PT2470453E - Saqueta para a preparação de uma bebida - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

SAQUETA PARA A PREPARAÇÃO DE UMA BEBIDA

Campo da invenção A invenção diz respeito à preparação de bebidas, por exemplo café, por introdução de água num elemento contendo uma dose concentrada, por exemplo de café moido, e por extração da mistura assim obtida.

Estado da Técnica

Conhecemos diversos tipos de elementos contendo uma dose concentrada através dos quais água é introduzida, misturada à dose concentrada, em seguida extraída do elemento. Ver a título de exemplo o elemento divulgado no pedido de patente internacional WO 99/05044 Al que corresponde ao objeto do preâmbulo da presente reivindicação 1. O elemento apresenta-se por exemplo sob forma de cápsula ou de saqueta. A introdução de água no elemento é realizada por perfuração de pelo menos uma parede do elemento. A extração pode ser realizada por perfuração, rompimento ou rutura de uma parede do elemento.

Descrição geral da invenção

Um dos objetivos da invenção consiste em oferecer um elemento para a preparação de uma bebida que não deve ser perfurado, rasgado ou fendido durante a introdução e / ou extração do líquido.

Na invenção, este objetivo é realizado por meio de uma saqueta compreendendo um volume destinado a conter uma dose concentrada, um orifício de entrada e um orifício de saída, ambos comunicando com o dito volume.

Segundo um primeiro modo de realização da invenção os dois orifícios estão dispostos à proximidade um do outro.

De preferência, a saqueta compreende um elemento tubular formado por duas extremidades, a primeira estando interligada a um dos orifícios, a outra estando disposta no dito volume, num local distante do outro orifício, de forma a que a mistura água-dose seja otimizada.

De forma vantajosa, o elemento tubular está interligado ao orifício de entrada.

Segundo uma variante, o elemento tubular é formado a partir de uma banda, constituída por exemplo a partir do mesmo material que o que constitui as paredes da saqueta, em que os bordos são colados sobre uma das faces internas da saqueta.

De preferência, a saqueta é adaptada para ser disposta verticalmente em modo ativo. Esta disposição oferece a possibilidade de tirar partido da força de gravidade que leva o líquido para a base da saqueta. Esta vantagem sendo particularmente útil quando os dois orifícios estão dispostos na parte superior da saqueta.

Segundo uma outra variante, a saqueta compreende uma peça rígida adaptada para ser fixada num dispositivo de extração.

Nesta configuração, a peça rígida pode comportar os orifícios.

Deve notar-se aqui que a peça rígida não deve ser necessariamente rígida. Este modo de realização é todavia privilegiado uma vez que ele assegura uma melhor estabilidade e fixação da saqueta quando esta está no dispositivo.

As paredes da saqueta podem ser flexíveis, semirrígidas ou inteiramente rígidas. A invenção diz igualmente respeito a um dispositivo para a extração de uma bebida adaptado para a utilização de uma saqueta tal como anteriormente definida.

Segundo uma variante o dispositivo comporta duas tubagens de entrada de água dispostas de forma a interligar duas faces opostas da saqueta. Este modo de realização tem por vantagem inserir indiferentemente a saqueta num sentido ou no outro do dispositivo.

Descrição detalhada da invenção A invenção é em seguida descrita mais detalhadamente por meio de exemplos ilustrados pelas figuras seguintes: A figura 1 apresenta uma saqueta completa 1, com paredes em material flexível, semirrígido, ou rígido, que se constitui por duas peças principais, ou seja uma peça rígida 2 e uma saqueta 3. Neste exemplo, a peça rígida 2 sendo especialmente concebida para uma injeção inicial de água quente (a saqueta pode conter café ou outros produtos em pó a extrair ou a dissolver). A saqueta 3, que contem uma dose concentrada, em NatureFlex, mas qualquer outro material flexível ou rígido, biodegradável ou não, pode ser utilizado. A figura 2 ilustra um corte vertical da saqueta da figura 1. A parte à direita serve a injetar a água via um orifício de entrada 4 e a canalizar num elemento tubular 6 para a enviar para a parte inferior da saqueta. Este canal 6 é constituído preferivelmente por soldadura simples de uma banda constituída pelo mesmo material que o das paredes da saqueta 3, NatureFlex por exemplo, de forma a que a água seja conduzida para baixo da dose sem poder escoar-se antes de chegar em baixo. Neste caso figurativo, os bordos da banda são colados sobre a face interna da saqueta 3. A água é injetada au nível da peça rígida 2, ela mesma sendo soldada horizontalmente à saqueta 3 a fim de forçar a água em direção do único caminho possível que, no exemplo ilustrado, é para baixo. Qualquer outra solução utilizando o mesmo princípio de forçar a água para um local distante do orifício de entrada, por exemplo por meio de um tubo, é evidentemente possível no contexto da presente invenção.

Neste modo de realização, o elemento tubular 6 é então fixado à peça rígida 2.

De notar que o elemento tubular 6 pode estar disposto de forma diferente na saqueta 3, por exemplo transversal, em Z ou em espiral, ou qualquer outra forma permitindo assegurar uma mistura otimizada de água com a dose concentrada. É igualmente possível interligar o elemento tubular 6 ao orifício de saída 5, ou até mesmo interligar cada orifício 4,5 a um elemento tubular. 0 elemento tubular 6 pode igualmente comportar pequenos furos ao longo do seu comprimento, o que induziria a um pré-humedecimento da dose, antecipadamente à mistura. A figura 3 é um corte ilustrando os detalhes da peça rígida 2. A água é injetada sobre a parte direita da peça rígida, por exemplo por meio de um bico ou qualquer outro mecanismo adequado, a partir da face escondida na figura.

Vemos igualmente - mais ou menos ao centro - o orifício de saída 5, onde a mistura água-dose volta a sair através de um elemento filtrante que impede o pó contido na dose de se escoar mas permite passar o líquido extraído ou repleto de matéria solúvel. 0 orifício redondo 9 à esquerda do orifício de saída 5 permite inserir a saqueta 1 de forma indiferente no dispositivo (ver figura 3a) . 0 orifício 9 não atravessa de lado a lado a peça rígida 2 mas é constituído por um escoamento que pára a meio caminho sob a forma de uma parede plana (furo cego). A figura 3a representa o dispositivo de injeção a dois bicos 10, 11 (trazidos por duas mandíbulas não ilustradas). Neste exemplo, a inserção da saqueta 1 tem por efeito interligar o bico 10 encontrando o orifício cavo 9. Os bicos 10, 11 estão munidos por uma junta impedindo a água de sair do orifício cavo 9 onde o bico 10 que não injeta entra todavia, mas a sua cooperação com a peça rígida 2 impede um escoamento acidental neste local, forçando da saída a totalidade da pressão e do fluxo de água ao nível do bico ativo 11.

Observamos na figura 3a o bico 11 que injeta / trabalha, bem como a junta O-Ring 12 que obriga a água a passar no elemento tubular 6 que é dirigido para baixo.

Na mesma figura, vemos à esquerda o bico 10 que está apoiado no orifício cavo 9 e onde a junta O-Ring 13 impede a água de escoar.

Os dois bicos 10, 11 são, bem entendido, interligados à mesma canalização trazendo a água quente sob pressão e o efeito de vasos comunicantes assegura que o fluxo completo passe bem pelo bico de direita 11. A figura 4 representa a outra face da peça rígida 2, em vista semitransparente, onde vemos à direita da figura o orifício cavo 9. Vemos igualmente à esquerda o orifício de entrada 4.

Observamos por outro lado ao meio do orifício de saída 5 comportando um filtro, este último não estando disposto que de um único lado da peça rígida 2.

Os meios de recuperação da mistura água-dose à saída 5 da saqueta, não estão ilustrados. Qualquer sistema apropriado pode ser considerado, por exemplo tubos conduzindo mais longe para uma chávena, reservatório de compensação, etc... A figura 5 representa de forma muito esquemática uma saqueta 1 segundo a invenção colocada num suporte 14 antes do fecho das mandíbulas, elas mesmas destinadas a bloquear a dose e a introduzi-la nos bicos 10, 11.

Lisboa, 28 de Julho de 2015.

Claims (9)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Saqueta (1) para a preparação de uma bebida, por exemplo café, compreendendo um volume destinado a conter uma dose concentrada, por exemplo de café moldo, um orifício de entrada (4) e um orifício de saída (5), ambos comunicando com o dito volume, caracterizado pelo facto de que os dois orifícios (4,5) estão dispostos à proximidade um do outro.
2. 2. Saqueta sequndo a reivindicação 1 compreendendo um elemento tubular (6) formado por duas extremidades, a primeira estando interligada a um dos orifícios (4), a outra (7) estando disposta no dito volume, num local distante do outro orifício (5) .
3. 3. Saqueta segundo a reivindicação 2 na qual o elemento tubular (6) está interligado ao orifício de entrada (4).
4. 4. Saqueta segundo uma das reivindicações anteriores, adaptada para ser disposta verticalmente num dispositivo de extração de uma bebida.
5. 5. Saqueta segundo a reivindicação 4 na qual os dois orifícios (4,5) estão dispostos na parte superior da saqueta (1).
6. 6. Saqueta segundo uma das reivindicações anteriores compreendendo uma peça rígida (2) adaptada para ser fixa num dispositivo de extração.
7. 7. Saqueta segundo a reivindicação 6 na qual a peça rígida (2) comporta os orifícios (4,5).
8. 8. Dispositivo para a extração de uma bebida adaptado para a utilização de uma saqueta (1) tal que definida nas reivindicações precedentes.
9. 9. Dispositivo sequndo a reivindicação 8 compreendendo dois tubos de entrada de água (10,11) dispostos de forma a conectarem-se a duas faces opostas da saqueta (1). Lisboa, 28 de Julho de 2015.