PT2320730E - Composição agroquímica, método para a sua produção e suas utilizações no tratamento de culturas - Google Patents

Composição agroquímica, método para a sua produção e suas utilizações no tratamento de culturas Download PDF

Info

Publication number
PT2320730E
PT2320730E PT97861017T PT09786101T PT2320730E PT 2320730 E PT2320730 E PT 2320730E PT 97861017 T PT97861017 T PT 97861017T PT 09786101 T PT09786101 T PT 09786101T PT 2320730 E PT2320730 E PT 2320730E
Authority
PT
Portugal
Prior art keywords
composition
composition according
chitosan
weight
acid
Prior art date
Application number
PT97861017T
Other languages
English (en)
Original Assignee
Valagro Spa
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Valagro Spa filed Critical Valagro Spa
Publication of PT2320730E publication Critical patent/PT2320730E/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N43/00Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing heterocyclic compounds
    • A01N43/02Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing heterocyclic compounds having rings with one or more oxygen or sulfur atoms as the only ring hetero atoms
    • A01N43/04Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing heterocyclic compounds having rings with one or more oxygen or sulfur atoms as the only ring hetero atoms with one hetero atom
    • A01N43/14Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing heterocyclic compounds having rings with one or more oxygen or sulfur atoms as the only ring hetero atoms with one hetero atom six-membered rings
    • A01N43/16Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing heterocyclic compounds having rings with one or more oxygen or sulfur atoms as the only ring hetero atoms with one hetero atom six-membered rings with oxygen as the ring hetero atom

Description

DESCRIÇÃO
COMPOSIÇÃO AGROQUÍMICA, MÉTODO PARA A SUA PRODUÇÃO E SUAS UTILIZAÇÕES NO TRATAMENTO DE CULTURAS A presente invenção refere-se a uma composição agroquimica, um método para a sua preparação e as suas utilizações para proteger colheitas contra o ataque por agentes patogénicos de plantas, incluindo virus, e/ou para melhorar a resistência das culturas a infeções provocadas pelos referidos agentes patogénicos e/ou para aumentar a sua tolerância a stresses abióticos, tais como aqueles provocados pelo frio, a salinidade e a seca. A referida composição também demonstrou ser particularmente útil contra a propagação de virus e/ou particularmente eficaz como um bioestimulante propicio para o crescimento de plantas e de frutos e/ou capaz de prolongar a vida de prateleira de frutos e sementes. A composição da presente invenção compreende uma associação sinergética adequada de ingredientes ativos, preferencialmente numa mistura com excipientes e/ou solventes e/ou veículos adequados, que são capazes de exercer a sua ação diretamente sobre agentes fitopatogénicos ou de estimular a resistência endógena natural das plantas através da ativação de uma série de vias de transdução de sinal na própria planta. Isto serve para otimizar a resposta potencial do organismo da planta, correlacionado com a sua resistência a infeção e/ou a stress abiótico. 1
As técnicas conhecidas para controlar agentes fitopatogénicos consistem geralmente no tratamento de plantas com pesticidas que possuem uma atividade tóxica direta sobre o agente patogénico invasor ou sobre o veiculo do patogénio. Consequentemente, a agricultura e a horticultura dependem fortemente sobre aplicações regulares (e.g. por aspersão) de fungicidas, para controlar doenças fúngicas, e de inseticidas e/ou nematocidas, para controlar os veículos de doenças virais.
Outra abordagem para controlar agentes fitopatogénicos consiste em procurar estimular a resistência natural da planta de modo a prevenir a ação dos agentes patogénicos e/ou limitar significativamente a sua agressividade.
Todavia, foram encontrados vários problemas com as formulações agroquimicas desenvolvidas no setor para estimular a resistência da planta como um processo prático de controlo de doença. Os referidos problemas incluem, por exemplo, fitotoxicidade (amarelecimento, necrose e doenças gerais das plantas), uma falta frequente de níveis verdadeiramente significativos de controlo da doença e não reprodutibilidade/não sustentabilidade.
Existe assim uma necessidade premente para possuirmos produtos simples, eficazes, desprovidos de efeitos colaterais indesejáveis, que sejam capazes de estimular, de um modo ótimo, a resistência das culturas ao maior número possível de agentes fitopatogénicos (independentemente da sua origem) e aos stresses abióticos mencionados acima. 0 objetivo da presente invenção é proporcionar uma resposta adequada para os problemas acima descritos. 2
Consequentemente, um objeto da presente invenção é proporcionar uma composição agroquimica para melhorar a resistência das plantas a doenças, enquanto se evitam as desvantagens da técnica anterior; de um modo mais preciso, é um objetivo da presente invenção proporcionar uma protecção robusta, de largo espetro, preferencialmente de um tipo preventivo, contra agentes patogénicos de plantas que evite a ocorrência de efeitos colaterais desvantajosos.
Outro objetivo da presente invenção é proporcionar uma composição agroquimica que é capaz de aumentar a tolerância da planta a stress abiótico, por exemplo contra fatores tais como o frio, a salinidade e a seca. 0 quitosano é um derivado bem conhecido da quitina, que se pode obter através da N-desacetilação parcial ou total deste último. Estruturalmente, o quitosano é um copolimero de D-glucosamina e N-acetil-D-glucosamina, ligado por ligações β-1,4-glicósido, possuindo um peso molecular médio superior a 1 mDa e correspondendo a uma cadeia de aproximadamente 5000 unidades de monómero. São conhecidas muitas aplicações diferentes de quitosano. Por exemplo, é utilizado no tratamento de resíduos, na indústria do papel, em produtos médicos e cosméticos, em biotecnologias, no setor alimentar e de rações, e em aplicações de membrana. Na agricultura possui uma utilização potencial como: um revestimento, para revestir sementes, folhas, frutos e vegetais; como um fertilizante, para estimular e aumentar o crescimento da planta; como um estimulante, para melhorar a imunidade e protecção da planta contra microrganismos prejudiciais. 3
Contudo, como é bem conhecido, o quitosano é insolúvel em água (que representa o veiculo de escolha em formulações destinadas a utilização na agricultura) e num ambiente ácido diluído forma soluções altamente viscosas, tornando a distribuição através dos bocais dos aspersores comuns dificil/problemática. Como tal, por isso, não representa uma solução satisfatória para os problemas descritos anteriormente.
As tentativas para remediar as desvantagens acima referidas conduziram ao desenvolvimento de formulações complexas e dispendiosas compreendendo quitosano e vários outros componentes ativos ou complementares. Contudo, a eficácia das referidas formulações é frequentemente inadequada para uma aplicação ótima em agricultura e horticultura.
Outras tentativas para remediar as desvantagens acima mencionadas pensaram em explorar o fato de que vários oligómeros obtidos por despolimerização (química ou enzimática) do quitosano revelaram ser mais solúveis em água do que o quitosano não despolimerizado e para além disso demonstraram possuir uma atividade semelhante.
Outras tentativas envolveram complexar quitosano ou os seus oligómeros com iões metálicos (e.g. cobre, zinco e alumínio), preferencialmente de modo a produzir complexos de quelato metálico de quitosano/oligómero.
Contudo, estes derivados, também não conseguiram proporcionar a resposta óptima desejada para os problemas acima descritos, por exemplo porque a solubilidade em água dos referidos quelatos metálicos não é sempre completa. 4 0 Requerente descobriu agora de forma surpreendente que uma composição agroquimica aquosa compreendendo quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado em associação com outros componentes específicos adequados é capaz de proporcionar uma proteção robusta de largo espetro contra agentes fitopatogénicos bacterianos, fúngicos e virais sem provocar efeitos colaterais desvantajosos, fornecendo assim uma resposta desejada para os problemas ilustrados anteriormente.
Por isso, um objetivo da presente invenção refere-se à composição aquosa acima mencionada, compreendendo uma associação sinergética de um quitosano pelo menos parcialmente despolimerizados com um quelato de cobre bivalente, como apresentado na reivindicação independente anexa.
Outro objetivo da invenção refere-se à utilização da referida composição na agricultura para aumentar a resistência da cultura, preventiva e não preventiva, a agentes fitopatogénicos e a stresses abióticos, como apresentado na reivindicação independente anexa.
Outro objetivo da presente invenção refere-se a um método para preparar a composição acima mencionada, como apresentado na reivindicação independente em anexo.
Formas de realização preferidas da presente invenção são descritas nas reivindicações dependentes em anexo.
Como revelado acima, a composição agroquimica de base aquosa de acordo com a presente invenção compreende uma associação sinergética de quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado com um complexo quelato de cobre bivalente. 5
Preferencialmente, o quitosano possui um grau de acetilação (DA) compreendido desde 1% até 65%; mais preferencialmente, desde 2% até 55%; muito preferencialmente, desde 5% até 45%, em relação ao peso do quitosano completamente desacilado. Preferencialmente, o quitosano possui um grau de despolimerização de pelo menos 10% em peso, em relação ao peso de quitosano não despolimerizado; mais preferencialmente, desde cerca de 12% até cerca de 90%; muito preferencialmente, desde cerca de 15% até cerca de 70%.
Preferencialmente, o quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado possui uma viscosidade inerente, medida a 30 °C, desde 0,02 até 0,15 dL/g, mais preferencialmente desde 0,03 até 0,11 dL/g, mais preferencialmente desde 0,04 até 0,08 dL/g, (medida numa amostra de 2 0 g numa quantidade de água tal como para obter um volume final de 100 ml, utilizando um viscosimetro Cannon-Fenske Rov. 75).
Preferencialmente, o quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado possui um peso molecular médio desde cerca de 1 000 até cerca de 10 000.
Na composição da presente invenção o quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado está presente numa quantidade em percentagem desde cerca de 0,5% até cerca de 20% em peso, em relação ao peso total da composição; preferencialmente, desde cerca de 3% até cerca de 12%. O quelato de cobre bivalente é um complexo de Cu2+ com ácido etilenodiamina tetraacético (CuEDTA). A utilização de outros sais de cobre bivalente (tais como sulfato de cobre, CuSO4) revelou ser particularmente desvantajosa, porque torna a 6 formulação final viscosa e não utilizável. Em contraste, o complexo quelato CuEDTA dá origem a formulações límpidas graças ao seu grau elevado de solubilidade na formulação e à sua estabilidade, que parece capaz de dificultar ou inibir a formação de complexos de quitosano-quelato de cobre.
Na composição da presente invenção o complexo quelato CuEDTA está presente numa quantidade em percentagem que varia desde cerca de 0,05% até cerca de 20% em peso, em relação ao peso total da composição; preferencialmente, desde cerca de 2% até cerca de 15%.
Preferencialmente, a composição de acordo com a presente invenção pode compreender ainda adjuvantes, aditivos e excipientes adequados que podem melhorar as suas capacidades funcionais e aplicativas. É muito preferível, em particular, que a composição ainda compreenda uma quantidade eficaz de pelo menos um ácido orgânico que é capaz de assegurar uma solubilidade completa do quitosano misturado com os seus produtos de despolimerização. O referido pelo menos um ácido orgânico é preferencialmente seleciondo a partir de ácidos orgânicos solúveis em água Cq-Chs.
Entre eles, são preferidos aqueles que são selecionados de: ácido fórmico, ácido acético, ácido propiónico, ácido butírico, ácido ascórbico, ácido cítrico, ácido salicílico, ácido acetilsalicílico e suas soluções tamponadas (e. g. ácido acético 0,3 M/acetato de sódio 0,2 M). 7 0 ácido acético demonstrou ser particularmente preferido. Numa forma de realização particularmente preferida da invenção, é utilizado ácido acético a 80%.
Na composição da presente invenção, o referido ácido orgânico está presente numa quantidade, expressa como percentagem em peso, desde cerca de 1% até cerca de 40%, preferencialmente desde cerca de 5% até cerca de 15%, em relação ao peso total da composição.
Para efeitos de preparação da composição de acordo com a presente invenção é possível utilizar um quitosano previamente, pelo menos parcialmente, despolimerizado.
Por exemplo, numa forma de realização da invenção, o quitosano é previamente despolimerizado através de uma hidrólise preferencialmente parcial, utilizando métodos químicos ou enzimáticos que são bem conhecidos e são normalmente empregues pelos especialistas na técnica. O produto resultante da referida hidrólise pode ser utilizado como tal, ou após ser purificado.
Mais preferencialmente, para o objetivo de preparar a composição de acordo com a presente invenção, é também possível utilizar um quitosano nativo, i. e. não despolimerizado, e permitir que a reacção de despolimerização pelo menos parcial ocorra espontaneamente in situ, o que é dizer na própria composição, no final da sua preparação.
Por isso, de acordo com a referida forma de realização preferida, na composição da presente invenção o quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado é obtido in situ através de 8 despolimerização do quitosano nativo na presença de pelo menos uma enzima proteolitica.
Neste caso, juntamente com o quitosano não polimerizado, é adicionada uma quantidade eficaz de pelo menos uma enzima proteolitica, que, no ambiente acidico da composição, atinge a despolimerização pelo menos parcial desejada do quitosano. A referida enzima proteolitica é preferencialmente selecionada a partir de: papaina, pepsina, tripsina, bromelaina, amilase, quitinase, quitosanase, glucosanase, lipase, tanase e protease. Preferencialmente, a referida enzima é selecionada a partir de: papaina, pepsina, tripsina, bromelaina, amilase, e quitosanase. A enzima papaina demonstrou ser particularmente preferível.
Nesta forma de realização particularmente preferida da invenção, a quantidade de quitosano inicial é substancialmente igual ou análoga àquela descrita anteriormente, enquanto a referida enzima proteolitica está presente numa quantidade em percentagem desde cerca de 0,01% até cerca de 2% em peso, em relação ao peso total da composição; preferencialmente, desde cerca de 0,05% até cerca de 0,3%. O grau de despolimerização obtido, dentro dos limites previamente especificados, depende da quantidade de enzima adicionada à composição.
Preferencialmente, após ter sido preparada a composição é adicionalmente sujeita a um tratamento de calor adequado que, por desativação da enzima, assegura e estabiliza o grau desejado 9 de despolimerização do quitosano. Preferencialmente, o tratamento de calor é iniciado por volta de 1-24 h, preferencialmente 16-24 h, após estar completa a formulação. 0 referido tratamento de calor é realizado a uma temperatura desde cerca de 95 °C até cerca de 110 °C, preferencialmente a cerca de 105 °C, durante um período de tempo preferencialmente desde 10 min até 1 h. A preparação assim obtida é colocada de volta à temperatura ambiente (entre cerca de 20 °C e cerca de 30 °C, preferencialmente a uma temperatura de cerca de 25 °C) num tempo inferior a 1 h.
Noutra forma de realização preferida, a composição de acordo com a presente invenção pode ainda compreender um ou mais compostos possuindo uma ação complementar em relação ao complexo de quelato CuEDTA.
Os referidos compostos opcionais são preferencialmente selecionados a partir de: complexos de quelato de manganês bivalente com quelantes de ácido orgânico oi aminoácido, tais como o complexo quelato de Mn2+ com ácido etilenodiamina tetraacético (MnEDTA).
Para além disso, os referidos compostos podem ser selecionados a partir de complexos de quelato e/ou sais de microelementos, tais como Boro (ácido bórico, octoborato de sódio, boro-etanolamina) , Manganês (Mn2+) , Zinco (Zn2+) e Ferro (Fe3+) .
Preferencialmente, o complexo quelato MnEDTA está presente na composição da invenção numa quantidade em percentagem desde cerca de 0,05% até cerca de 15% em peso, em relação ao peso 10 total da composição; mais preferencialmente, numa quantidade desde cerca de 1% até cerca de 7%.
Globalmente, os sais de microelementos podem estar presentes numa quantidade me percentagem desde cerca de 0,05% até cerca de 5,0%, em relação ao peso total da composição; mais preferencialmente, numa quantidade desde cerca de 4%.
Preferencialmente, a composição da presente invenção pode compreender ainda agentes tensioativos, i. e. substâncias que ajudam a distribuir a solução sobre as folhas durante a aplicação reduzindo a tensão de superfície da água e permitindo um humedecimento uniforme e completo.
Entre os referidos tensioativos, são particularmente preferidos álcoois gordos naturais C8-Ci0, tais como alquilpoliglucósidos.
Os referidos tensioativos estão preferencialmente presentes numa quantidade em percentagem desde cerca de 0,1% até cerca de 10% em peso, em relação ao peso total da composição; mais preferencialmente, numa quantidade que varia desde cerca de 0,5% até cerca de 3%.
Na composição da presente invenção, a água está presente numa quantidade complementar a 100%, em relação ao peso total da composição.
Preferencialmente, a composição de acordo com a presente invenção possui um pH desde 3,5 até 5,0, mais preferencialmente desde 4,0 até 4,5. 11
Meramente a título de exemplo, é fornecida uma ilustração abaixo de algumas das composições preferidas possíveis da presente invenção, com uma indicação dos intervalos de peso em percentagem dos componentes.
Exemplo 1 água 10% - 90% ácido acético 80% 1% - 40% quitosano (parcialmente despolimerizado) 0,5% - 20%
CuEDTA 0,05%- 20%
Alquilpoliglucósidos 0,1% - 10%
Exemplo 2 água 10% - 90% ácido acético 80% 1% - 40% quitosano (não despolimerizado) 0,5% - 20%
Papaína 0,01% - 2%
CuEDTA 0,05% - 20%
MnEDTA 0,05% - 15%
Aquilpoliglucósidos 0,1% - 10%
Exemplo 3 água 60% - 80% ácido acético 80% 5% - 15% quitosano (não despolimerizado) 3% - 12%
Papaína 0,05% - 0,3%
CuEDTA 2% - 15%
MnEDTA 1% - 7%
Alquilpoliglucósidos 0,1% - 10% 12
Exemplo 4 - uma das composições particularmente preferidas água 74,9% ácido acético 80% 5% quitosano (não despolimerizado) 5%
Papaina 0,1%
CuEDTA 10%
MnEDTA 4,0%
Alquilpoliglucósidos 1%
As composições da presente invenção são preparadas do modo tradicional adicionando os ingredientes (a ordem em que eles são adicionados não é um fator limitante) num dispositivo de mistura adequado equipado com meios de agitação e, se desejado, meios de aquecimento e de refrigeração. A mistura dos componentes é mantida sob agitação até ser obtida uma solução limpida, que, após filtração como necessário, é enviada para embalagem.
Como previamente revelado, quando a reação de despolimerização parcial do quitosano ocorre in situ, o passo de misturar os componentes é preferencialmente seguido por um passo no qual a mistura obtida é deixada a reagir à temperatura ambiente, sem mais agitação, durante um período de tempo adequado, variando desde 1 h até 24 h, posteriormente a solução resultante é submetida a um tratamento de calor, como já foi descrito previamente, de modo a desativar a enzima e estabilizar o grau de despolimerização de quitosano como obtido. A composição de acordo com a presente invenção demonstrou ser particularmente estável; não dá origem a qualquer degradação 13 de componentes ativos e mantém substancialmente o seu aspeto como uma solução límpida ao longo do tempo.
Opcionalmente, a referida composição também pode ser seca e embalada e vendida como um pó sólido para ser reconstituída com a quantidade necessária de água no momento do tratamento da cultura. A composição de acordo com a presente invenção não é fitotóxica e substancialmente não provoca quaisquer efeitos colaterais, tais como amarelecimento, nanismo do desenvolvimento, necrose ou qualquer outro efeito prejudicial. A composição demonstrou ser capaz de funcionar contra uma vasta gama de doenças vegetais.
Em particular, em relação a uma forma de realização particularmente preferida, a referida composição demonstrou ser consideravelmente eficaz contra a lesão provocada pelo oídio.
Por exemplo, testes de campo experimentais demonstraram uma excelente eficiência da composição no controlo da doença provocada pelo oídio em melões, com resultados que demonstraram diferenças estatisticamente significativas em comparação com produtos não tratados.
Foram obtidos resultados análogos contra o oídio em ensaios conduzidos na variedade de uvas Montepulciano d'Abruzzo. Descobriu-se que o tratamento dá origem, entre outras coisas, a um aumento significativo no resveratrol (estilbenos), um dos compostos mais responsáveis por desencadear as respostas de defesa de uma planta após um ataque por agente patogénicos. 14
Teste η. 1: Infeção com oídio em folhas de courgettes.
Foram realizados ensaios para testar a capacidade para controlar o oídio (Leveillula taurica) em courgettes, como ilustrado na Tabela 1 a seguir e no gráfico correspondente na Figura 1 anexa, que apresenta os valores em percentagem da infeção provocada pelo oídio em folhas de planta da courgette.
Tabela 1 - Parâmetros da infeção com oídio em folhas de courgette
Em todos os ensaios, cada composição foi utilizada numa dose equivalente a 10 ml/1 e aplicada numa quantidade de 1000 1/ha. A infeção foi determinada como a área de superfície afetada pelo agente patogénico, expressa como uma percentagem da área da 15
superfície da folha inteira. A eficácia do tratamento foi determinada utilizando a fórmula Abbott:
População do agente patogénico no ensaio considerado ( 1--) x 100
População do agente patogénico no ensaio de controlo
Teste n. 2: Infeção com oídio em folhas de melão.
Os ensaios foram realizados para testar a capacidade para controlar o oídio (Leveillula taurica) no melão, como ilustrado na seguinte Tabela 2 e no gráfico correspondente na Figura 2 anexa, que apresenta os valores de percentagem da infeção provocada pelo oídio em folhas de plantas de melão.
Tabela 2 - Parâmetros da infeção de oídio em folhas de melão :ão
Lte 4, 4, 16
Em todos os ensaios cada composição foi utilizada numa dose equivalente a 10 ml/1 e aplicada numa quantidade de 1000 1/ha. A percentagem de infeção e eficácia foi determinada como descrito acima para o Teste 1.
Teste n. 3: Infeção com oídio em folhas de plantas de tomate.
Foram realizados ensaios para testar a capacidade para controlar o oídio (Leveillula taurica) no tomate, como ilustrado nas seguintes Tabelas 3 e 4 e co gráfico correspondente na Figura 3 em anexo, que apresenta os valores em percentagem da infeção provocada pelo oídio em folhas de plantas de tomate, respetivamente 5 dias após o primeiro tratamento e 5 dias após o terceiro (e último) tratamento.
Tabela 3 - Parâmetros da infeção com oídio em folhas de tomate (5 dias após a primeira aplicação)
Tabela 4 - Parâmetros da infeção com oídio em folhas de tomate (5 dias após a terceira aplicação e 13 dias após a segunda)
17
Em todos os ensaios cada composição foi utilizada numa dose equivalente a 10 ml/1 e aplicada numa quantidade de 1000 1/ha. A percentagem de infeção e eficácia foram determinadas como descrito acima para o Teste 1. A percentagem de infeção provocada pelo oídio foi reduzida vantajosamente, em comparação com o controlo não tratado (ensaio 4), pela associação de quitosano parcialmente despolimerizado/ CuEDTA (ensaio 1), e numa extensão significativamente maior do que aquela alcançada com tratamentos análogos utilizando os dois componentes aplicados individualmente (ensaios 2 e 3, respetivamente). A sinergia de ação entre os dois ingredientes que caracterizam a associação da composição agroquímica da presente invenção torna-se assim óbvia. A referida composição mostrou também ser compatível com agentes de biocontrolo tais como bactérias e cogumelos benignos. 18
Além disso, a referida composição provou ser útil para um melhor controlo da doença (preventiva e não preventiva), e para plantas com nutrição e crescimentos melhorados.
Através do exemplo, a atividade de bioestimulação da composição da presente invenção no desempenho produtivo de tomates cultivados em estufa aquecida foi avaliada através da comparação com um lote controlo não tratado. No que respeita a este ultimo lote de controlo, a composição da presente invenção foi capaz de conseguir um aumento significativo no peso médio da baga, de cerca de 15% e mesmo superior. A composição agroquimica de acordo com a invenção pode ser aplicada em folhas de plantes e raízes através de spray, embebição, imersão longa, revestimento de sementes e utilização de sistemas de fertirrigação.
Além disso, pela aplicação da composição da presente invenção no fruto, foi atingida uma melhoria significativa na sua conservação e aparência exterior durante o período de armazenagem. A presente invenção refere-se deste modo a uma composição agroquimica estável, sinergética de constituição simples, preparação e aplicação, que é particularmente útil para obtenção de uma melhoria da resistência da cultura a infeção por agentes fitopatogénicos, incluindo vírus, e/ou para culturas tratadas fitoterapeuticamente, e/ou para aumentar tolerância da cultura to stresses abióticos, e. g. contra o frio, salinidade e seca. A referida composição mostrou também ser particularmente útil como um fertilizante para estimular o crescimento da planta 19 e fruto e ainda para extensão do tempo de vida do fruto e sementes.
Finalmente, a presente invenção também se refere a um método para melhorar a resistência de culturas a infeção por agentes fitopatogénicos, incluindo vírus, e/ou para tratar fitoterapeuticamente culturas, e/ou para aumentar a tolerância a stresses abióticos e/ou como um fertilizante para estimular o crescimento de planta e fruto e/ou extensão do tempo de vida de frutos ou sementes, compreendendo a administração às referidas culturas ou o referido fruto ou as referidas sementes de uma quantidade eficaz de uma composição da invenção como previamente descrito.
Lisboa, 02 de Janeiro de 2015

Claims (22)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Composição agroquímica compreendendo uma associação de um quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado com um quelato de cobre bivalente; em que o referido quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado possui um peso molecular médio de 1 000 a 10 000; e em que o quelato de cobre bivalente é CuEDTA.
  2. 2. Composição de acordo com a reivindicação 1, em que o referido quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado possui um grau de despolimerização de pelo menos 10% em peso, no que respeita ao peso de quitosano não despolimerizado.
  3. 3. Composição de acordo com a reivindicação 2, em que o referido quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado possui um grau de despolimerização, de 12% a 90%.
  4. 4. Composição de acordo com a reivindicação 2, em que o referido quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado possui um grau de despolimerização de 15% a 70%.
  5. 5. Composição de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, em que o referido quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado tem uma viscosidade inerente, medida a 30 °C, de 0,02 a 0,15 dL/g.
  6. 6. Composição de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, em que o referido quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado está presente numa quantidade 1 percentual de 0,5% a cerca de 20% em peso, no que respeita ao peso total da composição.
  7. 7. Composição de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, em que o referido quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado está presente numa quantidade percentual de 3% a 12%.
  8. 8. Composição de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, em que CuEDTA está presente numa quantidade percentual de 0,05% a 20% em peso, no que respeita ao peso total da composição.
  9. 9. Composição de acordo com a reivindicação 8, em que CuEDTA está presente numa quantidade percentual de 2% a 15%.
  10. 10. Composição de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, compreendendo ainda pelo menos um ácido orgânico selecionado a partir de ácidos orgânicos C!-C15 solúveis em água.
  11. 11. Composição de acordo com a reivindicação 10, em que o referido ácido orgânico é selecionado a partir de: ácido fórmico, ácido acético, ácido propiónico, ácido butirico, ácido ascórbico, ácido cítrico, ácido salicílico, ácido acetilsalicílico e suas soluções tamponadas.
  12. 12. Composição de acordo com a reivindicação 11, em que o referido ácido orgânico é ácido acético.
  13. 13. Composição de acordo com a reivindicação 11, em que o ácido orgânico está presente numa quantidade percentual desde cerca de 1% a cerca de 40% em peso, no que respeita ao peso total da composição.
  14. 14. Composição de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, em que o referido quitosano pelo menos parcialmente despolimerizado é obtido in situ pela despolimerização do quitosano nativo na presença de pelo menos uma enzima proteolitica.
  15. 15. Composição de acordo com a reivindicação 14, em que a referida, pelo menos uma, enzima proteolitica é selecionada a partir de: papaina, pepsina, tripsina, bromelaina, amilase, quitinase, quitosanase, glucosanase, lipase, tanase, protease; de um modo preferido, papaina, pepsina, tripsina, bromelaina, amilase, quitinase e quitosanase.
  16. 16. Composição de acordo com a reivindicação 15, em que a referida pelo menos uma enzima proteolitica é papaina.
  17. 17. Composição de acordo com as reivindicações 14-16, em que a referida pelo menos uma enzima proteolitica está presente numa quantidade percentual desde 0,01% a 2% em peso, no que respeita ao peso total da composição.
  18. 18. Composição de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, compreendendo ainda um complexo quelato MnEDTA numa quantidade percentual de 0,05% a 15% em peso, no que respeita ao peso total da composição.
  19. 19. Composição de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, compreendendo ainda alquilpoliglucósidos numa quantidade percentual de 0,1% a 10%, no que respeita ao peso total da composição.
  20. 20. Composição de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, possuindo um pH de 3,5 a 5,0.
  21. 21. Utilização de uma composição de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 20 para melhoria da resistência de culturas a infeção por agentes fitopatogénicos, incluindo virus, e/ou para tratar fitoterapeuticamente a referida cultura e/ou para aumentar a tolerância destes ao stresse abiótico e/ou as como fertilizante para estimulação de plantas e crescimento de fruto e/ou para extensão do tempo de vida de fruta e sementes.
  22. 22. Utilização de uma composição de acordo com qualquer das reivindicações de 1 a 20, para tratamento de infeções de infeções de oídio.
PT97861017T 2008-08-04 2009-08-03 Composição agroquímica, método para a sua produção e suas utilizações no tratamento de culturas PT2320730E (pt)

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
ITMI2008A001458A IT1391095B1 (it) 2008-08-04 2008-08-04 Una composizione per impiego in agricoltura, metodo per la sua preparazione e suoi usi nel trattamento delle colture

Publications (1)

Publication Number Publication Date
PT2320730E true PT2320730E (pt) 2015-01-14

Family

ID=40677744

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT97861017T PT2320730E (pt) 2008-08-04 2009-08-03 Composição agroquímica, método para a sua produção e suas utilizações no tratamento de culturas

Country Status (12)

Country Link
US (1) US9480255B2 (pt)
EP (1) EP2320730B1 (pt)
AU (1) AU2009278896B2 (pt)
CO (1) CO6351687A2 (pt)
ES (1) ES2526968T3 (pt)
HR (1) HRP20141254T1 (pt)
HU (1) HUE024108T2 (pt)
IT (1) IT1391095B1 (pt)
MX (1) MX2011001252A (pt)
NZ (1) NZ591546A (pt)
PT (1) PT2320730E (pt)
WO (1) WO2010015913A2 (pt)

Families Citing this family (3)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
GB201218954D0 (en) * 2012-10-22 2012-12-05 Norwegian University Of Life Sciences The Composition
DE102016004627A1 (de) * 2016-04-15 2017-10-19 Spiess-Urania Chemicals Gmbh Fungizides-Bakterizides Pflanzenschutzmittel
CN112980905B (zh) * 2021-03-11 2021-12-17 烟台泓源生物肥料有限公司 一种壳寡糖的制备方法

Family Cites Families (11)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US4048324A (en) * 1973-12-28 1977-09-13 Armand Kohn Fungicidal composition and method
US3961932A (en) * 1974-01-07 1976-06-08 Ciba-Geigy Corporation Process for coating granular fertilizers with chelated micronutrients
WO1989007395A1 (en) * 1988-02-19 1989-08-24 Bentech Laboratories, Inc. Treatment of plants with salts of chitosan
IL119188A (en) * 1995-09-14 2000-08-31 Bioestimulantes Organicos Lda Formulation and method to increase resistance of plants to pathogenic agents and environmental stress
US5965545A (en) * 1996-10-15 1999-10-12 State Of Israel, Ministry Of Agriculture, Agricultural Research Organization, The Volcani Center Compositions and method for controlling fungal disease in plants
US5993504A (en) 1997-11-25 1999-11-30 Hampshire Chemical Corp. Plant micronutrient chelating surfactant compounds
US6407040B1 (en) * 1998-02-20 2002-06-18 Vanson, Inc. Composition and method for reducing transpiration in plants
DE69928013T2 (de) * 1998-11-24 2006-07-27 Safescience, Inc., Boston Chitosan-metall-komplexe und sie verwendende verfahren zur bekämpfung von mikrobiellem wachstum auf pflanzen
PL189890B1 (pl) * 1999-09-14 2005-10-31 Kazmierski Jan Zaklad Prod Usl Preparat do ochrony roślin przed chorobami
JP2001316204A (ja) * 2000-04-28 2001-11-13 Kao Corp 植物活力剤
DE10107714A1 (de) * 2001-02-19 2002-08-22 Cognis Deutschland Gmbh Adjuvantien für biologische Pflanzenschutzmittel

Also Published As

Publication number Publication date
ES2526968T3 (es) 2015-01-19
US20110160060A1 (en) 2011-06-30
EP2320730B1 (en) 2014-10-08
AU2009278896A1 (en) 2010-02-11
HUE024108T2 (en) 2016-02-29
ITMI20081458A1 (it) 2010-02-05
AU2009278896B2 (en) 2013-11-21
WO2010015913A3 (en) 2010-07-15
NZ591546A (en) 2012-08-31
US9480255B2 (en) 2016-11-01
HRP20141254T1 (hr) 2015-04-10
IT1391095B1 (it) 2011-11-18
CO6351687A2 (es) 2011-12-20
EP2320730A2 (en) 2011-05-18
WO2010015913A2 (en) 2010-02-11
MX2011001252A (es) 2011-05-19

Similar Documents

Publication Publication Date Title
BRPI0717673B1 (pt) composição de oligogalacturonanas, biomaterial e têxtil
CN103283725A (zh) 含氨基寡糖素和井冈霉素的杀菌组合物及其应用
KR20060015600A (ko) 항균ㆍ항바이러스 조성물
PT2320730E (pt) Composição agroquímica, método para a sua produção e suas utilizações no tratamento de culturas
KR100480488B1 (ko) 흰가루병 방제 조성물
KR100753360B1 (ko) 키토산 올리고당을 함유하는 식물병 방제용 조성물
CN102919268A (zh) 含有寡糖与含硫杀菌成分的组合物
JPH03135904A (ja) 植物衛生用組成物、その調製方法及びその隠花植物性病気に対する用途
WO2003028455A1 (en) Compositions for the treatment and prevention of plant pathogens
KR19990030815A (ko) 키틴, 키토산 및 목초액을 함유하는 액상복합비료
CN112772651A (zh) 一种寡聚半乳糖醛酸与春雷霉素的组合杀菌剂及应用
CN105766912B (zh) 一种壳聚糖制剂及其在防治水稻稻曲病中的应用
CN103651409A (zh) 一种含噁霉灵和寡壳糖的杀菌组合物及应用
JPH05137463A (ja) 果実の鮮度保持剤
CN104671953A (zh) 一种农用杀菌消毒剂的制备方法
CN107668067B (zh) 一种哌虫啶的农药组合物及其制备方法
JPH0249704A (ja) 植物生育促進剤製造法
RU2202187C1 (ru) Композиция и способ борьбы с грибными заболеваниями подсолнечника
CN113274327A (zh) 一种氨基酸泡沫洗手液及其制备方法
RU2133568C1 (ru) Способ предпосевной обработки семян
CN117751948A (zh) 一种复合消毒剂及其制备方法与应用
WO2023181004A1 (en) Mixture for antifungal, antibacterial and antiviral treatment
RU2525200C1 (ru) Средство для защиты и заживления ран деревьев
KR20150127418A (ko) 오이 흰가루병 및 오이 노균병 방제를 위한 친환경 방제제 조성물 및 이의 제조방법
CN115702640A (zh) 一种具有诱导抗性和ros响应的农药缓释制剂及其制备方法和应用