PT2199479E - Construção de baixa energia e processo de construção - Google Patents

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Description

1
DESCRIÇÃO "CONSTRUÇÃO DE BAIXA ENERGIA E PROCESSO DE CONSTRUÇÃO"
Campo Técnico A invenção refere-se à construção de edifícios utilizados para habitações, escritórios, usos comerciais e industriais. Mais especificamente, a invenção refere-se a uma construção que necessita de pouca energia para a sua utilização e para a sua construção, e a um método para construir um tal edifício.
Descrição do estado da técnica 0 aquecimento de edifícios residenciais ou de uso comercial é uma parte importante do consumo de energia. Aproximadamente 40% da energia consumida pela humanidade é usada em aquecimento de edifícios. Torna-se cada vez mais desejável minimizar perdas energéticas. Muitos esforços têm sido feitos nos últimos anos: o isolamento do telhado através da instalação de camadas de fibras de vidro, o uso de janelas com vidros duplos ou triplos, a utilização de paredes duplas com um vácuo no qual se insere um painel de isolamento. Os painéis de isolamento utilizando fibras minerais ou espuma não são sempre a solução ideal porque estes painéis são fornecidos em dimensões predeterminadas, e devem ser cortados de acordo com as necessidades específicas do edifício. O corte, a montagem e a instalação de painéis requer conhecimento e tempo. Imprecisões no corte, montagem ou acoplamento causam perdas de calor. Finalmente, o corte de painéis em dimensões previamente estabelecidas resulta sempre numa quantidade de sobras.
Conhecemos através do documento W02005/042854 uma fundação para um edifício. Uma laje de betão 101 é vertida em blocos 2 de poliestireno expandido 102, 102A, com uma espessura compreendida entre 20 e 30 cm. Entre dois blocos deste tipo, uma viga de reforço 103 na laje de betão 100 assegura o suporte da carga para o chão 108. Esta viga 103 cria pontes térmicas entre o piso 108 e o interior do edifício. Além disso, como mostra a Figura 3 deste documento, na periferia do edifício, as vigas periféricas 303, associadas com as paredes verticais 301, criam uma nova pontes térmica. Finalmente, a laje 101 não age como a fundação do edifício, mas requer, principalmente em solos moles, uma estrutura de fundação subjacente (elementos 203 e 204 das Figuras 2 e 3). Estes elementos, por sua vez, requerem uma forma de escavação complexa, e isto exclui a automatização e a industrialização do processo. Este documento aborda apenas uma parte do problema energético de um edifício, nomeadamente o seu isolamento do solo subjacente, mas não aborda o problema global do edifício. É conhecida, através da EP1607537, uma estrutura de um edifício em que vigas de madeira 20 formam a armação. Painéis de madeira 21 e 22 são aplicados dentro e fora desta armação. Poliuretano líquido é injetado nos espaços vazios assim formados, e forma uma espuma, que proporciona o isolamento. Neste edifício, as vigas 20 são pontes térmicas entre o interior e o exterior do edifício. Além disso, as vigas 37 unem-se com as paredes verticais da fundação do edifício e ao nível da fundação a continuidade do isolamento não está assegurada. Na verdade, é necessário adicionar uma camada de material isolante (elemento 42 da Figura 3) para assegurar o isolamento. Estes elementos têm de ser cortados à medida, o que representa mão-de-obra, e pode ser ineficaz se o corte e colocação não forem executados com precisão. Mais uma vez, estes requisitos excluem a industrialização do processo. 3
Conhecemos através da WO95/04197 uma estrutura leve de edifício que consiste em construir uma armadura de madeira com um isolante que engloba o edifício.
Existe, portanto, uma necessidade de um edifício que garanta um bom isolamento térmico, que seja fácil de construir, requerendo pouca mão-de-obra, e de um método de construção de um edifício que permita a industrialização do processo de construção.
Resumo da invenção A presente invenção visa proporcionar eficiência energética aos edifícios, com rapidez e eficácia. Sem juntas contínua.
Num primeiro aspeto, a invenção refere-se a um método de construção de um edifício que compreende as etapas de: a) realizar uma escavação; b) aplicar uma camada de limpeza nas paredes de fundo e verticais da escavação; c) aplicar uma camada de espuma isolante sobre a dita camada de limpeza; d) verter uma laje na referida camada de espuma isolante; e) construir uma armação na dita laje; f) montar as faces internas das paredes no interior da referida armação; g) pulverizar uma barreira de vapor na face exterior da referida parede interna; h) aplicar por pulverização uma camada de espuma isolante sobre a referida barreira de vapor. A armação é uma armação estrutural leve, feita em madeira ou em perfil metálico. 4
Pode vantajosamente envolver-se a armação leve com uma lona, para permitir que a construção continue em caso de intempéries, em extensões fixas à armação.
De preferência, instalam-se as utilidades, tais como os tubos para a água e eletricidade e/ou pelo menos uma moldura de porta ou de janelas antes da etapa (h).
Num segundo aspeto, a invenção refere-se a um edifício com baixo consumo de energia compreendendo: - uma fundação compreendendo uma camada de espuma isolante a apoiar uma laje; - uma armação que pousa na referida laje; - uma face interior do telhado e das paredes aplicada ao interior da armação estrutural leve; uma camada de uma espuma isolante da superstrutura aplicada na face exterior das paredes internas, sendo a dita camada de espuma isolante da fundação e a dita camada de espuma isolante da superstrutura contíguas de modo a formar um invólucro contínuo, englobando o edifício.
De preferência a laje é efetuada com uma espessura tal que constitui uma massa de inércia térmica para o edifício. A laje, de preferência, é feita em betão e com uma espessura maior do que 20 cm.
As camadas de espuma isolante da fundação e de superstrutura têm preferencialmente uma espessura de entre 20 cm e 40 cm e mais preferencialmente entre 30 e 60 cm. 5
Breve Descrição dos Desenhos A Fig. 1 é uma vista esquemática em corte das fundações de um edifício de acordo com a invenção, durante a construção. A Fig. 2 é uma vista esquemática em corte de um edifício de acordo com a invenção, numa fase posterior da construção. A Fig. 3 é uma vista em perspetiva de uma porção de um edifício de acordo com a invenção após a etapa (f) da construção. A Fig. 4 é uma vista em perspetiva desta mesma porção, após a etapa (h) da construção.
Descrição detalhada das formas de realização da invenção
Fazendo referência à Fig. 1, descrevemos a seguir cada uma das etapas de (a) até (h) do processo de construção da invenção.
Etapa a: Uma escavação é primeiro cavada no chão 10. Esta escavação pode ser de um ou mesmo dois níveis de profundidade, ou de acordo com as necessidades do edifício e as condições naturais do solo, reduzido ao mero nível do solo. Esta escavação 20 é de forma simples, ou seja, sob a forma de uma placa horizontal ao longo da totalidade da extensão do edifício. Uma máquina de terraplanagem controlada automaticamente pode realizar esta escavação 20 e criar a forma desejada com um erro de poucos centímetros. A escavação 20 pode assim servir como um molde para as operações seguintes. Os drenos podem ser colocados no perímetro da escavação 20 bem como os materiais de filtro que os circundam. Um sistema para troca de calor pode, eventualmente, ser implementado na base 22 da escavação 20 6 para conseguir um "poço canadiano" limitado à pegada do edifício, ou prolongado para além dela.
Etapa b: Uma fina camada de betão (por exemplo de 2 a 5 cm) de limpeza 23 é vertida no fundo 22 da escavação, ou pulverizada sobre as paredes verticais 24 da mesma. Esta camada de limpeza 23 pode ser feita de betão, por exemplo de micro agregados de betão (betão no qual os granulados são de pequenas dimensões) adequado a camadas finas, opcionalmente reforçado com fibra na sua massa. No micro betão, pode projetar-se uma barreira de vapor impermeável, por exemplo com base em emulsão betuminosa e de látex tendo de 2 a 3 mm de espessura, ou por exemplo um elastómero de alta resistência mecânica com elevado alongamento à rutura, ou impermeável sem ser barreira de vapor tal como um produto de poliuretano como seja o Baytec® da Bayer. A escolha do produto é determinada pelos valores da função de barreira de vapor pretendida em função dos padrões climáticos e interiores do edifício.
Etapa c: Após a coagulação ou polimerização e secagem, pode então ser aplicada por pulverização ou vazamento uma camada 40 de espuma isolante. Os processos e produtos para pulverização de espuma de poliuretano são bem conhecidos. Os produtos das empresas Bayer (linha de produtos Baymer®), BASF (marca Elastogran Reacttherm®), DOW (marca Dow SPF) , produzem sistemas de resina multi-componente especif icamente formulados para os usos e as características desejados, permitindo produzir em oficina ou no local espumas rígidas de isolamento. Tipicamente, as espumas resultantes podem ter as seguintes características: - densidade: 30 to 60 kg/m3
- condutividade térmica A: 0,018 a 0,028 W/m.K - estabilidade dimensional: < 1 a 2% 7 - células fechadas: 94 a 98% - resistência à pressão: 150 a 350 kPa - resistência à tração: 300 a 450 kPa
- resistência à temperatura: - 50.. + 110 a -170.. + 125°C A camada de espuma isolante 40 tem uma porção superior 42 que pode vantajosamente estender-se alguns centímetros ou algumas dezenas de centímetros acima do solo 10. Alguns acessórios externos devem prolongar-se no edifício (por exemplo uma rede de "poços canadianos") podem ser objeto de uma cofragem especial sem espuma, ou, inversamente, a formação de espuma pode ser prolongada em continuidade sobre estas extensões para as isolar. A estrutura do edifício da invenção é mais leve do que a construção tradicional, por conseguinte, a estabilidade da fundação assim formada não é um problema.
Etapa d: Podemos, então, implementar todos os eventuais acessórios e reforços de betão (armações), qualquer sistema de esgoto ou abastecimento (de água, energia elétrica), acessórios diversos, tais como permutadores de calor da água de escoamento que recuperam o calor da mesma, e os alargamentos da estrutura. Podemos também posicionar peças que servem como base para futuras colunas. A laje de fundação 50 é então vertida sobre a camada de espuma isolante 40. Esta laje de fundação 50 pode vantajosamente ser uma laje espessa, por exemplo, com de 20 a 35 cm de espessura ou mais. Não é necessário um reforço da laje com aço, uma vez que a maioria da sua resistência é obtida pela sua massa. Deve ser feita num material que pode ser vazado, com um ou mais componentes, ter resistência suficiente para suportar a carga da estrutura que vai suportar, e ter uma inércia térmica elevada. 0 betão, e especialmente betão pobre em cimento, e pouco reforçado por inclusão de fibras na sua massa, é o material de escolha, mas pode produzir-se a laje em outros materiais, tais como detritos triturados unidos por uma resina. A terra batida pode também ser adequada para as construções leves.
Etapa e: Quando a laje de fundação 50 estiver sólida, é montada sobre esta uma armação leve, mostrada esquematicamente na Fig. 2. Esta pode ser de madeira ou de metal. As estruturas e os métodos de montagem de tais estruturas são bem conhecidos, por exemplo estruturas de madeira unidas por peças de marca BAT, ou perfis ARCELOR laminados a frio de aço galvanizados e pré-perfurados para montagem. Perfis a frio de chapa galvanizados a quente, fornecidos por exemplo pela companhia Sadef, são adequados para esta estrutura. Os pilares verticais 60 são levantados na fundação da laje de fundação 50, e fixados nos alargamentos ou na própria laje. As vigas 70 são montadas nesses pilares verticais. As vigas 70 e os elementos da estrutura do telhado podem ser vantajosamente porções estendidas da extensão 80, denominados "antenas". Estas extensões podem executar três funções: permitem colocar, estabilizar e construir uma estrutura de suporte que facilita o acesso à estrutura. Elas permitem posicionar e fixar os elementos estruturais que incluem uma cobertura leve e temporária que protege o edifício em construção e os trabalhadores contra as intempéries e outras variações climáticas, contra pessoas não autorizadas e os ladrões. As antenas 80 também podem ser adequadamente posicionadas para formar carris, cuja função é descrita abaixo. As antenas 80 podem ser extensões da armação leve, mas podem vantajosamente ser enroscadas como hastes sobre a armação leve, mas podem de preferência ser hastes aparafusadas nos meios de fixação da armação, de modo a poderem ser desaparafusadas no final da construção. A estrutura é então 9 equipada com contraventamentos estruturais e caixilhos destinados a receber as portas ou janelas, e acessórios diversos conforme necessário.
Etapa f: Podem então ser instalados, no interior da armação, os painéis 90 que formam o aspeto interior do edifício. Estes painéis podem ser, por exemplo placas de gesso (conhecidas como Placoplatre® ou Gyproc), placas ou painéis de madeira. As diversas redes, (como canalização, eletricidade, aquecimento etc.) podem então ser instaladas. Esta tarefa é muito facilitada, tanto a partir do interior como do exterior do edifício, tanto ao nível do solo como dos andares, pelo dispositivo de andaimes periféricos. Como é sabido, um chão de acabamento pode ser colocado sobre a laje após a instalação das condutas de aquecimento no chão. O aquecimento do chão pode armazenar calor na laje 50, ela própria isolada do solo, dando assim uma excelente estabilidade térmica ao edifício. As estruturas das janelas e das portas são colocadas nas paredes antes da pulverização da espuma isolante. As estruturas das janelas são vantajosamente entregues no local de construção pré-montadas com seus painéis circundantes. Os painéis circundantes são projetados bastante grandes, servindo como painéis de acabamento tanto dentro e fora. Eles são vantajosamente feitos a partir de perfis contínuos, sendo cortados, montados e colados, com largura adaptada à espessura total da parede, e com alguns centímetros de espessura, moldados de forma a proporcionar tolerâncias e linhas de referência ou rebordos ou ranhuras para posicionar as molduras (por exemplo molduras simples com vidro duplo), ou molduras (por exemplo molduras duplas com 2 vidros duplos) proporcionando uma forma simples de instalar duas molduras padrão, como nas casas em países frios, para obter um excelente isolamento térmico. Esses 10 perfis e molduras são vantajosamente feitos de espuma de poliuretano, de alta densidade, também chamado de "estrutural" ou espuma "pele", permitindo uma variedade de acabamentos, enquanto exibe excelentes caracteristicas de isolamento. Uma vez em posição, antes da colocação da espuma, a moldura exibe um transbordo para fora permitindo completar a pulverização da espuma em e a ligação química com a moldura e, por conseguinte, assegurando uma continuidade ótima das funções de isolamento, das funções de barreira de vapor na face interior, da relativa permeabilidade ao vapor na face externa, da impermeabilidade ao ar e da impermeabilidade à chuva e infiltração de água capilar.
Etapa g: Na etapa seguinte, é aplicada sobre a superfície exterior dos painéis 90, uma barreira de vapor. Esta barreira de vapor pode ser obtida por exemplo, com a pulverização de uma mistura de 80% de betume com 20% de látex. A barreira de vapor do edifício é aplicada no local onde a sua função é necessária, isto é, entre a camada de isolamento e o lado quente, no interior do edifício.
Etapa h: Na etapa seguinte, uma camada de espuma isolante 40 é aplicada sobre toda a superfície exterior do edifício. Esta aplicação é feita por pulverização (também designada por pulverização, projeção ou disparo) . No caso de superfícies horizontais, pode-se também proceder por vazamento. Esta camada está ligada ao topo 42 do isolamento de espuma 40 da fundação, e passa a cobrir as paredes e o telhado. O edifício é, então, totalmente encapsulado num revestimento isolante, uma camada contínua desde a fundação à cobertura, incluindo todas as paredes laterais. As aberturas são apenas as caixas previstas para portas e janelas. Para facilitar o trabalho de pulverização, e 11 obtenção de uma camada de espessura uniforme, o utensílio de pulverização pode ser instalado em calhas de guia cujas posições são definidas pelas antenas 80. Um operador experiente consegue uma superfície plana e lisa. Podemos, se desejado, utilizar uma lixadeira para lixar as ondulações da superfície pulverizada e as rugosidades residuais. A Fig. 3 é uma vista em perspetiva de uma porção de um edifício de acordo com a invenção após a etapa (f) da construção. Além dos elementos já descritos, é mostrado o dreno 130 e o material de filtro 140 que o rodeia. A viga perimétrica 150 rodeia o edifício. Depois da instalação das utilidades elétricas 160 e outras, cujos tubos são aplicados no lado exterior do painel 90, aplica-se uma barreira de vapor sobre esta face externa. As condutas de aquecimento do piso 170 são instaladas na laje 50 antes da colocação do piso acabado 180. A Fig. 4 é uma vista em perspetiva desta mesma porção, após a etapa (h) de construção. A camada de espuma isolante 40 foi estendida para toda a superfície exterior do edifício, incluindo telhado. Os perfis de madeira ou metal 190 são fixados diretamente na espuma 40, e suportam as telhas 200. Um perfil de pré-moldado 210 suporta a porção inferior da telha. A face exterior 220 da camada isolante 40 nas paredes verticais está pronta para receber uma camada de acabamento de gesso como descrito acima, ou um verniz de tijolo ou cimento. Utilidades como condutas elétricas, ou aspiração central podem vantajosamente passar pelas passagens 230 na camada de espuma isolante 40. O edifício assim construído está perfeitamente isolado. Também é impermeável a fugas de ar que são típicas de 12 painéis de isolamento, e isto acontece ao longo de toda a espessura da camada de isolamento, e ao longo de toda a extensão da parede do edifício. Também é impermeável à chuva e a vários elementos atmosféricos. Resta assegurar o acabamento exterior das paredes verticais e do telhado. Os acabamentos das paredes verticais são escolhidos de acordo com o gosto ou outros requisitos. Podemos aplicar um estuque clássico por aplicação de um primário de aderência e possivelmente incorporando uma tela de reforço de fibra no estuque. Este estuque pode descer até cobrir a parte superior da camada de limpeza aplicada sobre a periferia da escavação. Podemos também instalar qualquer tipo de revestimento no telhado com placas aderentes ou com fixação mecânica de suporte sobre a superfície da espuma ou encaixar os perfis na espuma. Painéis pesados podem ser fixados aos painéis de suporte, onde estes painéis podem ser formados por duas placas paralelas, 15 x 15 centímetros de superfície cada, separadas por cerca de 20 cm preenchidos por espuma de poliuretano de alta densidade. A qualidade de isolamento da espuma evita qualquer ponte térmica entre as placas, e a resistência mecânica da espuma permite cargas com uma rutura em tração de mais de 600 kg. Cada placa é vantajosamente provida de meios de fixação mecânicos, tais como furos, furos roscados, mangas ou outras características apresentações que sigam as peças indicadas e que a elas se fixem. As placas são colocadas no lugar através da fixação de uma das placas sobre a estrutura de suporte no interior da camada isoladora e antes da aplicação da mesma, de tal modo que a camada de isolamento será continuamente pulverizada e unida ao isolamento entre as placas. Os acessórios de montagem da placa serão, por conseguinte, utilizados na superfície externa da camada de isolamento, sem qualquer ponte térmica com o interior. 13 0 edifício construído seguindo a invenção tem muitas vantagens: o isolamento está localizado onde é mais eficaz, ou seja, no lado exterior do edifício, englobando um máximo de massa térmica. 0 produto isolante tem o melhor coeficiente de resistência térmica conhecida, é contínuo, sem juntas ou pontes térmicas, permitindo uma construção sem os inconvenientes dos outros materiais e processos utilizados; o material da camada de isolamento fornece a funcionalidade de vedante permitindo qualquer revestimento de paredes e telhado, e permitindo a colocação de diversos acessórios (por exemplo, como os painéis recetores solares) sem a necessidade de que eles sejam estanques; a aplicação de uma camada de material contínuo isolante, no local, por pulverização, e as suas características estruturais constituem um revestimento homogéneo e coeso que participa no comportamento estrutural, evitando os choques térmicos nos materiais que tenham uma função técnica, eliminando os ruídos exteriores, os ruídos entre os materiais, os barulhos do vento e das passagens de ar. 0 edifício oferece então um melhor isolamento acústico em relação aos ruídos externos. 0 método de montagem permite a construção com trabalho não qualificado para a maioria das tarefas.
Em regiões de gelos permanentes, em que a estabilidade do edifício é garantida pelo solo permanente gelado, o isolamento da fundação da invenção evita a perda de calor para baixo, o que poderia descongelar o chão e a estabilidade do edifício ficava em risco. As mesmas técnicas e as mesmas ferramentas são utilizadas para formar as camadas isolantes (40, das paredes exteriores (...) e do telhado (...). O método de construção de um edifício de acordo com a invenção também tem muitas vantagens: 14
Comparado com um edifício construído de acordo com os métodos tradicionais e organizações corporativistas tradicionais, o método de construção da invenção não se encontra já dependente dos caprichos do tempo, permite o desenvolvimento de um programa fixo e fiável e permite uma redução de 5% a 50% do tempo de construção. A maioria das características e vantagens técnicas do edifício são baseadas num número limitado de materiais e intervenientes. O risco da má aplicação é um pouco disperso e de fácil gestão. O processo de construção da invenção é particularmente económico, porque não requer suporte especial ou molde para receber o isolamento de espuma: no caso da base é a escavação anteriormente nivelada por uma camada de betão de limpeza que constitui o molde. No caso de paredes verticais e do telhado, são as faces exteriores dos painéis interiores 90, que constituem o suporte. A operação de pulverização do isolamento de espuma é fácil de realizar e não requer mão-de-obra especializada. Além disso, é possivel montar a pistola de pulverização sobre um braço robótico e controlar a operação automaticamente, com base num programa de computador a partir dos planos de construção. As características contínuas e uniformes da camada de isolamento, permitem efetuar de um modo simples cálculos de previsão de isolamento aquando da conceção de um edifício e proporcionam sobretudo uma construção especialmente bem isolada. Estima-se que 1 1 de petróleo permite a fabricação de espuma isolante, e esta quantidade de espuma isolante usada corretamente vai permitir uma poupança de energia em aquecimento correspondente 1 1 de petróleo por ano.
Lisboa, 22 de Maio de 2012

Claims (9)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Método para a construção de um edifício compreendendo as etapas de: a) criar uma escavação (20); b) aplicar uma camada de limpeza (23) na parte inferior (22) e nas paredes verticais (24) da escavação (20); c) aplicar uma camada (40) de isolamento de espuma sobre a referida camada de limpeza (23); d) verter uma laje (50) sobre a dita camada (40) de espuma isolante; e) elevar uma moldura sobre a dita laje (50); f) fixar as faces internas das paredes e do telhado (90) no interior da dita moldura; g) pulverizar uma barreira de vapor à face exterior da referida face interna (90); h) pulverizar uma camada de espuma (40) sobre a referida barreira de vapor, a referida camada de espuma (40) a ser ligada à parte superior (42) da espuma isolante (40) aplicada à camada de limpeza (23) e elevada sobre as paredes do edifício para cobrir o telhado; a fim de obter um revestimento isolante que é contínuo sem juntas desde as fundações até ao telhado, passando pelas paredes laterais.
2. Método de construção de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a estrutura ser envolvida por uma lona para permitir a construção continua com mau tempo.
3. Método de construção de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por as utilidades 2 (160), tais como tubos de água e condutas de electricidade serem instaladas antes da etapa (h).
4. Método de construção de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por, pelo menos, uma porta ou caixilho de porta ou de janela ser instalado antes da etapa (h).
5. Edifício de baixa energia que compreende: uma fundação colocada numa escavação (20), que compreende uma camada de espuma isolante (40) da fundação que suporta uma laje (50); uma moldura erguida na dita laje (50); - uma face interna das paredes e do telhado (90) que é aplicada ao interior da moldura estrutural leve; - uma barreira de vapor que é pulverizada sobre a face exterior da referida face interna das paredes e do telhado (90); uma camada de espuma de isolamento (40) de superstrutura aplicado por pulverização sobre a face exterior das faces internas das paredes e do telhado (90) e / ou por vazamento, no caso de superfícies horizontais, a referida camada isolante (40) da fundação e a referida camada de espuma isolante (40) da superstrutura são contíguas de modo a formarem um invólucro que é contínuo e livre de junções das fundações até ao telhado, passando pelas paredes laterais do edifício, envolvendo o edifício.
6. Edifício de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por a dita laje (50) ser construída com uma espessura tal que constitui uma massa térmica inércial para o edifício. 3
7. Edifício de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizado por a dita laje (50) ser construída com uma espessura superior a 20 cm.
8. Edifício de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 a 7, caracterizado por as camadas de espuma isolantes da fundação e da superstrutura terem uma espessura compreendida entre 20 cm e 40 cm.
9. Edifício de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 a 7, caracterizado por as camadas de isolamento de espuma da fundação e da superstrutura terem uma espessura compreendida entre 30 e 60 cm. Lisboa, 22 de Maio de 2012
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