura e é consideravelmente turvo. Tal facto deve-se à existência de certos taninos solúveis e outras impurezas não açúcares que estão presentes no extracto sob a forma de partículas coloidais. 12
Apesar deste produto poder ser usado em certas aplicações industriais ou alimentares, foi procurado um processo para o purificar até o resultado ser um extracto de açúcar transparente (sem partículas em suspensão) e incolor (eliminando os taninos solúveis).
Nesta operação, os açúcares são separados dos não açúcares. O sumo filtrado e descalcificado é alimentado através duma coluna de resinas contendo basicamente uma resina catiónica forte de base num poliestireno reticulado cujos grupos sulfónicos activos são carregados com um catião monovalente (K ou Na).
Quando o sumo passa através do leito de resina, as moléculas pequenas não ionizadas, tais como as moléculas de sacarose, entram nos canais estreitos por difusão e são absorvidas pela resina, enquanto os açúcares não ionizados (tais como os sais de ácidos orgânicos ou minerais) são excluídos por acção das cargas eléctricas dos grupos activos. Além disso, as moléculas maiores (os corantes, os polissacáridos, etc.) não podem entrar na rede devido ao seu tamanho, actuando assim a resina como uma peneira molecular.
Após ter passado uma certa quantidade de sumo, a coluna é lavada com água pura a qual leva a cabo a separação cromatográfica. Esta primeira solução de saída produz a fracção salina que possui um baixo grau de pureza, seguida por uma fracção que possui baixo teor em sais e elevado teor em açúcares com um grau de pureza razoavelmente elevado. Uma fracção intermediária é recirculada, vista que a separação entre as duas fracções não é uma limpa. Não existe permuta iónica nem regeneração entre os ciclos. No entanto, as resinas têm de ser periodicamente adicionadas pois elas vão desaparecendo naturalmente.
As condições de processamento desta fase são: A temperatura depende do dispositivo e da resina. Está normalmente compreendida no intervalo entre 50 e 60° C. Similarmente, as velocidades, tempo e pressão dependem do equipamento usado.
11. DESMINERALIZAÇÃO E DESCOLORAÇÃO POR RESINAS A separação levada a cabo anteriormente não permite que os não-açúcares sejam eliminados. Embora o grau de pureza seja elevado permanecem vestígios dos elementos corantes que têm de ser eliminados a fim de obter um xarope transparente e limpo que o mercado exige. A purificação é realizada mediante o uso de colunas de permuta iónica, as primeiras das quais são as colunas de desmineralização e as segundas de descoloração.
Na fase de desmineralização, tanto os catiões como os aniões são eliminados simultaneamente, isto é, os sais dissolvidos no sumo, sendo o referido sumo passado através das resinas catiónicas carregadas com iões H+; os catiões do sumo são substituídos por iões H+ e ocorre a redução do pH. Posteriormente, passa através de uma resina aniónica carregada com iões OH", os aniões do sumo são substituídos pelos iões OH' que se combinam com os catiões H+ para formar água e restabelecer o pH. O permutador catiónico é regenerado com uma solução acídica (ácido sulfúrico ou nítrico) e o permutador aniónico com uma solução alcalina (amoníaco) com a possibilidade de usar as águas de regeneração como fertilizante agrícola.
Como é fortemente acídica à saída do permutador catiónico do sumo, é completamente impossível evitar que a sacarose se inverta, mas para evitar que tal inversão não seja muito grande, é útil manter a temperatura do sumo abaixo dos 15° C.
Na fase de descoloração, os corantes do sumo são eliminados mediante o uso de resinas de descoloração que são permutadores aniónicos sob a forma de cloreto que podem ser regenerados com uma solução de cloreto de sódio.
As condições de processamento nesta fase são :
Temperatura inferior a 15° C.
Concentração M. S. entre 20 e 25 Brix.
12. VAPORIZAÇÃO FINAL E CONCENTRAÇÃO 14
O sumo obtido na fase anterior com uma concentração compreendida entre 20 a 24 Brix, tem de ser concentrado para níveis comerciais compreendidos entre 65 a 70 Brix por razões de armazenamento e para economia no transporte até ao consumidor. A técnica e o equipamento usado é similar aos descritos na fase 9, PRIMEIRA EVAPORAÇÃO E CONCENTRAÇÃO. As únicas diferenças são as concentrações de entrada e saída e, como resultado, a capacidade de manuseamento do dispositivo.
Os diagramas em anexo ilustram esquematicamente o processo da invenção em que: a Figura 1 é um diagrama de materiais do processo; a Figura 2 é um diagrama das águas do processo; a Figura 3 é um diagrama do fluxo térmico do processo.
Tendo descrito o processo da invenção, resta apenas referir que, durante o curso do referido processo, são obtidos outros produtos. Na fase 3, foi produzida alfarrobina, que é comercializada directamente ou transformada num aditivo. Na fase 5, foi obtida a matéria prima para a produção de fibra de alfarroba natural, que é objecto de um outro pedido de patente apresentada na mesma data que este.
Lisboa, - 8 JAN. 2001
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Dt. Américo da Silva Carvalho Agenlc OKcfc!;'.' ?; ; a . ·.:·. fó-^rial R.ctisw,toa Tsieís. 2'i3Sbi &»-2i38ò<>t5l3
Claims (9)
- REIVINDICAÇÕES 1. Xarope consistindo em açúcares naturais de alfarroba isento das características negativas de cor, odor e sabor do extracto natural de alfarroba, e caracterizado pelo facto de possuir a seguinte composição Sacarose 55 - 75% Frutose 7 - 15% Glucose 7- 16% Outros açúcares 0,5 - 3% Ciclitóis 4 - 14% Impurezas orgânicas e inorgânicas 0,5 - 2% em que as percentagens são expressas em peso de matéria seca.
- 2. Processo para a obtenção do xarope de açucaras naturais de alfarroba de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de compreender as seguintes fases: a) o fruto proveniente do campo é submetido a operações mecânicas para separar os elementos estranhos, é lavado em água e seco por uma corrente de ar; b) as vagens são cortadas suficientemente para libertar a semente, de preferência até passarem através de um peneiro com um diâmetro de orifícios de 12 a 20 mm ; c) o material cortado, obtido na fase anterior, é submetido a uma operação de separação por peneiração para separar por um lado as sementes e por outro a polpa, sendo a referida polpa submetida a classificação, de preferência até ter uma granulometria inferior a 10 mm ; d) a polpa, cortada até à granulometria apropriada, é submetida a um processo de extracção contínuo em que a polpa é colocada em contacto com a água de difusão durante o intervalo dc tempo mínimo necessário, a fim de evitar a proliferação de microrganismos, para obter por um lado um xarope bruto com uma concentração compreendida no intervalo entre 30 e 50° Brix, e, por outro, uma pasta residual que constitui a fraeção insolúvel da polpa de alfarroba;e) os resíduos de polpa são prensados a fim de extrair uma parte substancial da água que contém, compreendendo a referida água açúcares em solução e vários não açúcares e sendo reciclada para a fase anterior para extracçlo de açúcares; f) o sumo bruto obtido no processo de prensagem é filtrado para remoção das partículas de alfarroba em suspensão cujo tamanho é > 25 μ m; g) os sumos são descaicificados mediante o uso de resina catiónica carregada com iões Na + ; h) os sumos são novamente filtrados, sendo desta vez a filtração realizada através de filtros finos a fim de remover partículas cujo tamanho é > 5 μιη; i) o sumo bruto é vaporizado e concentrado a partir de uma concentração compreendida entre 30 e 50° Brix como se obtém na fase de extracção até uma concentração de aproximadamente 60° Brix; j) os açúcares e os não açúcares do sumo obtido na fase anterior são separados por cromatografia fazendo-os passar através de uma coluna de resina catiónica forte a base de poliestireno fracamente reticulado e cujos grupos sulfónicos activos são carregados com um catião monovalente, de preferência sódio ou potássio, sendo a coluna então lavada com água para se obter uma fracção salina que possui um baixo grau de pureza, seguida por uma fracção com um elevado grau de pureza, recirculando uma fracção intermédia para a coluna; k) a fracção rica em açúcares com um elevado grau de pureza é submetida a uma purificação adicional por permuta iónica em duas fases, a primeira para separar os sais dissolvidos e a segunda para separar os elementos corantes, para se obter um sumo que é essencialmente puro e que possui uma concentração compreendida entre 20 e 25° Brix; e l) o sumo obtido na fase anterior é concentrado para níveis compreendidos entre aproximadamente 65 e 70° Brix.
- 3. Processo de acordo com reivindicação 2, caracterizado pelo facto de, durante o processo de extracção da fase d), o tempo durante o qual a polpa se mantém em contacto com a água de difusão estar compreendido no intervalo entre 1 e 3 horas, a uma temperatura compreendida entre 15 e 30° C e a um pH compreendido entre 4,6 e 5,4.
- 4. Processo de acordo com reivindicação 2, caracterizado pelo facto de, durante o processo dc prensagem da fase c), o pH ser mantido no intervalo compreendido entre 5 e 6.
- 5. Processo de acordo com reivindicação 2, caracterizado pelo facto de o processo da fase i) ser realizado em evaporadores de efeito múltiplo a uma temperatura inicial de cerca de 126° C que baixa progressivamente para 97° C.
- 6. Processo de acordo com reivindicação 2, caracterizado pelo facto de a separação cromatográfica dos não açúcares na fase j) ser realizada a uma temperatura compreendida entre 50 e 60° C.
- 7. Processo de acordo com reivindicação 2, caracterizado pelo facto de o processo da fase k) ser realizado a temperaturas abaixo de 15° C.
- 8. Utilização do xarope de alfarroba de acordo com a reivindicação 1 em aplicações semelhantes às contempladas para açúcares naturais.
- 9. Utilização do fruto alfarroba para obtenção de um xarope de açúcares naturais de acordo com o processo das reivindicações 2 a 7. Lisboa, - 8 JAN. 2001Dt. Américo da Silva Carvalho AgsileCr: - --,.:2 ;..Viioi R.Cas!&t 20: . rú.v oji UG30A Teleís. 213051333-213 S54 613
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