PT2236307E

PT2236307E - Produção de papel de transferência para a impressão por jato de tinta

Info

Publication number: PT2236307E
Application number: PT09004614T
Authority: PT
Inventors: Zvonimir Martinovic
Original assignee: Azourite Ventures Ltd
Priority date: 2009-03-30
Filing date: 2009-03-30
Publication date: 2012-10-25
Also published as: ES2391803T3; DK2236307T3; EP2236307A1; HRP20120838T1; CY1113213T1; CN102448731A; RS52506B; PL2236307T3; SI2236307T1; US20120160119A1; JP2012521909A; WO2010112507A1; EP2236307B1; AU2010230208A1; CA2757235A1

Description

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DESCRIÇÃO

"PRODUÇÃO DE PAPEL DE TRANSFERÊNCIA PARA A IMPRESSÃO POR JATO DE TINTA" A presente invenção refere-se a um processo para a produção de papel de transferência, ao papel de transferência produzido e ao processo para a impressão por transferência. A impressão por transferência designa a impressão em diferentes materiais, tais como têxteis, com o auxilio de papel de transferência. 0 papel de transferência é revestido com pigmentos, que subsequentemente com uma impressora de transferência térmica por sublimação são transferidos para os materiais a serem impressos. A WO 00/06392 divulga um papel de transferência particularmente para impressão por jato de tinta, que pelo menos na face a imprimir está provido de uma camada de desbloqueio ou de bloqueio, sendo que a camada apresenta uma porosidade de no máximo 100 ml/min. A US 2001/031344 divulga um processo para a produção de papel de transferência, em que a tinta é aplicada sobre um recetor.

Uma desvantagem que surge frequentemente no papel de transferência conhecido consiste no facto de os pigmentos aplicados por exemplo por impressão por jato de tinta borrarem. Este problema surge mesmo no caso de papel de transferência, que antes da aplicação dos pigmentos tenha sido revestido polímeros hidrófilos, tais como celulose de carboximetilo. 2

Surpreendentemente verificou-se que no caso do revestimento do papel de transferência com líquidos aquosos, que contêm poliacrilato de amónio, a desvantagem acima referida pode ser pelo menos largamente prevenida.

Por conseguinte um primeiro aspeto da presente invenção refere-se a um processo de produção de papel de transferência, particularmente para a impressão por jato de tinta, compreendendo as seguintes etapas: (a) aplicação de um primeiro líquido aquoso sobre a frente de um papel a imprimir, sendo que o primeiro líquido aquoso contém poliacrilato de amónio, e, secagem subsequente, e, (b) eventualmente aplicação de um segundo líquido aquoso sobre o verso do papel e secagem subsequente, sendo que o segundo líquido aquoso eventualmente contém poliacrilato de amónio. A matéria-prima utilizada para a produção do papel de transferência é um papel comum, por exemplo papel branco ou não branqueado, com um peso de habitualmente 60-140 g, particularmente 80-120 g por m2 de papel.

De acordo com a etapa (a) do processo de acordo com a presente invenção a frente a imprimir, quer dizer a face, que subsequentemente é revestida com pigmentos, é colocada em contacto com um primeiro líquido aquoso, que contém poliacrilato de amónio. O poliacrilato de amónio utilizado para o revestimento habitualmente apresenta um peso molecular médio de 500 Da ou superior, por exemplo de 1000-1500 Da e particularmente de 1000-1200 Da. Preferencialmente o primeiro líquido aquoso contém 3 poliacrilato de amónio numa percentagem de 10-50% em peso, particularmente numa percentagem de 20-40% em peso relativamente ao peso total do liquido. 0 primeiro liquido aquoso pode ser aplicado por processos convencionais, por exemplo por meio de um raspador tal como uma lâmina raspadora ou um raspador de cilindros ou por aspersão. Após a aplicação o papel habitualmente é seco a uma temperatura elevada, por exemplo 40-80°C. A etapa (b) preferencialmente compreende a aplicação de um segundo liquido aquoso no verso do papel e secagem subsequente. Preferencialmente o segundo liquido aquoso contém um polimero orgânico hidrófilo, particularmente poliacrilato de amónio. O segundo liquido aquoso contém poliacrilato de amónio ou um outro polimero orgânico preferencialmente numa percentagem de 5 a 30% em peso, particularmente numa percentagem de 10 a 20% em peso relativamente ao peso total do liquido. A aplicação do segundo liquido aquoso e a secagem subsequente podem ser realizadas de acordo com os processos conhecidos tal como no caso do primeiro líquido. O primeiro e eventualmente o segundo liquido aquoso habitualmente são aplicados numa quantidade de 10-40 g, particularmente de 15-25 g por m2 sobre o papel, sendo que de acordo com algumas formas de realização podem igualmente ser aplicadas quantidades mais elevadas ou mais reduzidas. Além disso, preferencialmente o poliacrilato de amónio é aplicado numa quantidade de 1-25 g, particularmente de 2-20 g em peso seco sobre a frente do papel. Sobre o verso o poliacrilato de amónio (ou um outro polimero hidrófilo) preferencialmente é aplicado numa quantidade de 0,5-15 g, particularmente de 1-10 g em peso seco. 4 0 primeiro liquido aquoso e eventualmente igualmente o segundo liquido aquoso podem apresentar um valor de pH neutro a alcalino, por exemplo um valor de pH h 7, por exemplo á 9. 0 primeiro liquido aquoso além do poliacrilato de amónio eventualmente pode igualmente conter aditivos adicionais, por exemplo agentes aditivos orgânicos tais como SÍO2 ou silicatos, aditivos orgânicos, particularmente polímeros orgânicos tais como derivados de celulose, por exemplo celulose de carboximetilo e/ou substâncias orgânicas de baixo peso molecular voláteis, particularmente poliálcoois, tais como a glicerina. De acordo com formas de realização particularmente preferidas os aditivos são selecionados de entre: (i) S1O2 ou silicatos, por exemplo em percentagens de 10-50% em peso, particularmente de 10-30% em peso; (ii) derivados de celulose, tais como a celulose de carboximetilo, por exemplo em percentagens de 5-25% em peso, particularmente de 5-15% em peso; (iii) poliálcoois tais como a glicerina, por exemplo em percentagens de 5-25% em peso, particularmente de 10-20% em peso, sendo que as partes em peso respetivamente são relativas ao peso total do primeiro líquido.

Além dos aditivos acima referidos o restante líquido preferencialmente é constituído por água. A percentagem de água no primeiro líquido preferencialmente é ^ 50% em peso, particularmente > 70% em peso. Preferencialmente não há presença de solventes orgânicos voláteis. 5

Em seguida são indicados exemplos específicos preferidos para líquidos aquosos de acordo com a presente invenção para o revestimento da frente do papel: Líquido de revestimento 1

Si02 coloidal NaOH Poliacrilato de amónio Resto H20 10-30% em peso 0,1-0,5% em peso 20-40% em peso Líquido de revestimento 2 5-15% em peso 10-20% em peso 20-40% em peso

Celulose de carboximetilo Glicerina

Poliacrilato de amónio Resto H20

Um exemplo preferido de um líquido aquoso para o revestimento do verso do papel é o seguinte:

Poliacrilato de amónio 10-20% em peso Resto H20

Um aspeto adicional da presente invenção é a utilização de um líquido aquoso, que contém poliacrilato de amónio, para a produção de papel de transferência, particularmente para a impressão por jato de tinta. 0 líquido aquoso pode ser utilizado para o revestimento da frente e/ou do verso de papel de transferência conforme acima descrito. 6

Um outro aspeto adicional da presente invenção é um papel de transferência, particularmente para a impressão por jato de tinta, que na frente a imprimir e eventualmente no verso é revestido com poliacrilato de amónio, particularmente nas quantidades acima referidas, por exemplo numa quantidade de 1-25 g por m2 de papel na frente e por exemplo de 0,5-15 g por m2 de papel no verso. O revestimento, particularmente o revestimento da frente, além disso conforme acima referido pode igualmente conter aditivos adicionais.

Um outro aspeto adicional da presente invenção é um processo para a impressão de papel de transferência, sendo que é aplicada uma camada de pigmentos sublimáveis sobre a frente de um papel de transferência conforme acima descrito, por exemplo por impressão por jato de tinta. Os pigmentos podem ser aplicados em tintas de impressão convencionais com os dispositivos convencionais, por exemplo impressoras por jato de tinta, de acordo com os processos conhecidos. Após a aplicação o papel de transferência impresso é seco à temperatura ambiente ou a uma temperatura elevada de até 80°C. Surpreendentemente verificou-se que os pigmentos durante a aplicação e durante a secagem não apresentaram qualquer tendência para borrar. O papel de transferência impresso pode ser utilizado para a impressão em objetos, particularmente em têxteis, de modo conhecido.

Ainda um outro aspeto adicional da presente invenção é um papel de transferência impresso para a impressão em objetos, particularmente têxteis, que na respetiva frente é 7 revestido com pigmentos sublimáveis e com poliacrilato de amónio.

Os têxteis a imprimir habitualmente não são coloridos ou são brancos. Contudo eventualmente podem igualmente ser utilizados têxteis pré-coloridos. Habitualmente trata-se de têxteis, que contêm uma percentagem de pelo menos 50-60% em peso de fibras de poliéster e/ou fibras de poliamida ou revestidos com poliéster e/ou poliamida.

Surpreendentemente com o papel de transferência de acordo com a presente invenção podem igualmente ser revestidos têxteis extensíveis sem borrar. Para este efeito convenientemente é utilizado um primeiro liquido de revestimento, que além do poliacrilato de amónio contém um poliálcool, tal como a glicerina e/ou um derivado de celulose, tal como celulose de carboximetilo. O papel revestido com um liquido da referida natureza mediante aquecimento adere no material a imprimir, de modo que é possivel uma transferência de cor do papel para o material a imprimir por meio de processos de impressão por cilindros convencionais sem borragem dos pigmentos.

Ainda um outro aspeto da presente invenção é um processo para a impressão em objetos, particularmente têxteis, caracterizado por o objeto a imprimir ser colocado em contacto com um papel de transferência conforme acima descrito a uma temperatura elevada, por exemplo de 160-240°C, de modo que os pigmentos sublimáveis são transferidos do papel de transferência para o objeto a imprimir.

Lisboa, 17 de outubro de 2012

Claims

1 REIVINDICAÇÕES 1. Processo para a produção de papel de transferência, particularmente para a impressão por jato de tinta, compreendendo a seguinte etapa: aplicação de um primeiro líquido aquoso sobre a frente de um papel a imprimir, sendo que o primeiro líquido aquoso contém poliacrilato de amónio, e, secagem subsequente.

2. Processo de acordo com a reivindicação precedente 1, adicionalmente compreendendo a seguinte etapa: aplicação de um segundo líquido aquoso sobre o verso do papel e secagem subsequente, sendo que o segundo líquido aquoso eventualmente contém poliacrilato de amónio.

3. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes 1 ou 2, caracterizado por o primeiro líquido aquoso conter poliacrilato de amónio numa percentagem de 10-50% em peso relativamente ao peso total do líquido.

4. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes 1 a 3, caracterizado por o primeiro e eventualmente o segundo líquido aquoso serem aplicados numa quantidade de 10-40 g por m2 sobre o papel.

5. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes 1 a 4, caracterizado por o poliacrilato de amónio ser aplicado numa quantidade de 1-25 g em peso seco sobre a frente do papel. 2

6. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes 1 a 5, caracterizado por o primeiro e eventualmente o segundo liquido aquoso apresentarem um valor de pH á 7.

7. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes 1 a 6, caracterizado por o primeiro liquido aquoso conter aditivos adicionais.

8. Processo de acordo com a reivindicação precedente 7, sendo que os aditivos adicionais são selecionados de entre: (i) SiC>2 ou silicatos; (ii) derivados de celulose, tais como a celulose de carboximetilo; (iii) poliálcoois tais como a glicerina.

9. Utilização de um liquido aquoso, que contém poliacrilato de amónio, para a produção de papel de transferência.

10. Papel de transferência, caracterizado por na frente a imprimir e eventualmente no verso ser revestido com poliacrilato de amónio.

11. Processo para a impressão de papel de transferência, caracterizado por ser aplicada uma camada de pigmentos sublimáveis sobre a frente de um papel de transferência de acordo com a reivindicação 10.

12. Processo de acordo com a reivindicação precedente 11, sendo que é aplicada uma camada de pigmentos sublimáveis por impressão por jato de tinta. 3

13. Papel de transferência impresso para a impressão em objetos, caracterizado por na respetiva frente ser revestido com poliacrilato de amónio e com pigmentos sublimáveis.

14. Processo para a impressão em objetos, caracterizado por o objeto a imprimir ser colocado em contacto com o papel de transferência de acordo com a reivindicação 13 a uma temperatura elevada, de modo que os pigmentos sublimáveis são transferidos do papel de transferência para o objeto a imprimir.

15. Processo de acordo com a reivindicação precedente 14, caracterizado por a transferência dos pigmentos do papel para o objeto a imprimir ser realizada por impressão por cilindros. Lisboa, 17 de outubro de 2012