PT2137115E - Dispositivo de fusão do vidro compreendendo dois fornos - Google Patents

Dispositivo de fusão do vidro compreendendo dois fornos Download PDF

Info

Publication number
PT2137115E
PT2137115E PT08775725T PT08775725T PT2137115E PT 2137115 E PT2137115 E PT 2137115E PT 08775725 T PT08775725 T PT 08775725T PT 08775725 T PT08775725 T PT 08775725T PT 2137115 E PT2137115 E PT 2137115E
Authority
PT
Portugal
Prior art keywords
glass
auxiliary
main
furnace
final
Prior art date
Application number
PT08775725T
Other languages
English (en)
Inventor
Stephane Maugendre
Pierre Jeanvoine
Original Assignee
Saint Gobain
Saint Gobain Isover
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Saint Gobain, Saint Gobain Isover filed Critical Saint Gobain
Publication of PT2137115E publication Critical patent/PT2137115E/pt

Links

Classifications

    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C03GLASS; MINERAL OR SLAG WOOL
    • C03BMANUFACTURE, SHAPING, OR SUPPLEMENTARY PROCESSES
    • C03B5/00Melting in furnaces; Furnaces so far as specially adapted for glass manufacture
    • C03B5/16Special features of the melting process; Auxiliary means specially adapted for glass-melting furnaces
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C03GLASS; MINERAL OR SLAG WOOL
    • C03BMANUFACTURE, SHAPING, OR SUPPLEMENTARY PROCESSES
    • C03B5/00Melting in furnaces; Furnaces so far as specially adapted for glass manufacture
    • C03B5/16Special features of the melting process; Auxiliary means specially adapted for glass-melting furnaces
    • C03B5/235Heating the glass
    • C03B5/2356Submerged heating, e.g. by using heat pipes, hot gas or submerged combustion burners
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C03GLASS; MINERAL OR SLAG WOOL
    • C03BMANUFACTURE, SHAPING, OR SUPPLEMENTARY PROCESSES
    • C03B18/00Shaping glass in contact with the surface of a liquid
    • C03B18/02Forming sheets
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C03GLASS; MINERAL OR SLAG WOOL
    • C03BMANUFACTURE, SHAPING, OR SUPPLEMENTARY PROCESSES
    • C03B37/00Manufacture or treatment of flakes, fibres, or filaments from softened glass, minerals, or slags
    • C03B37/01Manufacture of glass fibres or filaments
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C03GLASS; MINERAL OR SLAG WOOL
    • C03BMANUFACTURE, SHAPING, OR SUPPLEMENTARY PROCESSES
    • C03B5/00Melting in furnaces; Furnaces so far as specially adapted for glass manufacture
    • C03B5/04Melting in furnaces; Furnaces so far as specially adapted for glass manufacture in tank furnaces
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C03GLASS; MINERAL OR SLAG WOOL
    • C03BMANUFACTURE, SHAPING, OR SUPPLEMENTARY PROCESSES
    • C03B2211/00Heating processes for glass melting in glass melting furnaces
    • C03B2211/20Submerged gas heating
    • C03B2211/22Submerged gas heating by direct combustion in the melt
    • YGENERAL TAGGING OF NEW TECHNOLOGICAL DEVELOPMENTS; GENERAL TAGGING OF CROSS-SECTIONAL TECHNOLOGIES SPANNING OVER SEVERAL SECTIONS OF THE IPC; TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
    • Y02TECHNOLOGIES OR APPLICATIONS FOR MITIGATION OR ADAPTATION AGAINST CLIMATE CHANGE
    • Y02PCLIMATE CHANGE MITIGATION TECHNOLOGIES IN THE PRODUCTION OR PROCESSING OF GOODS
    • Y02P40/00Technologies relating to the processing of minerals
    • Y02P40/50Glass production, e.g. reusing waste heat during processing or shaping
    • YGENERAL TAGGING OF NEW TECHNOLOGICAL DEVELOPMENTS; GENERAL TAGGING OF CROSS-SECTIONAL TECHNOLOGIES SPANNING OVER SEVERAL SECTIONS OF THE IPC; TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
    • Y02TECHNOLOGIES OR APPLICATIONS FOR MITIGATION OR ADAPTATION AGAINST CLIMATE CHANGE
    • Y02PCLIMATE CHANGE MITIGATION TECHNOLOGIES IN THE PRODUCTION OR PROCESSING OF GOODS
    • Y02P40/00Technologies relating to the processing of minerals
    • Y02P40/50Glass production, e.g. reusing waste heat during processing or shaping
    • Y02P40/57Improving the yield, e-g- reduction of reject rates

Landscapes

  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Materials Engineering (AREA)
  • Organic Chemistry (AREA)
  • Combustion & Propulsion (AREA)
  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • General Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Geochemistry & Mineralogy (AREA)
  • Manufacturing & Machinery (AREA)
  • Glass Melting And Manufacturing (AREA)
  • Joining Of Glass To Other Materials (AREA)
  • Furnace Details (AREA)

Description

DESCRIÇÃO EP í GRAFE: "DISPOSITIVO DE FUSÃO DO VIDRO COMPREENDENDO DOIS FORNOS" A invenção diz respeito a um dispositivo de fusão de matérias vitrifiçáveis compreendendo um forno de fusão clássico e um forno de combustão imerso, os fluxos de vidro sendo misturados a montante do forno clássico.
Os fornos de fusão clássicos são dispositivos cuja energia térmica provém maioritariamente de queimadores a ar e/ou de eléctrodos. Estes fornos são de grande tamanho (a superfície do banho de vidro fundido pode ir de 6 a 600 m2, e no caso de fornos de queimadores a ar mais geralmente de 20 a 600 m2) e apresentam uma forte inércia. Eles funcionam por este facto sem interrupção vários anos de seguida.
Propôs-se já na W02004/078664 e WO03045859 juntar a um destes fornos clássicos um forno de queimador imerso. Os fluxos de vidro, de naturezas diferentes, são misturados a jusante dos dois fornos, nomeadamente numa célula de mistura munida de 1 agitadores, ou então, o fluxo de vidro proveniente do forno de queimador imerso alimenta directamente o forno clássico na sua parte a jusante. Um dispositivo de afinação especificamente para o fluxo de vidro proveniente do forno de queimador imerso é então indispensável, porque senão o fluxo final contém bastantes bolhas e/ou infundidos. Com efeito, os fornos de queimadores imersos são conhecidos por produzir vidros espumosos muito ricos em gás e necessitam pelo menos de duas cubas em série para digerir o conjunto das matérias primas.
Manteve-se a ideia de introduzir o fluxo de vidro proveniente do forno de combustão imersa no forno clássico e a montante daquele, de maneira a aproveitar-se da zona de afinação a jusante do forno clássico para os dois fluxos de vidro misturados. Com efeito, um forno clássico compreende sempre uma zona de afinação mais ou menos importante na sua parte a jusante, o que contribui para eliminar as bolhas que se formam inevitavelmente durante o fabrico de um vidro, assim que se acabar de «digerir» as partículas ainda infundidas. Teve-se agora a ideia de utilizar esta zona a jusante do forno clássico nomeadamente para eliminar por um lado os gases provenientes das matérias vitrifiçáveis fundidas do forno clássico e, por outro, os gases contidos no vidro proveniente do forno de combustão imerso. É possível que as grossas bolhas 2 produzidas no vidro do forno auxiliar ajudem à eliminação das pequenas bolhas criadas no vidro do forno principal por um fenómeno de coalescência. Assim, de maneira um pouco paradoxal, a produção de mais bolhas conduz a uma melhor eliminação das bolhas. Além disso, serve-se da zona a jusante do forno principal para acabar de fundir ou «digerir» os infundidos e impurezas (nomeadamente metais) contidos no vidro proveniente do forno auxiliar e para homogeneizar os dois fluxos de vidro sobre o plano do seu rédox porque isso é necessário.
No quadro do presente pedido, chama-se ao forno clássico «forno principal» e ao forno de combustão imerso «forno auxiliar». Mais de 50 % e até mais de 80 % da energia térmica fornecida ao forno principal, é através de queimadores a ar ou de eléctrodos ou por estes dois meios. Mais de 50 % e até mesmo mais de 80 % da energia térmica fornecida ao forno auxiliar, é por meio de uma combustão imergida. A matéria prima vitrificável introduzida no forno principal é chamada matéria prima vitrificável principal e a matéria prima vitrificável introduzida no forno auxiliar é chamada matéria prima vitrificável auxiliar. A matéria prima vitrificável principal conduz a um fluxo principal de um vidro principal e a matéria prima vitrificável auxiliar conduz a um fluxo 3 auxiliar de um vidro auxiliar. Estes dois vidros são misturados na parte a montante do forno principal para produzir um fluxo final de um vidro final. Por «parte a montante» do forno principal, entende-se o primeiro terço a montante do comprimento da superfície do banho de vidro, o dito comprimento sendo situado sobre o eixo horizontal e longitudinal do forno. Geralmente, o forno principal tem um comprimento maior que sua largura, a relação do comprimento sobre a largura podendo ir de 1,5 a 6. Os termos «a montante» e «a jusante» referem-se à direcção de escoamento do vidro, este último deslizando de montante para jusante. A parte a montante compreende a zona de introdução das matérias vitrifiçáveis. A parte a jusante compreende a zona de saída do vidro final para o exterior do forno principal. De preferência, o vidro auxiliar penetra no forno principal por intermédio de um escoador ou de um nicho um pouco recolhido em relação à parede lateral do forno principal, o dito nicho podendo compreender uma barragem de protecção (parede descendente do tecto e penetrando um pouco no vidro fundido para fazer obstáculo às matérias sólidas sobre nadantes) para impedir a composição de matéria vitrificável de reentrar no nicho. 0 vidro auxiliar penetra de preferência o mais a montante possível no forno principal, nomeadamente de preferência no primeiro quarto a montante do comprimento do 4 forno principal. Reduz-se assim o risco de que os infundidos provenientes do vidro auxiliar persistam no decurso da travessia do forno principal.
Assim, a invenção diz respeito em primeiro lugar a um dispositivo de preparação de um vidro final compreendendo um forno principal de queimadores a ar e/ou eléctrodos alimentado em matérias vitrifiçáveis principais criando um vidro principal fundido, e um forno auxiliar de combustão imergido, o dito forno auxiliar sendo alimentado em matérias vitrifiçáveis auxiliares, o vidro auxiliar fundido alimentando o forno principal no seu montante no primeiro terço do seu comprimento. A invenção apresenta mais particularmente um interesse quando se deseja aumentar temporariamente a tiragem («furnance pull» em inglês) do forno principal. Esta situação ocorre quando um vidro deve pontualmente ser fabricado em maior quantidade. Assim, durante a produção continua do vidro final, o forno auxiliar pode funcionar menos tempo que o forno principal enquanto a duração de funcionamento do forno principal é idêntica à duração da produção de vidro final. Assim, a duração de funcionamento do forno auxiliar pode ser inferior àquela do forno principal. De acordo com a invenção, produz-se 5 no forno auxiliar um vidro auxiliar sensivelmente da mesma composição que o vidro principal. A tiragem em vidro final é a soma da tiragem do vidro principal e da tiragem do vidro auxiliar. 0 facto de os dois vidros serem idênticos elimina o problema de homogeneização do vidro sobre o plano da composição química. A tiragem de vidro auxiliar pode representar mais de 2 % e até mais de 4 % da tiragem de vidro final. A tiragem de vidro auxiliar pode representar até 10 % e até mesmo até 25 % e mesmo até 40 % da tiragem de vidro final. O forno auxiliar, graças à sua tecnologia fundada na combustão imergida apresenta uma flexibilidade extraordinária, um tamanho reduzido, tudo permitindo tiragens bastante fortes. O forno de combustão imergido é naturalmente agitado pelos gases proveniente dos queimadores, de maneira que a presença de agitadores mecânicos é tornada inútil. 0 forno de combustão imergida pode compreender de 1 a 30 queimadores imergidos segundo a tiragem e a potência requerida. Geralmente, a superfície do banho de vidro fundido do forno auxiliar apresenta uma superfície indo de 0,5 m2 a 15 m2 (soma das superfícies internas de todas as cubas de combustão imergida, geralmente em número de uma ou duas, compondo o forno auxiliar) . A sua tiragem vai geralmente de 2 a 150 toneladas por dia. 6
Geralmente, a relaçao da superfície do banho fundido do forno principal sobre aquela do banho fundido do forno auxiliar vai de 10 a 1000. O dispositivo de acordo com a invenção pode ser seguido de uma instalação de enformação em vidro plano ou em vidro oco ou de fibragem. 0 forno principal pode ser seguido de uma bacia de afinação, mas isso não é geralmente necessário, a afinação sendo suficientemente realizada no forno principal ele mesmo, mesmo para a aplicação do vidro plano, o que é notável. Com efeito, para a aplicação do vidro plano, o nível de bolhas no vidro final deve ser inferior a 0,5 bolhas por litro. O vidro final pode portanto ser destinado a alimentar uma instalação de enformação em vidro plano, nomeadamente do tipo flottage sobre um banho metálico (estanho). Neste caso, de maneira a dar ao vidro a temperatura adequada (condicionamento térmico geralmente entre 1200 e 1300° C) , o vidro final atravessa geralmente um braseiro («working end» em inglês) disposto entre o forno principal e a instalação de enformação de vidro plano. O vidro penetra geralmente na instalação de enformação de vidro plano com uma temperatura na ordem de 1000 a 1200° C. 7
Quando o vidro final é destinado a alimentar uma instalação de fibragem, nenhum afinador nem brasa nem outro compartimento é geralmente necessário entre o forno principal e a instalação de fibragem (alimentação directa da instalação de fibragem pelo vidro final saido do forno principal). 0 forno principal é de tamanho bem superior àquele do forno auxiliar, nomeadamente pelo facto da ausência de agitação. Com efeito, as temperaturas são geralmente muito elevadas para permitir equipar o forno principal com agitadores mecânicos, sem dever enfrentar problemas ligados à corrosão destes agitadores. Assim, geralmente, o forno principal não é equipado de agitadores mecânicos. No forno principal, no caso de um aquecimento por queimadores a ar, o vidro fundido apresenta geralmente o perfil de temperatura seguinte: - 1300 a 1400° C ao nivel do banco de composição de matérias vitrifiçáveis, - 1500 a 1600° C no fim do primeiro terço a montante, - 1400 a 1450° C na saída do forno principal. A ausência de agitadores do forno principal é compensada por 8 um comprimento relativamente importante, o que favorece as correntes de convecção natural provocando uma agitação. 0 fundo da bacia do forno principal pode nomeadamente ser munido de uma barragem imersa para provocar uma corrente de convecção. 0 comprimento relativamente importante do forno principal é por outro lado favorável à afinação.
Assim, a invenção combina duas tecnologias com vantagens opostas mas complementares: um pequeno forno auxiliar muito flexível munido de uma forte agitação natural devido à combustão imersa, produzindo um vidro homogéneo em composição mas contendo bastante bolhas e, no caso presente, infundidos (partículas de sílica não fundidas), e - um grande forno principal pouco flexível isento de agitação mecânica, mas tendo uma superfície suficiente para produzir uma homogeneização correcta (nomeadamente para a aplicação do vidro plano), uma afinação eficaz e a eliminação dos infundidos, sobre um fluxo importante de vidro.
Estas duas tecnologias são combinadas na medida em que o 9 tamanho importante do forno principal permite absorver facilmente o excesso de vidro imperfeito (bolhas + infundidos) proveniente do forno auxiliar, o excedente permitindo entretanto aumentar uma produção de 10 % até mesmo 2 0 % e até 40 %, de maneira pontual, limitada no tempo (por exemplo entre 1 semana e 15 anos) ou não, o que permite a flexibilidade do forno auxiliar. Pode-se também instalar o forno auxiliar de maneira definitiva para aumentar a produtividade de uma instalação existente e assim continuar a tirar partido de um forno clássico, certamente por vezes como velho, mas podendo continuar a funcionar de maneira satisfatória. 0 forno auxiliar pode ser alimentado em energias de natureza muito diversas, o que é um dos aspectos da sua grande flexibilidade. 0 forno auxiliar compreende geralmente pelo menos um queimador imerso alimentado por um comburente gasoso e um combustível (nomeadamente fuel líquido ou gás combustível). 0 combustível pode ser o gás hidrocarbonado, o hidrogénio ou o fuel líquido ou uma energia alternativa. Nomeadamente, o forno auxiliar pode servir para a recuperação de detritos orgânicos de natureza muito diversas, estes detritos servindo de combustível à combustão imersa: devido à brasagem convectiva inerente à tecnologia da combustão imergida, estes detritos são renovados continuamente na 10 proximidade dos queimadores imersos até à combustão completa. Isso permite diminuir, até parar completamente, a alimentação em gás ou líquido combustível dos queimadores, com um ganho energético substancial. A degradação das moléculas orgânicas pode ser assim completada, até à decomposição em gás carbónico e em água. Eventuais cinzas de combustão encontram-se retidas na fase líquida/espumosa. Estes detritos orgânicos podem portanto fornecer uma parte, ou a maioria ou o essencial, até mesmo, todo o combustível necessário à combustão imersa. Pode-se pois utilizar directamente no reactor o poder combustível dos detritos, qualquer que seja o nível deste. A utilização de detritos orgânicos, permite obter um processo particularmente económico.
Os detritos orgânicos podem ser de natureza biológica (biomassa) ou ser saídos da indústria agro-alimentar. Pode tratar-se de farinhas animais que não são mais consumiveis em pelo menos uma parte dos países europeus, e que é necessário portanto destruir. Pode tratar-se de detritos de madeira, de papel da indústria da papelaria. Podem também ser constituídos de polímeros orgânicos, por exemplo do polietileno, resíduos de pneumáticos.
Os detritos orgânicos podem ser acompanhados de detritos de 11 natureza mineral que fazem então parte das matérias vitrifiçáveis. Pode nomeadamente tratar-se de compósitos vidro/plástico ou de areia poluída pelos hidrocarbonetos (em consequência de uma maré negra por exemplo). Pode-se citar as vidraças folheadas por exemplo, associando pelo menos um vidro com pelo menos uma folha em polímero termoplástico ou não, do tipo polivinilbutirai (PVB), copolímero etileno-vinil acetato (EVA), poliuretano (PU) ou polietileno-tereftalato (PET). Pode-se também citar os materiais compósitos à base de polímero reforçado pelo fio de vidro (ou do fio de carbono ou outro tipo de fio de reforço), utilizados na indústria automóvel, ou nos barcos por exemplo. Pode-se mencionar também os compósitos vidro/metal como as vidraças munidas de elementos conectivos, de revestimentos metálicos. Pode-se neste último portanto muito vantajosamente oxidar os metais diversos (nomeadamente a prata) acompanhando estas vidraças no forno auxiliar jogando sobre o caracter mais ou menos oxidante da chama do queimador imerso. Os detritos orgânicos podem ser na origem até 100 % (por exemplo 5 a 50 % ou 5 a 20 %) da energia total de combustão imergida criada no forno auxiliar. Para o caso em que 100 % da energia total de combustão imergida é gerada no forno auxiliar, isso significa que só se envia o comburente através do queimador imergido, o comburente do tipo detrito orgânico sendo enviado para o exterior do 12 e para o queimador mais na sua proximidade. Na prática, arranque faz-se funcionar o queimador imergido da maneira habitual alimentando de cada vez em comburente e em fluido combustível (fúel líquido ou gás combustível), depois introduz-se progressivamente as matérias orgânicas combustíveis no exterior do queimador e reduz-se simultaneamente a alimentação do queimador em fluido combustível, e isso, no caso presente, até parar toda a alimentação do queimador em fluido combustível. 0 forno auxiliar pode pois ser alimentado em combustível do tipo matérias biológicas ou detritos orgânicos, o combustível do tipo matérias biológicas ou detritos orgânicos podendo nomeadamente participar em 5 a 100 % da energia total de combustão imergida criada no forno auxiliar (o que significa que o combustível clássico do tipo fúel líquido ou gás combustível participa então em 95 a 0 % da energia total de combustão imergida criada no forno auxiliar).
Assim, o forno auxiliar permite também fazer variar facilmente, de maneira conjuntural, o tipo de fonte de energia em função do seu preço. Uma tal flexibilidade é possível com o forno auxiliar mas não é com o forno principal. Recordamos que um forno industrial como o forno principal está em funcionamento contínuo durante muitos longos períodos, 13 superiores a um ano e podendo até mesmo ultrapassar 10 anos e mesmo 15 anos, até 20 anos. Durante este período de funcionamento, não existe meio de mudar facilmente a natureza da fonte de energia do forno principal. Pelo contrário, o forno auxiliar permite, ele, aproveitar o preço conjuntural vantajoso de certas matérias combustíveis. Pode-se portanto, graças ao forno auxiliar modificar várias vezes pelo menos uma parte da natureza do combustível no decurso de um fabrico ininterrupto de um certo vidro com uma forte produção, superior a 500 toneladas por dia e até 1200 toneladas por dia (vidro final). O comburente do queimador imergido pode ser o oxigénio puro ou o ar ou o ar enriquecido em oxigénio. O vidro auxiliar e o vidro principal são de composição idêntica. Isso significa que os óxidos contidos no vidro principal no máximo de 1 % em peso (como a sílica, o Na20, o
CaO, etc.) não variam mais na composição senão de 1 % em peso entre o vidro auxiliar e o vidro principal (dito de outra maneira, todo o óxido apresenta no vidro principal no máximo de 1 % em peso, está presente no vidro principal e no vidro auxiliar em teores tais que a diferença da sua percentagem em peso nestes dois vidros não é superior a 1 % do seu teor no 14 vidro principal). 0 vidro auxiliar e o vidro principal são idênticos, mas as matérias primas alimentando, por um lado o forno auxiliar e por outro o forno principal, podem ser diferentes. De facto, as matérias primas vitrifiçáveis (areia fonte de sílica, óxido de alcalino, óxido de cálcio, etc.) alimentando os dois fornos são geralmente idênticas e provêem dos mesmos lotes. Entretanto, as matérias combustíveis alimentando os dois fornos podem ser diferentes. Nomeadamente, matérias orgânicas alternativas (matérias biológicas ou detritos orgânicos) podem alimentar o forno auxiliar (e não alimentar o forno principal) e estar na origem das cinzas ou resíduos inorgânicos assimilados no vidro. Estes resíduos são entretanto de natureza e em proporção tal que não é transgredido o princípio da identidade de composição dos dois vidros (auxiliar e principal) no sentido já dado.
Os dois fornos são geralmente alimentados em matérias vitrifiçáveis clássicas apresentando-se sob a forma de pó, e no caso presente, parcialmente em calcinadas. A quantidade de matéria calcinada pode por exemplo representar 5 a 25 % da massa das matérias primas alimentando-as. No caso da disponibilidade de uma matéria calcinada poluída pelos metais 15 (nomeadamente a prata) e matérias orgânicas, enforna-se de preferência esta no forno auxiliar (porque o forno auxiliar permite mais facilmente oxidar os metais e o carbono), enquanto se enforna de preferência a matéria calcinada não poluida no forno principal.
Para o caso da utilização de combustível particularmente rico em carbono no forno auxiliar, é possível que o ferro seja mais reduzido no vidro auxiliar que no vidro principal. 0 estado de oxidação do ferro é usualmente caracterizado pelo técnico na matéria por aquele que é chamado o rédox. 0 «rédox» é a relação da quantidade de iões Fe2+ sobre a quantidade total de iões do ferro.
Em certos casos, uma muito forte diferença de rédox entre os dois vidros é nefasta porque ela dá origem ao gás quando os dois vidros se reencontram. Isso coloca nomeadamente um problema quando o vidro deve verdadeiramente livrar-se das suas bolhas como na aplicação vidro plano. Procura-se neste caso no que é a diferença de rédox dos dois vidros (auxiliar e principal) não ultrapassar 20 % do rédox mais fraco. Se na saída do forno auxiliar o rédox é muito afastado daquele do vidro principal, prefere-se fazer passar o vidro auxiliar numa segunda cuba compreendendo pelo menos um queimador imergido 16 para reajustar o seu rédox, antes de o enviar para o forno principal. A regulação do rédox é realizada nesta cuba jogando sobre o carácter mais ou menos oxidante da chama do queimador imerso.
Quando o vidro é destinado à aplicação fibragem, uma forte diferença de rédox é geralmente tolerada. Não é excluído colocar um afinador entre o forno auxiliar e o forno principal, sobre o caminho do vidro auxiliar. Neste caso, o vidro auxiliar é pelo menos parcialmente afinado antes de penetrar no forno principal, e a afinação é prosseguida a jusante do forno principal. 0 forno auxiliar pode pois compreender uma ou duas cubas de combustão imergida (a segunda podendo nomeadamente servir para regular o rédox), colocadas, uma após a outra, sobre o caminho do vidro auxiliar, e ser seguida de uma afinação. Entretanto, não é geralmente necessário recorrer a uma tal afinação para o vidro auxiliar porque a afinação pretendida pelo forno principal sofre geralmente a afinação dos dois vidros misturados.
Se o forno principal é equipado de queimadores a ar, é geralmente também equipado de regeneradores. Estes regeneradores contêm empilhamentos de elementos refractários 17 destinados alternativamente a ser aquecidos pelos fumos depois a restituir o calor recuperado dos fumos ao comburente, geralmente o ar. Geralmente, os queimadores a ar são situados em filas nas duas paredes laterais. As paredes laterais são igualmente munidas cada uma de orifícios para a evacuação dos fumos, conduzindo aos regeneradores. Faz-se funcionar alternativamente cada fila de queimadores de uma parede de onde se recupera os fumos através dos orifícios da parede em face deles, o calor dos ditos fumos sendo recuperados pelos regeneradores correspondentes. Após um certo tempo de funcionamento, inverte-se o funcionamento entre as duas paredes laterais, o comburente sendo mantido aquecido pelos regeneradores que seriam eles mesmos percorridos pelos fumos na etapa precedente. 0 forno principal pode igualmente ser do tipo «unit-melter», quer dizer equipado de queimadores a ar transversais, o calor dos fumos sendo então recuperados num recuperador, geralmente colocado atrás da parede a montante.
Para o caso em que o forno principal é equipado de queimadores a ar, conduz-se vantajosamente os fumos saídos do forno auxiliar na atmosfera do forno principal. Os fumos dos dois fornos são pois misturados na atmosfera do forno principal. De 18 maneira que, o calor dos fumos do forno auxiliar é recuperado nos regeneradores ou no regenerador do forno principal, da mesma forma que os fumos do forno principal.
Pode-se igualmente utilizar os fumos para reaquecer as matérias primas (pó e/ou matéria calcinada) alimentando um ou os dois fornos.
Por fim, as calorias dos fumos do forno auxiliar podem igualmente servir para a produção de oxigénio, por exemplo segundo a tecnologia dita OTM (do inglês «oxygen transport membrane»), o dito oxigénio servindo de comburente para o forno auxiliar e/ou o forno principal. A invenção diz respeito igualmente a um processo de fabrico de vidro plano compreendendo o processo de fabrico do vidro final acima exposto, o dito vidro final sendo de seguida transformado em vidro plano, geralmente numa instalação de flottage sobre um banho de metal fundido. A largura do banho de metal fundido pode ser superior a 2 metros. A invenção diz respeito igualmente a um processo de fabrico de fibras de vidro compreendendo o processo de fabrico do vidro final acima exposto, o dito vidro final sendo de seguida 19 transformado em fibras de vidro numa unidade de fibragem.
Nomeadamente, o vidro final pode não passar em nenhum compartimento entre o forno principal e a unidade de fibragem. A figura 1 representa um exemplo de dispositivo de acordo com a invenção compreendendo um forno principal 1 e um forno auxiliar 2 compreendendo pelo menos um queimador imergido. 0 forno principal compreende uma parede a montante 3, uma parede a jusante 4 e duas paredes laterais 5 e 5'. As matérias vitrifiçáveis são introduzidas a partir da parede a montante 3 por um dispositivo habitual não representado. 0 forno principal é simétrico em relação ao eixo AA' que é horizontal e paralelo à direcção longitudinal do forno. As matérias vitrifiçáveis fundidas escoam de montante para jusante como representado pelas setas. 0 forno auxiliar 2 compreende aqui duas cubas 2' e 2" em série, a primeira 2’ sendo alimentada pelas matérias vitrifiçáveis e a segunda 2" servindo para regular o redox. 0 forno auxiliar 2 liberta o vidro auxiliar a montante do forno principal através do nicho 6. Este nicho 6 é situado a montante no primeiro terço 12 e até mesmo no primeiro quarto 13 do comprimento do banho de vidro no forno principal. 0 vidro final passa num braseiro 7 com o objectivo de condicionamento térmico antes de ir para a unidade de transformação não representada e podendo ser uma instalação de 20 vidro flotté para a produção de vidro plano. 0 forno principal é equipado através das suas duas paredes laterais de duas filas de quatro queimadores a ar funcionando um a seguir ao outro. Cada queimador a ar compreende um injector de gás combustível alimentado em gás pelas canalizações 8 e 8', e uma chegada de ar quente 9 e 9' . As aberturas 9 e 9' desempenham alternativamente a função de chegada de ar quente e aquela de colector de fumos. Para cada conjunto injector/chegada de ar, o injector é situado por debaixo da chegada de ar. As aberturas 9 e 9' são ligadas cada uma a um regenerador 10, 10'. Quando os injectores da parede 5 funcionam, aqueles da parede 5' não funcionam. Pelo contrário, os fumos passam através das aberturas 9' da parede lateral 5' em face daqueles e o calor dos fumos é recuperado nos regeneradores 10. Ao fim de algumas dezenas de minutos, inverte-se o funcionamento do forno principal, quer dizer que se pára o funcionamento dos queimadores da parede 5 (paragem de gás combustível através da canalização 8 e paragem de ar através das aberturas 9) e coloca-se em funcionamento os queimadores a ar da parede 5' em frente em alimentando os seus injectores em gás pela canalização 5' e alimentando em ar quente as chegadas de ar 9'. O ar é quente graças ao reaquecimento pelos regeneradores 10. Ao fim de algumas dezenas de minutos, inverte-se novamente o funcionamento do forno e assim de seguida. O forno principal 21 é munido de uma barragem imergida 11 favorecendo a formaçao de correntes de convecção no vidro fundido.
Lisboa, 16 de Novembro de 2011 22

Claims (1)

  1. REIVINDICAÇÕES Ia - Dispositivo de preparação de um vidro final compreendendo um forno principal (1) de queimadores a ar e/ou eléctrodos alimentado em matérias vitrifiçáveis principais gerando um vidro principal fundido, e um forno auxiliar (2) de combustão imersa criando um vidro auxiliar fundido, o dito forno auxiliar (2) sendo alimentado em matérias vitrifiçáveis auxiliares, o dito dispositivo sendo caracterizado por o vidro auxiliar fundido alimentar o forno principal (1) no seu montante no primeiro terço (12) do seu comprimento. 2a - Dispositivo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por a superfície do banho fundido do forno principal (1) ir de 6 a 600 m2. 3a - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a superfície do banho fundido do forno auxiliar (2) ir de 0,5 a 15 m2. 4a - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a relação da superfície do banho fundido do forno principal (1) sobre aquela do banho 1 fundido do forno auxiliar (2) ir de 10 a 1000. 5a — Dispositivo de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por o forno principal (1) não ser equipado de agitador mecânico. 6a - Processo de fabrico de um vidro final pelo dispositivo de uma das reivindicações precedentes, caracterizado por o vidro auxiliar ser de sensivelmente a mesma composição que o vidro principal. 7a - Processo de acordo com uma das reivindicações precedentes do processo, caracterizado por a duração de funcionamento do forno auxiliar (2) ser inferior àquela do forno principal (1). 8a - Processo de acordo com uma das reivindicações precedentes do processo, caracterizado por a tiragem de vidro auxiliar representar 2 % a 40 % da tiragem de vidro final. 9a — Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por a tiragem de vidro auxiliar representar 4 % a 25 % da tiragem de vidro final. 10a — Processo de acordo com uma das reivindicações 2 precedentes do processo, caracterizado por o forno auxiliar (2) ser alimentado em combustível do tipo matérias biológicas ou detritos orgânicos. 11a - Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por o combustível do tipo matérias biológicas ou detritos orgânicos participar em 5 a 100 % da energia total de combustão imersa criada no forno auxiliar. 12a Processo de acordo com uma das reivindicações precedentes do processo, caracterizado por todo o óxido presente no vidro principal ter no máximo 1 2-± o em peso, estar presente no vidro principal e no vidro auxiliar com teores tais que a diferença da sua percentagem em peso nos dois vidros não ser superior a 1 % do seu teor no vidro principal. 13a - Processo de acordo com uma das reivindicações precedentes do processo, caracterizado por os fumos do forno auxiliar (2) serem conduzidos na atmosfera do forno principal (D · 14a - Processo de fabrico de vidro plano compreendendo o processo de fabrico de vidro final de uma das reivindicações do processo precedentes, caracterizado por o dito vidro final 3 ser de seguida transformado em vidro plano. 15a — Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por a diferença de redox dos vidros auxiliar e principal não ultrapassar 20 % do redox mais fraco. 16a — Processo de acordo com uma das duas reivindicações precedentes, caracterizado por o vidro ser transformado em vidro plano numa instalação de flottage sobre um banho de metal fundido cuja largura é superior a 2 metros. 17a - Pr ocesso de fabrico de fibras de vidro compreendendo o processo de fabrico de vidro final de uma das reivindicações n° 6 a 13, caracterizado por o dito vidro final ser de seguida transformado em fibras de vidro numa unidade de fibragem. 18a - Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por o vidro final não passar em nenhum compartimento entre o forno principal (1) e a unidade de fibragem. Lisboa, 16 de Novembro de 2011 4
PT08775725T 2007-03-20 2008-03-19 Dispositivo de fusão do vidro compreendendo dois fornos PT2137115E (pt)

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
FR0753936A FR2913971B1 (fr) 2007-03-20 2007-03-20 Dispositif de fusion du verre comprenant deux fours

Publications (1)

Publication Number Publication Date
PT2137115E true PT2137115E (pt) 2011-12-07

Family

ID=38610855

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT08775725T PT2137115E (pt) 2007-03-20 2008-03-19 Dispositivo de fusão do vidro compreendendo dois fornos

Country Status (16)

Country Link
US (1) US9611164B2 (pt)
EP (1) EP2137115B1 (pt)
JP (1) JP5363347B2 (pt)
KR (1) KR101488400B1 (pt)
CN (1) CN101687676B (pt)
AT (1) ATE520631T1 (pt)
AU (1) AU2008244088B2 (pt)
BR (1) BRPI0808816B1 (pt)
DK (1) DK2137115T3 (pt)
EA (1) EA015871B1 (pt)
ES (1) ES2371796T3 (pt)
FR (1) FR2913971B1 (pt)
MX (1) MX2009009806A (pt)
PL (1) PL2137115T3 (pt)
PT (1) PT2137115E (pt)
WO (1) WO2008132373A2 (pt)

Families Citing this family (56)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US8973405B2 (en) 2010-06-17 2015-03-10 Johns Manville Apparatus, systems and methods for reducing foaming downstream of a submerged combustion melter producing molten glass
US9032760B2 (en) 2012-07-03 2015-05-19 Johns Manville Process of using a submerged combustion melter to produce hollow glass fiber or solid glass fiber having entrained bubbles, and burners and systems to make such fibers
US8707740B2 (en) 2011-10-07 2014-04-29 Johns Manville Submerged combustion glass manufacturing systems and methods
US9776903B2 (en) 2010-06-17 2017-10-03 Johns Manville Apparatus, systems and methods for processing molten glass
US9096452B2 (en) 2010-06-17 2015-08-04 Johns Manville Methods and systems for destabilizing foam in equipment downstream of a submerged combustion melter
US8707739B2 (en) 2012-06-11 2014-04-29 Johns Manville Apparatus, systems and methods for conditioning molten glass
US8875544B2 (en) 2011-10-07 2014-11-04 Johns Manville Burner apparatus, submerged combustion melters including the burner, and methods of use
US9021838B2 (en) 2010-06-17 2015-05-05 Johns Manville Systems and methods for glass manufacturing
US8991215B2 (en) * 2010-06-17 2015-03-31 Johns Manville Methods and systems for controlling bubble size and bubble decay rate in foamed glass produced by a submerged combustion melter
US8650914B2 (en) 2010-09-23 2014-02-18 Johns Manville Methods and apparatus for recycling glass products using submerged combustion
US10322960B2 (en) 2010-06-17 2019-06-18 Johns Manville Controlling foam in apparatus downstream of a melter by adjustment of alkali oxide content in the melter
US8973400B2 (en) * 2010-06-17 2015-03-10 Johns Manville Methods of using a submerged combustion melter to produce glass products
US8997525B2 (en) 2010-06-17 2015-04-07 Johns Manville Systems and methods for making foamed glass using submerged combustion
US8769992B2 (en) 2010-06-17 2014-07-08 Johns Manville Panel-cooled submerged combustion melter geometry and methods of making molten glass
US9533905B2 (en) 2012-10-03 2017-01-03 Johns Manville Submerged combustion melters having an extended treatment zone and methods of producing molten glass
EP2903941A4 (en) 2012-10-03 2016-06-08 Johns Manville METHOD AND SYSTEMS FOR DESTABILIZING FOAM IN A DEVICE HAVING BEEN SWITCHED DOWN UNDERWATER COMBUSTION FURNACE
US9227865B2 (en) 2012-11-29 2016-01-05 Johns Manville Methods and systems for making well-fined glass using submerged combustion
US10131563B2 (en) 2013-05-22 2018-11-20 Johns Manville Submerged combustion burners
WO2014189501A1 (en) 2013-05-22 2014-11-27 Johns Manville Submerged combustion burners, melters, and methods of use
PL2999923T3 (pl) 2013-05-22 2019-02-28 Johns Manville Piec do topienia ze spalaniem pod powierzchnią cieczy z udoskonalonym palnikiem oraz odpowiadający sposób
WO2014189499A1 (en) 2013-05-22 2014-11-27 Johns Manville Submerged combustion burners and melters, and methods of use
US10138151B2 (en) 2013-05-22 2018-11-27 Johns Manville Submerged combustion burners and melters, and methods of use
PL3003997T3 (pl) 2013-05-30 2021-11-02 Johns Manville Palniki do spalania pod powierzchnią cieczy ze środkami usprawniającymi mieszanie przeznaczone do pieców do topienia szkła oraz zastosowanie
SI3003996T1 (sl) 2013-05-30 2020-11-30 Johns Manville Sistemi potopnega zgorevanja za taljenje stekla in postopki uporabe
WO2015009300A1 (en) 2013-07-18 2015-01-22 Johns Manville Fluid cooled combustion burner and method of making said burner
US9751792B2 (en) 2015-08-12 2017-09-05 Johns Manville Post-manufacturing processes for submerged combustion burner
US10041666B2 (en) 2015-08-27 2018-08-07 Johns Manville Burner panels including dry-tip burners, submerged combustion melters, and methods
US10670261B2 (en) 2015-08-27 2020-06-02 Johns Manville Burner panels, submerged combustion melters, and methods
US9815726B2 (en) 2015-09-03 2017-11-14 Johns Manville Apparatus, systems, and methods for pre-heating feedstock to a melter using melter exhaust
US9982884B2 (en) 2015-09-15 2018-05-29 Johns Manville Methods of melting feedstock using a submerged combustion melter
US10837705B2 (en) 2015-09-16 2020-11-17 Johns Manville Change-out system for submerged combustion melting burner
US10081563B2 (en) 2015-09-23 2018-09-25 Johns Manville Systems and methods for mechanically binding loose scrap
US10144666B2 (en) 2015-10-20 2018-12-04 Johns Manville Processing organics and inorganics in a submerged combustion melter
CN105776819B (zh) * 2016-04-27 2018-07-31 巨石集团有限公司 一种具有高熔化率的玻璃池窑
US10246362B2 (en) 2016-06-22 2019-04-02 Johns Manville Effective discharge of exhaust from submerged combustion melters and methods
US10337732B2 (en) 2016-08-25 2019-07-02 Johns Manville Consumable tip burners, submerged combustion melters including same, and methods
US10301208B2 (en) 2016-08-25 2019-05-28 Johns Manville Continuous flow submerged combustion melter cooling wall panels, submerged combustion melters, and methods of using same
US10196294B2 (en) 2016-09-07 2019-02-05 Johns Manville Submerged combustion melters, wall structures or panels of same, and methods of using same
US10233105B2 (en) 2016-10-14 2019-03-19 Johns Manville Submerged combustion melters and methods of feeding particulate material into such melters
TWI764952B (zh) * 2016-11-08 2022-05-21 美商康寧公司 用於形成玻璃製品之設備及方法
GB201801977D0 (en) * 2018-02-07 2018-03-28 Knauf Insulation Doo Skofja Loka Recycling
US11667555B2 (en) 2020-02-12 2023-06-06 Owens-Brockway Glass Container Inc. Glass redox control in submerged combustion melting
US11912608B2 (en) 2019-10-01 2024-02-27 Owens-Brockway Glass Container Inc. Glass manufacturing
US11440829B2 (en) * 2019-10-01 2022-09-13 Owens-Brockway Glass Container Inc. Utilization of sulfate in the fining of submerged combustion melted glass
CN110818225B (zh) * 2019-11-18 2022-02-18 中建材蚌埠玻璃工业设计研究院有限公司 一种用于电子显示玻璃生产的宽体熔窑
CN112299723A (zh) * 2020-11-25 2021-02-02 山东铭泰新型材料有限公司 玻纤纤维及其拉丝方法及系统
CN112614604B (zh) * 2020-11-26 2022-10-21 中国辐射防护研究院 一种脉冲萃取柱有机相着火事故源项估算方法
EP4441000A1 (en) 2021-12-03 2024-10-09 AGC Glass Europe Glass melting process with very low to zero-co2 emission
MX2024006184A (es) 2021-12-03 2024-06-11 Agc Glass Europe Proceso de fusion de vidrio con emisiones de co2 muy bajas o nulas.
WO2023099617A1 (en) 2021-12-03 2023-06-08 Agc Glass Europe Glass melting process with very low to zero-co2 emission
WO2023099619A1 (en) 2021-12-03 2023-06-08 Agc Glass Europe Glass melting process with very low to zero-co2 emission
CN114247739B (zh) * 2021-12-15 2022-10-14 西安西热锅炉环保工程有限公司 一种基于燃煤电厂的风电叶片处置系统及方法
WO2024008424A1 (en) 2022-07-06 2024-01-11 Agc Glass Europe Glass melting process with very low to zero-co2 emission
WO2024008422A1 (en) 2022-07-06 2024-01-11 Agc Glass Europe Glass melting process with very low to zero-co2 emission
WO2024008423A1 (en) 2022-07-06 2024-01-11 Agc Glass Europe Glass melting process with very low to zero-co2 emission
WO2024008420A1 (en) 2022-07-06 2024-01-11 Agc Glass Europe Glass melting process with very low to zero-co2 emission

Family Cites Families (19)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US3248205A (en) * 1962-12-21 1966-04-26 Selas Corp Of America Glass melting furnace with submerged gas burners
GB1028481A (en) * 1964-04-27 1966-05-04 Selas Corp Of America Improvements in or relating to a method of melting glass and apparatus therefor
US4325724A (en) * 1974-11-25 1982-04-20 Owens-Corning Fiberglas Corporation Method for making glass
US4133666A (en) * 1978-04-28 1979-01-09 Spectrum Glass Company, Inc. Method and apparatus for making variegated glass in a continuous sheet
JPS56120523A (en) * 1980-02-26 1981-09-21 Sasaki Glass Kk Method and furnace for continuously melting glass
US4409012A (en) * 1982-02-16 1983-10-11 Owens-Illinois, Inc. Method and apparatus for monitoring a glass furnace
US4460397A (en) * 1982-09-27 1984-07-17 Ppg Industries, Inc. Float glass method and apparatus with enhanced lateral traction for attenuation
US4528012A (en) * 1984-01-30 1985-07-09 Owens-Illinois, Inc. Cogeneration from glass furnace waste heat recovery
US4632687A (en) * 1985-06-25 1986-12-30 Ppg Industries, Inc. Method of melting raw materials for glass or the like using solid fuels or fuel-batch mixtures
US4634461A (en) * 1985-06-25 1987-01-06 Ppg Industries, Inc. Method of melting raw materials for glass or the like with staged combustion and preheating
US5352258A (en) * 1993-03-31 1994-10-04 Ppg Industries, Inc. Production of glass fibers from scrap glass fibers
DE4325726A1 (de) * 1993-07-30 1995-02-02 Gruenzweig & Hartmann Verfahren und Einrichtung zur Herstellung von Mineralwolle unter Verwendung von Mineralwolleabfällen als Recyclingrohstoff
FR2737487B1 (fr) * 1995-08-03 1998-01-09 Saint Gobain Vitrage Dispositif pour la fusion de matieres vitrifiables
FR2774085B3 (fr) 1998-01-26 2000-02-25 Saint Gobain Vitrage Procede de fusion et d'affinage de matieres vitrifiables
JP3759378B2 (ja) * 2000-06-16 2006-03-22 大陽日酸株式会社 繊維状ガラス廃棄物の処理方法及びガラス溶解炉
FR2832704B1 (fr) * 2001-11-27 2004-02-20 Saint Gobain Isover Dispositif et procede de fusion de matieres vitrifiables
FR2851767B1 (fr) 2003-02-27 2007-02-09 Saint Gobain Procede de preparation d'un verre par melange de verres fondus
JP4663264B2 (ja) * 2004-07-12 2011-04-06 大陽日酸株式会社 ガラス回収方法、ガラス回収装置、およびガラス製造炉
FR2873681A1 (fr) * 2004-07-28 2006-02-03 Saint Gobain Procede et four a cuves en serie pour la preparation de frittes de verre

Also Published As

Publication number Publication date
DK2137115T3 (da) 2011-12-12
EA200970873A1 (ru) 2010-04-30
BRPI0808816A2 (pt) 2014-08-19
EP2137115A2 (fr) 2009-12-30
JP2010522129A (ja) 2010-07-01
BRPI0808816B1 (pt) 2019-03-06
FR2913971A1 (fr) 2008-09-26
CN101687676B (zh) 2012-06-27
US20100064732A1 (en) 2010-03-18
JP5363347B2 (ja) 2013-12-11
CN101687676A (zh) 2010-03-31
WO2008132373A3 (fr) 2008-12-18
EA015871B1 (ru) 2011-12-30
ATE520631T1 (de) 2011-09-15
ES2371796T3 (es) 2012-01-10
EP2137115B1 (fr) 2011-08-17
KR101488400B1 (ko) 2015-01-30
US9611164B2 (en) 2017-04-04
FR2913971B1 (fr) 2009-04-24
AU2008244088B2 (en) 2012-12-06
AU2008244088A1 (en) 2008-11-06
PL2137115T3 (pl) 2012-01-31
KR20100014450A (ko) 2010-02-10
MX2009009806A (es) 2009-12-08
WO2008132373A2 (fr) 2008-11-06

Similar Documents

Publication Publication Date Title
PT2137115E (pt) Dispositivo de fusão do vidro compreendendo dois fornos
PT2004558E (pt) Forno de queimador imergido e queimador aéreo
US6722161B2 (en) Rapid glass melting or premelting
US8806897B2 (en) Furnace and process for controlling the oxidative state of molten materials
US9517960B2 (en) Process of operating a glass melting oven
JP2010522129A5 (pt)
JPS63310734A (ja) ガラスの溶解方法とガラス溶解炉
JP2004526656A5 (pt)
JP2005510439A (ja) バッチ材料を溶融させるための装置および方法
JP5454810B2 (ja) ガラス溶融炉
KR20110009106A (ko) 유리 용융로
TWI402229B (zh) 玻璃熔爐及熔化玻璃之方法
JP2011518744A (ja) ガラス溶融炉
EP3997039B1 (en) Multi-chamber submerged combustion melter and system
US20110268643A1 (en) Production of Silicon
WO2023199909A1 (ja) ガラス物品の製造方法
KR20240101823A (ko) 플로트 유닛을 공급을 위한 전기 용융 기능을 갖춘 유리 제조용 혼성로