PT1959778E - Sapato terapêutico - Google Patents

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PT1959778E
PT1959778E PT06841925T PT06841925T PT1959778E PT 1959778 E PT1959778 E PT 1959778E PT 06841925 T PT06841925 T PT 06841925T PT 06841925 T PT06841925 T PT 06841925T PT 1959778 E PT1959778 E PT 1959778E
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PT
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sole
shoe
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rigid
shoe according
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PT06841925T
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Patrice Determe
Olivier Laffenetre
Christophe Cermolacce
Jean-Yves Coillard
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Djo France
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    • A61F5/01Orthopaedic devices, e.g. splints, casts or braces
    • A61F5/0195Shoe-like orthopaedic devices for protecting the feet against injuries after operations
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    • A43B7/1464Footwear with health or hygienic arrangements with foot-supporting parts with pads or holes on one or more locations, or having an anatomical or curved form with special properties with adjustable pads to allow custom fit

Description

Descrição
SAPATO TERAPÊUTICO A invenção relaciona-se com um sapato terapêutico que compreende uma sola que apresenta uma superfície de apoio ao solo, com perfil arqueado num plano sagital do sapato e uma superfície superior que compreende uma localização para os dedos do pé e uma localização para o calcanhar. A invenção relaciona-se, em particular, com os sapatos pós-cirúrgicos e pós-traumáticos. São já conhecidos os sapatos terapêuticos munidos com uma sola rígida, em que uma porção apresenta um perfil arqueado num plano sagital do sapato que visa permitir, durante a marcha, uma oscilação progressiva, do calcanhar para a frente do pé do utilizador. Relativamente a uma sola rígida plana, uma tal sola facilita a marcha e permite uma transferência mais progressiva do peso do corpo, do calcanhar para a frente do pé durante a pegada. Estes sapatos são adaptados para evitar que seja exercida uma pressão nos dedos do pé do utilizador no final da pegada.
Estes sapatos são nomeadamente usados para impedir toda a flexão do antepé, desfavorável à recuperação após uma intervenção cirúrgica. Estes sapatos permitem, em particular, prevenir a mobilização das falanges em relação aos metatarsos após uma operação correctora de um HALLUX VALGUS. Estes sapatos permitem prevenir toda uma flexão dos dedos do pé em relação aos metatarsos.
Ora, existe uma necessidade em aumentar o conforto do paciente ao permitir uma flexão doseada do pé durante a marcha quando 1/17 está munido com o sapato terapêutico, em particular, ao nivel das articulações dos metatarsos e das falanges.
Por outro lado, a imobilização rigida do pé é seguida, o mais frequentemente possível, de um período de reeducação durante o qual o paciente é levado a encontrar progressivamente a utilização normal do seu pé, ou pelo menos, a reencontrar uma parte das possibilidades de movimentos do pé em flexão. 0 sapato terapêutico é então retirado para permitir a execução, com a ajuda de um fisioterapeuta, de movimentos em flexão do pé que permite essa reeducação. A EP 1488715, que descreve um sapato de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1, propõe um sapato pós-cirúrgico evolutivo que pode ser adaptado às diferentes fases consecutivas à operação até que o paciente possa calçar um sapato clássico. Este sapato pós-cirúrgico compreende um corpo de base com uma sola semi-rígida, e um conjunto de acessórios desmontáveis e intermutáveis sob a sola, nomeadamente uma placa metálica de rigidificação e uma protecção de forma redonda. Durante uma primeira fase de reeducação que se segue imediatamente à intervenção no pé, o sapato pós-cirúrgico é rigidificado através da placa metálica aplicada e fixa contra a face inferior da sola do corpo de base. Durante essa fase, a protecção é fixa sob a placa metálica. Durante uma segunda fase de reeducação, a placa metálica e a protecção são nomeadamente desmontadas a fim de restituir a sua flexibilidade inicial à sola do corpo de base. Este sapato não pode ser facilmente adaptado pelo próprio paciente em função das diferentes fases de reeducação. Por outro lado, os inventores determinaram que ele não responde de forma adequada às reais necessidades de imobilização e mobilização encontradas em cada uma das fases. A esse respeito, os inventores determinaram que existe uma necessidade em permitir aos pacientes efectuar eles próprios 2/17 essa reeducação, nomeadamente durante a realização de actividades quotidianas desempenhadas pelo paciente. Para isso, é conveniente propor sapatos terapêuticos que favoreçam a realização, com amplitude reduzida, das flexões do pé que se geram naturalmente durante a marcha. Em particular, deve ser possível realizar por parte do paciente, naturalmente durante a pegada, uma mobilização das falanges em relação aos metatarsos, com uma amplitude de movimento dos seus ossos reduzida em relação a uma mobilização que se produz durante a pegada quando o pé está calçado com sapatos com fundo plano.
Por outro lado, os inventores determinaram que é conveniente permitir ao paciente escolher o momento para realizar essa reeducação no próprio, que permite em qualquer momento permitir ou evitar ele próprio as flexões do pé correspondentes. Em particular, trata-se de permitir ao paciente imobilizar o seu pé, em resposta a uma sensação de desconforto, de dor, de cansaço, ... A presente invenção visa propor um sapato terapêutico que responda às necessidades anteriormente descritas.
Mais em particular, ela visa propor um tal sapato terapêutico com preço de revenda reduzido, que permita realizar, de forma autónoma, uma tal reeducação.
Por outro lado, ela visa propor um tal sapato terapêutico cuja utilização não é susceptível de fazer objecto de uma contra-indicação médica no âmbito da cicatrização do pé, seguido de um acto cirúrgico ou do tratamento da maior parte das lesões e infecções do pé para as quais uma reeducação, tal como descrito anteriormente, é preconizada. 3/17
Ela visa ainda propor um tal sapato terapêutico que seja de utilização simples, nomeadamente quanto ao manuseamento a efectuar, para permitir, evitar, ou ajustar as possibilidades da flexão do pé.
Para isso, a invenção relaciona-se com um sapato terapêutico de acordo com a reivindicação 1. 0 sapato terapêutico, de acordo com a invenção, utilizado sem a peça rígida compreende a vantagem, em relação aos sapatos terapêuticos tradicionais com solas semi-rígidas e superfícies de apoio ao solo planas, utilizadas normalmente durante a fase da reeducação, de permitir ao utilizador realizar uma pegada natural com uma flexão reduzida do pé, consequentemente menos dolorosa e/ou desconfortável, para que a reeducação do pé possa ser efectuada mais progressiva e mais naturalmente possível para o paciente. 0 movimento da reeducação corresponde a um movimento natural para o paciente, esse último é susceptível de o poder realizar de forma autónoma.
Sempre no caso onde o sapato terapêutico é utilizado sem a peça rígida, o sapato terapêutico de acordo com a invenção permite realizar, durante uma fase final da extensão do pé durante a pegada, uma transferência de peso no antepé que produz uma flexão progressiva do pé, ao nível das articulações dos metatarsos e das falanges do pé, de amplitude desejada.
Por outro lado, no caso onde o sapato é utilizado munido da(s) peça(s) rígida(s), o sapato terapêutico permite uma extensão progressiva do pé, desde o calcanhar até aos dedos do pé, facilitando assim a realização da pegada. 4/17
Vantajosamente e de acordo com a invenção, a superfície de apoio ao solo é exclusivamente constituída por uma superfície de desgaste de uma sola exterior formada por uma peça única, e que se estende à frente de uma extremidade posterior da localização para o calcanhar, até à frente de uma extremidade anterior da localização para os dedos do pé.
Vantajosamente e de acordo com a invenção, o perfil arqueado da superfície de apoio estende-se até à frente de uma extremidade anterior da localização para os dedos do pé.
Vantajosamente e de acordo com a invenção, pelo menos uma peça rígida é constituída para se estender à frente da localização para o calcanhar e da localização para os dedos do pé.
De preferência, pelo menos uma peça rígida é constituída para se estender até à frente de uma extremidade anterior da localização para os dedos do pé. Deste modo, o sapato terapêutico é adaptado para se opor a uma flexão do pé ao nível das articulações das falanges e dos metatarsos.
Vantajosamente e de acordo com a invenção, a sola é fixa de forma inamovível a uma parte superior do sapato terapêutico.
Vantajosamente e de acordo com a invenção, a dita superfície de apoio é formada por uma sola exterior da sola que forma um revestimento exterior inferior da sola.
Vantajosamente e de acordo com a invenção, pelo menos uma peça rígida de reforço é alojada de forma amovível num espaço da sola de forma conjugada daquela desta peça rígida de reforço. Vantajosamente e de acordo com a invenção, esse espaço é formado numa sola exterior da sola e/ou numa sola interior amovível da sola que assenta, pelo menos em parte, numa face 5/17 interior superior da sola exterior, que é oposta à dita superfície de apoio ao solo. Vantajosamente e de acordo com a invenção, o dito espaço é formado por uma reentrância da dita face interior da sola exterior. Vantajosamente e de acordo com a invenção, o dito espaço é formado numa sola interior do sapato (em todo o texto, o termo "sola interior" designa uma sola superior do sapato destinado a receber o pé do utilizador e que apresenta, por conseguinte, a dita superfície superior da sola que forma a localização para os dedos do pé e a localização para o calcanhar).
Vantajosamente e de acordo com a invenção, a sola compreende meios de fixação amovíveis da sola interior à frente da face interior da sola exterior, adaptados para se oporem a todo o deslizamento longitudinal relativo da sola interior relativamente à face interior da sola exterior.
Vantajosamente e de acordo com a invenção, a sola exterior apresenta, pelo menos, um perno que se estende para cima, cada perno sendo adaptado para penetrar numa cavidade disposta na dita sola interior, o(s) perno(s) e a(s) cavidade(s) apresenta(m) formas conjugadas para formar meios de fixação amovíveis.
Vantajosamente e de acordo com a invenção, cada peça rígida de reforço é formada por uma resina carregada com fibra de vidro.
Num modo de realização preferencial, vantajosamente e de acordo com a invenção, o sapato compreende uma única peça rígida de reforço amovível sob a forma de uma placa que se estende longitudinal e horizontalmente à frente da maior parte da dita superfície de apoio. Vantajosamente e de acordo com a invenção, essa placa estende-se também à frente da maior parte da superfície superior da sola. Vantajosamente e de 6/17 acordo com a invenção, essa placa rígida de reforço estende-se longitudinalmente desde a localização para o calcanhar até à localização para os dedos do pé, nomeadamente até à extremidade anterior da localização para os dedos do pé. Alternativamente, pode ser prevista uma placa rígida de reforço que se estende longitudinalmente sob a localização para os dedos do pé mas sem atingir a extremidade anterior dessa localização para os dedos do pé. Um mesmo sapato de acordo com a invenção pode, por outro lado, ser proposto com duas placas rígidas de reforço de comprimentos e/ou formas diferentes, podendo ser substituídas uma pela outra, o paciente escolhe a placa de reforço adequada de acordo com o estado da sua reeducação. De preferência, a dita placa é arqueada de acordo com um perfil arqueado com uma curvatura no mesmo sentido que o perfil arqueado da dita superfície de apoio. De preferência e de acordo com a invenção, a curvatura da dita placa é, pelo menos, sensivelmente correspondente com aquela do perfil arqueado da dita superfície de apoio, o que quer dizer que apresenta uma forma de curvatura semelhante. A invenção relaciona-se igualmente com um sapato terapêutico, caracterizado numa combinação de todas ou parte das características acima mencionadas ou mais adiante mencionadas.
Outras características, objectivos e vantagens da invenção que surgem à leitura da descrição seguinte, referem-se às figuras anexas, nas quais: A figura 1 é uma vista esquemática lateral de um sapato, de acordo com um primeiro modo de realização da invenção, A figura 2 é uma vista esquemática explodida e em corte de uma sola do sapato da figura 1, de acordo com um plano sagital do sapato, 7/17 A figura 3 é uma vista esquemática de cima de uma sola exterior da sola da figura 2, A figura 4 é uma vista esquemática de cima de uma peça rígida de reforço amovível da sola da figura 2, A figura 5 é uma vista esquemática em perspectiva de uma sola exterior utilizada para realizar um sapato terapêutico, de acordo com um segundo modo de realização da invenção.
No que se segue, as direcções e as dimensões devem ser interpretadas, excepto indicação em contrário, de acordo com uma representação do sapato vista de frente, calçado e que assenta num solo horizontal, uma superfície de apoio do sapato terapêutico em contacto com o solo.
Num modo preferido da realização representada nas figuras 1 a 4, o sapato terapêutico de acordo com a invenção compreende uma parte superior e uma sola unidas, em conjunto, à parte superior. A parte superior é formada por um conjunto de peças têxteis que formam, nomeadamente, duas partes laterais adaptadas para cobrir, no momento em que o sapato é calçado, o peito do pé e o calcanhar do utilizador.
As partes laterais da parte superior são adaptadas para se poderem afastar de forma a permitir uma inserção vertical no sapato e uma extracção vertical, fora do sapato, do pé do utilizador. As partes laterais estendem-se desde a sola para se unirem por cima do peito do pé do utilizador no momento do fecho do sapato. Cada parte lateral 11 compreende uma faixa 13 que prolonga a parte lateral 11 desde a junção das duas partes laterais 11 em cima do peito do pé do utilizador para assentar, no momento do fecho do sapato, por cima da outra parte lateral 11. 0 sapato compreende também meios de fixação através 8/17 de fivelas e ganchos adaptados para permitir um fecho do sapato por aplicação de uma face da faixa 13 de cada parte lateral 11 numa face exterior da outra parte lateral 11. Uma das faixas prolonga uma parte superior da parte lateral 11 que corresponde ao nivel do peito do pé, enquanto a outra faixa 13 prolonga uma parte inferior da parte lateral 11 que corresponde ao nivel do peito do pé.
De preferência e como representado, as partes laterais da parte superior estendem-se em baixo do maléolo do utilizador quando o sapato é calçado. Um rebordo da parte superior na proximidade do maléolo apresenta uma secção almofadada 12 com vista ao conforto. Igualmente, o interior da parte superior pode ser recoberto por uma secção almofadada com vista ao conforto.
Num primeiro modo de realização representada, a parte superior do sapato não compreende gáspea para que o sapato apresente uma abertura, disposta na frente do sapato. Uma tal abertura permite, quando o sapato é calçado, um acesso aos dedos do pé do utilizador sem ter de retirar o sapato.
Na prática, as peças de têxtil que formam as partes laterais 11 da parte superior podem ser formadas por todo o têxtil apto a poder manter o pé na posição, em relação à sola durante a marcha. Outros materiais que não os têxteis podem claramente ser usados, por exemplo o couro, ou outros materiais adequados, nomeadamente materiais leves com vista a procurar um conforto de marcha satisfatório. A parte superior tal como descrita permite estabilizar o tornozelo e o calcanhar.
De preferência e como representado, a sola compreende uma sola 2 exterior e uma sola interior 1 destinada a receber o pé do paciente. 9/17 A sola interior 1 compreende uma face 8 inferior com perfil arqueado num plano sagital da sola.
Por outro lado, a dita sola interior 1 compreende uma face 17 superior na qual o pé do utilizador assenta quando o sapato é calçado. Essa face 17 superior pode ser especificamente constituída, de acordo com o tratamento a realizar e as pressões ergonómicas associadas a esse tratamento. A título de exemplo, tal como ilustrado nas figuras, a face 17 superior da dita sola interior 1 pode ser globalmente plana.
Por outro lado, a face 8 inferior da dita sola interior 1 compreende reentrâncias 18 de forma a diminuir o peso da dita sola interior 1. A sola interior 1 é, por exemplo, formada em cloreto de polivinil expandido. Na prática, a dita sola interior 1 pode ser cortada num bloco de cloreto de polivinil expandido. A dita sola interior 1 pode ser feita de outro material semi-rígido adaptado para uma utilização médica, nomeadamente um material leve com vista a procurar um conforto de marcha satisfatório.
Deve ser notado que através da expressão "semi-rigida" é designada a qualidade de um material que compreende propriedades mecânicas sob pressões (rigidez, elasticidade em particular) tais como o material está apto para permitir, sob as pressões transmitidas pelo pé durante a pegada nas condições normais de marcha, uma flexão da sola traduz-se por uma flexão do pé sensível pelo utilizador. A sola interior 1 pode ser feita de qualquer material leve adaptado para uma utilização médica e que apresente um comportamento semi-rígido em flexão adaptado para poder formar uma sola interior 1 que permita flexões de amplitudes reduzidas 10/17 do pé durante a marcha, quando o sapato é utilizado sem peça 15 rígida de reforço amovível.
Por outro lado, a dita sola interior 1 pode ser obtida por um outro processo de moldagem que permita conferir-lhe a forma desejada. Em particular, a dita sola interior pode ser moldada, extrudada,...
No primeiro modo de realização, a sola 2 exterior forma um revestimento inferior de toda a face 8 inferior da dita sola interior 1, adaptando essa face 8 inferior. Assim, a superfície 6 de apoio ao solo da sola 2 exterior e a face 8 inferior apresentam perfis semelhantes. A sola 2 exterior apresenta uma superfície 6 de apoio ao solo com perfil arqueado convexo no plano sagital da sola.
De preferência, a superfície 6 de apoio apresenta um perfil regular convexo e simétrico de um lado e de outro do plano sagital, de acordo com os planos de corte paralelos no plano sagital, de forma a procurar uma estabilidade lateral do pé do paciente e para permitir uma utilização para o pé esquerdo assim como para o pé direito.
No primeiro modo preferido de realização, a sola 2 exterior compreende uma face 7 interior superior côncava contra a qual a face 8 inferior convexa da dita sola interior 1 entra em contacto. Essa face 7 interior compreende uma reentrância 5 constituída para alojar uma placa 15 rígida que apresenta, de acordo com uma secção sagital do sapato, um perfil arqueado cuja curvatura acomoda o perfil arqueado da face 8 inferior da dita sola interior 1. De preferência, a reentrância 5 e a placa 15 rígida são de formas conjugadas. 11/17 A placa 15 pode ser formada por todo o material rígido tal como um metal, um polímero, um material compósito... A título de exemplo, esse material pode ser de poliéster carregado com fibra de vidro. A placa 15 rígida pode ser feita de outro material rígido adaptado para uma utilização médica, nomeadamente, um material leve com vista a procurar um conforto de marcha satisfatório.
Por outro lado, a face 7 interior da sola exterior 2 apresenta vantajosamente pernos (não representados) dispostos no bordo da reentrância 5, que se estendem de forma saliente horizontalmente para o interior desse bordo e que permitem manter a placa 15 rígida na reentrância 5, a seguir à sua inserção nessa reentrância 5. Em alternativa, os pernos podem ser substituídos por um desbordo do bordo da reentrância 5.
No primeiro modo preferido de realização, a reentrância 5 está disposta na face 7 interior da sola 2 exterior, de forma a estender-se longitudinalmente de acordo com um plano sagital do sapato. A reentrância 5 e a placa 15 rigida são, de preferência, adaptadas para se estenderem longitudinalmente quando o sapato é calçado com a peça 15 rígida acomodada na sola, sob o pé do utilizador, essa peça 15 rígida estende-se à frente do calcanhar e prolonga-se para a frente do pé até à frente dos dedos do pé do utilizador e, de preferência, até à frente da extremidade anterior dos dedos do pé. Então, o sapato terapêutico, deste modo, calçado previne a flexão intempestiva do pé ao nível das articulações das falanges e dos metatarsos.
No primeiro modo de realização preferido da invenção, a sola 2 exterior apresenta pernos 9 que se estendem para cima desde a face 7 interior da sola 2 exterior para penetrar cavidades 10 conjugadas dispostas na face 8 inferior da dita sola interior 1. Os pernos 9 são dispostos em redor da reentrância 12/17 5. Esses pernos 9 facilitam a montagem e permitem evitar todo o deslizamento longitudinal da dita sola interior 1 na face 7 interior da sola 2 exterior. Os pernos 9 formam também meios de fixação amovíveis da sola interior 1 na face interior 7 da sola 2 exterior. Deve ser notado que esses meios de fixação amovíveis podem ser realizados através de outros meios de fixação amovíveis adequados, tais como: outros meios de fixação por encaixes relativos, meios de fixação com fivelas e ganchos, faixas de fixação da dita sola interior na sola exterior, etc.
De preferência, os meios de fixação amovíveis são estruturalmente adaptados para não influenciar significativamente na flexibilidade da sola, essa última resultando, essencialmente, da forma e da escolha dos materiais da sola exterior e da dita sola interior.
Num primeiro modo preferido de realização, a sola é montada na parte superior através de um pesponto 14 que se estende ao longo de um bordo (não representado) inferior às duas partes laterais 11 da parte superior que atravessam esse bordo e a espessura da sola 2 exterior.
Por outro lado, um pesponto 16 estende-se, de preferência, ao longo de um bordo de um contraforte do sapato formado por um prolongamento da sola 2 exterior que recobre uma parte da parte superior ao nível do calcanhar do utilizador. A sola 2 exterior apresenta também um prolongamento que se estende à frente dos dedos do pé do utilizador. Esse prolongamento forma um "pára-choques" 4.
No modo de realização da invenção representada, é possível aceder à placa 15 rígida arqueada do sapato após ter afastado as partes laterais 11 da parte superior e após ter retirado a dita sola interior 1. Uma pressão exercida na superfície 6 13/17 de apoio da sola 2 exterior permite então extrair a placa 15 arqueada da reentrância 5.
Quando este é calçado sem a placa 15 rígida e após ter substituído a dita sola interior 1 na face 7 interior da sola 2 exterior, o sapato terapêutico permite uma flexão do pé ao facilitar uma extensão do pé. A amplitude em flexão oferecida pelo sapato durante a pegada depende da rigidez estrutural global do sapato sem a peça 15 de reforço. Ela depende, em particular, da flexibilidade da dita sola interior 1 e da sola 2 exterior. 0 sapato terapêutico, de acordo com o modo preferido de realização da invenção, permite obter um suporte rígido na flexão do pé do utilizador quando a placa rígida arqueada se aloja na reentrância 5, ou um suporte mais flexível em flexão do pé do utilizador quando a placa é retirada da sola.
Numa variante não representada, a sola do sapato terapêutico pode ser formada por uma única sola que forma uma sola exterior na qual assenta o pé do utilizador quando o sapato é calçado.
Por outro lado, como variante não representada, o sapato terapêutico de acordo com a invenção pode compreender várias peças rígidas de reforço amovíveis, cada uma dessas peças sendo acomodada de forma amovível na sola do sapato terapêutico de acordo com uma disposição que permite à peça opor-se à flexão da sola em, pelo menos, uma direcção.
Cada uma das peças rígidas de reforço amovível pode ser formada por uma placa rígida, arqueada ou não, por uma parte superior rígida ou compreender uma outra estrutura apta a opor-se à flexão da sola do sapato em, pelo menos, uma direcção. 14/17
Como variante não representada ou em combinação, nada impede que uma peça rigida de reforço amovível seja acomodada numa sola interior, em vez de na sola exterior. Nomeadamente, uma peça rígida de reforço amovível pode ser acomodada numa sola interior 1 da sola, ou numa sola intercalar disposta entre a dita sola interior e a sola exterior da sola, ou numa outra sola interior da sola.
Como variante não representada ou em combinação, nada impede que uma peça rígida 15 de reforço amovível seja acomodada numa ranhura disposta na superfície de apoio da sola.
Como variante não representada ou em combinação, nada impede que uma peça 15 de reforço amovível seja formada por um órgão rígido que se fixa lateralmente numa sola ou uma estrutura rígida que pode formar uma cerclagem da sola. A figura 5 ilustra uma sola exterior de um sapato terapêutico de acordo com um segundo modo de realização da invenção, semelhante àquela do primeiro modo de realização da invenção, excepto se a peça 115 rigida de reforço amovível for acomodada entre uma face interior da sola 112 exterior e uma sola interior (não representada) em vez de numa reentrância da sola exterior. A peça 115 rígida de reforço apresenta uma forma conjugada daquela da face interior, de forma a estender-se mais na dimensão em largura do sapato ao nível de uma parte à frente do sapato. Por outro lado, a peça rígida estende-se mais na dimensão em comprimento do sapato, seja à frente da localização para o calcanhar de uma face superior da sola e até à frente de uma extremidade anterior de uma localização para os dedos do pé da face superior da sola. 0 sapato terapêutico de acordo com o modo de realização melhorado permite realizar uma imobilização ainda mais eficaz do pé contra flexões do antepé, no sentido longitudinal assim como na torção lateral. 15/17 A invenção pode fazer objecto de outras variantes de realização em relação aos modos de realização representados nas figuras e acima descritos, a titulo de exemplos não limitativos.
Lisboa, 1 de Fevereiro de 2012 16/17
Referências citadas na descrição
Esta lista de referências citadas pelo requerente é apenas para a conveniência do leitor. A mesma não faz parte do documento de Patente Europeia. Embora muito cuidado tenha sido tomado na compilação das referências, erros e omissões não podem ser excluídos e o EPO nega qualquer responsabilidade neste sentido.
Documentos de Patente citados na descrição • EP 1488715 A 17/17

Claims (10)

  1. Reivindicações 1. Sapato terapêutico que compreende uma sola que apresenta : Uma superfície de apoio (6) ao solo com perfil arqueado num plano sagital do sapato, Uma superfície (17) superior que compreende uma localização para os dedos do pé e uma localização para o calcanhar, A sola sendo constituída para que o perfil arqueado da superfície (6) de apoio se estenda do lado oposto da localização para o calcanhar, A sola sendo longitudinalmente flexível no plano sagital, 0 sapato compreende, pelo menos, uma peça (15, 115) rígida de reforço amovível que se opõe à flexão longitudinal da sola num plano sagital, Caracterizado pelo facto de que : A sola é constituída para que o perfil arqueado da superfície (6) de apoio se estenda à frente da localização para os dedos do pé, A peça (15, 115) rígida de reforço é acomodada de forma amovível num espaço da sola de forma conjugada com aquela peça (15, 115) rígida de reforço, o dito espaço sendo formado numa sola (2, 112) exterior da sola e/ou numa sola (1) interior amovível da sola que assenta, pelo menos em parte, numa face (7) interior superior da sola (2, 112) exterior, que é oposta à dita superfície (6) de apoio ao solo. 1/3
  2. 2. Sapato terapêutico de acordo com a revindicação 1, caracterizado pelo facto de que o perfil arqueado da superfície de apoio (6) se estende até à frente de uma extremidade anterior da localização para os dedos do pé.
  3. 3. Sapato terapêutico de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo facto de que, pelo menos, uma peça (15, 115) rígida é constituída para se estender à frente da localização para o calcanhar e da localização para os dedos do pé.
  4. 4. Sapato de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo facto de que o dito espaço é formado por uma reentrância (5) da dita face (7) interior.
  5. 5. Sapato de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo facto de que o dito espaço é formado numa sola interior (1) do sapato.
  6. 6. Sapato de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo facto de que a sola compreende meios de fixação amovíveis da sola interior (1), em relação à face interior (7) da sola (2, 112) exterior, adaptados para se opor a todo o deslizamento longitudinal relativo à sola interior, em relação à face interior (7) da sola (2, 112) exterior.
  7. 7. Sapato de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo facto de que a sola (2, 112) exterior apresenta, pelo menos, um perno (9) que se estende para cima, cada perno (9) sendo adaptado para penetrar numa cavidade disposta na dita sola interior (1), o(s) perno (s) (9) e a(s) cavidade(s) apresenta (m) formas conjugadas para formarem meios de fixação amovíveis. 2/3
  8. 8. Sapato de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo facto de que compreende uma única peça (15, 115) rigida de reforço amovível sob a forma de uma placa (15, 115) que se estende longitudinal e horizontalmente do lado oposto da maior parte da dita superfície de apoio (6).
  9. 9 . Sapato de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo facto de que a dita placa (15, 115) é arqueada de acordo com um perfil arqueado, com uma curvatura no mesmo sentido que o perfil arqueado da dita superfície de apoio (6).
  10. 10. Sapato terapêutico de acordo com uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo facto de que a superfície (6) de apoio ao solo é exclusivamente constituída por uma superfície de desgaste de uma sola (2, 112) exterior, formada numa peça única e que se estende à frente de uma extremidade posterior da localização para o calcanhar, até à frente de uma extremidade anterior da localização para os dedos do pé. Lisboa, 1 de Fevereiro de 2012 3/3
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